Uma história de amor não se constrói com magia. Ela exige muito mais. Ela se faz a partir da afinidade de almas, da compatibilidade de gênios e de idéias, do desejo de se atingir um objetivo comum.
Mas os feitiços de amor existem, sim. Eles servem para aprimorar aquilo que está bom ou para recolocar um romance na sua trajetória certa. Também podem nos ajudar a trazer à tona um potencial escondido de sensualidade e sedução, favorecendo as novas conquistas e o encontro com a alma gêmea.
Apresentamos algumas receitas afrodisíacas que vão ajudar você a ter uma vida sexual mais satisfatória ao lado do seu amor. Caso esteja num momento de solidão, esses pequenos rituais permitirão que você se solte e traga uma nova energia para a sua vida sentimental.
Experimente! Sem medo de ser feliz!
Sabonete do Amor
Colha sete margaridas e deixe-as sob o seu travesseiro durante uma noite inteira. Ao amanhecer, ferva-as em meio litro de água mineral, como se estivesse preparando um chá. Retire do fogo, adoce com açúcar e mergulhe um sabonete novo e neutro nessa poção. Na hora de tomar banho, use esse sabonete e jogue o líquido sobre o corpo. Seque-se naturalmente, sem o auxílio de toalha. Guarde esse sabonete, para usá-lo sempre. Entregue as flores num jardim.
À Flor da Pele
Num prato fundo, misture a polpa raspada de uma maçã, o suco de uma laranja-lima bem madura e sete colheres de sopa de mel. Sempre que for encontrar o seu amor, passe essa mistura pelo corpo, deixe alguns minutos e enxágüe com água morna. Vista uma roupa bem sensual e libere todo o seu refinamento erótico.
Doce Afrodisíaco
Corte uma maçã vermelha e madura em pedacinhos bem pequenos. Leve ao fogo numa panela com água mineral, juntamente com sete lascas de canela em pau e sete cravos-da-índia. Deixe apurar bem, adoce com pouco de açúcar cristalizado e sirva para o seu amor. Enquanto ele estiver saboreando, mentalize o seguinte: "A cada bocado que você comer, de amor por mim o seu coração vai tremer". Depois, é só aguardar os resultados!
Banho de Cristal
Leve ao fogo uma panela contendo água mineral, um punhado de cravos-da-índia, uma porção generosa de canela em casca e as pétalas frescas de sete rosas vermelhas. Assim que o líquido entrar em ebulição, coloque dentro da panela um cristal de quartzo-rosa. Deixe ferver um pouquinho e retire tudo do fogo. Mantenha a panela tampada até que o líquido fique numa temperatura agradável. Então, coe tudo e adoce o líquido com mel. As pétalas, os pedacinhos de canela e os cravos-da-índia deverão ser deixados num jardim. O cristal deverá ser mantido dentro da sua gaveta de roupas íntimas. Quanto ao líquido adoçado, despeje-o no corpo depois de tomar o seu banho habitual. Você vai ver que efeito incrível será exercido sobre o seu amor.
Banho para Sedução
Ferva um litro de água mineral, juntamente com um punhado de canela em casca e de cravos-da-índia. Coe e despeje o líquido numa bacia. Pegue uma boa quantidade de manjericão fresco e triture as folhas, retirando o sumo e misturando-o ao líquido contido na bacia. Assim que essa mistura estiver numa temperatura agradável, acrescente um punhado de açúcar. Depois do seu banho, despeje a poção do pescoço para baixo, mentalizando a realização dos seus sonhos amorosos. Quanto às sobras do manjericão, dos cravos etc., o ideal é que você devolva tudo para a natureza, despejando-as num jardim florido.
Banho de Atração
Leve ao fogo uma panela contendo um litro de água mineral, um punhado de flores de jasmim, as pétalas frescas de sete rosas cor-de-rosa e de sete rosas vermelhas e uma pequena quantidade de noz-moscada triturada. Deixe ferver, retire do fogo, adicione uma colherinha de chá de canela em pó e deixe esfriar. Coe a mistura e leve os resíduos para um jardim. Quanto ao líquido, você deverá adoçá-lo com mel e despejá-lo sobre o corpo antes de encontrar a pessoa amada.
Tentação Cigana
Essa receita cigana de sedução deve ser usada quando você for encontrar a pessoa amada. Derreta uma barra de chocolate em banho-maria, como se fosse preparar bombons. Acrescente leite até obter uma textura bem cremosa e adicione canela em pó. Passe um pouquinho dessa mistura pelo corpo, antes de fazer amor. Os efeitos serão devastadores…
Perfume Sensual
Compre um vidro de essência de ilangue-ilangue, que tem propriedades afrodisíacas, e deixe-o exposto ao sereno da noite (somente em períodos de Lua cheia!). Recolha ao amanhecer - nunca deixe o vidro pegar sol, porque aí o feitiço perde a eficácia. Guarde esse vidro na sua gaveta de roupas íntimas e, sempre que for encontrar a pessoa amada, esfregue algumas gotinhas dessa essência nos pulsos, atrás das orelhas e atrás dos joelhos. Leve bem a sério o que estiver fazendo, porque o ilangue-ilangue exposto à energia da noite transmuta-se numa poção mágica poderosa. Quando estiver usando esse perfume, ofereça para o seu amor uma taça de vinho tinto e um pedacinho de maçã. O ideal é que vocês comam e bebam juntos. O amor vai se consolidar e a atração física será cada vez mais forte.
Ervas, Rezas, banhos e simpatias.
SORTE
Se você estiver sentindo falta dessa energia tão necessária à vida, faça este banho especial para ajudar no trabalho e também no amor. Separe erva-de-bicho, folha da fortuna, arruda-macho, arruda-fêmea, levante, quebra-tudo, guiné e espada-de-são-jorge. Coloque todas as ervas para ferver em 3 litros de água, abafe por 3 minutos e coe. Assim que esfriar, despeje algumas gotas da colônia de sua preferência e tome o banho em uma terça-feira à noite, durante a fase da Lua Crescente.
PARA TRAZER FELICIDADE.
Adquira uma vela amarela e um maço de rosas da mesma cor. Acenda a vela e ofereça as rosas amarelas para Oxum, pedindo para que lhe traga felicidade e amor.
PURIFICAÇÃO
Se você quiser mandar as energias negativas para bem longe, faça este banho em uma quinta-feira de Lua Crescente, de preferência, à noite. junte as seguintes ervas: alecrim do campo, palma-de-santa-rita, rosas vermelhas, espada-de-são-jorge, louros verdes e erva-de-santa-bárbara. Coloque todas para ferver em 3 litros de água e, depois, coe o preparado. Separe as ervas e coloque-as ao sol. Após tomar um banho normal, despeje a mistura sobre seu corpo. Queime as ervas secas em um braseiro, juntamente com incenso de benjoim ou mirra. Enquanto as ervas queimam, diga as seguinte palavras: "Fogo de Deus, fogo celestial, fogo sagrado, que toda a impureza seja queimada e destruída em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, que a Santa Divina Trindade. Queimei, destruí e reduzi ao nada todas as más influências, assim como todo o mal".
ENERGIAS POSITIVAS
Quando sentir que colocaram olho gordo em você, faça este banho para se livrar das energias negativas. Primeiro, junte as ervas: arruda, catinga-de-mulata, guiné e alecrim e acrescente um pouco de sal grosso. Ferva tudo ligeiramente, coe e coloque num balde com 3 litros de água. Banhe-se do pescoço aos pés, mas antes tome um banho normal.
ALIVIO DE TENÇÕES
(ou descarrego) Em meio balde de água coloque sal grosso a medida é a palma de sua mão, pegar uma vela de cheiro ou um incenso. Ascenda no banheiro a vela ou o incenso, apague a luz entre no chuveiro vá jogando a água com sal grosso em você... " Pensando que tudo que é ruim, inveja, olho gordo, está descendo tudo pelo ralo." Relaxe alguns minutos.
BANHO DE ATRAÇÃO
Ferver em 1 litro de água: 7 pétalas de rosa vermelha (símbolo da paixão) 7 gotas de óleo essencial de sândalo (afrodisíaco) 7 cravos da Índia (afrodisíaco) 7 pitadas de coentro (afrodisíaco) Coar e jogar do pescoço para baixo após o banho
SEGURANÇA TOTAL
Na fase da Lua Nova, faça este banho-de-cheiro em uma terça-feira. junte ramos de manjericão, guiné, arruda, comigo-ninguém-pode e coloque tudo em uma panela com água fervendo. Desligue o fogo e tampe a panela. Coe e despeje a mistura do pescoço para baixo, rezando um Pai-Nosso e uma Ave-Maria ao seu santo de devoção e ao seu anjo da guarda, pedindo muita proteção.
INVEJA Junte alguns ramos de rosas brancas, arruda e ferva em 3 litros de água. Deixe descansar e esquente de novo. Depois, passe tudo por uma peneira fina. Faça esse banho em uma segunda-feira de Lua Minguante.
RELAXAMENTO
Durante uma segunda-feira de Lua Minguante, junte as seguintes ervas: sabugueiro, kitoco, rabo-de-tatu, piteira imperial, zanga, angélica, alumã e brio-de-estudante. Coloque todas em 3 litros de água já fervida. Deixe um pouco de molho, retire do fogo e depois coe. Quando a água estiver morna, despeje o preparado do pescoço parta baixo. Aproveite para preencher a cabeça com pensamentos positivos e relaxar todos os músculos tensos. Tente esquecer os problemas e sentir corpo e a cabeça leves, como se você estivesse flutuando. Ao sair do banho. não se enxugue com uma toalha. Espere o corpo secar naturalmente. Antes de sair para a rua, faça uma oração invocando seu anjo da guarda, para que ele acompanhe e auxilie você em todos os momentos.
SIMPATIA PARA CURAR CÓLICAS MENSTRUAIS.
Espete em um garfo um miolo de pão Torre-o no fogo e dê para a pessoa que esta com cólicas comer.
PARA SORTE E HARMONIZAÇÃO
4 litros de água mineral 2 colheres de sopa de óleo de amêndoa para o corpo 10 gotas de essência de rosas Pétalas de rosa branca, lírio e angélica 1 quartzo branco bruto 1 quartzo rosa bruto 1 citrino bruto 1 ametista Numa noite de lua crescente, coloque todos os ingredientes numa vasilha grande e deixe-a num local onde possa receber o frescor da noite e a luz da lua. Na manhã seguinte, após o banho higiênico, banhe-se na mistura, comprimindo as pétalas de rosa sobre a pele do corpo. Não se enxugue. Vista-se com um roupão e enrole uma toalha nos cabelos. Vista-se com roupas claras
REZA PARA PROSPERIDADE
“Infinito e Eterno Espírito do Bem, dai-nos força nova para vencermos nossos defeitos. Dai-nos fé e fazei-nos ver cada vez mais claramente a lei, os caminhos, os meios e os métodos que nos trarão permanentemente saúde, paz, felicidade e prosperidade. Dai-nos perfeita confiança na lei da vida eterna". Clique para ver mais rezas e orações
BANHO AFRODISÍACO
Antes de um encontro amoroso ou sexual, ou também para atrair uma pessoa, podemos tomar o seguinte banho, carregando-nos com uma forte aura sedutora: Coloque em um balde ou bacia água quente (sem estar fervida) e coloque as seguintes essências; dez gotas de ylang-ylang (óleos essenciais), dez gotas de sândalo*, dez gotas de essências de rosas*, dez gotas de almíscar* e um punhado de cravo. Depois de tomado o seu banho normal, pegue o balde e com a ajuda de uma caneca, vá molhando novamente o seu corpo com essa água. Comece pela cabeça e vá molhando todo o restante do corpo. Feito isso, seque-se naturalmente, sem auxílio da toalha. Quando já estiver seco, coloque mais algumas gotas de almíscar nas palmas das mãos e acaricie o seu corpo todo.
PRA AFASTAR MAU OLHADO OU QUEBRANTO
3 litros de água mineral 1 garrafa de cerveja clara Misture a cerveja com a água e banhe-se da cabeça aos pés, após o banho higiênico. Enrole uma toalha na cabeça e vista-se sem enxugar-se.
PARA CURAR HEMORRÓIDAS.
Deixar secar uma fruta romã fervendo a casca, ferva as sementes separadas da casca. Com a casca fazer uma lavagem no local e com as sementes, um chá para tomar.
PARA ATRAIR O AMOR
2 litros de leite 4 colheres de mel 1 maçã vermelha ralada 2 pauzinhos de canela Ferva o leite e acrescente os demais ingredientes. Deixe esfriar. Coe e use após o banho higiênico, da cabeça aos pés. Cubra a cabeça com uma toalha e vista-se sem enxugar-se, ou coloque um roupão.
PARA OS RINS FUNCIONAREM BEM.
Pegue folhas de abacate, quebra-pedra, chuchu e faça um chá com três litros de água. Em seguida colocar o chá numa vasilha de vidro e ir tomando 2 colheres ao dia.
PARA CONQUISTAR AMOR
Pegue flores de laranjeira, levante, alfazema, palma-de-santa-rita e flores brancas (de preferência mariquinhas). Lave-as e coloque dentro de uma panela com 3 litros de água. Ferva, deixe esfriar e coe. Pingue 7 gotas de seu perfume preferido na mistura e despeje do pescoço para baixo, lavando-se no chuveiro em seguida. Faça esse banho antes de sair de casa, rezando um Pai-Nosso e uma Ave-Maria para que encontre a pessoa amada e ela se sinta atraída por você.
PARA FARTURA E PROSPERIDADE
4 litros de água mineral 6 paus de canela pequenos 1 colher de chá de noz moscada ralada 6 folhas de louro 1 colher de sopa de erva-doce ou funcho 6 moedas douradas ou uma peça de ouro Pétalas de rosa amarela Num dia de lua cheia, ferva a água e acrescente os demais ingredientes, exceto as pétalas da rosa amarela. Coe. Guarde as peças de ouro e as moedas. Deixe esfriar e antes de utilizá-lo, acrescente as pétalas de rosa. Tome o seu banho habitual e utilize a mistura derramando-a generosamente da cabeça aos pés. Cubra a cabeça com uma toalha e vista-se sem enxugar-se, ou coloque um roupão.
PARA PROTEÇÃO ESPIRITUAL
10 ramos de alecrim fresco, sem os galhos 30 gotas de essência de verbena 1 punhado de sal grosso 4 litros de água mineral Ferva a água, desligue a chama e coloque os ramos de alecrim e o sal grosso. Deixe esfriar. Macere o alecrim com as mãos, como quem esfrega uma roupa. Antes de utilizar o banho, acrescente as gotas de verbena. Banhe-se do pescoço para baixo e deixe a água secar naturalmente ou use um roupão. Duas horas depois, tome uma chuveirada, se estiver sentindo um sono anormal.
PARA TIRAR BERNE.
Arrumar um pedaço de toucinho fresco e amarrar sobre a ferida durante uma hora. Repetir essa simpatia durante 3
dias.
PARA PAIXÃO
1 maçã vermelha ralada 1 maço de salsa fresca 4 litros de água mineral 4 colheres de mel de flor de laranjeira No primeiro dia da lua cheia, coloque a água numa vasilha grande e acrescente os demais ingredientes. Coloque a vasilha num local onde possa receber o frescor da noite e a luz da lua cheia. Na manhã seguinte, coe a mistura e utilize-a, após o banho habitual, da cabeça aos pés. Cubra a cabeça com uma toalha e vista-se sem enxugar-se, ou coloque um roupão. Os homens devem retirar a salsa e utilizar o banho apenas com os outros ingredientes.
SIMPATIA PARA CURAR PRISÃO DE VENTRE.
Faça um chá de cebola roxa e tome a gosto. Você vai começar a eliminar os gazes presos.
SIMPATIA PARA TER SORTE NA VIDA.
Materiais necessários: Um quilo de lentilha Meio quilo de trigo em grão Uma bacia branca Uma dúzia de rosas brancas Maneira de fazer: Na primeira noite de lua cheia assim que a mesma estiver despontando no céu. Se locomova ao seu quintal de posse dos materiais acima citado. Coloque a bacia sobre o solo Despeje a lentilha e logo após o trigo Retire as pétalas das rosas e as adicione em meio aos grãos Deixe a bacia contendo os ingredientes em um local onde a mesma possa receber a energia da lua (ou seja a claridade). Ao amanhecer se locomova ao local onde ficou exposto os ingredientes. Retorne para dentro de sua casa e adicione aos mesmo água e tome um banho da cabeça aos pés.
PARA RETIRAR A NEGATIVIDADE
4 litros de água mineral 2 punhados de sal grosso 2 dentes de alho roxo cortados em cruz 5 galhos de arruda macho 5 galhos de arruda fêmea Ferva a água com os dentes de alho cortados. Quando a água estiver morna, acrescente a arruda, tratando de macerá-la, até que esteja totalmente desfeita. Misture o sal. Deixe esfriar e coe. Use do pescoço para baixo, após o banho habitual. Passadas duas horas, tome uma chuveirada de água morna ou fria. Faça na lua minguante.
PARA AFASTAR PESSÔA INDESEJADA.
Adquira um pouco de pelo de gato preto, pelo de cachorro preto e pelo de rato; juntamente com folhas de cansanção. Queime todos os ingredientes, triturando até formar um pó. Após isso feito, jogue o pó sobre a pessoa indesejada.
PARA A MULHER CONQUISTAR O HOMEM DE SEUS SONHOS.
Pegue um pedaço de papel branco e coloque-o sobre um prato. Desenhe um coração do tamanho do fundo do prato. Depois, recorte o desenho e escreva nas três primeiras linhas o nome do homem desejado. Em outras três linhas, escreva seu próprio nome. Coloque o desenho do coração no fundo do prato, derrame um pouco de mel sobre ele, juntamente com algumas pétalas de rosa branca. Depois, acenda uma vela branca bem no meio do prato, deixando-a queimar totalmente. Quando a vela acabar de queimar, firme o pensamento no homem desejado. Guarde o prato por sete dias. Depois, lave as pétalas e coloque-as dentro de um livro. O prato com o coração deve ser deixado num jardim onde existam espinhos.
PARA ACABAR COM A CASPA
Pegue um lenço, ainda não usado, três limões galegos (o suco) e três pitadas de sal refinado, coloque num recipiente e misture bem. Depois faça com isso uma fricção no couro cabeludo. A seguir, amarre o lenço na cabeça por uma hora. Então lave os cabelos com água corrente, e jogue o lenço fora. Para dores nas pernas. Fazer uma "pomada" com tutano de boi, uma colher de óleo de fígado de bacalhau e meia xícara de farinha de trigo. Depois, aplique a "pomada" sobre o lugar desejado, fazendo uma massagem. Deixe ficar por uma hora. Depois lave com água morna e sabão neutro.
PARA CURAR DIABETE.
Pegar um mamão macho e tirar a tampa. A pessoa que tem diabete deve fazer xixi dentro do mamão e tampar novamente, prendendo a tampa com um palito. Enterre o mamão num local o qual o diabético nunca passe.
PARA ATRAIR CLIENTE PARA O COMÉRCIO
Jogue trigo no seu comércio e varra com uma vassoura feita de alecrim. Para atrair cliente para o comércio (III). Arrumar fezes de elefante (pegar no zoológico ou em um circo), deixar secar ao sol. Após seco. Acender carvão em um "tulibano" (recipiente próprio para defumar adquirido em casas de artigos religiosos),
PARA AMENIZAR OS ÂNIMOS DE DUAS PESSOAS QUE ESTEJAM SE DANDO MAL.
. Adquira duas velas brancas de sete dias, uma caneta virgem, um copo virgem e um pires também virgens onde caibam as duas velas. Escreva o nome completo de uma pessoa na vela, de baixo para cima, e repita a operação na outra vela. Coloque água mineral no copo virgem e adicione mel e açúcar dentro do pires. Acenda as duas velas e coloque sobre o pires, colocando essa oferenda em um local onde as pessoas não vejam, e de preferência em lugar mais alto que a cabeça delas. Reze um Pai Nosso e uma Ave Maria em intenção ao anjo de guarda das pessoas. Após sete dias, pegue todos esses ingredientes e coloque em um jardim, com algumas balas e doces.
PARA CURAR ASMA.
Pegar uma pedrinha de cânfora (tem em farmácias) e fazer um breve. Usar no peito, nas primeiras noites de lua minguante. Depois enterre o breve no canto esquerdo da casa onde mora. Se for apartamento, enterrar num vaso no canto esquerdo do apartamento. Fazer em 3 minguantes seguidas, nos 3 primeiros dias de cada minguante.
PARA CURAR BRONQUITE. Pegue um coco, fure-o naquele olho, tire a água. Coloque dentro mel puro de abelha. Fechar o buraco com uma rolha de cortiça. Embrulhe o coco num plástico e enterre, deixando assim por sete dias. Marcar a hora que enterrou e no sétimo dia, no mesmo horário; desenterre, dando 3 colheres do mel para a criança, se for adulto 3 colheres grandes (manhã, tarde e noite)
PARA ATRAIR CLIENTE PARA O COMÉRCIO.
Jogar Wisk nos quatro cantos do comércio e deixar secar naturalmente.
PARA DOR DE OUVIDO.
Primeiramente, limpe cuidadosamente o ouvido. Se usar cotonete, não o introduza profundamente pois pode causar danos mais sérios. Extraia o suco de três dentes de alho ou de um galho de arruda, aqueça ligeiramente, molhe um pedaço de algodão e coloque-o no ouvido dolorido. Repita uma hora depois, se a dor não passar totalmente. Para dor de cabeça. Mesmo que a cabeça não esteja doendo, tome a cada três horas, meio copo de água morna com suco de limão.
PARA GANHAR NA LOTERIA.
Arrume uma estrela do mar pequena e num dia de sexta feira ao meio-dia, coloque-a no bolso direito e no mesmo horário faça o seu jogo ou compre o bilhete. A meia-noite do mesmo dia troque-a de bolso e reze o pai-nosso.
PARA GANHAR UM AUMENTO DE SALÁRIO.
Se você acha que está ganhando pouco, e quer um aumento de salário, faça assim: Pegue um pouco de fermento e ponha dentro de um prato de barro, firmando o pensamento e dizendo para si mesmo: "Assim como esse fermento faz crescer o pão, também fará crescer o meu salário".
PARA O HOMEM DEIXAR DE BEBER.
SALAMANDRAS
O SAPO - AGENTE DO AMOR E DO SEXO
As grandes bacanais têm como protetor o sapo, pois os mesmos fazem seus rituais- amorosos nos dias de chuva, provocando algazarra que é escutada a grande distância. Assim sendo, em primeiro lugar você terá que aprisionar um deles. Depois irá comprar em casa especializada 7 velas tipo sapo, de cor vermelha se for mulher e preta se for homem; agora vai realizar o trabalho.
Escreva na vela o nome da pessoa a ser conquistada e o seu nome cruzando em forma de X. Pegue o sapo vivo, esfre¬gue em cada vela e diga: "Sapo meu, passe os seus poderes mágicos para o seu semelhante, para que este trabalho seja realizado sem o seu sacrifício."
Forme um círculo com as velas, no centro coloque o no¬me da pessoa amada e em cima do papel escrito o sapo. Antes, porém, dê um pouco de cachaça ao sapo, coloque-o no centro e acenda as velas; diga:"'vai começar a bacanal." Retire-se sem olhar para trás.
CALDEIRÃO DO AMOR
amor carnal, assim vamos relatar outra míronga de bons resultados.
Num caldeirão de ferro (panela) coloque um litro de azeite de dendê, pó de amor, pó de sedução, pó de atração, pó de união, pó pega-homem, pó agarradinho e pó desencanto.
Misture tudo e coloque dentro do caldeirão. Escreva 7 vezes o nome dele completo em sete papéis; sete botões de rosa vermelha, um pouco de pêlo de gato preto, de preferência do rabo, ponha a ferver, depois de fervido jogue no caminho em que a pessoa amada costuma passar ou em frente de sua casa. No momento da entrega, diga: Fulano você me pertence queira ou não, pois você não terá sossego enquanto não vier falar comigo e me amar apaixonadamente
TRABALHO DE MAGIA PARA QUE SEU HOMEM SÓ CONSIGA TER RELAÇÃO SEXUAL COM VOCÊ
Primeiramente compre uma toalhinha pequena, branca, quando você tiver relação com seu homem, enxugue o membro colhendo o esperma do mesmo, (Obs: não se limpe na mesma toalha). Faça um saquinho de 5x5 centímetros colocando um pedaço da toalha que contém o esperma dentro do saquinho. Conseguir um birro de macaco (membro) e um metro de fita vermelha; escrever na mesma, nome, idade e signo dele; dar 7 nós em volta do membro do macaco, em cada nó tem um pedido a fazer.
Pedido: Fulano, (nome completo). Você só vai ter relações sexuais comigo.
2? Pedido: Que fulano (nome completo), só se sentirá bem em
minha casa (nome completo e endereço da dona da casa).
39Pedido: Que fulano (nome completo) longe de mim (nome
completo) fique agoniado e desesperado.
4? Pedido: Que fulano (nome completo) perto de mim (nome
completo) fique calmo, tranquilo e sossegado.
5? Pedido: Que fulano (nome completo) não consiga comer,
beber, nem dormir sem pensar em mim (nome completo).
.6? Pedido: Que fulano (nome completo) sinta necessidade de
ficar perto de mim (nome completo).
7? Pedido: Que fulano (nome completo) longe de mim (nome completo) sofra que nem Cristo sofreu na cruz.
Realizados os 7 nós, colocar o birro do macaco dentro do saquinho e acrescentar um pouco dos pós: Amansa-nego, Pega-homem, Agarradinho, Sedução, Gamação, União e Liga; o restante misturar no talco de uso; logo após o banho, passar nas partes íntimas do corpo.
O patuá (saquinho com todo o material, pedaço da toa-l'ha, birro do macaco enrrolado na fita e os diversos pós) deve¬rá ser costurado e usado diariamente por dentro do sutiã lado esquerdo, e nas noites que ele não vier dormir com você, colo¬que dentro da calcinha, bem na parte íntima, fazendo com que não consiga ter relação com outra mulher, pois, simbolica¬mente, o membro dele está em suas mãos.
Lembrete: Este amuleto não impede, caso ele seja mulhe¬rengo, de sair, só que relações sexuais jamais ete conseguirá com outra mulher enquanto você estiver usando o mesmo.
Obs: O patuá só terá efeito quando usado junto ao seu corpo
CHÁ DE SALAMANDRA
Para conquistar seu homem pelo sexo, e para que o mesmo fique louco por você, faça o seguinte:
Antes de dormir, tome um banho gostoso, perfume-se toda e coloque a melhor calcinha que tiver; feito isto, deite-se pensando no seu homem. Pela manhã, quando acordar faça uma massagem no sexo, pensando no seu homem (diga o nome dele); feito isto, retire a calcinha e ponha numa panela para ferver. Deixe esfriar, coloque numa garrafa desinfetada e tampe. Quando for servir ao bem amado chá ou café ou outra bebida, misture um pouco do chá da Salamandra.
Obs: Você não pode tomar desta bebida, prepare em separado a sua para, juntos, comemorarem um novo relaciona-mento. Na medida em que forem passando os dias, e conti¬nuando a servir a bebida, você irá notar a transformação do seu companheiro, que irá fazer todas as suas vontades e ficará amarrado para sempre junto de você. Quando terminar o chá, prepare nova porção.
PRENDA A PESSOA AMADA FAZENDO O JANTAR MOLHO PARDO
Comprando uma galinha, de preferência preta e que esteja no choco, ao matar, separe o sangue; prepare de maneira toda especial, bem temperada no azeite de dendê, pimenta da costa e todos os tipos de cheiro-verde e mais: alho, cebola, salsa, sal, etc. Misture o sangue da galinha com sangue menstrual, para fazer o molho pardo bem temperado e servir ao companheiro. Agora é só esperar o resultado.
CAFÉ SEXUAL
Esta receita é da cigana Esmeralda. Quando você estiver menstruada, faça de sua calcinha o coador para o café do seu bemamado. Quando.servir o café procure xícaras diferentes, para que você tenha a certeza de que ele está tomando o café menstruado. O seu café deverá ser puro, coado da maneira usual. Na conversa que tiver, procure ser a mais natural possível, para não causar suspeitas. Observe seu comportamento, depois que ele tomar o terceiro gole. A transformação amorosa, as gentilezas e dedicação oferecidas a você, talvez ele queira repetir mais um pouco do café, por ter achado saboroso.
TRABALHO DE AMARRAÇÃO FEITO COM SANTO ANTÓNIO - TIRA FILHO
Em primeiro lugar, consiga um Santo António, chamado de tira-filho, pois este tipo de imagem solta o menino dos bra¬ços do santo. Em segundo lugar, vá a uma igreja e passe água benta. Quando comprar a imagem, compre também uma vela branca tipo Santo António. Compre um pedaço de fita de cor rosa do seu tamanho e de cor azul na medida dele. Feito isto, escreva sete vezes o nome dele na fita cor-de-rosa e sete vezes o seu nome na fita azul, depois de ter escrito os nomes nas fitas, dê sete nós amarrando as duas fitas e vá enrolando no santo. Acenda a vela e reze esta oração:
"Meu querido Santo António, que tantos milagres tens feito, ajuda-me a conseguir casamento. Tenho-te venerado tan¬to, desejo agora que me ampares e que me tragas aquele que será meu esposo perante Deus e perante os homens. Suplico-te, ó Santo milagroso e benfeitor, que não esqueças de mim, e que me dês aquilo que mais desejo. Rogo-te, amorável Santo, que concedas esta graça e que eu seja conduzida para diante do altar pelo braço de um cavalheiro forte, borfdoso e inteligente. A ti confio o meu desejo, e nas tuas mãos deposito as minhas esperanças. Quando receber esta graça, prometo devolver o menino aos teus braços; se faço isto é por causa do meu deses¬pero; eu amo apaixonadamente o meu namoFado. Perdoe-me meu querido Santo António.
Depois de rezar diga para Santo António: "Agora eu vou retirar o menino dos teus braços e só o devolverei quando alcançar o meu objetivo." Deixe o menino ao lado da imagem
TRABALHO PARA FIRMAR O CASAMENTO
Às vezes a moça é noiva, comprometida verbalmente, mas não passa disso; o noivo está indeciso e o tempo vai passando.
Em primeiro lugar, compre uma vasilha de barro (alguidar) e escreva em papel branco sete vezes o nome do seu noivo ou pretendente, depois no verso do papel escreva por cima do nome dele o seu sete vezes. Coloque o papel no alguidar, der¬rame em cima um copo de mele acenda dentro do mesmo sete velas brancas e reze para Santa Catarina a oração abaixo:
"Formosíssima Santa Catarina, sabemos que dominaste só com a tua presença os cinquenta mil homens da casa do Pa¬dre Santuário. Dá-me a tua proteção para que eu possa domi-j nar apenas um homem, que é fulano (aqui se diz o nome do homem desejado).
Santa Catarina, formosa e pura, padroeira das mulheres novas e solteiras, abrandai o coração de fulano (aqui se diz o nome do homem desejado) para que ele só pense em mim, só deseje a mim e não se interesse por outra que não eu.
Se ele estiver comendo, que não coma; se estiver bebendo, que não beba; se estiver dormindo que não durma enquanto não vier a mim e não falar comigo.
Fulano (aqui se diz o nome dele), pelo poder e encanto de Santa Catarina, tenho-te subjugado aqui sob o meu pé es¬querdo; nunca mais pensarás noutra mulher enquanto debaixo do meu pé esquerdo estiveres"
Obs: Depois de rezar, colocar o nome dele no sapato es¬querdo; pisar firme e dizer: fulano, você está preso no meu co¬ração durante toda a eternidade. Não esqueça: sempre ao le¬vantar repetir o nome dele, firmando o pé no chão batendo três vezes.
PATUÁ COM IMA DE AMARRAÇÃO
Adquira um ímã de amarração em casa especializada. Na parte central do ímã cole um papel branco e escreva o nome dele, e na argola também cole um papel branco e escreva o seu nome; isso representa o aprisionamento da pessoa amada através do ímã. A sua fotografia e a dele, uma de frente para a outra, devem ser amarradas com fitas: cor-de-rosa na sua me¬dida e na medida dele, de cor azul, em volta do ímã. Coloque tudo num saquinho e ande com ele junto ao seu corpo, por dentro do sutiã.
PATUÁ COM IMA DE ATRAÇÃO
O modelo é diferente, tipo ferradura.
Escreva o seu nome na ferradura, e o nome da pessoa amada quequer atrair na outra parte do ímã: envolva as peças com fitas de cor diferente e mais as fotografias, conforme foi explicado no ímã de amarração e passe a usá-lo também (co-mo foi dito no Patuá de Amarração.para todas as finalidades: Patuá do Amor, da Feiicida-
de, da Sorte, Abre-Caminho, Santa Catarina, Pomba Gira e outros, prontos para usar.
RELAÇÃO AMOROSA EM DECLÍNIO POR CAUSA DA BEBIDA
É muito comum desfazer-se um relacionamento amoroso, por causa da bebida, muitas mulheres desconhecem a maneira de proceder para que o seu namorado, noivo, esposo ou aman¬te abandonem este terrível vício. Assim, vamos relatar a ma¬neira de proceder para conseguir com a ajuda de Santo Onofre, padroeiro daqueles que têm o costume exagerado de ingerir bebida alcoólica. Compre um Santo Onofre de chumbo, que seja oco e de dez centímetros de altura. Depois de ter adquirido o mesmo, vá a três igrejas e coloque o Santo Onofre na água benta; não enxugue, enrole-o num pano virgem; feito istor na primeira igreja, vá na segunda e repita o mesmo procedi¬mento, e na terceira, também. Após ter benzido o santo, com¬pre um copo e uma garrafa de cachaça, escreva num papel em branco o nome do seu bem-amado (nome completo, idade, signo e residência) e coloque dentro do santo.
Esta simpatia deverá ser feita na Lua Minguante, poisa força da lua está enfraquecida e será mais fácil de obter o resultado satisfatório.
Outro assunto importante é a questão do horário; para começar este trabalho, procure de todas as maneiras fazê-lo nas horas grandes, 6, 9, 12, 15 ou 18 horas em ponto.
De posse do santo, diga: Santo Onofre, meu companheiro tem o vício da bebida, e de hoje em diante vou colocá-lo (a imagem) de cabeça para baixo dentro do copo, para você beber a bebida dele; e enquanto ele não deixar de beber não o retira¬rei daí. Coloque a cachaça até a cintura do santo dentro do copo. Observe: No caso de evaporação da cachaça reponha o que falta, sempre na medida da cintura do santo e no mesmo horário escolhido. O resultado começa a aparecer. Na proporção que o santo vai bebendo seu amado vai deixando o vício. Quando o mesmo largar de beber, liberte o santo e deixe-o na primeira igreja onde você fez o primeiro benzimento. Solicite o perdão ao santo pela chantagem que você fez e reze três Pai Nossos em agradecimento pela graça recebida. OBS: A duração é de sete semanas; se começou numa segunda feira, renove no mesmo dia toda a cachaça e repita falan¬do tudo o que está escrito
SALAMANDRA ENSINA COMO AMARRAR O SEU PATRÃO PELA MAGIA
Você que trabalha de secretária, balconista, etc, o con¬vívio diário com seu patrão, a aproximação pode chegar ao extremo. O relacionamento carnal entre os dois já aconteceu e continua, mas com menos intensidade que no início. Agora você tem notado a indiferença dele e suas atitudes bruscas, que até parece que ele quer terminar tudo, pois o objetivo de¬le foi só realizar a conquista, agora já pensa até em demiti-la do serviço, conforme informações de colegas.
Você, que não se conforma com tal situação, deve tomar as seguintes providências: Arrume-se bem, perfume-se com o perfume que ele lhe deu de presente, largue sorrisos à vontade e passe a andar de maneira provocante. Quando houver uma situação amorosa, force a natureza para que isto aconteça, e no momento em que estiver acontecendo as carícias procure retirar um fio de pentelho, ou vários, quanto mais melhor; is¬to é muito importante, pois caso contrário não poderá ser realizado o trabalho. Talvez demore você conseguir, faça do tipo brincadeira Bem-me-quer, que em geral dá bons resulta¬dos, conforme informação de muitas secretárias que alcança¬ram o seu objetivo.
Conseguindo os pentelhos na proporção de impar, 1, 3, 5,7, coloque no pescoço de uma imagem de chumbo de São Benedito, de 10 centímetros, que seja oca (ir a uma igreja e molhar na água benta, para depois começar o trabalho). Num papel escreva sete vezes o nome dele completo, idade e signo; em outro papel escreva o seu nome completo, idade e signo. Coloque os papéis de frente, nome com nome, envolva no mel e ponha dentro da imagem. Feito isto, tampe com cera virgem, os pentelhos sempre em número impar, coloque em volta do pescoço da imagem, prendendo-os com cola. Escon¬da a imagem durante vinte e um dias no estabelecimento onde você trabalha. Não esqueça: Prepare tudo num lugar onde ninguém possa encontrar e de preferência em dia de Lua Cheia. Após ter passado os vinte e um dias, leve a imagem para sua casa e coloque-a debaixo do colchão, do lado que você dorme, por mais vinte e um dias. Feito isto, compre um vaso de barro, nele enterre a imagem e plante por cima um pé de rosa.
Quando a roseira começar a dar flores, retire o primeiro botão de rosa e faça a entrega numa encruzilhada T (quando uma rua termina em outra) e diga: graças a Salamandra conse¬gui o meu objetivo, e em agradecimento lhe dou o primeiro botão de rosa do meu jardim do amor. Desenterre o santo, re¬tire todo o trabalho efetuado, lave e perfume a imagem e deixe-a na porta da igreja onde você levou-a para benzer. Re¬ze três Pai Nossos, peça perdão e retire-se.
TRABALHO PARA SEPARAR A AMANTE DO SEU HOMEM
Primeiramente procure adquirir um casal de vela (ho¬mem e mulher, na cor branca). Antes porém de iniciar o trabalho, é necessário ter os dados; nome completo, idade, data do nascimento e signo de ambos. Comprar os pós Nojo, Aflição, Briga, Desunião, Separação, Confusão e Derrota; pimenta-da-costa, sal grosso e um pouco de urina, (de quem estiver realizando o trabalho). Duas fitas, um metro cada, na cor vermelha. Vamos agora à maneira de realizar a simpatia. Primeiramente escreva seu nome na veJa boneca, e no boneco o nome dele; feito isto, na primeira sexta-feira de -Lua Min¬guante num dos seguintes horários: 6, 12, 18 ou 24 horas em ponto. Tudo deve estar pronto, somente faltando acender as velas.
Trabalho a ser efetuado: Escreva 7 vezes os dados de cada um em cada fita; colocar os bonecos de costas, moer a pimenta com o sal grosso e misturar com os pós. Colocar as fitas trocadas, a com o nome dela amarrar no boneco e a fita dele amarrar na boneca, dando 7 nós no amarrar cada fita. Convém lembrar que em cada nó é necessAa^azer um pedido. (Escreva os pedidos num papel para ^ÉHHlpaesmos não sejam esquecidos ou repetidos, fazendon^M^que a simpatia, não se complete). Tudo pronto, feito!Os pedidos' em voz alta, colocados os pós, aguardar^nTorário exato. Após acender as velas, aguardar a queima das mesmas, e ao terminar jogar em cima a urina em forma de cruz;
juntar tudo o que restou: fósforo, raspa de velas, e jogar num rio de água corrente ou num vaso sanitário. Levar um pouco de cachaça para lavar as mãos, pois não adianta usar água e sabão. Dentro de 21 dias os dois começam a se desentender, brigando, até chegar ao afastamento definitivo. Quando jogar o resto dos materiais dizer: "Salamandra mostre tua força neste trabalho"; repetir três vezes.
MARIA PADILHA DAS ALMAS ENSINA COMO SER DESEJADA PELOS HOMENS ATRAVÉS DA MAGIA
; Ninguém é obrigado a fazer.esta simpatia, porém desde que iniciada terá que ser terminada, sob pena de sérios problemas na sua vida sentimental. Um ditado diz que "Pomba Gira dá e tira", porém salientemos que ela só real¬mente tira quando o prometido não é cumprido:
1 Vaso branco (novo) 1 Potinho de mel puro 1 Caixa de Pó de Sedução
Durante 7 vezes, sendo sempre nas sextas-feiras, num dos horários: 6, 12, 18 ou 24 horas, repetindo sempre no mesmo horário. Oferecer um botão bem fechado de rosa vermelha. No seu quarto passar mel no talo da rosa e colocar num vaso com água; marcar com tinta ou baton o nível da água. Só completar a água na sexta-feira seguinte, mes¬mo que o vaso seque, pois caso isto aconteça, indica que você está pouco atrativa. Caso a rosa não abra, você tem pessoa, ou pessoas demandando para trancar a sua parte sentimental.
Como proceder: Após oferecer a rosa, passar o mel no talo, colocar a água e pó no vaso, dizer: "Maria Padilha das Almas, ofereço meu corpo espiritualmente para você por vinte e ungias; em troca quero que me deixe tão atrativa quanto maria Padilha eu estou te pagando, você é que está devendo Me dê o poder de dominar e não ser dominada me deixe tão atrativa quanto você. Maria Padilha,mostre a sua força
Feito isso, bater três vezes a cabeça em frente à rosa; esta fica no vaso até a sexta-feira seguinte
Na segunda sexta-feira, primeiramente retirar a rosa da sexta-feira passada exatamente no mesmo horário da anterior, passar o mel na nova rosa, e se a água baixou, completar, caso contrário não precisa acrescentar água; repetir o mesmo ritual.
Com a rosa da sexta-feira anterior, separe as pétalas e coloque-as numa vasilha de água morna, depois toma-se banho de bacia do pescoço para baixo. Após o banho enxugar-se, juntar as pétalas e guardar. 0 talo, levar a uma encruzi¬lhada T, ao regressar não voltar pelo mesmo caminho. Lembre-se de tudo isto todas as sextas-feiras, na medida que vão passando, você vai ficando até assustada com o poder de sua atração dominando quem você quiser, sendo solteiro, casado, etc.
No final das sete sextas-feiras você terá as pétalas secas que foram guardadas durante tudo o período.
Você irá. pegá-las, colocá-las numa lata com carvão em brasa, juntar com sândalo, alfazema, sete cravos da índia, mirra, levante e manjericão, e fará uma defumação no seu corpo, totalmente, repetindo as palavras faladas anteriormente. A água acumulada na bacia durante toda a simpatia você jo¬gará na cabeça e ficará vinte e quatro, horas sem lavá-la. Feito isto está terminado o seu compromisso, sempre que _ quiser poderá renovar esse trabalho com Maria Padilha das Almas. Anote: Durante as sete sextas-feiras, ninguém a não ser você poderá tocar na rosa, pois ela secará na hora e você perderá toda a sequencia, tendo que iniciar tudo nova¬mente até terminar, pois você aceitou o compromisso.
Lembre-se, leve o tempo que levar terá que ser termi¬nado. Sugerimos então que deixe num local onde só você entre. Não confie, pois alguém poderá entrar e tocar na rosa, e se isso acontecer você terá que iniciar tudo novamente. Esta simpatia é de um magnetismo incrível, não importando-idade, cor, nível social.
No final, a bacia usada será entregue na mesma encruzi¬lhada que você vinha entregando os talos da rosa. Não olhar para trás no momento ou após a entrega.
SIMPATIA DE MARIA PADILHA DAS ALMAS PARA SEGURAR PELA MAGIA O SEU BEM-AMADO
Adquira uma vela casal-unido vermelha (tipo imagem), também duas fitas, cor vermelha, uma na altura dele, outra na sua. Escreva o nome dele por sete vezes na sua fita, e o seu nome sete vezes na fita dele. Faça sete nós com as duas fitas e enrole na vela tipo imagem. Misture os pós Agarradinho, Sedução, União, Gamação, Amarração, Liga e Desencanto e envolva na vela, ao mesmo tempo faça o pedido, anteriormente escrito, para não esquecer no momento em que está realizando o trabalho:
1 Pedido: Fulano (dizer o nome completo).Você está preso no meu coração e seu corpo preso ao meu. 2 Pedido: Fulano (dizer o nome dele completo).Você perto de mim (dizer seu nome completo) se sentirá bem na minha presença, longe ficará nervoso e aflito, na esperança do reen¬contro o mais breve possível.
3 Pedido: Fulano (dizer o nome dele completo) Você perto de mim (dizer o seu nome completo) ficará calmo, contente alegre e feliz.
4 Pedido: Fulano (dizer o nome completo). Eu, só eu (dizer o seu nome completo) te satisfarei sexualmente e mais nin¬guém neste mundo.
5 Pedido: Fulano (dizer o nome completo). Eu, só eu (dizer o seu nome completo) poderei te amar para sempre na mais feliz harmonia.
6 Pedido: Fulano (dizer o nome completo). Que você sem¬pre sinta necessidade da minha presença (dizer seu nome completo).
7 Pedido: Fulano (dizer o nome completo). Você escutou a minha súplica e se você não for só meu, quero que sofra amargamente o resto da vida, e um dia venha rastejando co¬mo as cobras venenosas, e eu te rejeitarei para o resto da vida, pois não costumo comer o que sobrou das outras.
Após fazer todos os pedidos acender a vela. Junto com o seu trabalho, oferecer a Maria Padilha das Almas uma vela tipo imagem de Pomba Gira na cor vermelha, uma garra¬fa de sidra, uma taça vermelha e uma carteira de cigarro, com ponta, da melhor marca e uma caixa de fósforo; acender a vela, abrir a sidra, colocar na taça e deixar a garrafa ao lado da vela Pomba Gira; acender um cigarro e dar três baforadas e pedir a Maria Padilha das Almas que resolva o seu caso amoroso.
Esta entrega deve ser feita numa sexta feira de Lua Cheia, numa encruzilhada T.
Ao se retirar não volte pelo mesmo caminho, dê três pas¬sos para trás, vire-se e continue a caminhar nâ"o olhando para os lados e seguindo sempre para frente.
Feita esta obrigação é só esperar o resultado favorável a você. Sempre que você quiser alguma coisa de Maria Padilha das Almas, solicite em pensamento e faça um agradinho ofe¬recendo: Cigarros, Rosa Vermelha, Sidra ou Champanhe, e verá que será sempre atendida. Nunca fique devendo nada, nem que seja um simples cigarro. Prometeu tem que pagar, ou sofra as conseqüências.
SIMPATIA DE MARIA PADILHA DAS ALMAS PARA QUE NENHUMA MULHER CHEGUE PERTO DO SEU HOMEM
Lembre-se, a simpatia é tão forte quanto um trabalho es¬piritual realizado num terreiro, somente com a diferença de que a simpatia é feita por você, apenas na irradiação da entida¬de, e o trabalho num terreiro é executado diretamente pela entidade; isto no caso de você não poder ir a um terreiro, on¬de o ambiente possui maior poder de irradiação, concentra¬ção e vibração direta das entidades.
1 Couro de lagarto
3 Ovos chocos
1 Pedra de carvão
1 Copo virgem
1 Boneco de pano preto
1 Alfinete de cabeça (novo)
1 Fio de cabelo (dele)
Modo de fazer: Numa segunda-feira da Lua Minguante, pegue a pedra de carvão, coloque num copo virgem com água e deixe embaixo da sua cama do lado esquerdo, até quarta-feira; na quinta-feira retire o carvão e deixe secar. Pegue o carvão e escreva nos ovos o nome completo dele e cruze o seu nome também completo, como mostra o desenho.
Na sexta-feira, vá a uma encruzilhada de Exu (v.desenho) e num dos horários: 6, 12, 18 ou 24 horas exatamente, colo-que o boneco no centro. Antes do horário pré-escolhido,
você deve jogar um pouco do perfume que ele usa na parte íntima do boneco. O fio de cabelo enrole no alfinete e espete na parte íntima do boneco. Depois é só quebrar os três ovos chocos em cima do boneco e dizer: "Maria Padilha das Almas, eu te pago, você me deve. Faça com que fulano (nome com¬pleto) não consiga nada com outra mulher a não ser eu (nome completo). Que todas as mulheres sintam nojo dele.
Terminado o despacho não voltar pelo mesmo caminho. Lavar as mãos com cachaça.
""Esta simpatia dá resultado no período de 7 a 21 dias, a contar da data da quebra dos ovos.
O pagamento a Maria Padilha é uma sidra ou champanhe e uma carteira de cigarro do melhor possível com ponta, e um botão de rosa vermelha. Deve ser feito numa encruzilhada T como mostra o desenho na página seguinte:
AMARRE SEU MARIDO EM CASA
Se seu marido gosta de sair muito de casa e vai a festas, e você desconfia que ele tenha alguma amante, eis a solução:
Na Lua Cheia, numa segunda-feira, pegue a cueca que ele deixar para lavar, junte com a sua calcinha sem lavar e dê três nós entre as duas peças. Lembre-se que para cada nó você faz um pedido do que deseja. Pegue um boneco de vela branca em formato de homem, amarre com uma fita vermelha da altura dele dando três nós, repetindo os mesmos pedidos. Após amarrar a fita no boneco-vela, colocá-lo no meio das peças; mais um pedaço de couro de lagarto e um pouco de pelo de gato preto.
Coloque o trabalho embaixo do colchão por sete dias, após o que retire somente as peças. Lavar e deixá-las prontas para o uso.
O boneco, deixar por mais sete dias embaixo do colchão. Nos sete dias seguintes vire o colchão no sentido que a parte da cabeça fique nos pés.Terminada a simpatia de 21 dias, notará que seu marido será outro homem, sendo mais dedicado em casa e sem von¬tade de sair para festinhas.Toda vez que notar algo diferente, ou seja, que ele quei¬ra porventura reiniciar as suas fugidas noturnas, repita esta simpatia que ele voltará à rotina, tranquilamente.No final deste trabalho faz-se uma defumação com a fu¬maça de carvão, ao qual se junta o pêlo do gato, o couro do lagarto e ainda, Mirra, Incenso, Alfazema, Comigo-Ninguém-Pode e Espada de São Jorge. Defuma-se o colchão, já na sua posição" normal. Após a defumação lavar as mãos com cachaça (marafo). O resto da defumação jogue em água corrente. Para a queima do couro de lagarto, recomendo cortar o mes¬mo em pedaços pequenos, para facilitar a sua destruição.
COMO AFASTAR SUA RIVAL DE SEU BEM-AMADO
Este trabalho envolve as forças espirituais, pois você terá que ir num cemitério e, na parte de trás do Cruzeiro, procurar uma tumba de uma moça virgem e fazer amizade com a mesma.
De que forma você poderá imaginar a virgindade da mes¬ma? Pela idade de seu falecimento, pois nas tumbas costu¬mam colocar as datas do nascimento e falecimento; assim você fica sabendo a idade da jovem,, que não deve ultrapassar os 15 anos. Anote o nome da moça. Em primeiro lugar você a cumprimenta pronunciando o nome dela, e diz que lhe trou¬xe um buquê de flores e um maço de velas brancas, que vai acender. Também que irá rezar para ela três Pai Nossos e três Ave Marias. Esta será a maneira de se aproximar e fazer ami¬zade, para depois você poder solicitar a sua ajuda. Assim você terá que fazer estas visitas até sentir que chegou o momento de solicitar os seus préstimos. Em todas as visitas que fizer, reze e acenda velas e dê um buquê de flores.
Agora o trabalho a ser feito, pois você já fez amizade e já pode fazer seu pedido.
Primeiramente, compre uma cabeça de cobra, numa casa especializada, caso não tenha não saia sem comprar nada, compre uma vela branca e peça para você acender ali mesmo, oferecendo-a às almas benditas. Assim, em quantas lojas você for, proceda da mesma maneira, até encontrar a cabeça de cobra. Adquirindo a mesma, coloque dentro de um copo virgem e encha de cachaça: deixe por 3 dias no sereno. Pas¬sando os 3 dias, retire do copo, pegue uma faca de ponta e procure abrir a boca da cobra, sem quebrar. Agora você vai cortar 7 papeizinhos brancos tamanho 3x3 centímetros, nos quais escreve o nome dele; feito isto, enrrole separadamente cada um, assim você fica sabendo que nos papéis brancos está o nome do seu bem-amado. Em papéis de outra cor, do mes¬mo tamanho, você vai escrever o nome de sua rival e enrolar da mesma maneira. Com a cabeça de cobra na mão, coloque o papel com o nome dele (nome completo) na boca da cobra e diga: Fulano, você não pode ver fulana (nome completo) que será pé de briga. Agora você coloca o papel com o nome dela e vai trançando com os papéis com o nome dele e falan¬do palavras ofensivas dirigidas à sua rival, humilhando-a de todas as maneiras possíveis, sempre trançando os papéis, um ofendendo o outro até chegar no final. Feito isto, coloque num saquinho, a cabeça da cobra, molhe com cachaça e leve a um cemitério, em dia de Lua Minguante, sempre no horário da primeira visita. Enterre o despacho no pé da sepultura de sua amiga. E conveniente chegar no cemitério bem antes da hora marcada, pois você vai ter que acender as velas, rezar e dar o buquê de flores.
Feito o ritual você diz: "Minha querida amiga, estou pre¬cisando dos seus préstimos espirituais, faça com que o meu desejo seja realizado, assim que eu conseguir mandarei rezar uma missa em seu louvor." Faça um buraco na terra no pé da tumba e enterre a cabeça de cobra. Dê três passos para trás, vire-se, agradeça e caminhe sem olhar para trás; se o cemitério tiver dois portões entre por um e saia por outro. Será de bom procedimento levar uma garrafa de cachaça e abrir para la¬var as mãos e uma colher para fazer o buraco de enterrar a demanda. Volte várias vezes ao cemitério, converse com ela, explique como está a situação, sempre levando um agradinho.
Obs: A garrafa de cachaça, o abridor e a colher, deixe no local.
RESPOSTA AO SEU INIMIGO DECLARADO
Você que trabalha numa repartição, banco, comércio, etc, devido a sua dedicação e presteza no serviço, aparece os inimigos declarados. Para anular tal procedimento, prejudicial a você, pois a intriga vai afetando sua imagem junto à chefia e piora a relação de trabalho com seus companheiros, o que pode provocar sua remoção ou até mesmo receber o bilhete azul. Assim, você tem que procurar a sua defesa.
Modo de agir: Adquira uma vela preta, escreva o nome
do intrigante, completo do pavio para baixo e faça outro pa¬vio no pé da vete.. Misture os pós abaixo discriminados num papel, em seguida enrole o papel (com os pós) na vela acen¬dendo os dois pavios. Antes porém, quebre a vela bem no meio. Este trabalho deve ser feito no ciclo da Lua Minguante, 7 vezes, no horário a escolher, 6, 15, 18, 21 ou 24 horas! Você poderá colocar embaixo da vela um papel, escrevendo nele o que deseja.
Nome dos pós: Derrota, Nojo, Destruição, Urubu, Mor¬cego, Cemitério e Pó de Sapo.
O primeiro trabalho deve ser entregue na encruzilhada de Exu, os demais serão feitos no seu banheiro, acendendo a vela preta com dois pavios, colocando-a ao lado de um copo com a cachaça em oferecimento a Exu Tranca-Tudo. Naencru-Ihada, o primeiro trabalho deve ser acompanhado dos seguin¬tes materiais que você vai oferecer e pedir a ajuda de Exu Tranca-Tudo para resolver o seu problema:
Uma garrafa de marafo
Um charuto do bom
Uma caixa de fósforo
Uma bisteca de porco bem temperada com azeite de
dendê
Pimenta da costa
Cheiro verde.
Ponha todo o material num prato de papelão. No mo¬mento da entrega, dizer: Exu Tranca-Tudo estou lhe pagando para que o senhor em troca realize o meu desejo.
Acenda a sua vela de dois pavios, outra vela vermelha e preta, você acende na chama da sua vela para o Seu Tranca-Tudo. Abra a garrafa de cachaça e acenda o charuto. Reco¬mendação: você vai na companhia de pessoa amiga, sob hi¬pótese alguma vá só. Ao se retirar dê três passos para trás, não olhe para os lados e siga em frente, retornando por outro caminho. Os demais trabalhos você poderá fazê-los em sua casa, tal como foi dito nos casos anteriores.
BANQUETE PARA MARIA PADILHA DAS ALMAS E SUAS COMPANHEIRAS
Quando você estiver necessitando dos préstimos de Maria Padilha das Almas, ofereça um banquete para ela e suas companheiras. O local certo é numa encruzilhada T, e com todo o requinte de uma festa.
Quando for fazer a entrega, você mencionará quem vai tomar parte no banquete: Diga: "Eu ofereço de bom grado a Maria Padilha das Almas e suas companheiras, para que me ajudem a resolver meus problemas amorosos, que estão trancados devido a ciúmes causados por colegas. Desta forma ofereço à Senhora e suas companheiras Pomba Gira da Meia Noite, Pomba Gira das Sete Encruzilhadas, Pomba Gira Sete Saias, Pomba Gira Sensual, Pomba Gira Menina e Pomba Gira Maria Mulambo
Compre ou mande fazer uma toalha vermelha com renda preta.
7 Velas tipo Pomba Gira (vermelha)
7 Garrafas de sidra
7 Carteiras de cigarros, do melhor
7 Botões de rosa vermelha
7 Caixas de fósforo
7 Bolinhos de carne moída crua bem temperado, sem sal
7 Fitas vermelhas de um metro cada
7 Taças (vermelhas)
7 Pratinhos de papelão.
As fitas, amarrar em cada garrafa escrevendo o seu nome e o dele. Na encruzilhada T, você estende a toalha e vai colocando os materiais na seguinte ordem: primeiro a vela de Maria Padilha das Almas, a sidra, (garrafa destampada) o bo¬tão de rosa, a carteira de cigarro (aberta) tire um cigarro acen¬da e dê uma tragada e o prato com os bolinhos de carne crua.
Acenda as velas em circulo. Feita a primeira homena¬gem, explique sua situação a Maria Padilha e solicite os seus préstimos, pois você está oferecendo o banquete em pagamento do que deseja receber. Assm, você vai oferecendo para cada uma Pomba Gira, na mesma sequência, até fechar o círculo. Despeça-se com toda reverência, bata a cabeça no chão, levante-se, dê três passos para trás, não olhe para os la¬dos, siga em frente, não volte pelo mesmo caminho e vá acompanhada, pois trabalho de encruzilhada nunca se vai só.
DESILUDIDA NO AMOR APELE PARA A CIGANA ESMERALDA
Você que não consegue firmar um namoro, vendo o tempo passar e suas colegas constituírem lar, começa a pen¬sar: o que será se ficar solteira? Assim o pensamento começa a atormentar a sua vida, até que alguém lhe diz para procurar recurso através da simpatia. Aqui a solução para o seu caso.
1 lenço na cor vermelha
7 moedas do mesmo valor
1 vela cor laranja
1 botão de rosa vermelha
1 carteira de cigarro, do melhor
1 caixa de fósforo.
Estes materiais são para presentear a cigana Esmeralda. Agora os materiais para o seu trabalho:
1 vela tipo coração (vermelho)
1 vela tipo coração (branca)
1 caixa de Pó de Casamento
1 caixa de Pó União
1 caixa de Pó Liga
1 caixa de Pó Sedução
1 caixa de Pó Agarradinho
1 caixa de Pó Gamação
1 caixa de Pó da Paz
1 fita da altura dele (cor vermelha)
1 fita da sua altura (cor branca)
Escreva no coração vermelho o nome dele completo e no coração branco o seu nome completo. Na fita de cor bran¬ca escreva 7 vezes o nome dele, e na fita vermelha escreva
7 vezes o seu nome. Coloque os dois corações frente a frente, amarre as duas fitas envolvendo os corações, com nó bem apertado; feito isto, misture os pós e envolva os dois corações amarrados. Numa sexta-feira da Lua Cheia faça a entrega nu¬ma campina. O porquê de entregar o trabalho de amarração nesta lua é que o resultado esperado é melhor, recebe a força total da Lua Cheia. No momento da entrega solicite os présti¬mos da cigana Esmeralda, explicando o seu caso.
Estenda o lenço vermelho, coloque em cima as moedas e o botão de rosa; abra a carteira de cigarro, tire um, acenda e dê três baforadas em cima dos corações colocados ao lado do lenço: nesta oportunidade você poderá levar uma estrela de David ou outro amuleto para usar; coloque o amuleto em cima do lenço, deixe-o por um instante, acenda as velas cora¬ções e a vela cor de laranja para a cigana. Converse mais um pouco com ela, agradeça e reze três Pai Nossos e três Ave Marias. Espere o resultado confiantemente. Solicite permissão da cigana Esmeralda para levar os amuletos que irá usar diariamente
PARA AS NOIVAS, SALAMANDRA ENSINA
Você que é noiva mas o casamento é sempre protelado, e assim vai passando o tempo de data em data, Salamandra tem a fórmula para tirá-la desse desencanto:
1 Casal de boneco (branco, de pano)
1 Potinho de mel
1 Fita branca da sua altura
1 Fita azul da altura dele
1 Vela de cor laranja
1 Imagem de Santo António (25 cms)
1 Vela tipo imagem de Santo António
1 Ostia (sua, de comunhão)
1 Caixa de pó casamento
1 Caixa de pó desencanto
1 Caixa de pó amarração
Modo de preparar: Tendo adquirido os bonecos, escreva o seu nome completo na boneca e o nome dele completo no boneco.
Numa sexta-feira da Lua Crescente, vá a uma igreja, faça a comunhão, e a óstia que receber não engula, procure trazer de volta; é muito importante trazê-la de qualquer maneira.
Molhe os bonecos na água benta, não enxugue, deixe se¬car naturalmente. Feito isto, escreva o seu nome completo na fita branca, 7 vezes, e na fita azul o nome dele completo também 7 vezes. Coloque os bonecos de frente, a óstia no meio, e amarre com as fitas dando 7 nós bem apertados, e a cada nó faça um pedido. Após ter amarrado os bonecos, colo¬que embaixo do seu colchão por 7 dias, depois retire a óstia, passe bastante mel nos bonecos e coloque embaixo de uma árvore que tenha bastante flores ou frutos; no momento da entrega solicite a firmeza e a ajuda de Salamandra; reze para ela e acenda a vela cor de laranja; retire-se sem olhar para trás.
Obs: Quando retirar a óstia do meio dos bonecos, coloque-a embaixo da imagem de Santo António, que deve ficar dentro do seu quarto; acenda a vela tipo Santo António*, reze e solicite ajuda do Santo.
COMO FICAR MAIS ATRATIVA PARA OS HOMENS
Você que sempre deseja ser mais atrativa, temos a maneira para resolver o seu caso. A atração é o primeiro passo para se chegar a um caso amoroso.
Em primeiro lugar, tome um banho com pétalas de rosa vermelha: arrume:se bem, faça uma maquiagem discreta, pois o exagero às vezes atrapalha, alguém pode fazer mau juízo de você. Procure ir no meio, onde tiver aglomeração de pessoas, num ônibus cheio talvez você consiga atrair o seu futuro bem-amado.1 Caixa de Fluido Pega Homem 1 Caixa de Pó Pega Homem 1 Caixa de Pó Atração
1 Caixa de Defumador Atrativo do Amor.
2 Rosas vermelhas (uma para o banho e outra para o trabalho).
Modo de usar: Após o banho de rosa, antes porém defume seu quarto com o defumador Atrativo do Amor, passe em todo o corpo o Fluido Pega Homem; na sua maquiagem use os pós Pega Homem e Atração; um pouco desses pós misture no seu Talco. Vista-se com a melhor roupa que tiver, coloque a rosa vermelha no seu cabelo. Na rosa, burrife um pouco do Fluido Pega Homem. Agora você está pronta e atrativa, é só distribuir olhares e sorrisos para um final feliz.
ANJOS 13
Durante séculos, estudiosos se debruçaram sobre as Sagradas Escrituras, buscando estabelecer a correta relação dos Anjos com Deus e seu papel em relação à Humanidade. Nomes importantes aparecem nesse rol, tais como Eusébio de Cesaréia, Atanásio, Basílio Magno, Ambrósio de Milão, Jerônimo, João Crisóstomo, Cirilo de Jerusalém, Cirilo de Alexandria, Agostinho e Dionísio.
Dentre todos, foi Dionísio, que realizou seus estudos por volta do início do século VI, o primeiro a estabelecer a divisão dos Anjos em três classes, ou ordens, subdivididas, por sua vez, em outros três níveis.
Essa divisão é aceita até hoje e determina a posição de cada Anjo em relação a Deus e aos homens. A primeira Ordem, por exemplo, estaria mais próxima de Deus e mais distante dos homens. A segunda, seria uma intermediária dessa três ordens, já que a terceira estaria mais próxima dos homens e mais afastada de Deus, mas não menos qualificados para intermediar as relações entre esses dois planos, o de Deus e o do homem.
Esta é a hierarquia dos Anjos até hoje aceita e que foi estabelecida por Dionísio:
Primeira Ordem:
Primeiro Coro - Serafins - Príncipe: Metatron - Planeta Netuno
Segundo Coro -Querubins - Príncipe: Raziel - Planeta Urano
Terceiro Coro - Tronos - Príncipe: Tsaphkiel - Planeta Saturno
Segunda Ordem:
Dominações ou Soberanias - Príncipe: Tsadkiel - Planeta Júpiter
Potências ou Potestades - Príncipe: Camael - Marte
Virtudes - Príncipe: Raphael - Sol
Terceira Ordem:
Principados ou Autoridades - Príncipe: Haniel - Planeta Vênus
Arcanjos - Príncipe: Mikael - Planeta Mercúrio
Anjos - Príncipe: Gabriel - Lua
Ao longo desses séculos todos, estudos seríssimos foram realizados, buscando compreender a natureza dos Anjos e seu papel na hierarquia celeste, mas, por fim, esgotados em si mesmos, os pesquisadores, sem chegar a conclusões definitivas, passaram a se dedicar a assuntos menores, como tentar descobrir o sexo dos Anjos, estabelecer seu peso e seu volume e outras informações menos importantes, que jamais foram obtidas de forma satisfatória.
Essa preocupação com tolices fez com que o assunto perdesse a seriedade merecida e os Anjos ficassem relegados a um segundo plano nas preocupações dos homens, até ressurgirem, nos últimos tempos, no papel que sempre desempenharam, de grandes mediadores das relações entre Deus no céu e seus filhos aqui na Terra.
Isso fez ressurgir, inclusive, as antigas e poderosas Simpatias dos Anjos. Descubra qual é o seu Anjo, consultando as tabelas no fim deste volume, depois use o poder de seu Anjo em seu benefício.
ANJOS PARA TODOS OS FINS
Antigamente, ao nascer uma criança, podia-se ouvir o ruflar de asas de seu Anjo, saudando-a para a vida. Hoje, raros são aqueles que conseguem, ainda que num esforço supremo, sentir a presença dos mensageiros divinos.
Apesar disso tudo, os Anjos jamais deixaram de desempenhar sua missão. Quanto mais os homens se afastavam deles, mais eles velavam pelos homens. A confirmação pode ser medida nas centenas de testemunhos que relatam situações onde os Anjos participaram ativamente, vindo auxiliar em momentos de aflição e de necessidade.
A sabedoria popular, inclusive, registra uma série de simpatias onde os estão presentes. Quando a atenção se volta de novo para a presença e a participação dos Anjos na vida da Humanidade, percebe-se que essas simpatias, durante os últimos anos, ficaram relegadas a um segundo plano, pois as pessoas queriam sempre algo mais prático, mais imediato, mais material.
Não sabiam que relegavam ao esquecimento um dos ramos mais poderosos e belos das Simpatias Populares. Ramo onde se encontra solução para todos os problemas, dos mais simples aos mais complexos. Nele, o auxílio vem de quem se encontra ao lado de Deus, impregnando-se de sua luz e de sua infinita sabedoria. São simpatias preciosas, portanto.
ANEMIA
É realmente um absurdo encontrar pessoas anêmicas num país tão rico como o nosso, mas isso pode ocorrer não apenas por falta de alimentação, mas por alimentação errada.
O estresse do trabalho e o corre-corre diário faz com que as pessoas se alimentem às pressas, sem dar ao organismo os nutrientes que ele necessita.
Se isso ocorreu recentemente com você, é sinal que além da anemia, outros problemas estão a caminho para incomodá-lo(a). Fortaleça seu organismo e seu espírito, com a seguinte simpatia:
Durante quarenta dias, se você for um homem, ou setenta dias, se for uma mulher, converse com seu Anjo, no horário dele, diariamente, tendo ao lado de uma vela branca um copo de suco de agrião, adoçado com mel, ligeiramente morno.
Deixe junto um prego de aço e, assim que terminar sua conversa pedindo pela sua saúde ao Anjo, coloque o prego dentro do copo. Espere alguns instantes, depois beba o suco. Reserve o mesmo prego para usar nos dias seguintes.
Quando completar o prazo de dias necessários, enterre esse prego num gramado verdejante, com a ponta para baixo, ou jogue-o em água corrente.
ARTE
As manifestações artísticas são um bálsamo para o espírito, porque permitem que ele se integre à natureza e às demais pessoas, repartindo-se e doando-se generosamente.
Seja qual for a manifestação artística, ela sempre provoca uma elevação espiritual e isso, no plano de Deus, tem uma importância muito grande.
Quando você buscar inspiração para praticar sua arte ou seus dons, coloque rodelas de frutas cítricas frescas num prato, com uma pitada de sal e azeite de oliva.
Quando for conversar com seu Anjo, coloque esse prato no altar. Após terminar, coma metade das frutas e jogue o restante em água corrente.
BRONZEAMENTO
Bronzear-se é até uma necessidade, pois o corpo e a pele precisam da luz do sol para uma saúde completa. Isso sem contar que, no aspecto estético, um bronzeamento bem feito valoriza a beleza de qualquer corpo e realça os encantos como o brilho dos olhos e o rubro dos lábios.
Se você quer um bronzeamento perfeito, além da correta exposição aos raios do sol, é importante contar com uma proteção e uma ajuda extras, pedindo a colaboração de um Anjo compreensivo em relação à vaidade feminina.
Para tanto, faça um pequeno sacrifício no primeiro dia do verão, às 03:00 horas, acendendo uma vela dourada e perfumada ao Anjo Aladiah.
Peça a ele que lhe dê o bronzeado necessário, depois leia os versículos 5 e 6, do Cântico de Salomão 1.
Cântico 1:5-6
"Eu estou morena, porém, formosa, ó filhas de Jerusalém, como as tendas de Quedar, como as cortinas de Salomão. Não olheis para o eu estar morena, porque o sol me queimou."
DENTES
Quem já teve que fazer uma prótese dentária sabe o valor que se deve dar a um simples dente, pois repor um deles ou devolver-lhe a funcionalidade são coisas caríssimas. O melhor a fazer é prevenir sempre, com uma boa higienização e, se possível, com uma visita ao dentista, para completar a prevenção.
Além disso, é importante contar também com a ajuda dos Anjos, já que a medicina dos homens está tão cara que muitas vezes não se pode usá-la. Já os Anjos, nada cobram, nada exigem, a não ser fé e sinceridade.
Se você tem os dentes bons, conserve-os da seguinte forma. Pelo menos uma vez por semana, quando conversar com seu Anjo, deixe um vidro de água oxigenada, um pires com bicarbonato de cálcio e uma beterraba cozida. Peça ao seu Anjo que o(a) ajude a preservar os dentes.
Após isso, morda a beterraba, depois enxágüe a boca. Examine as gengivas ao espelho. Onde o local se manteve vermelho, escove, usando o bicarbonato e a água oxigenada.
DOENÇAS DO ESTÔMAGO
Hoje em dia, com todos esses alimentos enlatados, cheios de conservantes e saturados de gordura, não há estômago que resista. Junte-se a isso o estresse natural desses tempos atribulados e temos os ingredientes para fazer de seu estômago um instrumento de tortura.
Azia, má-digestão, indisposição, queimação, dor, cólicas, tudo isso parecer ter se disseminado atualmente de tal forma, que poucos são os que conseguem não ter problemas dessa ordem.
Um pouco de fé e de natureza pode resolver o problema. Para isso, diariamente, após as 22:00 horas, antes de se deitar, recolha-se diante do seu altar, acenda a vela, coloque um limão de casca lisa num pires diante dela, ao lado de um copo de água.
Converse com seu Anjo, narrando-lhe os sintomas que têm e pedindo sua ajuda. Reze um Pai Nosso e três Ave Maria, com as duas mãos espalmadas sobre a região dolorida.
Na manhã seguinte, quando se levantar e ainda em jejum, esprema o limão no copo de água e tome-o de uma só vez. Repita por pelo menos trinta dias.
DOENÇAS DOS OLHOS
Diversos são os males que podem afetar os olhos que, por serem uma região delicada, merecem toda a atenção e cuidados de um médico especialista.
Muitas vezes, porém, apesar de um tratamento, a doença não regride ou não estabiliza. Ou então, a pessoa tem reincidido em algum mal que lhe afeta os olhos.
Nesses casos, recorra imediatamente à ajuda do Arcanjo Ieialel, acendendo uma vela amarela às 07:00 ou às 19:00 horas e rezando o Salmo 121, versículos 5 a 8.
Em agradecimento, espalhe pétalas de flores brancas ao redor do pires com a vela. Quando terminar a simpatia, recolha-as e atire-as em água corrente. Repita por sete dias seguidos, iniciando numa segunda-feira.
SALMO 121:5-8
O Senhor é quem te guarda. O Senhor é a tua sombra à tua mão direita. De dia o sol não te ferirá, nem a lua de noite. O Senhor te guardará de todo o mal; ele guardará a tua vida. O Senhor guardará a tua saída e a tua entrada, desde agora e para sempre.
DOENÇAS EM CRIANÇAS
Normalmente mais frágeis, as crianças são sempre as primeiras a serem atingidas pelas moléstias, principalmente quando, após o nascimento, não foram amamentadas no peito.
Como toda e qualquer doença que afeta uma criança, deixando-a tristonha, também afeta toda a família, a solução é prevenir, entregando a saúde dela aos cuidados do poderoso Anjo Habuhiah.
Para isso, basta acender uma vela violeta ofertada a ele, pedindo para que zele pela saúde da criança. Fazer isso todo último dia de cada mês, às 10:20 ou 22:20 horas.
Como gratidão, deixe no altar fitas e retalhos de tecidos coloridos, renovando mensalmente. O que for retirado do altar deverá ser queimado em seguida.
ESPINHAS
Espinhas exigem cuidado e atenção. Há muitos produtos excelentes no mercado hoje em dia, recomendados para uso em todas as situações. No entanto, as espinhas podem estar traduzindo também uma espécie de sujeira interior, alguma coisa que está manchando sua beleza interior e se refletindo no seu exterior.
Além de usar os produtos mais indicados por seu médico, faça também a simpatia que apresentamos no início, para a Beleza Interior, só que usando um espelho maior. Enquanto a vela queima, procure olhar sua imagem refletida no espelho.
Quando a vela acabar, molhe um lenço branco na água do copo que há no altar, depois deite o espelho e limpe-o, de forma que você não possa ver novamente sua imagem. Deixe-
o depois virado para baixo até a conversa seguinte com seu Anjo. Repita por sete semanas, orando o Salmo 131.
SALMO 131
"Senhor, o meu coração não é soberbo, nem os meus olhos são altivos. Não me ocupo de assuntos grandes e maravilhosos demais para mim. Pelo contrário, tenho feito acalmar e sossegar a minha alma. Qual criança desmamada sobre o seio de sua mãe, qual criança desmamada está a minha alma para comigo. Espera, ó Israel, no Senhor, desde agora e para sempre".
FANTASMAS NOTURNOS
Nunca imagine nem aja como se os temores noturnos de seus filhos pequenos não tivessem nenhum fundamento. Já é sabido que nos seus primeiros anos, as crianças ainda mantém muito dos sentidos que trazem da vida espiritual, podendo sentir e ver coisas que os adultos já não podem mais.
Confie no que ela lhe diz e proteja-a. Prepare um altar para o Anjo dessa criança e, no horário respectivo, coloque um sapatinho ou uma meia sobre ele, acendendo duas velas brancas.
Peça ao Anjo proteção e defesa para aquela criança. À noite, quando for pô-la na cama, vista o sapatinho ou a meia nela e verá como terá um sono tranqüilo.
FERIDA ABERTA
Uma ferida aberta é uma porta escancarada para uma infeção, que pode vir com severas conseqüências, se não for atendida rapidamente. Antes de mais nada, é preciso manter a higiene dessa ferida, lavando-a com água fervida e um sabão neutro.
Para os curativos que a manterão coberta, até que se possa fazer uma avaliação médica, proceder da seguinte forma. Pôr, no seu altar, um pires com uma vela amarela e um outro com um pano lavado, fervido e passado a ferro quente.
Pedir ao seu Anjo a proteção necessária para curar aquela ferida, depois enfaixá-la com
o tecido. Repetir o curativo no dia seguinte, na mesma hora.
FERIMENTOS COM ARMAS
Qualquer ferimento, seja com arma de fogo ou com arma branca será sempre complicado, pois os danos muitas vezes são profundos e de difícil acompanhamento. Além do trabalho médico, é importante contar, num caso desses, com o auxílio específico de um Anjo especialista nessa área.
Basta recorrer ao Anjo Haamiah, acendendo uma vela vermelha e orando o Salmo 90, versículos 8 a 10. Iniciar às 12:20 horas ou às 00:40 horas e repetir por três vezes seguidas, acendendo uma nova vela, assim que a anterior terminar de queimar.
Deixar no altar alguns galhos, folhas ou raízes de plantas medicinais, que deverão ser queimadas, após o término da simpatia, do lado de fora da residência do ferido.
FERTILIDADE
Um casamento se realiza com o nascimento dos filhos, mas muitas vezes, por problemas diversos, isso não ocorre de imediato, apesar do desejo do casal. Um exame médico irá verificar se o problema é funcional. Se for, um tratamento deverá resolver.
Se tudo estiver em ordem, no entanto, é a oportunidade de recorrer aos Anjos Mensageiros. Para tanto, a esposa e o esposo deverão fazer a simpatia juntos, cada qual se dirigindo ao respectivo Anjo. Proceder assim:
Antes de acender a vela, pôr diante dela um copo com água pela metade, com algumas sementes lá dentro. Só após isso acender a vela. Rezar ao Anjo Mensageiro. Repetir por nove vezes seguidas, sempre no mesmo dia da semana. Após cada simpatia, atirar a água e as sementes em um jardim.
FERTILIDADE
Muitos casais, apesar de totalmente saudáveis, não conseguem o sonho maior de ter um filho, embora envidem todos os esforços e sigam todas as recomendações médicas.
A solução pode não estar no plano físico, mas no celestial e, nesses casos, a intermediação do Anjo Mebahiah se tornará necessária. Para isso, começando numa segunda-feira, às 06:00 ou às 18:00 horas, acenda uma vela verde, ofertando-a a ele, fazendo-lhe o pedido.
Após isso, ore o Salmo 102, versículos 1 e 2 por três vezes seguidas. Repita por nove dias seguidos. Como agradecimento, deixe doces e confeitos sobre o altar. Ao final dos nove dias, espalhe-os ao redor da entrada de um formigueiro.
SALMO 102:1-2
Ó Senhor, ouve a minha oração e chegue a ti o meu clamor. Não escondas de mim o teu rosto no dia da minha angústia,. Inclina para mim os teus ouvidos. No dia em que eu clamar, ouve-me depressa.
INFECÇÕES
Todo processo infeccioso deve ser tratado imediatamente por um médico, pois em curto espaço de tempo todo o organismo pode ser afetado de forma irremediável.
O que você pode e deve fazer, além de recorrer ao médico, é apressar a recuperação ou fortalecer-se, prevenindo-se contra as infeções, o que pode ser feito através de seu Anjo Mensageiro.
Pegue uma fita vermelha, de trinta centímetros e deixe-a enrolada sobre o altar, enquanto conversa com seu Anjo, pedindo-lhe que apresse sua recuperação ou que o(a) mantenha livre de todo tipo de infeções. Reze o Salmo 28. Depois leve a fita e amarre-a em um galho onde haja uma casa de marimbondo ou de abelhas.
SALMO 28
A ti clamo, ó Senhor; rocha minha. Não emudeças para comigo. Não suceda que, calando-te a meu respeito, eu me torne semelhante aos que descem à cova. Ouve a voz das minhas súplicas, quando a ti clamo, quando levanto as minhas mãos para o teu santo templo. Não me arrastes juntamente com os ímpios e com os que praticam a iniqüidade, que falam de paz ao seu próximo, mas têm o mal no seu coração.
Retribui-lhes segundo as suas obras e segundo a malícia dos seus feitos. Dá-lhes conforme o que fizeram as suas mãos. Retribui-lhes o que eles merecem, porquanto eles não atentam para as obras do Senhor, nem para o que as suas mãos têm feito. Ele os derrubará e não os reedificará.
Bendito seja o Senhor, porque ouviu a voz das minhas súplicas. O Senhor é a minha força e o meu escudo. Nele confiou o meu coração e fui socorrido. O meu coração salta de prazer e com o meu cântico o louvarei. O Senhor é a força do seu povo. Ele é a fortaleza salvadora para o seu ungido. Salva o teu povo e abençoa a tua herança. Apascenta-os e exalta-os para sempre.
INIMIGOS
Ninguém faz inimigos deliberadamente. Ninguém entende a fundo a alma humana a ponto de poder discernir o que vai ou não provocar o lado escuro de cada um, despertando sua malignidade. O que se sabe é que, contra um inimigo, é preciso cautela e ajuda.
A cautela fica por sua conta. A ajuda por conta do Anjo Ierathel, a quem você deve acender uma vela todo dia 13 de cada mês, às 08:40 ou às 20:40 horas, pedindo sua ajuda. Após, rezar o salmo 140.
Como agradecimento, ofertar ao Anjo uma contribuição mensal que faça a uma instituição ou casa que proteja e ampare velhinhos sem lar.
SALMO 140
Livra-me, ó Senhor, dos homens maus e guarda-me dos homens violentos, que maquinam maldades no coração. Estão sempre projetando guerras. Aguçaram as línguas como a serpente. Peçonha de áspides está debaixo dos seus lábios.
Guarda-me, ó Senhor, das mãos dos ímpios. Preserva-me dos homens violentos, que planejaram transtornar os meus passos. Os soberbos armaram-me laços e cordas. Estenderam uma rede à beira do caminho e puseram-me armadilhas.
Eu disse, ao Senhor: Tu és o meu Deus. Dá ouvidos, ó Senhor, à voz das minhas súplicas. Ó Senhor, meu Senhor, meu forte libertador, tu cobriste a minha cabeça no dia da batalha. Não concedas, ó Senhor, aos ímpios os seus desejos. Não deixes ir por diante o seu mau propósito. Não levantem a cabeça os que me cercam. Cubra-os a maldade dos seus lábios. Caiam sobre eles brasas vivas e sejam lançados em covas profundas, para que não se tornem a levantar!
Não se estabeleça na terra o caluniador. O mal persiga o homem violento com golpe sobre golpe. Sei que
o Senhor manterá a causa do aflito e o direito do necessitado. Decerto os justos louvarão o teu nome e os retos habitarão na tua presença.
INIMIGOS OCULTOS
Antes de mais nada, é preciso que você tenha uma coisa em mente: se os seus inimigos se ocultam de você, é porque você já demonstrou que é mais forte do que eles e por isso eles o(a) temem.
A questão é que, mesmo assim, agindo às ocultas, eles podem minar sua força e sua proteção. Para combatê-los, recorra ao seu Anjo da Guarda, fazendo a seguinte simpatia:
Durante três dias seguidos, converse com ele no horário recomendado, acendendo três velas violetas ou púrpuras, cada uma sobre um pequeno espelho de bolso.
Peça forças para vencer e para revelar seus inimigos. Após esses três dias, leve um espelho desses e deixe-o numa igreja. O segundo num cemitério e o terceiro enterre num local pedregoso e seco, sempre com a face para cima.
Em sete dias seus inimigos se revelarão e você poderá combatê-los frente a frente e vencê-los.
Observação: Quando toda essa batalha terminar, coloque lírios e rosas brancas no altar do seu Anjo e por três dias não lhe peça nada, apenas agradeça, acendendo uma vela branca.
INTRIGAS DE VIZINHOS
Um vizinho pode ser um bom amigo, mas pode ser também um grande intrometido, ocupado mais com a vida dos outros do que com a sua.
Quando isso acontece, você está diante de um especialista em espalhar intriga e em semear discórdia. Trata-se de uma pessoa amarga, solitária e triste, que merece muito mais a sua pena do que a sua recriminação.
Só que ter pena dele não vai pará-lo, a menos que você peça ajuda para um Anjo que aprecia resolver esse tipo de demanda. Para tanto, às 12:20 horas, posicione-se diante de seu altar e peça permissão ao seu Anjo Mensageiro.
Acenda, em seguida, uma vela amarela, pondo ao lado um prato com cinzas peneiradas dentro dele. Chame por três vezes pelo Anjo Haamiah, espere alguns instantes, depois conte-lhe o que se passa e peça o seu auxílio, pedindo-lhe que interceda junto ao Anjo da Guarda dessa pessoa e, juntos, iluminem-na, para que perceba a maldade que provoca.
Se não for possível iluminá-la, que a façam sentir o poder de Deus contra aqueles que difamam. Quando terminar, reze um Pai Nosso e três Ave Maria. Pingue sete gotas de cera da vela no prato de cinzas, depois deixe-a queimar até o fim.
Quando anoitecer, leve essa cinza e espalhe diante do muro, portão ou porta da casa desse vizinho.
INTRIGAS E ADVERSIDADES
Muitas vezes, sem que você perceba, sua fé é testada e coisas acontecem em sua vida de modo inesperado. As adversidades podem ser tantas que com certeza roubarão a sua paz, a sua serenidade e até a sua razão, se não estiver preparado para isso.
Isso ocorre principalmente quando você se distancia do Criador e, por isso, se enfraquece. Apesar de ser um acontecimento desagradável, serve como caminho de volta para Ele.
Para tanto, quando sentir que sua fé está vacilando e as coisas estão por demais confusas, recorra ao seu Anjo.
Antes de mais nada, acenda cinco velas brancas, dispondo quatro delas na forma de um quadrado e uma acima desse quadrado. No centro do quadrado, coloque qualquer raiz de sua preferência, que possa ser usada como chá.
Conte ao Anjo suas angústias e temores, pedindo forças para superar a fase e, ao mesmo tempo, fortalecer a fé, diante das provações. Durante sete dias, tome um chá feito com a raiz usada na simpatia, sempre antes do sol nascer. Nesse momento, reze um Pai Nosso e três Ave Maria.
JOELHOS
Nas mulheres, joelhos mal cuidados dão uma aparência de desleixo e feiúra. Pior ainda quando, para piorar as coisas, ainda apresentam alguns ralados, frutos da falta de atenção para essa parte do corpo, quebrando a harmonia que toda beleza tem.
Para evitar isso, faça a seguinte simpatia: quando conversar com seu Anjo, peça-lhe que a ajude a melhorar a aparência de seus joelhos.
Ore o Salmo 63, versículos 5 a 8. Diante da vela deixe um pires com óleo de amêndoa. Ao terminar de orar o Salmo, molhe os dedos no óleo e passe-as suavemente nos joelhos.
Repita semanalmente.
SALMO 63:5-8
A minha alma se farta, como de tutano e de gordura e a minha boca te louva com alegres lábios, quando me lembro de ti no meu leito e medito em ti nas vigílias da noite, pois tu tens sido o meu auxílio. De júbilo canto à sombra das tuas asas. A minha alma se apega a ti. A tua destra me sustenta.
LÁBIOS
Ter lábios macios, bem delineados, compondo um visual agradável com o resto do rosto é um desejo de toda mulher. Na verdade, o que ela precisa é apenas saber destacar seus lábios, usando a maquilagem adequada.
Como isso pode não bastar, pois a beleza tem de vir de dentro para fora, você pode fazer uma simpatia simples. Sempre que conversar com seu Anjo, diga a ele que você agradece ao Senhor, através dele, pela beleza de seus lábios.
Ore em seguida, com fé, o Salmo 100. Deixe no altar as duas partes de uma concha de ostra, lado a lado, com o interior voltado para cima.
Coloque mel lá dentro. Quando a vela terminar de queimar, passe mel em seus lábios.
SALMO 100
Celebrai com júbilo ao Senhor, todos os habitantes da terra. Servi ao Senhor com alegria e apresentai-vos a ele com cântico. Sabei que o Senhor é Deus! Foi ele quem nos fez e somos dele. Somos o seu povo e ovelhas do seu pasto. Entrai pelas suas portas com ação de graças e em seus átrios com louvor. Dai-lhe graças e bendizei o seu nome, porque o Senhor é bom; a sua benignidade dura para sempre e a sua fidelidade de geração em geração.
MUDANÇA NA VIDA
Toda a resistência a uma mudança reside na incerteza. Trocar o que é certo por algo
ainda indefinido é uma coisa que assusta todo mundo. Ninguém tem tanta segurança a ponto de se atirar numa aventura dessas, sem maiores reflexões, mas quanto mais pensa, mais inseguro(a) fica.
A solução é apegar-se a quem pode ajudar a trocar a incerteza pela certeza. Esta simpatia com seu Anjo Mensageiro pode ser útil.
Antes de fazer sua conversa com o Anjo, coloque uma caneta e uma folha de papel em branco no seu altar familiar. Iniciando a conversa, diante de uma vela verde, comece a rabiscar o papel, ensaiando uma porção de novas assinaturas para o seu nome.
Invente o máximo que puder. Quando terminar a conversa, dobre o papel duas vezes, queime as bordas na chama da vela e leve-o consigo até que o processo de mudanças esteja terminado.
MUDAR DE PROFISSÃO
Os tempos atuais exigem que o trabalhador seja versátil e saiba aproveitar as oportunidades que surgem. Há profissões que estão em franca desvalorização, com a automação, com a mudança de hábito de consumo da população e outras causas.
Se você percebe que sua profissão não tem futuro, trate de escolher uma outra, procurando conhecê-la, estudar a respeito e praticar.
Para auxiliar nessa mudança, converse com seu Anjo, depois leia Eclesiastes 3, versículos 9 a 15. Seu Anjo lhe dará um sinal de aprovação, fique atento(a). Ele virá sempre da forma mais inesperada e maravilhosa possível.
ECLESIASTES 3:9-15
Que proveito tem o trabalhador naquilo em que trabalha? Tenho visto o trabalho penoso que Deus deu aos filhos dos homens para nele se exercitarem. Tudo fez formoso em seu tempo. Também pôs na mente do homem a idéia da eternidade, se bem que este não possa descobrir a obra que Deus fez desde o princípio até
o fim.
Sei que não há coisa melhor para eles do que se regozijarem e fazerem o bem enquanto viverem e também que todo homem coma e beba e goze do bem de todo o seu trabalho é dom de Deus.
Eu sei que tudo quanto Deus faz durará eternamente. Nada se lhe pode acrescentar e nada se lhe pode tirar e isso Deus faz para que os homens temam diante dele.
O que é, já existiu e o que há de ser, também já existiu e Deus procura de novo o que já se passou.
MUNDO DOS ESPERTOS
Este é um provérbio que tem tudo a ver com o mundo atual, onde os mais espertos, infelizmente, acabam levando mais vantagens sobre os justos e os honestos.
Acontece que a esperteza que eles alegam possuir não passa de uma ilusão, pois no momento do julgamento divino, eles serão os primeiros a serem descobertos.
O problema, no entanto, é quando esses espertos prejudicam, atrapalha, perseguem e causam a infelicidade dos seus semelhantes. Nesses casos, se isso está acontecendo com você, Deus lhe dá o direito de se defender através do seu Anjo Guardião que pode ser um Anjo Guerreiro, quando necessário.
Para isso, acenda duas velas vermelhas e no centro dela coloque um pedaço de papel com o nome o esperto que está prejudicando você.
Converse com seu Anjo, pedindo a sua ajuda para resolver esse problema. Quando terminar, queime o papel na vela da direita. Três dias após ter resolvido o seu problema com essa pessoa, coloque folhas de laranjeira e capim-cidreira no seu altar.
NAMORAR
A insegurança e a indecisão já atrapalharam muitos namoros e impediram que muita gente encontrasse a felicidade, principalmente aquelas que começam a namorar e ainda não sabem como proceder nessas situações.
A insegurança é tanta que vão retardando o momento de conversar com uma pessoa. Com isso os dias vão passando e uma agonia muito grande vai crescendo dentro dela, até que, quando ela menos espera, a pessoa que ela queria já encontrou alguém e não lhe resta outra coisa a fazer senão lamentar.
Como sabemos, sempre que há chance de um grande amor nascer, as forças do mal fazem de tudo para impedir que ele nasça. Essa insegurança pode vir disso, razão porque combatê-la com a força de um guerreiro poderoso, que é seu Anjo Mensageiro.
Para isso, recolha-se diante do seu altar, na hora do seu Anjo, acenda a vela dele e mais três velas brancas, todas num mesmo pires. Converse com ele, pedindo que lhe dê a segurança necessária para ir ao encontro da pessoa que deseja conquistar.
Quando terminar, leia o Salmo 25, versículos 1 a 5, depois coloque à frente das velas uma chave, que pode ser a do seu quarto ou de seu guarda-roupa. Junto dela coloque pétalas de rosa vermelha.
Espere as velas queimarem, pegue a chave, prenda-a a um cordão ou a uma corrente em seu pescoço, depois vá procurar essa pessoa com a certeza em seu coração de que ela o(a) ouvirá.
Salmo 25:1-5
A ti, Senhor, elevo a minha alma. Deus meu, em ti confio, não seja eu envergonhado(a), nem exultem sobre mim os meus inimigos.
Com efeito, dos que em ti esperam, ninguém será envergonhado; envergonhados serão os que, sem causa, procedem traiçoeiramente.
Faze-me, Senhor, conhecer os teus caminhos, ensina-me as tuas veredas.
Guia-me na tua verdade e ensina-me, pois tu és o Deus de minha salvação, em quem eu espero todo o dia.
NEGOCIANDO COM OS ANJOS
Atualmente, não basta a pessoa ser um bom comerciante, conhecer a sua clientela e as mercadorias que vende, além de estar bem localizado em relação aos concorrentes, fazer propaganda e ofertas, usando de todas as estratégias para melhorar seus resultados. Se não puder contar com uma ajuda extra para enfrentar a crise, estará falido em dois tempos.
Mais do que nunca, é preciso recorrer à sabedoria e à proteção dos mensageiros que Deus colocou a nossa disposição.
Para tanto, antes de fazer qualquer promoção, converse com seu Anjo, acendendo uma vela verde ao lado de um copo de água com algumas gotas do seu perfume predileto.
Peça ao Anjo luz para encontrar a melhor opção. Quando terminar, leve essa água para
o seu estabelecimento e borrife-a nas portas e paredes. Espere um dia, antes de decidir pela melhor promoção a ser feita.
NEGÓCIOS
Quanto mais importante o negócio a ser realizado, mais incertezas ele gera na mente das pessoas, pois sabem que um passo mal dado pode significar um prejuízo enorme. Nesses momentos de incerteza e insegurança é que se deve se apegar aos Anjos Mensageiros, buscando neles a ajuda para a melhor decisão.
Assim, antes de qualquer negócio importante, faça, durante três noites seguidas, às
22:00 horas, uma conversa com seu Anjo Mensageiro, apresentando os prós e os contras e pedindo-lhe orientação e ajuda.
Reze um Pai Nosso e três Ave Maria, depois leia o Salmo 1. Após isso, converse de novo com seu Anjo como se precisasse convencê-lo de que o negócio deve ser realizado.
Se sentir que o convenceu, feche o acordo. Caso contrário, pense melhor e tente descobrir o que há de errado por trás de tudo isso, pois seguramente haverá algo.
SALMO 1
"Bem-aventurado aquele que não se deixa conduzir pelo conselho dos maus, não anda pelo caminho dos pecadores nem se senta com perdedores.
Ao invés disso, põe a sua vida na lei do Senhor e medita sobre ela dia e noite. Este é como a árvore plantada junto à correnteza, que no devido tempo produz frutos e cujas folhas não murcham e tudo que faz tem êxito. Porque o Senhor cuida do caminho dos justos, enquanto destrói o dos maus."
NERVOS
Uma das moléstias mais comuns hoje em dia são os problemas nervosos. A crise financeira e a tensão que advém da luta pela sobrevivência, as pressões de todo lado, tudo isso deixa as pessoas acuadas, prontas para explodir à menor provocação.
Pode-se observar isso nas ruas, com o aumento dos acidentes de trânsito e das discussões e brigas, onde por um nada as pessoas estão sacando suas armas e disparando, sem controle nenhum.
É preciso se aproximar de Deus para fugir disso e a melhor maneira é através de seu Anjo Mensageiro. Para tal, isole-se diante de seu altar, na hora mais adequada, acenda a vela do seu Anjo, colocando num pires camomila ou erva-doce desidratada.
Converse com seu Anjo, pedindo-lhe que lhe dê calma para enfrentar a rotina e fé e confiança em Deus para ter paciência com as demais pessoas.
Quando terminar, reze um Pai Nosso e três Ave Maria. Deixe a vela arder pelo período que faltar para completar a hora de seu Anjo. Quando terminar, apague-a e faça imediatamente um chá com a camomila ou com a erva-doce.
Antes de tomá-lo, porém, leia os três primeiros versículos do Salmo 18. Repetir esta simpatia por sete dias seguidos. Se estiver se sentindo bem depois desse prazo, pode interromper. Caso contrário, faça-a por três dias, nos dois horários diários de seu Anjo.
Salmo 18:1-3
"Eu te amo, ó Senhor, força minha. O Senhor é a minha rocha, a minha cidadela, o meu libertador; o meu Deus, o meu rochedo em que me refugio; o meu escudo, a força da minha salvação, o meu baluarte.
Invoco o Senhor, digno de ser louvado e serei salvo de meus inimigos."
PERFUME NATURAL DO CORPO
Os apaixonados de verdade reconhecem a pessoa amada pelo cheiro de sua pele. Na realidade, dizem que é esse cheiro que provoca a reação química que desencadeia a paixão.
Com certeza a higiene pessoal se torna um aspecto importante nisso, mas às vezes, por um problema ou outro, o resultado não é agradável.
Para ajudar a resolver isso, mude a marca e o tipo de sabonete que usa, escolhendo um outro, adequado para a sua pele. Antes de usá-lo, faça o seguinte:
Às 20:40 horas, peça permissão ao seu Anjo e coloque um desses sabonetes sobre o altar. Acenda uma vela branca perfumada, depois invoque o Anjo Anauel, chamando-o três vezes.
Após alguns instantes, conte-lhe o problema e peça sua ajuda. Ao terminar, leia o versículo 13 do Cântico 3 de Salomão. Deixe a vela perfumada queimar até o final, em sinal de gratidão e mantenha aquele sabonete sobre o altar por sete dias, depois use-o para o seu banho.
Cânticos 3:13
A figueira começou a dar seus figos e as vides em flor exalam o seu aroma; levanta-te, querida minha, formosa minha, e vem.
PERIGO
O conceito de perigo envolve tudo aquilo que ameaça nossa integridade física e espiritual, da mesma forma que pode ameaçar a de nossos familiares, amigos e pessoas que amamos. Combatê-lo é sempre um problema, porque jamais se sabe de onde virá o ataque.
Isso tudo seria muito mais fácil se você tivesse um eficiente sentinela, o mais eficiente de todos. Na verdade, isso pode ser conseguido, se você pedir a ajuda do poderoso Anjo Haamiah.
Sempre que você orar ao seu Anjo Mensageiro, após terminar acenda uma vela vermelha, ofertando-a a Haamiah e pedindo sua preciosa ajuda como seu sentinela.
Agradeça-o orando o Salmo 91 e espalhando mel e miolo de pão ao redor da entrada de um formigueiro.
SALM0 91
Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Todo-Poderoso descansará. Direi do Senhor:
⎯ Ele é o meu refúgio e a minha fortaleza, o meu Deus, em quem confio, porque ele te livra do laço do passarinho e da peste perniciosa. Ele te cobre com as suas penas e debaixo das suas asas encontras refúgio. A sua verdade é escudo e broquel. Não temerás os terrores da noite nem a seta que voe de dia nem peste que anda na escuridão nem mortandade que assole ao meio-dia. Mil poderão cair ao teu lado e dez mil à tua direita, mas tu não serás atingido. Somente com os teus olhos contemplarás e verás a recompensa dos ímpios. Porquanto fizeste do Senhor o teu refúgio e do Altíssimo a tua habitação, nenhum mal te sucederá nem praga alguma chegará à tua tenda. Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos. Eles te susterão nas suas mãos, para que não tropeces em alguma pedra. Pisarás o leão e a áspide. Calcarás aos pés o filho do leão e a serpente, pois que tanto me amou, eu o livrarei. Pô-lo-ei num alto retiro, porque ele conhece o meu nome. Quando ele me invocar, eu lhe responderei. Estarei com ele na angústia, livrá-lo-ei e o honrarei. Com lonjura de dias fartá-lo-ei e lhe mostrarei a minha salvação.
PERSEGUIÇÃO
Nada mais angustiante para um humilde, que sofrer perseguição de um poderoso. O sentimento de impotência é uma das coisas mais humilhantes e mais terríveis possíveis.
Mas como a força está em Deus, nele se deve buscar o auxílio para acabar com essas perseguições de uma vez por todas. Para isso, recolha-se diante de seu altar, acenda a vela e diante dela coloque um pires com vinagre. Ao lado, num pequeno pedaço de papel, o nome da pessoa que o persegue.
Converse com o Anjo, contando-lhe o que se passa e pedindo a sua ajuda. Quando terminar, ore o Salmo 9, versículos 11 a 14, apague a vela e coloque o pedaço de papel no vinagre. Deixe-o ali por sete dias, depois lave o pires em água corrente.
Salmo 9:11-14
Cantai louvores ao Senhor; proclamai entre os povos os seus feitos. Pois aquele que requer o sangue lembra-se deles e não se esquece do clamor dos aflitos.
Compadece-te de mim, Senhor! Vê a que sofrimentos me reduziram os que me odeiam, tu que me levantas das portas da morte, para que eu proclame todos os teus louvores e me regozije da tua salvação.
PERSEGUIÇÃO DE CHEFE
Os incompetentes temem os subalternos competentes, pois sentem que são ameaçados e podem perder os privilégios que usufruem. Infelizmente isto é uma marca registrada em muitas empresas neste nosso imenso e pobre país.
O empregado que trabalha honesta e seriamente passa a ser perseguido por um chefe incapaz, que usa de todos os truques e artimanhas para prejudicá-lo.
Se você enfrenta isso ou para que não enfrente isso, habitue-se a fazer o seguinte: todo mês, no dia em que receber o pagamento, às 22:00 horas, acenda três velas cinzas num pires branco, pedindo ao Anjo Hakamiah que o livre da perseguição desse chefe. Ao final, reze o Salmo 86, versículos 1 a 6.
Em sinal de agradecimento, compre flores multicores e leve-as a uma igreja para enfeitar
o altar-mor ou acenda incenso com perfume floral em seu altar.
SALMO 86:1-6
Inclina, Senhor, os teus ouvidos e ouve-me, porque sou pobre e necessitado.
Preserva a minha vida, pois sou piedoso; ó Deus meu, salva o teu servo, que em ti confia.
Compadece-te de mim, ó Senhor, pois a ti clamo o dia todo.
Alegra a alma do teu servo, pois a ti, Senhor, elevo a minha alma, porque tu, Senhor, és bom e pronto a perdoar e abundante em benignidade para com todos os que te invocam.
Dá ouvidos, Senhor, à minha oração e atende à voz das minhas súplicas.
PERSEGUIÇÃO DE GENTE PODEROSA
Nada mais angustiante para um humilde, que sofrer perseguição de um poderoso. O sentimento de impotência é uma das coisas mais humilhantes e mais terríveis possíveis.
Mas como a força está em Deus, nele se deve buscar o auxílio para acabar com essas perseguições de uma vez por todas. Para isso, recolha-se diante de seu altar, acenda a vela e diante dela coloque um pires com vinagre. Ao lado, num pequeno pedaço de papel, o nome da pessoa que o persegue.
Converse com o Anjo, contando-lhe o que se passa e pedindo a sua ajuda. Quando terminar, ore o Salmo 9, versículos 11 a 14, apague a vela e coloque o pedaço de papel no vinagre. Deixe-o ali por sete dias, depois lave o pires em água corrente.
Salmo 9:11-14
Cantai louvores ao Senhor. Proclamai entre os povos os seus feitos, pois aquele que requer o sangue lembra-se deles e não se esquece do clamor dos aflitos.
Compadece-te de mim, Senhor! Vê a que sofrimentos me reduziram os que me odeiam. Tu que me levantas das portas da morte, para que eu proclame todos os teus louvores e me regozije da tua salvação.
PÉS
Não se pode afirmar que esta ou aquela parte do corpo é mais importante ou mais bonita que o restante. Todas devem ser encaradas como parte de um conjunto harmonioso, onde nenhuma pode destoar, sob pena de comprometer esse conjunto. Por isso até seus pés devem merecer toda a sua atenção.
Para isso, não precisa de maiores cuidados. Basta pôr no altar, diante da vela, um copo com uma colher de mel puro. Após a vela queimar, molhar os pés, dos tornozelos para baixo, com essa água e deixar secar. Ficar assim algum tempo, depois lavar normalmente.
POETAS E POETISAS
A inspiração já foi desmistificada por alguém que afirmou que um poema é resultado de noventa por cento de trabalho e dez por cento de inspiração. Isso não muda nada, se imaginarmos que uma árvore enorme surgiu de uma semente minúscula.
A inspiração é o fio condutor que conduz à realização da obra. É claro que para escrever um bom poema o poeta tem de se debruçar sobre aspectos da língua, sobre as imagens que pretende utilizar e outras coisas meramente técnicas.
O sentido, o objetivo, o temo central, enfim, surge dessa inspiração e, sem ela, teremos bons poemas tecnicamente falando, mas desprovidos de sentimento e objetivo.
O Anjo Manakel inspira os bons poemas e pode ser contatado às 21:40 horas, diante de uma vela amarela. Deixar a mente esvaziar-se completamente e permitir que as imagens sugeridas pelo Anjo venham ocupar esse espaço.
Como gratidão, queime incenso de sândalo no altar.
PREJUÍZOS
Quem tem uma empresa está sempre sujeito à ação de estelionatários e malandros de toda sorte. Se não for inteligente em seus negócios e hábil na concessão de crédito, poderá amargar severos prejuízos.
Mesmo assim, com todos os cuidados, ainda há os espertos que conseguem burlar toda as normas de segurança. Contra esses, apenas a ajuda poderosa do Anjo Rochel.
Para obtê-la, a cada quinze dias, acenda três velas violetas, ofertadas a ele, pedindo sua ajuda e sua proteção. Orar o Salmo 15. Em agradecimento, queimar folhas de louro numa vasilha de cerâmica, enquanto a vela estiver ainda ardendo.
SALMO 15
Quem, Senhor, habitará na tua tenda? Quem morará no teu santo monte?
⎯ Aquele que anda irrepreensivelmente e pratica a justiça e do coração fala a verdade. Que não difama com a sua língua nem faz o mal ao seu próximo nem contra ele aceita nenhuma afronta. Aquele a cujos olhos
o réprobo é desprezado, mas que honra os que temem ao Senhor. Aquele que, embora jure com dano seu, não muda. Que não empresta o seu dinheiro a juros nem recebe peitas contra o inocente. Aquele que assim procede nunca será abalado.
PRISÃO DE VENTRE
Este também é um problema que vem crescendo ultimamente, em decorrência da alimentação incorreta e da tensão. Tudo isso é agravado, quando a pessoa já tem uma tendência natural a sofrer do problema.
Os medicamentos são paliativos, porque resolvem por uns dias, mas depois tudo volta ao que era antes. Para se livrar desse incômodo, só mesmo a fé e o auxílio de seu Anjo.
Para conseguir isso, à noite, antes de ir dormir, mas só após às 22:00 e antes das 24:00 horas, acenda a vela de seu Anjo, diante do altar, coloque uma colher limpa e um pouco de óleo de oliva dentro.
Converse com seu Anjo, pedindo que, pela graça de Deus, aquele óleo seja santificado e se torne um instrumento de cura. Quando terminar, reze um Credo com muita fé. Apague a vela e cubra a colher com um pano branco. No dia seguinte, quando acordar, na cama ainda, antes de se levantar e em jejum, tome o óleo da colher. Repita diariamente, por trinta dias.
PROBLEMAS DE AMOR
Quando duas pessoas se amam, precisam de muita força de vontade para enfrentar todos os obstáculos que vão surgindo em seu caminho. E, o que é incrível, eles surgem de toda parte, inesperadamente, como provas ou desafios à força desse amor.
Para quem ama verdadeiramente, nada como contar com uma ajuda poderosa para afastar todo tipo de obstáculo. Para isso, acenda uma vela verde ao Anjo Haniel, às 22:00 horas, toda sexta-feira, orando o Salmo 119, versículos 110 a 114.
Deixar no altar, enquanto a vela queima, pequenos galhos com folhas verdes e tenras, de preferência perfumadas, como manjericão, arruda, capim cidreira. Quando a vela se apagar, deixá-los do lado de fora da casa, no jardim ou ao pé de uma árvore.
SALMO 119:110-114
Os ímpios me armaram laço, contudo não me desviei dos teus preceitos. Os teus testemunhos são a minha herança para sempre, pois são eles o gozo do meu coração. Inclino o meu coração a cumprir os teus estatutos, para sempre, até o fim. Aborreço a duplicidade, mas amo a tua lei Tu és o meu refúgio e o meu escudo. Espero na tua palavra.
PROBLEMAS DE DINHEIRO
Cristo disse um dia que se devia dar a César o que era de César e a Deus o que era de Deus. Muita gente entende, com isso, que dinheiro e religião não se misturam. Mas a afirmação tinha um outro sentido, que era o de deixar bem separadas as coisas da Terra das coisas do Céu.
Somos seres terrestres, com necessidades materiais, que todos precisamos suprir. Para isso precisamos de dinheiro e, malgrado todo o nosso esforço, podemos enfrentar problemas e imprevistos que nos levem a uma situação desesperadora.
Se tivermos que recorrer aos Anjos, eles compreenderão nossa aflição e nos darão a sua ajuda. Para isso, basta recorrermos ao nosso Anjo, invocando-o em nosso altar, na hora apropriada.
Acender a vela e junto dela colocar uma outra, branca, num pires branco. Ao redor dessa vela, espalhar farelo de milho. Conversar com o seu Anjo, expondo a situação e pedindo a sua ajuda. Após isso, rezar um Pai Nosso e três Ave Maria.
Apagar a vela do Anjo e deixar a outra queimando. Coloque uma moeda no prato de terra que deve haver em seu altar e deixe-a ali até passar a crise financeira.
No dia seguinte, jogue num riacho o que sobrou no pires com o farelo de milho. Certifique-se de que haja peixes ali.
PROBLEMAS DE OUVIDO
Para muitas doenças comuns e corriqueiras, como a dor-de-ouvido, devem existir centenas e mais centenas de simpatias. Todas atingem o objetivo proposto, mas há algumas que buscam não apenas curar, mas livrar definitivamente o corpo desse tipo de mal.
Quem tem problemas constantes com o ouvido deve fazer a seguinte simpatia.
Ao realizar a sua conversa diária com o seu Anjo, colocar um ramo de arruda e uma gaze, num prato branco, entre suas velas brancas acesas. Detalhar ao Anjo o problema enfrentado e pedir sua ajuda para não apenas livrá-lo(a) do incômodo, mas afastar definitivamente esse tipo de mal.
Após, rezar um Pai Nosso e uma Ave Maria em agradecimento, depois macerar algumas folhas de arruda, pondo-as na gaze e introduzindo-a no ouvido afetado. Repetir o mesmo procedimento, com a mesma gaze, pelo menos mais duas vezes no dia.
PROBLEMAS DIGESTIVOS
A má-digestão pode ter muitas causas. Também pode ser esporádica ou freqüente. Em todos os casos, um exame médico minucioso é aconselhado. Para apressar qualquer tratamento ou se prevenir contra esses problemas, porém, nada melhor que recorrer ao seu Anjo Mensageiro.
Quando conversar com ele, mantenha um copo de água diante da vela. Dentro do copo, colocar uma água-marinha. Reze o Salmo 41:1-3. Quando a vela terminar de queimar, retire a água-marinha, embrulhe-a num pano branco, depois beba toda a água.
Repita toda semana.
SALMO 41:1-3
Bem-aventurado é aquele que considera o pobre, pois o Senhor o livrará no dia do mal. O Senhor o guardará, o conservará em vida e será abençoado na terra. Tu, Senhor, não o entregarás à vontade dos inimigos. O Senhor o sustentará no leito da enfermidade e lhe amaciará a cama na sua doença.
PROBLEMAS NO RELACIONAMENTO
Sento um sentimento tão puro, que nasce onde o homem se identifica com a divindade,
o amor é ameaçado pela malícia e pela maldade, pois sua existência abala o Mal e desequilibra as forças em favor do Bem.
Assim, quando alguém ama, com certeza seu amor será visado pelos que têm a alma incapaz de entender a beleza desse sentimento, que o atacam com todas as armas disponíveis.
Os resultados são os mais diversos, começando pelas intrigas, passando pelas brigas e terminando com as separações, o rancor e até o ódio.
Se você sente que alguma coisa ameaça o seu amor ou mesmo que não esteja acontecendo nada ainda, proteja sua felicidade fazendo uma simpatia ao seu Anjo Mensageiro.
Na sua hora, poste-se diante do seu altar, acenda a vela do anjo e mais uma vela branca, num pires branco. Ao lado deixe uma maça aberta ao meio.
Converse com seu Anjo, pedindo proteção ao seu amor e que as maldades e as intrigas passem ao largo de sua felicidade. Quando terminar, reze um Pai Nosso e três Ave Maria.
Quando a vela terminar de queimar, pegue uma parte da maçã e reparta ao meio, comendo uma parte e dando a outra para a pessoa amada. A outra metade deverá ser deixada num tronco de árvore, onde possa ser achada pelos passarinhos.
PROBLEMAS NO NAMORO OU NOIVADO
Um namoro ou um noivado ainda não são formas consolidadas de relacionamento, mas tempos de preparação, quando a decisão final a ser tomada vai se consolidando, à medida em que as duas pessoas vão se conhecendo melhor. Não raro surgem problemas de toda ordem que, se não receberem a devida atenção, acabam se transformando em um rompimento.
Para que isso não aconteça com você, faça o seguinte. Lave uma moeda de qualquer valor em água corrente, esfregando sal grosso e sabão de coco. Seque-a, depois, antes de acender a vela ao seu Anjo, coloque a moeda sob o pires onde está a vela.
Peça ao Anjo Mensageiro proteção para o seu relacionamento, depois reze um Pai Nosso e três Ave Maria. Quando terminar, retire a moeda e leve-a até uma bigorna. Mande que alguém a martele até que ela fique bem amassada. Corte-a ao meio e faça um pingente para você e outro para a pessoa amada. Explique a ela o significado e o objetivo.
PROCURAR EMPREGO
Ao procurar um emprego, você pode sair de porta em porta, batendo aleatoriamente, até conseguir ou não o sonhado e necessário trabalho que procura.
Se você não estiver convicto interiormente de que vai ter sucesso em sua empreitada, dificilmente vai fazê-lo. Você precisa deixar que a alegria do sucesso contagia sua alma.
Para isso, após conversar com seu Anjo, acenda uma vela vermelha no lado esquerdo da vela do altar, depois reze o Salmo 114 três vezes. Decore-o, são apenas 8 versículos.
Quando sentir que o desânimo ameaça tomar conta de você, reze-o novamente e siga em frente, com confiança e convicção, crente no auxílio de seu Anjo e no poder de Deus, pois esta será a sua segurança e a sua garantia.
SALMO 114
Quando Israel saiu do Egito e a casa de Jacó dentre um povo de língua estranha, Judá tornou-lhe o santuário, e Israel o seu domínio. O mar viu isto e fugiu. O Jordão tornou atrás. Os montes saltaram como carneiros e os outeiros como cordeiros do rebanho.
Que tens tu, ó mar, para fugires? E tu, ó Jordão, para tornares atrás? E vós, montes, que saltais como carneiros? E vós outeiros, como cordeiros do rebanho? Treme, ó terra, na presença do Senhor, na presença do Deus de Jacó, o qual converteu a rocha em lago de águas, a pederneira em manancial.
PROFESSORES
Hoje, mais do que nunca, os professores podem ser chamados de heróis. A despeito de todas as adversidades, já que a educação em nosso país jamais interessou à classe política, continuam em sua missão, contra tudo e contra todos, na esperança de, um dia, conseguirem o merecido reconhecimento.
Só que é preciso muita paciência e muita ajuda para superar todas essas dificuldades. Para tanto, os queridos mestres devem recorrer a um Anjo que estará sempre presente para apoiá-los e ampará-los no momento correto. Para isso, todo domingo, às 05:20 ou às
17:20 horas, acender uma vela verde, ofertando-a ao Anjo Nanael, pedindo e agradecendo seu auxílio. Em seguida, orar o Salmo 119, versículos 153 a 156. Como agradecimento, perfume as páginas de um livro e deixe-o sobre o altar.
SALMO 119:153-156
Olha para a minha aflição e livra-me, pois não me esqueço da tua lei. Pleiteia a minha causa e resgata-me, Vivifica-me segundo a tua palavra. A salvação está longe dos ímpios, pois não buscam os teus estatutos. Muitas são, Senhor, as tuas misericórdias. Vivifica-me segundo os teus juízos.
PROFISSÃO
Quem escolhe uma profissão ou começa um trabalho, vai precisar sempre de um pouco de inspiração e criatividade para se destacar dos outros e se sair bem no que faz, principalmente se já não for mais um garoto.
Para poder ter esses lances de imaginação e oportunismo, é importante contar com a preciosa ajuda de um Anjo que se mantém atento a esse tipo de coisa, inspirando e mantendo a criatividade de quem recorre a ele em alta. Para isso, faça o seguinte:
Em toda primeira segunda-feira de cada mês, às 10:00 ou às 22:00 horas, acenda três velas azuis num pires, ofertando-as ao Anjo Lecabel, pedindo sua ajuda e proteção. Após, reze o Salmo 71, versículos 17 e 18. Como agradecimento, deixe no altar, por três dias, um vaso com flores perfumadas ou uma cesta com frutas maduras.
SALMO 71:17-18
Ensinaste-me, ó Deus, desde a minha mocidade, e até aqui tenho anunciado as tuas maravilhas. Agora, quando estou velho e de cabelos brancos, não me desampares, ó Deus, até que tenha anunciado a tua força a esta geração e o teu poder a todos os vindouros.
PROGREDIR NO EMPREGO
É um desejo natural de quem trabalha não ficar parado num cargo ou função, mas progredir e sonhar alto, não importa o quão ousado isso seja. Faz parte da própria natureza humana.
Por isso, se deseja progredir no trabalho, continue trabalhando séria e honradamente e conte com a ajuda de seu Anjo Mensageiro, fazendo o seguinte.
Converse com ele toda semana, pedindo que o(a) ajude a subir no trabalho, depois reze
o Salmo 145, versículos 9 a 19. Copie esse trecho numa folha de papel sem pauta, dobre duas vezes e leve-a para seu local de trabalho, guardando-a numa gaveta ou numa caixa de madeira.
SALMO 145:9-19
O Senhor é bom para todos e as suas misericórdias estão sobre todas as suas obras. Todas as tuas obras te louvarão, ó Senhor, e os teus santos te bendirão. Falarão da glória do teu reino e relatarão o teu poder, para que façam saber aos filhos dos homens os teus feitos poderosos e a glória do esplendor do teu reino.
O teu reino é um reino eterno. O teu domínio dura por todas as gerações. O Senhor sustém a todos os que estão a cair e levanta a todos os que estão abatidos. Os olhos de todos esperam em ti e tu lhes dás o seu mantimento a seu tempo. Abres a mão e satisfazes o desejo de todos os viventes.
Justo é o Senhor em todos os seus caminhos e benigno em todas as suas obras. Perto está o Senhor de todos os que o invocam, de todos os que o invocam em verdade. Ele cumpre o desejo dos que o temem, ouve
o seu clamor e os salva.
PROMOÇÃO
O trabalho sério e dedicado sempre tem a sua recompensa. Cedo ou tarde o patrão ou o chefe acabam reconhecendo o esforço do empregado e indicando-o para uma promoção.
Para se beneficiar disso, além de trabalhar dedicadamente, converse com seu Anjo semanalmente e depois leia Eclesiastes 2, versículos 18 a 21.
Medite sobre essa leitura e converse a respeito com seu Anjo. Espere orientações para melhorar ainda mais suas chances de uma promoção.
ECLESIASTES 2:18-21
Também eu aborreci todo o meu trabalho em que me afadigara debaixo do sol, visto que tenho de deixá-lo ao homem que virá depois de mim. E quem sabe se será sábio ou estulto? Contudo, ele se assenhoreará de todo o meu trabalho em que me afadiguei e em que me houve sabiamente debaixo do sol; também isso é vaidade.
Pelo que eu me volvi e entreguei o meu coração ao desespero no tocante a todo o trabalho em que me afadigara debaixo do sol. Porque há homem cujo trabalho é feito com sabedoria e ciência e destreza. Contudo, deixará o fruto do seu labor para ser porção de quem não trabalhou nele. Também isso é vaidade e um grande mal.
PROSPERAR
Independentemente do tipo de trabalho que desenvolve ou da profissão que possua, todas as pessoas anseiam realizar-se profissionalmente e prosperar, podendo, com isso, proporcionar conforto e tranqüilidade para sua família.
O melhor segredo é perseverar no trabalho constantemente e, a par disso, dedicar mensalmente um espaço em seus afazeres para pedir ao Anjo Achaiah a proteção e a ajuda necessárias para prosperar. Isso deverá ser feito sempre no primeiro dia útil de cada mês, às 02:00 ou às 14:00 horas.
Para isso, acenda três velas brancas num pires, deixando ao lado um outro pires, com moedas de diversos valores. Converse com esse Anjo, pedindo orientação, depois ore o Salmo 104:33-35.
Como agradecimento, quando as velas queimarem, acenda uma outra, perfumada, a sua escolha, ofertando-a ao Anjo.
SALMO 104:33-35
Cantarei ao Senhor enquanto eu viver. Cantarei louvores ao meu Deus enquanto eu existir. Seja-lhe agradável a minha meditação. Eu me regozijarei no Senhor. Sejam extirpados da terra os pecadores e não subsistam mais os ímpios. Bendize, ó minha alma, ao Senhor. Louvai ao Senhor.
PROTEÇÃO DO SEU AMOR
Sempre que a pessoa amada de proteção especial, seja em função de uma ameaça recebida, de uma situação nova, de uma viagem ou diante de qualquer coisa que ofereça perigo, faça o seguinte:
Coloque diante da vela um objeto de metal, ferro ou aço, converse com seu Anjo pedindo a proteção desejada, depois reze três vezes seguidas o Salmo 23.
Quando terminar, retire o objeto de metal e entregue-o à pessoa amada para que o leve consigo.
SALMO 23
O Senhor é o meu pastor, nada me faltará. Deitar-me faz em pastos verdejantes. Guia-me mansamente a águas tranqüilas. Refrigera a minha alma e guia-me nas veredas da justiça por amor do seu nome.
Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu estás comigo. A tua vara e o teu cajado me consolam. Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos. Unges com óleo a minha cabeça e o meu cálice transborda.
Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida e habitarei na casa do Senhor por longos dias.
PROTEÇÃO ESPIRITUAL
Jamais, em toda a história da Humanidade, o homem esteve tão tentado e ameaçado pelas forças do Mal, que usam a extrema sedução do materialismo para enfraquecê-lo, tirando-lhe toda a centelha espiritual divina, que o faz um Filho de Deus a serviço do Pai.
Mais do que nunca, os puros de coração devem se apegar ao Salvador e concentrar nele seus esforços, auxiliados pela proteção sempre serena e inquebrantável do seu Anjo.
É necessário reforçar as defesas espirituais. Em suas conversas com seu Anjo, coloque sobre o altar flores de ipê, mesmo que sejam desidratadas.
Nunca se esqueça de pedir proteção espiritual para si e para todos os membros da família. Se perceber que as flores sobre o altar estão se alterando e deteriorando, queime-as e substitua-as por outras imediatamente.
PROTEGENDO A FAMÍLIA
Hoje em dia, com a falência do governo, incapaz de realizar uma política honesta e eficiente de proteção à saúde popular, cada um tem que se defender da melhor maneira possível, pois sem a saúde, as coisas serão pior. Para esse tipo de ajuda, nada como recorrer a quem tem o poder de fazer e faz o que é necessário.
Não é preciso muita coisa. Quando conversar com s eu Anjo, acenda uma vela branca e diante dele coloque um simples copo de água. Peça pela proteção de sua família, para que tenha força e energia para enfrentar a rotina diária.
Após isso, use essa água para fazer um café ou uma comida, de forma que todos possam se beneficiar dela. Repita sempre que perceber algum desequilíbrio na saúde de algum membro da casa.
PROTEGENDO O PEÃO
Subir no lombo de um animal furioso como é um touro bravo ou um cavalo chucro só mesmo para quem tem toda a proteção de Nossa Senhora e de um Anjo da Guarda dos mais fortes.
Todo peão sabe que subir no lombo de um bicho desses desacompanhado é dar sopa para o azar ou milho para bode. Assim, quem sabe mesmo não facilita.
Antes de entrar no brete ele corta uma ponta da cauda do animal e queima na chama de uma vela ou de um isqueiro, enquanto pede ao seu Anjo Mensageiro toda a proteção para fazer uma boa montaria e sair ileso. Arrematar com o sinal da cruz e uma cruz à altura do coração.
QUEM AMA, DÁ VALOR
Não se pode condenar as pessoas por só recorrerem aos Anjos quando necessitam, pois essa é a nossa natureza. Apenas nos lembramos de nossos protetores, nas emergências. Com os Anjos, isso não precisa ser assim. Quem ama e se sente feliz, deve proteger esse amor, para que dure para sempre.
Para isso, no primeiro dia de cada mês, prepare uma vela vermelha, escrevendo ao redor dela, com uma agulha, o seu nome e o da pessoa amada. Após isso, acendê-la e agradecer ao Anjo pela felicidade, pedindo, ao mesmo tempo, para que ele proteja esse relacionamento.
QUEM NÃO TEM CABEÇA, O CORPO PENA
Este é um ditado antigo e muito sábio, pois a ciência moderna já provou que muita gente consegue descarregar suas tensões, angústias e problemas no físico, somatizando doenças que se criam a partir desse desequilíbrio interior.
Para se chegar a um estado desses é preciso muito tempo, por isso é preciso um pouco de paciência para obter de volta a sua harmonia.
Para tanto, quando conversar com o seu Anjo, no horário dele, deixe para ler o versículo do Salmo no final. Depois de fazê-lo, abra sua Bíblia em uma página qualquer e leia todo o conteúdo das passagens contidas nas duas páginas.
Reflita sobre o que leu e só então acenda uma vela azul num pires com terra limpa. Deixe a vela queimar até o fim e lave o pires em água corrente, quando isso acontecer.
Repita por sete dias seguidos a cada mês.
RAIOS
Quando o homem julga que está livre de situações tão prosaicas como ser atingido por um raio, a natureza se faz presente e demonstra que os riscos continuam os mesmos hoje, tanto quanto antes.
Durante uma tempestade, principalmente para quem está em campo aberto, o risco é total e somente a proteção de Deus para livrar de uma fatalidade.
Uma das simpatias mais eficientes é recorrer a um Anjo Específico, que vigia os céus e protege os homens contra os raios. Para contar com sua ajuda, proceda da seguinte forma.
Às 3:20 horas, posicione-se diante do seu altar, peça permissão ao seu Anjo mensageiro e acenda uma vela vermelha e outra amarela, juntas, num mesmo pires.
Ao lado desse pires, coloque um outro, com um pingente em forma de âncora, feito de osso ou com o chifre de um animal. Chame três vezes pelo Anjo Laoviah, espere alguns instantes, depois peça-lhe que impregne com o poder divino da proteção o objeto no pires. Em seguida, leia em voz alta os versículos 6 a 8 do Salmo 19.
Ao terminar, pingue três gotas de cera da vela na âncora. Deixe a vela queimar. Coloque um ramo de salsa ou outra erva perfumada no altar. No dia seguinte, prenda o pingente no pescoço, usando um cordão natural ou uma corrente de ouro ou chapeada. Será seu talismã para esse tipo de perigo.
Salmo 19:6-8
"Principia numa extremidade dos céus e até a outra vai o seu percurso. Nada refoge ao seu calor. A lei do
Senhor é perfeita e restaura a alma. O testemunho do Senhor é fiel e dá sabedoria aos simples. Os preceitos do Senhor são retos e alegram o coração. O mandamento do Senhor é puro e ilumina os olhos."
RAIVA E PESTE
A raiva e a peste hoje são doenças que, muito embora mereçam cuidados, já não são tão fatais como antigamente. Ao mesmo tempo, temos outros tipos de peste que surgiram, entre elas a AIDS e pragas mais fatais que a raiva, como o vírus Ebola.
O mundo hoje é uma aldeia global. Na rua, a qualquer momento, cruzamos com pessoas nascidas no outro lado do mundo, que passam por nós, sem que ao menos suspeitemos disso.
Dessa forma, querer acreditar que coisas tão absurdas como AIDS e outros vírus jamais nos atingirão é ser ingênuo demais.
Todos temos de nos precaver com os meios físicos à nossa disposição, com todos os cuidados possíveis, ao mesmo tempo em que fortalecemos nossas defesas espirituais, mantendo-nos longe de todos esses perigos.
Para isso, ninguém melhor que o Querubim Aladiah para nos ajudar. Para contar com a sua ajuda, basta fazer a seguinte simpatia anualmente, todo dia 15 de janeiro, às 03:00 horas ou às 15:00 horas: acender uma vela cinza e orar o Salmo 35, versículos 17 a 22.
Como agradecimento, deixe no altar um lenço perfumado com almíscar.
SALMO 35:17-22
Ó Senhor, até quando contemplarás isto? Livra-me das suas violências, salva a minha vida dos leões! Então te darei graças na grande assembléia. Entre muitíssimo povo te louvarei.
Não se alegrem sobre mim os que são meus inimigos sem razão, nem pisquem os olhos aqueles que me odeiam sem causa, pois não falam de paz, antes inventam contra os quietos da terra palavras enganosas.
Escancaram contra mim a sua boca e dizem:
⎯ Ah! Ah! Os nossos olhos o viram.
Tu, Senhor, o viste, não te cales. Senhor, não te alongues de mim.
REALIZAÇÃO SEXUAL
Não se pode contestar que a adaptação sexual de um casal é fundamental para a continuidade do seu relacionamento e do próprio entendimento dos dois. Para os Anjos, qualquer missão é uma missão que eles se encarregam de desempenhar a contento.
Neste campo eles podem também ser úteis. Quando fizer o pedido ao seu Anjo para a realização sexual no casamento, coloque diante da vela uma noz fechada. Repita por três vezes, em dias diferentes. Após isso, enterre a noz sob a janela do quarto do casal.
RECONCILIAÇÃO NO AMOR
Se duas pessoas se amam, não se admite no Reino Angelical que vivam separadas, porque isso é como fazer o jogo do bandido, isto é, fazer exatamente o que as forças negativas que agiram contra os dois queriam.
Muitos obstáculos podem ser considerados intransponíveis para as pessoas, mas para o Criador até para a morte existe uma solução, pois uma vida melhor espera aqueles que confiam na Palavra.
Orgulho ferido e outras desculpas não encontram guarida, pois tudo isso pode ser relevado em benefício da felicidade e do amor. Para conseguir isso sem traumas e sem amargura, recorra ao seu Anjo para que o(a) ajude.
Recolha-se diante do altar, no horário adequado, acenda a vela do Anjo e mais três velas juntas, num mesmo pires. Entre essas duas luzes, coloque três botões de rosa vermelha embalados num pequeno buquê.
Converse com seu Anjo pedindo a ajuda dele para aparar todas as arestas e afastar todos os entraves que se opõem ao amor de vocês. Após isso, reze um Pai Nosso e três Ave Maria. Perfume o altar com sândalo e espere as velas brancas queimarem.
Quando isso acontecer, mande entregá-las para a pessoa amada e espere vinte e quatro horas. Se ela não entrar em contato com você, vá à procura dela e confesse seu amor. Comece chamando-a de "meu anjo!"
RECONCILIAÇÃO NUM RELACIONAMENTO
O delicado remendo de um relacionamento que se partiu não pode ser feito com a melhor das colas inventadas pelo homem, porque ali sempre estará a marca para lembrar que houve, um dia, uma ruptura.
O único remendo absolutamente invisível e definitivo só será possível com a intermediação de uma Potestade, o Anjo Chavakiah, a quem se deve acender três velas vermelhas juntas, num mesmo pires, orando-se o Salmo 114, versículos 1 e 2.
Repita a simpatia por três sextas-feiras seguidas, sempre às 12:40 ou 00:40 horas. Como gratidão, deixe num vaso de cerâmica porções misturadas de ervas aromáticas. Ao final da simpatia, queime o conteúdo do vaso numa fogueira feita com gravetos secos.
SALMO 114:1-2
Amo o Senhor porque ele ouviu a voz da minha oração, porque inclinou para mim o seu ouvido, no dia em que o invoquei.
RECONHECIMENTO
A pessoa que trabalha duro, que se esforça, que estuda, que tenta melhorar um pouco mais a cada dia, para produzir cada vez mais e melhor, merece em contrapartida o reconhecimento e não forças negativas ao seu redor, seja de um concorrente invejoso ou de pessoas fracas e incapazes.
Os antigos costumavam dizer que quanto mais a pessoa reza, mais assombrações lhe aparecem. E é fato, pois o mal quer enlamear o que é bom e não o que já é ruim.
Para se proteger e evitar que sua vida profissional, seus negócios ou sua profissão sejam afetadas para pior, justamente quando você faz tudo para melhorar, peça a ajuda de seu Anjo, conversando com ele no horário correspondente e pedindo a sua proteção.
Deixe no altar, entre duas velas violetas, um pingente na forma de um martelo ou de um
machado. Quando as velas se apagarem, passe a usá-lo como seu talismã mais precioso.
REFORMA NA CASA
Quem já se meteu nessa aventura sabe as complicações que advém de uma reforma, pois quando você remove uma torneira descobre que precisa trocar o encanamento. Quando substitui uma tomada, percebe que toda a fiação está comprometida e vai por aí a fora. Se prevê gastar cinqüenta, acaba gastando cem.
E tem mais. Se pagar adiantado, o pedreiro só aparece quando quer. Se não pagar, ele dificilmente aparece. São problemas em cima de problemas para você administrar, inclusive os imprevistos.
Se precisar de ajuda, conte, porém, com o auxílio de um Anjo especialista nesse tipo de coisa, disponível para providenciar para que tudo dê certo em sua reforma e você fique satisfeito(a).
Antes de começar qualquer coisa, isole-se diante do seu altar familiar entre 21:20 e
21:40 horas e peça permissão ao seu Anjo Mensageiro. Em seguida acenda uma vela verde e chame três vezes pelo Anjo Damabiah.
Espere alguns instantes, depois exponha seus planos, seus projetos e peça a ajuda dele. Ao terminar, deixe queimando a vela e coloque sobre o altar uma fatia de pão com mel, sobre um pires. Reze um Pai Nosso e três Ave Maria. No dia seguinte, pela manhã, deixe essa fatia de pão próxima de um formigueiro, mas num local onde galinhas não tenham acesso a ele.
RESISTÊNCIA NO AMOR
O que valoriza uma conquista é a insistência. Desistir diante do primeiro nãocom certeza jamais levará ninguém a encontrar um relacionamento duradouro, sincero e feliz. A persistência carinhosa é uma arma sensível, muito apreciada pelas mulheres. Para desenvolver essa persistência e habilitá-lo a enfrentar a resistência de uma mulher que o atrai, faça o seguinte:
Quando conversar com seu Anjo, exponha seu problema e peça a ajuda dele. No altar, tenha um talismã de cobre ou de prata, na forma de uma ave. A pomba é a melhor delas. Após sua conversa, passe a usar esse talismã, sempre que for ao encontro dessa mulher.
RETORNO DE UMA PESSOA QUERIDA
Se você está afastado(a) de uma pessoa querida, seja parente, amigo(a), namorado(a), noivo(a) ou esposo(a) e deseja que ela retorne o mais depressa possível, acenda a vela do seu altar, coloque diante dela um botão de qualquer flor dentro de um copo de água, depois converse com seu Anjo Mensageiro, fazendo o seu pedido.
Quando terminar, reze um Pai Nosso e três Ave Maria. Deixe o botão de flor no altar até que ele abra. Quando isso acontecer, despetale a flor e espalhe-a sobre a toalha. Deixe ali por três dias, depois atire em água corrente.
REUMATISMO
Quem pensa que o reumatismo é uma doença de velhos está redondamente enganado (a), porque jovens de todas as idades não estão imunes a essa doença.
Uma de suas características mais terríveis é a dor localizada, que não raro arranca lágrimas de quem sofre desse mal. Se você é deles, apegue-se ao seu Anjo Guardião e Mensageiro, que encaminhará sua súplica ao Criador, para que lhe mande alívio.
Ao mesmo tempo, faça a seguinte simpatia. Acenda uma vela azul para o seu Anjo e coloque no altar um pilãozinho de madeira, contendo folhas de hortelã-pimenta dentro. Ao lado deixe um copo de água. Converse com o seu Anjo, pedindo sua intercessão para abençoar aquele copo de água. Em seguida macere no pilão as folhas de hortelã, acrescente a água e faça uma compressa no local dolorido.
Observação: Como a dor pode surgir a qualquer momento, mantenha o copo com a água e o pilão com as folhas no seu altar, já devidamente abençoados pelo seu Anjo. Quando a dor surgir, basta apanhar e fazer a compressa imediatamente.
REUMATISMO DOLOROSO
Esta é uma doença cruel e dolorosa, capaz de jogar na cama tanto o velho como o jovem. Quando suas crises se manifestam, só a custa de poderosos medicamentos para se conseguir revertê-las, só que esses medicamentos acabam afetando outros importantes órgãos do corpo.
O melhor é lançar mão de uma simpatia natural e celestial, que promete não apenas a cura, mas garante contra qualquer efeito colateral. Para isso, deixe secar um caroço de abacate, depois rale-o, pondo-o dentro de um litro com álcool medicinal. Deixe no seu altar, com uma vela branca ao lado, por sete dias.
Sempre que rezar ao seu Anjo, peça que dê poder àquele remédio, para curar o mal que o(a) aflige. A partir do oitavo dia, massageie as regiões normalmente afetadas pelo reumatismo diariamente, usando esse líquido.
Repita a receita, mesmo que as crises se tornem mais fracas e desaparecem, por pelo menos três meses de uso contínuo. À medida que vai melhorando, não se esqueça de incluir um agradecimento em suas conversas diárias com o seu Anjo.
RIVAL
No amor ninguém gosta de repartir. Na verdade, esse sentimento que une duas pessoas é egoísta e se completa em si mesmo, ignorando todos os outros ao redor. Assim, quando uma terceira pessoa entra nesse círculo fechado, é fatal que haja alguns abalos e muita preocupação, pois ninguém quer perder o amor que conquistou.
Para que isso não aconteça com você, pegue um pedaço de pedra e lime-o, até obter o formato de uma ponta de flecha. Leve-o para o altar de seu Anjo Mensageiro e mantenha essa pedra sempre
atrás da vela, com a ponta voltada para frente. Será uma espécie de alerta constante para que rivais sejam mantidos afastados(as). Sempre que fizer qualquer outro pedido ao seu Anjo, não se esqueça de lembrá-lo do significado daquela flecha.
ROSTO
O rosto é sempre o foco de atenção quando duas pessoas se cruzam. Não há como evitar, a menos que algum outro detalhe chame mais a atenção. No rosto da pessoa está espelhada a sua alma. Por essa razão, todo o cuidado com as coisas espirituais é importante, pois distúrbios nessa área se transformarão em rugas e marcas indeléveis. Para que isso não ocorra, sempre que conversar com seu Anjo, ore o Salmo 101, depois acenda uma vela branca no lado direito da vela de seu Anjo, ofertando-a também ao seu Anjo.
SALMO 101
Cantarei a benignidade e o juízo. A ti, Senhor, cantarei. Portar-me-ei sabiamente no caminho reto. Oh, quando virás ter comigo? Andarei em minha casa com integridade de coração. Não porei coisa torpe diante dos meus olhos. Aborreço as ações daqueles que se desviam. Isso não se apegará a mim.
Longe de mim estará o coração perverso e não conhecerei o mal. Aquele que difama o seu próximo às escondidas, eu o destruirei. Aquele que tem olhar altivo e coração soberbo, não o tolerarei. Os meus olhos estão sobre os fiéis da terra, para que habitem comigo. O que anda no caminho perfeito, esse me servirá. O que usa de fraude não habitará em minha casa. O que profere mentiras não estará firme perante os meus olhos.
De manhã em manhã destruirei todos os ímpios da terra, para desarraigar da cidade do Senhor todos os que praticam a iniqüidade.
SAÚDE DE TODA A FAMÍLIA
Os Anjos Mensageiros estão sempre atentos às doenças que ameaçam uma casa, alertando os Anjos da Guarda dos moradores e aliando-se a eles para juntos combaterem essas doenças, principalmente aquelas que têm origem em forças ocultas ou negativas.
Para que se forme um círculo de proteção a todos os que moram em sua casa, tenha um sino de metal em seu altar. Antes de acender a vela, faça-o soar três vezes. Reze o Salmo 46:1-5. Quando a vela queimar, faça o sino soar novamente por três vezes.
SALMO 46:1-5
Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia, por isso não temeremos, ainda que a terra se mude e ainda que os montes se projetem para o meio dos mares. A ainda que as águas rujam e espumem ou ainda que os montes se abalem pela sua braveza. Há um rio cujas correntes alegram a cidade de Deus, o lugar santo das moradas do Altíssimo. Deus está no meio dela. Não será abalada. Deus a ajudará desde o raiar da alva.
SAÚDE MENTAL
Por problemas de estresse, por nervosismo, por pressão de algum tipo, muitas vezes as pessoas acabam perdendo a saúde mental e ficando totalmente desorientadas. Casos assim devem ser tratados com rapidez para não se complicarem.
Por outro lado, você pode se precaver contra isso, conversando com seu Anjo Mensageiro e pedindo sua ajuda nesse sentido. Ao fazer isso, acender incenso de sândalo ou deixar canela em pó, num pires, sobre o altar. Quando a vela estiver no fim, jogue uma pitada de canela sobre a chama.
SAÚDE NA VELHICE
Após toda uma vida de atividade, não é raro que a velhice enfrente problemas de saúde de toda sorte. Ocorre que isso em alguns se torna sério, enquanto que em outros o problema simplesmente não existe. A visão, a audição e os demais sentidos se mantêm em perfeita ordem, o raciocínio é normal e a mobilidade também.
Para obter isso, habitue-se a conversar semanalmente com seu Anjo Mensageiro, pedindo-lhe saúde. No altar, junto com os demais itens, acrescente uma muda de bambu, plantada num vaso pequeno. Mantenha essa muda sempre podada e bem cuidada ao sol. Só a leve para o altar quando for conversar com seu Anjo.
SEGREDOS
Segredos não são para serem revelados, mas você não pode deixar de tentar desvendálos, quando você está envolvido(a) neles. Se a existência de algum segredo afeta sua vida e seu destino, você tem o direito de descobrí-los.
Para isso, seguramente você vai precisar contar com a ajuda do Anjo Nith-Haiah, fazendo o seguinte: diariamente, às 08:00 ou às 20:00 horas, acenda uma vela azul, ofertando-a ao Anjo e pedindo seu auxílio para desvendar o segredo.
Ore em seguida o Salmo 15. Repita diariamente até atingir o seu objetivo. Como agradecimento, dê diariamente, durante sete dias seguidos, uma esmola a um pedinte ou mendigo.
SALMO 15
Quem, Senhor, habitará na tua tenda? Quem morará no teu santo monte?
⎯ Aquele que anda irrepreensivelmente e pratica a justiça e do coração fala a verdade, que não difama com a sua língua, não faz o mal ao seu próximo nem contra ele aceita nenhuma afronta. Aquele a cujos olhos
o réprobo é desprezado, mas que honra os que temem ao Senhor. Aquele que, embora jure com dano seu, não muda. Que não empresta o seu dinheiro a juros, nem recebe peitas contra o inocente. Aquele que assim procede nunca será abalado.
SEIOS
Um dos poderosos recursos de beleza e sedução de uma mulher são seus seios. Seios que lhe causam tantas preocupações se são pequenos, se são grandes, se firmes, se são flácidos, se está amamentando, se parou de amamentar, se vai amamentar, etc.
São tantas as preocupações que o melhor é não ter nenhuma, fazendo logo uma simpatia com seu Anjo Mensageiro. Quando conversar com ele, peça-lhe por esse detalhe de beleza, para você ou para a mulher que amada, depois acenda, do lado esquerdo da vela dele, uma vela branca, ofertando-a a Nossa Senhora e pedindo também a ajuda dela. Ore o Salmo 40, versículos 16 e 17.
SALMO 40:16-17
Regozijem-se e alegrem-se em ti todos os que te buscam. Digam continuamente os que amam a tua salvação:
⎯ Engrandecido seja o Senhor.
Eu, na verdade, sou pobre e necessitado, mas o Senhor cuida de mim. Tu és o meu auxílio e o meu libertador, não te detenhas, ó Deus meu.
SENTIMENTOS OCULTOS
Muitas vezes você abre a porta de sua casa para uma pessoa, a quem considera sua amiga, sem saber que, na verdade, esta fazendo isso para um inimigo traiçoeiro e perigoso, que se insinua no seio de sua família para semear a discórdia e a intriga.
É difícil reconhecer isso sem contar com a ajuda poderosa de seu Anjo. Para tanto, quando conversar com seu Anjo, peça-lhe discernimento e sabedoria para reconhecer essas pessoas.
Sobre o altar, coloque três xícaras, com seus respectivos pires. Acenda uma vela preta no centro delas. Habitue-se a servir um café às pessoas que o(a) visitam, usando essas xícaras. Observe com atenção essas pessoas, a partir do momento em que estiverem com
a xícara na mão.
SENTINDO-SE ABANDONADO(A)
O que está acontecendo com muita freqüência hoje em dia é as pessoas, num determinado momento, pararem tudo que estão fazendo para se concentrar na terrível sensação de abandono que caracteriza suas vidas. É uma sensação angustiante, mas salutar, quando descobrem o que lhes faz falta e qual é o caminho a seguir.
Se ocorreu isso com você, saiba que essa sensação vem da falta de Deus em sua vida e
o caminho da reconciliação pode ser aplainado pelo seu Anjo.
Para isso, durante nove dias seguidos, converse com seu Anjo, no horário adequado, acendendo duas velas azuis no seu altar, pondo entre elas um copo de leite com mel. Essa conversa tem que ser em voz alta. Peça a ele para intermediar essa reconciliação e termine rezando um Pai Nosso.
Beba o leite em seguida.
SINCERIDADE
O Anjo Hariel, que ouve nossas queixas e lamentações às 04:40 horas, é um sábio conselheiro quando se trata de reconhecer pessoas desonestas, dando-nos um precioso instrumento para isso.
Converse com ele, diante de uma vela branca, no horário indicado, deixando, diante dela, um pires com água e um pingente de prata dentro dele.
Quando a vela terminar de queimar, retire o pingente e jogue o conteúdo do pires em água corrente. Após isso, enxugue o objeto de prata com um pano branco, depois pendure-
o em seu pescoço, de preferência usando uma corrente do mesmo metal.
Se quer saber se uma pessoa é sincera com você, faça-a segurar esse pingente. Quando isso acontecer, não o ponha de volta no pescoço, mas guarde-o dentro de um lenço branco.
De volta ao altar, volte a pô-lo dentro de um pires com água e deixá-lo ali por três dias. Se ele escurecer, a pessoa não lhe é sincera. Se manter o brilho, pode acreditar nela totalmente, pois ela não o(a) decepcionará.
SOFRIMENTO NO AMOR
Quando um amor chega ao fim, o amor muitas vezes se transforma em ódio e isso é terrível, pois reforça a dor, não deixando espaço para que o consolo ou o perdão se instalem. Uma decepção amorosa, uma traição e qualquer outra ingratidão devem ser perdoadas, para que se possa esquecer e não sofrer tanto a perda.
Se você está passando por isso agora, chega de sofrer! Faça a seguinte simpatia com o seu Anjo:
Escreva o nome completo da pessoa em um papel amarelo, dobre duas vezes e coloque sob um pires, com uma vela violeta acesa nele. Converse com o seu Anjo, pedindo que o(a) ajude a superar a perda e a parar de sofrer. Quando terminar, retire o papel de sob o pires e queime-o na chama da vela.
Repita isso por três dias seguidos, mesmo que já se sinta aliviado(a) a partir da primeira vez.
SOLIDÃO
Um dos males que cresce de forma impressionante neste final de milênio é a solidão. As pessoas estão acuadas, presas em suas casas, exigentes demais umas com as outras para conseguirem conviver.
Isso pode ser percebido no aumento de anúncios de pessoas nos jornais e revistas, querendo se corresponder com alguém. As agências de namoro e casamento estão se tornando o negócio do momento. Tudo porque ninguém resiste à solidão, mas ninguém se livra dela ficando escondido.
Para sair, ver o mundo e aproveitar a vida com alegria e de forma saudável, na companhia de gente que pensa da mesma forma, nada como pedir a um intermediário consciencioso, o seu Anjo Mensageiro.
Para isso, isole-se diante do seu altar, numa das horas do seu Anjo mais adequada para você, acenda a vela dele e mais uma branca, num pires da mesma cor.
Entre as duas, coloque miolo de pão com mel, num pires. Converse com seu Anjo, narrando a sua solidão e pedindo o auxílio dele. Diga exatamente o que espera da vida. Fale dos amigos que gostaria de ter, da pessoa que gostaria de conhecer e amar, abrindo de verdade seu coração.
Ao terminar, leia em voz alta, com fervor, os versículos 19 a 22 do Salmo 22, depois apague a vela, coma o pão com mel e deixe a outra queimando. Repita por nove dias seguidos e deixe que o Anjo ilumine seu coração, dizendo-lhe o que fazer e como agir.
Salmo 22:19-22
"Tu, porém, Senhor, não te afastes de mim. Força minha, apressa-te em socorrer-me. Livra a minha alma da espada e das presas do cão a minha vida. Salva-me dos dentes do leão e dos chifres dos búfalos. Sim, tu me respondes! A meus irmãos declararei o teu nome. Cantar-te-ei louvores no meio da minha congregação."
SONO
Todo o cansaço físico e mental de um dia de trabalho é curado com uma boa noite de sono. Mais do que uma necessidade, o sono é uma terapia, uma cura para diversos males do corpo.
Gozar uma boa noite de sono é privilégio de poucos, mas isso
pode ser mudado facilmente, com a ajuda do Anjo Lauviah, que lhe proporcionará uma boa noite de sono e sonhos reveladores.
Para tanto, antes de dormir, acenda uma vela preta e um incenso de sândalo ou o mais adequado para o seu signo astrológico. Esta informação que poderá obter, se ainda não souber, num bom anuário astrológico. Reze o Salmo 131, com as luzes apagadas, depois deite-se e repouse em paz.
SALMO 131
Senhor, o meu coração não é soberbo, nem os meus olhos são altivos. Não me ocupo de assuntos grandes e maravilhosos demais para mim. Pelo contrário, tenho feito acalmar e sossegar a minha alma, qual criança desmamada sobre o seio de sua mãe. Qual criança desmamada está a minha alma para comigo. Espera, ó Israel, no Senhor, desde agora e para sempre.
SUCESSO NUM EMPREENDIMENTO
É digno de louvor quem, em nosso país, se arrisca a criar um novo empreendimento, dando empregos e movimentando a economia local. Isso, porém, não o livra da ameaça de fracasso que atinge mais de noventa por cento das novas empresas que são abertas no Brasil, numa terrível estatística.
Para fugir disso e garantir a continuidade de seu empreendimento, busque a infalível proteção do Anjo Ielehiah, acendendo todo primeiro dia do mês, às 02:20 ou às 14:20 horas, no seu altar, três velas amarelas, pedindo ao Anjo seu auxílio e proteção.
Após, ore o Salmo 119, versículos 97 a 103. Como agradecimento, mande imprimir em todos os seus impressos o trecho que julgar mais apropriado, segundo a inspiração passada pelo seu Anjo.
SALM0 119:97-103
Oh, quanto amo a tua lei! Ela é a minha meditação o dia todo. O teu mandamento me faz mais sábio do que meus inimigos, pois está sempre comigo. Tenho mais entendimento do que todos os meus mestres, porque os teus testemunhos são a minha meditação. Sou mais entendido do que os velhos, porque tenho guardado os teus preceitos. Retenho os meus pés de todo caminho mau, a fim de observar a tua palavra. Não me aparto das tuas ordenanças, porque és tu quem me instrui. Oh, quão doces são as tuas palavras ao meu paladar! Mais doces do que o mel à minha boca.
TALENTO
Se você tem talento e competência, pode, deve e merece transformar isso em uma fonte de renda. Não estamos nos referindo a um dom ou a uma habilidade excepcional. Falamos daquelas coisas que tomam o seu tempo, que o(a) obrigam a deixar de lado momentos de lazer para realizá-las.
O que é importante em tudo isso, é que você passe a encarar essa atividade com seriedade, dedicando-se a ela e justificando, assim, o preço que estipular como pagamento.
Para que isso seja um processo natural e crescente, podendo até mudar sua vida futuramente, faça o seguinte. Coloque um modelo ou um exemplo do trabalho que faz em seu altar. Ao redor, coloque, formando um círculo, doze moedas iguais.
Cubra tudo com um pano ou um lenço laranja e, quando conversar com seu Anjo, peça-lhe que o(a) ajude a valorizar esse trabalho e, ao mesmo tempo, faça com que as pessoas
o apreciem cada vez mais.
TAREFA IMPORTANTE
Freqüentemente, em função do trabalho ou da profissão, alguém tem que se incumbir de tarefas que aparentemente são superiores a suas forças. Muita gente desiste, antes mesmo de tentar, enquanto que outros a aceitam e a realizam como que por obra divina.
Na realidade, a diferença entre o que tem sucesso e o que fracassa é apenas e tão somente a sua fé e a confiança que deposita nas mãos do Senhor.
Quem pensa dessa forma e tem uma tarefa quase insuperável pela frente, deve fazer a seguinte simpatia.
Durante os três dias que antecederem ao início da tarefa, recolher-se diante do seu altar, acender a vela ao seu Anjo e conversar com ele, pedindo-lhe forças para tocar a empreitada.
Quando terminar, rezar um Pai Nosso e três Ave Maria, apagar a vela do Anjo e acender uma outra, branca, num pires branco. Ao redor desse pires, colocar um colar de metal, exceto alumínio, ou um cordão comum, de algodão.
Ao terminar de queimar essa vela, mergulhar o colar ou o cordão no copo de água que deve ter sobre o altar, depois estendê-lo e deixá-lo ali para o encontro do dia seguinte.
No terceiro dia, quando a vela branca terminar de queimar, leia os versículos 1 a 3 do Salmo 75, acenda incenso de bálsamo ou de sândalo no altar, passe o cordão ou colar pela fumaça algumas vezes, depois prenda-o ao seu pescoço, usando-o enquanto durar a tarefa.
Salmo 75:1-3
"Graças te rendemos, ó Deus; graças te rendemos e invocamos o teu nome e declaramos as tuas maravilhas. Disseste: Hei de aproveitar o tempo determinado; hei de julgar retamente. Vacilem a terra e todos os seus moradores, ainda assim eu firmarei as suas colunas."
TORMENTOS DE AMOR
Pode parecer um contra-senso que os demônios usem o amor como arma para atormentar as pessoas. Obviamente não é o amor como nós o entendemos, mas um tipo deobsessão. É aquela paixão realmente fatal, que alucina a pessoa, tirando-lhe a razão.
Todos conhecemos casos assim e estamos sujeitos a, num momento de fraqueza espiritual e emocional, sermos envolvidos por uma pessoa de tal forma que nossos sentidos todos fiquem voltados somente na direção dela.
Para se proteger contra esse tipo de coisas, mantenha sobre o seu altar uma colher de prata, sempre muito bem polida, com a boca voltada para cima, ao lado da vela. O brilho do metal, quando começar a se ofuscar, demonstrará sua fraqueza. Fale com seu Anjo e reze imediatamente um Pai Nosso e três Ave Maria.
TORMENTOS DO ESPÍRITO
Neste final de milênio, muita coisa ocorre que deixa os espíritos atormentados e em confusão. Essa situação se reflete imediatamente no corpo das pessoas, que passam a influenciar as pessoas a sua volta, num círculo-vicioso que precisa ser quebrado.
Não permita que tormentos do espírito o(a) abatam e o(a) façam disseminá-los a outras pessoas. Peça o poderoso auxílio do Anjo Elemiah da seguinte forma: todo dia 7 de cada mês, à 0l:00 ou às 13:00 horas, acenda três velas brancas, pedindo auxílio a ele.
Em seguida, ore o Salmo 6. Em sinal de agradecimento, acenda na continuidade mais sete velas brancas, uma após a outra ter-se queimado, cuidando para que sejam fixadas sempre num local diferente e não sobre os restos das outras.
SALMO 6
Senhor, não me repreendas na tua ira, nem me castigues no teu furor. Tem compaixão de mim, Senhor, porque sou fraco. Sara-me, Senhor, porque os meus ossos estão perturbados. Também a minha alma está muito perturbada, mas tu, Senhor, até quando?
Volta-te, Senhor, livra a minha alma. Salva-me por tua misericórdia, pois na morte não há lembrança de ti e no Seol quem te louvará? Estou cansado do meu gemido. Toda noite faço nadar em lágrimas a minha cama e inundo com elas o meu leito. Os meus olhos estão consumidos pela mágoa e enfraquecem por causa de todos os meus inimigos.
Apartai-vos de mim todos os que praticais a iniquidade porque o Senhor já ouviu a voz do meu pranto. O Senhor já ouviu a minha súplica, o Senhor aceita a minha oração. Serão envergonhados e grandemente perturbados todos os meus inimigos. Tornarão atrás e subitamente serão envergonhados.
TRAIÇÃO NO AMOR
Esse tipo de decoração ninguém deseja ter na cabeça. Embora o assunto possa servir como piada numa ocasião descontraída e descompromissada, somente quem passou por essa situação é que sabe o quanto dói uma traição.
É o tipo de dor que ninguém merece enfrentar. A mais leve suspeita é o bastante para deixar muita gente tensa e desorientada, porque há sempre um sentimento muito forte envolvido nisso. Como é importante manter a lucidez nesses momentos, conte com seu Anjo para orientá-lo(a) e ajudá-lo(a) a resolver isso.
Para tanto, pegue uma foto sua e uma da pessoa amada. Coloque a dela ao redor de uma vela, pondo a sua por cima e amarrando-as na vela com uma fita vermelha.
Coloque essa vela entre uma vela branca e outra vermelha, que deverão estar acesas. Após isso, converse com seu Anjo, pedindo-lhe orientação e ajuda para que essa situação se resolva da melhor maneira ou para que jamais você tenha que passar por isso. Ao terminar, derrame cera das duas velas acesas sobre a outra, de forma que cubram parcialmente a foto que está por cima.
Por sete dias seguidos, coloque essa vela no centro de outras duas, uma branca e uma vermelha, enquanto conversa com seu Anjo. Após isso, oculte essa vela onde não possa ser encontrada.
TRAIÇÕES EM SUA VIDA
Se você é puro de coração e se relaciona abertamente com as pessoas, precisa se cercar de alguns cuidados, pois as víboras estão por toda parte e se você não estiver atento (a), elas lhe morderão o calcanhar. Para se defender, busque a proteção da fé, fortalecendo seu espírito, através da poderosa e sempre útil ajuda do seu Anjo.
No primeiro dia do próximo mês, estenda sobre o altar uma fita azul e acenda uma vela da mesma cor em cada extremidade da fita. Converse com seu Anjo, pedindo-lhe a proteção de que precisa. Ao terminar, amarre essa fita no seu pulso esquerdo e não a remova dali. Deixe-a até que se rompa sozinha.
Quando isso acontecer, refazer a simpatia.
TRAIDORES
Em tudo que se faz em conjunto com outras pessoas, você corre o risco de ser traído, pois a alma humana é incompreensível. Se não fosse assim, Judas jamais teria traído o Mestre.
Você e todos nós estamos sujeitos à ação de traidores. Para evitá-los e combatê-los à altura, você precisa contar com a ajuda de uma Potestade como o Anjo Iehuiah.
A cada três meses, no dia correspondente ao do seu nascimento, acenda três velas vermelhas, ofertando-as ao Anjo e pedindo sua ajuda. Após, orar o Salmo 33, versículos 20 a 22.
Como agradecimento, deixar óleo perfumado ao redor das velas, no pires.
SALMO 33:20-22
A nossa alma espera no Senhor. Ele é o nosso auxílio e o nosso escudo, pois nele se alegra o nosso coração, porquanto temos confiado no seu santo nome. Seja a tua benignidade, Senhor, sobre nós, assim como em ti esperamos.
TRAIDORES PÉRFIDOS
Esta é, com certeza, uma das piores raças sobre a face da terra. Nascidas no mal, criadas no vício e amadurecidas na perdição, vivem na desgraça alheia e vibram com a queda das pessoas que elas elogiam pela frente, mas pelas costas cravam o punhal da traição.
Não há outra forma de tratar essa gente, senão pedir a Deus o perdão para suas almas pecadoras, ao mesmo tempo em que se deve buscar fortalecer o espírito para não se deixar abater e encará-los frente a frente, com coragem e determinação.
Uma boa maneira de obter isso é recorrer ao Anjo Iehuiah, acendendo uma vela lilás no altar, após as providências de praxe. Pôr junto à vela um pires com vinagre, depois chamar três vezes pelo Anjo, pedindo-lhe que lhe dê forças para enfrentar e desmascarar os traidores.
Após, rezar um Pai Nosso e os versículos 1 a 4 do Salmo 31. Quando a vela terminar de queimar, retirar o pires de vinagre do altar e colocá-lo no chão, onde deverá ficar três dias, antes de ser lavado em água corrente. Após isso, por um pouco de leite e mel e oferecer para um gato ou um cão.
SALMO 31:1-4
"Em ti, Senhor, me refugio. Não seja eu jamais envergonhado. Livra-me por tua justiça. Inclina-me os teus ouvidos e livra-me depressa. Sê o meu castelo forte, cidadela fortíssima que me salve, porque tu és a minha rocha e a minha fortaleza. Por causa do teu nome, tu me conduzirás e me guiarás.
Tirar-me-ás do laço que, às ocultas, me armaram, pois tu és a minha fortaleza."
TRISTEZA
A tristeza é um sentimento interessante, que muitas vezes nos apanha de surpresa,
pondo-nos submissos a uma dor desconhecida, a uma angústia interior, a um vazio profundo que corrói a nossa alma.
Esse tipo de manifestação pode ocorrer se você não estiver atento aos problemas do seu espírito, entregando-se aos prazeres ou ao trabalho insanamente. Tudo tem que ter seu tempo e sua medida, para ser bom aos olhos de Deus. Se você está triste, precisa refletir sobre isso e encontrar as verdadeiras causas. Para ajudá-lo(a) nisso, acenda uma vela branca para o seu Anjo, no horário recomendado, faça a leitura do versículo do Salmo, depois reze a seguinte oração:
"Meu bom Anjo Mensageiro, meu Anjo da Guarda querido, peço humildemente sua bênção na glória de Nosso Senhor Jesus Cristo, para iluminar meu coração, tão contrito e envolvo em trevas.
Oprime-o uma dor desconhecida e um sentimento sem explicação, como o vazio da palavra de Deus, como a tristeza do afastamento do seus ensinamentos, como a melancolia de quem se distanciou da casa paterna.
Faze com que tudo isso se apague de meu coração e de minha alma e que, com a graça de Deus, eu alivie essa dor, encontre as explicações para meu espírito, preencha o vazio com as palavras de Deus, afaste a tristeza com o júbilo dos que voltam à casa do Pai.
Tome a minha mão e me conduza de volta ao meu lugar, amém!"
VENDER IMÓVEL
A partir do momento em que você deu um nome a alguma coisa, haverá um Anjo Mensageiro cuidando dela. Seja um imóvel, um veículo ou um filho. No início deste livro ensinamos como encontrar o Anjo Mensageiro. Faça isso com seu imóvel.
Quando precisar vendê-lo, converse com o Anjo Mensageiro do imóvel, pedindo sua ajuda para encontrar um comprador que vá cuidar da propriedade com tanto zelo e amor como você o fez. Deixe durante a conversa, diante da vela, uma chave do imóvel. Só a retire do altar depois de vendido o imóvel.
VERRUGAS
Essas erupções cutâneas tão desagradáveis exigem cuidado da parte de qualquer um, principalmente quando sangram, aumentam de tamanho ou mudam de cor. Nesses casos, procurar um médico é a atitude mais sensata, pois se trata de algo que já aflorou de seu corpo. Na maior parte das vezes, elas podem estar refletindo problemas de forças negativas lançadas contra você, combatidas e empurradas para fora pela sua força interior.
É um bom sinal, mas você tem que se livrar definitivamente disso. A verruga o médico pode tirar. A força negativa, somente seu Anjo Mensageiro pode remover. Para isso, ao acender a vela, espera formar um pouco de cera derretida, molhe o indicador nela e passe ao redor da verruga. Ore o Salmo 63:1-4.
SALMO 63:1-4
Ó Deus, tu és o meu Deus; ansiosamente te busco. A minha alma tem sede de ti; a minha carne te deseja muito em uma terra seca e cansada, onde não há água. Assim no santuário te contemplo, para ver o teu poder e a tua glória. Porquanto a tua benignidade é melhor do que a vida, os meus lábios te louvarão. Assim eu te bendirei enquanto viver e em teu nome levantarei as minhas mãos.
VERTIGENS NO FIM DO DIA
Esse interessante sintoma tem sido relatado com freqüência ultimamente, com as pessoas sentindo tonturas, ou uma sensação de que o chão foge de seus pés repentinamente.
Para muitos, isso vem se repetindo com uma certa freqüência, e mesmo após consultado um médico, não se conseguiu diagnosticar de que se trata.
Afirmam que, com certeza, deve ser algum problema de ordem espiritual. Se isso está acontecendo com você, faça a seguinte simpatia por sete dias seguidos.
No horário do seu Anjo, tire os sapatos e coloque uma palha de aço (bombril) debaixo de cada um dos pés. Acenda uma vela verde para o seu Anjo e converse com ele, a respeito do problema.
Quando terminar, leve as palhas de aço para fora e, com a vela, ateie fogo nelas. Apague a vela em seguida, de forma que uma só dure os sete dias.
CASAMENTO
Felizes para sempre
Muito embora pareça mais o final de um conto de fadas do que a vida real, a felicidade para sempre é um desejo de todos aqueles que se casam e fazem simpatias como esta: recolher um pouco do arroz que for atirado sobre o casal, na saída da igreja, e usá-lo para preparar a primeira refeição que fizerem juntos.
Começando bem
A aliança é um círculo perfeito e sua força mística consiste na representação daquilo que não tem fim, como o amor que deve unir um casal. Assim, para começa bem o casamento, colocar as duas alianças juntas numa taça de vinho branco e tomar juntos. Depois, recolocar as alianças.
Jamais brigaremos Brigas
podem ser evitadas em seu casamento se você jamais deixar, nas paredes de sua casa, um prego torto ou mal pregado. Assim que chegar a sua nova casa, examine as paredes e retire todos os pregos tortos que estiverem à vista.
E se nós brigarmos?
Tenha sempre mel puro em sua casa, para o caso de surgir alguma rusga entre o casal. Tão logo você queira fazer as pazes, passe mel nos cantos dos lábios e beije seu marido. Não espalhar mel pelos lábios todos, mas fazer como foi recomendado acima.
Os filhos são a alegria do casal
Para as mulheres que desejarem engravidar logo, a melhor simpatia sempre foi enrolar uma cueca do marido em uma calcinha sua, amarrar com uma fita vermelha e pôr tudo isso sob o colchão da cama, bem no meio do estrado. Lua de mel, lua de amor Para que os dois tenham um início de vida sexual prazeroso, sem traumas ou problemas, pegue um tomate e espete nele um garfo, pondo-o num pires e deixando-o sob a cama do casal durante toda a noite. No dia seguinte, a esposa deverá comer o tomate.
A felicidade atrai a inveja
Este é um fato consumado, líquido e certo e todas as mulheres devem se prevenir contra a inveja que pode destruir seu casamento, tomando uma precaução muito simples. Basta passar uma calcinha sua e uma cueca do marido sob a porta da casa, numa sexta-feira de Lua Cheia, após as vinte e duas horas, mas antes da meia-noite.
Como evitar a traição
Como as tentações estão em toda parte, tanto para um como para outro, para evitá-las e cometer alguma traição é importante que o casal, na noite de núpcias, troque as alianças, enquanto se relacionam sexualmente. O marido deverá usar a da esposa em qualquer dos dedos e a esposa fazer o mesmo em relação à aliança do marido. Trocar em seguida.
O marido pisou na bola!
Alguma ele aprontou e a esposa está furiosa com ele. Para conseguir amansá-la, a solução é uma das simpatias mais fortes para isso. Pegar um prego e cravá-lo no tronco de um pé de mamão-macho. Deixar ali enquanto vai conversar com a esposa. Depois de feita as pazes, retirar de lá.
Ele anda meio desligado
Ultimamente Pode ser que alguma coisa esteja ocorrendo e o melhor, nesses assuntos, é jamais correr riscos. Assim, à noite, quando ele for dormir, pegue os sapatos dele e vire-os de boca para baixo, colocando os seus sobre o dele, sola com sola. Os melhores resultados são obtidos nas sextas-feiras. Recomenda-se jamais tentar essa simpatia na terça ou na quarta.
As mulheres se interessam por seu marido
Ao invés de culpá-lo por isso, trate de fazer logo uma simpatia para afastá-las de você. Pegue uma das meias dele e deixe de molho num copo com água e açúcar, de um dia para o outro. No dia seguinte, retire a meia, coloque sal grosso e pimenta dentro do copo e espalhe seu conteúdo ao redor de um formigueiro.
Quando um dos dois anda tendo dor-de-cabeça demais
Pode ser sinal de que alguma coisa anda falhando no relacionamento sexual do casal e isso exige uma providência imediata. Pegue uma faca de ponta e espete-a numa pimenta vermelha ardida, deixando-a num prato com mel sob a cama. Repetir por três dias seguidos, iniciando-se numa sexta-feira de Lua Crescente.
Um tem ciúme do outro
Pode ser um bom tempero, mas em excesso atrapalha tudo. Por isso existem tantas simpatias para combater isso, mas uma das mais usadas ultimamente é pegar uma fotografia do(a) ciumento(a), embrulhar numa peça íntima sua (cueca para o homem, calcinha para a mulher), fazer um pacote com papel alumínio e pôr no congelador da geladeira. Deixar lá até ficar do seu agrado. Fidelidade acima de tudo Por muito tempo esta simpatia foi feita por mulheres na calada da noite, quando seus maridos dormiam. Hoje muitas delas já a fazem abertamente, com o consentimento deles. Consiste em amarrar com um nó laçada o membro do homem, na noite de núpcias, usando uma fita vermelha, após a relação entre os dois. Retirar no dia seguinte. Não apertar o nó, senão as conseqüências serão desastrosas.
Casamento moderno
Ao longo do tempo, muitas simpatias têm sido usadas para garantir a felicidade num casamento, mas nenhuma é mais poderosa do que os votos feitos diante do sacerdote. Nos casamentos modernos, cada vez mais livres e afastados das igrejas, o mesmo pode ser obtido se o casal que decidiu morar junto unirem suas mãos esquerdas sobre uma Bíblia aberta em Cântico dos Cânticos.
Ele não pára mais em casa
Esse é o tipo de coisa que faz com que as mulheres procurem imediatamente uma simpatia para fazer com que o marido não se atrase tanto como vem fazendo e fique mais em casa. Esta é simples. Basta que você jamais deixe que os sapatos dele, quando ele os tirar, fiquem apontando na direção da rua. Se tiver uma sapateira apropriada, guarde-os sempre com as pontas para baixo.
Quando eu atendo o telefone, desligam
Muitas mulheres ficam com a pulga atrás da orelha nessas condições, imaginando logo a possível existência de uma outra para atrapalhar sua felicidade, lançando mão logo de uma simpatia para isso. A melhor ainda é pegar um cinto dele, dar um nó no meio e deixar debaixo da cama, do seu lado.
Meu marido tem sido muito estúpido comigo
Como ninguém se casou para ser saco de pancadas, o melhor é pegar logo uma das peças de roupa dele, dar um nó nela e misturá-la com algumas peças suas, deixando ali até a próxima Lua Cheia. Na terceira noite de lua, entre 22:00 e 24:00 horas, mergulhar a peça, ainda com o nó, em água com açúcar e deixar do lado de fora da casa a noite toda. No dia seguinte lavar normalmente e deixar secando ao sol até depois de escurecer.
Fizeram alguma coisa contra nós
Quando uma mulher tem essa intuição, é sinal que alguma coisa foi feita realmente e a saída é fazer uma simpatia para retornar o mal a quem o fez. Para isso, numa sexta-feira pela manhã, quando seu marido não estiver em casa, pegue um espelho e projete com ele o reflexo do sol para dentro de sua casa, através de portas e janelas. Depois pegue esse espelho e enterre-o com a face para baixo num canto de muro ou de cerca, pondo cinzas por cima.
Quero que o nosso amor só aumente
Esta simpatia deveria ser feita por todo o casal, para garantir que o amor entre os dois só aumente. Quando já estiverem morando na nova casa, os dois devem preparar juntos um jardim e plantar ali mudas de flores coloridas. Juntos devem cuidar dele, fazendo disso um compromisso.
TRABALHOS PARA POMBA GIRA PARA PEGAR HOMENS
Para que este trabalho funcione e a PombaGira das Almas seja agradada e use sua força para obrigar o homem a voltar, você deve fazê-lo exatamente do modo como está indicado aqui.
MATERIAL NECESSÁRIO:
Um objeto qualquer ou uma peça de roupa (lenço, meia, cueca etc.) que o homem te¬nha usado antes de ir embora.
Sete velas vermelhas.
Um incensório.
Defumador com o aroma de sua preferên¬cia.
Sete rosas vermelhas.
Uma toalha vermelha.
Uma folha de papel sem pauta, vermelho.
Lápis ou caneta.
Fósforos.
CUIDADOS INICIAIS:
Caso haja outras pessoas morando na mesma casa, avise-as que, no dia em que for realizar o traba¬lho, elas devem retornar no máximo até meia-noite,
pois nessa hora a porta principal da casa será fechada e não se abrirá para ninguém em hipótese alguma.
COMO FAZER O DESPACHO:
A meia-noite, feche a porta principal da casa e retire a chave. Coloque todo o material descrito na lis¬ta junto à porta.
Escreva na folha de papel a seguinte frase: "Fu¬lano (o nome do homem), antes que o dia amanheça, tu sentirás vontade de voltar por esta porta, pelos poderes da Pomba-Gira das Almas, dona deste trabalho."
Peça licença ao dono do lugar. Abra no chão a toalha, junto à porta, e coloque sobre ela o objeto pertencente ao homem, por cima do papel escrito. Espalhe as rosas em volta do objeto, também em cima da toalha, e acenda as velas, fora da toalha. Por fim, acenda o defumador, colocando-o em cima da toalha.Quando tudo estiver pronto, as velas e o defumador acesos, cante um ponto para a Pomba-Gira das Almas e afaste-se do trabalho sem dar-lhe as costas, dando três passos para trás. Depois disso, vá cuidar das suas ati-vidades normais.
Retire o trabalho somente às seis horas da manhã do dia seguinte. É importante que a porta não seja aberta para ninguém e que você, a pessoa que fez o despacho, seja a primeira a sair por ela. Se outra pessoa abrir a porta ou sair por cima do despacho, irá desagradar Pomba-Gira das Almas e ela não ajudará na demanda solicitada.
Recolha todo o material. A toalha e o defumador devem ser guardados para outros trabalhos; o resto das velas e do incenso, o objeto pessoal, as rosas e o papel com a frase escrita devem ser enterrados juntos em um lugar seguro. Não jogue nada no lixo nem no mar, pois isso quebrará a força do despacho.
PONTOS CANTADOS:
Tala, talaia de Pomba-Gira
Pomba-Gira das Almas que eu não caia
Tala, talaia de Pomba-Gira
Pomba-Gira das Almas para que eu não caia.
Pomba-Gira das Almas para que eu não caia.
Pomba-Gira das Almas, vem tomar chô, chô. Pomba-Gira das Almas, vem tomar chô, chô. Vencedora de demandas, vem tomar chô, chô. Vencedora de demandas, vem tomar chô, chô.
Minha Senhora das Almas,
Atira e não erra a mira,
Atira e não erra a mira,
Ela é minha protetora
Saravá Sá Pomba-Gira das Almas.
Saravá Sá Pomba-Gira das Almas.
Trabalho com Pomba-Gira de Angola para Fazer um Homem Ir Embora de Casa
Nem sempre a companhia de um homem é desejada. Este trabalho tem a finalidade de expulsar um homem da vida de uma mulher que não suporta mais conviver com ele. A Pomba-Gira de Angola, sen¬do agradada, vai levar o homem para outro lugar, por vezes até mesmo para um país distante, não deixando que ele volte nunca mais.
MATERIAL NECESSÁRIO:
Três velas pretas.
Três fitas vermelhas.
Um pacote de defumador.
Um incensório.
Sete moelas de galinha.
Óleo de rícino.
Uma folha de papel vermelho.
Lápis ou caneta.
Uma foto de corpo inteiro do homem.
Uma toalha preta.
Um prato de barro virgem.
Fósforos.
CUIDADOS INICIAIS
Este trabalho é feito às doze horas, junto à porta dos fundos da casa. Devem ser tomadas em relação a ele as mesmas precauções que foram tomadas no tra¬balho anterior quanto à abertura da porta; ninguém deve sair ou entrar por ela enquanto lá estiver o des¬pacho. Se isso acontecer, o efeito será anulado.
COMO FAZER O DESPACHO
Às doze horas, tranque a porta dos fundos de casa e retire a chave. Coloque todo o material junto da porta. Estenda a toalha diante da porta. Acenda as velas e queime o defumador.
Coloque o prato sobre a toalha. Escreva o seu próprio nome e o nome do homem na folha de papel. Coloque a folha dentro do prato; por cima dela, ponha as moelas; regue tudo com o óleo de rícino.
Depois disso, encoste a foto do homem no pra¬to. Coloque as fitas, em forma de cruz, sobre as moelas e cante ou recite um ponto de Pomba-Gira de Angola Por fim, olhe para a foto do homem e diga sete vezes a seguinte frase: "Que Pomba-Gira te leve para Angola.
PONTOS CANTADOS
Bateu meia-noite na capela
O galo cantou na encruzilhada, (bis)
Arruma tua capa e teu garfo, meu Exu,
O meu pai Ogum te chamou de madrugada.
Encruza 'tá te chamando Pomba-Gira de Angola.
Firma a gira deste jacutá Sua banda é muito longe, Firma a gira deste jacutá Ela vai deixar o endá, Firma a gira deste jacutá.
Candongueiro quando chama É sinal que está na hora Candongueiro quando chama É que Exu já vai embora. Pomba-Gira de Angola Amarra a saia que Exu vai embora. Pomba-Gira de Angola Amarra a saia que Exu 'tá na hora.
Exu já curimbou, Exu já curiou
Exu vai embora que Ogum mandou
Vai com Pomba-Gira de Angola
Vai para longe, vai para Angola
Vai, Pomba-Gira, que a encruza já chamou
Exu já curiou, Exu já curimbou.
Trabalho com Pomba-Cira Cigana para Prender um Homem, para Sempre, ao seu Lado
Se você deseja prender um homem ao seu lado, para sempre, então faça o trabalho apresentado a se¬guir. Quando for adquirir o material da lista, lembre-se de que a Pomba-Gira Cigana éa mais vaidosa de todas; por esta razão, as oferendas devem ser de boa qualida¬de, de acordo com suas posses. Não tenha pena de in-vestir naquilo que vai beneficiá-la para o resto da vida.
MATERIAL NECESSÁRIO:
Um batom.
Um par de tamancos.
Um par de brincos.
Sete velas vermelhas.
Uma garrafa de cachaça, champanhe ou vinho.
Sete fitas vermelhas.
Sete rosas vermelhas.
Um prato de barro.
Fósforos.
CUIDADOS INICIAIS:
Este trabalho deve ser feito em uma sexta-fei-ra, à meia-noite, em uma encruzilhada em forma de T. Nem todas as mulheres podem sair de casa sexta-fei-ra, à meia-noite, para arriar um despacho em uma en¬cruzilhada; mas não há outra forma de conseguir a aju¬da de Pomba-Gira Cigana, que sai de sua morada para receber as oferendas exatamente nessa hora e nesse dia. A mulher, quando quer fazer alguma coisa, sempre con¬segue encontrar um modo inteligente de realizá-la.
Tenha fé, bastante fé, e verá que o seu pedido será plenamente atendido pela Pomba-Gira Cigana. Mas, antes de fazer a sua oferenda e o seu pedido, te¬nha certeza de que esse é realmente o homem que você deseja para sempre ao seu lado; se não tiver esta certe¬za, de nada adiantará o trabalho feito, pois a Pomba-Gira Cigana só vai agir segundo o seu desejo e a sua vontade.
COMO FAZER O DESPACHO:
No dia e na hora certa, vá para a encruzilhada em forma de T, levando todo o material, e peça licença ao dono da encruzilhada para arriar a sua oferenda Depois de fazer isso, arrume os enfeites, a bebida, as fitas e as rosas dentro do prato; coloque-o no chão e acenda as velas em volta. Recite ou cante um ou dois pontos de Pomba-Gira Cigana. A seguir, bata com o pé direito no chão, enquanto chama: Vem, Pomba-Gira, vem, Pomba-Gira Cigana, tua oferenda levar,
para meu homem [Fulano (dizer o nome da pessoa)] nunca mais me deixar." Repita isso sete vezes e em seguida afaste-se, dando sete passos para trás, sem dar as costas para o trabalho. Somente depois disso é que você deve ir para casa.
Não tenha relações sexuais com o seu homem por três dias. Invente qualquer desculpa, mas não dei¬xe de lhe dar carinho, bastante carinho. Faça com que ele se sinta amado e desejado. Mas não deixe que ele toque em seus órgãos sexuais. Alegue alguma dor e diga que, quando ficar boa, dará tudo que ele pedir. Só na segunda-feira, depois da meia-noite, você pode ter relações com ele. Caso ele não esteja com vontade, espere então o momento em que deseje; não force nada. O importante é deixar as coisas acontecerem natural¬mente. Não esqueça, entretanto, que, depois dos três dias, é você quem deve tomar a iniciativa, pois era você quem o estava evitando por estar "doente".
Se desejar reforçar o trabalho, repita tudo a cada sete meses, marcando as datas em um calendá¬rio. Lembre-se de que nenhuma pessoa deve ficar sa¬bendo do seu trabalho, principalmente outra mulher.
PONTOS CANTADOS:
Dona Pomba-Gira Cigana Leva o que tem p'ra levar. Leva o que tem p'ra levar. Leva a minha quizila Leva bem para o fundo do mar. Leva bem para o fundo do mar.
Vinha caminhando a pe Para ver se encontrava Pomba-Gira Cigana de fé. Para ver se encontrava Pomba-Gira Cigana de fé. Ela parou e leu minha mão, E me disse toda a verdade Eu só queria saber onde mora Pomba-Gira Cigana de fé.
Ela é Pomba-Gira Cigana Ela é Pomba-Gira Cigana De tamanquinho de pau Ela trabalha p'ro bem Mas também trabalha pro mal. Mas também trabalha pro mal.
Trabalho com Pomba-Gira da Calunga,
para o Homem só Conseguir Ereção
com uma Única Mulher
Certos homens não aprendem que a fidelidade é algo bom para eles e para suas esposas ou
companheiras. Vivem em busca de outras mulheres, tentando provar a masculinidade por
meio do sexo. Quando a mulher está certa de que o seu marido tem uma ou várias amantes,
nada mais justo que lhe dar uma grande lição, pedindo ajuda a Pomba-Gira da Calunga,
para fazer com que ele perca a ereção todas as vezes em que for manter relações sexuais
com outras mulheres, somente o conseguindo, é claro, com aquela que fez o trabalho.
MATERIAL NECESSÁRIO:
Uma toalha vermelha.
Sete velas vermelhas.
Sete fitas pretas.
200 g de milho de pipoca.
Um prato de barro.
300 g de farinha de milho.
Um vidro de azeite-de-dendê.
Uma peça de roupa íntima do homem, usada (só serve sunga ou cueca).
Uma panela com tampa.
CUIDADOS INICIAIS:
Antes de fazer o trabalho, procure descobrir onde mora a amante do seu marido ou o
endereço de um bordel que ele frequente. Se não conseguir descobrir isso, escolha uma
casa de prostituição qualquer, em qualquer parte da cidade, como o lugar para arriar o
despacho; mesmo que não seja o mesmo lugar que ele frequenta, o efeito do trabalho será
idêntico.
COMO FAZER O DESPACHO:
O trabalho deve ser feito em uma sexta-feira, por volta da meia-noite. Comece estourando
a pipoca e misturando-a com a farinha de milho e com o azeite-de-dendê, para fazer uma
farofa; arrume tudo no prato. Em seguida, leve todo o material para a frente do local
escolhido (a casa da amante do seu marido ou o bordel). Depois de pedir licença ao dono
do lugar, es¬tenda a toalha no chão. Coloque no centro a peça de roupa, com o prato de
farofa e pipoca por cima; arru¬me as fitas sobre o prato. Acenda as velas e cante um
ponto de Pomba-Gira da Calunga, chamando-a para vir receber a oferenda.
Para reforçar ainda mais o feitiço realizado, use por três dias uma peça de roupa íntima
de seu marido, de preferência uma cueca. Lave-a no primeiro e no segundo dias; no
terceiro, deixe a roupa para ele usar, sem lavá-la. Preste atenção para saber quando ele
a colocará: no dia em que ele estiver usando essa roupa, você não deve ter relações
sexuais com ele;
somente poderá ser feito no dia seguinte, ou quan-ao ele tomar a iniciativa.
Mantenha total segredo sobre as coisas que fi¬zer, não revelando nada a ninguém a
respeito do des¬pacho. Também evite falar sobre outras mulheres, den¬tro de casa. Procure
esquecer que o seu homem tem uma amante; o seu esquecimento fará o despacho agir com
maior rapidez e eficácia.
PONTOS CANTADOS:
Pomba-Gira da Calunga Não é mulher de ninguém. Não é mulher de ninguém. Quando entra na
demanda Só sai por sete vinténs. Só sai por sete vinténs.
Dentro da calunga eu vi Uma linda mulher gargalhar. Uma linda mulher gargalhar. Era
Pomba-Gira da Calunga Que começava a trabalhar. Que começava a trabalhar.
Eu sou Pomba-Gira da Calunga
E vim para trabalhar
Sou mulher de Exu Veludo
E todo o mal vou levar
Eu tenho uma rainha
Eu tenho também um rei Obedeço a Exu Veludo Pois é ordem de meu rei.
Trabalho com Pomba-Gira Sete Saias, para Fazer de uma Inimiga uma Grande Amiga
Às vezes conhecemos uma mulher que insiste em ser nossa inimiga. Por mais que se faça,
ela conti¬nua querendo nosso mal; e, na maioria das vezes, sua amizade é interessante e
pode gerar muita coisa boa. É necessário, então, que façamos um trabalho para a Pomba-
Gira Sete Saias, serva de Oxum, para que a ini¬mizade se transforme em uma grande
amizade.
MATERIAL NECESSÁRIO:
Um prato de barro.
Sete velas brancas.
Sete fitas de 70 cm, uma de cada cor.
Sete rosas vermelhas.
Farinha de mesa, crua.
Uma garrafa de champanhe.
Uma cigarrilha.
Mel.
Fósforos.
CUIDADOS INICIAIS:
trabalho deve ser feito em uma noite de
Sa ado 0U de segunda-feira. No dia escolhido, ainda
casa, misture o mel com a farinha, fazendo uma
farofa doce. Coloque-a dentro do prato e enfeite com as rosas.
COMO FAZER O DESPACHO:
Leve o prato já preparado e o resto do materi¬al para uma encruzilhada em T. Ao chegar
lá, faça uma saudação ao povo da rua, dizendo: "Laroiê, Exu, sua licença!" Coloque o
prato no chão. Em seguida, amar¬re todas as fitas no gargalo da garrafa; somente depois
retire sua tampa. Jogue um pouco do champanhe no chão, pedindo à Pomba-Gira Sete Saias
que "Fulana" deixe de ser sua inimiga para tornar-se sua melhor amiga. Acenda as velas,
arrumando-as em volta do prato; acenda em seguida a cigarrilha. Dê sete bafora¬das em
cima do trabalho, dizendo: "[Fulana (dizer o nome da pessoa)], teu coração se abrirá e
serás minha melhor amiga, na fé das Sete Saias." Repita isso sete vezes (uma a cada
baforada) e coloque a cigarrilha ao lado do despacho. Levante-se e dê sete passos para
trás, sempre de frente para o despacho. Somente depois dis¬so, volte-se e vá para casa.
Sempre que se encontrar com a mulher cuja
amizade deseja conquistar, cumprimente-a com um
sorriso, lembrando do trabalho feito na encruza. Mais
cedo do que imagina, você terá uma nova e grande
amiga.
Arreda, homem, que aí vem mulher. Arreda, homem, que aí vem mulher.
Ela é a Sete Saias, rainha do candomblé. Tirirí que vem na frente, P'ra mostrar quem ela é!
Mulher tão bonita, Mulher tão formosa, É a rainha Sete Saias Pomba-Gira poderosa!
Sala, sala é de Pomba-Gira, Olha Pomba-Girê para que não caia. Sala, sala é de Pomba-
Gira, Olha Sete Saias para que não caia.
Deu meia-noite, Exu vai trabalhar. Deu meia-noite, Exu vai trabalhar. Arreda minha gente,
Sete Saias vai chegar. Arreda minha gente, Sete Saias vai chegar.
Trabalho com Pomba-Cira do Cruzeiro, para Atrair um Homem Desejado
Este trabalho só deve ser feito por mulheres que ainda não tenham marido ou namorado,
pois todo o encanto será anulado, caso a mulher que faça o des¬pacho seja comprometida.
MATERIAL NECESSÁRIO:
200 g de milho de pipoca.
300 g de farinha de milho.
Um vidro de azeite-de-dendê.
Um prato de barro.
Sete velas vermelhas,
Sete rosas vermelhas.
Sete fitas vermelhas.
Uma folha de papel branco.
Lápis ou caneta.
Fósforos.
Um véu ou lenço grande, suficiente para co¬brir sua cabeça e seu rosto.
COADOS INICIAIS:
jado necessári° saber onde mora o homem dese-s parte do despacho será arriada no
caminho
onde ele passa ao sair de casa. É necessário que ele pelo menos veja o trabalho.
COMO FAZER O DESPACHO:
Este trabalho deve ser feito na última sexta-feira de um mês qualquer, entre onze e meia
e meia-noite. Parte dele será arriada junto ao cruzeiro de um cemitério e a outra parte,
junto da residência do ho¬mem. Se o cemitério estiver fechado, arrie o despacho do lado
de fora, junto ao portão ou ao muro, em um lugar discreto.
Antes de sair de casa, faça uma farofa, mistu¬rando a farinha de milho com o azeite-de-
dendê, e es¬toure a pipoca. Misture e arrume dentro do prato de barro. Escreva na folha
de papel a seguinte frase: "Fu¬lano, a partir desta data não conseguirás dormir nem
comer, nem viver sem pensares em mim." Em segui¬da, vá para o cemitério, levando todo o
material consi¬go. Chegando junto ao cruzeiro, peça licença aos do¬nos do lugar (os
Pretos Velhos), batendo com a mão no chão três vezes.
Coloque o prato no chão, com o papel por bai¬xo; enfeite com as fitas. Espalhe as rosas
em volta e acenda seis velas. Aguarde no local durante cerca de meia hora; então, recolha
as rosas e afaste-se, dando sete passos para trás, sempre de frente para o despacho. A
seguir, dirijase para o local onde mora o homem que você deseja atrair, tendo o cuidado
de cobrir a cabeça com o véu ou o lenço, para que ninguém a
reconheça; se alguém a vir e reconhecer fazendo o des¬pacho, o efeito não será o mesmo.
Ao chegar, escolha um lugar junto à entrada da residência dele ou no caminho por onde ele
passa dia-riamente. Arrume as rosas em círculo no chão e, no cen¬tro, acenda a vela que
não foi acesa no cemitério. Cante um ponto da Pomba-Gira do Cruzeiro e vá para casa.
Durante os sete dias seguintes, não fale em hi¬pótese alguma com o homem que deseja
atrair. Se isso for absolutamente impossível, por se tratar de um co¬lega de trabalho ou
de uma pessoa que lhe falará com toda certeza, indique por gestos que está com proble¬mas
de garganta, impossibilitada de falar, e use papel e caneta para escrever o que precisar
responder. Evite também falar com outras pessoas na frente dele, pois isso poderá
provocar ressentimento ou desconfiança da parte do homem que você deseja atrair.
PONTOS CANTADOS:
Lá no cruzeiro da calunga Eu vi uma farofa amarela Eu vi uma farofa amarela Quem não
acredita em Pomba-Gira do Cru¬zeiro É muito bom não mexer com ela. É muito bom não mexer
com ela.
O seu manto é de veludo Bordado todo em ouro O seu garfo é de prata
Muito grande e seu tesouro Ela é Pomba-Gira do Cruzeiro Que chegou pra trabalhar.
Auê, Pomba-Gira do Cruzeiro Quando chega a madrugada Quando chega a madrugada Ela comanda
o cruzeiro Dando suas gargalhadas. Dando suas gargalhadas.
Trabalho com Pomba-Gira da Encruzilhada,
para Desfazer Trabalho Feito para
Separar a Mulher de seu Amado
Do mesmo modo como você pode fazer um trabalho para afastar um homem de determinada
mu¬lher, alguém também pode fazer algo semelhante para você. Caso smta, de uma hora para
outra, que seu ho¬mem está se afastando de você, sem uma razão que o justifique, esteja
certa de que a causa pode ser algum trabalho feito com a intenção de afastá-lo de sua
con¬vivência. A Pomba-Gira da Encruzilhada domina este tipo de trabalho e é capaz de
desfazer qualquer feitiço feito contra você.
Este trabalho pode ser repetido uma vez por mês, durante sete meses, para que a Pomba-
Gira tra¬balhe continuamente para desfazer o feitiço que fize¬ram contra seu homem.
Lembre-se de que certas pes¬soas não perdem tempo e estão reforçando constante¬mente seus
pedidos às entidades a serviço do lado ne¬gativo e prejudicial da vida.
MATERIAL NECESSÁRIO:
• Sete charutos.
• Sete velas pretas.
• Sete fitas vermelhas.
• Sete moelas de galinha.
• Um prato de barro.
• Uma garrafa de cachaça.
• 250 g de milho de pipoca.
• Uma toalha vermelha.
• Fósforos.
• Abridor de garrafas.
CUIDADOS INICIAIS:
Este trabalho deve ser feito em uma sexta-fei-ra, perto da Hora Grande (meia-noite), em
uma en¬cruzilhada. Esta não pode ser em forma de X (inclina¬da) ou em T; o trabalho exige
uma legítima encruzi¬lhada em cruz, com os braços em ângulo reto, do con¬trário a Pomba-
Gira não virá buscar sua oferenda e o trabalho não surtirá efeito. Por isso, escolha
cuidado¬samente, com antecedência, o local onde irá arriar o despacho.
Antes de sair de casa, estoure a pipoca e colo-que-a no prato. Arrume por cima as moelas.
COMO FAZRK O DESPACHO:
Leve todo o material para o local escolhido. Ao chegar, peça licença aos donos da
encruzilhada (Ogum e Exu); a seguir, coloque o prato no chão, so¬bre a toalha, arrumando
as fitas por cima e a cachaça e os charutos ao lado.
Repita sete vezes as seguintes palavras: "Vem/ Pomba-Gira da Encruzilhada, vem desmanchar to
trabalho que existir, vem meu homem libertar." Em seguida, bata palmas e acenda as velas.
Afaste-se, dan¬do sete passos para trás, sempre de frente para o des¬pacho; depois, vá
embora para casa.
Durante os sete dias que se seguirem ao traba¬lho deixado na encruzilhada, não faça
nenhum outro tipo de despacho, nem faça coisa alguma que possa prejudicar ninguém. Evite
dizer coisas ofensivas às outras pessoas e peça sempre, ao seu santo-de-cabeça, proteção
e luz.
PONTOS CANTADOS:
Pomba-Gira, ô Pomba-Gira De onde tu vens? Pomba-Gira, ô Pomba-Gira De onde tu vens? Eu
venho lá da encruza Eu sou mulher de Lúcifer. Eu venho lá da encruza Eu sou mulher de
Lúcifer.
Eu me chamo Pomba-Gira,
Da encruzilhada eu sou.
E na minha encruzilhada
Onde eu tenho minha morada.
E sei trabalhar
Quebro qualquer demanda se precisar.
Quebro qualquer demanda se precisar.
Na encruza eu vou chegar
Com meu tridente vou esperar
Ao inimigo vou demandar
Arrastando-o pelas ruas
Deixando-o estraçalhar.
Eu me chamo Pomba-Gira da Encruza
Na Umbanda vou trabalhar.
E todo trabalho vou desmanchar.
E todo trabalho vou desmanchar.
Trabalho com Pomba-Gira Maria Molambo, para Separar o Homem de sua Amante
Para você conseguir separar seu homem de uma amante, basta realizar este despacho para
Pom¬ba-Gira Maria Molambo; o resultado é infalível.
MATERIAL NECESSÁRIO:
Uma toalha vermelha.
Sete cigarrilhas
Sete rosas vermelhas.
Uma garrafa de cachaça.
Sete velas pretas.
Três velas brancas.
250 g de milho de pipoca.
300 g de farinha de milho.
Uma garrafa de azeite-de-dendê.
Um prato de barro.
Fósforos.
Abridor de garrafa.
CUIDADOS INICIAIS:
Este trabalho deve ser arriado em um vaza-°Uro de lixo ou próximo a um latão de lixo
público
(desde que tenha bastante detritos), à meia-noite; por isso, escolha com antecedência o
lugar adequado. Pom¬ba-Gira Maria Molambo tem predileção por lixo; por¬tanto, somente
realize este trabalho em local realmen¬te sujo.
Ninguém deve ficar sabendo que você está fa-zendo o trabalho; nem mesmo as pessoas mais
íntimas. Se, por acaso, precisar levar um acompanhante até o local, deixe-o bem longe do
ponto do despacho. Neste caso, o acompanhante não deve ser uma mulher; um homem é melhor,
para dar reforço e vibração sobre o trabalho a ser feito. Um filho, um amigo de confiança
ou um irmão é o ideal.
Antes de sair de casa, estoure a pipoca e mis-ture-a com a farofa feita com a farinha de
milho e o azeite-de-dendê. Ponha dentro do prato de barro.
COMO FAZER O DESPACHO:
Leve todo o material para o lugar escolhido. Depois de pedir licença ao dono do lugar,
abra a toa¬lha bem junto do monturo de lixo. Coloque o prato por cima e arrume as
cigarrilhas e as rosas em volta. Acenda as velas e cante um ponto de Pomba-Gira Maria
Molambo. Abra a garrafa e despeje a cachaça sobre o despacho, tomando cuidado para que
não caia sobre as rosas.
A seguir, tome um gole da cachaça e cuspa-o para o lado. Repita sete vezes a seguinte
frase: "Vem, Maria Molambo, vem receber teus presentes e separar
Fulano (diga o nome do homem) de Fulana (diga, se souber, o nome da amante dele; se não
souber, diga apenas 'da maldita amante')."
Afaste-se, dando sete passos para trás, sempre de frente para o despacho. Depois disso,
retorne para casa e retome suas atividades rotineiras; Pomba-Gira se encarregará de
resolver seu problema.
PONTOS CANTADOS:
Mas que caminho tão escuro Que vai passando aquela moça. Que vai passando aquela moça.
Com seus farrapos de chita Estalando osso por osso. Estalando osso por osso.
Olha, minha gente,
Ela é farrapo só.
Ela é farrapo só.
E Pomba-Gira Maria Molambo
É de coro, có, có.
É de coro, có, có.
Maria Molambo traz Linda saia com sete guizos. Linda saia com sete guizos. Quando roda
nos terreiros Trabalhando nas demandas Mostra que tem muito juízo.
Trabalho com Pomba-Gira Menina para Atrair Rapaz Solteiro e Jovem
Algumas mulheres não têm a sorte de encon¬trar homens solteiros. Quando algum homem se
apro¬xima delas, elas logo descobrem que eleja é compro¬metido ou, quando não o é, é de
idade a vançada.
O uso de trabalhos feitos para Pomba-Gira Menina está diretamente ligado às forças
atrativas da juventude, da beleza e do encantamento. Executando a oferenda conforme o
recomendado, Pomba-Gira Menina atrairá não apenas um, mas sim vários homens solteiros e
jovens, para que a pretendente escolha à vontade.
MATERIAL NECESSÁRIO:
• Uma caixa de bombons (se forem compra¬dos a granel, devem ser, no mínimo, 17).
• Sete rosas vermelhas.
• 250 g de milho de pipoca.
• Um batom.
• Uni pente.
• Um par de brincos.
• Um espelho pequeno.
• Uma toalha vermelha.
• Sete velas brancas.
• Sete fitas vermelhas.
• Unia folha de papel branco.
• Erva-doce.
• Três xícaras de água (ou mais).
• Mel.
• Panelas.
• Fósforo.
• Uma garrafa térmica grande.
• Um copo incolor, virgem.
• Uma tac,a incolor, virgem.
• Lápis ou caneta.
• Um prato de barro.
CUIDADOS INICIAIS:
Este trabalho deve ser feito em um parque in¬fantil, à meia-noite; escolha o local com
antecedência. No dia escolhido, antes de sair de casa, prepare um chá com a erva-doce e a
água; adoce a seu gosto e guar¬de na garrafa térmica, para que não esfrie. A seguir,
estoure as pipocas e coloque-as no prato de barro.
COMO FAZER O DESPACHO:
Leve todo o material para o parque escolhido de modo a estar lá à meia-noite. Ao chegar,
peça licen ça ao dono do lugar, batendo três vezes com a mão nc» chão. Abra a toalha no
chão e arrume os presentes em cima: os bombons dentro do prato e os adereços em volta.
Desenhe no papel três pontos riscados da Ponv ba-C.ira Menina e cante um ponto para ela
se alegrar.
Acenda as velas de duas em duas, colocando-as na ca¬beceira do trabalho, onde estão os
obietos da oferenda.
Coloque um pouco do chá no copo e tome dois goles. Depois do primeiro, repita a seguinte
frase: "Te saúdo, Pomba-Gira Menina, vem receber teus presen¬tes." Depois do segundo
gole, repita esta frase: "Man¬da um rapaz bonito e jovem para me amar e eu sem¬pre vou te
recompensar."
Depois de beber os dois goles do chá, despeje o resto do copo fora. Em seguida, ponha um
pouco de chá na taça e ofereça á Pomba-Gira Menina, deixando-a junto aos presentes. Feito
isso, afaste-se do despacho, dando sete passos para trás, sempre de frente para a
oferenda; depois volte para casa.
Quando aparecer o primeiro rapaz jovem e solteiro em sua vida, vá logo agradecer á
Pomba-Gira Menina, fazendo outra oferenda semelhante, para mostrar sua gratidão e
reforçar seu pedido. Se quiser amarrar esse homem, faça um trabalho para a Pomba-Gira
Cigana.
PONTOS CANTADOS:
Meu sinhô, meu sinhozinho Gargalharam na encruzilhada Gargalharam na encruzilhada Era
Pomba-Gira Menina, sinhô Que reinava na madrugada. Que reinava na madrugada.
Olha que menina linda Olha que menina bela. É Pomba-Gira Menina Me chamando da sua
janela. Me chamando da sua janela.
Ela é uma beleza É Pomba-Gira Menina É Pomba-Gira Menina Na demanda não bambeia. Sua
morada é na esquina. Sua morada é na esquina.
Trabalho com Pomba-Gira Maria Molambo, para Separar o Homem de sua Amante
Para você conseguir separar seu homem de uma amante, basta realizar este despacho para
Pomba-Gira Maria Molambo; o resultado é infalível.
MATERIAL NECESSÁRIO:
Uma toalha vermelha.
Sete cigarrilhas
Sete rosas vermelhas.
Uma garrafa de cachaça.
Sete velas pretas.
Três velas brancas.
250 g de milho de pipoca.
300 g de farinha de milho.
Uma garrafa de azeite-de-dendê.
Um prato de barro.
Fósforos.
Abridor de garrafa.
CUIDADOS INICIAIS:
Este trabalho deve ser arriado em um vaza-°Uro de lixo ou próximo a um latão de lixo
público
(desde que tenha bastante detritos), à meia-noite; por isso, escolha com antecedência o
lugar adequado. Pom¬ba-Gira Maria Molambo tem predileção por lixo; por¬tanto, somente
realize este trabalho em local realmen¬te sujo.
Ninguém deve ficar sabendo que você está fa-zendo o trabalho; nem mesmo as pessoas mais
íntimas. Se, por acaso, precisar levar um acompanhante até o local, deixe-o bem longe do
ponto do despacho. Neste caso, o acompanhante não deve ser uma mulher; um homem é melhor,
para dar reforço e vibração sobre o trabalho a ser feito. Um filho, um amigo de confiança
ou um irmão é o ideal.
Antes de sair de casa, estoure a pipoca e mis-ture-a com a farofa feita com a farinha de
milho e o azeite-de-dendê. Ponha dentro do prato de barro.
COMO FAZER O DESPACHO:
Leve todo o material para o lugar escolhido. Depois de pedir licença ao dono do lugar,
abra a toa¬lha bem junto do monturo de lixo. Coloque o prato por cima e arrume as
cigarrilhas e as rosas em volta. Acenda as velas e cante um ponto de Pomba-Gira Maria
Molambo. Abra a garrafa e despeje a cachaça sobre o despacho, tomando cuidado para que
não caia sobre as rosas.
A seguir, tome um gole da cachaça e cuspa-o para o lado. Repita sete vezes a seguinte
frase: "Vem, Maria Molambo, vem receber teus presentes e separar
Fulano (diga o nome do homem) de Fulana (diga, se souber, o nome da amante dele; se não
souber, diga apenas 'da maldita amante')."
Afaste-se, dando sete passos para trás, sempre de frente para o despacho. Depois disso,
retorne para casa e retome suas atividades rotineiras; Pomba-Gira se encarregará de
resolver seu problema.
Mas que caminho tão escuro Que vai passando aquela moça. Que vai passando aquela moça.
Com seus farrapos de chita Estalando osso por osso. Estalando osso por osso.
Olha, minha gente,
Ela é farrapo só.
Ela é farrapo só.
E Pomba-Gira Maria Molambo
É de coro, có, có.
É de coro, có, có.
Maria Molambo traz Linda saia com sete guizos. Linda saia com sete guizos. Quando roda
nos terreiros Trabalhando nas demandas Mostra que tem muito juízo.
Trabalho com Pomba-Gira Menina para Atrair Rapaz Solteiro e Jovem
Algumas mulheres não têm a sorte de encon¬trar homens solteiros. Quando algum homem se
apro¬xima delas, elas logo descobrem que eleja é compro¬metido ou, quando não o é, é de
idade a vançada.
O uso de trabalhos feitos para Pomba-Gira Menina está diretamente ligado às forças
atrativas da juventude, da beleza e do encantamento. Executando a oferenda conforme o
recomendado, Pomba-Gira Menina atrairá não apenas um, mas sim vários homens solteiros e
jovens, para que a pretendente escolha à vontade.
MATERIAL NECESSÁRIO:
• Uma caixa de bombons (se forem compra¬dos a granel, devem ser, no mínimo, 17).
• Sete rosas vermelhas.
• 250 g de milho de pipoca.
• Um batom.
• Uni pente.
• Um par de brincos.
• Um espelho pequeno.
• Uma toalha vermelha.
• Sete velas brancas.
• Sete fitas vermelhas.
• Unia folha de papel branco.
• Erva-doce.
• Três xícaras de água (ou mais).
• Mel.
• Panelas.
• Fósforo.
• Uma garrafa térmica grande.
• Um copo incolor, virgem.
• Uma tac,a incolor, virgem.
• Lápis ou caneta.
• Um prato de barro.
CUIDADOS INICIAIS:
Este trabalho deve ser feito em um parque in¬fantil, à meia-noite; escolha o local com
antecedência. No dia escolhido, antes de sair de casa, prepare um chá com a erva-doce e a
água; adoce a seu gosto e guar¬de na garrafa térmica, para que não esfrie. A seguir,
estoure as pipocas e coloque-as no prato de barro.
COMO FAZER O DESPACHO:
Leve todo o material para o parque escolhido de modo a estar lá à meia-noite. Ao chegar,
peça licen ça ao dono do lugar, batendo três vezes com a mão nc» chão. Abra a toalha no
chão e arrume os presentes em cima: os bombons dentro do prato e os adereços em volta.
Desenhe no papel três pontos riscados da Ponv ba-C.ira Menina e cante um ponto para ela
se alegrar.
Acenda as velas de duas em duas, colocando-as na ca¬beceira do trabalho, onde estão os
obietos da oferenda.
Coloque um pouco do chá no copo e tome dois goles. Depois do primeiro, repita a seguinte
frase: "Te saúdo, Pomba-Gira Menina, vem receber teus presen¬tes." Depois do segundo
gole, repita esta frase: "Man¬da um rapaz bonito e jovem para me amar e eu sem¬pre vou te
recompensar."
Depois de beber os dois goles do chá, despeje o resto do copo fora. Em seguida, ponha um
pouco de chá na taça e ofereça á Pomba-Gira Menina, deixando-a junto aos presentes. Feito
isso, afaste-se do despacho, dando sete passos para trás, sempre de frente para a
oferenda; depois volte para casa.
Quando aparecer o primeiro rapaz jovem e solteiro em sua vida, vá logo agradecer á
Pomba-Gira Menina, fazendo outra oferenda semelhante, para mostrar sua gratidão e
reforçar seu pedido. Se quiser amarrar esse homem, faça um trabalho para a Pomba-Gira
Cigana.
PONTOS CANTADOS:
Meu sinhô, meu sinhozinho Gargalharam na encruzilhada Gargalharam na encruzilhada Era
Pomba-Gira Menina, sinhô Que reinava na madrugada. Que reinava na madrugada.
Olha que menina linda Olha que menina bela. É Pomba-Gira Menina Me chamando da sua
janela. Me chamando da sua janela.
Ela é uma beleza É Pomba-Gira Menina É Pomba-Gira Menina Na demanda não bambeia. Sua
morada é na esquina. Sua morada é na esquina.
Trabalho com Pomba-Gira Maria Padilha,
para Separar um Casal
Existem milhares de casais que vivem mal e nada mais resta a fazer para uni-los, senão
apelar para forças sobrenaturais. Entretanto, alguns casais não acre¬ditam nas forças das
entidades da umbanda e do can¬domblé; muitos até ridicularizam os seguidores des¬sas
crenças. Mas, se você éparente ou conhecido de um casal que está desunido, brigando a
ponto de se separar, então peça auxílio à Pomba-Gira Maria Padilha; ela é forte para unir
casais, como também o é para separar. Você é quem decidirá o que irá pedir.
MATERIAL NECESSÁRIO:
• Um botão de uma camisa do homem (ou um pedaço de linha da camisa).
• Um botão de uma roupa da mulher (ou um pedaço de linha da roupa).
• Uma garrafa de champanhe.
• Sete charutos.
• Sete rosas vermelhas.
• Um prato de barro.
• 300 g de farinha de milho.
• Um vidro de azeite-de-dendê.
• Sete velas pretas (se o trabalho for feito para separar) ou vermelhas (se for
para unir).
• Uma vela branca.
• Duas taças ou copos de vidro, virgens.
• Sete fitas vermelhas.
• Uma agulha.
• Linha preta (se o trabalho for feito para se¬parar) ou vermelha (se for para unir).
• Fósforos.
CUIDADOS INICIAIS:
Prepare todo o material para levar a um cemi¬tério na primeira sexta-feira de um mês
qualquer. O despacho deve ser arriado exatamente à meia-noite.
Antes de sair de casa, prepare uma farofa com a farinha e o azeite-de-dendê, arrumando-a
no prato. Os botões ou fios das roupas das duas pessoas devem ser costurados juntos. Se a
intenção do trabalho for unir o casal, faça essa costura com a linha vermelha; se a
intenção for a separação, use a linha preta.
COMO FAZER O DESPACHO:
Chegando ao cemitério, faça uma saudação a Exu e a Ogum, que são os donos do lugar,
pedindo-lhes licença. O despacho deverá ser colocado junto ao cruzeiro do cemitério;
entretanto, se você não puder entrar no cemitério, ou se não conseguir ter acesso ao
cruzeiro, deixe tudo do lado de fora, junto ao muro.
Preste bastante atenção, pois o trabalho deve¬rá ser feito de forma diferente conforme
seja para unir ou para separar o casal.
Se o despacho for para "unir" o casal, coloque o prato com a farofa do lado "esquerdo" do
cruzeiro ou do portão do cemitério; arrume as fitas por cima do prato e coloque os botões
ou fios (costurados com li¬nha "vermelha") no centro. Arrume as rosas em volta (elas
servem para qualquer dos dois casos, pois são o agrado maior para Maria Padilha). Acenda
as velas "vermelhas" e a branca. Acenda os charutos, abra o champanhe e sirva nas duas
taças.
Se o despacho for para "separar" o casal, colo¬que o prato com a farofa do lado "direito"
do cruzeiro ou do portão do cemitério; arrume as fitas por cima do prato e coloque os
botões ou fios (costurados com li¬nha "preta") ao lado. Arrume as rosas em volta. Acen¬da
as velas "pretas" e a branca. Acenda os charutos, abra o champanhe e sirva nas duas
taças.
Cante ou recite um ponto de Maria Padilha, chamando-a para receber a oferenda. Depois
disso, afaste-se, dando sete passos para trás, sem dar as cos¬tas para o despacho; em
seguida, volte para casa. Não conte a ninguém a respeito do que fez.
De onde é que Maria Padilha vem Onde é que Maria Padilha mora Onde é que Maria Padilha
mora
Ela mora na mina de ouro Onde a criança não chora. Onde a criança não chora.
Maria Padilha
Rainha do (. candomblé
Firma curimba
Que tá chegando mulher.
Maria Padilha
Traz linda figa de ouro
Traz linda figa de ouro
Oi sarava Rainha linda da Quimbanda
Sua proteção é um tesouro.
Sua proteção é um tesouro.
Eia é Fomba-Gira Mana Padilha De sandalinha de pau De sandalinha cie pau Ela trabalha e
faz o bem Mas pode trabalhar pro mal. Mas pode trabalhar pro mal.
Pomba-Gira Maria Quitéria é uma entidade guerreira; seu desejo é lutar, guerrear e sair
vencedo¬ra. Com ela, atuam legiões de entidades pagãs, pron¬tas para pelejarem contra o
que ela desejar. Assim, este trabalho deve ser feito com bastante generosidade, pois a
oferenda pode ter muitos candidatos.
MATERIAL NECESSÁRIO:
Um objeto pertencente à mulher que rece¬berá o castigo.
Sete ovos de galinha de quintal.
Um prato de barro.
Sete charutos.
Sete cigarros.
Fósforos.
Um batom.
Um par de brincos.
Uma garrafa de cachaça.
200 g de milho de pipoca.
300 g de farinha de milho.
Azeite-de-dendê
• Doze rosas vermelhas.
• Sete velas pretas.
• Sete fitas pretas.
• Uma toalha preta.
• Uma folha de papel vermelho.
• Lápis ou caneta.
CUIDADOS INICIAIS:
Este trabalho deve ser realizado numa sexta-feira, em noite de lua cheia, exatamente na
Hora Gran¬de da meia-noite. Ele deverá ser arriado em uma en¬cruzilhada em forma de T.
Antes de sair de casa, estoure a pipoca e mis-ture-a com uma farofa feita com a farinha e
o azeite-de-dendé, arrumando tudo no prato de barro.
COMO FAZFR O DESPACHO:
Leve todo o material para a encruzilhada escolhida. Lá chegando, peça licença aos donos
do lu¬gar, Ogum e Exu, para que o trabalho corra bem. A seguir, escreva na folha de papel
o nome da pessoa que deseja castigar e desenhe o ponto riscado da Pom-ba-Gira Maria
Quitéria.
Estenda a toalha no chão. Coloque por cima o papel, com o prato no centro. Coloque os
ovos e as fitas sobre o prato. Arrume em volta as rosas, o batom, os brincos, o ob]eto da
pessoa, os charutos e os cigar-
ros. Acenda as velas, arrumando-as em volta da toa¬lha; a seguir, abra a garrafa de
cachaça e despeje um pouco sobre o despacho. Enquanto faz isso, repita sete vezes a
seguinte frase: "Vem, Pomba-Gira guerreira, vem castigar Fulana (diga o nome da pessoa)."
Ao terminar de arriar todo o despacho, cante ou recite um ponto de Pomba-Gira Maria
Quitéria. Afaste-se dan¬do sete passos para trás, sempre de frente para o des¬pacho.
Depois disso, retorne para casa.
É importante lembrar que, depois de ter o pe¬dido realizado pela Pomba-Gira Maria
Quitéria, reco-menda-se fazer uma oferenda com rosas e fitas no mesmo lugar. Desse modo,
você estará agradecendo o favor recebido e protegendo-se contra as más vibra¬ções de
outras pessoas e entidades que possam estar vindo em sua direção.
PONTOS CANTADOS:
Quando eu bato palmas Saravá a encruzilhada Saravá a encruzilhada Saravá Exu mulher
Saravá Maria Quitéria Rainha da madrugada. Rainha da madrugada.
Existe um Exu mulher Que não passeia à toa Quando passa pela encruza
Ela não faz coisa boa.
Seu nome é Maria Quitéria
Que castiga e também perdoa.
Ali vem Sá Maria Quitéria Trazendo um axé no pé Balançando a sua saia Reforçando a nossa
fé Saravá ô, saravá é Saravá ô, saravá é
Sou a Maria Quitéria E vivo nas sete encruzas Saravo quem me presenteia Debaixo da lua
cheia.
Trabalho com Pomba-Gira da Porteira, para o Homem Assumir a Paternidade de um Filho
Para fazer este despacho, é necessário arriá-lo na porteira de um sitio ou de uma
fazenda, onde exis¬tam animais de qualquer espécie; este é o lugar onde mora a Pomba-Gira
da Porteira. Se for feito em qual¬quer outro lugar, o trabalho não terá efeito algum.
MATERIAL NECESSÁRIO:
• Uma toalha vermelha.
• Três rosas vermelhas.
• Um alguidar de barro.
• 14 fitas vermelhas.
• 14 velas vermelhas.
• Sete velas pretas.
• Sete charutos.
• Fósforos.
• 250 g de milho de pipoca.
• Agua de rio ou de mar.
• Uma panela.
CUIDADOS INICIAIS:
Você precisará, com antecedência, obter uma porção de água de rio ou de mar. Além disso,
ao esco-lher o local para a realização do trabalho, verifique se lá há algum tipo de animal de
que possam existir fi¬lhotes, pois um deles deverá participar da oferenda.
No dia de fazer o trabalho, antes de sair de casa, estoure a pipoca.
COMO FAZKR O DESPACHO:
Leve todo o material para a frente do sítio ou fazenda escolhido, à meia-noite. Peça
licença aos do¬nos do lugar, faça seu pedido à Pomba-Gira da Portei¬ra, para que o homem
reconheça o seu filho, e cante dois pontos para chamá-la.
Abra a toalha no chão. Encha o alguidar com a água e coloque-o no centro da toalha.
Arrume as fitas e a pipoca em volta. Acenda os charutos e as velas, colocando tudo em
volta do alguidar. Por fini, jogue as rosas dentro do alguidar com água. Feita a
oferenda, tire um punhado de pipoca e dê sete passos para trás, sempre de frente para o
despacho. Depois disso, afas-te-se normalmente.
Dê a pipoca que retirou da oferenda a algum animal novo que encontrar; pode ser um
pintinho, um cãozinho, um gatinho ou outro animal qualquer; o importante é que um animal
ainda novinho coma uma parte da pipoca que você ofereceu à Pomba-Gira da Porteira.
Dentro de sete semanas, se o homem ainda não tiver reconhecido o filho ou filha como seu,
volte a fa¬zer a oferenda, do mesmo modo como fez a primeira. Ponha fé em seu pedido e
ele será atendido.
PONTOS CANTADOS:
Eu sou Pomba-Gira da Porteira Em cada uma tenho uma morada Eu quero filho pra defender E
inimigo pra espetar Eu sou Pomba-Gira da Porteira E lá que eu faço minha morada.
O gira formosa, tem alegria e rosa.
O gira formosa, tem alegria e rosa.
Na gira de Pomba-Gira
Você vem balançar
Abre a porta da fazenda
E vem logo trabalhar,
E seus filhos saravá.
Meu caminho é de fogo Na porteira eu só deixo entrar Quem primeiro me agradar Sou Pomba-
Gira da Porteira Levo o que tem pra levar. Levo o que tem pra levar.
Tm hd lho com Pomba-Gira da Praia, para a Mulher Acalmar seu Homem
As vezes, um homem vive nervoso por causa de problemas familiares; mas também pode ser
que alguma entidade sobrenatural esteja encostada nele, causando mau humor e
contrariedade. De qualquer modo, é melhor fazer um trabalho para deixá-lo mais tranquilo,
com a ajuda da Pomba-Gira da Praia.
MATERIAL NECESSÁRIO:
Sete velas vermelhas. Sete fitas vermelhas. Sete cigarrilhas. Um par de brincos. Três
pulseiras. Três batons. 24 rosas vermelhas. Um par de tamancos. Roupa branca. Fósforos.
CUIDADOS INICIAIS:
Este trabalho é realizado na praia. Para fazer a oferenda, você deverá vestir roupa
branca completa, incluindo até mesmo o calçado.
COMO FAZER O DESPACHO:
Ao chegar na praia, antes de iniciar o traba¬lho, peça licença a Iemanjá, que é soberana
do mar. A seguir, coloque na areia, perto da água, os tamancos, os brincos, as pulseiras
e os batons; arrume em volta as fitas e acenda as velas e as cigarrilhas. Após fazer
isso, cante um ponto da Pomba-Gira da Praia.
Segure as rosas e entre no mar, dando doze passos para dentro da água. Ao retornar, a
cada um dos passos que der, jogue uma rosa no mar, comple¬tando um total de doze rosas.
Ao chegar ao local onde arriou a oferenda, coloque as doze rosas restantes no local do
trabalho. A seguir, repita sete vezes a seguin¬te frase: "[Fulano (diga o nome da
pessoa)], de hoje em diante tu serás calmo, muito calmo." Afaste-se dando sete passos
para trás, sempre de frente para o despacho. Depois disso, retorne para casa.
A marola do mar já vem rolando Pomba-Gira da Praia já deu sua risada Ela é mulher bonita,
muito formosa, Trabalhando na areia ou na encruzilhada.
Kererê, kererê
Pomba-Gira da Praia é kererê
Kererê, kererê
Sua gira ê formosa, oi saravá.
Quem quiser vá ver Quem não crê que vá olhar Pomba-Gira da Praia, meu sinhô Vem nas ondas
do mar, O vem nas ondas do mar.
Ancorou, ancorou na praia Sá Pomba-Gira ancorou. O Pomba-Gira, ó Pomba-Gira Ancorou na
praia Veio seus filhos saravá.
Trabalho com Pomba-Gira Rainha,
para a Mulher Atrair um Homem Rico
O amor ao dinheiro quase sempre é a raiz de muitos males; mas ninguém pode viver neste
mundo sem o dinheiro. Viver na miséria não deve ser o desti¬no de ninguém. Pomba-Gira
Rainha émuito vaidosa e tem capricho. Se você lhe fizer a oferenda correta, não ficará
sem ter o seu pedido atendido. Você deve gas¬tar tanto quanto possa neste trabalho; dê do
bom e do melhor a esta exigente Pomba-Gira.
MATERIAL NECESSÁRIO:
Uma toalha vermelha com franjas bordadas. Uma garrafa de champanhe. Um maço de cigarros.
Fósforos.
Várias contas de porcelana ou cristal, ver-melhas.
Um par de brincos. Um pacote de defumador. Um incensório.
Um par de tamancos de madeira. Várias pulseiras de argola. 14 rosas vermelhas. Sete velas
vermelhas.
CUIDADOS INICIAIS:
Providencie todo o material para que possa fazer o trabalho numa sexta-feira, por volta
da meia-noite, em uma encruzilhada.
COMO FAZER O DESPACHO:
Leve todo o material para a encruzilhada. Ao chegar, peça licença ao dono do lugar. A
seguir, abra a toalha no chão e arrume todos os presentes em cima dela. No fi nal, acenda
as velas e, por último, o defumador. Repita sete vezes, em voz alta, a seguinte frase:
"Rainha da Encruza, vem me ajudar... quero homem rico, quero me casar."
Afaste-se, dando sete passos para trás, sem¬pre de frente para o despacho; a seguir,
volte-lhe as costas e siga seu rumo.
Este trabalho dá melhor resultado quando e repetido semanalmente, durante sete sextas-
feiras se¬guidas.
PONTOS CANTADOS:
Meu sinhô, meu sinhozinho, Gargalharam na encruzilhada Gargalharam na encruzilhada Era
Pomba-Gira Rainha, sinhô Que reinava na madrugada. Que reinava na madrugada.
Auê, Pomba-Gira Rainha Comanda a madrugada Comanda a madrugada Quando nas encruzas Dá
logo sua gargalhada.
Queiram bem a Exu, Queiram bem a Exu, gente Queiram bem a Exu, gente Eu quero Dona
Rainha. Queiram bem a Exu, gente.
Ela está no reino, auê Ela vem saravá, auá. Pomba-Gira Rainha, auê. É a Rainha do Mal,
auá.
Trabalho com Pomba-Gira Rum beira, para Fazer a Mulher Agradar a um Homem na Cama
Este é um trabalho que requer cuidadosa pre¬paração por parte da pessoa que irá pedir a
ajuda da Pomba-Gira Rumbeira.
MATERIAL NECESSÁRIO:
• 12 rosas vermelhas.
• Sete velas vermelhas.
• Sete cigarros.
• Sete velas brancas.
• Fósforos.
• Uma calcinha.
• Uma toalha vermelha.
• Sal grosso.
• Azeite-doce.
CUIDADOS INICIAIS:
Antes de iniciar o trabalho propriamente dito, a mulher deve esperar a chegada da
menstruação. No primeiro dia, ela deve tomar um banho com sal grosso e beber uma
colherinha das de chá de azeite-doce; no último dia da menstruação, deve tomar outro
banho com sal grosso e beber outra colherinha de azeite.
Somente deve efetuar o despacho depois que cessar totalmente a menstruação.
COMO FAZER O DESPACHO:
Leve todo o material para um lugar onde exis¬tam várias encruzilhadas seguidas. Vá
andando e conte três encruzilhadas. Ao chegar à terceira, peça licença aos donos do lugar
e comece a fazer a oferenda.
Abra a toalha no chão. Arrume sobre ela a calcinha e as rosas. Acenda os cigarros e as
velas, arru¬mando tudo em redor da oferenda. Cante um ponto para Pomba-Gira Rumbeira.
Afaste-se dando sete pas¬sos para trás, sempre de frente para o despacho. De¬pois disso,
retorne para casa.
PONTOS CANTADOS:
Pomba-Gira chegou
Eu sou Rumbeira
Pomba-Gira chegou e é rumbeira
Pomba-Gira chegou p'ra trabalhar.
Em cima das sepulturas
Eu gosto de trabalhar
E nas encruzas
Também venho guerrear.
Rumbeira tem malícias Nas cadeiras, Rumbeira sua malícia É uma fogueira.
O que queima, queima Bole, bole, sem parar. Oi que queima sem parar. Oi que queima,
queima, Sua alegria é de lascar.
Na minha encruzilhada Sou muito consagrada Sou Pomba-Gira Rumbeira Tenho rosas tão
apreciadas. Com perfume quero alegrar Os filhos que têm fé E querem me chamar.
Trabalho com Pomba-Gira Rainha
dos Sete Cruzeiros, para
Prender o Homem em Casa
Muitos homens apreciam o jogo, a farra, e qua¬se não ficam em casa. Com a Pomba-Gira dos
Sete Cru¬zeiros, você pode fazer um trabalho forte para que seu homem passe a gostar de
ficar em casa.
MATERIAL NECRSSAKIO:
Três botões arrancados de uma roupa do homem.
Sete rosas vermelhas.
Sete velas vermelhas.
Uma vela branca.
Um prato de barro.
250 g de milho para pipoca.
Uma garrafa de cachaça.
Uma taça ou copo virgem.
Sete fitas vermelhas.
Uma toalha vermelha.
Fósforos.
Abridor de garrafas.
Uma panela.
CUIDADOS INICIAIS:
Este trabalho deve ser feito em uma noite de lua crescente, junto ao cruzeiro de um
cemitério. An¬tes de sair de casa, estoure a pipoca.
COMO FAZER O DESPACHO:
Leve todo o material até o cruzeiro do cemité¬rio. Lá chegando, peça licença ao dono do
lugar e faça sua oferenda.
Estenda a toalha no chão. Coloque no centro o prato com a pipoca, enfeitado com as rosas
e as fitas. Coloque os botões dentro do copo (ou taça) e encha-o com cachaça até derramar
no chão; coloque o copo e a garrafa ao lado do prato. Acenda as velas em volta da toalha.
Cante um ponto de Pomba-Gira Rainha dos Sete Cruzeiros. Afaste-se dando sete passos para
trás, sempre de frente para o despacho. Depois disso, retorne para casa.
PONTOS CANTADOS:
Meu Santo António Veio me ajudar Enfeitar a Terra Enfeitou o Gongá Trouxe Exu na gira
Para me limpar. Saravá Pomba-Gira
Nos sete Cruzeiros
Ela vem saravá
Com Exu pra me ajudar.
Nos sete Cruzeiros
Ela faz a sua ronda
E lá que é sua morada
Pomba-Gira Rainha dos Sete Cruzeiros
Também trabalha na encruza
Mas no cruzeiro faz sua ronda.
E demandeira na encruzilhada.
Saravá Pomba-Gira dos Sete Cruzeiros
Saravá linda morena,
Vem aqui neste Gongá
Pois corre gira sem parar
Pois corre gira sem parar
Ela é formosa e vem trabalhar.
Trabalho com Pomba-Gira Rainha
das Sete Encruzilhadas, para a Mulher
Ficar Mais Bela e Sedutora
O desejo de toda mulher é tornar-se bela e se¬dutora para os homens. Para conseguir este
benefício, você deve preparar uma oferenda especial para Pom¬ba-Gira Rainha das Sete
Encruzilhadas.
MATERIAL NECESSÁRIO:
• Sete rosas vermelhas.
• Sete velas vermelhas.
• Sete velas pretas.
• Um pacote de sal grosso.
• Uma garrafa de cachaça.
• Sete cigarrilhas.
• Um litro de leite de cabra.
• Um batom.
• Várias pulseiras.
• 250 g de milho de pipoca.
• Uma toalha vermelha.
• Fósforos.
• Abridor de garrafa.
CUIDADOS INICIAIS:
O trabalho deve ser feito na noite de uma sex-ta-feira de lua cheia, para que as
vibrações sejam ain¬da mais poderosas. Antes de sair de casa, estoure a pipoca.
COMO FAZER O DFSPACHO:
Leve todo o material para uma encruzilhada. Depois de pedir licença ao dono do lugar,
abra a toa¬lha no chão e arrume sobre ela o batom, as pulseiras, a pipoca e as rosas;
acenda as cigarrilhas; abra a cachaa. Depois de arriar a oferenda, cante um ponto de
Pomba-Gira Rainha das Sete Encruzilhadas e acenda as velas em volta da toalha. Afaste-se
dando sete pas¬sos para trás, sempre de frente para o despacho. De¬pois disso, retorne
para casa, levando de volta o leite de cabra e o pacote de sal.
Chegando em casa, tome um banho com todo o leite de cabra e um pouco do sal; durante os
sete dias seguintes, tome um banho com mais uma parte do sal grosso. Repita a oferenda a
cada sete semanas.
PONTOS CANTADOS:
Sou Rainha das Sete Encruzilhadas Na encruzilhada eu sei trabalhar Com a ajuda de meus
sete maridos Quero ver quem vai me ganhar. O meu garfo sei que é muito forte
Com ele gosto de trabalhar
Se o inimigo tem muita força
Os sete maridos estão aí para me ajudar.
Ela é Rainha, ela é Rainha Das suas Sete Encruzilhadas Ela é Rainha, Pomba-Gira na
estrada. Caminha, como caminha. Salve as Sete Encruzilhadas. Me saravo que ela é Rainha
Ela é Rainha.
Eu moro nas encruzilhadas
Nas Sete Encruzas eu sou rainha
Quando o encruzo está carregado
Vou dividindo com meus camaradas.
Tem Tranca-Rua,
Tem Marabô,
Tem o Rei das Sete Encruzilhadas.
Trabalho com Pomba-Gira das Sete Sepulturas, para Combater uma Mulher Inimiga
Este trabalho deve ser feito com todo cuidado possível, pois qualquer erro vai impedir de
atingir os seus objetivos. A o concluir o serviço, a mulher que age como sua inimiga
sofrerá sérios prejuízos e mesmo doenças; caso ela não se cuide, arrependendo-se, po¬derá
até morrer.
MATFK1A1 NECFSSAKIO:
Uma toalha preta.
Sete velas pretas.
Sete fitas pretas.
Sete moelas de galinha.
Doze rosas vermelhas.
Um vidro de óleo de rícino.
250 g de milho de pipoca.
300 g de farinha de milho.
Três fios de cabelo da pessoa (ou pessoas)
que se deseja castigar.
Um prato de barro.
Uma garrafa de cachaça.
Fósforos.
Abridor de garrafa.
CUIDADOS INICIAIS:
O trabalho deve ser feito numa sexta-feira à noite, em um cemitério. Antes de sair de
casa, estoure a pipoca e misture-a com a farinha de milho no prato.
COMO FAZER O DESPACHO:
No dia escolhido, leve todo o material para um cemitério. Depois de pedir licença a
Ogum-Megê, que é o chefe da entrada, passe por sete sepulturas, acendendo uma vela em
cada uma delas.
Junto da sétima e última sepultura, estenda a toalha e coloque em cima o prato com a
farofa e as pipocas. Ponha por cima as moelas e os fios de cabelo (que são indispensáveis
para o efeito positivo do tra¬balho); regue tudo com o óleo de rícino. Arrume em volta as
rosas e as fitas. Abra a garrafa de cachaça e derrame sobre o despacho.
Cante um ponto de Pomba-Gira das Sete Se-pulturas. Afaste-se dando sete passos para trás,
sem¬pre de frente para o despacho. Depois disso, retorne para casa.
PONTOS CANTADOS:
Pomba-Gira das Sete Sepulturas Está pronta para nos ajudar Seu marafo e seu dendê Ela
gosta de cuidar. Ela gosta de cuidar.
Quando pega uma demanda Vitória ela tem p'ra dar E Exu que lhe dá permissão E não escolhe
ocasião.
Eu vou girar, eu vou girar
E na minha caminhada
Eu vou passar pelas Sete Sepulturas
E Pomba-Gira vou encontrar.
Nas minhas sete sepulturas Nas minhas sete sepulturas Eu sou rainha, eu vou chegar Nas
minhas sete sepulturas Demandas venho catar O meu garfo é muito firme E com ele venho
guerrear.
Trabalho com Pomba-Gira da Sepultura, para Castigar um Homem que Abandona a Esposa
Existem mulheres que desejam ver-se livres dos maridos e tudo fazem para que eJes vão
embora; mas ha aquelas que são carinhosas, amantes, amigas e espo¬sas ideais, mas alguns
homens, volúveis e ingratos, não reconhecem isso e um dia decidem abandonar a mu¬lher.
Através da ajuda de Pomba-Gira da Sepultura, é possível castigar o ingrato e até forçá-lo
a arrepender-se e, como um cordeirmho, voltar para o lar.
MATERIAL NKCF.SSÁRIO:
• Duas garrafas de cachaça.
• Sete velas vermelhas.
• Sete velas pretas.
• Sete fitas pretas.
• Sete fitas vermelhas.
• Sete rosas vermelhas.
• Sete charutos.
• Uma peça de roupa ou objeto de uso pes¬soal do homem.
• Um prato de barro.
• 250 g de milho de pipoca.
• Fósforos.
• Abridor de garrafa.
• Uma panela.
CUIDADOS INICIAIS:
Este trabalho deve ser feito em uma sexta-fei-ra, em um cemitério. Antes cie sair de
casa, estoure a pipoca.
COMO FAZER O DESPACHO:
Chegando no cemitério, peça licença ao dono do lugar, que é Ogum-Megê. Depois, acenda as
velas e arrume a oferenda em cima ou ao lado de uma sepul¬tura: coloque o prato com a
pipoca, enfeitado com as rosas e as fitas; ao lado, coloque o objeto pertencente ao homem
e os charutos. Abra as garrafas de cachaça e derrame sobre o despacho.
Repita sete vezes a frase: "[Fulano, fulano (diga e repita o nome da pessoa)], tu
receberás o casti¬go que mereces e logo te arrependerás, Pomba-Gira da Sepultura vai te-
mostrar."
Depois cante um ponto da Pomba-Gira da Se-pultura. Afaste-se dando sete passos para trás,
sempre de frente para o despacho. Depois disso, retorne para casa.
Oi quem mora nessa ilha Oi quem mora nessa ilha Fogo por todos os lados Garfo seguro na
mão Rosas no chão se espalhando Formosa ela vinha então.
É Pomba-Gira da Sepultura Quem não lhe respeita Logo vê que não tem cura Logo vê que não
tem cura.
Pomba-Gira da Sepultura Demanda ela não rejeita Ela gosta de demandar Com seu garfo
formoso Seus inimigos gosta de espetar.
Meu melhor trabalho quero ofertar
Para o inimigo, cor da menga pra sangrar
O preto da minha roupa
Vou presentear ao inimigo
E na escuridão ele vai ficar.
O trabalho que aqui lhe ensino serve para pro¬teger seu homem contra todos os possíveis
perigos de morte: acidente, arma de fogo, arma branca, queda, envenenamento ou qualquer
outro. Um homem pro¬tegido pela Pomba-Gira dos Sete Cruzeiros da Calunga só morrerá de
velhice. Se isto é o que você deseja e se tem fé na entidade, faça então sua oferenda.
MATERIAL NECESSÁRIO:
24 rosas vermelhas.
Sete velas vermelhas.
Sete fitas vermelhas.
Uma vela branca.
250 g de milho de pipoca.
300 g de farinha de milho.
Um batom.
Várias pulseiras.
Vários charutos.
Uma garrafa de champanhe.
Um prato de barro.
Uma toalha vermelha.
Fósforos
CUIDADOS INICIAIS:
Escolha uma noite enluarada, de preferência em uma sexta-feira; o trabalho deve ser feito
junto ao cruzeiro de um cemitério, à meia-noite.
Antes de sair de casa, estoure a pipoca e mis¬ture com a farinha, arrumando tudo no
prato.
COMO FAZER O DESPACHO:
Chegando ao cemitério, peça licença ao dono do lugar, Ogum-Megê, pois, sem sua permissão,
nada pode ser feito. Vá até o cruzeiro e abra a toalha no chão. Ponha o prato com a
farofa e as pipocas sobre ela e enfeite-o com as fitas e parte das rosas. Arrume em volta
as outras rosas, o batom, as pulseiras, os charu¬tos e a garrafa de champanhe. Acenda as
velas uma a uma, deixando a vela branca para acender por último.
Cante um ponto dedicado a Pomba-Gira dos Sete Cruzeiros da Calunga e faça o seguinte
pedido: "Peço proteção para Fulano (diga o nome da pessoa); que ele jamais sofra
acidentes até chegar a sua hora." Após fazer seu pedido, dê sete passos para trás sem dar
as costas para o despacho; depois disso, vá para casa.
Esta oferenda deve ser reforçada a cada três meses; lembre-se de que os agrados feitos à
Pomba-Gira são decisivos para sua ajuda e boa vontade. Não tenha reservas em agradar
Pomba-Gira dos Sete Cru¬zeiros da Calunga, que aprecia rosas e enfeites.
PONTOS CANTADOS:
Quando eu nasci, eu era formosa E fui muito sacrificada Hoje moro no cruzeiro Ao lado de
meu Pai Omolu Ele é Pai e feiticeiro Feiticeiro de muita força e luz Ele é dono do
Cruzeiro, Ordenança de Ogum. No seu Reino eu vou vivendo São as almas que me conduzem Eu
me chamo Pomba-Gira Dos Sete Cruzeiros da Calunga.
Ela mora no Cruzeiro das Almas Ela guerreia sem querer parar Tem a força dos Pretos
Velhos E no Cruzeiro ela quer ficar Na morada de Omolu Obaluaê, meu Pai Atotô.
Eu sou Pomba-Gira dos Sete Cruzeiros Da Calunga, minha falange é muito boa Tenho até
muitas crianças, Como Exu, o que venero.
MARAVILHAS DAS SIMPATIAS CIGANAS
AMULETOS & TALISMÃS
Se você conseguir passear sem ser incomodado por um acampamento de ciganos tradicionalistas, defensores dos velhos costumes e das antigas tradições, e tiver a oportunidade de observar uma pequena caixa de madeira, com enfeites de metal, solitária sobre uma mesa, ao lado de uma vela, certamente vai se sentir curioso a respeito daquilo.
Se puder se aproximar e se a caixa não estiver trancada a chave, podendo você abri-la, vai se surpreender vendo, dentro dela, uma carta do baralho de Tarô, com um objeto de ouro, prata ou qualquer outro metal sobre ela.
Com certeza ficará intrigado(a), sem entender o significado daquilo. Possivelmente nenhum cigano lhe falará a respeito do assunto, preferindo desconversar ou até expulsá-lo
(a) do acampamento por ter sido xereta. Na realidade, trata-se de uma prática antiga, vinda dos tempos do Egito, segundoalguns estudiosos do assunto. Para outros, ela é originária da terra natal, a Índia. São conhecimentos reservados e muito pouco comentados ou divulgados, mas uma forma de utilizar a forças e o mistério do baralho, aliados ao poder dos talismãs e dos metais. Em resumo, é uma das mais poderosas formas de simpatia, cultivada secretamente por algumas tribos mais conservadoras e rígidas em suas tradições. Os princípios são extremamente simples, pois certas cartas têm um significado comum,
a saber:
O IMPERADOR: simboliza o chefe da família ou o chefe da tribo.
A IMPERATRIZ: simboliza a matriarca da família ou a esposa do chefe da tribo.
O MAGO: representa um filho ou um jovem.
A TEMPERANÇA: representa uma filha ou uma jovem.
O LOUCO: simboliza uma criança.
O PAPA: representa um parente ou amigo do sexo masculino.
A PAPISA: representa uma parente ou uma amiga.
O ERMITÃO: simboliza uma pessoa idosa, independente do sexo.
Os talismãs postos sobre a carta tem um significado simbólico, resultando disso uma mensagem aos planos superiores, num processo aparentemente complexo, mas que não oferece dificuldade alguma de compreensão ou de realização, bastando, para isso, contar com as cartas do baralho de Tarô e com os talismãs de metal, que podem ser substituídos por desenhos recortados em papel colorido ou pintados conforme a seguinte convenção:
OURO -amarelo
PRATA-prateado
COBRE- vermelho
A maneira de montar essas Simpatias Ciganas é, portanto, muito simples. Basta que você tenha uma caixa de madeira, com ou sem chave, e um castiçal que pode ser de metal, madeira ou vidro. Para montar a sua mensagem talismânica, coloque no fundo da caixa a carta referente à pessoa a quem a simpatia é dedicada e sobre ela o talismã correspondente.
Diga em voz alta o nome da pessoa, com a caixa bem próxima de seus lábios. Feche-a depois, acenda uma vela na cor do talismã e deixe ali pelo período que durar a chama. Quando a vela terminar de queimar, você pode desmanchar a mensagem.
É importante ficar atento(a) a essa vela, pois se ela apagar antes do final, significa problemas ou obstáculos. Nesse caso, é bom adiar o assunto ou realizar uma simpatia para proteção.
Vejamos um exemplo prático desse tipo de simpatia. Vamos considerar o seguinte símbolo:
Âncora: estabilidade e proteção em viagens (ouro/amarelo), esperança e salvação (prata/prateado), negócios e ocupações ligados ao mar (cobre/vermelho), podendo ser usado em simpatias como as que se seguem:
PARA PROTEÇÃO DO CHEFE DA FAMÍLIA NUMA VIAGEM
Se o chefe da casa vai realizar uma viagem demorada, que envolva riscos ou até mesmo uma viagem de rotina, é importante que viaje com toda a proteção possível.
Para tanto, basta preparar essa simpatia, antes de sua partida, colocando no fundo da caixa a carta do Imperador e sobre ela uma âncora de ouro ou amarela. Diga o nome dele em voz alta, junto à caixa, feche-a e acenda uma vela amarela.
Observação: se a simpatia fosse para salvá-lo de uma situação complicada, bastaria substituir a âncora dourada por uma prateada. Se a viagem fosse por mar, poderia ser usada a âncora de cobre ou vermelha. Se fosse uma simpatia para qualquer outro membro da família, bastaria usar a carta correspondente, conforme já foi especificado antes, não se esquecendo de dizer o nome dela para a caixa.
Como vê, é extremamente simples montar as suas simpatias, bastando saber qual carta utilizar e o significado dos talismãs. Veja o que você pode fazer com esse tipo de simpatia.
PARA A FORÇA FÍSICA OU MORAL
Uma flecha de ouro ou dourada.
Exemplo: para reforçar a força física de um filho, que vai participar de uma importante competição esportiva, colocar o talismã sobre a carta O Mago.
PARA A AUTORIDADE
Uma flecha de prata ou prateada.
Exemplo: para a dona da casa conseguir se impor sobre os filhos, ultimamente muito teimosos e desobedientes, pôr o talismã sobre a carta A Imperatriz.
PARA A VIRILIDADE
Uma flecha de cobre ou vermelha.
Exemplo: para um filho que atinge a idade de começar a se interessar pelas mulheres, pôr o talismã sobre a carta O Mago. Para o chefe da casa que, por problema de idade, já não tem o vigor de antes, pôr o talismã sobre a carta O Imperador.
CONTRA INIMIGOS
Uma flecha de ouro.
Exemplo: para um parente do sexo masculino, que se encontra às voltas com problemas com seus inimigos, pôr o talismã sobre a carta O Papa.
CONTRA PESSOAS MAL INTENCIONADAS
Uma flecha de ouro.
Exemplo: para a criança da casa, que começa a estudar e vai para seu primeiro dia de aula, pôr a flecha sobre a carta O Louco.
PARA CONCORRENTES COMERCIAIS
Uma flecha de ouro.
Exemplo: para o chefe da casa conseguir superar os seus rivais numa atividade comercial, pôr a flecha sobre a carta O Imperador, antes de iniciar uma campanha de vendas ou uma promoção.
PARA OBTER AUXÍLIO DIVINO
Um machado de ouro, emblema também muito comum em altares familiares, dedicados aos santos padroeiros e aos Anjos pessoais ou mensageiros. Exemplo: para a ancião, carente de apoio e de valorização, pôr o machado sobre a carta O Ermitão.
CONTRA O MAL
Machado de cobre.
Exemplo: para a jovem da casa, que atinge a idade para começar a freqüentar festas com as amigas ou a sair com o namorado, pôr o machado sobre a carta A Temperança, a cada vez que ela sair.
PARA SUPERAR OBSTÁCULOS INESPERADOS
Machado de prata.
Exemplo: para a dona da casa, que contava com a compra de novos móveis, mas um obstáculo inesperado parece ameaçar seu desejo, colocar o machado sobre a carta A Imperatriz.
PARA CORRIGIR UM ERRO
Machado de ouro.
Exemplo: para um parente do sexo masculino, que cometeu um erro e precisa reparálo, pôr o machado sobre a carta O Papa.
PARA APROFUNDAR CONHECIMENTOS
Morcego de ouro.
Exemplo: para o jovem, que terminou seus estudos e agora precisa fazer uma especialização, pôr o morcego sobre a carta O Mago. Essa simpatia também pode ser usada nos últimos meses que antecedem o vestibular, para auxiliar vestibulandos em geral, independente da idade. Para isso, basta apenas selecionar a carta, conforme a pessoa que se deseja representar. Nesse caso, a simpatia deve ser repetida a cada sete dias.
PARA ATRAIR A SORTE
Morcego de prata.
Exemplo: para atrair a sorte para uma criança que acaba de nascer, colocar o morcego de prata sobre a carta O Louco.
PARA UMA LONGA VIDA
Morcego de cobre.
Exemplo: para um casal que acaba de se unir em matrimônio, colocar no fundo da caixa as cartas O Papa e a Papisa e sobre elas o talismã.
PARA A FELICIDADE
Morcego de prata.
Exemplo: no dia do aniversário de cada um dos membros da família, pôr, logo pela manhã, a carta correspondente a ele na caixa e sobre ela o morcego de prata.
PARA UMA BOA EDUCAÇÃO
Morcego de ouro.
Exemplo: para a jovem que entra na puberdade aprimorar sua educação, coloque na caixa a carta A Temperança, se for filha ou A Papisa, se for amiga ou filha de amigos. Sobre ela, pôr o morcego.
PARA ALGUÉM QUE ACABOU DE FALECER
Uma abelha de ouro.
Exemplo: quando morre um parente ou amigo, escolha a carta respectiva e faça a simpatia, tão logo souber de seu passamento. A luz amarela, segundo os sábios egípcios, produz o contraste para a luz branca da eternidade que, por ser mais brilhante, atrai as almas, que se desprendem mais facilmente de suas amarras na Terra.
PARA A PUREZA
Uma abelha de prata.
Exemplo: jovens estão fazendo um voto de castidade atualmente, assumindo o compromisso de se manterem virgens até o casamento. Para esses, esta é a simpatia indicada, inclusive porque, em alguns grupos, a abelha de prata tem sido usada como símbolo por eles, pelo seu poder mágico e místico.
PARA A CRIATIVIDADE
Abelha de cobre.
Exemplo: para quem precisa realizar um trabalho onde a criatividade seja altamente exigida, preparar a simpatia e somente iniciá-lo, após a vela se queimar totalmente.
PARA O PROGRESSO PROFISSIONAL
Abelha de ouro.
Exemplo: para alguém que se inicia numa profissão, fazer a simpatia todo final de semana, por sete semanas consecutivas.
Observação: na realização dessas simpatias, jamais se esquecer da convenção representada pelas cartas. Se você faz a simpatia em seu próprio benefício, vai empregar as cartas correspondente ao seu papel na família: pai (Imperador), mãe (Imperatriz), filho (Mago), filha (Temperança) e criança (Louco).
CRIANÇAS
Nós, ciganos temos uma preocupação muito grande com nossas crianças, principalmente no que se refere às tradições e ao caráter. Todas devem ser instruídas e educadas segundo os princípios da tribo, sem se descuidar, porém, da educação normal, essa feita conforme as leis dos gadjos.
São crianças como todas as outras, que adoram brincar e estudar, bem como ouvir histórias das pessoas mais velhas. É nessas oportunidades que as tradições e os costumes da raça são transmitidos, muito embora, ultimamente, o estilo de vida sedentário esteja atraindo cada vez mais os jovens ciganos, levando-os às universidades, onde estão se especializando não apenas para atender os seus, mas as pessoas em geral.
O que se observa hoje é um lento, mas gradual distanciamento das antigas tradições. Os mais velhos ainda as cultuam, mas parece que os mais jovens estão se apegando muito mais aos valores da sociedade de consumo e do meio em que vivem.
Mesmo assim, defensores ardorosos da liberdade em todos os sentidos, nós não vemos motivos para impedir que nossos jovens arrisquem vôos mais altos. O que fazemos é criar meios de preservar nossa cultura, onde se incluem nossas simpatias e nossos conhecimentos ocultos.
PARA SONO TRANQÜILO
Quando uma criança passa a não dormir tranqüila durante à noite, afirmam os ciganos que é Beng, manifestando sua vontade e ameaçando-a. Normalmente ele procura uma criança, que é o ser mais inocente e desprotegido existente.
Para combatê-lo, a simpatia mais comum é pegar um cálice ou uma taça de prata com água e colocá-la sob o berço ou a cama da criança, assim que ela for dormir. No dia seguinte, jogar essa água fora e lavar o cálice ou taça em água corrente, deixando secar ao sol. Repetir por sete dias.
Observação: se além da intranqüilidade a criança acordar à noite gritando ou chorando, colocar a vasilha de prata sob a cama ou berço e em seguida pôr dentro uma brasa viva. Repetir durante os sete dias.
PARA SE SAIR BEM NA ESCOLA
A cada dia, mais e mais jovens ciganos estão se dedicando aos estudos e procurando ampliar seus horizontes profissionais. Muitos pais, com visão de futuro, estão estimulando esse tipo de atitude e até apoiando, com simpatias como esta, que visam dar a eles todas as chances necessárias para obterem sucesso.
No primeiro dia letivo de seus filhos, a cada ano, as mães ciganas escrevem o nome do filho numa vela azul, depois a acendem, sobre uma Bíblia.
PARA MICÇÃO NOTURNA
Até que as crianças aprendam a controlar totalmente as funções da bexiga, este pode ser um problema constante, principalmente se a criança desenvolve assaduras com facilidade ou já passou da idade de usar fraldas.
Para isso, usam uma simpatia muito simples. É só estender sob o lenço da cama ou do berço da criança, uma calça comprida usada do pai dela. Se nas primeiras vezes a criança urinar, no dia seguinte a peça deve ser lavada, secada ao sol e posta de novo no lugar. Insistir até a criança passar sete dias completos sem urinar na cama.
PARA CIÚMES ENTRE IRMÃOS
Embora possa não ser evidenciado, os filhos sentem ciúmes dos pais, principalmente se estes demonstram preferência por um deles, coisa que deve ser vigiada para que não aconteça.
Mesmo assim, o ciúme vai existir e deve ser combatido com uma simpatia muito simples até, mas de grande eficiência.
Numa sexta-feira de Lua Cheia, escreva o nome deles numa só folha de papel, depois enrole e amarre no meio com uma fita branca. Esse canudinho deverá ser amarrado depois ao tronco de um galho fino e flexível, podendo ser taquara, bambu ou salgueiro.
Nada comentar com eles.
PARA COMBATER MANIAS INFANTIS
As crianças muitas vezes desenvolvem certas manias que são difíceis de serem eliminadas, à medida em que elas vão crescendo. Entre elas, está a de se apegar a um objeto em especial, levando-o para toda parte, como se fosse um bichinho de estimação.
Normalmente isso passa logo, mas se persistir, deve ser desestimulado e, para isso, nada como usar uma simpatia, que fará isso sem traumas e sem maiores complicações.
Quando a criança dormir, amarre uma fita amarela no dedão do seu pé esquerdo. Se ela tirar durante o sono, insista. Repita até que ela tenha se esquecido de sua mania.
PARA AUMENTAR AS DEFESAS ESPIRITUAIS
Os ciganos que vieram da Europa, principalmente, trouxeram algumas lendas que até hoje existem entre nós. Uma delas fala das crianças não batizadas, ameaçadas pelos lobisomens, nas noites de lua cheia. Por isso, qualquer família cigana, tão logo nasça um novo membro, cuidam não apenas de realizar o batizado ritual, mas de reforçar suas defesas espirituais.
Uma simpatia muito utilizada é a seguinte: na primeira noite de Lua Cheia após o nascimento da criança, três taças devem ser preparadas. A primeira, de ouro, deverá conter leite materno. A segunda, de prata, leite de uma jumenta. A terceira, de estanho,leite de uma cabra. Às nove horas em ponto, a criança deverá tomar pelo menos uma gota de cada um desses recipientes, na ordem em que foram apresentados acima.
Após isso, com a mão esquerda na testa e a direita no peito da criança, a mãe deverá rezar em voz alta o Pai Nosso.
PARA DOR NA BARRIGA
É praticamente impossível controlar a alimentação de uma criança, principalmente quando ela é criada em liberdade. Há muitas frutas que são comidas verdes e muita mistura de alimentos às vezes incompatíveis um com o outro, o que resulta em freqüentes dores na barriga.
Como não se deve aplicar medicamentos indiscriminadamente, sem um diagnóstico correto, que deverá ser feito por um médico, nos casos em que a criança reclamar de dor na barriga, preparar um
chá de poejo, adoçar com mel e fazê-la beber uma xícara. Aplicar também compressas de água fervida com alho, usando, para isso, um lenço vermelho ou uma toalha dessa mesma cor.
PARA A INSEGURANÇA
A criança deve ser estimulada a não ter medo de coisas tolas, como escuridão e barulhos inesperados. Reforçando-se a sua segurança, com certeza se terá um adulto equilibrado no futuro.
Às primeiras manifestações de insegurança ou de medo, fazer uma simpatia para combater isso, que resolverá prontamente esse problema.
Plante, num vaso de barro ou cerâmica, uma muda de espada-de-são-jorge e uma de comigo-ninguém-pode. Durante o dia, deixe-a num local adequado para o desenvolvimentoda planta. À noite, porém, coloque-a ao lado da cabeceira da cama ou do berço da criança. Repita isso por trinta dias seguidos.
Se eventualmente uma ou ambas as plantas secarem, refaça imediatamente a simpatia.
PARA A SAÚDE
A vida ao ar livre, movimentada e alegre sempre foi muito preciosa para nós ciganos, porque é um meio saudável de se criar filhos. Nas grandes cidades, isso não tem sido possível mais, pois sofremos os mesmos problemas de segurança e de violência que assolam a população como um todo.
Aquela liberdade perdida se reflete na saúde das crianças. Por isso, a cada dia mais usamos a seguinte simpatia:
Para cada uma das crianças que dormem num mesmo aposento, plantar um vaso grande, com pelo menos três tipos diferentes de plantas, sendo uma frutífera, uma flor e a outra, madeira de lei.
Orientar cada criança para que cuide diariamente de seu vaso.
PARA CRIANÇAS MUITO ATIVAS
Entre os ciganos também existem aquelas crianças muito ativas, que não ficam quietas um segundo e precisam estar em constante movimento, quase enlouquecendo os pais, que precisam vigiá-la atentamente e estar a todo momento correndo atrás delas.
Alguns, porém, preferem usar uma simpatia antiga e natural para mantê-las mais calmas.
Pela manhã, após o almoço e o jantar, dê à criança um refresco feito com chá de casca de mexerica ou bergamota. Adoce com mel ou com açúcar cristal.
PARA CRIANÇA MANHOSA
Toda mãe percebe logo quando a criança esta fazendo manha ou quando tem realmente algum problema. Só que, muitas vezes, a manhã é sinal de um problema que pode passar despercebido, se a mão não estiver atenta.
Para que isso não aconteça, sempre que dar banho em seu filhinho ou filhinha, comece com o alto da cabeça, descendo para a nuca. Depois lave o rosto e o resto do corpo. Jamais começa o banho pelas pernas ou pelos pés.
PARA OLHOS DE ÁGUIA
Os ciganos sempre se vangloriaram de seus olhos de água, capazes de reconhecer a raça de um animal ao longe ou as cores de uma roupa à distância. Parte é genético, parte é fruto de uma tradição antiga, cujos resultados ainda hoje são visíveis, já que muito poucos ciganos usam óculos.
Para ter essa visão, os pais costumam fazer uma simpatia muito simples com a criança, nos primeiros sete dias de vida. Lavam seus olhos, pela manhã, com água mineral, posta numa taça de ouro, juntamente com pétalas de rosas brancas.
PARA SER DE OPINIÃO
A honra e a palavra de um cigano são preciosas para ele. Em suas relações com os gadjos esses conceitos podem até ganhar um outro significado, mas entre os membros da raça, isso é defendido vigorosamente como um costume sempre preservado.
Para incutir isso nas crianças, desde a mais tenra idade, uma simpatia é feita, num ritual simples, mas de grande valor simbólico.
Quando a criança completa sete anos, sete buracos são abertos ao redor do acampamento e sete sementes de árvores são plantadas por ela e pelo pai. Na falta do pai, um tio ou uma pessoa mais velha faz esse papel.
VIAGENS
Muito embora o cigano seja nômade por natureza, hoje em dia existem muitos grupos radicados definitivamente em todo o mundo, anunciando que, futuramente, essa característica que sempre foi a mística de nosso povo venha a ser extinta.
Mesmo radicados, criando laços com as localidades onde vivem, os ciganos ainda fazem das viagens um grande acontecimento e estão constantemente encontrando motivos para realizá-las, seja para visitar parentes, seja para fazer negócios.
Se hoje utilizam modernos meios de transporte, algumas coisas das velhas tradições são impossíveis de serem mudadas, principalmente as simpatias para assegurar uma boa viagem ou uma estadia satisfatória no local para onde se deslocam.
De certa forma, nelas ainda encontram aquele toque e aquele sabor especial de tradição que as gerações passadas viveram com maior intensidade. Nessas viagens, quando normalmente cruzam com membros de outras tribos ciganas, as tradições e os costumes se misturam, o que é bastante salutar para a sua preservação.
Mesmo não sendo ciganas, as pessoas gostam de viajar. Nas simpatias de nosso povo poderão encontrar meios de tornar seus passeios mais agradáveis, experimentando um pouco do sabor peculiar que os ciganos encontram nessa atividade.
PARA FAZER UMA BOA VIAGEM
Uma boa viagem, para o cigano, é uma viagem cheia de movimento e de aventura, com muitas descobertas, novos conhecimentos, bons negócios, amizades, música, boa comida e boa bebida. Independente do que pretenda com a viagem, o cigano a aproveita para tudo isso, pois é o quando se sente realmente livre.
Para que tudo isso lhe aconteça, costuma fazer um ritual, antes de qualquer viagem. Quando sai, primeiro se despede dos adultos, depois dos jovens e das crianças e, finalmente, dos animais de estimação. Desses últimos, ele leva alguma coisa para dar sorte, como um chumaço de pêlos de um cachorro ou uma pena de um pássaro.
PARA TER UMA BOA RECEPÇÃO
Ser bem recebido é uma questão de honra para os ciganos, pois recepcionar é uma de suas artes. Quando visita os gadjos ele pode até relevar alguns deslizes. Quando visita outros ciganos, qualquer falha na recepção é imperdoável e é considerado como uma ofensa.
Para garantir a boa recepção, porém, um cigano jamais se apresenta sem levar duas garrafas de vinho ao menos, um tinto seco, para o chefe da casa e um banco e doce, para a dona da casa.
PARA SER BEM RECEBIDO
Em todas as épocas, os ciganos foram recebidos das maneiras mais diferentes possíveis, em suas viagens pelo mundo todo. Receberam recepções festivas, da mesma forma como foram rechaçados pela incompreensão dos homens.
Inúmeras simpatias surgiram, durante esse tempo, procurando garantir uma feliz permanência ou o sucesso de uma viagem. Uma das mais tradicionais e importantes era a de agradar inicialmente às crianças da localidade.
Para tanto, tão logo chegavam ao seu destino, os ciganos separavam sete moedas, que eram entregues às primeiras sete crianças que se aproximassem da caravana ou do acampamento.
Observação: muitas lendas e mitos surgiram em virtude desse costume cigano. Pessoas mal informadas afirmavam que era um truque usado pelos ciganos para atrair as crianças, que eram raptadas e vendidas mais tarde. Mesmo assim, conhecedoras dos costumes, tão logo viam uma caravana surgir ao longe, as crianças corriam ao seu encontro, na esperança de ganhar uma dessas moedas.
PARA ASSEGURAR OS OBJETIVOS DE UMA VIAGEM
Quando um cigano faz uma viagem, é porque, além da aventura, espera algum resultado dela. O objetivo que a move muitas vezes é realizar um negócio que foi, na realidade, apenas o pretexto para a viagem. Ciganos antigos faziam viagens de centenas de quilômetros apenas para comprar um cavalo, muitas vezes.
O importante para eles era realizar a viagem e voltar dela com o objetivo alcançado. Para isso, tão logo chegavam ao seu destino, brindavam com cerveja a sua chegada.
Observação: quando as caravanas chegavam a um local e o acampamento era marcado, os ciganos promoviam uma festa regada a cerveja e vinho. Depois, homens e mulheres urinavam nos limites do acampamento, demarcando-o e mantendo dentro desses limites a boa-sorte e o sucesso.
PARA GARANTIR UMA BOA VIAGEM
Ainda hoje se pode observar, nas janelas das casas de ciganos estabelecidos, um solitário vaso de flor. Antigamente, nos carroções, ocorria a mesma coisa. Com os caminhões e trailers, dos grupos ainda nômades, também se vê isso.
Além de ser um enfeite singelo, esses vasos representam uma simpatia cuja origem se perde na história do povo cigano. Sempre que o chefe da família viaja, esse vaso é posto na janela e em sua superfície brilha uma moeda de ouro ou de prata, que ali ficará até a sua volta.
Para alguns, essa simpatia é para atrair sorte. Para outros, é para lembrar aos demais membros da tribo que o chefe da casa está fora e que todos devem prestar qualquer auxílio que possa ser necessário durante a sua ausência.
PARA AFASTAR A MÁ SORTE
Qualquer cigano que tenha um mínimo de conhecimento das tradições recusará, quando em viagem, qualquer prato que lhe seja servido que contenha pés de galinha ou de qualquer outra ave.
Essa tradição é antiquíssima e pode ser observada em muitas outras culturas. Para os ciganos, a maneira como as aves se alimenta, ciscando para trás, dá azar.
PARA NÃO FICAR ALÉM DO NECESSÁRIO
Para um cigano, tempo perdido é tempo irrecuperável. Ficar parado, quando o objetivo da viagem foi atingido, é contra seus princípios e seus hábitos.
Como, por outro lado, são bons anfitriões, estão constantemente fazendo de tudo para que seus compatriotas permaneçam mais tempo do que o necessário.
Estes, por sua vez, procuram escapar dessas tentações com uma simpatia. Quando estão em viagem, jamais caminham descalços, seja no interior de uma casa, seja num acampamento.
Observação: é interessante observar que, nos quartos de hóspedes, as camas são posicionadas de forma que a cabeceira fique voltada para o poente. Trata-se de uma simpatia destinada a fazer com que o hóspede permaneça por mais tempo.
Espertamente, os ciganos que conhecem essa simpatia dormem com a cabeça voltada para os pés da cama, de forma que seu corpo fique posicionado na direção do movimento do sol. Essa é a simpatia para aqueles que não querem permanecer muito tempo num local.
PARA NÃO SER ENGANADO E PROLONGAR A ESTADIA
Para alguns, se o local da estadia é agradável, as pessoas são receptivas e tudo está maravilhoso, a tentação de permanecer é muito grande e pode mesmo se tornar irresistível.
Para um cigano, o que ele já conhece deixe de ser tão interessante como o que está pela frente, ainda por conhecer. Por isso ele foge de toda e qualquer armadilha que vise enganá-lo e fazê-lo permanecer mais do que deveria num local.
Uma das primeiras coisas a fazer é não deixar nenhum vaso com planta no fundo do aposento. Se há algum, ele o coloca discretamente ao lado da porta.
Assim, para prender alguém numa viagem, basta colocar um vaso com uma planta qualquer no ponto mais distante da porta de saída do aposento onde ele dormirá.
PARA OBTER LUCRO COM A VIAGEM
Um cigano detesta perder tempo ou perder viagem. Se vai para uma visita, permanece muito pouco e faz o possível para realizar algum negócio, de forma a não voltar de mãos vazias ou sem um resultado positivo.
Isso é assegurado por um talismã especial, que levam consigo em suas viagens, principalmente aqueles que vivem de negócios. Trata-se de um saquinho feito com pele de cobra, contendo, em s eu interior, três moedas de cobre.
Observação: há inúmeras simpatias aqui no Brasil que utilizam o mesmo princípio, num objeto chamado breve, que pode incluir uma oração ou não.
PARA NÃO ESQUECER DE VOLTAR
As ciganas são muito ciumentas e conhecem os costumes de seus homens. Quando eles se demoram mais do que o esperado, elas ficam de orelhas em pé, apesar da infidelidade ser uma prática um tanto incomum em nosso meio.
O ciúme, porém, é parte da natureza cigana e não há como lutar contra isso. Muitas usam uma simpatia muito interessante. Com fios de seus longos cabelos, tecem, no pulso esquerdo de seus namorados, noivos ou maridos, pulseiras que são obras-primas de artesanato e que não podem ser retiradas, a menos que sejam cortadas.
PARA FAZER VOLTAR
Em algumas simpatias, fica bem evidente o caráter passional e possessivo da mulher cigana. Nesta, feita quando seu homem viaja, ela procura se cercar de garantias de que ele voltará logo.
Para tanto, colocam na cama, no lado em que o marido dorme, uma rédea de cavalo, presa a um freio de metal, aquela peça que é introduzida na boca do animal, para mantê-lo sob controle.
PARA REPETIR UMA VIAGEM
Quando um cigano faz uma viagem para um determinado lugar e essa viagem é bem sucedida e cheia de boas lembranças, ele costuma fazer uma simpatia para repeti-la algum dia, no futuro.
Para isso, simplesmente escolhe uma árvore naquela localidade e dá a ela o seu nome. Antigamente costumavam gravar na casca o seu nome. Hoje em dia apenas dão o nome, assegurando que um dia voltarão.
PARA NÃO TRAZER AZAR
Quando retorna de uma viagem, um cigano tem uma preocupação enorme com a sua bagagem. Segundo uma lenda, Beng, o mal, ocultou-se na bagagem de um viajante. Assim que ele chegou em casa, a esposa, curiosa, correu desfazer a mala e libertou, com isso, o demônio, que levou o azar e a desgraça àquele lar.
Para evitar isso, um cigano desfaz pessoalmente a sua mala e jamais permite que a esposa, filha ou empregada façam isso.
FEMININAS
As mulheres ciganas não se diferenciam das demais mulheres, sendo tão ou mais vaidosas, passionais, amantes dedicadas e criativas, alegres, excelentes mães, cozinheiras de mão cheia e hábeis iniciadas nas artes mágicas, na astrologia, na quiromancia e na cartomancia. Cuidam da beleza como todas as outras e usam as simpatias tradicionais não apenas para isso, mas para diversas situações de suas vidas.
Possuem ume estilo próprio na maneira de se vestir ou enfeitar-se. Preferem as roupas coloridas, com corpetes justos e saias rodadas, realçando as formas do corpo. Na pele e nos cabelos exibem cuidados extremos e, com freqüência, o resultado de uma simpatia aprendida com sua mãe ou com sua avó.
Apreciam as jóias e muitas têm jóias de família de grande valor, que não podem, hoje em dia, exibir como gostariam. Mesmo assim, conseguem como ninguém explorar o uso de bijuterias, conseguindo um excelente efeito visual, que valoriza sua beleza cheia de mistérios.
Muitas das simpatias aqui selecionadas já vêm sendo usadas há séculos, fixando essa imagem romântica e misteriosa da mulher cigana, que povoa as mentes de homens e mulheres de todo o mundo. Ao escolher uma delas, com certeza você poderá repetir gestos de uma princesa do Egito, de uma dama da Pérsia ou de uma serva da Índia. Esse é o fascínio que elas despertam.
PARA ASSEGURAR A FIDELIDADE
As ciganas são passionais e ciumentas e não aceitam dividir seu homem. Isso fica muito bem caracterizado nas inúmeras simpatias existentes, que buscam justamente assegurar a elas a fidelidade, seja de um namorado, noivo ou marido.
Uma das primeiras exigências de uma cigana, quando firma um compromisso, é pedir que o seu amado coloque em seu dedo um anel que tenha pertencido à mãe ou à avó dele.
Esse é não apenas um símbolo de sua fidelidade, como uma das mais poderosas simpatias no gênero.
PARA NAMORADO NÃO SE INTERESSAR POR OUTRA
Antigamente, os casamentos entre ciganos eram arranjados ainda na infância, não havendo como ser mudado esse destino. Hoje em dia, os jovens ciganos têm opção de escolha. Inclusive está se tornando comum o casamento multirracial.
No período dos casamentos arranjados e mesmo atualmente, uma forma da cigana estabelecer seu domínio sobre o amado e, ao mesmo tempo, garantir que nenhuma outra vai se interessar por ele, é trançar, diretamente em seu pulso, uma pulseira com fios de seus cabelos, só que, incluindo entre eles, alguns pêlos pubianos.
Além de reforçar a atração entre os dois, torna o amor mais ardente e passional.
PARA AUMENTAR O AMOR
Uma vez apaixonada, uma cigana fará de tudo para monopolizar ao máximo as atenções do seu amado. Seu caráter exigente e possessivo vai se manifestar em todo o seu esplendor e ela fará loucuras para mantê-lo dedicado a ela apenas.
Entre outras práticas, há uma particularmente preferida, que consiste em pegar uma jóia do amado, um anel, uma pulseira ou um colar e pô-la entre os seios, durante a noite, quando for dormir.
Outras, mais ousadas, colocam essa jóia dentro da calcinha. No dia seguinte, a jóia é devolvida e posta no amado pessoalmente.
PARA PRENDER O HOMEM EM CASA
Passionais e possessivas, as ciganas dificilmente aceitam passar uma noite longe do seu amado. Quando ele precisa viajar, fazem mil e uma simpatias para que ele volte logo.
Se ele é do tipo que não pára em casa, no entanto, com certeza ela fará a seguinte simpatia: misturar fios de cabelos com pêlos da cauda de uma égua prenhe, trançando uma pulseira, que será presa ao pulso dele após uma noite de amor.
PARA O AMOR DURAR TODA A VIDA
É realmente muito raro um casamento cigano não dar certo ou acontecer do casal se separar, após algum tempo de convivência. Para ter o seu homem até o fim de sua vida, as ciganas lançam mão de simpatias poderosas no resultado, mas simples na sua execução.
Uma delas consiste em amarrar o seu amado com um xale vermelho e comprido, que ela tenha usado durante a cerimônia de casamento de uma amiga.
Observação: uma variação interessante dessa simpatia recomenda que, na noite de núpcias, a noiva deixe um laço, feito com corda nova, mas macia. Com ela deverá laçar o noivo e arrastá-lo para a cama. Em outros tempos, essa corda era trançada com tiras de linho ou de seda.
PARA SE MANTER FIEL
Existe um número muito grande de simpatias praticadas pelas ciganas, para garantir a própria fidelidade. O temor de serem tentadas ou seduzidas por um outro homem sempre foi muito grande, no tempo dos casamentos arranjados.
Quando isso acontecia, era sinônimo de sofrimento e dor, pois dificilmente o casal conseguiria concretizar seu amor. Os que se arriscavam e fugiam eram perseguidos e mortos sumariamente, por quebrarem a lei dos ciganos.
Para evitar que isso acontecesse, recorriam a uma simpatia. Essa sempre foi uma das mais comuns. Uma cigana jamais olhava um outro homem nos olhos. Seu olhar jamais ultrapassava o pescoço dele, em sinal de respeito a seu amado e por temor de perceber, no olhar do homem, um convite irresistível e fatal.
PARA A COMPATIBILIDADE SEXUAL
No sexo as ciganas são bem soltas e criativas, exigindo muito de seus homens. Uma cigana ardendo de paixão é uma fogueira viva que somente a habilidade, a paciência e a virilidade conseguem dominar. Para evitar algum descompasso entre o seu desejo e a resposta de seu amado, muitas lançavam e lançam mão ainda hoje de simpatias como essa.
Quando o amado adormecer, colocar sob o travesseiro dele um colar, uma pulseira ou um dos anéis que você costuma usar durante o dia, se possível com um pouco de seu perfume ainda.
PARA A INVEJA
Esse problema também preocupa muito as ciganas, que costumam lançar de simpatias não muito diferentes daquelas usadas normalmente pelas outras pessoas. Para elas, a inveja é causadora de malefícios terríveis, pois age como um farol aceso na escuridão, por onde Beng se guia para atingir os espíritos fragilizados.
Por isso numa tenda, num carroção ou numa casa cigana, você verá sempre, através de uma janela, uma panela ou um outro utensílio de cozinha de cobre, brilhando como se tivesse sido polido naquele instante.
O objetivo é refletir toda a inveja para fora. Essa vasilha é posicionada com o fundo voltado para a parede e a abertura, para a janela. Toda inveja que for lançada, com certeza retornará a seu dono.
PARA A BELEZA DA PELE
A pele da cigana tradicional tem um bronzeado natural, fruto da mistura do indiano com
o egípcio e o persa, temperada com o clima de todas as partes do mundo. Sua beleza chama a atenção e provoca inveja das outras mulheres.
Para mantê-la, vale-se de alguns truques, contidos em simpatias que já as acompanham há milênios.
Para banhar o rosto pela manhã, uma cigana usa uma bacia feita de cobre. Pelo menos uma vez por semana, ferve água com ervas aromáticas a seu gosto, usando uma panela desse mesmo metal. Após amornar, usam-na para enxaguar o corpo, após o banho.
PARA TER A BELEZA DE CLEÓPATRA
Existe uma lenda antiga entre os ciganos, afirmando que Cleópatra seria descendente de ciganos, criada desde cedo por seus pais, após a morte da verdadeira princesa. O famoso banho de leite, usado pela rainha egípcia, não era um banho de verdade, mas um ritual até hoje conhecido e praticado por ciganas.
Consiste em banhar-se de corpo inteiro numa noite de Lua Cheia, depois ficar diante de um espelho, completamente nua, banhada pelos raios de luar. Após algum tempo, molhar um lenço de linho ou de seda em leite fresco e limpar o espelho com ele.
PARA BELEZA FRESCA E DURADOURA
Esta simpatia ainda hoje é praticada pelas jovens ciganas, que as aprendem de suas mães, que as aprenderam de suas avós. Logo após a sua primeira menstruação, quando são aceitas como mulheres pela família e pela tribo, elas passam a cumprir um ritual muito interessante, quando vão dormir.
Para amaciar a pele do corpo, dar perfume, beleza, juventude e frescor, elas forram o leito com pétalas de rosas brancas e vermelhas.
PARA PROBLEMAS DE PELE
Dificilmente você verá uma cigana com problema de pele. De modo geral, elas dão um valor enorme aos métodos naturais de conservação da pele e às simpatias.
Estas, em sua maioria, são muito semelhantes às outras já conhecidas, pois uma ênfase muito grande é dada aos chás, pois acreditam que os maiores problemas da pele vêm justamente do mal funcionamento do intestino e dos órgãos internos.
O que diferencia das simpatias conhecidas das outras mulheres é o preparo, feito numa chaleira ou panela de cobre e adoçada com açúcar de beterraba. Entre as plantas mais usadas destacam-se os chás de alecrim, flores de dália, de amor-perfeito ou de espinheira santa.
PARA A BELEZA DOS CABELOS
Os cabelos de uma cigana é um capítulo a parte em sua beleza, pois merece dela uma atenção toda especial, para que fiquem sempre viçosos, brilhantes e cheios de vida.
Um dos conhecimentos mais preciosos de que se valem é o de explorar as fases da lua para obter o efeito desejado em seus cabelos. Para aumentar o volume e fazer crescer depressa, por exemplo, cortam as pontas dos cabelos entre a Lua Nova e a Lua Crescente. Para ficarem macios, sedosos e brilhantes, são cortados na Lua Cheia. Para crescerem mais devagar, na Lua Minguante. Para deter a queda, são cortados na Lua Nova.
ORAÇÕES
Em todo o mundo e em todos os tempos, jamais uma cultura ou um povo existiu, sem ter se valido da oração. Os mais antigos registros existentes estão repletos de louvações e formas de pedidos, representando esse diálogo entre o homem e as divindades.
A maneira respeitosa, o caráter suplicante, o tom de lamento e a submissão são padrões comuns nesse relacionamento, demonstrando que a maneira universal de contato direto entre Deus e o homem sempre foi a mesma: através da prece.
Admite-se hoje, conforme as correntes e tendências, que o relacionamento entre o homem e o seu Deus sejam intermediados por santos e Anjos, embora isso não seja unânime. A Bíblia estabelece a comunicação direta no Velho Testamento, mas Cristo é bem claro ao afirmar que só se chega ao Pai através dele. Isso levou muita gente à interpretação de que, como Salvador, Cristo assumia também o papel de intermediador de toda comunicação com o Pai.
São assuntos polêmicos, que não se esgotam nem chegam a conclusão alguma. O mais importante é saber que desde a Índia, passando pelo Egito e pela Pérsia, conhecendo o Cristianismo e convivendo com as religiões do mundo todo, os ciganos, mais do que qualquer outro povo, acreditam no poder e na força das orações.
E as emanadas da Bíblia são sempre as mais fortes.
PARA APRESENTAR O FILHO A DEUS
Todos os povos antigos pareciam ter uma prática semelhante, que consistia em apresentar uma criança recém-nascida à divindade. Não apenas nas tribos ciganas antigas isso era freqüente, mas em outros continentes, por exemplo, como os índios norte-americanos, os esquimós, só para citar uns poucos.
Com a propagação do batismo católico, essa prática foi perdendo o sentido, apesar de ter persistido, com menor intensidade, em algumas tribos mais conservadoras.
Assim que uma criança nasce e depois dos cuidados iniciais, ela é embrulhada num cobertor e entregue ao pai, que a descobre e levanta acima da cabeça, com as duas mãos, enquanto profere a seguinte oração:
ORAÇÃO CIGANA DO BATISMO
"Senhor Deus, teu humilde servo traz a tua presença amantíssima o fruto do seu amor, para ser purificado e abençoado.
Digna-te, Senhor, a lançar suas graças para esta criança, para que ela cresça na Virtude e se escude na Fé, protegida pelo Perdão, amparada pela Sabedoria e guiada pela força dos teus ensinamentos.
Dá-me, Senhor, a força para ser o Pai Amado que, imitando tuas virtudes, consiga levar a cabo sua missão de fazer deste um legítimo Filho de Deus. Amém"
PARA UMA VIAGEM SEGURA E BEM SUCEDIDA
Para os ciganos, a Bíblia é uma fonte de orações, pois suas passagens interpretam a alma e as necessidades humanas com perfeição e inspiração.
Dentre os livros, os ciganos tem uma predileção pelo dos Salmos e entre eles há um que tem um significado todo especial para nós, que é o de número 119, que se divide em letras do alfabeto hebraico, cada qual contendo um canto diferente.
Para que uma viagem seja cercada de sucesso e de sorte, um cigano costuma orar, na saída e na chegada, a seguinte passagem:
ORAÇÃO ALEFE
"Felizes os que trilham os caminhos retos e andam na lei do Senhor. Bem-
aventurados os que guardam os seus testemunhos e o buscam de todo o
coração. Não praticam iniquidades, mas andam em seus caminhos.
Oxalá os meus caminhos fossem dirigidos de maneira a poder eu observar
as tuas leis para não ser confundido e estar atento a todos os teus
mandamentos.
Louvar-te-ei com retidão de coração, quando tiver aprendido os teus justos juízos e observarei os teus estatutos: não me desampares, Senhor!"
PARA SER JUSTO E VERDADEIRO
Todo cigano conservador, ao se casar, recebe de seu pai a recomendação para que
decore essa oração. Deve ser decorada antes que nasça o primeiro filho e sobre ela deve
meditar sempre que possível, pois ensina um pai a ser pai e chefe de família exemplar.
ORAÇÃO BETE
"De todo o meu coração eu te busquei, ó Senhor, para que não me deixes
desviar dos teus mandamentos, pois escondi a tua palavra no meu coração,
para não pecar contra ti. Bendito és tu, Senhor, que me ensina as tuas leis.
Com os meus lábios declaro todos os teus juízos e me satisfaço com a riqueza de seus ensinamentos. Em teus preceitos eu medito e busco a correção dos teus caminhos. Não me esqueço de tua palavra e me completo na tua sabedoria."
PARA SE FAZER JUSTIÇA
Hoje, como no passado, a justiça é uma conquista muito relativa e aos menos afortunados sempre foi mais prudente calar-se do que protestar. A sabedoria cigana ensina que a verdadeira justiça está no tempo e na lei de Deus, que ambos são inexoráveis e não falha.
Para dar forças para resistir e ao mesmo tempo convocar essa justiça, esta é a oração:
ORAÇÃO GUIMEL
"Faze justiça ao teu servo, para que viva e observe a tua palavra, Senhor.
Desvenda os meus olhos para que eu veja as maravilhas da tua lei. Sou
peregrino na terra: apresenta-me os teus mandamentos.
A minha alma louva a tua providência. Repreendeste os soberbos e amaldiçoastes os orgulhosos que sobre mim lançavam opróbrios e desprezo. Enquanto se uniam e tramavam contra mim, eu meditava sobre teus mandamentos e clamava pelo teu auxílio.
Pois só de ti espero a justiça. Pois só de ti espero o auxílio definitivo."
PARA ENFRENTAR A TRISTEZA
Há momentos na vida em que somos atingidos pela tristeza, por motivos diversos. É um sentimento que vem e se instala no coração. Para um cigano, a tristeza gera a melancolia, que o torna apático e alheio a tudo aquilo que sempre lhe trouxe felicidade e alegria.
Para a alma cigana, esse talvez seja um dos sentimentos mais terríveis, por isso é que buscam o consolo e o auxílio onde sabem que o encontrarão. Eles estão nessa oração:
ORAÇÃO DÁLETE
"A minha alma está pegada ao pó; levanta-me e vivifica-me, Senhor! Ensina-me os teus mandamentos e faze-me entender o caminho de seus ensinamentos, para que de ti eu fale maravilhas.
A minha alma ora se consome de tristeza. Fortaleça-me, Senhor, na graça da tua alegria. Não me deixe confundir teus mandamentos. Alegra-me o coração, Senhor, para que eu cante em teu louvor novamente."
PARA EVITAR A VAIDADE E A COBIÇA
Sabem os ciganos, que conviveram com os povos mais poderosos de toda a História, o quanto esses sentimentos são negativos e perniciosos. Desde criança os pais ensinam seus filhos a evitá-los, tanto quanto ensinam buscar o equilíbrio e a ponderação na força de uma oração poderosa.
ORAÇÃO HÊ
"Ensina-me, Senhor, o caminho da retidão e guardarei seus ensinamentos até o fim. Dá-me discernimento e guardarei as tuas leis, observando-as e disseminando-as. Faze-me caminhar na vereda dos teus mandamentos, pois nela encontro satisfação.
Dirija meu coração para os teus testemunhos e não para a cobiça. Desvia os meus olhos da vaidade e mostra-me o caminho. Afasta de mim o opróbrio e apresenta-me a tua justiça. Porque em ti estão a minha vida e a minha alma."
PARA SUPORTAR PERSEGUIÇÕES E AFRONTAS
Por ser um povo passional e aguerrido, os ciganos amargaram muitas perseguições e muitas afrontas. Com o tempo aprenderam a lição do arbusto que se verga para não quebrar e que se une para ser forte e resistente.
Para isso, uma importante lição sempre foi a seguinte oração:
ORAÇÃO VAU
"Venha a mim a tua misericórdia, Senhor, e a salvação segundo a tua palavra. Assim poderei resistir ao que me persegue e encarar o que me afronta, na confiança da tua palavra. E andarei em liberdade, porque busquei a justiça de teus preceitos.
Venha a mim a tua misericórdia, Senhor, e darei testemunho perante meus perseguidores e não me envergonharei, mas levantarei as minhas mãos e darei graças e renderei glória aos teus mandamentos."
PARA RECONHECER UMA GRAÇA
Os gadjos podem afirmar o que desejarem dos ciganos, pois são culturas diferentes. Só não podem afirmar que nosso povo é ingrato, pois jamais deixamos de reconhecer uma ajuda ou uma graça.
Quando precisa de forças e de auxílio superior, um cigano não hesita em recorrer ao seu Criador, usando a oração adequada. Tão logo obtém a graça, no entanto, reconhece a atenção divina e a agradece em seguida.
Para isso, tem uma oração especial.
ORAÇÃO ZAINE
"Lembraste-me da palavra dada aos teus servos e não me fizeste esperar. Isto foi o meu consolo na angústia e a resposta a minhas orações. Sua palavra me vivificou. Quando zombaram de mim, não me deixaste desviar da tua lei. Lembrei-me de teus ensinamentos, Senhor, e neles encontrei o auxílio e o consolo.
Os teus mandamentos têm sido, desde então, os meus cânticos no lugar das minhas lamentações. Toda noite eu me lembro do teu nome, ó Senhor, e procuro observar a tua lei.
Guardei teus mandamentos e fui recompensado. Rendo-te graças por isso, meu Deus."
CORPO E MENTE
O mundo todo ensinou para os ciganos as mais diferentes práticas das medicinas natural, mágica e oculta, muitas delas ainda hoje utilizada em suas simpatias. De um modo geral, os ciganos que ainda vivem livres, sem residência fixa, mantêm uma saúde mais controlada e regular que a dos ciganos que se fixaram.
O sedentarismo está cobrando um alto preço dessa gente habituada ao movimento e à ação. Muitos deles, para se adaptarem à nova vida, estão lançando mão da medicina convencional, com seus medicamentos fortes, que acabam afetando irremediavelmente organismos habituados à medicina natural, na qual os ciganos sempre foram pródigos.
Em muitas partes do mundo, porém, continuam a ser usadas as antigas práticas, entre elas o uso das cores, dos metais, dos cristais e pedras preciosas, das plantas e de outras terapias que já não encontram similar em parte nenhuma do mundo, recebida de culturas hoje já extintas, como foi a sacerdotes do Nilo, no Egito Antigo.
Seguramente, com o tempo muita coisa acabará se perdendo, à medida em que mais e mais ciganos forem se estabelecendo. Até lá, enquanto for possível, continuaremos nosso trabalho de divulgação dessas simpatias que representam um conhecimento que ainda hoje encontra seu espaço e sua utilidade no mundo.
PARA DOR-DE-CABEÇA
A Cromoterapia é um dos ramos das medicinas alternativas cultivadas pelos ciganos tradicionais. No Oriente, principalmente, esse tipo de tratamento, cujo componente básico é a luz, tem sido usado há milênios, sem contra-indicações ou efeitos colaterais, desde que se obedeçam às instruções, simples de modo geral.
Para a dor-de-cabeça, por exemplo, o tratamento é muito simples. Basta amarrar um lenço vermelho no alto da cabeça, cobrindo a testa, as laterais acima das orelhas e até a nuca. Ficar de costas para uma janela aberta por quinze minutos, depois se deitar num aposento escuro.
PARA DOR DE OUVIDO
Este é um problema que aflige, normalmente, às crianças. Há muitas simpatias para isso mas, com certeza, uma simpatia cigana é a mais simples e fácil de ser feita.
Pegue fiapos de lã vermelha, umedeça em óleo morno, esprema, depois aplique no ouvido da criança, deixando por sete minutos, próximo da luz.
Esse óleo, para ser usado com melhores resultados, pode ser posto num copo ou um pires branco, coberto com um lenço ou um papel vermelho e deixado ao sol para aquecer.
PARA A SINUSITE
Esta é uma doença que ataca jovens e adultos, sempre incomodando terrivelmente, pois sua dor se ramifica para os olhos, para o alto da cabeça e para os ouvidos, muitas vezes provocando até problemas de labirintose.
Para ser tratada, exige um pouco de paciência, mas não oferece maiores complicações. Basta amarrar um lenço vermelho na testa, dando a volta na cabeça, expondo-se ao sol pela manhã, por quinze minutos, e à tarde, por mais quinze.
Como complemento, envolver em papel vermelho ou pôr numa embalagem vermelha medicamentos prescritos pelo seu médico, principalmente líquidos para serem aplicados diretamente nas narinas.
PARA DOR DE GARGANTA
Muitas podem ser as causas de uma infeção na garganta, pois as amígdalas formam a primeira concentração das defesas do nosso organismo. Quando infeccionam, é sinal que estão nos defendendo de alguma agressão.
Além dos remédios prescritos pelo seu médico, amarre um lenço vermelho em sua garganta, tomando banhos de luz ou de sol de quinze minutos pela manhã, mais quinze minutos à tarde.
Deixe ao sol, por três horas, um litro de água, numa embalagem transparente, envolta com papel vermelho. Use-a depois, com suco de limão, para fazer gargarejos de hora em hora.
PARA REVIGORAR
O uso das cores no tratamento das mais diversas doenças sempre foi tradicional e quase instintivo entre os ciganos. Suas roupas coloridas, parte de suas tradições e de sua cultura, nada mais são que a manifestação de sua confiança nesse tipo de tratamento.
Os ciganos não usam as roupas coloridas porque gostam apenas, mas porque as cores usadas têm uma função terapêutica.
Para quem se sente cansado, sem energia e cominado pela preguiça, nada como usar, por uma tarde inteira, uma camisa ou uma blusa vermelha. As radiações dessa cor seguramente agirão sobre seu corpo, revigorando-o.
PARA O ESTRESSE
Essa doença apresenta sintomas interessantes que têm sido confundidos com problemas de ordem espiritual, como visões, vozes, possessão. Na realidade, são manifestações físicas, quando a mente perde o controle sobre o corpo, por se encontrar sobrecarregada de preocupações e problemas de toda ordem.
Para tratar isso, não é preciso exorcismo nem freqüentar uma dessas igrejas messiânicas e milagrosas. Basta usar, durante sete manhãs seguidas, uma camisa ou uma blusa cor-de-laranja.
PARA PROBLEMAS NERVOSOS
Muita gente sofre hoje em dia de problemas com os nervos, fruto desse mundo conturbado que enfrentamos. Tomam remédios fortes, que as mantêm atordoadas o tempo inteiro, quando, na realidade, o que ocorre é apenas um desequilíbrio em seus corpos.
Para os ciganos, esse é um problema tratado logo nos primeiros sintomas e de uma maneira surpreendente para as demais pessoas. Basta simplesmente usar uma fita verde larga, dando três voltas ao redor de cada pulso e amarrada sem apertar.
Usar até cair naturalmente.
PARA A MEMÓRIA
O uso de lenços coloridos na cabeça se tornou um modismo no mundo inteiro, principalmente entre os jovens, e foi copiado dos ciganos. Muitos os usam indiscriminadamente, sem atentar para os resultados que a radiação e a vibração de uma cor pode provocar nele.
Cada cor tem suas indicações e isso não pode ser feito dessa forma. Para a memória, por exemplo, o indicado é o uso de um lenço azul, preso no alto da cabeça, diariamente.
Pode-se colocar também o xampu usado para lavar a cabeça numa embalagem transparente, envolver com papel azul e deixar próximo à janela, para pegar luminosidade. Os resultados são mais lentos, mas constantes.
PARA ENFRENTAR A TENSÃO
Sempre que precisar enfrentar alguma coisa que lhe provocará tensão, como um exame ou uma prova mais difícil ou onde precisa de uma nota maior, além de estudar, controle os seus nervos, sua ansiedade e sua tensão com uma simpatia muito simples.
Pegue um lenço de seda na cor violeta e amarre-o, sem apertar, no seu braço direito, acima do cotovelo.
Aliás, o uso de lenços amarrados no corpo se tornou muito popular entre as gangues americanas, para identificação, criando um modismo. Tudo isso por causa dos hábitos de ciganos porto-riquenhos e jamaicanos, que o faziam com fins curativos, sendo mal interpretado e mal usado pelos jovens.
PARA O ENVELHECIMENTO PRECOCE
Algumas pessoas, por características genéticas, podem apresentar um envelhecimento mais rápido do que as demais. Isso é notado nas rugas e nos cabelos brancos, que surgem logo nos primeiros anos da maturidade.
Para essas pessoas, nada como utilizar permanentemente uma simpatia cigana, mantendo um estoque de água filtrada guardado em recipientes de vidro vermelho ou envolvidos com papel vermelho.
Diariamente, usar apenas dessa água para lavar o rosto, os cabelos e até para beber. Quando sair ao sol, usar um boné vermelho, com uma viseira da mesma cor, mas transparente.
PARA A DEPRESSÃO
Uma pessoa que sofre de depressão terá que estar constantemente em tratamento, pois a cura é lenta e demorada. Além disso, os remédios usados são sempre muito fortes e acabam produzindo efeitos colaterais violentos.
Melhor seria se as pessoas, antes mesmo dos primeiros sintomas ou manifestações dessa doença, tivessem, em seu guarda-roupa, pelo menos uma peça de cor alaranjada, usando-a pelo menos uma vez por semana.
Ou então, uma vez por semestre ou mesmo por ano, amarrar no pulso direito, com três voltas sem apertar, uma fita alaranjada larga.
PARA PROBLEMAS DE FADIGA MENTAL
Esse fenômeno é muito comum em estudantes, principalmente quando se aproxima o final do ano, com as últimas provas e os exames finais. O cansaço mental é muito evidente e pode causar problemas de concentração, prejudicando os resultados, se não for logo tratado, o que exigirá medicamentos controlados.
Se durante o ano, no entanto, ele usar um boné amarelo para ir para a escola ou amarrar um lenço dessa cor na cabeça, com certeza chegará ao ano livre desse mal.
PARA CICATRIZAÇÃO
A cor branca sempre foi recomendada para o uso em medicina, por facilitar a limpeza e a desinfecção. Outras cores, porém, também poderiam ser usadas, no momento certo e para o tratamento adequado.
Num ferimento, o curativo com gaze ou esparadrapo branco é muito útil nos primeiros momentos. Uma vez iniciado o processo de cicatrização, o ideal é envolver esse ferimento com um tecido azul, sendo o linho o mais indicado para isso.
PARA RELAXAR
Após um dia de trabalho particularmente tenso e cansativo ou no final de semana, para relaxar das tensões do trabalho, as pessoas se valem de inúmeras práticas, desde o esporte até a massagem ou a pescaria.
Um modo fácil de se relaxar é simplesmente usar uma lâmpada violeta no seu aposento, deixando-a acesa, enquanto se deita para relaxar, após um banho morno.
ALCOVA
Místicas e surpreendentes, aplicadas na intimidade da alcova, as simpatias ciganas para o prazer e o amor revelam a preocupação e a atenção que nosso povo dá ao relacionamento entre um homem e uma mulher, ao sexo e à felicidade de um casal.
Nelas se percebe muito bem a alma cigana, passional e ardente, sempre cercada de uma aura de mistério e fascínio que encanta e atrai as pessoas de todo o mundo.
Fáceis de serem realizadas, as simpatias ciganas para os assuntos de alcova podem e devem ser praticadas pelos casais que acreditam na paixão e no poder que o amor mobiliza, em termos de energias e forças, quando se manifesta em toda a sua totalidade e em toda a sua intimidade.
Esse variado repertório, como os demais do povo cigano, mistura conhecimentos de todas as culturas com as quais tiveram contato ao longo dos séculos, principalmente aqueles originários da mística e apaixonada Índia, onde a arma de amar deu origem a um dos livros mais famosos, o Kama Sutra.
Não se admirem, portanto, leitores, se numa das simpatias, de repente, perceberem elementos da magia indiana ou algum conhecimento das práticas realizadas na Idade Média, nas cortes famosas da Europa, ditados pelos magos e feiticeiros da época.
PARA O PRIMEIRO ENCONTRO
As relações sexuais antes do casamento são proibidas pelas tradições e pelas leis ciganas. Como em toda parte do mundo e com todas as demais pessoas, tudo que é proibido tem um sabor mais intenso e é mais desejado.
Uma mulher chegar virgem ao casamento é uma questão de honra para os ciganos tradicionalistas, mas isso nunca impediu que homens e mulheres se amassem, mesmo não sendo casados.
Tanto o homem quanto a mulher, seja na primeira noite de núpcias ou num encontro ansiosamente esperado por eles, fatalmente subirão ao leito vestindo exatamente cinco peças o homem e sete peças a mulher.
Ela usará lenço, blusa, saia, faixa na cintura, anágua, calcinha e sutiã. O homem usará lenço, camisa, calça, faixa na cintura e sunga.
PARA SUCESSO NO SEXO
Tanto os homens quanto as mulheres ciganos, quando vão para um relacionamento sexual, sabem que podem tirar desses momentos prazer e felicidade, dando e recebendo carinhos e atenção.
A cultura do egoísmo no amor não é própria desse povo, que vê na satisfação a dois uma troca de energias em que os dois saem ganhando. Assim, quanto mais prazer proporcionam, mais cada um deles recebe.
São inúmeras as simpatias que têm esse objetivo de tornar tudo perfeito na alcova. Há uma delas, muito simples e muito significativa, que tem sido, com certeza, uma das mais usadas.
Quando vão para o encontro, o homem tira um anel que esteja usando e a mulher solta um lenço de seda que usa nos cabelos. Esse lenço é passado por dentro do anel, até a metade. Esse talismã é posto sob os travesseiros do leito de amor e só é desmanchado quando vão embora.
PARA TENTAR UM HOMEM
As mulheres ciganas são especialistas na arte de sedução. Muitas delas têm segredos que somente são revelados a suas filhas e destas para as netas, sem que nenhuma outra pessoa tome conhecimento deles.
Isso as torna absolutamente surpreendentes, principalmente para um homem que tem a sorte de conquistar mais de uma cigana, pois cada uma delas será imprevisível no leito.
Um dos segredos mais comuns consiste em misturar o perfume predileto com canela, cravo-da-índia, alecrim ou outras plantas aromáticas, criando um perfume único.
Quando vão para um encontro íntimo, elas se banham totalmente, com um sabonete neutro. Depois passam o perfume apenas na região das virilhas. Dali o perfume parece se espalhar por todo o corpo delas, inclusive no hálito, o que torna um desafio e um prazer adicional descobrir onde está a fonte do seu perfume.
PARA UMA BRINCADEIRA DE ALCOVA
Na intimidade de uma alcova tudo é permitido, desde que de comum acordo. Entre os ciganos não é diferente. Talvez a sua criatividade, no entanto, seja mais intensa e ardente.
Uma dessas brincadeiras de alcova muito usada entre os ciganos é a noiva apanhar um anel ou uma jóia do homem e escondê-la em seu corpo, de alguma forma e como ela desejar.
A ele caberá a deliciosa e excitante tarefa de encontrar o que foi escondido. Para o homem, isso é mais que um exercício de paciência, pois a ele é determinado por ela a maneira como a busca deve ser feita: apenas com os lábios, com os dedos, com os pés ou seja lá o que for que a imaginação dela estipular.
PARA FAZER UM FEITIÇO DE AMOR
As poções mágicas, que tanto sucesso fazem nas histórias românticas de cavalaria da época das Cruzadas, que muita gente pensa tratar-se de lenda ou de ficção, aparecem também em outras culturas e em outras lendas.
Para os ciganos, que tiveram contato com a maioria dos povos da antigüidade, os feitiços de amor e outros são muito conhecidos e até hoje praticados.
Metais como o ouro e pedras como o diamante, o rubi e a esmeralda, por exemplo sempre foram considerados poderosos afrodisíacos, utilizados como ingredientes de algumas poções realmente fantásticas para provocar o amor e a paixão em uma pessoa.
Uma receita simples, mas de grande poder, pode ser feita por quem quiser se iniciar nessa arte cheia de magia e de prazer.
Numa noite sexta-feira, às 22:00 horas, à luz de sete velas vermelhas, dispostas em círculo, pegue uma pérola, uma esmeralda, um rubi e um diamante e coloque dentro de uma taça de ouro. Ponha vinho branco até a metade da taça, depois cubra com um lenço vermelho e deixe no centro das velas acesas.
Quando as velas chegarem à metade, junte à bebida uma lágrima de cada olho, completando com vinho tinto. Espere até que todas as velas se apaguem, retire as jóias do interior da taça e vá oferecê-la ao homem ou à mulher que deseja conquistar e levar para a cama.
PARA UM HOMEM SER MAIS CARINHOSO
Dificilmente um cigano não é carinhoso com a mulher que ama, pois ser gentil e atencioso no leito faz parte de sua natureza. Pode acontecer de, por um problema ou outro, ele se encontrar tenso ou nervoso. Ao perceber isso, a cigana imediatamente tratará de fazer a seguinte simpatia.
Pegar um copo de cerveja gelada ou um cálice de aguardente, colocar dentro um crucifixo de ouro que se use normalmente e rezar um Pai Nosso. Retirar o crucifixo e levar a bebida para ele.
PARA MANTER O FOGO ACESO
Uma das regras dos ciganos, nas questões de alcova, é jamais deixar um problema acontecer, para solucioná-lo em seguida. Como em todas as situações, a prevenção sempre foi considerada a melhor estratégia.
Para isso, há algumas simpatias que são feitas quase que naturalmente, em determinados períodos do mês. Na Lua Crescente, por exemplo, é costume o casal beber junto, no mesmo copo, cerveja, vinho ou aguardente, colocando dentro um anel de cada um.
Na Lua Nova, costumam usar lençóis ou fronhas vermelhos em suas camas.
Na Lua Crescente, esses lençóis são alaranjado. Na Lua Cheia, costumam ouvir música e dançar, antes de irem para a cama.
PARA TRAIÇÕES
As ciganas são naturalmente ciumentas, mesmo que seus maridos jamais tenham dado qualquer sinal de que possam ter um caso fora do casamento. Também aqui, a prevenção, segundo elas, sempre foi muito melhor do que ter de remediar ou amargar aquela coisa desagradável na testa.
Há inúmeras dessas simpatias preventivas, para evitar a traição do homem. Entre elas, uma das mais comuns é tecer, direto no pulso do seu homem, uma pulseira feita com fios de seus próprios cabelos, misturados com fitas vermelhas bem finas.
PARA DAR PRAZER A UMA MULHER
Os ciganos têm uma interessante estratégia de conquista. Quando conseguem levar uma mulher para a cama, simplesmente empregam toda a sua criatividade e toda a sua experiência para dar a ela o máximo de prazer, sem se preocupar muito com o próprio prazer. Isso, segundo eles, é o golpe final na conquista, pois, a partir daí, a mulher estará totalmente submissa ao seu poder.
Essa primeira vez, portanto, é da máxima importância para eles que procuram se cercar de todas as garantias, inclusive lançando mão de uma simpatia bem masculina.
Antes de ir para a cama com a mulher conquistada, ele pega sua melhor faca ou seu melhor punhal, lambuza a lâmina com azeite e mel, depois a espeta numa fruta madura.
PARA SATISFAZER UM HOMEM
As ciganas, com o tempo, acabaram descobrindo a simpatia dos homens, para lhes dar prazer na primeira vez e copiaram a idéia. Isto porque, muitas vezes, o relacionamento entre um casal começa por iniciativa da mulher.
Assim, nada mais útil para elas que lançar mão da mesma estratégia que, para os homens, sempre havia funcionado.
A cigana, no primeiro encontro, também se preocupará em realizar todos os sonhos e fantasias de seu amante. Para proporcionar isso, ela o fará beber vinho direto no bico de seus seios.
PARA USAR O CIÚME COMO TEMPERO
Os ciganos sabem que o ciúme pode ser um tempero muito especial no seu relacionamento íntimo, desde que devidamente dosado. Para isso, tanto o homem como a mulher acabam lançando mão de uma simpatia muito antiga entre esse povo, muito eficiente desde que a outra pessoa não descubra que isso está sendo feito
Quando o sol estiver se escondendo, murmurar o nome da pessoa amada por três vezes, com os olhos voltados para o poente.
Observação: uma variação dessa simpatia também é usada freqüentemente e consiste em servir um cálice de aguardente, no momento em que o sol se esconde, beber metade, depois dizer em voz alta o nome da pessoa amada e atirar o resto da bebida no fogo.
ASTROLÓGICAS
Os ciganos não apenas tiveram contato com a astrologia logo nos seus primórdios, como também puderam absorver os conhecimentos desenvolvidos por todos os povos e culturas com quem tiveram contato, em sua história.
Nada mais natural que seu conhecimento fosse não apenas mais abrangente, mas mais completo também. De natureza iminentemente prática, os ciganos buscaram nesses estudos tudo que pudesse ser aplicado no seu dia a dia, de maneira objetiva.
Perceberam logo como esses conhecimentos, que tanta utilidade continham no entendimento da alma e da natureza humanas, podiam ser combinados com aqueles sobre os metais, as plantas, os cristais e outros, desenvolvendo um riquíssimo repertório de simpatias e terapias alternativas, voltadas para os mais diversos aspectos do ser humano.
Com isso, desenvolveram como nenhum outro povo as artes mágicas e divinatórias, bem como realizaram aprofundados estudos astrológicos que aplicavam ao seu cotidiano. As artes mágicas e divinatórias se transformariam numa importante fonte de renda, à qual se dedicaram principalmente as mulheres, com ênfase maior na cartomancia e na quiromancia. As simpatias ficaram, como uma importante contribuição para ajuda e entendimento do gênero humano,
PARA ARIANO TER SORTE NO AMOR
Os nativos de Áries são aguerridos por natureza e têm uma personalidade brilhante e uma grande resistência física, o que faz deles pessoas que apreciam a dança, a música e os prazeres.
Sua sorte no amor precisa ser polarizada por um talismã de brilho intenso, que canalize todas as poderosas energias do planeta Marte para seus nativos.
Isso poderá ser conseguido com um pingente vermelho como o planeta regente, de preferência um rubi, usado num colar, à altura do coração. São igualmente poderosos os anéis usados no dedo mínimo da mão esquerda.
Para ter sorte no amor, as pessoas nascidas sob este signo devem ter como jóia principal um brilhante, num pingente, preso em uma corrente de ouro à altura do coração.
PARA O SUCESSO DOS NASCIDOS EM TOURO
As pessoas nascidas sob esse signo têm uma tendência natural a atingir o sucesso, mercê de sua capacidade de trabalho, de sua dedicação aos seus objetivos, aos quais perseguem com obstinação quase teimosa.
Podem, às vezes, enfrentar crises e obstáculos, que abalam sua autoconfiança e, ao mesmo tempo, os predispõem a receber cargas negativas de todos os tipos, enfraquecendo-os.
Para combater isso, precisam contar com a ajuda de um talismã precioso, que não apenas reforçará sua autoconfiança, como também dará novo alento e novas energias a suas defesas espirituais.
Seguramente encontrarão isso usando permanentemente um anel de ouro, com uma esmeralda, no dedo anular direito.
PARA A DESINIBIÇÃO DOS NATIVOS DE GÊMEOS
Os geminianos tem um grande poder de realização, pois conseguem, como poucos, atender diversas tarefas ao mesmo tempo e mesmo que julguem que eles não conseguirão dar conta de tudo, acabam sempre surpreendendo.
Sua principal dificuldade pode surgir na comunicação, que se manifesta através de uma inibição muito grande, apesar de terem muita eloqüência na oratória.
Para vencer essa inibição e manifestar todo o brilhantismo próprio do signo, devem usar um anel de ouro com uma ágata. Toda noite, ao se deitar, o anel deverá ser deixado num copo de água. No dia seguinte, beber metade da água em jejum e usar o restante dessa água para fazer gargarejos.
PARA A SEGURANÇA DOS CANCERIANOS
Os nativos desse signo são pessoas sempre muito sensíveis, que apreciam ser tratadas com atenção, respeito e gentileza. A brutalidade e a ignorância ferem sua alma e sua natureza.
Quando enfrentam um ambiente ou situações adversas, com freqüência se fecham, movidos por uma insegurança muito grande. Nesses momentos, isolam-se e sofrem calados e sozinhos.
Precisam, a todo custo, se sentir seguros e, para isso, devem fazer a seguinte simpatia:
Numa sexta-feira de Lua Cheia, deixar ao relento, embrulhada num pano branco, uma tesoura aberta. No dia seguinte, antes do sol nascer, recolher e colocá-la sob o colchão da cama, com as pontas voltadas para os pés. Não retirar nem permitir que retirem.
PARA O LEONINO LIDAR COM A SUA AUTORIDADE
As pessoas nascidas sob o signo de Leão são, por natureza, líderes natos, capazes de comandar pessoas, empresas e até países, tamanha sua capacidade para aglutinar pessoas.
Pode ter, no entanto, sérios problemas, quando confundem autoridade com temor, intimidando as pessoas e conseguindo em troca mais problemas do que cooperação.
Para retomar o equilíbrio perdido e exercerem sua autoridade de forma quase que espontânea, devem fazer a seguinte simpatia:
Ao se despir, verificar se não deixou nenhuma peça de roupa do avesso, desde a camisa, até as meias. Manter sapatos e chinelos arrumados, lado a lado, e em sapateiras que não fiquem mais altas que suas cabeças.
PARA A AUTOCONFIANÇA DOS VIRGINIANOS
As pessoas desse signo precisam ser constantemente guiadas ou direcionadas para realizar suas tarefas ou incentivadas para atingir suas metas.
Trazem, por força da influência de seu signo, uma insegurança muito grande, precisando realizar um esforço muito grande para assumirem seu papel na vida.
Para eles, nada melhor que uma simpatia usada e testada pelos ciganos ao longo dos séculos.
É simples e fácil de ser feita. Basta trançar três fitas estreitas, uma vermelha, uma azul e uma cor-de-laranja, fazendo uma pulseira que deverá ser presa no seu pulso direito. Usar até cair. Deixar passar três meses e repetir.
Peça a uma pessoa do sexo oposto para amarrá-la.
PARA O FORTALECIMENTO ESPIRITUAL DOS LIBRIANOS
Os nativos de Libra são sempre cheios de dúvidas e hesitam entre uma decisão e outra. Isso os torna muito frágeis espiritualmente e com freqüência são assediados por males cuja natureza desconhecem e que dificilmente são diagnosticados por um médico.
Para elas, nada como contar com o auxílio de uma pedra que mantém uma relação muito forte com eles, a opala. Devem usar essa jóia constantemente, observando-a sempre com muita atenção. Quando perdem o fulgor, é sinal que algum desequilíbrio ocorre com eles. Para solucionar, enterrar a pedra por um dia inteiro, do nascer ao pôr do sol, depois lavar com salmoura e água corrente.
Muita atenção, se sua pedra simplesmente se fragmentar, de uma hora para outra. Trate de conseguir logo uma maior e não deixá-la nem por um instante.
PARA O SAGITARIANO ENCONTRAR A ALMA-GÊMEA
Os nativos desse signo são passionais e muito carinhosos, sendo pessoas que facilmente cativam o sexo oposto. Apesar disso, encontram certa dificuldade para se relacionar e encontrar um amor duradouro ou definitivo.
Entre os ciganos, é fácil ver como esses nativos resolvem o seu problema. Todos, indistintamente, podem ser reconhecidos pelo anel com turquesa, que usam no dedo indicador da mão esquerda. Quando são presenteados com uma jóia feita com turquesa, terão grandes chances de terem encontrado a pessoa definitiva em suas vidas.
Observação: se a jóia com turquesa for pedida ou sugerida, para que a outra pessoa faça o presente, com certeza o relacionamento não dará certo e será marcado pela falsidade e pela mentira.
PARA O ESCORPIANO DOMAR O CIÚME
Você facilmente reconhece um nativo desse signo, numa reunião, pois é aquele que se mantém possessivamente junto da pessoa amada, vigiando-a, mantendo-a sob seu controle e facilmente levantando a voz para intimidá-la.
Seu relacionamento com alguns outros signos pode ser problemático, pois o escorpiano é dominador, por isso deve procurar pessoas de natureza submissa.
Independente disso, deve procurar suavizar seu ciúme e isso pode ser feito com uma simpatia muito simples.
Se você é de Escorpião: se quer controlar seu ciúme, sempre que for beber alguma coisa, dê o primeiro gole para a pessoa amada.
Se a pessoa amada é de Escorpião: jamais a deixe beber qualquer coisa, sem você ter dado o primeiro gole daquela bebida.
PARA A MELANCOLIA DO CAPRICORNIANO
Se por um lado esse signo tem a grande virtude de ser persistente e trabalhador, por outro tem de negativo a melancolia, que é uma constante em sua vida e que o torna um tanto fechado e pessimista, afastando as outras pessoas de sua companhia.
É uma natureza difícil de ser atendida, pois é muito exigente e prefere a solidão. Tem, porém, seus pontos fracos. Nos seus ataques de melancolia, você pode ajudá-lo com uma simpatia muito simples.
Faça-o ouvir músicas onde se alternem sons graves e agudos. O melhor exemplo disso são as gaitas de fole escocesas, que são normalmente acompanhadas pelo toque de tambores. Ou de violinos, com surdos. Essa alternância toca-o profundamente.
PARA AS DEFESAS DO AQUARIANO
Este é um signo de pessoas ativas, amantes das artes e da comunicação, estando sempre rodeadas de pessoas e procuradas por seus conselhos sempre ponderados.
Por sua personalidade, estão sempre sob ameaça dos invejosos. Para sua proteção, devem usar sempre uma jóia com ametista, mas devem retirá-las, quando estiverem com a pessoa amada, pois esse cristal tem o poder de controlar seu impulso sexual.
Se você é desse signo, cuidado ao receber de presente uma jóia com água-marinha. Pode ser um presente com segundas intenções.
PARA SER FELIZ NO CASAMENTO COM NATIVO DE PEIXES
Os nativos de Peixes podem ser muito felizes no casamento, se compartilharem com a pessoa amada seu amor pelas coisas místicas e pela religiosidade que, nelas, assume grande importância.
Uma boa maneira de se assegurar dessa felicidade, para você que vai se casar com alguém nativo desse signo, é lhe dar uma jóia com uma água-marinha, que possa ser usada em contato com a pele, como um pingente, por exemplo.
CARTOMANCIA
Os ciganos sempre foram hábeis na interpretação das cartas do baralho e da quiromancia, ou leitura das linhas das mãos. Esses conhecimentos, trazidos da Índia, no início das duas grandes migrações feitas por esse povo, encontraram no Egito e na Pérsia
o solo fértil para serem aprofundados e enriquecidos.
Os séculos de estudo, trocando informações com as mentes mais privilegiadas da Antigüidade, proporcionaram a eles o domínio dessa arte, onde até hoje surpreendem pela fidelidade e credibilidade de suas observações.
Atualmente, a leitura é praticada nos diversos tipos de baralho, iniciando pelo Tarô, onde se notabilizaram, com seus Arcanos Maiores e Arcanos Menores, até os baralhos de trinta e duas cartas.
Um dos mais usados é o Baralho Cigano, ou Baralho dos Arcanos Menores, composto de quatro figuras, ao invés de três, tendo como naipes o Bastão, a Taça, o Gládio e a Moeda, eqüivalendo a Paus, Copas, Espadas e Ouros.
Com esse baralho os ciganos não apenas praticam sua arte divinatória, como também
o usam para simpatias de grande poder místico, que tanto respeito amealhou em todo o mundo, por sua abrangência e simplicidade ao mesmo tempo, pouco exigindo para sua realização, conforme se verá a seguir.
PARA A CONSTRUÇÃO CIVIL
Se você trabalha com projetos ou construção de casas e edifícios, precisa estar sempre seguro de seus cálculos, pois eles são decisivos em sua profissão.
Para garantir o seu sucesso, tanto na fase de construção quanto na de comercialização, use como emblema, junto ao nome do projeto, uma carta do Senhor da Taça, que corresponde ao Rei de Copas do baralho comum.
PARA CONQUISTAR UMA MULHER
Conquistar uma mulher é uma tarefa que exige dedicação total e muita atenção aos detalhes de sua personalidade, procurando seu ponto fraco para atingí-lo e enfraquecer suas defesas.
Uma das maneiras utilizadas pelos ciganos é usar de uma simpatia. Entre elas, essa é uma das mais simples e fáceis de serem feitas, apesar de muito poderosa quanto aos resultados.
Escreva o nome dela no verso de uma carta da Senhora da Moeda, equivalente à Dama de Ouros, embrulhe com papel de presente e enterre num jardim, junto a uma roseira sem espinhos.
PARA ATINGIR UM OBJETIVO
Uma das melhores maneiras de conduzir a vida é estabelecer objetivos ou metas e trabalhar para realizá-los. Tão logo atinge um, pense num outro, mais ambicioso, e se empenhe novamente para concretizá-lo.
Ao fazer isso, assegure-se de que o objetivo é atingível e faça uma simpatia cigana para garantir o seu sucesso.
Para tanto, pegue uma carta do Soldado da Moeda e amarre-a, com uma fita alaranjada, frente a frente, com uma fotografia sua, de corpo inteiro. Coloque-as atrás de um espelho onde você se olhe diariamente.
Quando atingir o objetivo proposto, desfaça a simpatia. Ao traçar um novo objetivo, refaça, mas usando uma nova foto, uma nova carta e uma nova fita. Queime as anteriores.
Observação: esta carta, assim como a do Escravo, não existem no baralho comum, substituídas pelo Valete.
PARA UM AMOR RETORNAR
No amor, todo mundo sempre acaba agindo com certa irracionalidade, deixando-se levar pela paixão e pela emoção, agindo sem refletir e sem medir as conseqüências.
Quando isso acontece, as separações são inevitáveis, mas raramente são definitivas. Ao acontecer isso, se você quer que a pessoa amada retorne logo, use esta simpatia muito simples.
Pegue o Escravo da Taça, escreva no verso o nome da pessoa amada, depois enterre essa carta, com a face para cima, junto às raízes de uma árvore bem alta. Conte os seus galhos. Representam os dias que a simpatia levará para produzir resultados.
PARA EVITAR PERSEGUIÇÕES
É deprimente como pessoas que detêm o poder não sabem lidar com isso, apelando para o medo e a intimidação para dominar as outras e, sempre que possível, humilhá-las.
Esses incompetentes parecem ter um prazer especial nisso, mas mal sabem que sua força nada pode contra forças superiores e poderosas que podem ser mobilizadas facilmente contra eles.
Se você passa por uma situação assim, não tenha piedade dessa pessoa e mande contra ela o poder das cartas milenares. Para tanto, pegue uma carta do Senhor do Bastão, escreva com seu próprio sangue, no verso o nome dessa pessoa, depois queime aos poucos na chama de uma vela.
Passe a encarar de frente esse perseguidor e verá o medo nos olhos dele.
PARA ENRIQUECER
Existem mil e uma maneiras de enriquecer. A maior parte delas exige trabalho duro, dedicação e muita resignação no início. Vai exigir também muita combatividade, ânimo e energia para não desanimar diante dos obstáculos.
Para quem deseja realmente isso, nada é impossível, principalmente se puder contar com uma ajuda poderosa, como a proporcionada por esta simpatia.
Pegue uma carta da Senhora da Moeda, escreva seu próprio nome no verso dela, usando uma mistura de tinta e saliva, depois enterre-a no quintal da casa de uma mulher grávida.
Se isso não for possível dê a uma mulher grávida um vaso de flores, com a carta plantada junto às raízes da planta ali existente.
PARA FAZER UMA SOCIEDADE
Uma sociedade é sempre um assunto muito delicado, porque ninguém sabe o que esperar da outra, ao longo de um relacionamento, onde o dinheiro está envolvido.
Os ciganos evitam sociedades entre parentes e entre amigos, pois se algo der errado fica difícil agir com o rigor necessário, pois ninguém está livre de enfrentar prejuízos por causa disso.
Quando a sociedade é inevitável, previnem-se fazendo o seguinte. Pegam uma carta do Escravo da Moeda e outra do Escravo da Taça. Juntam as duas, pondo no meio o nome da sociedade e o nome dos sócios.
Isso tudo é amarrado com uma fita branca e enterrado num local pedregoso, juntamente com as duas partes de uma faca partida ao meio.
PARA DOMINAR UMA MULHER
A mulher geniosa pode acabar dominando o marido, se ele não for firme e seguro em suas ações e decisões. Se não fizer isso, com certeza acabará dominado e submisso.
Os ciganos têm receio de que isso possa acontecer com eles, por isso, assim que iniciam um relacionamento com uma mulher, tratam de fazer logo uma simpatia preventiva.
Para isso, basta escrever o nome da fera no verso de uma carta da Senhora do Bastão, untá-la com mel e embrulhar num lenço de seda branco, enterrando depois junto às raízes de uma roseira branca sem espinhos.
PARA ENFRENTAR SEUS INIMIGOS
Os ciganos têm muita facilidade para fazer amizades, tanto quanto inimizades. Estas normalmente surgem principalmente entre os gadjos e são resultado de algum negócio mal resolvido.
Isso em nada os incomoda e, de certa forma, até os diverte, pois se sentem muito seguros, protegidos por uma simpatia de grande poder.
Quando têm conhecimento de que fizeram mais um inimigo, descobrem o seu nome, escrevem-no na frente de uma carta do Escravo do Bastão, depois lançam num rio ou no mar, para que a água dissolva a inimizade.
PARA ATRAIR A FELICIDADE
Os ciganos, nesse ponto, não são diferentes dos gadjos, pois buscam igualmente a felicidade que, para cada um de nós, tem um significado diferente.
Para alguns, está na riqueza e no poder. Para outros, está na harmonia, na paz e no convívio familiar. Pode estar na liberdade, na alegria e no amor, para outros.
Todos, porém, indistintamente, a procuram e, para atraí-la, nada como uma simpatia muito simples. Numa sexta-feira de Lua Cheia, pegar uma carta do Senhor da Taça, colocá-la sobre um espelho e deixá-la ao luar por toda noite.
No dia seguinte, colar a carta atrás do espelho e pendurá-lo num local onde diariamente, ao se levantar, você possa se olhar e pensar na felicidade que sente.
PARA SER PROMOVIDO
À medida em que foram se estabelecendo, os ciganos foram adaptando suas simpatias para as novas situações. Hoje em dia já é possível encontrar simpatias para a solução de problemas que, aparentemente, nada têm a ver com a cultura cigana.
Este é um desses casos, por exemplo, pois seu objetivo é tornar mais favorável a quem trabalha a chance de chegar a uma promoção ou ser valorizado de forma mais efetiva.
Para quem tem essa necessidade, pegar uma carta do Senhor da Moeda, enrolá-la num canudo e passá-la dentro de um anel de ouro com rubi, até a sua metade.
Deixá-la numa caixa ou gaveta de madeira, até o objetivo ser atingido. Após isso, enterrar a carta junto a uma árvore alta e sólida.
PARA DECISÕES DE PESO
Uma decisão impõe segurança e reflexão. Mesmo assim, sempre se fica inseguro após ter tomado uma decisão, principalmente se ela for importante para nossas vidas ou nossos destinos.
Os ciganos não costumam se preocupar muito com uma decisão, porque antes de tomá-la consultam pessoas mais velhas e, para se garantir, fazem uma simpatia muito simples, mas de grande eficiência.
Pegam um baralho novo e retiram o sete do Bastão, queimando-lhe as pontas, depois atirando-a em água corrente.
FLORES
É com tristeza que observamos que certos hábitos antigos, de grande beleza e simbolismo, hoje em dia estão em extinção. A Linguagem das Flores, por exemplo, é uma delas. As pessoas hoje em dia parecem conhecer apenas o simbolismo das rosas e dos cravos, esquecendo-se de todo o resto.
A educação moderna não se preocupa mais com esse tipo de coisa, considerada ultrapassada por muitos. Quando há necessidade de um toque de romantismo ou de elegância, porém, as pessoas se ressentem de não ter mais esse tipo de cultura.
Muitas coisas das Linguagem das Flores não foram impostas nem descobertas, mas surgiram, normalmente envoltas em lendas e mitos de rara beleza, que, hoje em dia, estão totalmente relegados ao esquecimento.
Constituindo um ramo delicado e belo das Simpatias Ciganas, as Simpatias com as Flores, que se utiliza dessa Linguagem, prestam-se não apenas a reviver essa tradição como também a disseminar conhecimentos que precisam ser preservados.
Nas coisas no amor, principalmente, e do relacionamento mais sincero entre as pessoas, com toda certeza essas simpatias terão grande emprego. No conhecimento da linguagem e das lendas, seguramente estaremos levando um pouco dessa cultura em extinção.
PARA PROVAR O AMOR
Quem ama está constantemente necessitando e exigindo da pessoa amada a confirmação do seu amor também. Parte é por insegurança, parte é por necessidade de receber atenção e carinho.
Entre os ciganos, quando alguém quer manifestar isso, pedindo que a pessoa amada jamais deixe de pensar nela, costuma mandar um buquê com sete miosótis azuis.
Na Linguagem das Flores, isso significa um pedido nunca ser esquecido(a).
Observação: o uso dessa flor com esse significado surgiu com uma lenda muito antiga, entre os ciganos alemães. Conta essa lenda que um casal de apaixonados passeava à beira do rio Danúbio.
A moça percebeu, então, uma flor azul, da cor do céu, que boiava na superfície, achando-a muito bonita. O cigano imediatamente se dispôs a apanhá-la para a amada, mas caiu e foi arrastado pelas águas, sem que ela pudesse audá-lo.
Desesperado, ele ainda alcançou a flor e jogou-a para a margem, onde estava a sua amada. Pediu a ela que não o esquecesse e desapareceu para sempre nas águas.
PARA AGRADECER PELA FELICIDADE
Poucas flores possuem tantos significados como a do alecrim, com seu azul repousante e místico, que vale por uma oração, tamanha a sua beleza singela e significativa.
Ao invés de mandar rosas vermelhas declarando um amor ardente, os jovens ciganos apaixonados mandavam buquês de flores de alecrim. Na Linguagem das Flores, isso significa um agradecimento pela felicidade que o amor que lhe é dedicado proporciona.
Observação: segundo uma lenda cigana, essa planta tão significativa teve uma origem milagrosa, surgindo na estrebaria, onde Jesus nasceu. Diariamente, após banhar o sagrado corpo de Jesus Cristo, Nossa Senhora atirava a água sempre no mesmo lugar e ali brotou uma planta nova, com um perfume intenso e agradável.
Após a morte de Cristo, quando ele foi levado ao sepulcro, seu corpo foi perfumado com a mais fina essência de alecrim e uma coroa de suas flores foi posta em sua cabeça, tecida por Maria Madalena.
PARA PROTEÇÃO
Quando a pessoa amada viaja, a cigana deseja a ele toda a sorte e todo o sucesso na sua viagem, bem como seu breve regresso. Para isso, costuma pôr na janela uma simpatia, usando, para isso, um vaso de flores que cultiva especialmente para isso, conforme descrito numa das Simpatias para Viagem, nos capítulos iniciais.
Uma das flores mais usadas para isso é a malva, tanto a de flores brancas quanto a de flores violetas, que faz com que a viagem seja protegida e tenha bom termo.
Observação: conta uma lenda cigana que uma caravana chegou a uma terra desconhecida e se estabeleceu ali provisoriamente.
Um cigano se encontrava em viagem, como se podia ver pelo vaso de malvas posto numa das janelas de seu carroção. Alguns gadjos apareceram a sua procuram, dando a certeza de que queriam encontrá-lo para matá-lo, porque se julgavam ludibriados em um negócio. Para avisá-lo do perigo que corria, sua esposa não hesitou em espalhar pelo caminho flores e folhas de malva.
Retornando da viagem, o cigano imediatamente percebeu que algo estava errado, porque aquela planta somente era cultivada por sua esposa e naquele país não havia malvas. Tomando as devidas cautelas, escapou da emboscada.
PARA CONQUISTAR UMA MULHER
Uma das reações mais comuns das mulheres, diante dos primeiros avanços de um conquistador, sempre foi o de demonstrar certo desprezo e certo orgulho.
Para um cigano, conhecedor da Linguagem das Mulheres e da natureza feminina, essa era uma reação esperada, que não o desestimulava, mas significava um incentivo para insistir em sua missão.
As primeiras resistências eram quebradas quando ele mandava buquês de camélias brancas e rosas. Se não eram devolvidas, era sinal que o orgulho e o desprezo eram parte do charme da mulher.
Se eram devolvidas, ele não desistia da mesma forma e buscava novas formas de chegar ao coração daquela mulher.
Observação: as camélias já eram conhecidas dos ciganos, desde sua passagem pelos países da Ásia. Algumas mudas eram cultivadas por mulheres ciganas e usadas para simpatias, quando seus maridos ou amados viajavam.
Por volta da metade do século XVIII, uma muda foi plantada na Itália, no Jardim de Caserta e se transformou na mais famosa cameleira de todos os tempos. Viveu 153 anos e chegou até à altura de 8 metros.
PARA DECLARAR O AMOR
Já dissemos antes que, atualmente, as pessoas reconhecem apenas as rosas vermelhas, como símbolos para uma declaração de amor. Para os ciganos, no entanto, muitas outras flores têm o mesmo significado e uma delas é a tulipa, que não é facilmente cultivada nem encontrada no Brasil.
Mesmo assim, já podem ser encontradas mudas aclimatadas que, com certeza, logo estarão popularizadas, desde que as pessoas saibam que elas representam uma das mais belas e significativas declarações de amor.
Para isso, devem ser remetidas em buquês de cores variadas ou naquela preferida pela pessoa amada.
Observação: a tulipa está intimamente associada à Holanda, onde é considerada a flor nacional. O que muita gente não sabe, no entanto, é que essa flor de rara beleza é originária da Turquia e foi levada para a Europa por volta do século XVI.
Foi na Holanda, no entanto, onde se aclimatou total e perfeitamente. Para se ter uma idéia da beleza dessa flor, basta lembrar que já foram catalogadas aproximadamente
2.000 variedades, nas mais variadas e inesperadas cores.
PARA PREPARAR O TERRENO
Obviamente os tempos eram outros e a conquista tinha um significado todo especial, pois os encontros eram muito difíceis e para um homem ficar a sós com uma mulher era preciso muita arte e muita conversa para convencê-la e, ao mesmo tempo, livrar-se dos vigias.
Uma das maneiras mais galantes de um homem sinalizar a uma mulher que estava interessado nela, que seus sentimentos eram sinceros e que ele iria iniciar o jogo da conquista era mandar para ela um solitário lírio branco.
Observação: conta uma lenda cigana que uma princesa era muito desejada por todos os jovens da sua tribo e das tribos vizinhas. Todos eles mandavam enormes buquês de rosas, tulipas, malvas, hortênsias e outras flores, na esperança de conquistar seu coração.
A princesa, no entanto, vivia suspirando por um tipo diferente de amado, que parecia existir apenas em sua cabeça e em seu coração. Um dia, porém, ela recebeu um solitário lírio branco. Curiosa, desejou saber quem era o jovem que era tão diferente dos outros.
Assim ela o conheceu e se apaixonou, pois ele havia conseguido despertar a sua atenção pela originalidade.
PARA ELOGIAR UMA MULHER
Hoje em dia é muito fácil qualquer homem se aproximar de uma mulher e lhe fazer umelogio. É até uma maneira galante de iniciar uma conversa e até um romance, pois as relações são mais livres.
Antigamente, isso não era possível. As donzelas eram extremamente vigiadas e qualquer tentativa de aproximação podia resultar em severas represálias.
Os enamorados viviam, então, procurando uma forma de se comunicar e a Linguagem das Flores se desenvolveu em cima disso. Para dizer a uma mulher que ela era encantadora, adorável, bela, desejada e amada, bastava mandar para ela um buquê de margaridas rainhas azuis ou amarelas.
Se ela em troca mandasse uma solitária margarida rainha rosa ou violeta, significava sua aprovação para a continuação da corte.
Observação: conta uma lenda que um casal de ciganos havia se apaixonado, mas apenas podiam se comunicar em rápidos olhares, já que ambos estavam prometidos para outras pessoas, em casamentos já arranjados por seus pais.
Não tendo como conversar pessoalmente, ele mandou para ela uma margarida azul, que significava o quanto ele a achava bonita. Ela devolveu uma margarida cor-de-rosa, que significava que ela acreditava na sinceridade dele.
Ele mandou uma violeta amarela, significando o quanto ele a amava. Ela devolveu uma margarida violeta, dizendo que estava disposta a seguí-lo para onde ele quisesse levá-la.
Naquela mesma noite os dois fugiram. Os pais de ambos procuraram em toda parte, mas o casal de jovens simplesmente sumiu, transformando-se em lenda.
PARA MANTER O AMOR EM SEGREDO
Aqui no Brasil as pessoas têm uma predileção toda especial pelas pequenas violetas, usadas para enfeitar ambientes, desde residências até austeros escritórios. Em toda parte elas ficam bem pela elegância e pele beleza de suas flores.
Na tradição cigana, a violeta era usada para manter o amor em segredo. Se um cigano se declarava a uma cigana e lhe entregava uma violeta, era sinal de que ele não podia assumir de imediato o relacionamento, mas que o faria em breve.
Se ela aceitava a flor, dava seu sim. Se a devolvia, significava que recusava aquele amor.
Observação: quando uma cigana ganhava uma violeta e ficava com ela, trata de escondê-la como o mais precioso de seus segredos, pois tê-la consigo era uma declaração de seu envolvimento com um homem comprometido ou impedido de assumi-la por algum motivo.
A FORÇA DAS INTENÇÕES E DAS ORAÇÕES
PARA TRAZER DE VOLTA
Pegue todas as roupas que a pessoa tenha deixado em casa, vire-as do avesso, coloque dentro de um saco de estopa e amarre bem a boca.
Coloque debaixo da cama do casal e, sete vezes por dia, sempre nas horas ímpares, aperte o saco contra o peito e repita sete vezes a seguinte intenção:
Sua vida ficará do avesso
Se para mim não voltar
Aqui no saco fechado
Todo o tempo há de passar.
Somente depois da volta da pessoa você deverá desamarrar o saco, retirar as roupas e voltá-las ao normal. Para se assegurar dos resultados, coloque uma fotografia da pessoa dentro do saco, amarre de novo a boca, enterrando-o num canto de muro ou cerca, pondo três pedras em cima.
PARA BRIGAS DE CASAL
É interessante como certas pessoas amam. Se tudo está bem, é sinal que alguma coisa vai mal. Sempre tem que ter uma briguinha no meio para apimentar o relacionamento.
No entanto, se essas brigas são freqüentes e nelas as pessoas perdem o controle e se magoam muito, o melhor é fazer logo uma simpatia bem forte para acabar com isso.
Compre uma fita branca, com o tamanho equivalente à altura da pessoa amada. Numa sexta-feira de Lua Minguante, após as nove
horas da noite, escreva com uma caneta sete vezes o nome dela ao longo da fita, depois junte as duas pontas, dando um nó cego.
Em seguida, dê mais sete nós simples na fita, unindo as duas partes. A cada nó, repita a seguinte intenção:
Briga vai, briga vem
Já não quero mais brigar
Com meu amor e meu bem.
Nunca mais vamos brigar
Pois todo nosso desamor
Acabei de amarrar.
Quando terminar, coloque a fita junto com uma fotografia de vocês dois, de corpo inteiro e sorrindo, dentro de um envelope branco, deixando debaixo de seu travesseiro por uma noite.
No dia seguinte, enterre esse envelope num buraco feito num canto de muro ou de cerca, cobrindo-o com açúcar, antes de jogar terra.
PARA CONHECER FUTURO MARIDO OU MULHER
Esta é uma curiosidade que sempre assalta as pessoas mais jovens, que tem por esse tema um fascínio todo especial e, por isso, as simpatias sobre isso são inúmeras.
Esta é uma das mais eficazes, mas exige uma boa dose de paciência. Faça o seguinte:
Iniciando na primeira sexta-feira da Lua Crescente, depois das nove horas da noite e antes da meia-noite, conte sete estrelas, as mais brilhantes que ver no céu.
Após contar as sete estrelas, repita três vezes a seguinte intenção:
Estrelas de luz
No céu a brilhar
Revelem com quem
Eu vou me casar.
Repita por sete sextas-feiras seguidas, tomando o cuidado de anotar seus sonhos e as pessoas, principalmente desconhecidas, que surgirem neles. Uma delas será o futuro cônjuge.
Observação: Se em alguma das noites, quando for contar as estrelas, o céu estiver nublado, retome a simpatia desde o início. Se isso se repetir por três vezes, fazendo-o(a) interromper a simpatia, tente uma outra. Muitas vezes a pessoa sonhará com alguém totalmente desconhecido, a quem somente conhecerá no futuro.
PARA NAMORAR
A insegurança é um problema freqüente para quem atinge a idade e começa a sentir vontade de namorar. Normalmente por esse problema, por inexperiência ou timidez, não sabe como arrumar um(a) namorado(a).
Dentre tantas simpatias que existem, esta é uma das inúmeras variações da Simpatia do Santo de Castigo, que tem dado resultados ao longo do tempo.
Coloque uma imagem de Santo Antônio em seu quarto, diante de um espelho, no primeiro dia da Lua Cheia. Durante três dias seguidos, deposite, logo pela manhã, no pé do santo, uma rosa vermelha. Reze uma Ave Maria e um Pai Nosso, pedindo a ele que lhe consiga um(a) namorado(a).
A partir do quarto dia, se nada tiver acontecido, antes de mais nada, vire o santo para o lado do espelho e, ao invés de rezar e pôr a rosa, diga três vezes a seguinte intenção:
Meu Santo Antônio do altar
Enquanto um(a) namorado(a) não me dar
Rosas vermelhas não vai ganhar
E de castigo vai ficar.
Repita diariamente, sempre no mesmo horário. Quando conseguir o que queria, durante sete dias seguidos coloque uma rosa vermelha aos pés do santo, reze um Pai Nosso e uma Ave Maria, acendendo também uma vela branca.
PARA INTRIGAS AMOROSAS
Se você é feliz, prepare-se para a infelicidade. Parece estranho isso, mas é uma recomendação tirada de uma anotação à margem de uma simpatia muito usada na Idade Média.
Isto porque a felicidade atrai a infelicidade com uma facilidade incrível. E essa infelicidade vem na forma de inveja, de mau-olhado, de olho-gordo, dessa classe de energia negativa a que os que são felizes estão mesmo sujeitos.
Se você está amando e se sente feliz, faça esta simpatia apenas para se precaver. Basta que toda sexta-feira de Lua Minguante, após as nove horas da noite, você olhe para
o lado em que nasce a lua e conte sete estrelas, sem apontá-las.
Repita, para cada uma dessas estrelas, a intenção a seguir, sempre com muita fé:
Estrela do céu
Estrela brilhante
Afaste de nós
Essa gente falante.
Quando começar esta simpatia, não a interrompa mais.
PARA ESQUECER
É triste e doloroso quando o amor chega ao fim. Talvez porque ele só seja eterno enquanto existe. De qualquer forma, se você sofreu uma decepção amorosa, foi traído(a) e precisa esquecer essa pessoa para poder encontrar, talvez, a pessoa certa e retomar sua vida em busca da felicidade, faça esta simpatia.
Escreva o nome completo da pessoa em um papel amarelo, depois vá à beira de um rio e jogue o papel na água. Repita três vezes em voz alta o seguinte:
Nas curvas deste rio
Entulhos estão parados
Você foi na minha vida
Como um tronco atravessado
Na correnteza da vida
Agora você é passado.
Afaste-se sem olhar para trás. Não chore ao fazer esta simpatia. É preciso ser forte para realizá-la sem chorar, pois se isso acontecer, pare e volte a repetir a simpatia sete dias depois.
Observação: Os melhores resultados são conseguidos se a simpatia for feita nos primeiros três dias da lua minguante.
PARA AUMENTAR O DESEJO DO HOMEM
Se você, mulher, está se sentindo meio abandonada porque seu homem ultimamente tem andado sempre cansado, desatento e desinteressado, não se aflija. Aumente a freqüência de suas noites de amor com esta simpatia bem simples.
Pegue uma maçã vermelha, madura, ponha numa calda de mel e leve ao fogo para que caramelize. Depois de fria, deixe-a num prato branco, coberta com um pano vermelho, sob a cama do casal.
No outro dia, quando o sol estiver se levantando, vá a correnteza um rio ou à praia e jogue a maçã na água, repetindo três vezes:
Maçã que eu jogo na água
Se afunda num turbilhão
Como se afunda meu homem
No fogo desta paixão.
Observação: O prato em que foi feita a simpatia deverá ser usado por ele, naquele dia, em pelo menos uma das duas refeições, almoço ou jantar.
PARA ARRUMAR NAMORADO(A)
O namoro é uma época de escolha, por isso nada mais interessante que poder escolher livremente a pessoa com quem se vai namorar, independente de qualquer outra coisa, pois, de repente, ambos podem ter nascido um para o outro e não terem descobrido isso ainda.
Esta simpatia, para ser feita com bastante calma e paciência, é indicada para isso. Na primeira noite da Lua Cheia, após as vinte e uma horas, pegue um papel branco, sem uso, e escreva sete vezes o nome da pessoa que deseja namorar e dobre-o.
Durante as sete noites, a contar da primeira, olhe para o céu sempre na mesma hora, segurando esse papel de encontro ao peito e repita sete vezes esta intenção:
Estrelas que brilham com fogo e calor transformem fulano(a) no meu grande amor.
Após isso, guarde o papel sob o seu travesseiro. Na noite em que completar a sétima vez, enterre o papel num jardim florido, cobrindo-o com mel, antes de jogar terra por cima. Procure, a partir de então, ficar à vista dessa pessoa sempre que possível.
Observação: Se esta simpatia não der certo, apesar de ser muito forte, desista e não insista mais por enquanto. Essa pessoa pode não ter nascido para você ou vocês podem não estar maduros para esse relacionamento. Como namoro é tempo de escolha, faça uma outra escolha. Talvez seja a certa.
PARA RECUPERAR AMANTE PERDIDO(A) PARA OUTRO(A)
Esta simpatia é muito forte e só deve ser usada se o amor que você sente pela outra pessoa compensar os riscos.
Pegue uma fotografia do seu amante e coloque-a dentro de uma garrafa de vinho branco, lacre-a com pingos de uma vela vermelha, numa sexta-feira, à meia-noite, repetindo três vezes a seguinte intenção:
Venha caindo ou andando
Mas de amor despedaçado,
Traga-me seu coração
Pro meu peito apaixonado.
Deixe-a debaixo de sua cama. Logo ele(a) aparecerá. Quando isso acontecer, dê-lhe um cálice daquele vinho depois volta a tapar a garrafa e lacrá-la com vela derretida, enterrando com o gargalo para baixo, num canto de muro ou cerca. Se morar em apartamento, faça isso num vaso de flores, desde que ele fique do lado de dentro de sua residência
PARA ATRAIR UM(A) AMANTE
Querer não tira pedaço. É como olhar, conforme diziam os antigos. Quando uma pessoa olha para outra e sente em seu coração aquela reação incontrolável, acompanhada de um desejo irresistível de ter uma deter aquela pessoa, não adianta resistir. Estava escrito nas estrelas. O negócio é fazer tudo para atraí-la.
Para isso, descubra o nome dela e escreva sete vezes no meio de uma rua, sete vezez no tronco de uma árvore, sete vezes num muro, depois vá à beira de um rio, numa correnteza, e diga sete vezes a seguinte intenção:
Pela graça de Deus e pela força do Divino Espírito Santo, que fulano(a) (dizer o nome) me escute e me atenda e venha ao meu encontro para sermos amantes.Seja em noite escura sem lua, seja em dia claro de sol, que nem sono nem descanso ela(e) tenha, enquanto não provar o calor do meu lençol. Amém.
PARA DOMINAR UMA MULHER
Tem gente que vive sob o lema do não te agüento, mas não te largo, na esperança de ver a pessoa amada se modificar e ficar do jeitinho que ela queria ou que seria melhor.
Certos homens até gostam de suas mulheres, mas acabam odiando-as por serem muito mandonas. Antes que as coisas se degenerem (porque dominar uma mulher não é fácil, ela é sempre muito esperta nesses assuntos), recorra à seguinte simpatia:
Compre, numa selaria, um freio desses para cavalo, coloque-o numa caixa de madeira junto com a fotografia da mulher e pregue uma tampa de madeira muito bem pregada, escondendo num lugar onde ela não possa achar nem passe por cima (muita gente usa pôr essa caixa no forro da casa, sobre a cama onde a mulher dorme).
Toda noite ao se deitar e de manhã, ao se levantar, bata na caixa três vezes com o punho direito fechado, dizendo:
Agora é minha vez
Eu seguro no seu freio
Se você não tomar jeito
Vou botá-la no arreio.
Observação: Se você usar esta simpatia, pondo a caixa no forro da casa, toda manhã, ao se levantar, pise num chinelo ou num pé de sapato dela, antes de citar por três vezes a estrofe acima. Mesmo após obter sucesso, jamais volte a abrir a caixa nem conte para ela que fez a simpatia. O melhor é enterrar junto ao canto de um muro ou rente a uma cerca, numa noite de lua minguante, pondo uma pedra bem pesada por cima. Se a caixa estiver
no forro da casa, deixe-a lá e esqueça-a.
PARA PROTEGER SEU AMOR
O amor gera ciúme e gera dúvida. Quanto maior, mais medo de perdê-lo se tem. Às vezes a pessoa amada parece fria e distante, gerando desconfiança. Muita gente já fica com a pulga atrás da orelha e, muitas vezes, não é nada. Nesses casos, não se angustie ou se desespere desnecessariamente. Faça a seguinte simpatia.
Com uma faca virgem e de ponta, recorde dois pedaços da casca de um ipê amarelo, de mais ou menos cinco centímetros, formando um quadrado.
Em um deles, usando a ponta da faca, você escreverá seu nome e o da pessoa amada, do lado de dentro da casca, voltando a pô-lo no lugar de onde foi tirado, amarrando uma fita vermelha por cima, arrematando com sete nós. O outro pedaço da casca deverá ser levado para casa para a segunda parte da simpatia. Neste segundo pedaço deverá ser escrito o seu nome e o da pessoa amada, com a ponta da faca novamente. Em seguida, a casca do ipê deverá ser amarrada com uma fita vermelha, formando uma cruz, arrematada também por sete nós, e posta dentro do colchão do casal, mais ou menos no meio. Toda noite, ao se deitar, repita mentalmente três vezes a seguinte intenção:
Quis a vida, ele (ela) apareceu
Cultivei o desejo e sonhei
No presente descobri ele (ela) e eu
Em quem para sempre me amarrei.
Observação: Alguns registros acrescentam a forma de se desmanchar esse tipo de simpatia, que consiste em se juntar os dois pedaços da casca e queimá-los num canto de muro ou entre sete pedras, atirando as cinzas em água corrente depois.
PARA EVITAR TRAIÇÕES
Todas as mulheres que amam vivem com a pulga atrás da orelha, imaginando: será que ele corresponde? Será que não anda com outras? Estas perguntas infernizam a vida, principalmente quando a pessoa suspeita mas não tem certeza. As simpatias são fortes armas para devolver a tranqüilidade e se assegurar de não ser passada para trás. Esta é uma das mais fortes para este fim e você deve fazê-la da seguinte forma:
Peça a alguém que lhe dê sete rosas vermelhas. Elas não podem ser compradas por você, têm que ser dadas. Para isso, se for preciso, percorra a vizinhança, observando os jardins e peça às pessoas. Valerá a pena. De posse das rosas, compre sete metros de fita vermelha bem medidos e, numa sexta-feira de lua crescente, após às nove horas da noite, comece a amarrar as rosas com a fita, dizendo a cada rosa que amarra:
Eu te amarro nesta rosa
Com esta fita poderosa
símbolo do meu amor.
Por mais que você se debata
de mim ninguém de arrebata
Você é o meu senhor.
Terminando de amarrar todas as rosas, una as duas pontas da fita com um nó cego bem apertado e jogue tudo numa correnteza de rio ou no mar. Algumas variações recomendam que se deixe tudo isso no altar de Santo Antônio de uma igreja perto de sua casa.
PARA DOR DE AMOR
Segundo os apaixonados, não existe dor pior que a dor de amor, porque ela não dói fisicamente: ela dói no coração, local sensível, onde apenas o tempo pode promover a cura.
Para apressar esse tipo de cura, existem mil e uma simpatias adequadas, da mesma forma como existem intenções e orações para curar esse mal.
Uma das mais conhecidas é rezada por uma mulher, para curar um homem e por um homem, para curar uma mulher. Com a mão espalmada no peito da pessoa, na altura do coração, é dito o seguinte:
Deus fez o Sol, Deus fez a Lua,
Deus fez você, Deus fez a rua,
Deus fez o amor, e o ferimento,
Deus fez a dor, e fez a candura,
Fez a doença e fez a cura.
Com Sua graça eu te benzo,
Por Seu amor eu te curo,
Vai-te tristeza danada
Longe desta criatura.
Traçar o sinal da cruz três vezes no peito, depois rezar um Pai Nosso, se o sofredor for um homem ou uma Ave Maria, se for uma mulher.
INTENÇÕES E ORAÇÕES PARA A SAÚDE
Os benzimentos e rezas são comuns nas simpatias para a saúde, assim como as intenções e orações, tudo isso, na verdade, fazendo parte de um aspecto místico-religioso muito forte e que é uma característica de nosso povo.
Onde quer que se vá, sempre haverá alguém com uma oração na ponta da língua e, muitas vezes, com uma intenção anotada e guardada em sua bolsa, para usar no momento oportuno.
Em outras ocasiões e em outras localidades, vamos encontrar tudo isso presente nos breves e reliques ou relicários. São orações tão poderosas e intenções tão sérias que não devem jamais ser pronunciadas.
A crença nessa mística produz, na maioria dos casos, melhor resultado que a mais exigente medicina, pois vai buscar dentro de cada um aquela força adicional, necessária à cura.
Para muitos, isso tudo ainda é considerado superstição, sem fundamento e sem resultados realmente comprovados. Para quem pensa assim, nem os milagres de Jesus Cristo são convincentes e, nesse caso, é difícil convencê-la do contrário.
Afinal, as simpatias são reservadas a quem tem fé, isto é, ao povo em geral.
PARA A MALÁRIA
Os medicamentos atuais e o progresso da medicina praticamente minimizaram a preocupação que esta doença causava. Entretanto, você pode estar em um local onde estes recursos ainda são difíceis.
Enquanto não se medica adequadamente, apresse as reações de seu corpo, no sentido de se fortalecer, fazendo o seguinte:
Prepare um virado com uma galinha preta, ponha dentro de uma marmita e vá até a beira de um rio. Ali você deve comer a metade da marmita, depositando os restos na beira do rio, dizendo três vezes:
Quando o virado acabar
Minha cura irá chegar
Os pássaros comerão
E a malária levarão.
PARA A IMPOTÊNCIA MASCULINA
Este mal atinge o homem no que ele julga ter de mais precioso e o deixa realmente cabisbaixo. Se é uma pessoa de posses e esclarecida, imediatamente procurará um médico.
Se é mais simples, terá vergonha de comentar o fato até mesmo com seus melhores amigos. Isso sem mencionar que sua vida afetiva ficará totalmente prejudicada.
Esta simpatia é para uma mulher fazer para seu marido, namorado ou amante, caso perceba que isto vem lhe acontecendo.
Em uma segunda-feira, no período da lua crescente, no momento em que nasce o sol, ela deve levar um ramalhete de sete rosas vermelhas a uma ponte, sobre um rio bem largo e atirar rosa por rosa, dizendo:
Como as águas vão para o mar
A impotência de (mencionar o nome)
Estas rosas vão levar.
PARA BRONQUITE
A bronquite, com suas crises terríveis, causa um sofrimento muito grande no paciente e nos familiares que o assistem. Apesar dos constantes cuidados, ela retorna sempre, atormentando a vida de todos. Uma simpatia muito antiga ensina como se livrar dela:
Quando a criança estiver na véspera de completar treze anos, a mãe deverá levá-la a um cemitério, aos pés do cruzeiro e medir sua altura, cravando ali um prego enferrujado. Dizer três vezes:
Aqui ficará seu mal
Quando passar este sinal.
A criança não deverá voltar ao mesmo local até que se complete dezoito anos.
PARA CURAR ÍNGUA
Sempre que uma pessoa tem um ferimento, principalmente se for uma criança, aparecem as famosas ínguas, que tanto desconforto ocasionam. Há diversas simpatias para o mesmo fim. Esta é uma das mais conhecidas e tradicionais.
Uma pessoa do sexo oposto deverá estar junto de quem está sofrendo deste problema, no momento em que escurecer. Assim que surgir no céu a primeira estrela, a pessoa acompanhante deverá dizer três vezes, com a voz bem mansa, o seguinte:
Estrela do primeiro brilho
Enquanto seu brilho cresce
Esta íngua desaparece
Enquanto repete a intenção acima, o acompanhante deverá fazer uma cruz de cada vez sobre a íngua.
Observação: Já se registrou a mesma simpatia, só que feita quando a noite está pelo meio. Neste caso, é escolhida a estrela mais brilhante do céu para fazer a intenção.
PARA DOR DE CABEÇA
Se você anda sempre com dor de cabeça e não descobre a causa, por mais que tenha feito consultas e tomado remédios, tente a seguinte simpatia, pois ela poderá significar o fim de seu problema para sempre.
Em uma sexta-feira de lua minguante, compre um chapéu de palha e use-o por três dias seguidos, isto é, na sexta, no sábado e no domingo. A partir da segunda-feira, deixe o chapéu de boca para cima embaixo de sua cama, no lado da cabeceira, por mais três dias. Na quinta-feira, pegue o chapéu e sem pô-lo na cabeça, vá até uma ponte sobre um rio ou sobre um mar e atire o chapéu, dizendo três vezes:
Água doce do rio
Água salgada do mar
Neste chapéu, para sempre
Minha dor irão levar
Observação: Por sete dias seguidos evite passar pela mesma ponte e por sete semanas não entre em um rio ou mar.
PARA OS OLHOS
Diversos problemas podem ocorrer aos olhos e muitos deles têm origem que desconhecemos. Quando se vê alguma coisa que não se queria ver, quando nos olham com ódio, quando cruzamos com uma pessoa que tem mau-olhado, etc., podemos impregnar nossos olhos de energias negativas que acabam provocando: visão turva, lacrimação, remela, etc.
Se isso aconteceu com você, faça rapidamente a seguinte simpatia. Assim que sentir o problema, espere anoitecer e, após as nove horas da noite, acenda uma vela no centro de um pires e coloque água ao redor. Acenda uma vela a Santa Luzia.
Assim que a vela terminar de queimar, molhe o dedo médio da mão direita na água do pires, depois faça uma cruz no olho ou nos olhos, se for o caso. Repita fazendo três cruzes em cada um, começando pelo olho direito. A cada vez que fizer uma cruz, diga a seguinte intenção:
Santa Luzia
Passou por aqui
Seus olhos luziam
Olhando pra mim.
Lave tudo depois em água corrente e guarde o pires, naquela noite, com a boca pra baixo.
PARA MAL-ESTAR EM GERAL
Se você sentir tonturas, ou uma sensação de que o chão foge de seus pés e se isso vem se repetindo com uma certa freqüência, fique alerta. Se ocorre repentinamente, sem que um médico consiga diagnosticar o que se passa, seu caso pode ser espiritual.
Se assim for, fortaleça seu organismo com a seguinte simpatia. Tranque-se em um local isolado e silencioso de sua casa, reze um Pai Nosso. Feito isso, coloque os três dedos maiores da mão direita na testa e repita três vezes:
Com um me puseram
Com três eu retiro
Fazer o sinal da cruz em seguida.
Observação: Esta simpatia também poderá se feita no seu trabalho, na rua ou até dentro de um ônibus, desde que você consiga se concentrar.
PARA CANSAÇO MENTAL
Se você se sente cansado mentalmente, esquece tudo e isto está lhe causando aborrecimentos, não se desespere. Recorra a uma simpatia das mais antigas e conhecidas para afastar de vez este problema de sua vida.
A qualquer momento que resolver fazer a simpatia, mas sempre enquanto houver luz do sol, pegue uma fronha sem uso e colha folhas de laranjeira suficientes para fazer um travesseiro. Costure com linha branca e agulha virgem.
Use este travesseiro por sete dias seguidos. Terminado este prazo, leve-o a um rio ou mar, descosture e jogue as folhas na água dizendo:
Rio que nasce na fonte Mar que brilha ao luar Levem de mim o cansaço Que faz minha mente penar.
PARA HEMORRAGIA NASAL
Este é um problema que pode surgir a qualquer momento, motivado por uma série de fatores, desde problemas de anemia até machucado interno. Para passar essa hemorragia, apelar para uma simpatia muito antiga e interessante.
A pessoa deverá se sentar num banco de três pernas, dobrar a cabeça para trás e alguém colocará em sua testa uma moeda de prata, a maior que estiver disponível, e dirá:
Prata de lei
Não a deixo rolar
Faça o nariz
Parar de sangrar.
Após isso, a pessoa que colocou a moeda irá retirá-la, lavá-la em água corrente e voltar a pô-la na testa do paciente, repetindo a intenção acima. Insistir até parar de sangrar.
PARA BENZER O AR
Muitas das doenças que afetam as pessoas, os antigos atribuíam a presenças de forças negativas no ar e, para isso, quando alguém sofria qualquer doença misteriosa, principalmente aquelas que apresentassem qualquer sintoma relativo à respiração, imediatamente tratavam de providenciar a bênção do ar.
Para essa bênção, era preciso procurar uma pessoa que tivesse o dom e que conhecesse a oração de cor, pois ela tinha que ser dita num só fôlego, sem tropeçar ou engasgas. Se isso acontecesse, o doente não teria cura.
Com uma vela na mão, traçando cruzes no ar, era rezada a seguinte oração:
Em nome do Deus que é Pai, em nome do Deus que é Filho e em nome do Santo Espírito: ar vivo, ar morto, ar morgado, ar de estupor, ar de perlazia, ar arrenegado, ar excomungado, eu agora te arrenego, em nome da Santíssima Trindade, para que saias do corpo desta criatura e vás parar nas profundezas do mar sagrado, para que viva seu corpo são, de você aliviado. Pai Nosso, Ave Maria, Credo e Glória ao Pai.
PARA INSOLAÇÃO
A exposição prolongada ao sol, entre outros sintomas, provoca uma dor de cabeça terrível, um aumento da temperatura da pele, vermelhidão, bolhas e desmaios.
A extensão dessa exposição pode exigir até a internação hospitalar e um tratamento mais complicado, dependendo do grau de exposição.
Em muitas regiões do país, costuma-se ainda chamar a benzedeiro ou o benzedor, antes de levar a pessoa para o hospital, porque acreditam que o excesso de sol na cabeça provoca um mal conhecido como Ar Sagrado.
Para rezar a oração, é posto uma toalha branca na cabeça do paciente, cobrindo-lhe os olhos. No alto da cabeça, sobre a toalha, é posto um copo com água fria, depois é rezada a seguinte oração:
Nosso Senhor quando pelo mundo andou, muito sol e calor Ele apanhou. Encontrou Nossa Senhora que então Lhe ensinou, que o sol se tiraria, com uma toalha nos olhos e um copo de água fria. Como eu falo a verdade, torna sol ao seu lugar, e ora siga esta pessoa, com seu copo de água fria e o mal que ela tem no corpo, tire Deus e a Virgem Maria.
Rezar um Pai Nosso e uma Ave-Maria. O rezador puxa a primeira parte e o paciente completa. Quando terminar, sem descobrir os olhos, recebe o copo de água que deve beber totalmente.
PARA PROBLEMAS DE PELE
Todos os tipos de problemas de pele, desde uma alergia até uma queimadura são tratados com uma oração que é tida como uma das mais fortes.
Na sua realização, a pessoa que tem o dom segura na mão direita um ramo tirado de uma árvore de algum monte por perto. Enquanto reza lenta e pausadamente, vai molhando
o ramo numa vasilha com água benta e aspergindo sobre a parte afetada.
A oração é a seguinte:
Estava Santa Sofia detrás de uma pedra fria. Chegou Santa Apolônia e perguntou:
-
Sofia, com que se cura impingem, cobreiro, ardor, fogo-selvagem, sarna, comichão e queimadura?
-
Com água da fonte e ramo do monte, assim curou a sagrada e sempre Virgem Maria, Amém.
PARA TIRAR ESPINHA DE PEIXE
Quem já se engasgou com uma espinha de peixe pode dimensionar o desespero que é essa situação, que movimenta todo mundo que está ao redor. Com certeza cada uma delas terá um palpite para isso, mas a pessoa mais velha à mesa, segundo os antigos, deverá dar um pedaço de miolo de pão para o engasgado engolir, enquanto reza a seguinte oração:
Homem bom,
Mulher má,
Casa varrida,
Esteira rota;
Senhor São Brás
Disse a seu moço
Que subisse ou que descesse
A espinha do pescoço.
PARA DOR DE DENTE
Hoje em dia os tratamentos profiláticos e as aplicações de flúor conseguem preservar a dentição das pessoas que têm um mínimo de preocupação com o assunto, mas não era assim antigamente e nem o é ainda em muitos lugares do país. Lá, com certeza, a Oração de Santa Apolônia e a de São Nicodemo ainda são usadas para amenizar o sofrimento. A
primeira manda se fazer seguidamente cruzes sobre a região dolorida, enquanto se repete por três vezes esta:
Minha Santa Apolônia, eu te peço, pelas dores de dente que sofreste, que faças esta dor passar. Venha tocar com tua santa mão e mandai esta dor ir parar na pancado do mar, Amém.
A segunda oração é rezada a São Nicodemo. Para isso, é escrito o primeiro verso da oração na terra ou na areia (São Nicodemo, sarai este dente!). A pessoa repete duas vezes o que está escrito no chão, traçando cruzes seguidas no local dolorido, depois apaga com um pé uma parte, repete duas vezes o que ficou. Apaga mais uma parte, repetindo o que ficou mais duas vezes e, então, apaga tudo. Ficará assim sua oração:
São Nicodemo, curai este dente!
São Nicodemo, curai este dente!
... curai este dente!
... curai este dente!
... este dente!
... este dente!
PARA ÍNGUAS
A presença de uma infecção mais acentuada no corpo provoca o surgimento de inflamações nos gânglios, num processo conhecido como íngua. São particularmente doloridas e podem impedir os movimentos do corpo ou, então, maltratar uma pessoa pela dor.
Há oração rápida e fácil de fazer, por quem tem o dom. Enquanto traça cruzes sobre o local, vai repetindo:
Uma, duas, três, (+)Íngua nenhuma... (+) Três, duas, uma, (+) Íngua nenhuma. (+)
PARA AUXILIAR NO PARTO
Durante a realização de um parto, as parteiras têm de cor algumas orações,que ensinam à futura mamãe, principalmente uma utilizada para a expulsão da placenta, logo após o nascimento da criança.
Pondo as mãos sobre a barriga da parturiente ela dirá:
Com todos os poderes de Deus Pai e do Espírito Santo, ficai de toda livre... Ficai de toda livre... Ficai de toda livre...
E vai repetindo essa oração, enquanto a parturiente deve dizer sua parte, que é assim:
Oh, minha Santa, minha Santa Margarida. Não estou prenhe nem parida. Tirai de vez o que está na minha barriga. Oh, valei-me, minha Santa Margarida. Não estou prenhe nem parida... Não estou prenhe nem parida...
E continua repetindo isso, enquanto a parteira repete a sua parte, até que a placenta seja expulsa.
INTENÇÕES E ORAÇÕES PARA O TRABALHO
O trabalho tem uma importância muito grande para o nosso povo, pois é através dele que obtém não apenas o seu sustento, mas a sua realização.
Somos, com certeza, um dos povos mais versáteis do mundo, pois mesmo quando as crises surgem e a profissão em que se trabalha sofre algum revés, o brasileiro ainda é capaz de encontrar forças para mudar e criar formas de se manter.
Isso fica bem evidente atualmente, com os sacoleiros que cruzam o país, na direção do Paraguai, principalmente, correndo riscos de toda sorte para exercer seu comércio.
O mesmo pode ser dito dos nossos pobres aposentados ou das pessoas que passam a terrível casa dos quarenta anos. Sem nenhuma opção no mercado de trabalho, sofrem discriminação mas, mesmo assim, sempre acabam dando um jeitinho de não ficar parado e complementar o orçamento doméstico.
Com certeza muitos deles só conseguem isso porque têm fé e porque fizeram uma simpatia. Simpatia que para ser eficaz tem que ser feita em segredo. Só você, Deus e algum santo envolvido podem ficar sabendo. Fé e segredo são, portanto, a fórmula para se conseguir o sucesso, no trabalho ou numa simpatia.
PARA GANHAR DINHEIRO
Esta é a famosa simpatia da lua nova, para você ganhar dinheiro e aumentá-lo sempre. Quem se decide a fazê-la deve estar consciente que, uma vez iniciada, ela deve ser repetida para sempre, todo primeiro dia da lua nova. É simples e fácil de fazer, por isso é tão praticada:
No primeiro dia da Lua nova, pegue todo dinheiro que tem em seus bolsos, em sua bolsa e em sua casa, segure firme com as duas mãos, olhe para a lua e repita três vezes:
Lua Nova, lua nova
Lua que Deus fez crescente
Quando voltares de novo
Me traga destas sementes.
Observação: Para fazer esta simpatia, use apenas o dinheiro que é seu. Não pegue nada que seja de algum membro de sua família, pois estará comprometendo os resultados da simpatia.
PARA RECEBER DÍVIDAS
Hoje os calotes, os cheques sem fundo, as dívidas pendentes e os prejuízos são uma preocupação constante para os comerciantes. Se não bastassem todos os outros problemas decorrentes da crise, este vem se somar como um dos mais decepcionantes, pois é o resultado da confiança depositada em alguém. Se você é comerciante e isto vem acontecendo com você, faça a seguinte simpatia:
Pegue uma fita vermelha de, no mínimo, três metros. Separe os seus principais devedores. Para cada um deve dar um nó na fita, dizendo o nome dele e o seguinte:
Eu te amarro, seu ingrato
Por prejuízo querer dar
Só te desato no dia
Em que vier me pagar.
Em seguida, pendure esta fita em um local bem visível de seu estabelecimento e inicie uma novena a Santa Virgem. Nos noves dias que se seguirão, vá atrás de seus devedores, insistindo na cobrança da dívida. Ao mesmo tempo, a cada dia que fizer suas orações da novena, reforce seu pedido à Santa para que o ajude. A cada cliente que for saldando a dívida, vá desatando seu respectivo nó na fita.
Observação: Se nesse nove dias não receber a totalidade das dívidas, deixe a fita pendurada no mesmo lugar, até o dia em que tiver desfeito todos os nós. Às vezes, você conseguirá receber dentro destes nove dias, outras vezes alguns devedores levarão um pouco mais, mas cedo ou tarde virão pagá-lo. Repita quantas vezes precisar, sempre com novos devedores a cada fita e a cada novena.
PARA NOVOS EMPREENDIMENTOS
Um empreendimento bem sucedido pode mudar toda a sua vida, por isso muita gente põe todas as suas esperanças em coisas assim, empenhando-se ao máximo para que tudo dê certo. Se o empreendimento é importante, nada como se garantir com uma simpatia bem forte para ajudar.
Assim, sempre que for iniciar alguma coisa muito importante ou decisiva em sua vida, invoque a proteção de Santo Antônio, fazendo a oração a seguir, iniciando-a com o sinal da cruz.
Meu glorioso Santo Antônio, com tua força bendita ajuda-me nesta jornada para que eu possa conseguir... (diga o que precisa). Com o cordão de prata que trazes na cintura, prenda o que desejo e preciso. Faça com que venha até minhas mãos, sem prejudicar nenhum de meus irmãos em Cristo. Mesmo em minha necessidade de... (repita o desejo ou a necessidade), mostra-me o caminho a seguir, na vontade de Deus. Se estiver em meu caminho algum percalço ou cilada, desmanchai e o destrua o mal que ali estiver contido, com a permissão de Deus, nosso pai e pelo poder de teu merecimento, meu glorioso Santo Antônio. Assim seja! Assim seja! Assim seja!
Fazer esta prece às seis horas da manhã, ao meio dia em ponto e às seis da tarde, acendendo uma vela branca a cada vez e rezando um Pai Nosso e três Ave Maria. Quando alcançar a graça, publique, se desejar repartir sua sorte e sua fé com os outros irmãos.
PARA SUPERAR IMPREVISTOS SEU SEUS EMPREENDIMENTOS
Repentinamente, tudo começa a dar errado com seus empreendi-mentos ou surge algo que precisa ser resolvido com urgência e em relação ao qual você tem muitas dúvidas. Se ocorrer isso, tanto para assuntos de última hora como para negócios urgentes, faça a Oração de Santo Expedito imediatamente para encontrar solução.
Que a intercessão do glorioso mártir Santo Expedido me recomende a Deus, junto a Vossa vontade, a fim de que, com sua proteção, eu obtenha resultado onde meus próprios méritos são impotentes para alcançar. Assim seja! Eu vos suplico, meu Deus, que inspire com vossa graça todos os meus pensamentos e ações, para que eles encontrem em vós sua força e seu poder e sejam, pela intercessão de Santo Expedito, levados com coragem, fidelidade e prontidão em tempo próprio e favorável, a bom e feliz final. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, assim seja! Santo Expedito, honrado pelo reconhecimento daqueles que te invocaram à última hora e para negócios urgentes, eu te suplico para que me obtenha a graça que, com toda submissão e por seu intermédio, solicito. (Fazer o pedido).
Rezar um Pai Nosso e três Ave Marias. Acender uma vela branca num pires branco com terra. Depois lavar em águas corrente e deixar o pires de boca para cima sobre uma Bíblia, até a solução.
PARA SORTE NO TRABALHO
Nos tempos atuais, ter um emprego sólido já é uma sorte. Ter um emprego sólido e ganhar um salário digno é muito mais do que sorte: é quase uma bênção, que não deixa de ser sorte também, só que presenteada pelo Criador.
Para se sair bem em seu trabalho, em todos os sentidos, guarde bem estas três simpatias: nunca comece a trabalhar num novo emprego em outro período da lua que não seja a Lua Nova.
Sempre que tiver de fazer uma tarefa nova em seu emprego, tente negociar para iniciála nos primeiros dias da Lua Cheia.
Quando estiver trabalhando e encontrar alguma cruz traçada sobre sua mesa ou em seu local de trabalho, não questione nada. Apenas pise em cima dela com o pé direito e repita a seguinte intenção:
A tudo dominarei com a graça de Deus de seu filho Jesus Cristo e do Divino Espírito Santo.
PARA EMPREGAR-SE
Temos vivido crises atrás de crises, que vieram diminuindo o poder aquisitivo do povo, reduzindo-a a quase nada. Se para o empregado está ruim, para a pessoa desempregada
o sofrimento é em dobro, porque até o pouco que a sustentava de repente desapareceu. O desespero muitas vezes se abate sobre a pessoa, gerando desânimo ou coisas piores.
Se por uma fatalidade isso ocorreu com você ou com alguém que você queira ajudar, faça esta simpatia:
Reze diariamente, por sete vezes, entre as sete da manhã e as sete da noite, sete Pai Nosso, sete Ave Maria e sete Glória ao Pai. Após cada grupo de orações, reze com muita fé a Nossa Senhora, dizendo a seguinte intenção:Virgem Santa me socorra
Proteja este filho seu
Não o deixe na amargura
Pelo emprego que perdeu
Que o sustento ora perdido
Seja em breve devolvido.
Repita indeterminadamente a simpatia, até conseguir seu intento. Quando conseguir seu objetivo, faça sete cópias desta simpatia e distribua a sete pessoas desempregadas.
PARA TER UM EMPREGO
Pior do que um mau emprego, só mesmo o desemprego. Para um trabalhador não há pior castigo, principalmente num momento de crise, como o que estamos enfrentando em nosso país. Não há emprego para os jovens e os velhos ficam no desamparo.
A sabedoria popular sempre se preocupou com isso, pois trabalhar é cumprir os desígnios que Deus determinou ao homem, quando o expulsou do Paraíso.
Assim, caso precise conseguir um emprego, faça esta antiga simpatia: copie na contracapa de sua Carteira Profissional o trecho da Bíblia de Gênesis 3, 19:
No suor do rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, porque dela foste formado:à porque és pó e ao pó retornarás.
Sempre que for pedir um emprego ou antes de preencher uma ficha ou fazer uma entrevista, leia o texto acima três vezes, com fé em Deus, depois bata o pé direito no chão com firmeza.
PARA SER BEM SUCEDIDO EM SUA PROFISSÃO
O segredo de todo sucesso, em qualquer profissão, é o trabalho sério e honesto. Neste nosso país, percebemos que a corrupção se tornou um modelo a ser copiado.
Felizmente nem todas as pessoas são assim e se você acredita no trabalho sério e honesto, faça o seguinte para se prevenir:
Copie, num pedaço de papel branco, com caligrafia bem legível, o trecho da Bíblia de Oséias 14, 9 que diz assim:
Quem é sábio, que entenda estas coisas,quem é prudente que as saiba,porque os caminhos do Senhor são retos,e os justos andarão neles, mas os transgressores neles cairão.
Deixe num local de destaque, para que todos leiam.
PARA NÃO PERDER O EMPREGO
Ultimamente todos vivem um pesadelo constante. O medo ronda os trabalhadores. Todos estão na corda bamba. As empresas não suportam o ônus da crise. Despedem indiscriminadamente. A rua da amargura cada vez abriga mais pessoas. Um emprego, tão difícil de ser conseguido, pode ser perdido de uma hora para outra, sem maiores explicações. Esta simpatia busca dar segurança a quem ainda tem o seu emprego.
Ao receber seu próximo salário, separe sete moedas do mesmo valor e deposite-as na caixa de esmolas de uma igreja, dizendo: Neste mês são sete Mês que vem serão oito Segure bem meu emprego Que em breve serão dezoito.
Nos meses seguintes, vá aumentando uma moeda à quantidade depositada na caixa de esmolas sempre da mesma igreja, até totalizar dezoito. Nessas ocasiões você deverá repetir apenas os dois últimos versos da estrofe acima. No mês seguinte, após totalizar dezoito moedas, deposite dezenove moedas, depois continue aumentando uma moeda por mês, repetindo a intenção abaixo. Ao completar dezenove moedas, repita diga a intenção abaixo inteira e, nos meses seguintes, apenas os dois últimos versos.
Dezoito moedas já foram Dezoito meses enfim Se meu emprego continuar Elas nunca terão fim.
PARA EVITAR ROUBO DE GADO
O amigo do alheio sempre acha mais fácil tirar de quem tem pouco do que trabalhar para produzir ele mesmo. É uma raça que prolifera incrivelmente neste nosso país e as notícias estão aí, a toda hora, para confirmar esta afirmação. Se você cria gado e não quer enfrentar esse problema, faça a seguinte simpatia:
Numa segunda-feira, conte suas cabeças de gado e anote a quantidade num pedaço branco de papel, sem pauta, usando um lápis ou uma caneta comum. Dobre o papel em quatro e enterre bem no meio da porteira de seu pasto ou curral, dizendo três vezes a seguinte intenção:
Por aqui vocês entraram
Por aqui hão de sair
Somente quando eu mandar
Ou quando eu lhes pedir.
Observação: A partir da primeira vez, esta simpatia deve ser repetida a cada sete semanas, sempre numa segunda-feira. A contagem das cabeças tem de ser feita antes das seis horas da tarde.
PARA PERSEGUIÇOES NO EMPREGO
Infelizmente ainda existem pessoas que se julgam muito poderosas mas, no fundo, são umas pobres coitadas. Investidas de um poder que absolutamente não têm, acham que isso lhes dá o direito de pisar nos outros, humilhando-os ou submetendo-as a sua tirania. Isso se torna mais fácil até num momento de crise, onde conservar o emprego faz com que muita gente engula sapo sem querer.
Para essa pessoa, reze diatiamente, pedindo ao Espirito Santo que a ilumine e guarde, devolvendo-lhe a razão. Mas como a lei de Deus manda devolver também olho por olho e dente por dente, reze com fé a seguinte intenção:
Me socorra, Santo Espírito,
Desse Herodes filisteu,
Que vive zombando à toa
Deste pobre filho teu.
Repita todo dia, quando chegar para trabalhar, acrescemtado logo em seguida o que deseja que aconteça a essa pessoa, pelas maldades que ela vem praticando contra você. Não confunda justiça com vingança.
PARA BOAS COLHEITAS
Todos conhecem a situação do nosso agricultor. Já não tem mais incentivo, preço mínimo honesto ou estímulo algum para investir em suas terras. Quando o fazem, corremtoda sorte de riscos que a própria natureza do trabalho oferece. É muita incerteza para se enfrentar sem a proteção de uma simpatia adequada. Esta é simples e deve ser feita anualmente:
Na véspera de São João, antes da meia-noite, vá até uma fogueira que uma criança tenha acendido e jogue nela sete pequenas porções de tudo que você produz em suas terras e que vai produzir de novo no ano seguinte. Após atirar essas porções, que não precisam ser exageradas, um pouquinho é o bastante, diga a intenção que vem a seguir. Leve-a escrita em um papel, se for preciso, atirando o papel na fogueira, depois de lido.
Oh, meu São João querido
Para sempre em seu altar
Receba minha oferenda
Para mais sorte de dar
Ano que vem eu prometo
O dobro vou separar
E a sete famílias pobres
Eu prometo alimentar
Uma vez feita a simpatia, você não pode mais voltar atrás, sob pena de arrependimento. Durante o ano que se seguir, a sétima parte do que você produzir a mais em sua lavoura deverá ser dada a sete famílias necessitadas.
INTENÇÕES E ORAÇÕES PARA A BELEZA
Chamar de vaidade a preocupação com a beleza é desvalorizar o prazer estético produzido pela visão das coisas bonitas. É claro que isso não deve ser levado ao exagero, mas, como dizia o poeta, a beleza ainda é fundamental.
No fundo, ninguém se olha no espelho e fica satisfeito com o que vê. Em muitos casos, olha-o do outro lado um inimigo, com o qual ele não se identifica e em quem se vê apenas defeitos.
Isso é próprio dos homens, pois são os únicos animais existentes na face da terra que conhecem o uso do espelho. Criaram-no para sua vaidade, segundo dizem, mas acabaram escravizados por ele.
Não há quem não queira mudar alguma coisa de seu corpo, da mesma forma como não há quem não conheça uma reza ou uma intenção indicada para este o aquele problema de beleza, desde encrespar os cabelos até crescer um pouco mais.
Como em simpatias o que dá certo para um tem tudo para dar certo com o outro, cada pessoa que experimenta com sucesso uma prática rapidamente repassa a seus amigos e conhecidos. Essa prática é beneficiada pelo que as Intenções e Orações têm: a forma simplificada, ritmada e rimada na maior parte das vezes.
PARA EMAGRECER
Se você é magro(a), sorte sua, porque só tem a ganhar com isso. Se você está com alguns quilinhos a mais, no entanto, principalmente na barriga, fazendo(a) se sentir como um barril, estão está começando a ter problemas.Se deixa de comer, sente fome e se desespera. Ao se pesar, sente que não está compensando o sacrifício e volta a recuperar tudo que perdeu, emagrecendo um quilo e engordando dois. Acalme-se e não se desespere, usando uma simpatia bem simples para isso:
Numa sexta-feira de lua minguante, encoste a barriga numa porta de madeira e repita três vezes.
Tábua, tabuinha
Me deixa fininho(a).
A cada vez que repetir isso, bata a barriga na porta. Repita a mesma simpatia, sempre na mesma hora, sete semanas seguidas.
Observação: Algumas variações recomendam a simpatia acima apenas para as mulheres, apresentando, porém, uma variação para os homens que desejam, especificamente, perder a barriga. Ao invés de uma porta, eles devem procurar uma moita de bambu fino. Fazer como na simpatia acima, só que repetindo o seguinte:
Bambu, bambuzinho
Me deixa fininho.
PARA ESPINHAS
As espinhas são um grande problema, principalmente para os jovens. Quem sofre deste mal deseja por todos os meios ver seu rosto livre disso. Esta é uma simpatia apropriada, que deve ser feita em segredo, sem que ninguém jamais saiba que você a fez.
Quando dormir em uma cama que não é sua, antes de se deitar, passe as quatro pontas do lençol no rosto, repetindo três vezes em cada ponta:
Espinha sai do meu rosto
No lençol fica o desgosto
Observação: Jamais volte a dormir nesta mesma cama outra vez.
PARA EMAGRECER
Depois que a pessoa engorda, o maior problema é perder os quilos que conseguiu a mais. Começa, então, uma batalha terrível contra a balança, tentando regimes e mais regimes.
Uma vida saudável, com exercícios físicos e boa alimentação evitariam tudo isso, mas parece que ninguém no país está preocupado com a saúde do povo.
Assim, recorra a uma simpatia há muito utilizada, para ajudá-lo em sua luta contra a balança.
A cada três dias, no jantar, sempre depois das sete da noite e antes das nove, pegue uma cebola, descasque-a e vá retirando as camadas, até que ela fique fina e você consiga comê-la de uma só vez.
Coloque-a, então, na boca e, enquanto a mastiga, repita mentalmente por três vezes a seguinte intenção:
O que sai quero perder
O que fica, conservar
Conseguindo emagrecer
Sem voltar a engordar.
Observação: Dizem que esta simpatia, combinada com aquela que manda tomar o suco de um limão em jejum diariamente, ao se levantar, tem feito a alegria de muita gente por aí.
PARA AS SARDAS
Quem tem sardas acha que elas enfeiam seu rosto, mas esquecem-se da sabedoria máxima dos antigos que diziam que você tinha que aprender a explorar seus detalhes de beleza.
Um sorriso, os cabelos, a cor dos olhos, a voz, as mãos e até as sardas, são detalhes de beleza que você deveria realçar e explorar, pois eles complementam sua beleza.
Antes de pensar em uma simpatia que elimine suas sardas, tente esta primeiro. Na Lua Cheia, pegue um espelho e polvilhe canela em pó em sua superfície, depois fique de costas para a Lua e olhe-a através do espelho, de forma que consiga ver seu rosto e a lua. Repita três vezes mentalmente:
Sarda não é defeito
Nem pode causar tristeza
Sarda é de grande efeito
Pra realçar-me a beleza.
Feito isso, vire-se para a lua e sopre a canela na direção dela. Passe a realçar todos os detalhes de sua beleza.
Observação: A sugestão final desta simpatia, realce todos os detalhes de sua beleza, significa que você deve dar atenção aos seus cabelos, sorriso, dentes, boca, etc.
PARA ENCRESPAR CABELO
Muita gente gostaria de ter o cabelo crespinho como os cabelos de São João. Alguns mandam enrolar, fazem permanente e tudo o mais, mas após algum tempo eles voltar a ser lisos como antes. Para resolver definitivamente o problema, há uma antiga simpatia, praticada principalmente nas cidades do interior, onde ainda se conservam as tradições das festas juninas. Funciona assim:
Na noite da véspera de São João, após a reza do terço e quando for erguido o mastro com a bandeira do santo, corte uma mecha de seus cabelos e coloque-a dentro do buraco onde será fincado o mastro, dizendo por três vezes:
São João, meu São João
Para sempre em seu altar
Com capricho faça agora
O meu cabelo enrolar.
Em seguida, auxilie no erguimento do mastro e participe com fé nas orações feitas. Observação: Uma variação desta simpatia manda que, logo após o mastro ser fixado no solo, você plante três mudas de samambaia ao redor do local.
PARA EMBELEZAR
Esta é a famosa Simpatia da Borboleta e deve ser feita por aquelas pessoas que se sentem infelizes com a sua aparência. Este tipo de sentimento torna as pessoas apáticas. Livre-se de toda essa negatividade fazendo uma simpatia, que é bem simples.
Inicialmente, faça uma caixinha, usando uma cartolina verde. A caixinha deve ter alguns furinhos, pois ali dentro você irá pôr flores e uma borboleta azul e branca. Não pode ser outro tipo de borboleta, por isso esta simpatia tem caído ultimamente no esquecimento, por ser um tanto difícil de ser realizada por pessoas que moram na cidade.No entanto, vale o esforço. Uma vez presa a borboleta, que deverá ser manuseada com cuidado para não sofrer dano e venha a morrer. Por três dias, sempre na mesma hora, às seis da tarde, você deve falar com a borboleta, repetindo a seguinte intenção por três vezes:
Borboleta, borboleta
Eu quero a sua beleza
Você que um dia foi feia
Há de entender-me a tristeza.
Ao fim do terceiro dia, quando terminar de falar com a borboleta, ela deve ser solta.
Observação: Muita gente tem praticado esta simpatia sempre que encontram uma borboleta azul e branca. Entretanto, sabe-se que os melhores efeitos são sempre conseguidos nos períodos de lua nova.
PARA CRESCER
Se você já passou dos doze anos e se sente baixinho(a) ainda, triste por não crescer como seus amigos, por exemplo, fique tranqüilo(a). A vida é bela e você pode mudar isso com uma simpatia bem fácil de ser feita.
No primeiro dia da lua crescente, logo após o nascer do sol, vá até um bambuzal e encontre um pé de bambu que seja de sua altura. Segure-o com as duas mãos, na altura do seu coração, devendo a mão direita estar sempre acima da esquerda. Diga três vezes:
Bambu, amigo meu
Quero ser como você
Quero crescer um pouquinho
Um baixinho não vou ser (para homem)
Baixinha não vou mais ser (para mulher)
A cada sete dias, retorne ao mesmo local e repita a intenção, até completar sete visitas.
PARA SER BONITA
Diante de um espelho, uma mulher sabe se olhar e, com olhos críticos demais, sabe ver seus defeitos e sofre com isso. Por mais que se tente convencê-la do contrário, sabe-se que ela vê o que ninguém mais pode ver e o que a incomoda é tão sutil que jamais conseguiremos penetrar sua alma e compreender a exata dimensão de sua reclamação.
Para ela, apenas o coração de alguém que foi como ela e que entende a alma feminina. Para dar-lhe alívio, consolo e solução, apenas a Oração pela Beleza ao Sagrado Coração de Maria.
Deve ser feita diante de uma janela parte, voltada para o nascente, no momento em que o sol surge no horizonte. Uma vela deve ser acesa e posta no peitoril da janela.
Sempre Sagrado Coração de Maria, dê-me a tua misericórdia e compreenda os reclames de minha alma. O que vejo no espelho me entristece e eu rogo a tua brandura. Quando tantos sofrem, meu coração parede de pedra dura, ao pedir tal frivolidade. Mas é sincero o meu coração, ó sempre Sagrado, e honesta a minha preocupação. Não durmo, só choro; não rio, só lamento; sinto-me feia e peço a misericórdia de entender minha alma. Troque comigo a tristeza, me dando a minha beleza. Troque comigo a tristeza, me dando a minha beleza. Troque comigo a tristeza, me dando a minha beleza.
Rezar sete Ave Maria.
PARA MANTER A POSTURA
As orações são sempre surpreendentes porque a cada momento nós nos deparamos com os pedidos mais inusitados, feito às entidades mais inesperadas, de uma forma muito original e simples, revelando que a alma brasileira, em sua fervorosa religiosidade, se apega aos de quem ela sabe que pode esperar ajuda.
Esta simpatia pede que a pessoa tenha a espinha aprumada, isto é, reta, mantendo a postura e não se dobrando ou pendendo para um dos lados. Para ser eficaz, deve ser rezada com a pessoa deitada direto na terra, com o tronco desnudo. Alguns benzedores usam molhar com água benta o local onde as costas tocarão o chão.
Anjo do Senhor, a quem Deus ordenou que eu fosse guardado, leve-me pela vida reto e aprumado. Bendigo a Deus pela misericórdia e ao anjo pela retidão, pois entra meu espinhaço, com nada eu me embaraço. No ventre da minha mãe, cresci encurvado, por sua mão desentortado, meu anjo protetor, leve reto e aprumado, quando o tempo for chegado, para junto de Nosso Senhor.
Rezar um Pai Nosso e três Ave Maria.
Observação: Há uma outra oração mais curta, indicada para o mesmo fim, só que para ser rezada por qualquer um que o deseje, antes de dormir. Basta esticar o corpo na cama e pronunciá-la.
Anjo da minha guarda, semelhança do Senhor, ou por Ele enviado, para ser meu guardador, eu te peço, anjo bendito, que me mantenha guardado, com a minha espinha reta e o meu corpo aprumado.
INTENÇÕES E ORAÇÕES PARA A SORTE
Há um ramo das Simpatias Populares onde se manifesta com toda a sua força essa religiosidade do brasileiro e sua fé num futuro melhor, ainda que impossível.
Todos confiam na sorte e acreditam em sua existência, tanto que, mesmo não tendo cassinos em funcionamento, somos um dos países onde mais se joga no mundo.
Desde o antigo e famoso jogo do bicho até as mais modernas loterias, passando pelos bingos e pelos prêmios distribuídos pelas estações de televisão, tudo é motivo de especulação e de sonhos, onde cada um investe a esperança de um futuro melhor em troca de alguns trocados.
E o desejo de ver mudado o seu destino não reside apenas no sonho de ganhar muito dinheiro. No amor, as pessoas buscam uma sorte que, no fundo, significa simplesmente encontrar a pessoa certa e com ela viver feliz e tranqüilamente.
No trabalho, na vida particular, nas atividades sociais, na saúde e em todos os aspectos da vida, todo mundo deseja ter sorte e ficar livre de coisas como o azar, o mau-olhado, o olho-gordo, a inveja e a cobiça, que tantos efeitos danosos podem trazer para a vida de uma pessoa.
PARA TER SORTE
Se o seu problema ultimamente tem sido a falta de sorte, seja no amor, nos jogos, nas finanças ou na saúde, esta simpatia lhe ajudará a virar esta situação.
Numa sexta-feira de lua cheia, assim que a lua aparecer, pegue três pétalas de uma rosa vermelha, três moedas de um mesmo valor e três folhas de arruda. Coloque tudo na palma da mão direita estendida e dirija-se a lua cheia e peça o seguinte:
Lua cheia que no céu está,
é com respeito que venho
trazendo a esquerda vazia
|a direita oferecer
para que em troque me dê
no amor, dinheiro e saúde
a sorte que desejo ter.
Após o pedido feito, deixe secar por sete dias as pétalas de rosa e as folhas de arruda, dentro de uma Bíblia, juntamente com as moedas. Apenas abra o Livro Sagrado numa página qualquer do meio. Faça um saquinho com seda branca e coloque tudo dentro do mesmo. Carregue sempre o saquinho consigo.
PARA TER A PROTEÇÃO DE NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS
Dizem que a sorte é um estado de graça pelo qual se deve agradecer muito, todos os dias de sua vida. Da mesma forma, quem não a tem, pode encará-la como sendo também uma graça e recorrer à poderosa Simpatia de Nossa Senhora das Graças.
Todos os dias ao se levantar, faça a seguinte oração:
Jesus é todo poderoso e vós sois a mãe dEle; por isso, Nossa Senhora das Graças, a vós confio e espero alcançar a graça de ter sorte, principalmente... (especificar, se no amor, saúde, dinheiro, bens, amigos, amores, etc) que vos peço. Amém.
Acenda sempre aos domingos de manhã, próximo de uma janela aberta, uma vela para Nossa Senhora das Graças em agradecimento pela proteção divina que recebe.
PARA MARÉ BRAVA DE AZAR
Às vezes acontece na vida das pessoas aquela maré de azar brava, tão forte que parece coisa mandada mesmo. E muitas vezes é, exigindo uma providência imediata e drástica.
Se de repente você se der conta que é muito azar para uma só pessoa, vá a um cemitério e acenda quarenta velas em quarenta túmulos diferentes, depois acenda mais sete ao redor do cruzeiro, repetindo sete vezes a seguinte intenção:
Pelo nome da Virgem Maria
Pelo sangue de Nosso Senhor
Com essas almas reparto o azar
Ou devolvo ao seu criador.
Observação: Pode acontecer que nos próximos sete dias alguém procure você para lhe pedir desculpas ou perdão. Pode ser que ela não conte toda a verdade nem o que fez exatamente contra você, mas, sem questionar ou argumentar, simplesmente, de coração e com sinceridade, desculpe-a ou perdoe-a.
PARA FINANÇAS
Por mais que a pessoa trabalhe e economize, o dinheiro parece sempre fugir de suas mãos e de seus bolsos muito mais rápido do que entra, tornando difícil manter sob controle as finanças. Se a situação está assim, chegou a hora de fazer a simpatia certa para acabar com o problema.
Numa noite de Lua Cheia, de preferência numa sexta-feira, fique do lado de fora de sua casa, de forma que o luar ilumine todo o seu corpo. Segure em sua mão esquerda uma cédula de valor alto e, na direita, uma moeda de pequeno valor, o menor que estiver em circulação. Olhando sempre para a Lua, repita três vezes a seguinte intenção.
Lua Cheia, minha amiga
Que está no céu tão serena
Traga-me mais desta grande
Leve consigo a pequena.
Terminando de repetir pela terceira vez, recolha a cédula e guarde-a no bolso, atirando a moeda o mais alto que puder, na direção na lua.
PARA O ANO NOVO
Quando um novo ano se inicia, renovam-se todas as esperanças de sorte, de sucesso, de felicidade e de mudanças. As pessoas depositam muita expectativa no novo ano e diversas simpatias são feitas nesse período para garantir um ano feliz. Esta é uma das mais completas para esse fim.
No dia trinta e um de dezembro, antes da meia-noite, a pessoa do sexo feminino mais velha da família deverá distribuir entre os familiares reunidos doze bagos de uva para cada um, que deverão ser espalhados pelos bolsos de suas roupas.
À meia-noite em ponto, as pessoas deverão dar-se as mãos e repetir juntas, por três vezes, a seguinte intenção:
Doze meses são o ano
Doze apóstolos teve Cristo|
No ano que se inicia
Tudo que eu precisar
Com Deus eu sei que conquisto.
Após isso, rezar um Pai Nosso e três Ave Maria. Terminada as orações, as pessoas soltam as mãos e comem as uvas, guardando as sementes que serão postas entre seus pertences mais valiosos para ficar ali por todo o ano, dando sorte.
INTENÇÕES E ORAÇÕES DIVERSAS
O repertório de simpatias é tão grande, que praticamente existem subdivisões que abrangem todas as atividades e todos os momentos da vida de uma pessoa.
Na verdade, cada uma delas mereceria figurar não num capítulo específico, mas num tratado à parte, pois a diversificação é muito grande, inclusive em relação às práticas, onde podem fugir do convencional, incorporando elementos de culturas que ajudaram a formar nosso país.
A família e as crianças, as amizades e os familiares, o lar e o local de trabalho, o carro e as viagens, tudo, enfim, tem as suas simpatias específicas, inclusive uma cedendo a outra ou pegando de outra elementos para completá-la.
São tantas que muitas vezes se confundem. Um detalhe apenas transforma uma simpatia para curar caxumba numa simpatia para dor de ouvido ou para descobrir segredos.
Toda essa criatividade e essa habilidade para circular com naturalidade entre elementos místicos faz de nosso povo um caso à parte em toda a história das práticas mágicas.
O jeitinho brasileiro e a nossa versatilidade continuam sempre surpreendentes, graças, com certeza, à simpatia correta.
PARA LIMPAR SEU TRAVESSEIRO
Travesseiros guardam segredos. Desde que o mundo é mundo, o homem se deita para dormir apoiando sua cabeça em alguma coisa. Das camas mais pobres às mais luxuosas, todas têm seu travesseiro: fofo, duro, de pena, de espuma, de paina, não importa.
Seu travesseiro é seu amigo silencioso, ouve confidências, absorve seus problemas, recolhe suas lágrimas, acompanha-o nos bons sonhos e pesadelos.
Por isso os antigos recomendam um cuidado todo especial com ele, começando por não emprestá-lo para ninguém, nem deixar que sentem sobre ele. Além disso, para você ter seu amigo sempre limpo de impurezas malignas, que provocam noites mal dormidas e pesadelos, faça o seguinte:
Toda sexta-feira deixe-o pela manhã ao sol, virando-o para tomar luz nos dois lados. Depois, bata nele enquanto repete três vezes:
O que está dentro sai
Levando todos os medos
Para que dentro ele guarde
Apenas os meus segredos.
PARA AFASTAR MANDINGAS
A mandinga, também conhecida como catiça, feitiço, mal-feito, azar, mau-olhado e outros nomes, é um mal sempre presente em nossas vidas e aumentam, quanto mais negativos nos tornamos.
É como se nos tornássemos um ímã que só atraísse essas tranqueiras para nossas vidas. Por isto é importante estar sempre atento e regularmente fazer uma simpatia para isto. Uma das mais conhecidas é a Simpatia do Copo Moído e é muito simples.
Em uma sexta-feira, pegue um copo transparente sem uso e encha-a com sal grosso. Vá até a correnteza de um rio ou junto ao mar. Atire o sal na água, dizendo três vezes:
Água que desmancha o sal Desmancha também este mal
Feito isto, volte para casa, abra um buraco em um canto do muro ou junto de uma cerca, coloque o copo lá dentro e, com uma pedra, quebre-o até ficar bem moído. Deixe a pedra lá dentro e enterre tudo, acendendo uma vela branca sobre o local.
Observação: Recomenda-se muito cuidado com esta simpatia no momento de quebrar
o copo, evitando cortar-se. Isto porque, caso um caco de vidro lhe arranque sangue, seu azar não só persistirá como será duplicado. Portanto, todo cuidado é pouco.
PARA AFASTAR MALDADES
As simpatias, sendo feitas como recomendado, na ordem certa das coisas e com bastante fé, sem dúvidas trazem resultados antes mesmo de que se possa imaginar. Muitas são feitas contra algum mal que já está acontecendo. Outras são feitas preventivamente, antes que o mal apareça.
Para fechar literalmente seu corpo contra todos os tipos de maldades, aqui vai uma simpatia muito simples e poderosa: numa sexta-feira, às dezoito horas em ponto (seis da tarde), fique de joelhos diante de uma janela de onde se possa ver o sol se pondo.
Diga a seguinte intenção, em voz alta:
Caminhei por sete anos
Por sete anos fui seguido (a)
Sete anos libertado (a)
Sempre por Deus protegido (a)
Ainda que desacompanhado (a)
Pelos anjos fui benzido (a)
Salvei sete numa luta
Para nunca ser vencido (a)
Assim sigo meu caminho
Pelos sete protegido (a).
Esta simpatia fechará seu corpo contra as maldades, devendo ser feita por sete sextas-feiras seguidas.
PARA AFASTAR O MAU OLHADO DE SUA CASA
Ninguém está livre da inveja, principalmente se você sobe na vida, tem uma casa bonita, boa saúde,uma família unida ou um bom emprego. Para evitar que a inveja se transforme em mau olhado e contamine sua casa e sua família, faça o seguinte:
Na primeira sexta-feira de um mês ímpar (janeiro, março, maio, julho, setembro, novembro), pegue um copo branco e novo, coloque três colheres de sal grosso e encha o restante do copo com vinagre.
Em seguida, com um galho de arruda na mão direita, faça o sinal da cruz em todas as portas de sua casa, principalmente a de entrada, e com o copo com vinagre e sal na mão esquerda, vá borrifando seu conteúdo em todos os cantos da casa pronunciando em voz alta:
Saia mau olhado saia logo daqui
Essa casa é forte e você não fica aqui.
Depressa saia o azar
Depressa saia daqui
Você não há de ficar
Seu lugar não é aqui.
Observação: Quando terminar de purificar toda a casa, lave o copo e as mãos em água corrente.
PARA ENSINAR HUMILDADE A UM RICO MESQUINHO
Esta, como muitas outras importantes simpatias populares, usa de seu direito de prejudicar quem o está prejudicando. Ainda assim, o Cristo nos ensinou que perdoar é ainda o melhor caminho.
Muita gente, porém, acredita que o que aqui se faz, aqui se paga. Se é o seu caso e você tem alguma demanda contra um pessoa rica e mesquinha, use esta simpatia.
Não se esqueça nunca, porém, que o ditado também vale para você: o que aqui se faz, aqui se paga. Analise para ver se vale a pena usar este poderoso recurso:
Numa noite de sexta-feira, de preferência na lua minguante, recolha em um ponto de águas paradas de um rio sete pedras pequenas, de preferência bem irregulares, isto é; evite aquelas pedras redondinhas. Quanto mais quebrada e cheia de pontas, melhor.
Antes da meia-noite, vá a alguma propriedade dessa pessoa e jogue as pedras, uma longe da outra, em sete direções diferentes. A cada pedra que jogar, diga em voz alta:
É pedra de rio Não é pedra de mar Com ela eu te dou Sete anos de azar.
PARA DISCUSSÃO
Todo mundo anda nervoso hoje em dia. Basta observar os motoristas no trânsito. A cada dia estão mais tensos, xingam e brigam por qualquer coisinha.
O mesmo acontece em toda parte. No trabalho, na escola, na rua e mesmo em casa. Até nos locais de diversão (bailes, festas, etc) as pessoas estão perdendo as estribeiras.
Podemos nos envolver numa discussão séria a qualquer momento, mas, se decorarmos esta intenção e a repetirmos três vezes antes, sairemos ilesos da situação. Diz assim:
Quando Cristo foi pregado
Tremeram o Céu e a Terra
Que tremam os corações
Que agora se põem em guerra.
Quando voltar para casa, acender uma vela para seu Anjo da Guarda, em sinal de gratidão.
Observação: Esta simpatia você pode fazer em seu benefício ou para acabar com uma discussão que esteja ocorrendo ou prestes a ocorrer, envolvendo terceiros.
PARA OBJETOS PERDIDOS
Quantas vezes, dentro de sua própria casa, você procurou por um objeto, um documento ou qualquer outra coisa, não o encontrando de forma alguma, muito embora tivesse certeza absoluta que ele estava por ali?
Certeza que no mesmo dia ou alguns dias depois se confirmava, com a descoberta do que você procurava no lugar que ele deveria estar, tão à vista que se fosse uma cobra teria mordido você?
Isso acontece e são muitas as causas, desde as Almas das Crianças Brincalhonas a coisas mais sérias e perigosas, com as quais nem é bom mexer.
De qualquer maneira, se algo semelhante por acaso lhe acontecer, deixe o assunto para quem entende dele e faça um pedido a São Longuinho, descrevendo o que precisa ou deseja encontrar.
Repita três vezes a seguinte intenção:
Meu querido São Longuinho
Meu São Longuinho querido
Me ajude a encontrar depressa
O meu objeto perdido.
Assim que encontrar aquilo que perdeu, acenda uma vela num prato com açúcar, repetindo a seguinte intenção três:
Obrigado(a) São Longuinho
Pela minha alegria
O que era perdido encontrei
Com a sua companhia.
Depois que a vela queimar, lave o prato em água corrente, deixando-o de boca para cima.
PARA MEDO
O conceito de coragem mudou muito desde os tempos antigos. Hoje coragem não significa encarar um marginal armado, mas saber se controlar e não ser estúpido o bastante para se deixar matar.
Essa realidade, mostrada diuturnamente nos jornais, acabou gerando nas pessoas uma autêntica fobia. Todos temem até sair de casa hoje em dia. Para não sofrer desse mal, use uma simpatia, tão eficiente antigamente quanto agora.
Numa sexta-feira de Lua Cheia, logo pela manhã, mas antes das nove horas, saia e compre duas figas de madeira. Leve-as a uma igreja e segure-as nas mãos, enquanto reza um Pai Nosso e três Ave Maria diante do altar principal.
Ao sair, deixe uma das figas no chão, ali no local onde se ajoelhou para rezar. Não se separe mais da outra.
Sempre que for sair de casa ou se ver numa situação que possa apavorá-lo(a), aperte a figa com a mão direita e repita três vezes a seguinte intenção:
Minha coragem está no altar
Minha coragem está nos Santos
Dos perigos hão de me livrar
Na graça de Deus e do Espírito Santo.
PARA VÍCIOS
Para se chegar a um vício, tudo empurra, tudo ajuda. São os amigos, são os exemplos na família, é a propaganda feia abertamente, é o trabalho sórdido dos traficantes e bandidos e toda sorte de agentes do mal, circulando livremente para espalhar seus efeitos perniciosos. Os pais de família vivem hoje numa constante tensão, temendo por seus filhos.
Segundo os antigos, o melhor sempre foi prevenir, por isso recomendavam uma gama enorme de simpatias para esse fim. Uma delas, muito simples, pode ser feita no dia do batizado da criança, no dia de sua Crisma ou até o dia do seu sétimo aniversário. Após isso será inútil.
Para fazê-la, entre as sete da manhã e o pôr do sol, o pai da criança deverá ir até a beira de um rio, numa correnteza e apa-nhar uma pedra bem pesada. Com uma faca de ponta deverá riscar o nome da criança no alto da pedra, levantá-la acima de sua cabeça e repetir três vezes:
Vai, pedra pesada
Pras águas da correnteza
Que fulano(a) nunca tenha
Nenhum vício, com certeza.
Feito isso, jogar a pedra na correnteza.
Observação: É importante frisar que a pedra deverá ser jogada na correnteza, por isso é que tem que ser uma pedra pesada. Jamais, em hipótese alguma, jogue a pedra em local de águas paradas ou numa curva do rio.
PARA FALSOS AMIGOS
No mundo atual, a sinceridade parece ter se transformado em um artigo de luxo e, constantemente, somos iludidos por falsas amizades que, agindo levianamente, nos prejudicam ou nos trazem prejuízos. Proteja-se contra eles, fazendo o seguinte:
Em uma sexta-feira, após as seis horas da tarde, escreva em um pedaço de papel velho (pode ser de jornal até) o nome de todas as pessoas falsas que se lembrar. Em seguida, pegue um pedaço de pano preto, sem uso, dobre-o e recorte o desenho de um sapo nele, costurando as laterais com linha da mesma cor.
Deixe uma abertura na boca, por onde você recheará o sapo de pano com o papel onde escreveu os nomes que se lembrava. Prenda a boca do sapo com um desses alfinetes de pressão, e leve tudo para a beira de um rio, onde tenha um local de água parada.
Fique de costas para o rio e, por cima de seu ombro direito, jogue o sapo no rio. Repita por três vezes:
Sapo de pano
da boca fechada
segure esses falsos
na água parada.
Afaste-se em seguida, sem olhar para trás.
PARA CHATOS
Tem amigo(a) que não se toca mesmo e vivem nos aborrecendo com a sua chatice. Às vezes, nem fazem isso por maldade, só que incomodam mesmo, principalmente aquele tipo que nos visita nas horas mais impróprias, pedem favores que não podemos fazer ou simplesmente nos alugam interminavelmente. Para evitar este tipo de pessoa, proceda da seguinte forma:
Quando essa pessoa for até sua casa, peça a ela que escreva o próprio nome em um pedaço de papel. Use qualquer artifício para isso. Mais tarde, após a saída dela, coloque o papel em uma vasi
lha qualquer, bem velha, mesmo estragada, ateando fogo. Em seguida, espalhe sal grosso por cima. Jogue tudo depois em água corrente, inclusive a vasilha, repetindo três vezes:
Água do rio corrente
Água que vai para o mar
Não deixe esse(a) chato(a) vir
De novo me amolar.
PARA A ALEGRIA RETORNAR À FAMÍLIA
Se sua família anda com o seu astral negativo por qualquer motivo, não importa qual, com todos se sentindo de mal com o mundo, sem alegria, sentindo que tudo e todos estão contra vocês, é hora de mudar isso apelando para uma simpatia muito antiga e eficiente para estes casos.
Na primeira noite de lua crescente, e isso você deve observar muito bem em uma folhinha ou em um almanaque, ponha, após as seis horas da tarde, uma toalha branca sobre a mesa, com um pires branco ao centro e uma vela acesa. Começando por uma das cabeceiras da mesa, repita três vezes a intenção a seguir, girando na mesa sempre da direita para a esquerda, até fazer os quatro lados da mesa. Se sua mesa for redonda, não importa, basta marcar quatro pontos e seguir essas indicações.
Estamos tão tristes Crescente querida Nos traga de volta A alegria perdida.
(Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo)
Faça apenas no primeiro dia de lua crescente. A toalha deverá ser usada na primeira oportunidade em que você possa reunir todos os membros da família à mesa. Nesse momento, antes de comer, todos devem dar as mãos e rezar um Pai Nosso.
PARA PAZ INTERIOR
A angústia interior, a desarmonia do homem para com a natureza e para com o Criador e a total descrença na justiça dos homens têm provocado uma crise de valores com reflexos no íntimo das pessoas, que perderam a crença e, ao mesmo tempo, carregam sobre seus ombros o peso de todos os pecados do mundo.
Para momentos de grande atribulação, reconcilie-se com o Salvador, rezando fervorosamente, tantas vezes quantas julgar necessário, a Oração à Chaga do Ombro de Jesus, num local isolado e calmo, acendendo uma vela branca num pires branco.
Manso Cordeiro de Deus, apesar de eu ser uma criatura miserável, vos adoro e venero a chaga causada pelo peso da cruz que, dilacerando vossas carnes, desnudou os sos de vossos ombros sangrados e da qual a vossa mãe dolorosa tanto se compadeceu. Do fundo do meu coração vos louvo, vos glorifico e vos agradeço por essa chaga em vosso ombro em que carregas tes a cruz da minha salvação. Pelo sofrimento que padecestes por mim e que aumentaram o enorme peso de vossa cruz, vos rogo com toda humildade, tende piedade de mim, pobre criatura pecadora. Perdoai os meus pecados e conduzi-me ao céu pelo caminho da cruz e da chaga por ela provocada.
Reza-se sete Ave Maria e acrescenta-se ao final de cada uma delas: Minha mãe santíssima, imprimi em meu coração as chagas de Jesus crucificado.
Ao final de tudo, dizer:
O doce Cordeiro de Deus, sejais meu juiz e meu salvador, pela Glória do Pai, amém.
PARA PEDIDO DE GRAÇA
A nossa natureza sempre foi essa mesmo: só nos lembramos da divindade nos momentos de desespero. O que nos dá alento e esperança, no entanto, é saber que, ainda assim, ela não nos vira as costas e, como Pai e Irmão zelosos, estão sempre cuidando de nós, apesar de nossas ingratidões.
Se você estiver desesperado(a), precisando de uma graça especial, recorra à Novena do Poderoso Menino Jesus, que, em casos desesperadores, pode ser feita por nove vezes, em nove horas seguidas, começando em uma hora que seja múltiplo de três (três, seis, nove, doze, quinze, dezoito, vinte e um e vinte e quatro).
Oh, Jesus, tu que disseste: pede e receberás, procure e acharás, bata e a porta se abrirá. Por intermédio de Maria, tua Santa Mãe, eu bato, procuro e rogo que minha prece seja atendida e a graça de (mencionar a graça).
Oh, Jesus, tu que disseste: tudo que pedirdes ao Pai em meu nome, Ele atenderá. Por intermédio de Maria, tua Santa Mãe, por quem humildemente rogo ao Pai em teu nome, para que minha oração seja ouvida e me seja concedida a graça de (mencionar a graça).
Oh, Jesus, tu que disseste: o céu e a terra passarão, mas a minha palavra não passará. Por intermédio de Maria, tua Mãe, por quem rogo que minha oração seja atendida,peço a graça de (mencionar a graça).
Rezar um Pai Nosso, três Ave Maria e 1 Salve Rainha. Acender três velas num pires cheio de terra, depois lavá-lo em água corrente e deixá-lo de boca para baixo, até alcançar a graça.
PARA CAUSAS IMPOSSÍVEIS
Há diversas simpatias com esse objetivo e delas há diversas variações. Esta é a famosa Novena dos Três Pedidos, para ser feita quando se precisar resolver três assuntos de difícil solução.
Deve ser rezada com uma vela acesa na mão, durante nove dias seguidos. Após a oração de cada dia, a vela deve ser apagada. No último dia deixá-la queimar até o fim.
Oh, Santa Clara bendita, que seguiste a Cristo com sua vida de sacrifícios, pobre e oração, fazei com que, entregando-nos confiantes à providência divina, aceitemos serenamente Sua divina bondade e através de sua intercessão consigamos... (fazer os três pedidos).
Rezar um Pai Nosso e três Ave Marias (com a vela acesa na mão, depois apagá-la).
GUIA PRÁTICO PARA O SEU DIA-A-DIA
AS CARTAS MÍSTICAS
As Cartas Místicas são um meio prático de adivinhações, previsões ou aconselhamento, facílimas de serem manuseadas e interpretadas, fornecendo-lhe respostas rápidas para questões simples de seu cotidiano.
PROCESSO DIVINATÓRIO
Para a utilização das Cartas Místicas, use as cartas de Ás a 9, do naipe de Copas, de um baralho comum. Use uma mesa de madeira, forrada com uma toalha de cor violeta, de preferência. Não use toalha verde. Se não tiver uma toalha ou pano violeta, use uma toalha ou pano branco, mas sem desenhos ou bordados nele.
Para consultar as Cartas Místicas, você ou a pessoa que deseja obter uma resposta para uma questão ou situação do seu cotidiano espalhará as cartas a sua frente, sobre uma mesa, com os números voltados para baixo. Enquanto se concentra na questão para a qual busca resposta, a pessoa deverá embaralhar as cartas, movendo as mãos em círculos da seguinte forma: a mão esquerda deverá girar no sentido horário, da esquerda para a direita; a mão direita deverá girar em sentido oposto, da direita para a esquerda.
Após embaralhar as cartas, juntá-las com ambas as mãos, formando um maço simples, que deverá ficar sempre diante da pessoa que formula a questão. Em seguida, cortar o maço de cartas, com a mão esquerda, da esquerda para a direita. A carta que ficar logo em seguida ao corte, no maço restante, deverá ser virada também da esquerda para a direita. Esta conterá a resposta à questão formulada ou o conselho adequado àquela situação.
Para interpretar a resposta, basta consultar a tabela de previsões e significados do número da carta, observando sempre sua correta leitura quando à posição em que se encontra, se normal ou invertida.
SIGNIFICADO DAS CARTAS MÍSTICAS
Carta 1
Normal: Aja por si mesmo(a) e obterá o que deseja.
Invertida: Cuidado! Não deixe que o(a) convençam a fazer o que não deseja.
Carta 2
Normal: Decida-se! Uma excelente oportunidade o(a) aguarda.
Invertida: Cuidado! As pessoas podem não entender sua boa intenção.
Carta 3
Normal: Procure ser melhor no que faz. Você pode tomar um caminho não recomendável.
Invertida: Guarde suas idéias para si mesmo(a). Os outros podem usá-las contra você.
Carta 4
Normal: Termine primeiro o que começou. Não troque o certo pelo duvidoso.
Invertida: Seja prático(a). Evite idéias mirabolantes.
Carta 5
Normal: Concentre-se na realidade. Evite sonhar em demasia.
Invertida: Evite riscos de todo tipo. Alguém poderá prejudicá-lo(a).
Carta 6
Normal: Aproveite a vida com tranqüilidade. Pense um pouco na felicidade sua e alheia.
Invertida: Não se deixe dominar ou acabará sobrecarregado(a). Lute por seus direitos.
Carta 7
Normal: Siga sua intuição. Não force uma situação.
Invertida: Mantenha sua alegria. Ela atrairá ajuda e pessoas em quem poderá confiar.
Carta 8
Normal: Analise melhor seus projetos. Torne-os realidade, antes de pensar em dinheiro.
Invertida: Economize. Um bom negócio irá surgir. Confie na sua sorte.
Carta 9
Normal: Use seus argumentos, se estiver com a razão. Não manipule a verdade.
Invertida: Encare de frente todos os seus problemas, sem se deixar perturbar.
Você poderá usar as Cartas Místicas diariamente, para obter conselhos para questões imediatas. Mantenha um controle de suas previsões, analise-as e compare-as com a realidade. Isso desenvolverá sua sensibilidade e sua ligação com as cartas. Siga todos os passos corretamente e verá como isso se tornará um divertimento saudável, divertido e extremamente útil em sua vida.
Simpatias, Axés e Chás
Defumação para descarregar casa ou comércio:
Comprar mirra, incenso, bejoim, aniz estrelado, breu, alecrim e alfazema; misturar tudo e por num defumador com brasa, defumar dos fundos para frente; despacha nos verdes e bota um copo de água em cima.
Defumação para abrir caminhos:
Misturar num recipiente três colheres de açúcar, três colheres de pó de café, três colheres de canela moída e sete folhas de louro seco; defumar a casa da frente para os fundos fazendo pedidos, é bom fazer a defumação para descarregar a noite e no outro dia pela manhã ao nascer do sol fazer esta para chamar dinheiro, freguesia e tudo que é bom.
Banho para descarregar o corpo:
Colher pela manhã: levante, manjericão, alecrim, guaco, malva cheirosa, espada de são Jorge, espada de santa Catarina, orô, oito folhas de ameixa, um punhado de folhas de pitangueira, gervão, sete ramos de arruda, guiné, oito folhas de boldo, folhas de alfazema; por numa panela grande e bota a ferver por quatorze minutos, apague o fogo e deixe ficar em temperatura boa para banho, ponha o líquido sem as folhas num balde, entre dentro de uma bacia, vá despejando o conteúdo do balde por cima do corpo com uma caneca, faça os pedidos para os bons guias retirarem todos os males que tem em vosso caminho etc.., peça para alguém largar esta água de banho nuns verdes ou água corrente, por favor não vá por o banho no ralo do banheiro; você pode pegar este mesmo preparado e lavar a casa dos fundos para frente para descarregar, em vez de ferver, as ervas também podem ser maceradas, piladas, com água, o efeito é melhor ainda. Caso você não tenha como colher estas ervas podem ser compradas nos mercados ou ervanárias.
Banho para atrair bons fluídos:
Misture dinheiro em penca, folhas de dólar, folhas de malva cheirosa, folhas de laranjeira, folhas de elevante, folhas de manjericão, folhas de fortuna, macere estas ervas com água e coe, misture um pouco de água quente para dar temperatura de banho, ponha num balde entre dentro de uma bacia e vá despejando o banho por cima do corpo (nunca ponha nenhum tipo de banho na cabeça), despeje o conteúdo da bacia dentro do quintal. Se quiser lavar a casa com esta receita é bom lavar da frente para os fundos e despeje o resto no fundo do quintal; como é um banho para atrair bons fluidos não deve ser despachado do lado de fora do pátio, caso você more em apartamento deixe um vaso grande com folhagens numa área onde possa colocar estes banhos.
Banho para o amor:
Cozinhar um quarto de quilo de canjica amarela com bastante água, após cozida, coar e por o líquido a ferver com folhas de pitangueira por mais dezesseis minutos; após, acrescente dezesseis gotas de perfume de seu gosto, uma rosa branca, uma vermelha e uma amarela, todas despetaladas, tome um banho do pescoço para baixo. Ponha a canjica que sobrou numa bandeja com papel amarelo leve numa pracinha ponha de baixo de uma árvore e despejar o resto do banho em volta da bandeja fazendo pedidos, se puder deixe um vela branca acesa. Este banho é bom fazer antes de sair para festas ou lugares que você quer chamar atenção, pro amor faça antes de receber o companheiro(a).
Xarope para fortificar:
Um vidro de Biotônico Fontoura, seis ovos de codorna, meia lata de leite condensado, por no liquidificador e bater bem, por na geladeira, tomar um cálice antes das principais refeições.
Simpatia contra olho grande:
Pegue um copo grande e ponha mel até o meio, aí quebre um ovo e ponha dentro do copo e termine de encher de mel, deixe em lugar bem visível; de oito em oito dias despeje o conteúdo do copo em água corrente, (pode ser até na pia e deixe correr bastante água).
Para nunca faltar dinheiro:
Consiga um imã de tamanho médio, um prato oval, lentilha crua, dezesseis moedas corrente; ponha a lentilha no prato (crua), coloque o imã bem no centro do prato em cima da lentilha, deixe oito moedas grudadas no imã e as outras em volta sem encostar no imã, ele ficará atraindo o dinheiro, ponha num lugar onde ninguém veja, é bom por na primeira peça da casa, logo na entrada; se for comércio deixe perto de onde guarda o dinheiro.
Para atrair clientes:
Pegue uma taça de champanhe, vá até o portão (ou entrada principal), despeje a champanhe dos dois lados da entrada, acenda um cigarro de filtro branco, longo, dê três pitadas, baforando a fumaça para o lado de fora; coloque o cigarro num cantinho da entrada e deixe queimar até o fim; esta simpatia serve para chamar clientes em salão de beleza, casas de religião, boates e tudo que requer movimento.
Para adoçar alguém:
Uma maçã, mel puro, algodão, uma lata com tampa. Tire o tampo da maça e fazer um oco; escreva oito vezes o nome da pessoa e o seu por cima, corte as pontas do papel, passe mel nos nomes, dobre e coloque dentro da maçã, encha a maçã com mel, tampe a maçã e envolva em algodão, pedindo o que quer; ponha a maçã dentro da lata e tampe a lata, acenda uma vela branca em cima. (obs. Nunca saia de casa quando acender velas, se precisar sair peça licença e apague a vela, guando chegar acenda novamente).
Para ter sorte em provas e concursos:
Seis bananas sta. Catarina ou banana da terra, abra a banana com a faca até o meio ( com casca e tudo) ponha mel dentro, ponha em circulo numa bandeja, leve estas bananas e deixe em cima de uma pedra grande , acenda uma vela branca, e faça os pedidos para Xangô; guando tudo der certo vá na mesma pedra e ofereça doze bananas e seis velas em agradecimento.
Para ter movimento em comércio:
Pegue sete balas de mel e sete moedas corrente, vá na encruzilhada mais próxima de seu estabelecimento, segure as balas e as moedas com a mão direita bem perto da boca e faça os pedidos para o bará, após atire para o alto para cair no meio do cruzeiro, saia de costas, é bom fazer pela manhã ao nascer do sol em lua que não seja minguante.
Para quem tem mal dormir:
Pegue duas espadas de São Jorge e cruze em baixo do colchão do lado em que dorme, deixe sempre um copo de água doce do lado da cabeceira da cama e todos os dias despeje esta água numa planta que esteja em faze de crescimento, se for criança as espadas devem ser pequenas e na água vai açúcar e mel.
Simpatia para bronquite e asma:
Compre um coco de casca marrom, tire a água, encha de mel e enterre para o lado que baixa o sol; deixe enterrado por nove dias. No nono dia desenterre e deixe na geladeira, dê uma colher de café para pessoa tomar pela manhã e a noite, guando terminar o mel (tem que ser mel puro), leve o coco e atire dentro de um rio pedindo que assim como a água leva tudo que leve a asma, a bronquite do(a) fulano(a); é bom a pessoa comer o mel sem saber que é simpatia.
Xarope para sistema nervoso:
ferver um litro de água, um punhado de folhas de alfafa, cidró, alecrim, melissa, guaco, maracujá, laranjeira, hortelã, funcho, araçá e alface, com açúcar mascavo ou cristal, até ficar em ponto de xarope. Tomar 2 ou 3 colheres ao dia.
Ungüento para combater infecções:
Colocar em vidro de boca larga, folhas das seguintes plantas, lavadas e machucadas: 2 folhas de malva, 1 folha de confrei, 2 de guaco, 2 de salsaparrilha, 1 de maracujá, 2 de araçá, 2 de sálvia, 2 de alface, 2 de tansagem, um punhado de pétalas de rosas branca, 1 pedaço de cardamomo e 3 caroços de pêssego. Encher o vidro com azeite de cozinha, fechá-lo e colocá-lo ao sol. Após 5 dias, mexer bem, depois tomar uma colher por dia. Este ungüento é usado, também, para curar feridas e para problema de pele.
Pomada para rachaduras:
Fritar, até torrar bem, 1 xícara de sebo e um punhado de salsa. Coar. Passar 1 ou 2 vezes ao dia. Melhor após o banho da noite.
Pomada para micose, sarna, unheiro, unhas encravadas:
Fritar 14 folhas de espirradeira em uma concha de banha ou outra gordura limpa, em panela tampada e a fogo brando, até não frigir mais. Coar e guardar longe do alcance das crianças. Não se deve aspirar o vapor, ao abrir a panela. A pomada serve, também, para as feridas crônicas, mal curadas.
Vômitos, má digestão e diarréia:
1 copo de água fria, não bem cheio, 1 colher de suco de limão, 1 colher de farinha de trigo, 1 colher de açúcar cristal. Misturar e passar de um copo para outro, até formar bastante espuma, enchendo o copo. Tomar tudo de uma só vez e repetir, se necessário.
Verrugas:
Aplicar na verruga leite de figueira ou de coroa de cristo. Cuidar para não atingir os olhos. Ou torrar a casca de uma banana e colocá-la, com a parte branca sobre a verruga e prender bem. A banana pode estar verde ou madura, este remédio também serve para calos.
Tosse Alérgica:
Marmelo (fruta); colocar um marmelo num litro de água. Cozinhar e esmagá-lo com um garfo ou socador e recolocá-lo para ferver, com duas xícaras de açúcar. Tomar 1 colherinha três vezes ao dia.
Asma, Bronquite, Tosse:
Figo da índia, também chamado de tuna, cáctus: Cortar em fatias uma palma (folha) e colocar as fatias em camadas, com um quilo de açúcar, numa vasilia (não de alumínio). Deixar assim toda noite. De manhã, levar ao forno, até ficar em ponto de mel. Coar. Tomar uma colher, 3 vezes por dia, durante quinze dias.
Crem: Ferver, durante 10 minutos, um punhado de folhas de crem com meio quilo de mel ou de açúcar. Tomar uma colher, 3 vezes ao dia.
Mil em ramas: ferver durante 2 minutos, uma folha em uma xícara de água. Tomar quando necessário.
Nabo: Cortar um nabo em rodelas e colocar em panela (não de alumínio), com uma xícara de açúcar. Deixar em repouso, durante uma noite. De manhã por no fogo, até ficar cor de mel. Esmagar as partes inteiras. Coar. Tomar uma colher, três vezes por dia, durante 15 dias.
Bronquite:
Bananeira:Tomar um pé de bananeira, de 30 a 60 cm, com raiz, cortar em rodelas e colocar em camadas numa vasilia (não de alunímio), com um quilo de açúcar. Deixar uma noite de repouso. De manhã, cozinhar, até o ponto de mel. Coar. Deitar no bagaço que ainda resta, açúcar e meio litro de água e ferver durante 15 minutos. Guardar em geladeira. Se fermentar, ferver de novo. Tomar uma colher 4 vezes ao dia.
Aipo ou salsão: ferver durante 15 minutos, 1 pé com raiz e tudo em 1 litro de água e meio quilo de açúcar. Tomar uma colher 3 vezes ao dia.
Reumatismo no sangue:
Carrapicho (bardana): pegar um punhado de 200 gr de carrapicho ou semente de bardana, parti-las ao meio e colocar num vidro de boca larga, com xícara de mel. Encher o litro com um vinho suave. Deixar em repouso, por 4 dias, coar, tomar 1 colher 4 vezes ao dia. Fazer uma pausa de 10 dias e repetir a dose. Se não houver cura repetir a receita novamente.
Limeira: Preparar um chá, com 10 cm de raiz de limeira, por um litro de água. Tomar uma xícara, 3 vezes ao dia.
Dor de Cabeça:
Cravo da índia: colocar dentro de 3 xícaras de água fria 3 cravos, bem esmagados, durante 15 minutos. Depois tomar.
Corticeira: ferver, durante 2 minutos, uma folha ou um pedacinho da casca da corticeira em uma xícara de água. Tomar, podendo adoçar com mel.
Batata inglesa: Cortar em rodelas, 1 batata inglesa e pôr uma pitada de sal. Colocar na testa
Café, limão ou laranja: Tomar aos goles, 1 xícara de café preto, quente, adoçado, misturado com uma colher de suco de limão ou de laranja.
Cólicas:
Manjerona, poejo - ferver, durante 3 minutos, em 2 xícaras de água um galhinho de manjerona ou poejo, tomar frio em um dia.
Cólicas menstruais:
Louro: ferver durante 3 minutos, 1 folha de louro em 1 xícara de água. Tomar de uma só vez.
Funcho: Colocar um punhado de funcho machucado em álcool de farmácia 96, após 1 hora tomar 10 gotas, em meio copo d'água.
Cólicas de nenês:
Extrair o suco das folhas de manjerona e com o mesmo esfregar a barriguinha da criança, massageando suavemente.
Diabete:
Sabugueiro: ferver durante 3 minutos uma folha em 1 xícara de água. Tomar uma xícara por dia durante 90 dias.
Abacateiro: ralar o caroço de 1 abacate, colocar em um vidro com o suco de 9 limões. Deixar na geladeira durante 9 dias. Coar. Tomar 1 colherinha por dia.
Carambola (fruta): Chupar em jejum 1 fruta de carambola por dia. Cuidado ela faz baixar a glicose em pouco tempo.
Carambola (folhas): ferver 2 folhas em uma xícara de água, durante 3 minutos. Tomar uma ou mais xícaras por dia, conforme se acertar com a glicose.
Jambolão: Ferver uma folha em uma xícara e água. Tomar uma xícara por dia.
Nogueira: ferver, durante 3 minutos, 1 folha por xícara de água. Esta chá liquida com a diabete, purificando o sangue.
Abcesso ou Tumor:
Cebola branca: Cozinhar uma cebola e colocá-la, cortada em rodelas, sobre o furúnculo ou abcesso.
Língua de Vaca: lavar bem, uma folha de língua de vaca, secá-la, esmagar nas nervuras, com uma garrafa, aquece-la no fogão, passar um pouco de banha e colocá-la sobre o furúnculo.
Babosa: (cataplasma) Pegar uma folha de babosa, tirar os espinhos e esmagá-la bem. Juntar uma colher de mel e uma colher de farinha de trigo. Colocar esta mistura sobre o abcesso ou furúnculo.
Ácido Úrico:
Couve: machucar uma folha e ferver, durante 2 minutos, em 3 xícaras de água. Tomar 1 xícara, 3 vezes ao dia.
Cipó-cabeludo: ferver um pedaço de 15 centimetros, durante 7 minutos, em 3 xícaras de água. Tomar 1 xícara 3 vezes ao dia.
Alho: Esmagar os dentes de uma cabeça de alho. Colocar no álcool. Expor o vidro aos raios de sol, durante 15 dias, sacudindo o vidro, todos os dias. Tomar, em meio copo de água, 5 gotas por dia.
Adenóides:
Limão: espremer um limão médio num copo. Colocar uma colherinha de sal. Diluir e pingar uma gota por dia, em cada narina. Molhar o algodão com esta mistura e fazer massagens nos lados das narinas.
Própolis: Passar essência de própolis, pingar e massagear, por fora das narinas.
Afecções do baço:
Alfazema: Aplicar catlapasma quente. Cozinhar uma planta (caule e folhas) e aplicar sobre a região do baço.
Chá de Alfazema: Preparar o chá, com 2 folhas de alfazema, por xícara de água. Tomar 1 xícara, 4 vezes ao dia.
Alcoolismo:
Maracujá: Colocar 3 folhas e 3 flores ou 3 frutos dentro de uma garrafa de cachaça, durante 7 dias. Tomar uma colher pela manhã e uma à tarde.
Couve: Colocar 3 talos de couve, durante 7 dias, dentro de uma garrafa de cachaça. Tomar uma colher de manhã e uma à tarde.
Pimentão verde: Colocar um pimentão verde, dentro de uma garrafa de cachaça, durante 7 dias, tomar uma colher de manhã e uma à tarde.
Cancerosa: Colocar 10 folhas dentro de uma garrafa de cachaça, durante 7 dias. Tomar uma colher de manhã e uma à tarde.
Guiné: Colocar 3 raízes dentro de uma garrafa de cachaça, durante 7 dias. Tomar uma colher pela manhã e uma à tarde.
Café e Sal (para passar a bebedeira): Tomar 1 xícara de café forte com sal.
Anemia e Fraqueza:
Beterraba: Uma beterraba com casa, cortada em rodelas, colocadas em camadas numa vasilia (não de alumínio) , com meia xícara de açúcar, deixar em repouso, durante 3 horas, tomar 3 vezes ao dia: adultos, 1 colher e crianças, 1 colherinha.
Ferro: Pôr um pedaço de ferro, de 4 centimetros, e sem outras misturas, dentro de um vidro de 800 gramas, de melado de cana ou rapadura e encher o vidro com vinho. Deixá-lo exposto aos raios do sol, durante 7 dias. Tomar 1 colher por dia.
Melado: Tomar uma colher de melado 3 vezes ao dia.
Mocotó: ferver uma pata de rês, sem casco, até desmanchar. Colocar sal, retirar toda a gordura e comer, uma vez por semana, todas as nervuras, tomando um copo do caldo que restou. Isto reconstitui o cálcio do organismo alivia o cansaço da cabeça.
Cenoura ralada: Tomar um copo de cenoura ralada, com leite ou com vinho, ou melado, pela manhã.
Espinafre: Bater no liquidificador, um punhado de cerca de 200 gramas de espinafre. Adoçar com mel e colocar suco de limão. Tomar uma colher 2 vezes ao dia.
Angina do Peito, Dores do Coração, Angústia:
Aspargo: ferver durante 5 minutos, uma raiz de aspargo ou raminho, em 1 xícara de água. Tomar 1 vez por dia.
Pêssego: ferver, durante 10 minutos, 1 caroço de pêssego, em 3 xícaras de água. Tomar 1 xícara 3 vezes ao dia.
Jasmim: Ferver, durante 10 minutos, 3 folhas de jasmim, em 3 xícaras de água. Tomar 1 xícara, 3 vezes ao dia.
Palpitações:
Mel: Tomar uma colher de mel puro, todos os dias.
Alface: fazer uma chá com uma folha de alface, para uma xícara de água. Colocar a folha na xícara e sobre a mesma água fervente. Tampar e deixar em infusão, durante 5 minutos. Tomar uma xícara, 3 vezes ao dia. Este chá serve também para nevralgias, cólicas intestinais e reumatismos.
Artrite (reumatismo deformante):
Bardana: Pegar 4 ou 5 folhas de bardana e colocá-las uma em cima da outra, cobri-las com um pano e passar ferro quente. Colocar as folhas aquecidas sobre a parte dolorida.
Câimbras:
Mel: Tomar 2 colheres de mel, à noite, antes de deitar.
Laranja e Mel: Colocar 1 xícara de mel em 1 litro e terminar de enchê-lo com suco de laranja. Agitar bem. Tomar tudo, durante 1 dia.
Banana: Comer 2 bananas , ao deitar.
Reumatismo no Sangue:
Carrapicho (bardana): Pegar um punhado de 200 gramas de carrapicho ou semente de bardana, parti-las ao meio e colocá-las num vidro de boca larga, com 1 xícara de , mel. Encher o vidro com um vinho suave. Deixar em repouso por 4 dias . Coar. Tomar 1 colher, 4 vezes ao dia. Fazer uma pausa de 10 dias e repetir a dose. Se não houver cura repetir a receita novamente.
Limeira: preparar um chá, com 10 cm de raiz de limeira, por 1 litro de água. Tomar 1 xícara 3 vezes ao dia.
Ataques Epiléticos:
Pente de macaco: para chá, pode-se usar toda a planta. Pegar um punhado de 200 gramas de folhas, por litro, ou um pedaço de 4 cm de cipó, por litro. Tomar uma xícara de chá, 2 vezes ao dia.
Essência de cipó de pente de macaco: apanhar 3 punhados de folhas de cipó de pente de macaco, por litro de álcool ou 9 pedaços de cipó , de 4 cm. Colocar as folhas ou cipó num vidro de um litro e encher com cachaça ou álcool de farmácia. Deixar em infusão, durante 4 dias. Tomar com água , 4 vezes ao dia, conforme segue: de 0 a 1 ano de idade, 3 gotas; de 2 a 4 anos, 4 gotas; de 5 a 8 anos 5 gotas; de 9 a 11 anos, 8 gotas; de 15 anos em diante, 10 a 15 gotas.
Cançaso nas pernas (pernas inchadas):
Sal e água: com água morna e sal grosso, fazer uma salmoura e lavaras pernas,deixando-as de molho por 15 minutos.
Laranjeira e sal: ferver, durante 5 minutos, um bom punhado de folhas de laranjeira, em 3 litros de água e 1 punhado de sal. Depois lavar as pernas, deixando-as de molho por uns 15 minutos.
Aveia ou lentilha: cozinhar em 3 litros de água, um punhado de sementes de aveia ou lentilha, com um punhado de sal. Depois lavar as pernas, deixando-as de molho por 15 minutos.
Pão molhado: pôr os pés em cima de 2 fatias de pão molhado em água.
Vinho, cravo da índia, noz-moscada, erva doce e açúcar: ferver até o ponto de xarope (uns 20 minutos), 1 garrafa de vinho, 1 colher de cravo da índia, meia colherinha de noz-moscada moída, 1 colher de canela em casca, 1 colher de erva doce ou funcho moído e meio quilo de açúcar. Coar, tomar uma colher 3 vezes ao dia, crianças uma colherinha, 3 vezes ao dia.
Cobreiro:
Alho: Esmagar folhas ou dentes de alho e misturar com azeite. Passar no local afetado, 1 ou 2 vezes ao dia.
Coluna - para dor e reumatismo:
Composto de Ervas: Colocar em um vidro um punhado de 100 gramas de angico, 50 gr de corticeira, de preferência verdes, 100 gr de mil em ramas, 1 folha de chapéu de couro, 3 folhas de Maria mole, 1 galho de folhas de beladona (virados para baixo, geralmente, com 3 lírios, no final da haste, rosa ou amarelo) e algumas sementes de girassol. Machucar bem as folhas. Encher o vidro com azeite de milho ou de arroz ou de oliva. É anti-inflamatório e anestésico, mas , somente para uso externo.
Cloreto de Magnésio: 10 gramas para cada 3 litros de água fervida e fria. Tomar 4 colheres, ou 50 ml , 2 vezes ao dia.
Fazer escalda-pés, com água morna, durante 30 minutos. Isto alivia a dor da coluna. Esfriando a água colocar mais água quente.
Corticeira: ferver durante 15 minutos, 3 pedaços médios de casca de corticeira, em 1 litro de água. Tomar 1 xícara, 3 vezes ao dia.
Corticeira, raiz de funcho, folhas de avenca: ferver 4 pedacinhos de casca de corticeira, 1 raiz de funcho e varias folhas de avenca, em 1 litro de água. Tomar 1 xícara, 2 vezes ao dia.
Doença da Gota (inflamação nas juntas e tornozelos):
Manteiga e vinho: Aquecer 1 xícara de manteiga sem sal. Juntar 1 xícara de vinho. Ferver durante 10 minutos. Deixar esfriare depois, passar no local dolorido, massageando levemente.
Óleo de capivara: Misturar álcool canforado com óleo de capivara. Passar no local dolorido, esfregando-o levemente.
Chapéu de couro: Colocar 3 folhas em 1 litro de cachaça. Deixar em infusão durante 15 dias. Tomar uma colher de manhã e a noite, em meio copo de água. Ou ferver um pedacinho da folha durante 5 minutos, em 1 xícara de água. Tomar 1 xícara de manhã e 1 a tarde.
Samambaia: ferver um punhado de folhas de samambaia em água e sal. Ensopar uma toalha e colocar no local dolorido, enrolando, por cima, outra toalha seca. Fazer isto em dias alternados, 1 sim e o outro não.
Enxaqueca:
Pétalas de rosa: ferver durante 2 minutos, 4 pétalas de rosa, de preferência branca, em 1 xícara de água. Tomar 2 xícaras por dia ou quando for necessário.
Cebola e Açúcar: Caramelar 1 xícara de açúcar. Juntar uma cebola ralada, 4 colheres de água. Cozinhar durante 5 minutos. Tomar 1 colher, 3 vezes ao dia.
Casca de Laranja: Mastigar, durante o dia, casca de laranja, por 6 dias seguidos.
Ovo e Pimenta: Aquecer 1 ovo, durante 3 minutos; quebrar-lhe a ponta e juntar 3 grãos de pimenta bem moída. Tomar de uma só vez.
Café e Limão: 1 xícara de café preto, bem quente, adoçado. Juntar uma colher de suco de limão ou de laranja. Tomar em goles. Repetir se for necessário .
Semente de aveia: Dormir com travesseiro de sementes de aveia.
Orientações Gerais:
1) - Quando recolher as plantas ou ervas?
Para secar e guardar, as ervas devem ser colhidas, a partir das 9 horas da manhã, para não ficarem úmidas com o orvalho.
Deixá-las secar bem, guardar em vidros bem fechados e rotulá-las, indicando o que contêm, para que servem e como usá-las.
2) - Que folhas juntar?
Escolher sempre as folhas mais "velhas". Não usar folhas com bolor ou com aparência duvidosa.
3) - Como proceder?
Recolher as ervas e cobrí-las, para secar, em lugar bem limpo e ventilado, na sombra, pode ser sobre uma mesa.
4) - Como preparar o chá?
Somente algumas plantas são fervidas, as que tem folhas secas e caules duro. O tempo de fervura varia de 5 a 30 minutos. As folhas macias, finas e verdes não devem ser fervidas. Coloca-se água fervente sobre elas, tampa-se e deixa-se em descanso por 15 minutos. Depois o chá pode ser tomado, conforme a receita.
Santo Antônio
Santo Antônio, o ‘Santo Casamenteiro’, é reverenciado no dia 13, e a ele são dedicadas a maioria das simpatias realizadas no mês de junho. Sua especialidade: arrumar maridos.
Diz a lenda que duas moças não tinham dinheiro para o dote, e portanto não arrumavam casamento. Santo Antônio teria jogado um saquinho de moedas pela chaminé para suas vizinhas na época: as duas moças desamparadas. Este episódio da vida do santo teria dado origem à sua fama de ajudar as moças a arrumarem marido.
Para alcançar uma graça - Trezena de Santo Antônio
Reza-se por treze dias, por treze terças-feiras ou treze domingos seguidos, orações invocando o Divino Espírito Santo e oferecendo a devoção a Santo Antônio. O número treze, no caso, refere-se ao dia em que Santo Antônio faleceu e não ao poder mágico do número. Diz-se que a origem desta trezena ocorreu em Bolonha. Uma senhora tinha grande devoção por Santo Antônio e, precisando de uma graça, visitou por nove dias seguidos o altar dedicado a ele, na Igreja de São Francisco, orando pela intercessão do santo na solução de seus problemas. O pedido atendido fez a fama do santo espalhar-se e deu início à prática. Logo, logo, os nove dias transformaram-se em treze, já que, como foi dito, a data lembrava a morte do santo, em 13 de junho de 1231. Existem milhares de orações dedicadas a Santo Antônio. Esta é uma das mais conhecidas:
“Santo Antônio, meu grande protetor: apresento-me a vós, pedindo-vos que alcanceis de Deus o perdão dos meus pecados, o espírito de conversão, o crescimento no amor de Deus, e a perseverança no Bem, até o fim de minha vida. O que especialmente vos peço é a seguinte graça: (faz-se o pedido). Se esta não for conveniente para minha salvação, alcance-me a perfeita conformidade com a vontade divina. Santo Antônio, nestes dias que consagro à vossa honra, como em todos os dias da minha vida, fazei com que eu conserve a graça e amizade divinas, que d'Ele nunca me afaste pelo pecado e que enfim tenha a felicidade de amá-lO e gozá-lO para sempre, em vossa companhia, na felicidade eterna do céu. Amém”
Para amarrar alguém
Escrever ao longo de uma fita azul, com um metro de comprimento, o nome do amado por extenso e amarrar em torno da imagem prometendo soltá-la quando conseguir namorá-lo. Na falta de um nome específico, fazer o pedido de um amor, condicionando a liberação a arranjar alguém.
Para que a paixão seja correspondida
1- Para a pessoa amada corresponder ao seu amor, pegue alguma peça de roupa dela e durma com ela, somente ela, durante uma semana.
2- Todos os dias, durante 15 dias no mesmo horário, feche os olhos e imagine uma cena sua com seu amor, extremamente amorosa e apaixonante. Se a pessoa só precisava de um empurrãozinho para perceber, isso vai funcionar bem!
Para casar-se rapidamente
1- Pegue um raminho de manjericão e divida em dois,
igualmente. Com a primeira metade faça um chá e tome logo ao dormir. O outro punhado, coloque em um copo com água e deixe-o em seu quarto.
2- Pegue uma colher de pau, uma calcinha, um guardanapo branco. Todos devem ser novos. Embrulhe-os em um papel vermelho e coloque em baixo da sua cama por três dias. Depois pegue o embrulho e jogue-o em um rio ou córrego. Depois, vá até uma igreja e reze para o santo.
Para o casamento acontecer
Plante um pé de cravo branco em um vaso bem bonito. Faça deste plantio um momento de devoção ao santo. Cuide deles com carinho e quando as flores nascerem, pegue uma e ofereça a Santo Antônio.
Para arrumar namorado
Pegue 7 rosas e coloque-as em um vaso bem bonito. Enquanto faz isso reze para Santo Antônio. Depois que elas secarem, leve as pétalas até uma igreja onde aconteçam muitos casamentos.
Para conquistar um homem
A mulher deve coar um café em uma blusa sua usada e servir ao amado. Não há quem resista!
Para escapar de armadilhas e ciladas
Faça essa oração sempre ao meio-dia ou às seis horas da tarde com uma vela branca acesa durante três, sete ou nove dias consecutivos.
Meu glorioso Santo Antônio, com sua força bendita, ajudai-me nesta jornada para que eu possa conseguir (faça o pedido) e com seu cordão de prata, que traz em sua cintura, prenda o que desejo até que chegue às minhas mãos, sem prejudicar meus irmãos. Mesmo com minhas necessidades mostra-me o caminho a seguir na vontade de Deus. Se estiver em meu caminho alguma cilada ou armadilha causadas pela vontade alheia, desmanchai-as e o mal que nelas estiver será destruído com a permissão do Pai, pelo vosso poder e merecidamente meu Glorioso Santo Antonio. Assim seja.
Oração a Santo Antônio
Glorioso Santo Antônio,
que tivestes a sublime dádiva de abraçar e afagar o Menino Jesus, alcançai-me desse mesmo Jesus
a graça que vos peço e vos imploro
do fundo do meu coração.
(faça seu pedido).
Vós, que tendes sido tão bondoso para com os pecadores,
não olheis para os poucos méritos de quem vos implora,
mas antes fazei valer o vosso grande prestígio junto a Deus
para atender o meu insistente pedido.
Amém.
Santo Antônio, rogai por nós.
(Rezar um Pai-Nosso, uma Ave-Maria e Glória-ao-Pai)
Do livro Orações Milagrosas, de Regina Maria Azevedo, Editora Outras Palavras
São João
Dia 24 é o dia de São João, o ‘Santo Festeiro’ e, por conta disso, seu dia é sempre comemorado com muita alegria e dança. São João também é conhecido como protetor dos casados e dos enfermos.
Depois que alcançar a graça, os fiéis mostram seu reconhecimento lavando o santo durante a festa. Este banho é feito à meia-noite da véspera do dia 24 em um rio, riacho, lagoa ou córrego. O padrinho recebe da madrinha a imagem do santo e lava-o com uma cuia, caneca ou concha. Depois de ser lavada, a imagem é entregue para a mulher que o enxuga com uma toalha de linho.De acordo com Maria Eugênia Sahagoff, a tradição diz que a mãe de João, Santa Isabel, teria acendido uma fogueira para anunciar à sua prima, Maria, mãe de Jesus, o nascimento do seu bebê. A fogueira faria a fumaça ser vista de longe. Daí o ritual de acender fogueira, na noite de São João. Para a pesquisadora Maria do Rosário T. de Lima, o nome correto das celebrações de junho poderia bem ser “Festas Joaninas”, e não Festas Juninas, como são chamadas hoje.
Mas a origem da fogueira é bem antiga, “vem dos rituais pagãos pré-cristãos” lembra Maria do Rosário. Um tempo em que os deuses eram a própria Natureza e as pessoas faziam festas para obterem boas colheitas e prosperidade na comunidade. Estas festas seriam, assim, relacionadas a estes ritos agrários, que garantiam a fertilidade da terra. Duas simpatias remetem a estas épocas muitíssimo antigas: Para que algo prospereA fogueira, nas festas pagãs, era uma homenagem à deusa Héstia. As pessoas jogavam na fogueira as primícias, ou seja, os primeiros e mais bonitos frutos das lavouras em homenagem à deusa para que ela garantisse sempre boas colheitas. Atualmente é tradição jogar na fogueira algo relacionado ao aspecto de sua vida que você deseja fazer prosperar.
Para alcançar a felicidade
Antigamente as sociedades pagãs faziam com que o gado passasse em cima das brasas da fogueira para evitar doenças. Hoje, as pessoas pulam a fogueira para garantir felicidade na vida.
Para saber em qual dos seus pretendentes você deve investir
Na noite do dia 23 para o dia 24 coloque em uma bacia com água papeizinhos dobrados com os nomes dos seus pretendentes. Na manhã seguinte, o papel que estiver mais aberto contém o nome da pessoa em quem você deve investir.
Para enriquecer
Na noite de 23 de junho coloque ao relento uma nota de um dólar (ou um real, é claro). Na manhã seguinte, pegue essa cédula, guarde-a na carteira, ou na bolsa e ande sempre com ela.
Para o nome do amado
Na noite de São João, finca-se uma faca que não tenha sido usada, numa bananeira. Ao retirá-la, no dia seguinte, aparecerá na lâmina a inicial do(a) amado(a).
Para saber se o casamento ainda vai demorar
Na noite de São João, cozinha-se um pirão firme de farinha e no meio da massa, de olhos fechados, joga-se um grão de milho. Ainda com os olhos fechados, corta-se o pirão em três partes: uma, é colocada na porta da frente da casa, outra sob o leito e a terceira, na porta dos fundos. No dia seguinte, esfarela-se a massa em busca do grão. Se o caroço estiver na porção que ficou debaixo da cama, o casamento ainda demora; na porta da frente, será para breve e, na porta dos fundos, nem tão cedo haverá casório.
Para saber quem é seu prometido(a)
1- Na noite de São Pedro, colque na mesa um lugar com pratos, talheres e um tanto de comida guardada do almoço e jantar. Durante o sono, o(a) prometido(a) aparecerá nos seus sonhos.
2- Na noite de São Pedro, coloque a chave da porta de entrada debaixo do travesseiro. O homem ou mulher que aparecer em seus sonhos, será o amor da sua vida. Esta simpatia é tida como importante no caso de viúvos(as).
Para resguardar sua casa
Compre um vaso com uma espada de São Jorge. Na véspera do dia de São Pedro, peque a chave da porta da frente de sua casa e coloque-a dentro de um copo novo e sem uso com água pura dizendo em voz alta: “São Pedro, apóstolo e guardião, envolva toda a minha casa com sua proteção”. Deixe o copo dormir ao relento. No dia seguinte, ao meio-dia, despeje a água do copo no vaso com a espada de São Jorge e repita a invocação a São Pedro.
Trazer marido de volta
Na noite da véspera de São Pedro, pegue três punhados de sal e jogue em água corrente (de rio ou mesmo na pia com a torneira ligada). Ao jogar cada punhado, diga: “assim como este sal se desmancha na água, o interesse do meu amado por outra mulher se desmanchará”.
Para acabar com vício de bebida
Faça um furo num coco. Em seguida, escreva numa folha de papel o nome da pessoa que você deseja afastar do vício. Enrole o papel e coloque-o dentro do coco. Lacre com cera de vela derretida. Na noite de 28 de junho enterre o coco ao pé de um coqueiro, enquanto reza três Ave-Marias e três Pai Nossos. Peça a São Pedro que abra o coração da pessoa com o problema, para que ela seja libertada do vício para sempre.
ALGUMAS SIMPATIAS DE SANTO ANTÔNIO
Conhecido, carinhosamente, como Antoninho, Santo Antônio tem fama de casamenteiro. Dizem que as simpatias evocadas em seu nome dão certo. Claro que tudo isso faz parte das supertições bem características do povo brasileiro. Talvez pela mistura de raças e crenças, não sabemos, mas a posição que temos diante dessas brincadeiras, vamos chamar assim, é a grande necessidade das pessoas conseguirem uma fórmula para tudo na vida.
1 – Quem deseja descobrir o nome do futuro companheiro deve comprar um facão e, à meia-noite do dia 12 de junho, cravá-lo numa bananeira. O líquido que escorrer da planta deve formar a letra do futuro amor.
2 – Uma das mais antigas tradições diz que, para descobrir o futuro companheiro, é preciso escrever os nomes dos candidatos em vários papéis. Um deles deve ser deixado em branco. À meia-noite do dia 12 de junho, eles devem ser colocados em cima de um prato com água, que passará a madrugada ao relento. No dia seguinte, o que estiver mais aberto indicará o escolhido.
3 – Aqueles que têm pressa em arranjar um namorado devem comprar uma pequena imagem do santo. E para agilizar a conquista do pedido, fazer dois procedimentos: tirar o Menino Jesus do colo do religioso, dizendo que só devolverá quando conseguir um namorado, ou ainda, virar o Santo Antônio de cabeça para baixo.
4 – O mais afoito tem ainda outro recurso. Deve ir a um casamento e dar de presente aos noivos uma imagem de Santo Antônio, sem o Menino Jesus. Depois, pedir no altar para se casar com alguém, especial ou não. Assim que a graça for alcançada, deve retornar à igreja e lá depositar a imagem do Menino Jesus.
5 – Os que já estão acompanhados, mas ainda não subiram no altar, também possuem práticas específicas. A pessoa deve amarrar um fio de cabelo seu ao do namorado. Eles devem ser colocados aos pés do santo, que, logo, logo, resolve a questão.
6 – À meia-noite do dia 12 de junho, quebre um ovo dentro de um copo com água e o coloque no sereno. No dia seguinte, interprete o desenho que se formou. Se aparecer algo semelhante a um vestido de noiva, véu ou grinalda, o casamento está próximo.
7 – Para a pessoa saber se o futuro companheiro será jovem ou mais velho, é preciso arranjar um ramo de pimenteira. De olhos fechados, ela deve pegar uma das pimenteiras. Se a escolhida for verde, ele será jovem. Caso contrário, o casamento acontecerá com alguém de idade avançada.
8 – A tradição popular acredita que há uma forma especial de fazer as pazes entre casais brigados. Para isso, é preciso um cravo e uma rosa. Os talos devem ser amarrados juntos com uma fita verde, na qual serão dados 13 nós. Durante o procedimento, o devoto deve pensar que Santo Antônio vai uni-los outra vez.
9 – Para descobrir se falta muitos anos para a grande data, na véspera do dia 13 de junho, à meia-noite, amarre uma aliança – que pode ser de qualquer parente – numa linha ou num fio. Coloque um copo sobre a mesa e segure o fio de modo que a aliança esteja dentro do copo. Pergunte, então, quantos anos faltam para o casório. O número de batidas informa quantos anos ainda restam para o Dia D.
SIMPATIA PARA RECONCILIAÇÃO
Acenda duas velas, uma rosa e outra azul, unidas com uma linha branca e ofereça para a Corrente dos Anjos da Reconciliação, pedindo que desfaçam o mal-entendido e que tragam novamente a harmonia na relação, desde que seja para o bem de ambos.
- SIMPATIAS PARA QUEM ESTÁ SÓ
1) Abrir a porta da frente da casa para que Santo Antônio permita a entrada de alguém especial em sua vida, dizendo: “Santo Antônio, protetor dos enamorados, faça chegar até mim aquele que anda sozinho e que em minha companhia será feliz”.
2) Acender uma vela rosa, de qualquer tamanho, em um pires com mel e pedir ao Arcanjo Haniel a verdadeira realização afetiva.
3) Colocar um quartzo rosa dentro de um copo transparente, com água filtrada, e deixar no sereno, na véspera de Santo Antonio, pedindo tudo que almeja para realização afetiva tipo: felicidade, respeito, harmonia, companheirismo, cumplicidade, afeto, dedicação, carinho, amor, compreensão, etc.
No dia seguinte, passar a água:
Nos pulsos, para se articular sempre com equilíbrio;
Nos joelhos, para ter flexibilidade e respeitar o outro;
No coração, para amar com sinceridade, e que o amor seja pleno e digno.
4) No dia de Santo Antônio, olhe para o céu e escolha uma estrela . Fixe nela seu olhar e faça seu desejo com fervor.
Abra os braços e agradeça ao Universo a chegada do amor.
- P/ AQUELE QUE SOMENTE “FICA” FORMALIZAR
Retire 3 espinhos de uma rosa vermelha e coloque dentro do perfume que você usa e que a pessoa gosta. Peça para Santo Antônio remover os obstáculos “se for para a felicidade de ambos”. Use o perfume sempre que estiver com a pessoa
Pão dos Milagres
Durante sua vida no mosteiro, trabalhou como padeiro. Aprendeu todos os segredos da preparação e depois dava os pãezinhos aos pobres. Entendeu de onde vem a fama do pãozinho milagroso do santo? Ainda hoje eles são distribuídos nas igrejas de Santo Antônio e devem ser colocados dentro de uma lata de açúcar, para que nunca falte alimento em casa. E não se esqueça de comer um pedacinho antes de guardar.
ORAÇÃO DE SANTO ANTÔNIO
Ó grande e bem-amado Santo Antônio de Pádua! Vosso amor a Deus e ao próximo, vosso exemplo de vida cristã, fizeram de vós um dos maiores Santos da Igreja. Eu vos suplico tomar sob a vossa proteção valiosa minhas ocupações, empreendimentos, e toda a minha vida.
Estou persuadido de que nenhum mal poderá atingir-me, enquanto estiver sob vossa proteção. Protegei-me e defendei-me: sou um pobre pecador. Recomendai minhas necessidades e apresentai-vos como meu medianeiro a Jesus; a quem tanto amais. Por vosso mérito, Ele aumente minha fé e caridade, console-me nos sofrimentos, livre-me de todo mal e não me deixei sucumbir na tentação.
Ó Deus poderoso, livrai-me de todo o perigo do corpo e da alma. Auxiliado continuamente por vós, possa viver cristãmente e santamente morrer.Amém.
PARA ACHAR AS COISA PERDIDAS
Grande santo Antônio, apóstolo cheio de bondade, que recebestes de Deus o poder especial de fazer achar as coisas perdidas, socorrei-me neste momento, para que por vosso auxílio, encontre o objeto que procuro.Obtendo-me também uma fé ardente, perfeita docilidade às inspirações da graça, o desejo de levar uma vida de verdadeiro cristão, e uma esperança firme de alcançar a bem-aventurança eterna. Amém.
ORAÇÃO PELA FAMÍLIA
Querido Santo Antônio! Abençoai e protegei a nossa família. Conservai-a sempre unida no amor. Assisti-a nas necessidades temporais e afastai dela todo mal. Abençoai-nos. Fazei que nunca nos falte trabalho como também todas as coisas necessárias para podermos viver honestamente e educar bem os filhos.Amém
Oração dos Namorados
Meu grande amigo Santo Antônio, tu que és o protetor dos namorados, olha para mim, para a minha vida, para os meus anseios. Defende-me dos perigos, afasta de mim os fracassos, as desilusões, os desencantos.
Faze que eu seja realista, confiante, digna e alegre. Que eu encontre um namorado que me agrade, seja trabalhador, virtuoso e responsável. Que eu saiba caminhar para o futuro e para a vida a dois com as disposições de quem recebeu de Deus uma vocação sagrada e um dever social.
Que meu namoro seja feliz e meu amor sem medidas. Que todos os namorados busquem a mútua compreensão, a comunhão de vida e o crescimento na fé.Amém.
ORAÇÃO POR UMA PESSOA ENFERMA
Ó querido Santo Antônio, que sempre ajudaste os que a ti recorrem com confiança, peço-te com fervor por uma pessoa doente a quem quero muito.
Suplico-te que obtenhas o dom da sua cura ou, pelo menos, que sejam aliviados os seus sofrimentos, e ela tenha a força de oferecê-los a Deus em união com a paixão de Cristo.
Tu, que na tua vida terrena foste amigo dos que sofrem e te prodigalizaste em favor deles através da caridade e do teu dom dos milagres, fica a nosso lado com tua proteção, consola o nosso coração, e faze que nossos sofrimentos físicos e morais sejam fonte de merecimento para a vida eterna.
OFERECIMENTO À SANTO ANTÔNIO
Meu glorioso e amável Santo Antônio, eu vos ofereço estas saudações e orações, e, honra de vossas heróicas virtudes e santidade admirável. Peço-vos humildemente me alcanceis de Deus Nosso Senhor, e de sua Mãe Maria Santíssima, junto de quem gozais de tanto poder, uma resolução firme de seguir vossos exemplos, para que, dirigindo meus passos por este caminho, na imitação de vossa virtudes, encontre afinal a eterna felicidade.
Rogo-vos me alcanceis também, do mesmo Senhor, o auxílio para todas as minhas necessidades, tanto espirituais como corporais. Por vosso intermédio espero alcançar estes benefícios do Altíssimo. Tenho a certeza de que não faltareis com a vossa proteção a quem, como eu, tanto confia no vosso amparo.
Espero também ser socorrido por vós na hora de minha morte, para que vencidos todos os males, meu espírito, finalmente livre das prisões desta vida mortal, possa desfrutar para sempre a perfeita liberdade dos filhos de Deus, e gozar de sua visão, em vossa companhia no céu.Amém.
BENÇÃO DE SANTO ANTÔNIO (Breve de Santo Antônio)
“Eis aqui a Cruz do Senhor! Fugi, partes contrárias, venceu o leão da tribo de Judá e a Raiz de Davi. Aleluia, aleluia!Cristo vence, Cristo reina, Cristo manda com império, Cristo nos defende de todo o mal. Cristo Rei veio em paz, o Verbo se encarnou e Deus se fez homem".- Rogai por nós, Santo Antônio.
- Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
OREMOS: Ó Deus, nós vos suplicamos que a presença de Santo Antônio, vosso confessor e doutor, alegre a vossa Igreja para que, fortalecida sempre com os auxílios espirituais, mereça gozar as alegrias eternas. Por Jesus Cristo. Amém! Amém.
RESPONSÓRIO DE SANTO ANTÔNIO
Se milagres desejais
Contra os males e o demônio
Recorrei a Santo Antônio
E não falhareis jamais.
Pela sua intercessão
Foge a peste, o erro e a morte,
Quem é fraco fica forte
Mesmo o enfermo fica são.
Rompem-se as mais vis prisões,
Recupera-se o perdido,
Cede o mar embravecido,
No maior dos furacões.
Penas mil e humanos ais,
Se moderam, se retiram;
Isto digam os que viram,
Os paduanos e outros mais.
- Rogai por nós Santo Antônio,
- Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
Oremos
Ó DEUS, nós vos suplicamos, que alegre à vossa Igreja a solenidade votiva do bem-aventurado Antônio, vosso Confessor e Doutor, para que, fortalecida sempre com os espirituais auxílios, mereça gozar os prazeres eternos.
Por JESUS CRISTO, nosso Senhor. Amém.
ORAÇÃO PARA OFERECER ALGUMA ESMOLA A SANTO ANTÔNIO
Santo Antônio, glorioso taumaturgo, pai dos pobres! Tendes o dom de compadecer-vos de todas as misérias dos infelizes. Apresentais ao Senhor nossas súplicas, fazendo que sejamos atendidos.Hoje quero oferecer-vos, como prova de meu reconhecimento, a esmola que deponho a vossos pés, em benefício dos pobres. Que ela seja de proveito para os que sofrem, e também para mim. Em todas as necessidades temporais e espirituais, socorrei-nos a todos com vossa benevolência. E daí- nos vossa especial proteção na hora de nossa morte. Amém.
CINCO MINUTO DIANTE DE SANTO ANTÔNIO
Há quanto tempo te esperava, alma devota, pois bem conheço as graças de que necessitas e que desejas que eu peça ao Senhor!Estou disposto a fazer tudo por ti; mas, filho dize a uma todas as tuas necessidades, para que eu seja o intermediário entre Deus e ti, e possa suavizar teus males. Sinto a aflição de teu coração, e quero unir-me às tuas amarguras.Desejais o meu auxílio no teu negócio... queres minha proteção para restituir a paz na tua família... para conseguir algum emprego... para ajudar aqueles pobres... aquela pessoa necessitada ... para que acabe aquele sofrimento... queres tua saúde ou a de alguém a quem muito estimas? Coragem, que tudo obterás.
Agradam-me as almas sinceras, que tomam sobre si as dores alheias, como se fossem próprias. Mas eu bem vejo como desejas aquela graça, que há tanto tempo me pedes.Tem fé, que não tardará a hora em que hás de obtê-la.Uma coisa, porém, desejo a ti. Quero que recebas mais vezes Jesus na Eucaristia; que sejas mais devoto para com nossa Mãe, Maria Santíssima. Quero que propagues a minha devoção e ajudes meus pobres. Quanto isto me agrada ao coração! Não sei negar nenhuma graça àqueles que socorrem os outros por meu amor, e bem sabes quantos favores são obtidos por este meio.Amém.
TREZENA DE SANTO ANTÔNIO
As trezes terças-feira em honra de Santo Antônio.
Por volta de 1617, uma senhora da cidade de Bolonha(Itália) ainda não tinha conseguido gerar um filho, apesar de ter adotado desde que se casou, durante longos anos. Na sua aflição, recorreu a santo Antônio com muita fé.
O santo lhe pareceu em sonho, pedindo-lhe para visitar a igreja dos Frades Menores a Santa Comunhão durante nove terças-feiras consecutivas, que suas preces seriam atendidas. O filho tão desejado, que asseguraria a continuidade de descendência, chegou para a grande alegria daquela família. O bebê, porém, nasceu aleijado e desforme, correndo risco de morrer. A mãe não perdeu a confiança no seu protetor e levou o seu filhinho à capela do convento dos franciscanos. Quando o colocou no altar do Sato e ele tocou a ara sagrada, logo se transformou numa criança saudável e perfeita. A partir desse milagre, devoção das Nove Terças-Feiras, que depois se elevou para treze, em comemoração à data da morte de Santo Antônio, espalhou-se pelo mundo inteiro.ORAÇÃO INICIAL(a ser repetida todos os dias da trezena)
Em nome do Pai do Filho e do Espírito Santo. Amém. Ò glorioso e querido santo Antônio, o vosso amor a Deus e vosso zelo em propagar seu Reino, vosso compaixão para com os mais pobres e deserdados, vossa devoção do Menino Jesus e sua santa Mãe, mereceram-vos durante vossa vida e após a vossa santa morte o dom dos milagres. Lembrai-vos, ó querido santo protetor, de que nunca se ouviu dizer que fosse abandonado aquele que a vós recorresse, implorando vossa proteção. Com fé e confiança recorro a vós e imploro humildemente que atendais ao meu pedido (dizer a graça que deseja). Assim seja.
1° Terça-feira
Nosso santo protetor, santo Antônio: o egoísmo, a violência, o desamor campeiam em toda parte, Deus e seus mandamentos são esquecidos e desrespeitados, Cristo Jesus ofendido e sua Santa Mãe injuria, protegei nossas famílias, aumentai nossa fé, dai-nos um coração dócil à ação do Espírito Santo e aberto á caridade.
Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória-ao-Pai.
Rogai por nós, glorioso santo Antônio.
Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.
2° Terça-feira
Ó Glorioso santo Antônio, o vosso coração manso e humilde só pulsou para amar e servir a Deus. Essa chama que ardia em vosso coração se espalhou pelo mundo, atingindo a quantos se aproximassem de vós. Na contemplação do Coração de Jesus, aberto pela lança, aprendestes a amá-lo e as almas resgatadas pelo seu Sangue preciosismo. Tornai o nosso coração semelhante ao vosso e ensinai-nos aprender amar a Deus e ao próximo como a nós mesmos.
3° Terça-feira
Ó bondoso santo Antônio durante toda a vida terrena, por onde vós passáveis, espalháveis paz e bem, afastai de nós toda intolerância e toda discórdia. Fazei
com que em nossas famílias reinem a paz e o amor. Tornai-nos construtores da paz e fiéis discípulos de Cristo, Nosso Senhor.
4° Terça-feira
Ó santo Antônio, vós que fostes luz e sal da terra, conservai-nos a fé. Afastai de nós todo erro e toda maldade. Livrai-nos das ciladas do inimigo maligno. E, se por acaso cairmos durante a nossa caminhada para o Pai, ajudai-nos a nos levantar e a seguir os passos de Jesus, porque só ele é o caminho, a verdade e a vida.
5° Terça-feira
Ó bondoso santo Antônio, vós que fostes sempre compassivo para com as mães angustiadas e apreensivas pela sorte de seus filhos, alcançai-nos de Deus misericordioso e da Virgem Maria, nossa Mãe celestial, que as nossas crianças e nossos jovens cresçam numa família e numa terra sem males.
6° Terça-feira
Ó zeloso santo Antônio, vós que, para pregar a Palavra de Deus e para trazer de volta ao redil de Cristo as ovelhas desgarradas, sofrestes perseguições e incompreensões, fazei com que todos os homens e mulheres que sofrem perseguições por causa do Reino de Deus sejam amparados e confirmados no testemunho e na fidelidade diante dos sofrimentos.
7° Terça-feira
Ó santo Antônio, peregrino de Cristo, vós que deixastes a terra natal para seguir os passos de Jesus e levar a Boa Notícia a terras estranhas, conheceis bem as agruras e sofrimentos dos migrantes. Amparai a todos aqueles que são forçados pela fome, pela falta de trabalho, pelas perseguições e pelas injustiças sociais a deixar sua pátria, sua casa, sua família.
8° Terça-feira
Ó misericordioso santo Antônio, vós que, como fiel seguidor de Cristo e de são Francisco, escolhestes uma vida de pobreza e de penitência, fazei que nossos olhares estejam voltados para as coisas do céu e que nosso coração se abre para os mais carentes e desamparados.
9° Terça-feira
Ó santo Antônio, modelo de perseverança, pelo amor e dedicação que vos levou inúmeras vezes atender os agonizantes, confortando-se e ajudando-se no seu derradeiro combate, assisti-nos na hora da nossa morte e acompanhai-nos até a mansão eterna.
10° Terça-feira
Ó santo Antônio, infatigável missionário, que percorrestes vilas e cidades para pregar o Evangelho e converter os hereges, mostrando a todos o caminho da verdade e da unidade. Confirmai-nos na fé católica e fazei com que os nossos irmãos separados possam reencontrar o caminho da unidade, formando novamente uma só família em Cristo.
11° Terça-feira
Ó invencível santo Antônio, que com o jejum e a oração afugentastes e derrotastes os demônios, guardai nossas almas e nossos corpos, defendei-nos contra a tentações do inimigo, maligno, para que não exerça o poder de nos molestar em pensamentos, palavras e obras, e afastai de nós quaisquer medos e vãos receios. Cultivai em nós o santo temor de Deus.
12° Terça-feira
Ó glorioso santo Antônio, arrebatador de almas, que ouvistes o grito agonizante de Cristo: tenho sede! Guiai-nos até a fonte viva para que possamos beber da água que mata a sés para sempre. O mesmo Jesus diz: “Quem beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede, pois a água que eu lhe der tornará nele fonte de água jorrando para a vida eterna”.
13° Terça-feira
Ó santo Antônio, lírio branco de pureza e fiel servidor de Jesus, que tivestes a felicidade de receber a visita da Santa Mãe de Deus e tivestes nos vossos braços virginais o Menino Jesus, nós vos suplicamos que nos preserveis de todos os males corporais e espirituais; auxiliai a todos os que lutam para se livrar da escravidão da droga e de qualquer outro vício; velai pelo povo de Deus, que é santo, mas também
pecador, a fim de que possamos convosco agradecer e louvor a Deus por toda a eternidade.
Amém.
BENÇÃO DOS LÍRIOS DE SANTO ANTÔNIO
Ò Deus, criador do gênero humano, que amais a virtude da pureza e concedeis bênçãos espirituais e a salvação eterna aos que vós confiam, abençoai estes lírios que hoje com devoção vos apresentamos em honra do vosso confessor e doutor Santo Antônio. Que estes lírios ajudem a suscitar as virtudes em vosso fiéis e a curar as suas enfermidades. Aos que os usarem com devoção em suas enfermidades, os expuserem em seus lares ou os trouxerem consigo com espírito da fé, concedei o vosso conforto, a saúde corporal, a proteção contra o inimigo e o crescimento na virtude da pureza. E assim, servindo a vós, a exemplo de Santo Antônio, consigam a vossa graça e a verdadeira paz.
MARAVILHAS DAS SIMPATIAS CIGANAS
PARA ADQUIRIR CONFIANÇA
As pessoas se angustiam e se revoltam consigo mesmas, quando não encontram coragem interior para enfrentar a vida e seus desafios. Por causa disso, condenam-se a uma reclusão prejudicial e deixam de aproveitar a vida por isso. Entre os ciganos isso também acontece, mas uma simpatia muito fácil resolve isso rapidamente. Assim que os pais percebem algum tipo de medo na criança, tratam de fazer-lhe uma roupa, usando, para isso, o tecido de uma outra roupa que tenha pertencido a um dos avós. Os melhores e mais rápidos resultados são obtidos com tecidos vermelhos.
PARA DESENVOLVER A DESTREZA
Nós ciganos temos muito orgulho de nossa destreza numa porção de coisas que nos são tradicionais, como cavalgar, dançar, praticar artes mágicas e outras atividades. Com certeza você verá, olhando um cigano autêntico, que ele sempre usa muitos colares e pulseiras, tanto o homem quanto a mulher. O que parece uma extravagância na verdade é uma das simpatias mais antigas de nosso povo. Para desenvolver a destreza em qualquer atividade você precisa usar uma jóia que tenha pertencido a alguém que tenha sido um mestre nisso.
PARA MOSTRAR A CAPACIDADE
Desde muito cedo o cigano aprende a respeitar as tradições e a ajudar e participar dos trabalhos na sua tribo, enquanto desenvolve seu potencial e se aprimora em algum tipo de arte. No momento em que ele define essa atividade e quer mostrar toda a sua capacidade, ele passa a praticá-la e estudá-la vestindo um paletó do pai ou uma blusa ou casaco da mãe. O que muita gente julga ser uma brincadeira dos ciganinhos, vendo-os com roupas folgadas para seus corpos, é na verdade uma tradição milenar de nosso povo.
PARA EVITAR FALSIDADES
A honra e a hombridade são muito importantes no meio cigano, pois aqui um homem ainda vale pela sua palavra, sem necessidade de avalista ou de fiador. Isso não signifique que um ou outro se deixem desvirtuar e cabem fazendo o que não devia. Uma das piores coisas entre nós é a falsidade e, para evitá-la, um cigano leva consigo um punhal de prata, deixado por um antepassado já falecido, enquanto que a cigana usa uma aliança de ferro na mão direita, deixada por uma antepassada. Segundo nossas lendas, o punhal do homem falso e o anel da mulher dada a falsidades estão constantemente enegrecidos pelas suas más vibrações e, por isso, fazem deles pessoas facilmente reconhecíveis. Observação: Pessoas falsas que tenham que polir constantemente o punhal ou o anel são logo descobertos porque o polimento desgasta o metal, traindo-o. Trocar constantemente esses objetos também é tido como indicação de falsidade.
PARA VENCER A FRAQUEZA
O ser humano não é, infelizmente, um ser perfeito. Tem vícios e defeitos que são desafios e tentações que ele deve enfrentar e superar se quiser andar pela vida de cabeça erguida. A fraqueza pode afetar o caráter de uma pessoa, desvirtuando sua existência e fazendo-a sofrer por isso ou fazer seu povo sofrer. Por isso se usa entre os ciganos uma simpatia logo que nasce uma nova criança. O objetivo é fortalecer o espírito logo no nascimento, impedindo que a fraqueza se imponha sobre aquele ser. Para isso, assim que nasce ela é agasalhada com a mortalha de um tio ou de uma tia, depois erguida acima da cabeça por cada um de seus tios e irmãos mais velhos.
PARA NÃO CONHECER O REMORSO
O remorso implica na existência de alguma coisa que foi feita errada ou numa decisão incorreta, coisa que nós, ciganos, abominamos, porque toda a nossa educação e nossa cultura nos direciona para a busca de uma perfeição aqui na Terra. Sofrer remorso é um castigo muito pesado para ser carregado. Estar sempre lúcido e consciente nas decisões é algo muito importante que precisa ser praticado e desenvolvido em todo mundo. Entre nosso povo, quando uma criança começa a andar lhe é dado seu primeiro colar, com uma medalha feita com um pedaço de ouro tirado de uma medalha maior, pertencente ao pai. Essa ele(a) deverá usar por toda a sua vida, principalmente se o pai já for falecido, pois fazer cumprir o objetivo da simpatia será uma das melhores formas de honrá-lo.
PARA A MULHER TER VÁRIOS ORGASMOS
Na Lua Nova, pegue um cachorro e amarre um dos seus pés no tronco de uma mangueira. Vista-o com uma cueca sua e deixe-o passar a noite ali. No dia seguinte, assim que o sol nascer, solte o cachorro, após retirar dele a cueca. Deixe-a de molho com água sanitária, depois lave-a em água açucarada. Seque-a ao sol, passe-a a ferro quente e vá com ela ao encontro de sua amada. Não revele esta simpatia a ninguém e, ao fazê-la, seja discreto para que ninguém o veja.
PARA CONQUISTAR UM PROFESSOR
Pegue três bastões de giz inteiros e faça um colar com um cordão de algodão. Cole três lantejoulas no giz que estiver no meio do colar, obedecendo a seguinte convenção: se for uma professora, cole lantejoulas vermelhas; se for um professor, azuis. Coloque esse colar num canto do pátio do colégio ou embaixo da mesa do professor. Cuide-se para que ninguém veja. Inicie o assédio no mesmo dia.
PARA NÃO HAVER SOFRIMENTO NAS RELAÇÕES
Ferva um litro de leite de cabra, junto com dez pétalas de rosa banca. Quando levantar fervura,retire do fogo e tampe. Espere esfriar naturalmente. Depois de frio, adicione a esse preparado um vidro pequeno de leite de rosas, depois deixe todas as suas calcinhas ou cuecas de molho nesse preparado, por uma noite inteira. Na manhã seguinte,lave normalmente e coloque ao sol para secar. Use-as normalmente.
PARA TER ORGASMO COM GORDO(A)
Pegue um ovo de pata e faça uma gemada com mel. Acrescente uma pitada de canela em pó e tome toda manhã, em jejum, usando sempre a mesma caneca para isso. Após tomar a gemada, lave a caneca, seque-a e embrulhe-a num pano vermelho, pondo-o sob a sua cama, do lado da cabeceira.
PARA A PRIMEIRA RELAÇÃO APÓS AS NÚPCIAS
Pegue quatro asas de abelhas melíferas e coloque-as uma debaixo
de cada pé da cama. Retire a calcinha que usou na cerimônia de casamento e coloque-a dentro do travesseiro que seu marido usará. Feito isso, fique tranqüila, porque sua noite de núpcias será um sucesso.
PARA DEIXAR O MARIDO ENTUSIASMADO
Na primeira sexta-feira da Lua Nova, quando seu marido adormecer, passe duas vezes com seu corpo por cima do corpo dele, sem tocá-lo, no entanto. Em seguida retire sua calcinha sua e amarre-a com uma fita vermelha junto com a cueca que ele
usou naquele dia, pondo as duas juntas de molho em água açucarada. No dia seguinte lave as duas peças e deixe-as secando uma sobre a outra.
PARA ALUCINAR A MULHER NA CAMA
Numa noite de lua cheia, tome um banho com água salgada, amarre uma fita roxa no pescoço e passe manteiga de cacau nos lábios. Fique nu(a), expondo seu corpo ao luar por algum tempo, depois vista roupas brancas. Vá ao encontro de sua amada
PARA UMA RELAÇÃO SEXUAL INESQUECÍVEL
Coloque uma calcinha nova, no caso da mulher, ou uma cueca nova, no caso do homem, em uma bacia pequena com folhas de agrião e três morangos maduros e perfeitos. Junte água mineral e deixe sob sua cama por meia hora. Isso deve ser feito com certa antecedência para que dê tempo de secar a calcinha ou cueca em seguida.
Após essa meia hora, seque a calcinha ou a cueca e, antes de ir ao encontro da pessoa amada, beba um pouco da água e coma as folhas de agrião, junto com um dos morangos.Leve os outros dois morangos e, antes da relação, coma mais um e dê o outro para a pessoa comer.
PARA IR PARA A CAMA COM QUEM QUISER
Pegue fios de cabelos da pessoa com quem deseja ir para a cama, junte penas do peito de uma ponta e do rabo de um galo e coloque dentro de uma moringa, lacrando-a com cera de uma vela vermelha. Deixe-a numa encruzilhada, numa sexta-feira, à meia noite em ponto.No dia seguinte, logo pela manhã, procure conversar com a pessoa em questão.
PARA NÃO GELAR NA CAMA
Coloque uma peça de roupa íntima sua dentro do congelador, dentro de uma vasilha com meio litro de cachaça saquê. Retire-a no dia da relação e deixe-a secar em cima de um muro ou no peitoril de sua janela. Quando estiver seca, use-a para ir ao encontro da pessoa com quem manterá relações.
PARA EVITAR GASES NA CAMA
Tome um chá com folhas de louro algumas hora antes de sair para o encontro.
PARA CONQUISTAR UM HOMEM
Tome um banho, usando sua calcinha para esfregar a pele. Dentro dela, coloque três cravos da í ndia. Após o banho, coloque esses cravos num copo de água e deixe de molho até o dia seguinte. Quando amanhecer, retire os cravos e coloque-os para secar ao sol. Após isso, leve-os consigo. Quando encontrar o homem que lhe interessa, disfarçadamente coloque um dos cravos num bolso do lado esquerdo dele. Masque um dos cravos e convença-o a mascar o outro. Deixe a conversa fluir normalmente a partir daí. Se for preciso, conte-lhe o significado desse cravo.
PARA ATINGIR O ORGASMO
Procure uma mina de água natural, onde possa se banhar nua e tranqüilamente. Permaneça nessa água, mas sem usar sabonete ou qualquer outro produto. Apenas deixe a água renovar suas energias, ficando um bom tempo com as pernas abertas.Quando sair da água, leve com você uma pedra pequena que lhe chamar a atenção, dentro da mina. Guarde-a e quando for sair com alguém, leve a pedra consigo.
PARA TER ORGASMO E CARINHO NA RELAÇÃO
Numa noite de lua crescente, coloque dez folhas de hortelã e um pouco de leite rosas numa vasilha com água mineral e deixe levantar fervura. Tire do fogo e deixe amornar. Coloque de molho uma calcinha sua e uma cueca dele, deixando até o dia seguinte. Enxágüe-as e estenda à sombra para secar. Depois que estiverem secas, coloque-as dentro de cada travesseiro, invertendo-as. A calcinha fica no travesseiro dele e a cueca, no seu. Não conte a simpatia para ninguém.
PARA O TORNAR O SEXO MAIS ALUCINANTE
Na virada do ano, quando estiver numa praia, pegue um metro de fita vermelha e enrole numa calcinha usada sua, de cor vermelha. Procure pela uma casa vazia de caranguejo e enterre a calcinha ali.
PARA SE PROTEGER DOS PRECONCEITOS
Numa tigela clara, sem uso, coloque um punhado de quiabo cortado em cruz, bem fininho. Coloque também uma colher de água e outra de açúcar, mexendo bem, com sua própria mão. Depois que formar uma pasta, leve a mistura para uma pedreira, acenda uma vela, pedindo proteção a Xangô. Deixe o prato com a mistura lá mesmo, como oferenda.
PARA SE REALIZAR SEXUALMENTE
À meia-noite em ponto, numa sexta-feira, pare em frente a uma igreja católica e diga em voz baixa três vezes: Almas do reino do Senhor Jesus Cristo, concedam-me a realização sexual na companhia de ... (dizer o nome do(a) parceiro(a) e eu, fulano(a), juro cumprir o que vou prometer: prometo... (fazer a promessa) Depois disso, saia sem olhar para trás. É muito importante, se você deseja ter outros pedidos
atendidos ou mesmo para aproveitar o que já recebeu, que cumpra o prometido, assim que tiver a confirmação de que foi atendido(a).
ASTROLOGIA
E
BAIXO ASTRAL
ACABE JÁ COM SEU BAIXO-ASTRAL
De repente, baixa aquela sensação indescritível de que o mundo todo pesa em suas costas. Tudo está errado e todas as portas parecem fechadas. A auto-estima cai, a solidão parece ser um remédio, a vontade de chorar chega e, se fosse possível abrir um buraco e entrar dentro, com certeza você faria isso.
E agora? Como conviver com essa infelicidade geral que vem de não se sabe onde, invade, domina e anula totalmente a sua vontade? Parece difícil, pois as emoções afloram e, nesse caso, fica difícil raciocinar e procurar saídas.
Como se desencadeia esse processo? Basta um fora com uma amiga, uma briguinha com o namorado, uma discussão com o professor, uma bronca da mãe ou uma desavença com o irmão. Quando você menos espera, perdeu a vontade de tudo e o baixo-astral assume o comando de sua vida.
Se você parar um pouquinho agora mesmo e voltar ao parágrafo anterior, verá que os fatos que desencadeiam do baixo-astral são puramente emocionais. Como uma vasilha que vai se enchendo pouco a pouco, acontece o mesmo com sua emoção, até o momento em que um pingo a mais faz entornar a água acumulada. Se você agora, concordar com isso, tomou sua primeira medida para livrar-se desse problema terrível e incômodo.
Sabe por quê? Porque você deixou o plano emocional e começou a racionalizar o que acontece com você. E já que deu o primeiro passo, quer saber o que significa baixo-astral? É uma situação ou circunstância adversa, atribuída a suposta má influência dos astros, conforme explica nosso querido dicionário, reforçando o aspecto emocional, que é o monstro a ser combatido.
Já que entramos nesse campo, vá um pouco além agora, procurando entender-se um pouco mais. Para isso, consulte seu horóscopo e veja como seu signo reage às influências negativas, sendo a principal delas o período de seu Inferno Astral, que abrange o mês imediatamente anterior ao seu aniversário, quando você se encontra particularmente suscetível e fragilizada, mas não indefesa a ponto de aceitar passivamente essa situação. Seja essa ou qualquer outra causa, a primeira coisa a fazer é entender que esse é um processo passageiro e quando mais depressa sair dele, melhor. Para isso, existem alguns truques simples, que você pode usar a partir de agora.
Descarregue sua raiva
Pegue seu travesseiro agora mesmo e soque-o com força. Faça de contas que ela é o bicho que representa seu baixo-astral. Belisque-o, esbofeteie-o, soque-o, chute-o até se cansar.
Faça uma coisa gostosa
Sem perda de tempo, agora mesmo, vá fazer alguma coisa fisicamente gostosa ao seu alcance. Pode tomar um copo de suco gelado, um pedaço de pudim, escovar os cabelos, pedir que alguém lhe faça uma massagem no pescoço ou qualquer outra coisa que estimule seus sentidos, inclusive ver de novo seu álbum de fotografias.
Relaxe-se
Tranque-se no banheiro e tome um banho morno e demorado. Acenda velas perfumadas, ligue sua música preferida e procure não pensar em nada. Massageie-se, esfregue-se, como se estivesse limpando de sua pele todas as influências negativas. Após isso, enxugue-se, perfume-se e vista roupas com as cores de seu signo.
Presenteie-se
Descole alguns trocados e vá a uma loja de quinquilharias ou a uma loja de roupas e presenteie-se. Aproveite para paquerar e trocar telefones com os gatos que encontrar pela
frente. À noite ligue para eles ou para sua melhor amiga, colocando as fofocas em dia.
Dicas e fórmulas para acabar com o baixo-astral
Ele surge repentinamente, sem que você perceba, instalando-se e espalhando seusmalefícios. É um estado de espírito? Uma situação ou circunstância desfavorável ou adversa, atribuída a suposta má influência dos astros? Ou vai mais longe e vem quando você se deixa abater por um acontecimento que mina suas defesas e deixa você sem ação, como se o mundo tivesse caído em sua cabeça?
Definir o baixo astral é papo para muita conversa e acho que nem é preciso se estender muito nisso, pois você sabe exatamente como é isso. O importante é saber se existe saídas para esse fundo-de-poço que pode atingir qualquer um.
O ideal é não entrar nessa, mas se você embarcou numa de baixo-astral, aqui vão algumas dicas e fórmulas para sair dele.
Recicle suas Atividades
Com freqüência a gente se deixa envolver pela situação, tentando fazer muito mais coisas do que podemos suportar. Quando percebemos que não vamos dar conta de tudo, vem aquela frustração e com ela o baixo-astral.
Nesses casos, pare tudo que estiver fazendo e corajosamente recicle todo o seu trabalho, deixando de lado o que não é importante e concentrando-se naquilo que realmente interessa. Organize uma lista de seus problemas mais sérios e comece a resolvê-los com força de vontade, concentrando-se em um por vez, sem pressa e sem desespero.
Encare a Realidade de Frente
Se você se achar num baixo-astral aparentemente sem saída, faça-se a seguinte pergunta: Qual é a pior coisa que pode me acontecer agora?" Se você tem nas mãos um problema que não pode solucionar, aceite isso e não tente lutar contra o inevitável. Conviva com isso até encontrar a melhor maneira de solucioná-lo. O importante é manter a calma e a lucidez e canalizar disposição e energia na procura de um saída.
Aprenda a dizer NÃO
A incapacidade para dizer "não" pode nos levar a situações que poderiam ser evitadas. Quando aceitamos mais responsabilidade do que somos capaz de assumir, sobrecarregamo-nos desnecessariamente e improdutivamente, pois raramente, com sobrecarga de trabalho, conseguiremos realizar algo de qualidade. Isso angustia e deprime e algo que poderia ser evitado com uma simples palavra acaba se tornando um problema.
Na vida particular, no seio da família ou com os amigos, o "não" pode evitar muitos dissabores futuros, principalmente quando nós nos deixamos levar pelos outros, por suas opiniões, por seus problemas, assumindo as dores e os problemas alheios como se fôssemos os salvadores da pátria.
Estas são situações geram um baixo-astral incontrolável, porque nos envolvem com problemas alheios. Sofremos pelos outros e nada podemos fazer por eles. Por isso, fuja desse tipo de situação. Basta dizer "não".
Mantenha o Humor
A melhor maneira de enfrentar a vida é com um sorriso nos lábios. Experimente procurar motivos para sorrir, quando se estiver vivendo um momento de baixo-astral. Simplesmente relaxe e dê uma boa gargalhada. Vá a uma à locadora e alugue uma comédia daquelas de fazer chorar de tanto rir. Leve-a para casa, pegue sua bebida e sua comida favoritas e divirta-se. Verá como o mundo parece diferente, depois de umas boas gargalhadas.
Abra-se
A solidão e o isolamento podem ser um péssimo negócio nos momentos de baixo-astral, porque você ficará se remoendo interiormente, muitas vezes sem saber definir exatamente
o que incomoda. Isso atrapalha sua percepção e impede a visão de soluções e alternativas para sair dessa.
Nesse momento, nada como pegar o telefone e desabafar com uma amiga. Quem sabe levar aquele papo pela Internet, navegando ao sabor do momento e buscando respostas em todos os cantos do mundo. Verá como o mundo é vasto e como seus problemas são tão diminutos, diante da imensa variedade de soluções que lhe serão acenadas por amigos que você nem conhece ainda, mas que estarão dispostos a lhe dar a mão nesse momento.
Valorize as Pequenas Coisas
Se você está impaciente, andando de um lado para outro como uma fera enjaulada ou então jogou o corpo na cama e não tem vontade de fazer nada, saiba que nem uma nem outra alternativa vai acabar com seu baixo astral.
Se esta a fim de sair dessa, há alternativas melhores. Encerrar-se numa concha é a pior de todas. Ao invés disso, faça alguma coisa simples mas prazerosa, como ler, fazer um passeio a pé, realizar algum trabalho manual, ir ao cinema ou simplesmente observar a natureza ao seu, rica em detalhes e belezas que captarão sua atenção e aliviarão as tensões do seu corpo e da sua alma.
Ou então faça uma tarefa manual e repetitiva, como costurar botões, alinhavar barras, depois leia alguma coisa e em seguida tire uma soneca. Quer mais? Deixe tudo de lado e crie coragem para ir passear e ver vitrines. Ponha no toca-discos aqueles velhos sucessos que você gostava de cantar ou dançar. Escreva um poema, copie uma receita, inicie uma pintura ou procure qualquer outra coisa que lhe dê prazer. Elas ajudarão a combater o seu baixo-astral.
Faça Coisas Agradáveis
Há com certeza uma porção de coisas agradáveis que poderão auxiliar no combater ao seu baixo-astral, dando ao seu corpo uma atividade ao mesmo tempo cheia de prazer e movimentando seus músculos e sua emoção. Um banho de piscina, além de ser relaxante, é uma das atividades físicas mais completas existentes. Um banho relaxante de banheira, com direito a velas perfumadas, música suave e sais aromáticos também é uma alternativa das melhores.
Você pode incluir nessa um passeio de mãos dadas com a pessoa amada, dançarem juntos, trocando carícias e buscando consolo nos braços dela. O importante é que você se movimente e não se isole, fazendo alguma coisa que lhe dê alegria e lhe traga felicidade.
Pratique Exercícios Físicos
O baixo-astral detesta movimento, por isso faça exercícios físicos sistematicamente, de quarenta minutos a uma hora, três vezes por semana. Com isso, além de estar fortalecendo seu coração e queimando gorduras, você vai aliviar as tensões e manter-se em forma e saudável. Além desses benefícios, os exercícios físicos acabam com aquele desejo de chorar e chutar tudo pela frente, relaxa a musculatura facial, acabando com a "cara amarrada", e proporcionam um repouso agradável, eliminando a insônia. Não há baixo-astral que resista a isso.
Aprenda a Alimentar-se
Um dos sintomas mais comuns do baixo-astral envolve o apetite. Ou a pessoa o perde ou passa a comer demais. E errado, pois busca nas comidas gordurosas ou nos doces uma compensação pela sua insatisfação, sem perceber que está, com isso, mais e mais agredindo seu organismo. A acidez se intensifica durante os períodos de baixo-astral e, juntamente com a alimentação inadequada, é o canal ideal para o desenvolvimento das úlceras que, no futuro, irão se transformar num novo motivo de baixo-astral, pelos problemas e incômodos que acarretam.
É importante ter sempre em mente alguns lembretes importantes sobre alimentação, principalmente para quem convive com o baixo-astral ou para quem deseja estar preparado para quando isso acontecer. São pequenas regras básicas:
a) Fazer três refeições ao dia, sempre no mesmo horário.
b) Mastigar entre vinte e trinta vezes cada bocado, antes de engolir.
c) Começar as refeições comendo verduras e legumes crus e evitar comer frutas na mesma refeição.
d) Preferir ovos e carnes de animais criados livremente, sem a ingestão de hormônios ou produtos químicos em suas rações.
e) Não beber durante as refeições.
f) Deixar de comer frituras e comidas gordurosas.
g) Não utilizar o açúcar branco, refinado e o trigo branco em massas, pães, doces, bolos, bem como o arroz branco.
h) Preferir alimentos integrais, como o trigo, o arroz, o pão e o açúcar mascavo.
i) Procurar fazer da refeição um momento de relaxamento, evitando discussões e barulhos.
j) Usar o mínimo de sal e de temperos excitantes, como a pimenta.
l) Evitar alimentos muito gelados ou muito quentes.
m) Preferir o queijo fresco.
n) Para comer mel ou geleias, usar torradas, ao invés de pão.
o) Não misturar comidas diferentes numa mesma refeição.
p) Variar o arroz e feijão de todo dia.
q) Fazer do desjejum a refeição mais completa do dia, comendo menos no almoço e alimentando-se levemente no jantar, com comida de fácil digestão.
r) Não misture bebidas alcoólicas com comida.
Descanse
Se o seu baixo-astral gera insônia, imagine o círculo-vicioso provocado com isso, pois não dormindo nem se refazendo, mais e mais você exige do seu corpo, levando-o à exaustão e à falência dos órgãos. É um dos mecanismo de agressão mais ferozes do baixo-astral. Assim, descansar é importante para se livrar da tensão e da irritabilidade. Práticas simples podem ajudar nisso, como caminhar antes de dormir, tomar um copo de leite quente, ler um livro agradável, fazer amor com a pessoa amada, procurar relaxar ao máximo, ouvir música, assistir a um bom filme ou experimentar um chá natural adequado são coisas que podem ser feitas.
Jamais se automedique ou use medicamentos recomendados por amigos, ainda que para eles tenha funcionado. Cada organismo é único e reage de forma diferente a doses e formulações. O que é bom para você pode ser péssimo para seu amigo. Além disso, a automedicação, nos casos de baixo-astral, pode levar ao uso de remédios que causam dependência ou pode se transformar num hábito tão ou mais prejudicial que o próprio baixo-astral.
Chore
Esta é uma das receitas mais simples para enfrentar o baixo-astral. Simplesmente chore. Chorar é uma das maneiras de aliviar a tensão, evitando outros problemas provocados pelo baixo-astral no seu estado emocional. Se estiver com vontade de chorar, chore mesmo. Chore tudo que tiver que chorar e mais um pouco ainda. Chore até sentir que seus ombros estão leves, que as lágrimas limparam seus olhos e suas narinas e que, de repente, você percebeu que não havia motivo para chorar tanto.
Relaxe
De todas as armas utilizadas contra o baixo-astral, a melhor ainda é o relaxamento. Combatê-lo com o relaxamento é simplesmente anulá-lo, não permitindo que ele cause danos. Assim dito parece que todos os problemas do baixo-astral estão resolvidos, pois basta relaxar e não se sentir mais estressado. Não é tão simples e fácil assim. As pessoas tendem a fazer as coisas sempre no mesmo ritmo a que estão habituadas. Muitas acham que o relaxamento é um botãozinho milagroso que elas giram, respiram fundo e podem dizer: "pronto, estou relaxado!" Não sabem que para se chegar ao relaxamento provocado espontaneamente é necessário muita disciplina e prática. Essa disciplina e essa prática constante têm feito muita gente desistir no meio do caminho ou se tornado, elas também, fontes de baixo-astral. Tudo porque tentaram impor a isso o ritmo próprio a que estão habituadas. Relaxar é voltar a se ligar com o próprio corpo. É como recuperar aquele sorriso de criança perdido na fase adulta, resgatando uma nova maneira de ver o mundo e enfrentar os problemas.
Em todos os jornais há anúncios de cursos de relaxamento e meditação, indicados para combater ou prevenir o baixo-astral. Muitos livros foram escritos a respeito. Há músicas apropriadas para isso. Há incensos, há toda uma preparação para que o ambiente seja o mais agradável possível e tudo isso está dentro da filosofia de combater o baixo-astral praticando coisas agradáveis e que dão prazer. Descobrir isso no relaxamento é um desafio que deve ser buscado por todos que estão hoje à mercê desse mal.
Redescubra a Natureza
A criança tem um contato sempre mais íntimo com a natureza, convivendo harmoniosamente com ela e nela encontrando diversão e alegria, tiradas de coisas simples, mas significativas. Uma criança pode ficar um longo e relaxante tempo olhando as nuvens e imaginando as figuras que elas forma, exercitando a criatividade e exorcizando todo e qualquer tipo de baixo-astral. Pode ficar à margem de um rio olhando a água passar, ou vendo os pássaros no céu, ou se divertindo com o trabalho das formigas, ou olhando as abelhas construir sua colmeia. Nesses momentos mágicos, abstraem-se de tudo e ali ficam, distraídas e desligadas do mundo, apenas vivendo e integrando-se. Uma criança adora brincar sob a chuva, enlamear-se, jogar terra nos outros, sujando-os também.
Adora pisar poças d'água, correr atrás de animais ou espantar os pássaros. Colecionam borboletas e divertem-se com um besouro diferente ou multicor. Soltas na natureza, são parte integrante dela e trocam com ela uma energia revigorante. No final do dia, após o jantar, essa criança se deita e mal tem tempo de dizer boa-noite. Seu corpo cansado, mas sem baixo-astral repousa e no sono ele se refaz para, no dia seguinte, reiniciar sua prazerosa atividade.
Tudo isso está a sua disposição e você pode e deve fazer quando estiver de baixo-astral. É simples, fácil, barato e não tem contra-indicações.
COMO É O HUMOR DE CADA SIGNO
Conhecer uma pessoa a partir de seu signo é um trabalho minucioso, mas nada complicado e vale a pena saber, para conhecer melhor aquele gato ou saber um pouco mais a respeito de seu grande amor. Para isso, é preciso ter em mente que a Astrologia é a consolidação de um vasto conhecimento, que remonta a milênios antes de Cristo. Assim, as informações nela contidas são frutos de milhares de anos de observação, análise e compilação, levados a efeito por sábios e estudiosos de todo o mundo e em todas as épocas.
Para conhecer o humor de cada signo, algumas informações de caráter geral são necessárias. Inicialmente, o Planeta Regente é determinante no comportamento e na personalidade das pessoas.
Vejamos como eles agem.
JÚPITER: Este é o planeta das pessoas bem-humoradas, dotadas de sorte e agraciados com a fortuna, o sucesso, o poder e a fecundidade, que lhes garante uma vida plena e feliz. Com todas essas vantagens, quem não seria bem-humorado, não? Só que, caso contrariadas ou quando são levadas pelo orgulho excessivo, as pessoas regidas por Júpiter tornam-se vingativas, impondo-se pelo temor e pelo poder tirano. Ela vai sorrir para você, enquanto planeja sua destruição. Como vê, é delicado melindrar uma pessoa regida por esse astro, que são aquelas do signo de Sagitário.
LUA: As pessoas regidas por esse astro são instáveis e inconstantes em seu humor e você precisa conhecê-las bem, para saber como agir a cada momento. Isso é facilmente explicado pelas características mutáveis da Lua, que a cada mês ostenta quatro faces diferentes, indo da secura da Minguante até o esplendor da Cheia. Quando em sua melhor fase, as pessoas de Lua são agradáveis, alegres, amigas, otimistas, francas e abertas. Isso você verá facilmente numa pessoa de Câncer ou numa de Peixes.
MARTE: São pessoas realmente complicadas, de espírito guerreiro, intrépido e pioneiro, sempre inquietas e à procura de algum movimento ou agitação para mostrar seu brilhantismo, sua alegria e para atrair as atenções. Quando contrariadas ou se lhes falta a necessária motivação, podem se tornar belicosas, envolvendo-se em todo tipo de disputas e desavenças, mostrando todo o seu temperamento colérico, descontrolado e violento. É alguém para ser levado com calma, com muita calma e prudência. Rege os signos de Áries e Escorpião.
MERCÚRIO: Os nascidos sobre a regência desse planeta são inteligentes, dotados de habilidade e de facilidade de comunicação, o que os torna oradores ou comunicadores excepcionais. Dificilmente você observará neles alguma explosão emocional ou demonstrações de mau humor. A eles você poderá recorrer a todo momento, sem receio de não ser atendido ou de encontrar alguém de mal com o mundo. Essa são características de Gêmeos e Virgem.
SATURNO: Quando você se depara com alguém regido por Saturno, com certeza vai julgá-lo, à primeira vista, uma pessoa mal-humorada. Ao fazer isso, pode errar redondamente, pois Saturno empresta a seu regidos um caráter reservado, prudente e sóbrio, que facilmente é confundido com o mau-humor. Vítima crônica da melancolia, parece envolto num permanente estado de tristeza e a solidão. Tudo isso se dissipa, no entanto, se você conquistar sua amizade fazê-lo sair de sua caverna. Você verá isso em alguém do signo de Capricórnio.
SOL: Na maior parte do tempo, os regidos pelo astro-rei são radiantes, transbordando alegria, pois são pessoas que facilmente atingem seus objetivos, assumem posições elevadas da glória, da fama e das honrarias. Têm uma personalidade extremamente magnética e parecem estar sempre de bem com a vida, a menos que alguma nuvem cubra sua luz ou que alguma contrariedade o afeta. Quando isso ocorre, seu mutismo é o melhor sintoma de que alguma coisa está errada e que precisa ser corrigida imediatamente. Ficar de mal de alguém assim não é um bom conselho. Basta pensar em seus amigos de Leão e terá o melhor exemplo disso.
VÊNUS: Encontre alguém regido por esse planeta de mau humor e encontrará alguém doente. São pessoas especiais, guiadas pelo sentimento e pela emoção, sendo excelentes filhos, esposos, pais e amantes, sempre muito ternos e carinhosos. A sensibilidade é extrema neles e dificilmente você conseguirá tirá-las do sério. Mas se o fizer... prepare-se para o pior! Têm o gênio explosivo, quando contrariados, mostrando todo o seu lado possessivo e ciumento, perdendo totalmente o controle de suas paixões. Se você conhece alguém do signo de Touro e de Balança, sabe do que estamos falando.
URANO: Alguém regido por esse planeta destaca-se por sua intelectualidade e dificilmente deixará transparecer seu mau-humor. É um ser imparcial, capaz de guardar seus sentimentos com tranqüilidade e não os deixar transparecer. Normalmente tem muitos amigos e é muito requisitado por eles, alegrando e descontraindo todo e qualquer ambiente, principalmente por sua visão de futuro altamente avançada, suas posições de vanguarda e sua criatividade além de seu tempo. O máximo que demonstrará será sua indiferença ousua frieza, mas jamais seu mau-humor. É como são as pessoas do signo de Aquário.
OS ELEMENTOS
Os mais antigos tratados de Astrologia já relacionavam os quatro elementos — Fogo, Água, Ar e Terra — ao ser humano e aos signos, definindo características específicas de cada grupo. O Fogo rege o espírito humano e os novos empreendimentos, a Água influencia a Alma e a religiosidade, o Ar privilegia as coisas da mente e a filosofia e a Terra rege as coisas do corpo e a vida material. Temos, então, as seguintes características, conforme o elemento:
Fogo: São coléricos, cheios de ardor e entusiasmo.
Água: São fleumáticos, dotados de sensibilidade e emotividade.
Ar: São sangüíneos, produtos da intelectualidade e da reflexão.
Terra: São melancólicos, presos à materialidade e ao trabalho.
Essas características, estudadas ao longo do tempo, permitem as seguintes observações sobre como esse conhecimento pode ser útil no conhecimento do humor das pessoas, através dos astros.
Elemento Fogo - Carneiro, Leão e Sagitário.
Faz de seus nativos criaturas cheias de entusiasmo e vibração, transbordando energia e vitalidade, empreendedores capazes de revolucionar, reformando ou reformulando conceitos, impondo-os pelo seu natural espírito de liderança e seu carisma. Por outro lado,
o excesso de energia e de vitalidade pode levar à impaciência e, nesse caso, será difícil controlar o baixo-astral, sem antes refrear a ansiedade e contar com a própria habilidade em realizar tudo a que se propõem, sem necessidade de atropelar ou de usar meios escusos.
Elemento Terra - Touro, Virgem e Capricórnio.
São pessoas dotadas de uma praticidade que beira o materialismo, ao mesmo tempo em que imprimem em tudo que fazem a marca das obras sólidas e duradouras, pois são extremamente cuidadosos em tudo que fazem, ainda que lentos. Pecam por centrarem sua atenção nos aspectos materiais da vida, deixando a desejar no que se refere à emoção e aos sentimentos. São presas fáceis do baixo-astral, quando não conseguem atingir uma tranqüilidade material. Seu grande desafio será equilibrar emoção com razão, aprendendo a sorrir e a viver a vida com descontração e sem preocupações financeiras e materiais.
Elemento Ar -Gêmeos, Libra e Aquário.
Esses signos todos têm em comum a capacidade e a necessidade de comunicação e de desafios, permitindo que suas mentes, via de regra brilhantes, sejam estimuladas a demonstrar todo o seu potencial. Estimule-os e desafie-os para vê-los de bom humor sempre. Supere-os ou ignore-os e terá inimingos terríveis, pois não têm muita habilidade para lidar com as emoções.
Elemento Água - Câncer, Escorpião e Peixes.
A religiosidade e o misticismo exercem uma atração muito grande sobre os nativos desses signos, tornando-os muitas vezes taciturnos e difíceis de serem entendidos, uma vez que a emoção e os sentimentos impulsivos são maiores que a razão. Esse é o grande problema deles, poios o mau-humor instala-se de repente, pois são instintivos e impetuosos, não exercendo controle sobre suas emoções, o que pode torná-los extremados, abrindo-se ou fechando-se.
Resumindo as informações
Essas informações básicas, juntamente com as características própria de cada signo permitem agora interpretar-lhes o comportamento, conhecendo-se um pouco sobre o humor de cada um.
ÁRIES
21 de março a 20 de abril.
Natureza marcada pela energia, pela fogosidade, pela inquietação e pela aridez. A regência de Marte representa a energia, a agressividade, característica do guerreiro ou da pessoa sempre em movimento, avessa a tudo que for rotineiro ou não representar um desafio, mais físico do que intelectual. O elemento Fogo destaca o gosto pela evidência e pelo brilho, necessitando estar sempre no centro das atenções e brilhar mais do que todos,
o que o torna individualista, mas cheio de entusiasmo.
TOURO
21 de abril a 20 de maio.
É um signo que se caracteriza pela robustez, força, capacidade de trabalho e fertilidade, além do impulso sexual, extremamente amistoso, carinhoso e gentil, tendo os pés sempre muito presos à Terra e à realidade, fazendo com que sejam sempre pessoas confiáveis. A calma, que faz dele um signo afável sempre bem humorado, esconde a agressividade capaz de explodir e se manifestar inesperadamente, quando provocado ou quando tirado do sério.
GÊMEOS
21 de maio a 20 de junho.
Geminianos são de natureza fraternal e amistosa, com grande adaptabilidade e muita inteligência. Sua grande característica é sua dualidade, representada por desejos sempre extremados e apressados que, se não alcançados logo, tornam-nos impacientes e difíceis de serem suportados. Seu grande trunfo, porém, é o poder de comunicação, capaz de cativar e envolver todos aqueles que se aproximam deles.
CÂNCER
21 de junho de 20 de julho.
Signo das pessoas frias e fechadas em sua natureza, com um gosto muito forte pelas coisas do passado, das pessoas tímidas e inseguras, mas com um elevado instinto maternal, que pode anulá-las em função dos filhos ou da pessoa amada, defendendo-os aguerrida e mortalmente, se necessário. Precisam de proteção e segurança para mostrar sua alegria contagiante. Seu humor estampa-se em seu rosto, da mesma forma como as fases da Lua são visíveis no céu.
LEÃO
21 de julho a 22 de agosto.
Este é o signo de pessoas fogosas e exuberantes, dotadas de um alto senso de justiça, generosidade, sabedoria e criatividade, estando sempre em evidência em todos os momentos e ambientes. Sendo vaidosas, precisam ser sempre o centro das atenções, ainda que guiados por seus aspectos negativos, que são a arrogância e o ar de superioridade. Tire-lhes isso e conhecerá o que é mau humor.
VIRGEM
23 de agosto a 22 de setembro.
Signo da melancólico, mas dotado de uma natureza adaptável e prática, com grande valorização do trabalho, em prejuízo dos aspectos emocionais, amorosos e sexuais, que faz de seus nativos excelentes profissionais e trabalhadores eficientes e responsáveis, que se comprazem na satisfação do trabalho feito corretamente. Apesar de modestos e tímidos, sua atitude crítica diante da vida e dos outros pode torná-los contundentes demais, coisa que absolutamente não deve ser interpretada como mau humor. É só seu jeito de ser mesmo.
BALANÇA
23 de setembro a 22 de outubro.
O signo de empreendedores e intelectuais e carentes de um complemento para manter o equilíbrio. São alegres por natureza e espalham essa alegria com extrema facilidade, sendo anfitriões sempre muito atenciosos e agradáveis, fazendo tudo com arte e tranqüilidade, muitas vezes dando até a impressão de uma certa indolência ou languidez. Por ter uma natureza muito aberta, facilmente se percebe seu humor, pois não consegue escondê-lo.
ESCORPIÃO
23 de outubro a 21 de novembro.
O símbolo desse signo é o escorpião, que esconde todo o seu interior numa casca e
qualquer tentativa de penetrar nesse segredo poderá custar muito caro. Dotado de sentimentos e emoções fortes, os nativos do signo são protetores com os seus, mas de humor instável, podendo ir de um extremo ao outro com incrível facilidade. A vantagem é que, após conviver com elas um pouco, pode-se reconhecer seu humor num simples olhar.
SAGITÁRIO
22 de novembro a 21 de dezembro.
Os sagitarianos são, em geral, de natureza adaptável, onde o entusiasmo é a sua melhor característica e a agitação é a marca registrada. Estão sempre olhando para frente, sonhando com o futuro e trabalhando com honestidade e seriedade no presente. Como são otimistas e entusiasmados, fica fácil perceber quando estão de bom ou de mau humor, pois isso se reflete em seu rosto e em seus atos.
CAPRICÓRNIO
22 de dezembro a 20 de janeiro.
Algumas das características dos capricornianos são a determinação, a disposição para enfrentar obstáculos e atingir seu objetivo, com pragmatismo e prudência, sem prejudicar sua iniciativa e sua capacidade empreendedora. Para eles, o tempo não é um inimigo, mas um aliado, já que a paciência é uma de suas virtudes mais fortes. Fechados, melancólicos, confundem quem não os conhece a fundo, pois seu mutismo não deve ser interpretado como mau humor.
AQUÁRIO
21 de janeiro a 19 de fevereiro.
Signo das pessoas de inteligência privilegiada e uma inventividade que os coloca sempre além do seu tempo, reformulando a humanidade com suas idéias progressistas. Essa intelectualidade excessiva freqüentemente afasta as pessoas, que interpretam isso como um falso sinal de frieza e mau humor, o que não é verdade.
PEIXES
20 de fevereiro a 20 de março.
Piscianos são essencialmente místicos e sentimentais, tendo como característica principal a inconstância, o que os torna personalidades aparentemente difíceis de conviver. Como são dotados de um alto senso artístico e são também muito emotivos, descubra seus gostos e terá um amigo sempre de bom humor a sua disposição.
COMO APARECE O BAIXO-ASTRAL
Cada signo tem as suas características e exerce sobre seus nativos influências específicas. Isso diferencia um do outro, não apenas na maneira de ser, mas no jeito de reagir às mais diversas situações. Enquanto alguns signos reagem racionalmente, outros são explosivos ou emocionais. Essas diferenças se acentuam também quando chega o baixo-astral, que tanto pode ser um período negativo, sob a influência dos astros, como uma circunstância de caráter passageiro. Cada signo reage de forma diferente, mas todos sofrem a ação do baixo-astral. Veja como isso acontece e o que pode ser feito para se evitar isso.
ÁRIES
A personalidade do ariano é direta e descomplicada e ele é bastante competitivo. Existe nele um desejo de vencer e ser bem-sucedido muito forte, que muitas vezes é confundido com o egoísmo. Sua energia interior precisa ser canalizada de forma produtiva e para grandes desafios. Quando tem tudo isso, o ariano está feliz e realizado e não se incomoda com nada.
Envolvido em uma tarefa, ele tende, no entanto, a ser descuidado, podendo ser vítima constante de pequenos acidentes, que o aborrecem, pois retardam seu trabalho e acentuam um sentimento de culpa muito grande por desviar-se de seus objetivos. Como está sempre brigando pelo primeiro lugar, qualquer problema no meio do caminho deixam-no num baixo-astral profundo, tanto quanto trabalhar num emprego muito repetitivo e enfadonho, sem chance de promoção ou possibilidade de progresso ou em ambientes silenciosos e tensos.
TOURO
O taurino necessita de segurança, de rotina e da certeza de que tudo está sob controle e as coisas vão acontecer dentro de uma seqüência previsível, entendível e controlável. Essa segurança é essencial, que possa ter um referencial sólido ao seu estilo individual de vida. Tire-lhe essa segurança e verá alguém totalmente perdido e incapaz de dirigir a própria vida, vítima do mais terrível baixo-astral.
O taurino é um trabalhador lento e paciente, com ritmo próprio e muita impaciência. Além disso, precisam sentir ao seu redor também uma certa segurança emocional, para lhes dar estabilidade. Embora seja um parceiro excelente, tende a ser possessivo, o que o sujeita a crises de ciúme que o deixam derrubado, pois enciumá-lo uma das maneiras mais terríveis de fazê-lo sofrer.
GÊMEOS
O maior problema do geminiano é um medo muito grande do tédio e ele, consciente ou inconscientemente, faz de tudo para mantê-lo à distância. Como uma de suas mais fortes características, o signo tem a dualidade, tornando natural e necessário fazer mais de uma coisa ao mesmo temo.
Para se sentir feliz e de alto-astral, o geminiano tem que ter muitos projetos em andamento, podendo passar de um a outro conforme seu estado de espírito, de forma a se manterem longe do tédio e do baixo-astral. Terminar ou mão terminar esses projetos é outra história, que em nada o afeta. O que ele precisa é de opções.
Outra necessidade muito grande do geminiano, que precisa ser exercitada, é a de comunicar-se. Para isso, é fundamental para ele se manter atualizado e ter um assunto na ponta da língua para comentar ou para puxar conversa, centralizando as atenções e brilhando com sua argumentação. Encontros aborrecidos e pessoas tediosas são insuportáveis para ele, deprimindo-o e angustiando-o.
CÂNCER
O canceriano costuma ser um excelente amigo, bastante exigente em sua escolha, mas capaz de uma amizade firme e profunda. Como tem um instinto protetor muito forte e um apego muito grande à família, têm uma tendência natural e irresistível a se tornar igualmente protetor com os amigos, tomando conta instintivamente de cada um deles e sofrendo com eles suas dores.
Dessa forma, o baixo-astral dos outros acaba contaminando-o e muitas vezes se vê sofrendo sem motivo próprio. Esse instinto protetor, principalmente em relação às pessoas mais jovens, faz também com que esteja constantemente procurando aparar as arestas entre seus amigo mútuos, quando algo vai mal entre eles.
Se dois deles se desentendem, por exemplo, o canceriano sofre com isso e procura, de todas as formas, promover a reconciliação. Se não conseguir isso, vai se sentir realmente muito mal. Além disso, é sentimental e muito nostálgico, dotado de excelente memória e deuma imaginação fantástica. É o bastante para criar seu próprio baixo-astral, quando no está envolvido com o baixo-astral alheio.
LEÃO
O Sol rege o leonino, que tem uma necessidades extrema de brilhar e de ser o centro das atenções. Tire-lhe essa chance e o estará jogando em um inferno, prisioneiro do mais profundo e devorador baixo-astral. Isso ocorre porque é organizado, gosta de liderar e até é capaz de admirar e respeitar pessoas que julga superiores a ele. Na realidade, porém, tem mania de se mostrar e de dar ordens, exercendo seu autoritarismo e organizando a vida dos outros. Se não pode fazer isso, sente-se mal e deprimido.
É inegável que o leonino tem muita criatividade e precisa de uma expressão positiva para isso. Submeter-se a um patrão ou chefe ignorante é insuportável para ele. Ser submisso a pessoas incompetentes é inadmissível. Compartilhar da presença de ignorantes é demais. Ser alvo de uma crítica negativa, vindo de alguém que considere inferior, é morte certa.
VIRGEM
O virginiano é um ser atarefado, organizado e costuma fazer mais do que é preciso para obter o resultado desejado. Faz o possível para agradar os amigos e a família, não raro tornando-se escravo das pessoas que ama. Seu lema é servir e essa é uma de suas motivações psicológicas básicas. Tirar-lhe essa oportunidade é mergulhá-lo no mais profundo e irreversível baixo-astral.
Sua modéstia é seu mal, pois sob ela esconde seus incontáveis talentos, demonstrando autêntica timidez. Insistir para que demonstre todo o seu potencial é constrangê-lo. Junte a isso sua tendência crítica muito extremada e por pouca coisa ele vai se irritar e se fechar, num baixo-astral sem remédio. Por ser muito crítico inclusive consigo mesmo, ele cria um círculo-vicioso em seu baixo-astral, criticando-se por ter entrado nele e preocupando por estar nele.
LIBRA
O libriano é romântico e tem necessidade de um relacionamento. A maioria deles, antes mesmo de atingir a maturidade psicológica e emocional, já está envolvido em um relacionamento quem nem sempre dá certo, gerando momentos de tristeza e de baixo-astral. É como se tivesse a necessidade de alternar períodos de euforia com períodos de depressão.
O libriano trabalha com muito afinco, mas sabe relaxar de verdade. Para ele é preciso separar bem as coisas, pois o excesso de trabalho ou de atividades, sem a devida compensação, facilmente pode levá-lo a uma terrível mudança de humor que, para quem o conhece, não é nada recomendável.
Enfim, o libriano precisa de um relacionamento especial com uma pessoa que ama, até por ser muito indeciso e precisar de alguém o ajude a tomar decisões importantes. Esse alguém precisa ser vibrante e romântico e ajudá-lo a relaxar e a desafogar a tensão, mantendo-o longe do baixo-astral.
ESCORPIÃO
Todo nativo de Escorpião tem uma forte e intensa fonte de energia que precisa ser canalizada positivamente, seja no trabalho, seja no lazer. Imobilizar um escorpiano ou tirar-lhe as oportunidades de utilizar essa energia é mergulhá-lo num inferno de impaciência e de baixo-astral pouco agradável para ele e para quem está perto dele.
Além disso, tem uma ligação muito forte com seus amigos, esforça-se muito por eles e procura fazer com que, juntos tenha o máximo prazer e diversão. Organizar atividades, tais como passeios e jantares e tem uma enorme capacidade de gozar a vida e aproveitá-la ao máximo.
Só que isso esconde sentimentos fortes e com freqüência fica com ciúmes se um de seus amigos o deixa de lado. Isso, além de provocar uma explosão de raiva, mergulha-o num baixo-astral terrível e sem perspectivas, pois a ingratidão fere-o profundamente, ainda que só exista em sua cabeça.
SAGITÁRIO
O sagitariano é franco e tem um jeito aberto, enxergando longe e apreendendo fácil e imediatamente os aspectos de uma situação ou de um problema, mas não sabem lidar com detalhes monótonos, implicâncias ou mesquinharias.
Fazer isso é aborrecê-los profundamente e dependendo da gravidade da provocação, se não tiver oportunidade de reagir, o sagitariano vai se ver num baixo-astral terrível, onde planejará as mais terríveis vinganças. É dessa forma que lida com essa situação e tenta combater as adversidades.
É inquieto por natureza e prisioneiro de uma necessidade psicológica de desafios, que precisam surgir para que ele os possa enfrentar e vencer, com um entusiasmo incontido. Tolher sua liberdade é lança-los no inferno do baixo-astral, onde podem se sentir o mais miserável dos seres e de onde, para sair, precisarão de ajuda e compreensão.
Precisa ainda de liberdade de expressão e de ter perto de si alguém compreensivo e tolerante, já que não atura de forma alguma a possesividade e o ciúme controlador.
CAPRICÓRNIO
O capricorniano parece estar constantemente alternando sua vida entre o baixo-astral e
o alto-astral. Num momento parece estar no auge da popularidade, cercado de atenções e de reconhecimento. No outro, é um ser amarrado, solitário, resmungão e triste. Como é ambicioso e responsável, lutando arduamente pelo que quer, acaba mesmo se transformando numa pessoa solitária, melancólica por natureza, como se o baixo-astral fosse seu estado de espírito natural.
Em seu íntimo, o capricorniano lida muito bem com essa situação, separando-se das outras pessoas através de uma máscara de severidade e convencionalismo.
Apesar de isolar-se, o capricorniano pensa que engana os outros com essa couraça, porque demonstra abertamente o seu estado de espírito, quando se encontra com um amigo. Sua expressão, sua aparência e seu tom de sua voz são por demais denunciadores. Se estiver se miserável, vai acabar contando, a quem se dispor a ouví-lo, tudo o que se passa com ele.
Por outro lado, se estiver feliz ou de alto-astral, vai se denunciar da mesma maneira.
AQUÁRIO
O aquariano é individualista, têm opiniões rígidas e por isso precisam de um pouco de estímulo para acompanhar a evolução dos tempos. É, com freqüência, emocionalmente frio, mas capaz de ações maravilhosas e de uma amizade sincera, sempre disposto a se interessar pelas dificuldades dos outros e a adotar medidas práticas para ajudá-los.
Adora sentir-se livres, apesar de ser incrivelmente romântico, mas um tanto distantes. Se não pode ajudar alguém ou se algo o faz sentir-se impotente diante de uma situação, sua reação é mergulhar num profundo e negro baixo-astral, de onde sairá assim que encontrar uma forma de ajudar ou encontrar alguém a quem possa ajudar de verdade.
Sua poderosa característica humanitária o faz se realizar no trabalho comunitário e nas causas filantrópicas. Em função disso, não raro é atraído pela política onde se realiza, se obtiver o reconhecimento popular, ou onde se afunda emocionalmente, num baixo-astral sem solução, se é traído ou se não tem a justa recompensa pelo seu trabalho sempre desinteressado.
PEIXES
O piscianos não têm uma aparência triste, mas dá a impressão de que pode chorar a qualquer momento de pura emoção. É modesto e se subestima, pois é capaz de grandes obras, mas não as revela, quando as realiza. Tem um potencial acima da média, mas precisa de estímulo e de apoio render o máximo de si.
Se um amigo necessita de sua ajuda, está sempre disposto a prestar auxílio. Apaixona-se fácil e profundamente, mas aprendem a ser amantes maravilhosos do jeito difícil, que é errando. Se o baixo-astral atacá-lo, sabe que vai sair dele cedo ou tarde, graças justamente ao apoio e à ajuda dos amigos, a quem procura sem receio e com quem compartilha seus problemas abertamente.
Não é de ficar muito tempo curtindo um baixo-astral, pois logo alguma coisa vai despertar sua atenção ou um amigo vai surgir com um problema mais sério. Seguramente vai se esquecer de seus males e tratar de curar os outros.
Com isso, pode se magoar às vezes por ser muito crédulo e não tomar cuidado para que não se aproveitem dele. Se ocorrer, porém, não vai se abater por isso. A facilidade com que faz amigos o leva rapidamente a esquecer a desfeita e levantar a cabeça
Astrologia
nível básico
ÍNDICE DAS MATÉRIAS
N.º DE ORDEM HISTÓRICO PÁGINA
INTRODUÇÃO AO ESTUDO BÁSICO 3
UMA PEQUENA ADVERTÊNCIA 3
1. SÍMBOLOS ASTROLÓGICOS 4
1.1 Símbolos dos Signos 4
1.2 Símbolos dos Planetas 4
1.3 Símbolos Lunares 5
2. PEQUENA INTERPRETAÇÃO DOS SÍMBOLOS 5
2.1 Interpretação dos Símbolos dos Signos 5
2.2 Composição dos Símbolos Planetários 6
2.2.1 Círculo 6
2.2.2 Semicírculo 6
2..2.3 Cruz 7
2.3 Interpretação dos Símbolos dos Planetas 7
2.4 O Simbolismo Teogônico 8
3. CASAS ASTROLÓGICAS 9
3.1 Significado das Casas 11
3.2 Divisões das Casas 11
3.2.1 Casas Cardinais ou Angulares 11
3.2.2 Eixos Angulares 13
3.2.3 Casas Fixas ou Sucedentes 14
3.2.4 Eixos Fixos 16
3.2.5 Casas Comuns, Cadentes ou Mutáveis 17
3.2.6 Eixos Comuns 18
4. SIGNOS 20
4.1 Divisões dos Signos 20
4.1.1 Divisão conforme os Elementos 21
4.1.2 Divisão conforme as Qualidades 25
4.1.3 Divisão conforme as Polaridades 26
4.1.4 Outras classificações 27
4.2 Anatomia e Signos 28
5. PLANETAS 29
5.1 Características e influências 31
5.1.1 Sol 31
5.1.2 Lua 31
5.1.3 Mercúrio 32
5.1.4 Vênus 33
5.1.5 Marte 33
5.1.6 Júpiter 34
5.1.7 Saturno 35
5.1.8 Urano 36
5.1.9 Netuno 37
5.1.10 Plutão 37
6. SÍNTESE GERAL 39
7. RESUMO DE TERMOS ASTROLÓGICOS 39
INTRODUÇÃO AO ESTUDO BÁSICO
À presente apostila, não se poderia dar o título genérico de “Curso de Astrologia”.
Uma vez que o estudante interessado encontra no mercado muitas obras ou cursos facilmente adquiríveis, não caberia rescrever aqui, convencionalmente, tudo aquilo que já foi, anteriormente escrito.
Ao elaborar esta apostila, o que se pretendeu, na realidade, foi tão somente compilar sob uma visão esotérica, materiais que deixados à mão venham ajudar o estudo em conjunto e facilitar, no futuro, trabalhos de pesquisa e aplicações práticas em nossa jornada iniciática.
“O homem sábio dominará, daqui da Terra, as influências dos planetas, os quais não reproduzem, necessariamente, suas virtudes nos corpos terrestres, mas apenas suas tendências, e por isso convém ter grande Prudência e Discernimento.”
Ptolomeu
PEQUENA ADVERTÊNCIA
Considerando que em qualquer campo de pesquisas, e, mais especialmente, no “Estudo do Ocultismo” todo estudante corre o risco de se perder nas intermináveis manifestações como apenas reflexos ou diferentes aspectos da Realidade Primordial e Unificadora; sugerimos que: cada estudante controle sua imaginação, como forma de armazenar energia e não se perca nas intermináveis comparações que a mente tende a fazer com o vasto e difícil mundo da simbología Astrológica.
“A prudência é necessária ao caminhar, tanto quanto o silêncio é primordial para se ouvir perfeitamente.”
Sociedade das ciências antigas
1. SÍMBOLOS ASTROLÓGICOS
Ao trilhar o caminho do ocultismo, especial atenção exige-se para o estudo dos símbolos; pois estes, como forma de expressão, além de conterem as mais belas e profundas verdades, retém também, num estado latente, toda força e energia do princípio que lhe deu origem.
É na Astrologia que a “Ciência dos Símbolos” tem talvez sua maior expressão, pois, a riqueza com que se apresenta em todo o estudo esotérico da Astrologia é tão vasta que dificilmente pode-se contemplá-la em um só período de existência.
Ao iniciarmos nossos estudos de Astrologia devemos memorizar o alfabeto astrológico, que se constitui de 22 (vinte e dois) Símbolos e 3 (três) Selos Lunares, pois somente assim poderemos desenvolver uma compreensão mais ampla das lições futuras. Esta simbología inicial, está assim dividida:
12 (doze) Símbolos que identificam os Signos.
10 (dez) Símbolos que identificam os Planetas.
03 (três) Selos que indicam os pontos em que o Sol, a Lua e a Terra parecem ocupar o mesmo Plano Celeste.
1.1 SÍMBOLOS DOS SIGNOS
Sendo os signos a representação das doze constelações que constituem o Zodíaco e análogas às doze casas do Tema Astrológico; estão assim constituídos:
^ - ÁRIES ou CARNEIRO
_ - TAURO ou TOURO
` - GÊMINI ou GÊMEOS
a - CÂNCER ou CARANGUEIJO
b - LÉO ou LEÃO
c - VIRGO ou VIRGEM
d - LIBRA ou BALANÇA
e - SCORPIO ou ESCORPIÃO
f - SAGITÁRIO
g - CAPRICÓRNIO
h - AQUÁRIO
i - PISCES ou PEIXES
1.2 SÍMBOLOS DOS PLANETAS
Na Astrologia os Planetas correspondem aos corpos celestes que se movimentam no céu, e são, na maioria das vezes, centros inteligentes de emissão da Força Astral. Compreendem o Sol, a Lua e os Planetas do Sistema Solar, assim representados:
¢ - SOL ¦ - JÚPITER
¡ - LUA § - SATURNO
£ - MERCÚRIO ¨ - URANO
¤ - VÊNUS © - NETUNO
¥ - MARTE ª - PLUTÃO
1.3 SÍMBOLOS LUNARES
Designam os dois Nodos Lunares e o Ascendente Lunar, e são assim representados:
« - CABEÇA DO DRAGÃO ou Nó Lunar Capital ou Nó Boreal.
Á - CAUDA DO DRAGÃO ou Nó Lunar Caudal ou Nó Austral.
Estes nodos, de grande importância num tema Astrológico, devem ser entendidos como os dois pontos que a Lua produz ao cruzar a Eclíptica do passo do Sol.
¿ - RODA DA FORTUNA, Roda da Vida ou, ainda, Ascendente Lunar.
Este símbolo denota, na Carta Natal de um indivíduo, a parte da Fortuna.
Revelador de profundos aspectos astrais, relacionados com a própria concepção do indivíduo, é calculado por meio das longitudes do Sol, da Lua e do Ascendente.
2. PEQUENA INTERPRETAÇÃO DOS SÍMBOLOS
Considerando que os sinais ideográficos que constituem os 12 (doze) Símbolos Zodiacais, representam a concepção das doze fases da evolução humana, devemos estudar atentamente seus significados esotéricos tendo sempre em mente que eles estão relacionados entre si, procurando observar também sua seqüência. No que diz respeito aos 10 (dez) Símbolos Planetários, é importante percebermos as possíveis influências que estes astros expressam em suas formas ideográficas.
2.1 INTERPRETAÇÃO DOS SÍMBOLOS DOS SIGNOS
A ideografia simbólica dos signos revela os atributos das próprias vibrações dos signos e podem serem compreendidos:
- ARIES São os chifres do carneiro em posição de ataque. Signo relacionado com a cabeça do homem; O carneiro denota a impulsividade deste signo.
- TAURO É a cabeça de um touro. Representa a persistência e a decisão no trabalho que deve ser realizado. É o metódico e perseverante trabalhador que assume e dá valor à superfície terrestre.
- GÊMINI Duas linhas verticais se unem por outras duas horizontais, representando o conflito de idéias que leva à constante busca e ao aprimoramento do intelecto.
- CÂNCER São dois gametas, ou células responsáveis pela fecundação, pois este signo é o da maternidade e das profundas emoções da criação. O fecundado.
- LÉO É a representação fálica do membro viril. Léo representa o líder nato; o poderoso, o fecundante. Um nobre que através da ação se faz rei.
- VIRGO Representação de um animal de cauda abaixada, protegendo o órgão da procriação. Indica o repouso e a castidade. Simboliza o trabalho humilde; está ligado aos deveres cotidianos.
- LIBRA Símbolo da balança que representa o equilíbrio. Equilíbrio dinâmico que está ligado à justiça. É a harmonia cósmica que prevalece no universo e à qual denominamos amor.
- SCÓRPIO Representação de um animal com a cauda levantada, oferecendo-se ao desejo genésico. É o signo relacionado com as partes genitais do corpo humano e representa o estado de Evolução em que os seres evolutivos se preparam para a perpetuação da espécie.
? - SAGITÁRIO A seta direcionada, ou o animal transformando-se em homem, representa o estágio em que o ser evolutivo se dirige em busca das origens divinas. É a Iniciação.
? - CAPRICÓRNIO A figura representa o peixe-cabra”. É a corporização; o animal que abandonou a Água Primordial e subiu à Montanha, de onde observa a evolução.
? - AQUÁRIO Representa a Água Primordial; a água invisível de onde surgiu a vida. Está relacionado com o desejo sedento de Sabedoria, da Ciência e do Progresso.
? - PISCES São dois delfins que mergulham no oceano da vida para trazer ao Espírito o desejo da Evolução e da Ciência. Está relacionado com a vontade do Homem, deve completar o trabalho que outros iniciaram.
2.2 COMPOSIÇÃO DOS SÍMBOLOS PLANETÁRIOS
A composição hieroglífica dos planetas, ou os símbolos gráficos destes corpos celestes, devem ser muito bem compreendidos pelo estudante, pois constituem a base para o desenvolvimento de uma compreensão maior das influências que exercem em sua própria formação, manifestação, constituição e caráter.
Convém assim, que tenhamos em mente os princípios básicos que perfazem a composição primordial destes Símbolos Planetários, partindo da seguinte consideração:
“A composição básica dos Símbolos Planetários é o Círculo, o Semicírculo e a Cruz.”
Assim podemos entendê-los:
2.2.1 CÍRCULO
COMPREENDIDO COMO O PLANO ESPIRITUAL
Símbolo Universal do infinito: O ESPÍRITO, em sua expressão divina e primordial. É o “Ovo de Brahma” não fecundado.
2.2.2 SEMICÍRCULO
COMPREENDIDO COMO O PLANO ASTRAL
Símbolo da ALMA: representa a matéria evolucionante. São as vibrações entre o espiritual e o material.
2.2.3 CRUZ
COMPREENDIDA COMO O PLANO MATERIAL
É o CORPO denso do ser criado. É a encarnação e a reencarnação; a matéria que serve de santuário para a evolução.
Podemos entender esta trindade, dispondo os símbolos da seguinte forma:
PAI PAI (BRAHMA - OSIRIS)
MÃE FILHO (SHIVA - ISIS) (VISHNU - HORUS)
ESPÍRITO SANTO FILHO
Devemos entender que dependendo da forma com que se apresente o símbolo de um planeta, ou seja, quando incorpora um, dois ou três desses aspectos (círculo, semicírculo e cruz), é que se revela o grau peculiar de suas vibrações e estas vibrações serão definidas pela soma dos aspectos que compõem o símbolo em si.
Exemplos:
¢ - SOL É essencialmente espiritual, pois é retratado somente por um círculo e um ponto.
¤ - VÊNUS Tem o ideal espiritual elevado acima da matéria, pois o círculo aparece acima da cruz e não existe o semicírculo.
Ao compreendermos este princípio, entenderemos por que cada planeta expressa uma determinada virtude ou tendência. É importante notar que cada planeta sempre apresenta um duplo aspecto de qualidades morais; um aspecto positivo e outro negativo.
Consideremos ainda, na formação do Símbolo Planetário, as seguintes condições:
O ESPIRITUAL
É o centro que irradia as energias; é ele quem deve governar.
O ASTRAL
É o filtro das energias. É o refletor que envia aos homens as energias espirituais.
MATERIAL
É o meio onde deve ocorrer a manifestação. É o centro receptor das energias; é o local onde habita a vida.
2.3 INTERPRETAÇÃO DOS SÍMBOLOS DOS PLANETAS
Considerando que os próprios hieróglifos revelam as influências destes astros no indivíduo e na natureza, vejamos uma pequena interpretação destes símbolos:
¢ - SOL - Um círculo com um ponto no centro. O espírito manifestando-se. Sendo a manifestação visível de Deus; é o elemento fecundante. Representa o poder da ação.
¡ - LUA - Dois semicírculos representando o crescente lunar. Símbolo essencial do mundo astral, é a Alma; o elemento fecundado. Representa também a emoção. A mãe.
£ - MERCÚRIO - O Semicírculo elevado sobre o círculo, que por sua vez se eleva sobre a cruz. Embora denote os propósitos espirituais acima do material, ainda tem prevalecendo sobre este, as emoções da alma. Não está totalmente definido.
¤ - VÊNUS - O círculo sobre a cruz. Aqui, denota-se a ausência do Astral; é o espiritual acima da matéria. O desejo de equilíbrio que só se realizará na trilogia. Portanto o aspecto que denota amor espiritual pode ser visto como a força de coesão que se expressa na matéria - atração sexual. Está relacionado ao Amor.
¥ - MARTE - É a cruz elevada sobre o círculo. Também é expresso por uma seta sobre o círculo. A força criadora do espírito que dirige a matéria, embora os propósitos materiais estejam acima das vibrações espirituais.
¦ - JUPITER - O semicírculo eleva-se sobre a cruz, mas, na horizontal. As ânsias da alma sobressaem acima do material, mas realizam-se nas condições terrenas e não nas espirituais, como é o caso de Netuno.
§ - SATURNO - A cruz eleva-se sobre o semicírculo. A matéria prevalece sobre o astral, ou seja, os desígnios do Carma se realizam. A matéria deve equilibrar-se na justiça ou jamais se libertará, pois Saturno representa o movimento de contração, cristalização e inflexibilidade. Impõe o dever.
¨ - URANO - Dois semicírculos no mesmo plano da cruz se elevam acima do círculo. Urano dá início a uma primeira série de um ciclo mais elevado de influência astral. Simboliza a mente que se ilumina na matéria, perfeitamente conectada com os planos da intuição superior.
© - NETUNO - O semicírculo elevado sobre a cruz. As setas indicam a direção a se projetar; a alma e a matéria na ânsia de se realizarem espiritualmente. Está definido; o astral sobrepõe a matéria e ambos se elevam.
ª - PLUTÃO - O círculo acima do semicírculo que se eleva sobre a matéria (pouco se tem escrito sobre este planeta). Parece indicar-nos a forma perfeita e definida. Está ligado à consciência e tem, entre muitas qualidades, a capacidade de Organizar, Transmutar e Regenerar.
2.4 O SIMBOLISMO TEOGÔNICO
Aspecto importante na análise dos planetas é possuir também, um conhecimento teórico do Simbolismo Teogônico (a origem - dos Deuses) destes planetas, pois através dele poderemos observar um desenvolvimento evolutivo que nos conduzirá a reflexões relacionadas com a natureza do espírito humano.
A exemplo, podemos avaliar as origens dos deuses mitológicos, segundo o conceito grego, partindo do mais velho deles:
URANO gera SATURNO (é o espaço celestial criando o tempo). O reino de Saturno, que é somente o caos, é sucedido pela ordem construtiva de seu filho JUPITER (é a harmonia oriunda do tempo e do espaço).
Logo após, vem o primeiro filho de Júpiter, Marte, que é o princípio ativo masculino. Depois, em segundo, vem VÊNUS, o princípio neutro ou andrógino (a manifestação ou ponto equilibrante).
A pesquisa no campo da Mitologia é altamente benéfica para uma maior compreensão da Astrologia, pois, como podemos observar, o aspecto esotérico que se encontra velado na Mitologia tem muito a nos ensinar na senda do Ocultismo.
3. CASAS ASTROLÓGICAS
Também chamadas Terrestres ou Setores da Carta. São as divisões que fazemos de um horóscopo em doze partes, correspondendo aos doze signos.
Partimos de uma linha horizontal (cúspide), a qual demarca a primeira casa do signo que rompe no céu, no exato momento do nascimento do indivíduo a que se refere o horóscopo.
Cada umas destas divisões representa um departamento, período, ou condição da vida. Embora sejam análogas aos signos do Zodíaco, que possuem 30º exatos, as Casas Terrestres nem sempre tem os 30º exatos do arco. Entende-se também, que além de não coincidirem os graus, nem sempre haverá coincidência do primeiro signo do Zodíaco com a primeira casa do horóscopo. Deste modo, uma pessoa terá sua 1ª Casa Terrestre (o chamado Ascendente), em qualquer ponto do Zodíaco, não importando o Signo Solar sob o qual tenha nascido, pois a 1ª Casa ou Ascendente é demarcado pelo signo que rompe no horizonte no ponto Leste, em relação ao local e hora de seu nascimento.
Pode-se entender, enfim, que a Carta Astrológica, ou Horóscopo, corresponde a uma divisão duodenária da esfera terrestre, que diz respeito às doze divisões da esfera celeste, portanto aos Signos do Zodíaco.
3.1 SIGNIFICADO DAS CASAS
Cada casa tem um significado e está relacionada com uma condição específica. Assim as podemos compreender, resumidamente:
CASA 1 - (ASCENDENTE)
Governa a vida, a personalidade, marcando especialmente a infância; rege o físico; marca o ser, o eu.
CASA 2 -
Revela a capacidade do indivíduo de ter lucro, auferido pelo esforço individual; fortuna; resultado do trabalho material, intelectual e espiritual.
CASA 3 -
Revela a proximidade; pequenas viagens, parentes próximos, irmãos, vizinhos, mente concreta, prática; aptidão para artes úteis e imediatas; visão focalizada; objetiva e limitada.
CASA 4 - (FUNDO DO CÉU)
Representa os pais. As origens do indivíduo, suas raízes, seu meio ambiente, sua morada, seu íntimo, aquilo que vem do interior, suas heranças.
CASA 5 -
Produções materiais, intelectuais e espirituais, filhos, livros, o que é projetado fora do indivíduo - suas obras.
CASA 6 -
Saúde, enfermidades, dificuldades a vencer, trabalho a realizar, responsabilidades e preocupações de toda espécie.
CASA 7 - (DESCENDENTE)
Associações. Relações com terceiros ou entidades; modificações do caráter pelas relações amigáveis ou hostis. O casamento; a individualidade por oposição à personalidade; os contratos, as disputas, a extroversão.
CASA 8 -
Morte, transformação, regeneração. Decrepitude, decomposição, heranças materiais; começo e fim do ciclo pessoal anímico; habilidades ocultas; sonhos.
CASA 9 - ( INICIAÇÃO)
Elevação mental e espiritual, aspirações filosóficas e místicas, mente abstrata, cultura, viagens do espírito, sonhos e visões proféticas.
CASA 10 - (MEIO DO CÉU)
Honra, ação na sociedade, nível social. Êxito obtido em conseqüência do trabalho. Poder potencial do nativo; objetivos do esforço individual, ambições realizáveis.
CASA 11 -
Amigos, a proteção, ajuda espiritual, moral e material, socorro em casos de necessidade. Afinidades. Também do autodomínio, a amplitude de idéias, a tolerância e a diplomacia.
CASA 12 -
Isolamento, introspeção, limitação das possibilidades individuais, obstrução, obstáculos. Adversários ocultos, confinação, prisão, enfermidades graves. Marca o insólito, as atividades ocultas.
3.2 DIVISÕES DAS CASAS
Em decorrência do conceito da Dinâmica Universal, que se refere às Leis da Impulsividade, Estabilidade e da Mutabilidade, dividimos as Casas Astrológicas, bem como, os signos, por estarem análogos, em:
Cardinais, Fixos e Comuns.
Vejamos estas divisões:
3.2.1 CASAS CARDINAIS OU ANGULARES
Estas casas compõem o equilíbrio do Tema Astrológico de um indivíduo. São as posições mais firmes do Tema Astral. Constituem-se na Casa I, ou Ascendente, Casa IV, Casa VII, Casa X. Estas casas estão relacionadas com a Lei da Dinâmica Universal referente à impulsividade; retratada no movimento linear (igual a uma reta ______ ) Daí sua palavra chave ser: atividade ou ação.
Ao compreendermos que nas Casas Cardinais a impulsividade é a lei que as rege, entendemos que todos os elementos contidos nestas casas ou signos serão também de natureza impulsiva. Podemos relacionar a regência desta Lei da Dinâmica Universal, com a atividade, energia, coragem, iniciativa e audácia, que vamos encontrar nos signos correspondentes a estas casas, ou seja, em Aries, Câncer, Libra e Capricórnio.
I.) O QUE REPRESENTAM AS CASAS ANGULARES
As Casas Angulares ou Cardinais, mostram coletivamente a área de nossas atividades em nossa vida terrena, pois indicam:
a) QUEM SOMOS
Na Casa I: através de nossa personalidade, constituição, caráter, inclinações, qualidades e debilidades inatas e a aparência física - VIDA.
b) O QUE SOMOS
Na Casa VII, através de todas as formas de associações, desde a matrimonial até a iniciática, que, forçando nossa individualidade (Casa I), propõe a evolução pessoal à base do contraste. É na sociedade que revelamos o que somos. COMPLEMENTAÇÃO.
c) POR QUE SOMOS
Na Casa IV, através do ambiente onde o indivíduo nasceu, indica a infância e a velhice, o começo e o fim da existência - o Pai ou a Mãe - sensualidade instintiva. MARCAS HEREDITÁRIAS.
d) COMO SOMOS
Na Casa X, através de nossa honra, êxitos obtidos através do trabalho - realização pessoal - crédito e respeito público. Estado social e a comunidade em que vivemos. PODER.
II DIVISÕES DAS CASAS ANGULARES
Entendemos que as Casas Angulares ou Cardinais são as casas mais firmes do Tema, pelas suas próprias posições. Pois estão assim dispostas:
CASAS SIGNOS
Sul Meio do Céu
X ?
VII Ascendente
OU
Leste I Oeste Descendente
IV
Norte Fundo do Céu
III.) REGÊNCIA NAS CASAS ANGULARES
Considerando que cada casa ou signo tem 30º, e está dividido em três decanatos ou fatores de 10º cada um, quando analisamos as casas devemos levar em conta os Regentes dos Decanatos; Os Regentes Secundários, pois são fundamentais para demarcar os períodos ou acontecimentos. Estão assim distribuídos:
CASA I - 1º REGENTE: O caráter, as tendências e as preferências na primeira
parte da existência.
2º REGENTE: A constituição, a forma do corpo, a vitalidade e as
possíveis modificações que o nativo poderá sofrer em seu caráter e
em suas tendências, durante toda a vida.
3º REGENTE: O caráter, as tendências e as preferências na última
parte da existência.
CASA VII - 1º REGENTE: Cônjuge e o casamento.
2º REGENTE: Os processos e as questões legais.
3º REGENTE: A vida no fim da existência.
CASA IV - 1º REGENTE: Mãe no horóscopo masculino; pai no horóscopo femi-
nino.
2º REGENTE: As propriedades da família e os bens de raiz.
3º REGENTE: A vida no fim da existência.
CASA X - 1º REGENTE: A profissão e a posição social.
2º REGENTE: As honras, as dignidades e a autoridade.
3º REGENTE: Mãe no horóscopo feminino; pai no horóscopo mascu-
lino.
3.2.2 EIXOS ANGULARES
Sendo estes as linhas que demarcam o Horizonte e o Meio do Céu em um Tema Astral, representam pela linha horizontal a Força Criadora e pela linha vertical a Eternidade, em analogia com os signos que estão relacionados com as casas angulares.
I.) PRIMEIRO EIXO ANGULAR
Correspondente à Casa I e a Casa VII, é o que revela o nativo. Em analogia com os signos, representa a FORÇA CRIADORA, pois com Áries na Casa I e Libra na Casa VII, ficam assim representados:
ARIES ( ) é o líder que usa a energia e a iniciativa, mostrando sua personalidade combativa de maneira franca. Sua força está na cabeça, sua testa é iluminada para defender a verdade. Ação, coragem e consciência da própria vontade. É o EU SOU - Exatamente o que revela a 1ª casa terrestre.
LIBRA ( ) o outro extremo do eixo, é a harmonia e a justiça daquele que medita, que coordena e colabora. Libra é aquele que considera o outro lado do eu, O TU. O Carneiro é o homem; a Balança é a humanidade. Na Casa I vemos a independência e a verdade; na Casa VII vemos a coletividade e a justiça.
Talvez o que seja necessário para o homem é descobrir a Força Criadora, simbolizada nesse eixo, e compreender qual de suas casas está oposta às Luzes existentes no horizonte. Como o signo que está na passividade do subconsciente, que precisa ser iluminado e despertado para o amadurecimento e a auto realização.
Devemos entender que a verdade contida em Áries e o seu impulso, devem ser medidos e considerados pelos direitos alheios, sem impor os seus próprios. Assim, um impõe e deve aprender a ceder; e o outro cede e deve aprender a impor e agir.
“Toda ação sem justiça e harmonia, é luta e guerra. Toda procura de harmonia e justiça sem energia e ação, é desequilíbrio e aniquilação.”
II.) SEGUNDO EIXO ANGULAR
Correspondente à Casa IV e a Casa X, é o que revela o ambiente do nativo. Em analogia com os signos que ocupam estas casas, representa a ETERNIDADE, com Câncer na Casa IV e Capricórnio na Casa X.
CÂNCER ( ) representado pelo caranguejo com seus passos para a frente e para trás, é a fé e a gratidão. A sensibilidade e a visão do amanhã; a conservação emocional do ontem.
CAPRICÓRNIO (?) representado pela cabra, é a expressão da segurança e a prudência. Da concentração e da capacidade de se elevar pelas ações praticadas agora. É a RAZÃO, a confiança e o raciocínio.
O Eixo da Eternidade está representado pela fé, pela sensibilidade e pela motividade que devem buscar o equilíbrio da vida, no caminho da razão e do raciocínio. Equilíbrio este que se manifestará na certeza que o amanhã será o hoje.
“Buscai a razão e a fé, pois, será somente desta forma que compreendereis a importância de saber chorar sorrindo e a de sorrir chorando.”
III.) O EQUILÍBRIO DAS CASAS ANGULARES
Em relação aos signos que analogamente ocupam as casas angulares I e VII - IV e X, seria conveniente ressaltar que; três são de natureza animal: , , ? e o quarto que não sendo animal representa o ideal em que esta classe de signos animais deve se esforçar. Isto se depreende da energia impulsiva que existe nas casas angulares, requerendo equilíbrio e harmonia para realização das verdadeiras operações que devem ocorrer através dos signos.
3.2.3 CASAS FIXAS OU SUCEDENTES
Constituídas pelas Casas II, V, VIII e XI, são as que seguem imediatamente às Casas Angulares. Estas casas estão relacionadas com a dinâmica universal referente à estabilidade, retratada no movimento vibratório (igual a um semicírculo ). Daí sua palavra chave ser estabilidade ou fixabilidade.
Nestas casas, devemos também entender que sendo a estabilidade a lei que as rege, verificamos que todos os elementos contidos nestas casas, bem como, os signos, são de natureza estável ou fixa.
Assim, teremos o Fogo Estável, a Água Estável, o Ar Estável e a Terra Estável, numa combinação útil e complementar, pois o ar estável mantém o fogo estável e a terra estável será estéril sem a água estável.
Podemos, deste modo, relacionar a regência desta Lei Dinâmica Universal dizendo que: A estabilidade com a elevação dos desejos é que dá fibra e persistência para a ação, o que iremos encontrar nos signos análogos destas casas.
I-) O QUE REPRESENTAM AS CASAS FIXAS
As casas fixas ou estáveis, mostram coletivamente a área das aquisições e das produções em nossa existência, pois indicam:
a-) O QUE TEMOS
Na Casa II, através das finanças e fortunas. A independência ou sujeição econômica do nativo - A capacidade de adquirir lucros e acumulá-los, bem como, os prejuízos - Os LUCROS pelo esforço individual.
b-) O QUE CONQUISTAMOS
Na Casa VIII, através da libertação das limitações. A MORTE. Os sonhos, os pesadelos, as habilidades ocultas e as questões ligadas a pessoas falecidas. Aqui vemos as heranças materiais e os bens espirituais conquistados.
c-) O QUE PRODUZIMOS
Na Casa V, através da produtividade, da fecundidade. Informa-nos sobre os filhos, as afeições, os casos amorosos. A especulação e os divertimentos. Enfim, as PRODUÇÕES MATERIAIS E ESPIRITUAIS para fora do indivíduo; sua própria obra.
d-) O QUE GANHAMOS
Na Casa XI, através da ajuda dos AMIGOS, de forma material, moral e espiritual. Informa a amizade, os companheiros e os protetores. As esperanças, os ideais, ambições e desejos. Marca a amplitude de idéias.
II-) DIVISÕES DAS CASAS FIXAS
Entendemos que nas casas fixas as influências elevam a natureza dos desejos, criando força para a ação, e persistência para a modificação.
Vejamos suas posições:
III-) REGÊNCIAS NAS CASAS FIXAS
Dividindo os 30º das casas fixas em três Decanatos, ou fatores de 10º cada um, vamos considerar os Regentes Secundários. Vejamos, assim casa por casa:
Casa II -1º Regente: Indica as riquezas do primeiro período da vida.
- 2º Regente: As riquezas no segundo período da vida.
- 3º Regente: As riquezas no terceiro período (da velhice até a morte).
Casa VIII - 1º Regente: Indica o gênero de morte, os dons espirituais e os sonhos.
- 2º Regente: Indica a fortuna do cônjuge e dos associados.
- 3º Regente: As heranças, legados e questões vinculadas às pessoas fale-
cidas.
Casa V - 1º Regente: Indica os filhos, suas vitalidades e suas inteligências.
- 2º Regente: Os prazeres e divertimentos, as afeições e sensualidades.
- 3º Regente: A sorte, os jogos e especulações.
Casa XI - 1º Regente: Assinala informações sobre os amigos e sua sinceridade, bem
como, sua utilidade.
- 2º Regente: Indica esperanças, desejos e ideais.
- 3º Regente: A sorte, os jogos e especulações.
3.2.4 EIXOS FIXOS
Sendo as linhas que formam os eixos com os signos de Tauro ( ) e Scorpio ( ); Leo ( ) e Aquário (?), representam a matéria criada e o amor, respectivamente.
I) PRIMEIRO EIXO FIXO
Corresponde à Casa II e à Casa VIII, que assinala exatamente as aquisições do nativo. Em analogia com os signos, representa a MATÉRIA CRIADA. Com na Casa II e na Casa VIII, ficam assim representados:
TAURO ( ) através das glândulas executam e realizam, aglomerando a matéria de uma forma obediente e fecunda, pois, Tauro quer realizar e possui o senso de conservar, com todo o carinho e amor o que deseja.
SCÓRPIO ( ) através das partes genitais, representa a destruição, ou antes, a transmutação de forma consciente, agindo por seu próprio desejo, o que leva à liberdade do espírito.
Tauro aceita e executa. Scorpio enfrenta e mostra sua decisão.
O simbolismo que se revela neste eixo está representado na eterna necessidade da transmutação real para a ação do ciclo e evolução. Assim, para a Matéria Criada (recriada), haverá sempre a necessidade da morte ( ) que autoritariamente se organiza para o renascer obediente, através da fecundidade ( ).
II-) SEGUNDO EIXO FIXO
Corresponde à Casa V e à Casa XI, é o que revela tudo aquilo que o nativo produz. Em analogia com os signos que ocupam estas casas, representa o AMOR, com Leo ( ) na Casa V e Aquário (?) na Casa XI. Leo a força solar atrativa, é o rei; o magnetismo que disciplina. O próprio coração. Enquanto que o homem é a irradiação, representado pelo aguadeiro que espalha a água sobre a terra para fazer crescer a planta.
Talvez este seja um dos eixos mais difíceis de se compreender e justificar em analogia comum, por representar o AMOR. Em verdade é um eixo fundamental, pois se o constante pulsionar entre estes dois polos, o que atrai e irradia, falhar, não haverá vida. E a vida é a mais pura manifestação do Amor Divino.
Talvez seja necessário que o homem, aí compreenda, que para haver equilíbrio perfeito e assim, a mais pura expressão se fazer presente, é que deve agir, porém dar; atrair, porém irradiar.
III-) O EQUILÍBRIO DAS CASAS FIXAS
Em relação aos signos que ocupam estas casas, três são de natureza animal, , e , bestiais e violentos e um, de natureza humana, o quarto ?, representando na figura do aguadeiro, indica sempre o ideal em que esta classe deverá se encaminhar. O equilíbrio nascerá na busca de procurar ser mais humano, de tornar-se a imagem do Criador.
3.2.5 CASAS COMUNS, CADENTES OU MUTÁVEIS
A Dinâmica Universal, por suas duas manifestações básicas: impulso e estabilidade, criou uma terceira manifestação que se caracteriza por um movimento pendular e representa a força de equilíbrio entre ambas: é o ritmo mutável (igual a um círculo: O).
As Casas Cadentes, Mutáveis, ou ainda, Comuns, são móveis e os planetas aí situados indicam a capacidade de adaptação do indivíduo. Portanto os elementos aí existentes também tem as características da mutabilidade.
I) O QUE REPRESENTAM AS CASAS COMUNS
Ligadas ao potencial da adaptação do nativo, podemos compreender que é assim representada cada casa:
a-) O QUE APRENDO
Na Casa III, é relativo ao potencial de desempenho e assimilação que o indivíduo adquire em meio ao seu ambiente natural, onde os intentos e as experiências consolidam sua Mente Inferior.
b-) O QUE ASPIRO
Na Casa IX, é o despertar da religiosidade na busca da filosofia e das leis, é o início da busca da Mente Superior.
c-) O QUE REALIZO
Na Casa VI, é a solidificação dos intentos e experiências, que criarão métodos de consulta salutar, técnicas e aperfeiçoamentos laboriosos e o relacionamento com servidores ou empregados.
d-) O MEU DESTINO
Na Casa XII, representa a limitação física, através da qual brota a mente superior propriamente dita. É o ocultismo alcançado através do Sacrifício.
II-) DIVISÕES DAS CASAS COMUNS
Sendo estas casas ou signos, ou mais predispostos à mutabilidade no Zodíaco, estão colocadas entre as Angulares e as Fixas.
Estão assim distribuídas na Carta Astral:
III-) REGÊNCIAS NAS CASAS COMUNS
Os Regentes Secundários destas casas estão assim divididos:
CASA III - 1º REGENTE: Os irmãos, parentes e vizinhos mais velhos.
- 2º REGENTE: Os irmãos, parentes e vizinhos mais novos.
- 3º REGENTE: As pequenas viagens e as mudanças.
CASA IX - 1º REGENTE: As longas viagens e os tios.
- 2º REGENTE: A fé, a cultura e os instrutores.
- 3º REGENTE: A ciência e as artes.
CASA VI - 1º REGENTE: Indica as doenças.
- 2º REGENTE: O trabalho e os instrumentos nele utilizados.
- 3º REGENTE: Os pequenos animais e os servidores subalternos.
CASA XII - 1º REGENTE: Os inimigos ocultos e os traidores.
- 2º REGENTE: Os sofrimentos, internamentos, doenças e prisões.
- 3º REGENTE: Os grandes animais e os trabalhos penosos.
3.2.6 EIXOS COMUNS
Os eixos formados pela relação entre as casas comuns, podem ser chamados de conhecimento e realização.
I-) PRIMEIRO EIXO COMUM
Corresponde às Casas III e IX, que revela o aprendizado do indivíduo, representa o CONHECIMENTO. Podemos entender esta relação comparando os regentes das casas, da seguinte maneira:
GEMINI ( ) está na Casa III e seu regente é Mercúrio (£), planeta da razão e da intelectualidade, representa o APRENDIZADO, tanto pelo relacionamento como pelas instruções que desenvolvem e estimulam a Mente Inferior. Seu extremo oposto é a Casa IX.
SAGITÁRIO (?) domina a Casa IX. É a besta que começa a se transformar em homem, tendo um objetivo ou alvo a alcançar. Seu planeta regente é Júpiter (¦), planeta da benevolência e do idealismo.
II) SEGUNDO EIXO COMUM
É a relação estabelecida entre a Casa VI e a Casa XII. Este eixo representa a REALIZAÇÃO.
Em seus extremos temos:
A Casa VI, análoga a Virgo ( ), que tem como regente Mercúrio (£). É interessante observar que a repetição de Mercúrio na Casa VI, estabelece uma relação direta com a Casa III (observamos que se manifesta duplamente no plano inconsciente).
O domínio desta casa está relacionado com o que foi absorvido na Casa III, ou seja, a aplicação e ampliação da capacidade geradora do indivíduo.
No extremo oposto, temos a Casa XII, governadora por Pisces (?), que é regido por Netuno (©), o planeta da Divindade, o que vem completar o aspecto realizador deste eixo.
4. SIGNOS
É necessário que o estudante compreenda que o ZODÍACO NATURAL, também conhecido por ZODÍACO SIDERAL, correspondente às constelações zodiacais, cujas dimensões muito variam de uma para outra, não correspondente exatamente em sua divisão de graus, ao ZODÍACO INTELECTUAL ou ZODÍACO ASTROLÓGICO, também chamado ZODÍACO MATEMÁTICO.
No ZODÍACO ASTROLÓGICO, as divisões dos setores que correspondem às doze constelações, são iguais, isto é, possuem 30º cada uma e são conhecidas por Casas Celestes ou Signos. Estas Casas Celestes, em relação ao homem, dão origem às Casas ou Setores do Horóscopo. Estes 30º são subdivididos em três partes, cada um com 10º, formando os denominados Decanatos. Deste modo, os primeiros dez graus determinam o 1º Decanato; do décimo primeiro ao vigésimo grau estabelecem o 2º Decanato; e deste último ao vigésimo nono grau e mais cinqüenta e nove minutos, determinam o 3º Decanato.
Há certas condições astrais que adicionadas determinam as características de influência mais marcante na vida do indivíduo, como veremos em estudos posteriores. Para melhor compreendermos estas condições é necessário que analisemos os signos através de suas mais peculiares vibrações.
Esta análise dos signos poderá ser efetuada em correspondência a três condições: Material, Astral e Espiritual.
a-) CONDIÇÃO MATERIAL - Corresponde ao Signo Solar; é o signo determinado pelo movimento do sol no Zodíaco, que dura aproximadamente um mês. Representa o dia a dia, o destino do indivíduo, O CARMA.
b-) CONDIÇÃO ASTRAL - Corresponde ao Signo Lunar; determinado pelo signo que a Lua ocupa no instante do nascimento. Representa o emocional, os sentimentos, A ALMA.
c-) CONDIÇÃO ESPIRITUAL - Corresponde ao Signo Ascendente; determinado pelo signo que desponta no horizonte, ao leste, em referência ao local e ao exato momento do nascimento do indivíduo. Representa o EU, suas vibrações e suas potências.
4.1-) DIVISÕES DOS SIGNOS
Os signos correspondem às seguintes categorias básicas:
4.1.1-) Divisão conforme os elementos.
4.1.2-) Divisão conforme as qualidades.
4.1.3-) Divisão conforme as polaridades.
Existem muitos astrólogos que apresentam outras classificações de menor importância, algumas das quais citamos a título informativo sob o tópico.
4.1.4.-) Outras Classificações.
A necessidade que existe de procurarmos desenvolver um estudo mais profundo dos signos, ou casas, é porque existe uma série de características ou qualidades que lhes são próprias. Somente fazendo as avaliações destas condições, é que entenderemos a natureza de um signo, planeta ou casa, uma vez nenhuma força ou condição se manifesta isoladamente.
Assim, no quarto tópico analisaremos os signos, ou casas, em relação aos elementos, às qualidades, às suas polaridades e ainda a outras divisões ou classificações.
4.1.1-) DIVISÃO CONFORME OS ELEMENTOS
Quanto aos elementos, os signos estão divididos em quatro grupos, divididos em quatro grupos, formando a Triplicidade dos Signos.
Os elementos são a cristalização das quatro forças originárias e fundamentais primárias. São denominadas Radiante, Expansiva, Fluente e Coesiva. Elas dominam, cada uma, sobre três signos característicos. A esta reunião, chamada Triplicidade de Elementos, designam-se as características: do Fogo, Ar, Água e Terra, e que denominaremos: “TRIÂNGULO”.
De acordo com os elementos, os signos estão assim distribuídos:
FOGO Aries Leo Sagitário
TERRA Tauro Virgo Capricórnio
AR Gemini Libra Aquário
ÁGUA Câncer Scorpio Pisces
A-) TRIÂNGULO DA VIDA
Representado pelos signos: , , ?, nas Casas I, V, e IX.
Neste triângulo, o primeiro da Carta Astrológica, seu elemento é o FOGO. A vida se faz presente da seguinte forma:
Casa I - A vida do nativo ( ) - Eu sou.
Casa V - A vida nos filhos ( ) - Eu realizo.
Casa IX - A vida em Deus (?) - Eu me ilumino.
O ELEMENTO FOGO
É o primeiro dos quatro elementos. Tem uma natureza positiva masculina. Sendo um elemento criador por excelência, possui três funções principais: Criador, Destruidor e Purificador.
Por sua natureza masculina, implica-lhe a faculdade da paternidade. E ser pai, é dar generosamente germes energéticos capazes de vitalizar as condições femininas, originando assim um processo de reprodução cuja missão é conservar a espécie.
A manifestação cinética deste elemento é o calor, e é a proporção do calor que estabelece as distinções entre os signos desta triplicidade, ou seja, entre: , e ?.
OS SIGNOS DESTA TRIPLICIDADE
Chamados signos ígneos, são em decorrência do elemento fogo; quentes e secos e correspondem à substância espiritual e ao temperamento bilioso; aumentam a energia física e desenvolvem a ambição e a iniciativa, proporcionando espiritualidade, eloquência e desejos de honra.
O elemento fogo age nas casas nas seguintes formas:
Na Casa I - ( ) - Origina através da mente. O fogo estimula o cérebro; é a franqueza de Áries.
Na razão - O fogo permite “ser o que é”.
Na Casa V - ( ) - Constrói as obras do coração, na crença da justiça e do poder de Leo.
Na emoção - O fogo permite “fazer o que deve ser feito”. “A semente é lançada, cabe à Misericórdia Divina determinar o que vai se gerar. O pai por sua vontade fecunda, mas não pode determinar a procriação”.
Na Casa IX - (?) - No perfeito equilíbrio da razão e da emoção, o fogo espiritual permite a iluminação, pois ele purifica e eleva o ser criado, preparando-o para ser o “homem” (?). Coloca o ser voltado para a Divindade e somente aquele purificado pode saber a direção a ser tomada.
B-) TRIÂNGULO DA REALIZAÇÃO
Representado pelos signos: , , e ?, nas Casas II, VI e X.
Neste triângulo, o segundo da Carta Astrológica, o elemento é a TERRA. A realização aí se manifesta da seguinte forma:
Casa II - Lei do Ganho ( ).
Casa VI - Lei do Trabalho ( ).
Casa X - Lei do Sucesso (?).
Pode-se considerar também este triângulo, como sendo o triângulo da Ação. É na Terra que ocorre a manifestação do Fogo, dando assim, um sentido de continuidade à condição das casas anteriores (signos do fogo).
O ELEMENTO TERRA
É o segundo elemento. A terra, o elemento da realização, é assim chamado pois é sobre ela que aqueles seres que se criaram, ou foram gerados na água, concluem a grandiosa tarefa de evoluir. É o mais rígido dos elementos e permite assim, que o homem se apoie sobre seus pés e estabeleça sua primeira condição de equilíbrio. Se o analisarmos no seu contexto, veremos que a terra tem condensada em seu interior a essência dos outros três elementos, portanto só poderá ser sobre este elemento que o homem fará manifestar sua realização.
OS SIGNOS DESTA TRIPLICIDADE
Chamados signos terráqueos, são frios e secos. Este elemento conduz à inflexibilidade, persistência, estabilidade e poder de realização. Proporciona uma natureza construtiva, ambiciosa e realizadora.
Na Casa II - ( ) - Seu símbolo representa o animal que nos primórdios da civilização puxou o arado e preparou a terra para o plantio. Representa a “força de vontade”, que pode ser acionada nos três planos de maneira lenta, mas persistente, na realização do trabalho.
Tauro caminha na terra e sua morosidade reflete a segurança relacionada com a força de que é provido, que de maneira amena, passa deixando atrás de si o trabalho realizado; o método é sua forma de impor.
Na Casa VI - ( ) - Representa a natureza que tem em seu ventre generoso o germe da vida e a capacidade de fazer com que esse germe dê continuidade ao seu ciclo, tornando-o algo criativo e aumentado seu estado de pureza inicial.
Na Casa X - (?) - Representa o Peixe-Cabra, o ser que contempla a sua própria transmutação. É análogo ao ser que abandona o Oceano Primordial e principia sua subida, montanha acima, de onde observa o panorama da Evolução, ou, pode ser interpretado como a forma das diretrizes ou opções que o homem faz ao precipitar-se no abismo aquático das paixões e da matéria, ou ainda, a escalada da Montanha Espiritual.
O equilíbrio deste triângulo está no balanceamento entre as conquistas realizadas pelo esforço próprio, relacionadas com a Casa II, e os trabalhos de aplicação individual, relacionados com a Casa VI, que ocorrem de maneira inconsciente do indivíduo, manifestado na Casa X que é a casa das honras, do juízo e da autoridade.
C-) TRIÂNGULO DAS RELAÇÕES
Representado pelos signos: , e ?, nas Casas III, VII e XI.
Neste triângulo o elemento determinante é o AR.
A relação esta assim manifestada neste triângulo:
Casa III - Relação com Familiares ( ).
Casa VII - Relação com Associações ( ).
Casa XI - Relação com Amizades (?).
O ELEMENTO AR
Para esta triplicidade o elemento cristalizador da Força Primária é o Ar. Consideramos que o ar é um grande elemento alimentador, de onde todos os seres vivos extraem sua nutrição, através da respiração. O ar é a grande cobertura que envolve o planeta; sem ele estaríamos expostos ao frio do espaço quando o Sol estivesse iluminando a outra face da Terra. E, estaríamos expostos a uma grande temperatura, quando o Sol estivesse brilhando sobre nosso horizonte. A ciência esotérica considera o ar como o segundo elemento positivo e grande amigo do primeiro: o fogo. É o terceiro elemento, de caráter expansivo, sua primeira casa de domínio e também a 3ª do Zodíaco, correspondente ao signo de Gemini que rege, no corpo humano, os braços e os pulmões.
OS SIGNOS DESTA TRIPLICIDADE
Chamados signos aéreos são, devido ao elemento ar, quentes e úmidos. Correspondem à substância mental e ao temperamento sangüíneo, que se distingue por amizade, concórdia, inteligência e faculdades mentais.
Correspondem a três estados da mentalidade:
1. O despertar do intelecto; neste sentido corresponde aos primeiros estudos.
2. A erudição científica, a expressão artística, seja gráfica ou literária.
3. A mentalidade criadora, desvelada pela intuição que permite o descobrimento de novas técnicas, filosofias ou formas artísticas.
O Elemento ar interage da seguinte forma, nestes signos:
Na Casa III - ( ) - É o movimento da vida; a formação do intelecto pela assimilação e pela adaptação. É o ego socializando-se pela participação; tornando-se prático e expressando a força do intelecto.
Na Casa VII - ( ) - É a harmonia, portanto o equilíbrio da vida. Representa a coletividade e a justiça. A mútua cooperação, na ciência e na arte, que proporciona através da associação o desenvolvimento da personalidade e da perda da individualidade.
Na Casa XI - (?) - É a fraternidade que persevera engenhosamente, através da inteligência hábil, que produz a evolução.
D-) TRIÂNGULO DA TRANSFORMAÇÃO
Representado pelos signos , e ?.
É o quarto e último triângulo e tem como elemento a ÁGUA.
A transformação ocorre nestes signos, nos seguintes aspectos:
Casa IV - A transformação Física ( ).
Casa VIII - A transformação Anímica ( ).
Casa XII - A transformação Espiritual (?).
O ELEMENTO ÁGUA
A Água é o elemento mais abundante, encontrado na maioria dos seres vivos. Isto estabelece a relação entre os seres vivos e as suas origens, pois ousaram sair da água para se adaptar à terra. Transformação é a característica principal deste elemento, e a natureza assim nos demonstra. Desde a corrente elétrica que em muito nos beneficia, até os estados de putrefação orgânica necessários à natureza, tudo é ou envolve transformações provocadas pela água.
OS SIGNOS DESTA TRIPLICIDADE
Chamados signos aquosos, são, em decorrência do elemento água, úmidos e frios. Tem uma condição flexível e elétrica, o que os conduz a uma adaptação mais restrita para com a forma do que para com a essência, isto é, os signos são exteriormente adaptáveis mas interiormente rebeldes.
Este elemento proporciona: sensibilidade, impressionabilidade e emotividade. O elemento água interage nas seguintes casas:
Na Casa IV - ( ) - Pelo signo da maternidade simboliza a força de coesão da natureza que mantém as formas criadas, e o instinto de conservação da vida. É o signo das emoções profundas criadas no universo materno. Os dois gametas que aparecem no símbolo estão envoltos num ambiente aquoso.
Na Casa VIII - ( ) - Representando a transformação do homem, de seu estado de inocência e pureza, devido às suas paixões e prazeres sexuais. Ao mesmo tempo, simboliza a vitória final do ser espiritual sobre o reino da matéria. Representa, ainda, o estado de evolução em que os seres se preparam para a perpetuação da espécie. Tanto no sentido material, como espiritual..., paradoxalmente, é o signo da Eternidade e da Morte.
Na Casa XII - (?) - É o processo final da transformação das formas, iniciado em Capricórnio (?). É representado por dois peixes dispostos lado a lado, mas em sentido inverso, simbolizando o movimento final de libertação do espírito das malhas da matéria, por isto rege duas extremidades do homem, especialmente os seus pés, que lhe permite de forma dual manter-se na vertical e elevar sua mente ao Céu.
Representa, ainda, a vontade: o que deve levar o homem à transformação física, moral e espiritual.
O PONTO DE EQUILÍBRIO
É através da morte dos desejos físicos e dos instintos selvagens inatos que o ser se eterniza, permitindo a manifestação do potencial gerador de Scorpio ( ). Este estado ocorre em paralelo com a “Iniciação” representada por Pisces (?) e, portanto, no mesmo nível. Câncer ( ) ampara e apoia esta manifestação através da Lua, seu regente, que representa a “alma”, e também se identifica com a deusa egípcia “Isis”, a grande iniciadora da alma nos Mistérios do Espírito.
4.1.2 DIVISÃO CONFORME AS QUALIDADES
Em relação às qualidades, os signos se dividem em três grupos, formando a Qualidade do Zodíaco.
Esta quadruplicidade é a mesma relacionada com as divisões das casas, que dizem respeito à Dinâmica Universal, a qual condiciona os signos a três ritmos básicos: a Impulsividade, a Estabilidade e a Mutabilidade.
Assim, os Signos Impulsivos estão localizados nas Casas Angulares ou Cardinais; os Signos Estáveis ocupam as Casas Fixas ou Sucedentes e, os Signos Mutáveis localizam-se nas Casas Comuns ou Cadentes.
Os quatro elementos vistos anteriormente, estão distribuídos dentro destas três modalidades rítmicas. Por isto entendemos que existe um elemento em cada ritmo, a exemplo; um Fogo Impulsivo em Áries, um Fogo Estável em Leo e um Fogo Mutável em Sagitário.
As modalidades rítmicas podem ser compreendidas nos signos com as seguintes características:
IMPULSIVIDADE - Em Áries, Câncer, Libra e Capricórnio.
Qualidades - Atividade, energia, coragem, iniciativa e audácia.
Debilidades - Irreflexão, despotismo, dispersão e orgulho.
ESTABILIDADE - Em Tauro, Leo, Scorpio e Aquário.
Qualidades - Concentração, realização, constância e reflexão.
Debilidades - Frieza, egoísmo, lentidão e apatia.
MUTABILIDADE - Em Gemini, Virgo, Sagitário e Pisces.
Qualidades - Flexibilidade, sensibilidade, percepção e adaptação.
Debilidades - Inconstância, alternativas de atividade e inércia, bem como, de entusiasmo e depressão.
4.1.3 DIVISÃO CONFORME AS POLARIDADES
Quanto às polaridades, os signos se dividem de acordo com duas formas de energia, uma cinética e outra estática; em Masculinos e Femininos.
Os Masculinos podem ser considerados ativos ou positivos. Os Femininos, são considerados negativos ou passivos. Este conceito de polaridade se explica pelo fato de todo o universo se expressar pela dualidade ou força dos opostos. Assim, compreendendo que a energia cósmica necessita de dois campos, um positivo e um negativo, para fluir através do Zodíaco é que divisamos o homem arquetípico.
Devemos entender também, que os signos são forças que se complementam harmonicamente. Considerando, isoladamente, cada signo, ele será uma unidade ativa ou positiva; em conjunto porém, um tem que ser necessariamente oposto ao outro, para que, a exemplo, quando um cria o outro possa realizar. Enquanto um emite, o outro absorve.
Assim, os signos se dividem em dois grupos:
MASCULINOS OU POSITIVOS - Áries, Gemini, Leo, Libra, Sagitário e Aquário.
FEMININO OU NEGATIVO - Tauro, Câncer, Virgo, Scorpio, Capricórnio e Pisces.
Para assimilarmos esta classificação com certa facilidade, basta considerarmos os signos das Casas Ímpares (1, 3, 5, 7, 9 e 11), como POSITIVOS. E, consequentemente, os signos das Casas Pares - (2, 4, 6, 8, 10 e 12) como NEGATIVOS.
4.1.4 OUTRAS CLASSIFICAÇÕES
Existem, ainda, várias outras classificações para os signos, (conforme estudaremos no futuro) que determinam certos aspectos ou condições de importância para a compreensão e interpretação e interpretação de Temas.
Nesta oportunidade faremos uma breve citação sobre certas classificações, tais como:
A-) SIGNOS MENTAIS ? Elemento Fogo
SIGNOS MATERIAIS ? Elemento Terra
SIGNOS INTUITIVOS ? Elemento Ar.
SIGNOS EMOTIVOS ? Elemento Água.
B-) SIGNOS CONSCIENTES ? Elemento Fogo +
? Elemento Terra
SIGNOS INCONSCIENTES ? Elemento Ar +
? Elemento Água
C-) SIGNOS BENÉFICOS ? ?
OU FAVORÁVEIS
SIGNOS MALÉFICOS ? ?
OU DESFAVORÁVEIS
D-) SIGNOS FÉRTEIS ?
SIGNOS ESTÉREIS
SIGNOS NEUTROS ? ? ?
4.2 ANATOMIA
Cada signo do Zodíaco tem um relacionamento específico com determinada área do corpo humano, exercendo sobre ela sua influência particular.
Este domínio está assim distribuído:
ÁRIES ( ) A Cabeça; a face.
TAURO ( ) O pescoço; a garganta; a faringe; as amígdalas.
GÊMINI ( ) Os ombros; os braços; as mãos.
CÂNCER ( ) O peito; o estômago; o fígado.
LÉO ( ) O coração; o dorso.
VIRGO ( ) O ventre; os intestinos.
LIBRA ( ) A região lombar; os rins.
SCÓRPIO ( ) As partes genitais; o ânus.
SAGITÁRIO (?) As coxas; as nádegas.
CAPRICÓRNIO (?) Os joelhos; a pele.
AQUÁRIO (?) As pernas; os tornozelos.
PISCES (?) Os pés.
5. PLANETAS
São os corpos celestes que giram em torno do Sol, acompanhando-o através do Zodíaco sobre os vários signos.
Chamados “Mensageiros de Deus”, os planetas são centros de emissão de Força Astral que por seus movimentos particulares, através das Casas ou Setores do Zodíaco, nos favorecem com suas vibrações, proporcionando as oportunidades para o nosso desenvolvimento individual.
Às configurações formadas por um planeta em relação a outro, ou em relação às casas, chamamos Aspectos. Estes aspectos propiciam certas condições particulares que serão oportunamente estudadas.
Não é propósito desta apostila explicar os Mistérios da Astrologia, nem propor um tratado que explique os influxos dos astros sobre a natureza e sobre o homem, mas, convém que seja desenvolvido um pequeno conceito que nos será útil futuramente. Para tanto, analisemos pela ordem, a partir do que consideramos o centro do nosso Sistema, os sete primeiros planetas, de acordo com as explicações do Mestre Papus:
¢ - SOL - Sua influência é considerável, é o pai, o gerador universal em nosso mundo.
£ - MERCÚRIO - O mais próximo do Sol, representa a infância com seu trasbordamento de vitalidade e ação.
¤ - VÊNUS - Conhecida como a “Estrela da Manhã”, representa a juventude feminina com todas as suas faceirices, suas seduções e seus perigos - é a deusa do amor em todas suas modalidades.
¡ - LUA - De grande importância para o homem, é na verdade a matriz astral de todas as produções terrestres de que o Sol é o pai vivo. Tudo o que chega à Terra passa pela Lua e tudo o que parte da Terra, pela Lua, do mesmo modo, passa.
¥ - MARTE - O mais próximo da Terra. É a própria imagem do homem de guerra. Possui a coragem, a energia, a cólera e a violência.
¦ - JÚPITER - Calmo e metódico, é a imagem do homem de razão e de vontade, no qual as violências e arrebatamentos da juventude estão domados, sendo verdadeiramente senhor de si mesmo.
§ - SATURNO - Indica o homem triste, porém de grande experiência. Sua energia conduz a um comportamento restritivo-pessimista e acompanha a introversão e o isolamento.
Deste modo, encerra-se o Septenário Astrológico, determinado por muitos autores como uma fase ou ciclo. Como se vê, Sol, Mercúrio, Marte, Júpiter e Saturno representam os diferentes estágios da vida humana, desde a infância até a velhice, além de indicar o caráter moral e intelectual em cada um destes períodos que o ente humano atravessa.
Quanto à Lua e Vênus, especificamente, estes se relacionam com o feminino, representando suas duas grandes modalidades; a maternidade e o amor.
Do oitavo planeta em diante, os chamados trans-saturninos, inicia-se uma nova série que representa um outro ciclo mais elevado de influências astrais.
Assim, temos uma trilogia intimamente ligada às forças que constantemente impelem à mudança psicológica; à transformação que leva ao desenvolvimento:
¨ - URANO - Representa a energia explosiva do redemoinho caótico. É a força que se manifesta em mudanças súbitas, nos planos do ser. É o intelecto ligado aos planos superiores da iniciação.
© - NETUNO - Representa a sublimação e o preparo ao retorno da espiritualidade incorporal, pois sua força age através do mais puro amor, levado ao idealismo que transcende em beleza.
ª - PLUTÃO - Representa o grande princípio masculino. Muitos astrólogos são concordes em afirmar que Plutão simboliza dimensão tão complexa que está envolto em uma aura misteriosa. Está relacionado aos mais profundos ideais espirituais. Representa, também, o impulso vital em busca da forma.
Marca os passos evolutivos da humanidade.
5.1 CARACTERÍSTICAS E INFLUÊNCIAS
5.1.1 - SOL ¢
I.) CONCEITO MITOLÓGICO
O Sol é conhecido na Mitologia Grega como o Apolo e sua fábula é uma mistura de tradição e alusões retiradas da sabedoria astrológica dos antigos povos.
Simbolizando o homem na sua forma mais elevada, os caldeus e fenícios adoravam-no sob o nome de Belo; os egípcios o confundiam com Osiris e Horus; os mohabitas o chamavam Belfegor; os amonitas o denominavam Molach e os persas o adoravam como Mitra.
Para os gregos Apolo era o filho herdeiro do poder do senhor do Olimpo e foi associado ao planeta por sua força, luz e pureza. Governava as estações do ano, a agricultura, e era o guardião dos rebanhos e das manadas.
II.) SIGNIFICADO E INFLUÊNCIAS
O planeta, de polaridade masculino-positiva, elétrico, quente e seco, pertence ao elemento fogo, luminoso, magnético. Governa tudo o que se relaciona com honras, glórias, respeito, dignidade, poder, soberania e riqueza. Determina idealismo e lealdade, por sua força vital e por sua energia criativa. Pela manifestação dinâmica, é o próprio ego ativo, a síntese da personalidade.
Seu domicílio é o signo de Léo; encontra-se exilado em Aquário, exalta-se em Áries e tem queda em Libra. Representa o pai, o esposo, o noivo ou amante, o poder e a celebridade.
III.) ANATOMIA
Rege principalmente o coração. Também influencia as costas e a coluna vertebral. Governa o fluído vital, que é distribuído através do baço. Age sobre a circulação do sangue, a oxigenação e os olhos.
5.1.2 - LUA - ¡
I.) CONCEITO MITOLÓGICO
A Lua é conhecida na Mitologia Grega como Ártemis, filha de Zeus e irmã de Apolo. Teve de Zeus o poder de guardar uma virgindade perpétua. Foi de seu pai, também que recebeu arco e flechas douradas para reinar sobre os bosques.
Os mitos associados com a Lua são raros. Porém em geral ela é considerada feminina, associada à virgindade e à pureza. Também vinculada à gravidez, eram-lhe dedicados sacrifícios sanguinolentos. Estava sempre ligada às manifestações do inconsciente individual ou coletivo.
II.) SIGNIFICADO E INFLUÊNCIAS
Um planeta de polaridade feminino-negativa, magnético, prático, emocional e fecundo; pertence ao elemento água. Governa a memória, dinamiza os sentidos interiores e estimula os estados mentais passivos, desenvolvendo a imaginação dando tendência ao sonho e à fantasia.
Ao contrário do Sol, este planeta expressa a força receptiva e dispersiva da personalidade. É a base sensível do ego. Representa toda condição emotiva com as manifestações exteriores.
Seu domicílio é o Signo de Câncer, portanto encontra-se exilado em Capricórnio. Tem exaltação em touro e queda em Scorpio. É o elemento principal da geração, passividade, imaginação, inconstância, amor materno, altruísmo, intuição e misticismo.
Representa a mãe, a esposa, a noiva, a amante, a irmã e a mulher em geral.
III.) ANATOMIA
Governa o ciclo menstrual e a concepção. Rege os vasos linfáticos, o sistema nervoso-simpático, o sistema alimentar ou nutritivo, o esôfago, estômago, fígado, vesícula biliar, pâncreas e intestinos.
5.1.3 - MERCÚRIO - £
I.) CONCEITO MITOLÓGICO
Mercúrio, também conhecido como Hermes, era outro filho de Zeus. Um deus ligado às coisas terrenas, era patrono dos negociantes. O mais ocupado deus do Olimpo, era também, o mais eloqüente deste sagrado monte. Mensageiro e confidente, governava a política, dirigida as assembléias e os jogos. Possuindo asas nos pés, tinha extrema mobilidade.
Diz a lenda que foi Mercúrio quem inventou a Lira, a qual fez presente a Apolo. Em troca da Lira, Apolo deu a Mercúrio uma vara chamada Caduceu. Conta-se que certa vez Mercúrio encontrou duas cobras em luta; pondo o caduceu entre elas separou-as e conseguiu fazer com que se reconciliassem. Depois disto, Hermes portou esta vara como embaixador da Paz, e era com ela que conduzia ao inferno as almas dos mortos.
II.) SIGNIFICADO E INFLUÊNCIAS
Mercúrio é um planeta de polaridade neutra, energicamente mutável ou conversível, o que significa que absorve polaridade e características dos planetas que lhe enviam aspectos e, é influenciado pelo signo que ocupa. Bipolar, nervoso e estéril, pertence ao elemento terra. Ativa a palavra, a expressão, a comunicação e os intercâmbios. Corresponde aos contatos primários com o mundo externo; o impulso para adquirir conhecimento e comunicá-lo. É o principal indicador de inteligência e raciocínio.
Representa os irmãos, os consortes, os obreiros, os criados, as crianças, o comércio, a indústria, a literatura e as ciências.
Seu domicílio são os signos Gemini e Virgo, portanto estará exilado em Sagitário e Pisces, tendo sua exaltação em virgo (aquário, segundo alguns astrólogos) e a sua queda em leo.
III.) ANATOMIA
Governa a região direita do cérebro, os nervos, a circulação pulmonar, o sistema cérebro-espinhal, a distribuição do fluído vital e nervoso, as cordas vocais, os cinco sentidos físicos e a respiração.
5.1.4 - VÊNUS - ¤
I.) CONCEITO MITOLÓGICO
Filha de Zeus, diz a lenda que foi originada das espumas do mar sobre uma concha gigantesca. Vênus a deusa da beleza sem igual, ficou associada à Deusa do Amor, influenciando a fertilidade, a sexualidade e a vida familiar.
Em virtude de Zeus, tê-la dado como esposa a Vulcano, um ferreiro coxo, feito e disforme, dizem que Vênus o ganhou em uma festa, quando a discórdia lançou sobre a mesa uma maçã dizendo que a fruta deveria ser entregue à mais bela deusa ali presente. Disputaram o concurso Hera, Atenas e Vênus. O juiz foi Páris, que sem hesitar, entregou a maçã a Vênus.
II.) SIGNIFICADO E INFLUÊNCIAS
De polaridade feminino-negativa, Vênus é magnético, sensível, fecundo, pertencente ao elemento ar, suas vibrações atingem a sensibilidade. Refina as sensações e emoções, estando associado à beleza, à paz e à harmonia. Afeta as atividades artísticas e todas as manifestações de criatividade.
Simbolizando a atração recíproca dos seres e das aproximações sexuais, Vênus representa a esposa, a amante, a jovem, a mãe, a amiga, as artes e o prazer.
Em Libra e Tauro encontra seu domicílio, e seu exílio está em Áries e Scorpio. A exaltação está em Pisces e a queda em virgo.
III.) ANATOMIA
Vênus governa especialmente sobre os rins e as paratireóides. Domina sobre o tato, a virilha e os órgãos genitais femininos.
5.1.5 - MARTE ¥
I.) CONCEITO MITOLÓGICO
Irmão de Vênus, Marte foi educado por Príapo que lhe ensinou a dança e os exercícios corporais. Crescendo forte e valente, desde cedo especializou-se nas artes guerreiras.
Diz a lenda, que muitos foram os amores de Marte; o mais conhecido foi o que manteve com sua irmã Vênus, que era esposa do Deus das Forjas, Vulcano. Por isto foi preso numa rede invisível, juntamente com Vênus, para que outros deuses vissem o ultraje.
II.) SIGNIFICADO E INFLUÊNCIAS
Este planeta vermelho, de polaridade masculino-positiva, é elétrico, enérgico, expansivo e estéril. Seu elemento é o fogo. Pode-se dizer que é a fonte de energia da dinâmica corporal; dá o impulso de lutar, dominar, construir ou destruir e seu domínio é o vigor físico, mental e os impulsos instintivos.
Sua influência confere a vontade de expandir-se, conquistar e possuir. É a vibração que dele emana o que determina a combatividade, agressividade, coragem e confiança. Proporcionando grande força muscular, exalta o desejo sexual e os instintos materiais.
Ao contrário de Vênus, Marte governa a paixão, mas não o amor; é sexual, mas não fecundo. Inclina para a verdade, a liberdade e a realidade e repele toda forma de sujeição, fantasia ou romantismo.
Embora Marte proporcione a vitalidade e a saúde, é sobre sua influência que se tem a destruição do corpo físico; sendo responsável pela morte violenta, provocada por mãos humanas, desde o assassinato até a guerra.
Seu domicílio é Áries e Scorpio; seu exílio está nos signos opostos, Libra e Tauro. Em Capricórnio, Marte encontra-se exaltado e, em Câncer têm sua queda.
É o próprio símbolo da energia e vitalidade. Simboliza o amante, o rival, o consorte, o inimigo franco, as pessoas e coisas violentas, turbulentas, brutais e perigosas.
III.) ANATOMIA
Marte atua sobre o sistema muscular e sobre as glândulas sexuais. Governa a matéria corante do sangue, a coluna vertebral e os nervos motores.
5.1.6 JÚPITER ¦
I.) CONCEITO MITOLÓGICO
Júpiter, chamado pelos gregos Zeus, era filho de Saturno - o senhor do tempo - e de Réia. Antes desta divindade, todas as lendas narram personagens que são caracterizados por uma linha caótica. Assim, antes de Júpiter reinava a confusão e só a partir de seu evento é que tem início a hierarquia do “Céu Grego”. Conhecido como o “deus dos deuses”, foi a partir dele que o mundo teve uma ordem.
Diz a lenda que Júpiter escapou à sorte de seus irmãos, que eram devorados pelo pai ao nascer. Uma profecia dizia que Saturno seria destronado por um de seus filhos; assim o “deus do tempo”, Cronos, procurando assegurar-se de que isto não ocorresse, comia-os a todos, logo após o seu nascimento. Porém, ao dar à luz a Júpiter, sua mãe imaginou um meio de fazer com que seu filho escapasse e entregou a Saturno algumas pedras embrulhadas num pano. E, conforme a profecia, o menino cresceu e ao atingir a maioridade, destronou Saturno. Estabeleceu-se Júpiter no Olimpo, cercado por outros onze deuses.
A partir de Júpiter, o mundo teve uma ordem e foi dividido em três, cabendo a ele e seus dois irmãos Netuno e Plutão - que também vieram a sobreviver - governarem o mundo. Sua autoridade suprema sempre se fez valer; entre as divindades, Júpiter sempre ocupou o primeiro lugar.
Representado sob a aparência de um homem maduro, de grandes barbas e grande cabeleira, sentado num trono tendo ao lado a águia e na mão um feixe de raios, na Líbia foi conhecido por Júpiter-Amon; no Egito por Júpiter-Serapis; na Assíria por Júpiter-Bel e em Creta por Júpiter-Astério.
II.) SIGNIFICADO E INFLUÊNCIAS
Um planeta de princípio quente e seco, sua polaridade é masculino-positiva; elétrico, vitalizante e fecundo. Domina sobre a ordem, a cultura, a lei e a hierarquia; seu elemento é o fogo.
Os códigos e as leis que visam estruturar a sociedade humana são criados sob sua influência; e é sob sua influência, também, que a fé se reveste com os paramentos da liturgia e se encastela atrás da rigidez dos dogmas, transformando-se em religião.
Júpiter é o conhecimento mais avançado, representa a autoridade maior. Embora não dê excepcional poder criador, dá grande habilidade para realizar, administrar e aperfeiçoar o que os outros criam. É indicador de boas qualidades mentais e morais, saúde, ambição nobre e generosidade. É a figura arquétipica do pai; representa o dono, o chefe, o diretor, o protetor, o amigo generoso, o poder, a honra, a fortuna e a riqueza.
Tem seu domicílio em Sagitário e Pisces; está exilado em Gemini e Virgo. Encontra sua exaltação em câncer e sua queda se dá em capricórnio.
III.) ANATOMIA
Sempre ligado à maior glândula do corpo, Júpiter domina sobre o fígado, sobre as glândulas supra-renais e a pituitária. Rege ainda, no corpo, a circulação arterial e a gordura.
5.1.7 SATURNO §
I.) CONCEITO MITOLÓGICO
É o mais antigo dos deuses da teologia helênica, Saturno, ou Cronos - o senhor do tempo. A condição para Saturno governar o mundo era jamais ter filhos homens, por esta razão, logo que sua mulher dava à luz um filho varão, ele o devorava. Usando o estratagema que já vimos, Réia, sua esposa, conseguiu subtrair ao marido o menino Júpiter que veio a ser o deus dos deuses.
Após destronado, foi mandado para a Terra e foi louvado pelos homens, sendo erigidos vários templos para a sua adoração. Por isto, nas asas do Tempo, a Terra percorre os caminhos sem fim do espaço sideral. Sua imagem é a de um velho com asas, tendo à mão uma foice ou uma ampulheta. Na Babilônia, conhecido por Assur, era simbolizado por um velho, tendo ao seu redor um círculo que representava o tempo, sem começo ou sem fim. Os egípcios o chamavam de “O Gerador Superior”, Horus.
II.) SIGNIFICADO E INFLUÊNCIAS
De polaridade masculino-positiva, é elétrico, coesivo e estéril. Frio e seco, seu elemento é a terra. Sua força represa, restringe e limita, determinando melancolia, solidão, ausência de movimentos, sons e cores; repele tudo o que é pueril, ruidoso, policromo e alegre.
É este planeta, também chamado “grande maléfico”, que determina prudência, calma, reflexão, modéstia, castidade, laboriosidade, construtividade, paciência, constância e ambição. Embora não dê ao intelecto o brilho de Júpiter, ou a versatilidade de Mercúrio, torna a inteligência profunda, fria e extremamente poderosa.
Saturno indica a circunspecção, a concentração, a reflexão, a perseverança, a melancolia, a solidão, o celibato, a castidade e a sobriedade. Representa os avôs, os sogros, os inimigos ocultos, as pessoas austeras, solitárias, velhas; as ruínas, os hospitais e os cemitérios.
Tem seu domicílio em Capricórnio e Aquário, seu exílio em Câncer e Léo. É exaltado em Libra e tem queda em Áries.
III.) ANATOMIA
Governa o esqueleto, os dentes, os ligamentos, as articulações, o nervo vago e a vesícula biliar; o baço, a pele e o lobo anterior da pituitária que regula as glândulas sexuais e a estrutura óssea e muscular.
5.1.8 URANO ¨
I.) CONCEITO MITOLÓGICO
Urano é uma divindade que pertence à primitiva teogonia dos pré-helenos e pouco se conhece a seu respeito. Diz a lenda que Urano - Ouranos ou ainda Céu, - era filho do Éter e da Terra. Tornou-se incestuosamente, pai de toda a humanidade. Seus filhos, os Titãs, eram - quarenta e cinco ao todo. Por ele ter sacrificado os Ciclopes - outros de seus filhos - Saturno foi incitado pela Terra a castrá-lo por vingança. Assim, mutilado pelo seu próprio filho, Urano morreu de desgosto.
II.) SIGNIFICADO E INFLUÊNCIAS
De polaridade neutra, Urano é imprevisível, violento e estéril; eletromagnético, assexuado e variável. Pertencendo ao elemento terra, é fermentado pelos princípios frio e seco.
Confere o máximo de poder mental, dá ilimitado poder criador e sua influência á avançada, revolucionária e transformadora. Determina genialidade, originalidade, intuição e aspiração.
Sua influência leva ao inconvencional, ao original. Repele todas as limitações, regras, códigos e formalidades, embora conduza à fraternidade e ao cooperativismo, foge de qualquer associação que possa impedir a liberdade de ação ou pensamento.
Urano confere inclinação para os estudos e pesquisas, filosóficas ou metafísicas e para as mais modernas atividades técnicas e científicas. Este planeta, que dá início à primeira série de uma órbita ou ciclo mais elevado de influência astral, tem a mesma natureza de Mercúrio, porém numa oitava mais elevada; simbolizando o intelecto já conectado com os planos da intuição superior e da iluminação interna.
É sob sua regência que encontramos os chamados “gênios incompreendidos”.
Está domiciliado em Aquário e Capricórnio. Exila-se em Léo e Câncer; estará exaltado em Scorpio e terá sua queda em touro.
Urano, regulando o poder mental e a criatividade, é a força de decisão.
III.) ANATOMIA
Governa o sistema circulatório, as mãos, os gases e éteres; a glândula pineal. Está relacionado com o terceiro olho. Influi de maneira especial sobre os olhos.
5.1.9 NETUNO ©
I.) CONCEITO MITOLÓGICO
Conhecido também como Possêidon, Netuno, filho de Saturno e Réia, era irmão de Júpiter. Quando o universo foi dividido em três partes, coube a Netuno governar sobre o império das águas, como prêmio conferido por Júpiter a quem ajudou a destronar o pai.
Com seu tridente, erguia o mar em fúria, mas também era o deus dos navegadores e protetor dos povos marítimos. Diz também a lenda, que diante de Netuno, as ondas se amansavam com respeito, quando o seu carro - uma concha puxada por cavalos marinhos - deslizava sobre as águas - acompanhado de um imenso cortejo de tritões e nereidas.
Há muitas lendas onde o papel de Netuno é significativo.
II.) SIGNIFICADO E INFLUÊNCIAS
Um planeta gigante, de polaridade neutra, é excitável e estéril, porém magnético, bissexuado e sensível. Seu elemento é o ar. Suas qualidades básicas são a aspiração e o amor, nas suas mais elevadas manifestações. As suas vibrações ativam os contatos espirituais, a imaginação e as faculdades psíquicas, pois governa a faculdade de sonhar e os sentidos extrafísicos, proporcionando o dom da telepatia, da psicometría, da clarividência e da clariaudiência.
É sob sua influência que se inclinam os indivíduos para as investigações místicas ou herméticas. Netuno dá entusiasmo, alegria, afetividade, simpatia e espiritualidade; imaginação, sensibilidade, amor universalista e sentido de beleza, de harmonia, de forma, de som, cor e ritmo.
Levando a um contato mais íntimo com a natureza, impele à busca do distante e da aventura.
Seu domicílio é Pisces e Sagitário. Está exilado em Virgo e Gemini; sua exaltação se dá em câncer e sua queda em capricórnio.
É Netuno quem dá a faculdade para sentir e definir as pessoas e os ambientes e de captar as vibrações benéficas e maléficas.
III.) ANATOMIA
Governa a glândula pineal, a fibra nervosa e o canal da espinha - sistema nervoso em geral. Domina sobre o tálamo, as drogas, além dos anticorpos, líquidos ambióticos e a vida fetal.
5.1.10 PLUTÃO ª
I.) CONCEITO MITOLÓGICO
Os gregos o chamavam Hades, “o deus dos infernos”. Outro filho de Saturno, irmão de Júpiter e Netuno, coube-lhe reinar nas profundezas da Terra e ao seu lado estavam sempre os mais preciosos minérios.
Plutão foi de tal modo temido entre os povos primitivos que criminosos antes de morrer lhe eram consagrados, e depois, imolados em seu favor.
Interessante notar que, juntamente com Apolo, Plutão compartilhava as honras de um mesmo templo. Plutão era considerado como a antítese do deus Sol.
Diz a lenda que na cidade de Mênfis, no Egito, havia um lago chamado Aquerúsia, no qual se jogavam os mortos depois de embalsamados.
Além do lago havia belos bosques que formavam uma floresta compacta; no meio da floresta havia um templo, e ao lado do templo duas lagoas. Depois dessa viagem ter sido completada é que o morto chegava ao inferno, onde reinava Plutão. Era crença que ninguém podia morrer sem que Prosérpina, a esposa de Plutão que foi raptada do Olimpo, (pois ninguém desejava casar com Plutão devido à tristeza que reinava no Inferno) tivesse cortado o fio da vida; um fio mais fino do que um cabelo, e invisível.
II.) SIGNIFICADO E INFLUÊNCIAS
Considerado de polaridade masculina e positiva, pouco se conhece das influências e significados de sua atuação sobre o homem e a natureza. O principal conceito talvez seja que, no nível espiritual, Plutão representa a vontade criadora, a vivificação, a transformação. Em nível material representa a decomposição, a violência e a morte.
Plutão marca os passos da evolução da humanidade. Regula fases vitais, erupção do mundo subterrâneo, cataclismos e convulsões na natureza. No ser humano, seus efeitos tendem a ser sociais e pode representar o impulso vital em busca da forma.
Dominando sobre as mutações, induz a mudanças interiores, intensificando forças profundas, tanto na natureza como no homem.
Muitos astrólogos dão sua regência ao Signo de Scorpio e Áries, tendo portanto seu domicílio nestes dois signos, e consequentemente, tendo seu exílio em Tauro e Libra. Encontra-se exaltado em aquário e tem sua queda em leo.
III.) ANATOMIA
Representa os testículos, os processos regenerativos; domina a sexualidade, a reprodução e a formação celular.
6. SÍNTESE GERAL
7. RESUMO DE TERMOS ASTROLÓGICOS
ANGULAR - Planetas colocados nas Casas I, IV, VII e X.
ÂNGULOS - As Casas I, IV, VII, e X do horóscopo. Nestas casas os planetas tem influência redobrada.
ASCENDENTE Marca a intersecção da eclíptica com o horizonte no momento do nascimento; a primeira das doze partes em que se divide o Céu Astrológico - corresponde à Casa I e revela a espiritualidade.
ASPÉCTOS - Certas distâncias estabelecidas entre planetas e cúspides de casas, estrelas fixas, etc., onde, devido a certa condição, as vibrações entram em combinação e produzem manifestações harmônicas e desarmônicas.
BENÉFICOS - Compreende Júpiter e Vênus, que são considerados como planetas afortunados; freqüentemente Mercúrio e Sol também são assim considerados.
CABEÇA DO DRAÇÃO - Nó ascendente da Lua.
CARDEAIS - Diz-se dos signos dispostos nos ângulos do Zodíaco Padrão: Áries, Câncer, Libra e Capricórnio.
CASAS - São divisões do Tema Natal, em doze partes, como os signos são divisões do céu.
CAUDA DO DRAGÃO - Nó descendente da Lua.
CÚSPIDE - Grau inicial de uma casa.
DEBILIDADE - Posição de um planeta em signo de depressão ou exílio; contrário de dignidade.
DECANATOS Divisão de um signo em três partes de 10º
DESCENDENTE Corresponde à Casa VII; é a extremidade oriental do horizonte.
DIGNIDADES Essenciais e acidentais. As essenciais são quando o planeta se encontra em signo de domicílio, exaltação, triplicidade, decanato ou termo. As acidentais quando se encontra em casa angular no horóscopo ou em bom aspecto com os demais planetas.
DOMICÍLIO - Signo onde um planeta é o regente; onde sua influência é maior. Neste caso dizemos que um planeta se encontra essencialmente dignificado.
DOMINANTE É o planeta que está mais dignificado no Tema e que melhor aspecto recebe; sua influência pode ser mais poderosa do que a do regente do ascendente.
ECLÍPTICA - O passo do Sol entre as constelações do firmamento.
ESTRELAS FIXAS São os agrupamentos de estrelas que formam as constelações zodiacais. Três se destacam com maior influência: Plêiades, em 29º de Tauro; Ascelli, a 6º de Léo e Antares, a 8º de Sagitário.
EXALTAÇÃO Poderosa dignidade, onde o planeta se reveste de especial força.
MALÉFICO - Compreende Marte, Saturno, Urano e às vezes Netuno e Mercúrio, como planetas desafortunados.
MEIO DO CÉU Ou Zênite; é o ponto do firmamento que cai perpendicular sobre a cabeça do horóscopo. Corresponde à cúspide da Casa X.
NADIR - Corresponde à cúspide da Casa IV, sendo oposto do Zênite, que se situa no meio do céu.
NÓS LUNARES Conhecidos como Cabeça de Dragão, Cauda de Dragão e Roda da Fortuna, são os pontos onde a órbita da Lua se cruza com a órbita da Terra ou do Sol, na eclíptica.
ÓRBITA - Raio de influência dos planetas (não confundir com o movimento dos planetas ao redor do Sol).
PEREGRINO - O planeta que se encontra em um signo onde não possui nenhuma dignidade ou debilidade.
PLANETAS - Corpos celestes que circundam e giram ao redor do Sol (inclusive este). Embaixadores de Deus.
RODA DA FORTUNA - Ou Roda Vital, é o ponto do horóscopo para onde convergem os raios do Sol e da Lua, o qual seria ocupado pela Lua se o Sol se achasse exatamente no Oriente.
REGENTE - No horóscopo é o planeta que tem maior domínio e máxima influência sobre a vida do nativo. No signo é o planeta que se encontra na casa correspondente ao seu domicílio.
RETRÓGRADO Planeta que apresenta mover-se no sentido inverso ao dos ponteiros do relógio.
TRIPLICIADE Dignidade também chamada Trigonocracia. Há quatro triplicidades, que correspondem aos elementos: Fogo, Ar, Terra e Água.
ZODÍACO - Zona Celeste que envolve a Terra e é composta das doze constelações, signos ou casas celestes, onde os planetas circulam continuamente.
Simpatias para afastar olho gordo Numa jarra com água, coloque 3 galhos de arruda-macho e sal grosso . Deixe descansar por 7 dias, devera despeje a água numa encruzilhada. Quebre cada galhinho de arruda em 7 pedaços, dizendo:"Com três poderes negativos colocam olho grande em minha casa. E com sete poderes positivos eu os quebro. Vencere8i demanda, afastarei a negatividade. A força da arruda há de retirar o mal da minha casa".Ao voltar para casa, bata o pé 3 vezes na entrada e diga:"Com a força do bem eu entro, a força do mal ficou quebrada na encruzilhada".Acenda uma vela dentro de casa para o seu anjo da guarda, dizendo:"Eu tenho fé, eu sou filho do bem e não há mal que me vença".Repita a simpatia a cada 3 mese Podem-se fazer 4 banhos diferentes contra o mau-olhado: a) água de mina e sal grosso; b) banho feito com o cozimento de sempre-vivas; c) banho feito com o cozimento de arruda e guiné; d) banho feito com o cozimento de guiné arruda alecrim e alho.
ORAÇÃO PARA TIRAR MAL OLHADO
Fulana (diz-se o nome da criança)
Deus te fez, Deus te gerou. em nome das cinco chagas de Nosso Senhor que tirem esse quebranto que em teu corpo entrou. Em nome das três pessoas da Santíssima Trindade, ofereço uma ave-maria, uma santa-maria, uma salve-rainha e um pai-nosso. Andar com um galhinho de guiné ou arruda atrás da orelha também afasta o mau-olhado. Para evitar a influência e o encosto de maus espíritos queima-se a folha seca da guiné, em brasa-viva, todas as sextas-feiras às seis horas da tarde, hora da ave-maria. Para se livrar de encosto faça o seguinte banho 3 galhos de arruda 3 de guiné palma benta alecrim, 3 galhinhos de cambará e 3 espadas de São Jorge.maneira de fazer coloque um litro de agia mineral para ferver apos desligue o fogo e adicione as ervas deixe mornar e tome banho apos o seu banho de higiene você devera despejar o banho preparado em sua cabeça deixando escorrer pelo seu corpo
SIMPATIA PARA TIRAR GUEBRANTO DE BEBES RECÉM NASCIDO
A mãe lambe a testa da criança três vezes e reza um pai-nosso, segurando as mãozinhas dela. Em seguida repete três vezes estas palavras: "Deus te criou, E eu, mãe, te pari; o Quebranto que te puseram, Eu, mãe, lambi 1. Recolha água de chuva. 2. Espere uma sexta–feira e coloque a água em um copo novo, nunca utilizado, e junte três pedaços de carvão vegetal. 3. Ponha o copo atrás de sua porta de entrada. 4. Deixe o copo lá até que os três pedaços de carvão afundem. 5. Quando isto acontecer, lave todo o conteúdo do copo em água corrente. 6. Você até pode guardar este copo, mas ele não deve mais ser usado neste tipo de simpatia.
AFASTAR MAU OLHADO:
Se você está sentindo que o seu romance está cheio de mau-olhado e olho gordo, compre uma correntinha folheada a ouro que tenha como pingente uma cruz pequena, também dourada. Coloque no pescoço, segure firmemente a corrente com a mão direita e, com uma vela branca na mão esquerda, olhe para o céu e diga as seguintes palavras: "Que o poder supremo do ouro proteja a minha vida amorosa contra qualquer mandinga, tornando os meus dias mais felizes. Que a força do ouro, assim como a do sol, energizem este meu pingente e minha corrente atraindo para junto de mim a sorte. Oxalá!". Faça esta simpatia de preferência ao meio-dia. Numa jarra com água, coloque 3 galhos de arruda-macho (folhas maiores) e sal grosso. Deixe descansar por 7 dias, e a sehuir, despeje a água numa encruzilhada. Quebre cada galhinho de arruda em 7 pedaços, dizendo: "Com três poderes negativos colocam olho grande em minha casa. E com sete poderes positivos eu os quebro. Vencere8i demanda, afastarei a negatividade. A força da arruda há de retirar o mal da minha casa". Ao voltar para casa, bata o pé 3 vezes na entrada e diga: "Com a força do bem eu entro, a força do mal ficou quebrada na encruzilhada". Acenda uma vela dentro de casa para o seu anjo da guarda, dizendo: "Eu tenho fé, eu sou filho do bem e não há mal que me vença". Repita a simpatia a cada 3 meses Podem-se fazer 4 banhos diferentes contra o mau-olhado: a) água de mina e sal grosso; b) banho feito com o cozimento de sempre-vivas; c) banho feito com o cozimento de arruda e guiné; d) banho feito com o cozimento de guiné arruda alecrim e alho. Para defesa contra o mau-olhado planta-se guiné no vaso e coloca-se à entrada da porta da rua. Fulana (diz-se o nome da criança) Deus te fez, Deus te gerou. As cinco chagas de Nosso Senhor que tirem esse quebranto que em teu corpo entrou. Em nome das três pessoas da Santíssima Trindade, ofereço uma ave-maria, uma santa-maria, uma salve-rainha e um pai-nosso. Quem conduz alho no bolso ou em patuá, está defendido contra o diabo, assombrações e olho mau Andar com um galhinho de guiné atrás da orelha também afasta o mau-olhado. Pendurar uma espiga de milho com a palha, na entrada da casa Para evitar a influência e o encosto de maus espíritos queima-se a folha seca da guiné, em brasa-viva, todas as sextas-feiras às seis horas da tarde, hora da ave-maria. Para livrar alguém do encosto faz-se banho com o decocto de 3 galhos de arruda 3 de guiné palma benta alecrim, 3 galhinhos de cambará e 3 espadas de São Jorge. (Guiné, ou pipi ou ainda erva-pipi tem duas variedades principais: Petiveria Tetranda e Petiveria Aliácea família das fitolacáceas é escurona tem um cheiro forte de alho e sabor acre. Chamada também guiné-gambá tipi, tipi verdadeiro e amansa-senhor. O Dr. João Batista de Lacerda em 1980 alude aos efeitos narcotizantes das raízes do pipi. Era planta usada em beberagens pelos escravos, para amansar os senhores de maus bofes A mãe lambe a testa da criança três vezes e reza um pai-nosso, segurando as mãozinhas dela. Em seguida repete três vezes estas palavras: "Deus te criou, E eu, mãe, te pari; Quebranto que te puseram, Eu, mãe, lambi 1. Recolha água de chuva. 2. Espere uma sexta–feira e coloque a água em um copo novo, nunca utilizado, e junte três pedaços de carvão vegetal. 3. Ponha o copo atrás de sua porta de entrada. 4. Deixe o copo lá até que os três pedaços de carvão afundem. 5. Quando isto acontecer, lave todo o conteúdo do copo em água corrente. 6. Você até pode guardar este copo, mas ele não deve mais ser usado neste tipo de simpatia.
AFASTAR MAU OLHADO:
Se você está sentindo que o seu romance está cheio de mau-olhado e olho gordo, compre uma correntinha folheada a ouro que tenha como pingente uma cruz pequena, também dourada. Coloque no pescoço, segure firmemente a corrente com a mão direita e, com uma vela branca na mão esquerda, olhe para o céu e diga as seguintes palavras: "Que o poder supremo do ouro proteja a minha vida amorosa contra qualquer mandinga, tornando os meus dias mais felizes. Que a força do ouro, assim como a do sol, energizem este meu pingente e minha corrente atraindo para junto de mim a sorte. Oxalá!". Faça esta simpatia de preferência ao meio-dia. Numa jarra com água, coloque 3 galhos de arruda-macho (folhas maiores) e sal grosso. Deixe descansar por 7 dias, e a sehuir, despeje a água numa encruzilhada. Quebre cada galhinho de arruda em 7 pedaços, dizendo: "Com três poderes negativos colocam olho grande em minha casa. E com sete poderes positivos eu os quebro. Vencere8i demanda, afastarei a negatividade. A força da arruda há de retirar o mal da minha casa". Ao voltar para casa, bata o pé 3 vezes na entrada e diga: "Com a força do bem eu entro, a força do mal ficou quebrada na encruzilhada". Acenda uma vela dentro de casa para o seu anjo da guarda, dizendo: "Eu tenho fé, eu sou filho do bem e não há mal que me vença". Repita a simpatia a cada 3 meses Podem-se fazer 4 banhos diferentes contra o mau-olhado: a) água de mina e sal grosso; b) banho feito com o cozimento de sempre-vivas; c) banho feito com o cozimento de arruda e guiné; d) banho feito com o cozimento de guiné arruda alecrim e alho. Para defesa contra o mau-olhado planta-se guiné no vaso e coloca-se à entrada da porta da rua. Fulana (diz-se o nome da criança) Deus te fez, Deus te gerou. As cinco chagas de Nosso Senhor que tirem esse quebranto que em teu corpo entrou. Em nome das três pessoas da Santíssima Trindade, ofereço uma ave-maria, uma santa-maria, uma salve-rainha e um pai-nosso. Quem conduz alho no bolso ou em patuá, está defendido contra o diabo, assombrações e olho mau Andar com um galhinho de guiné atrás da orelha também afasta o mau-olhado. Pendurar uma espiga de milho com a palha, na entrada da casa Para evitar a influência e o encosto de maus espíritos queima-se a folha seca da guiné, em brasa-viva, todas as sextas-feiras às seis horas da tarde, hora da ave-maria. Para livrar alguém do encosto faz-se banho com o decocto de 3 galhos de arruda 3 de guiné palma benta alecrim, 3 galhinhos de cambará e 3 espadas de São Jorge. (Guiné, ou pipi ou ainda erva-pipi tem duas variedades principais: Petiveria Tetranda e Petiveria Aliácea família das fitolacáceas é escurona tem um cheiro forte de alho e sabor acre. Chamada também guiné-gambá tipi, tipi verdadeiro e amansa-senhor. O Dr. João Batista de Lacerda em 1980 alude aos efeitos narcotizantes das raízes do pipi. Era planta usada em beberagens pelos escravos, para amansar os senhores de maus bofes A mãe lambe a testa da criança três vezes e reza um pai-nosso, segurando as mãozinhas dela. Em seguida repete três vezes estas palavras: "Deus te criou, E eu, mãe, te pari; Quebranto que te puseram, Eu, mãe, lambi 1. Recolha água de chuva. 2. Espere uma sexta–feira e coloque a água em um copo novo, nunca utilizado, e junte três pedaços de carvão vegetal. 3. Ponha o copo atrás de sua porta de entrada. 4. Deixe o copo lá até que os três pedaços de carvão afundem. 5. Quando isto acontecer, lave todo o conteúdo do copo em água corrente. 6. Você até pode guardar este copo, mas ele não deve mais ser usado neste tipo de simpatia.
AFASTAR MAU OLHADO:
Se você está sentindo que o seu romance está cheio de mau-olhado e olho gordo, compre uma correntinha folheada a ouro que tenha como pingente uma cruz pequena, também dourada. Coloque no pescoço, segure firmemente a corrente com a mão direita e, com uma vela branca na mão esquerda, olhe para o céu e diga as seguintes palavras: "Que o poder supremo do ouro proteja a minha vida amorosa contra qualquer mandinga, tornando os meus dias mais felizes. Que a força do ouro, assim como a do sol, energizem este meu pingente e minha corrente atraindo para junto de mim a sorte. Oxalá!". Faça esta simpatia de preferência ao meio-dia.
SIMPATIAS PARA O NOIVADO
Encontrar um amor de verdade exige paciência e muito namoro, até descobrir a pessoa certa. Quando isso ocorre, fatalmente o relacionamento evolui para uma fase mais séria e formal, a do noivado. Muitos dos problemas que ocorrem durante o namoro já foram superados e as expetativas agora são outras, mais elevadas.
Nesse momento, perder a pessoa amada é algo mais doloroso, que precisa ser evitado. Por outro lado, a descoberta das verdadeiras qualidades e defeitos da pessoa amada, nesse momento, deve levar a uma reflexão séria e a uma decisão não menos séria. Continuar ou acabar com o noivado pode ser o passo mais importante da vida de uma pessoa. Continuar e ser infeliz ou acabar e ser mais infeliz ainda?
Tem gente que tem sorte para isso. Outros enfrentam mil e um obstáculos até chegar ao casamento. Alguns vivem numa constante disputa, numa seqüência de brigas que se inicia já no namoro, continua no noivado e possivelmente irá explodir no casamento. Valeria a pena esperar isso?
São questões complexas, mas podemos considerar que, para todas as situações do relacionamento entre duas pessoas, sempre há uma porção de simpatias aplainando caminhos, separando ou unindo, trazendo felicidade ou não. Qual é a sua?
As tradições populares gradativamente vão perdendo força, em virtude da própria mudança dos tempos e da adaptação dos costumes às exigências da vida moderna.
O formalismo das cerimônias antigas perde seu sentido, na medida em que seu entendimento vai se tornando cada vez mais difícil, pois a educação formal passa a privilegiar aspectos práticos e básicos, deixando de fornecer aquela base genérica, até porque, num mundo onde as informações circulam com uma rapidez tão grande, seria impossível não se pensar em termos de especialização.
Isso tudo significa que cerimônias formais como o noivado vão perdendo seu sentido, não apenas pelo seu aspecto cultural, mas pelo seu aspecto econômico. Os noivos preferem economizar em todos os sentidos e evitar gastos supérfluos, o que, de certa forma, não deixa de ser elogiável.
Com isso, o noivado passa a ser um novo tempo no namoro, marcado por uma rápida cerimônia e uma mudança de direção do casal, que passa a se dedicar a uma outra cerimônia mais importante e significativa em suas vidas.
Durante o noivado, no entanto, as preocupações continuam e os desejos, aspirações, problemas e ameaças são até mais fortes do que durante o noivado, por isso, proteja-se com a simpatia certa!
PARA ENFEITIÇAR SEU NOIVO
Se você está namorando e quer preparar um feitiço para noivar logo, faça a seguinte simpatia.
Na lua cheia, pegue dois quilos de uva rubi maduras e sadias, lave-as uma a uma em água corrente, depois seque-as, usando um pano branco limpo para isso.
Coloque-as em um vidro limpo e escaldado com água fervente, despejando sobre elas uma garrafa de vinho branco. Tampe e guarde num local seco e protegido da luz por sete dias.
Após sete dias, retire as uvas, tire suas sementes, passe numa peneira e prepare uma calda em ponto de fio com dois quilos
de açúcar mascavo, misturando nela as uvas peneiradas.
Tire do fogo e espere sete minutos. Acrescente o vinho branco bem devagar, mexendo com uma colher de pau. Deixe esfriar, coe ou filtre, engarrafe.
Na primeira sexta-feira de Lua Cheia, após as vinte e duas horas, ofereça um cálice para seu namorado, depois beba uma dose também, no mesmo copo.
PARA EX-NOIVA ENCONTRAR UM NOVO AMOR
Ser uma ex-noiva é uma situação terrível e traumatizante. Trata-se de um estado mórbido que muitas mulheres decidem espontaneamente cultivar. Outras, no entanto, preferem ir à luta e esquecer a questão da melhor forma, isto é, com um novo amor.
Se você é ex-noiva e se julga merecedora de algo mais da vida, faça a seguinte simpatia, sem medo de ser feliz:
Numa sexta-feira de Lua Cheia, pegue um lenço vermelho, molhe-o com champanhe e enrole-o em seu pescoço. Fique na janela de frente para a lua, pensando firmemente no tipo de homem que a faria feliz.
Depois de traçar o perfil desse homem que poderá completá-la, selecione entre os seus conhecidos, aquele que se encaixa nesse perfil. Quando se definir por um deles, retire o lenço e estenda-o sob seu travesseiro.
No dia seguinte, passe a ferro o lenço e presenteie o homem escolhido com ele.
PARA EX-NOIVO APROVEITAR A VIDA
Quando alguém tentou dedicar o resto de sua vida a uma família, assumindo suas responsabilidades, mas não foi correspondido e acabou abandonado, é seu direito almejar um novo amor, a quem possa se dedicar.
Assim, se você espere algo mais da vida, parta em busca daquela mulher que vai tornar sua vida feliz, cheia de emoção e de prazer, fazendo a seguinte simpatia:
Com a sua aliança de noivo, mande fazer um anel, engastando nele uma pedra vermelha. Não importa o tipo de pedra. Quanto mais vermelha, melhor.
Use esse anel constantemente e comece a selecionar a pessoa que virá completar sua vida.
PARA NOIVAR NA TERCEIRA IDADE
O noivado, para uma pessoa da Terceira Idade, é cheio de sutilezas. Por incrível que pareça, é algo sem pressa, feito de situações concretas, não de ilusões, muito embora ela possa se dar ao luxo de entrar de cabeça numa ilusão, só pelo prazer de experimentá-la.
Quem está na Terceira Idade, quer passar logo do namoro para o noivado. Se é esse o seu caso, faça o seguinte:
Compre sete mudas de rosa vermelha, leve-as para um jardim e prepare sete covas, seguindo as orientações de quem lhe vendeu as mudas.
Disponha essas covas formando uma estrela de sete pontas e cultive com carinhos essas mudas. Quando as rosas começarem a abrir, sempre que sair de casa, leve uma deles consigo e ofereça-a a uma pessoa do sexo oposto que julgue interessante.
PARA CURTIR O NOIVADO
Os prazeres do noivado são muitos, pois há uma aproximação do casal, que passa a se deixar levar pela maturidade, mas, ao mesmo tempo, a curiosidade ainda continua e o desejo de experimentarem juntos emoções novas é muito forte.
Para que essas emoções aconteçam e se curta o noivado da maneira como deve ser, nada como uma simpatia especial para isso. É simples.
Toda noite, quando for dormir, retire sua aliança de noivado e inverta-a no dedo.
PARA PAIXÃO NO NOIVADO
Um dos principais problemas do noivado é o casal julgar que, por terem assumido um compromisso, devem manter a paixão sob controle, deixando de lado aquelas brincadeiras gostosas dos tempos de namoro.
Não se deve sufocar emoções nem deixar de experimentar sensações, pois o noivado também é uma fase de descobertas. Assim, nada de desperdiçar tempo precioso e, sim, aproveitar os momentos de intimidade e carinho.
Para que eles sejam sempre prazerosos e se repitam, nada como uma simpatia adequada. Esta é uma das melhores.
Pegue sete botões de camisa novos. Retire de sete camisas de seu noivo um botão de cada, substituindo-os pelos que comprou. Pegue os que retirou, passe-os por uma linha e faça um colar, usando-o todas as noites, quando for dormir.
O tamanho do cordão é importante, pois os botões devem ficar entre seus seios, sobre o coração.
PARA NÃO PERDER NOIVO DE NOVO
Se estavam noivos, brigaram e agora voltaram, mas você se sente inseguro, temendo que o pesadelo volte a acontecer, deixe as preocupações de lado e faça uma das mais poderosas simpatias de que se tem notícia para esse fim.
Na primeira noite de Lua Minguante, pegue um par de sapatos de seu noivo e, com três pregos, pregue um no outro, sola contra sola, com os pregos formando um triângulo.
Deixe-os debaixo de sua cama por toda a noite. No dia seguinte, antes do sol nascer, retire-os, tire os pregos e devolva os sapatos, sem ele perceber. Despache os pregos em águas corrente.
PARA NOIVO NÃO TRAIR
A traição deixa você confuso(a). Você nem sequer imaginava que isso poderia acontecer um dia, mas, depois de acontecido, só resta resignar-se porque as lágrimas nada adiantarão.
Assim é no amor e pode acontecer num namoro, num noivado e mesmo num casamento. Sabendo disso, nada como se prevenir para esse tipo de situação. Esta simpatia é especial para isso.
Numa sexta-feira de Lua Cheia, pegue uma foto de corpo inteiro de seu noivo, passe mel e junte uma outra sua, da mesma forma, de frente, enrolando uma fita vermelha em forma de cruz. Enterre num jardim ou deixe próximo de um formigueiro.
PARA MANTER O TESÃO NO NOIVADO
As responsabilidades e a seriedade do noivado podem, em princípio, inibirem um pouco o casal, fazendo-os perder aquela naturalidade que tinham quando namoravam.
Isso pode ser péssimo e o casal pode entender que o tesão acabou, esfriando o relacionamento e fazendo com que mudem de idéia a respeito da decisão tomada.
Antes que isso aconteça, nada como fazer uma simpatia para se prevenir.
Prepare quatro saquinhos de algodão, todos pequenos e do mesmo tamanho. Encha dois deles com sal grosso e dois com açúcar mascavo. Coloque um par deles, um de sal e um de açúcar, sob seu colchão e outro par, sob o colchão de seu noivo.
Faça isso disfarçadamente, para que nem ele nem a família dele percebam.
PARA UM TALISMÃ DOS NOIVOS
Há diversas simpatias que promovem a união de um casal nos planos superiores. Quando elas se amam e pretendem viver juntas para o resto de suas vidas, nada como consolidar isso numa simpatia que busca captar forças perfeitas da natureza para beneficiar os amantes. Esta é especial.
Na primeira noite da Lua Cheia, pegue um cristal transparente, lave-o em água corrente, depois deixe-o ao sol, num copo com água e sal grosso, por três dias. Ao fim do terceiro dia, antes que o sol se ponha, recolha-o num lenço branco de seda, embrulhando-o bem e amarrando-o com uma fita vermelha em cruz, arrematando com um nó laçada.
Na quarta noite de Lua Cheia, no momento em que ela estiver surgindo, fique lado a lado com seu noivo, desembrulhe o cristal e segure-o com a mão esquerda aberta, a palma voltada para cima.
Seu noivo deverá pousar a mão direita aberta sobre o cristal e os dois deverão entrelaçar os dedos, de olhos fixos na lua, até que ela tenha nascido totalmente.
Após isso, embrulhe de novo o cristal e guarde-o numa caixa ou gaveta de madeira, sem objetos plásticos ou de metal por perto.
PARA NOIVO VOLTAR PARA VOCÊ
Cada um sabe onde lhe aperta o calo. Assim, quando alguém perde uma pessoa, tem duas alternativas. Ou se consola ou tenta recuperá-la. Se você acha que vale a pena tentar a segunda hipótese, eis uma simpatia apropriada.
Pegue uma fotografia do noivo, amarre uma fita vermelha nela, depois ponha-a do lado de fora da janela de seu quarto, numa noite de Lua Cheia, após às nove horas da noite.
Deixe-o até a manhã seguinte, quando deverá enrolar a fita na fotografia e colocá-la dentro de seu travesseiro.
PARA RECUPERAR NOIVO PERDIDO PARA OUTRA
Esta simpatia é muito forte e só deve ser usada se o amor que você sente pela outra pessoa compensar os riscos.
Pegue uma fotografia do seu ex-noivo e coloque-a dentro de uma garrafa de vinho branco, lacre-a com pingos de uma vela vermelha, numa sexta-feira, à meia-noite, repetindo três vezes a seguinte intenção:
Venha pra mim, tropeçando,
de me trair já cansado,
venha o amor implorando
outra vez apaixonado.
Deixe-a de debaixo de sua cama. Logo ele aparecerá. Quando isso acontecer, dê-lhe um cálice do vinho depois volte a tapar a garrafa e lacrá-la com vela derretida, enterrando com o gargalo para baixo, num canto de muro ou cerca de sua casa.
PARA ESQUECER O NOIVO
É triste e trágico quando o amor chega ao fim. Talvez porque ele só seja eterno em nossos corações. Se você sofre por causa de uma decepção amorosa e quer esquecer essa pessoa para poder buscar pela pessoa certa, faça esta simpatia muito simples, que consiste no seguinte:
Escreva sete vezes seguidas o nome completo da pessoa em um papel branco, coloque um pedaço de carvão no meio, depois vá à beira de um rio, numa correnteza, e jogue o papel na água. Afaste-se sem olhar para trás.
PARA O FOGO DO AMOR MANTER ACESO ENTRE NOIVOS
Nada pode ser pior num relacionamento que o amor feito por obrigação, como se fossem velhos amigos ou estivessem apenas cumprindo uma dolorosa obrigação.
Para quem pensa da mesma forma, uma boa simpatia para manter esse amor sempre aceso é mandar fazer dois anéis com rubis solitários. O presente deve ser entregue na cama, numa sexta-feira de Lua Cheia. O homem deve pôr primeiro o anel no dedo da mulher, depois ela fará o mesmo para ele.
PARA NOIVADO SECRETO NÃO SER DESCOBERTO
Se você quer viver seu amor, não importa o preço que tenha que pagar por ele, mas querendo apenas paz e tranqüilidade para aproveitá-lo ao máximo, faça o seguinte.
Vá a um rio e procure uma pedra arredondada, leve-a para casa, lave-a bem, depois deixe-a dentro de uma panela um punhado de sal grosso, ao sol por três dias.
No fim do terceiro dia, enxugue-a e espere pela próxima Lua Cheia. No primeiro dia dela, após às nove horas da noite, escreva seu nome e o da pessoa amada por sete vezes na base da pedra, embrulhando-a com feltro vermelho. Deixe-a diante de um espelho. Não deixe que ninguém toque ou retire-a do tecido.
PARA MANDAR EMBORA NOIVO INFIEL
Quando uma pessoa arrisca tudo para ficar com outra, o mínimo que pode esperar é respeito e fidelidade. Muita gente, no entanto, tem se decepcionado com isso, sofrendo duplamente com sua situação. Muitas aceitam, por não terem alternativa. Outras, com muita garra e determinação, conseguem pôr um fim nisso, apelando para uma simpatia forte.
Pegue uma foto da pessoa, de preferência de corpo inteiro, coloque-a no fundo de um prato velho. Sobre a foto espalhe sal grosso, pimenta do reino em grãos, salpicando vinagre depois. Embrulhe em papel alumínio e enterre num terreno baldio.
PARA RECONQUISTAR NOIVO
Se você achar que vale a pena e está disposta a qualquer sacrifício para reconquistar seu noivo, o problema é todo seu. O que as simpatias podem fazer é ajudá-la a reconquistá-lo, mas isso pode não ser sinônimo de felicidade. Pense a respeito, antes de fazer a seguinte simpatia.
Numa segunda-feira de Lua Crescente, ponha um círculo de mel no centro de um pires. Dentro do pires pingue sete gotas de leite fresco, depois mais sete de mel. Sobre esse pires, ponha um outro pires, que esteja lascado ou trincado. Os pires ficarão frente a frente. Amarre com uma fita vermelha, formando uma cruz e arrematando com um nó laçada. Deixe por sete dias debaixo da cama, depois embrulhe em papel laminado e despache numa correnteza de rio ou mar.
PARA O NOIVO NÃO PROCURAR OUTRA
A questão toda reside nesse ponto: agir de forma que ele não tenha que procurar outra. Como? O noivo é seu, você deve conhecê-lo e saber o que o agrada. É só não deixá-lo ir procurar o que o agrada lá fora. Se quiser uma simpatia para ajudar, há muitas delas. Uma das mais eficientes e a seguinte. Toda sexta-feira, antes do sol nascer, misture um pouquinho de açúcar com bolinhas de miolo de pão, depois coloque sobre uma fotografia de seu noivo e deixe ao ar livre, onde os pássaros possam achar e comer.
PARA AFASTAR AMANTE
Se você deseja continuar com seu noivo, mas afastando-o de uma amante, sempre encontrará uma simpatia adequada, desde que, do fundo do seu coração, esteja disposta a perdoá-lo.
Afastá-lo da amante apenas por pirraça criará um círculo-vicioso de paixões que nunca acaba bem e somente gera infelicidade e tristeza. Por isso, pense bem, antes de fazer a seguinte simpatia:
Numa sexta-feira, pegue a cueca, a camisa que ele usou durante o dia, bem como a toalha com que ele se enxugou após o banho e leve para sua casa.
Coloque tudo dentro de um balde com um copo de vinagre, um punhado de sal grosso, um de pimenta do reino em grão e água. Deixe até o dia seguinte. Lave esfregando bem, depois deixe de molho no mesmo balde, juntando à água um copo de leite e uma colher de mel. Deixe de molho à sombra durante todo o dia. Quando o sol se pôr, lave e deixe no varal para secar. No dia seguinte, passe a ferro e devolva. Repita por sete sextas-feiras seguidas.
PARA A NOIVA NÃO SE ENTREGAR PARA O OUTRO
Existem muitas histórias a respeito desse assunto. Da mesma forma como o noivo promove a famosa "Despedida de Solteiro", as mulheres mais liberadas também estão promovendo suas despedidas de solteira. Se você não quer que sua noiva faça isso e acaba transando com outro, antes de se casar com você, faça o seguinte: Numa segunda-feira pegue uma calcinha usada dela e esfregue na cara de um gato vira-lata, depois estenda-a ao sol, sem molhar. No dia seguinte, acorde bem cedo e fique atento. Quando ouvir o primeiro galo cantar, pegue a calcinha, lave-a e tome um banho com ela. Depois de seca, devolva-a sem que ela perceba.
PARA O NOIVO SE SENTIR ATRAÍDO
Durante o noivado, a mulher não pode se descuidar de seus encantos, mantendo o noivo sempre cativo a ela. Caso contrário, ela corre o risco de vê-lo se interessando por outras. Para conseguir esse poder de atração, basta uma simpatia bem simples.
Numa noite de lua crescente, pegue uma folha de comigo-ninguém-pode, uma sempre-viva aberta e a pontinha de uma espada-de-são-jorge. Coloque dentro dê um preservativo sem uso, amarre-o com uma fita vermelha e guarde-o dentro do seu travesseiro.
Nas sextas-feiras, crie o hábito de levar seu noivo até sua casa e fazê-lo repousar a cabeça no seu travesseiro, mesmo que seja por alguns minutos.
PARA UNIR CASAL DE NOIVOS SEPARADOS
Uma briga mais séria é sempre possível e pode acontecer a qualquer momento, pois à medida em que o noivado avança e o casamento se aproxima, começa o nervosismo, a insegurança e até o medo da nova situação. Se a briga foi séria e você quer interferir, voltando a unir um casal de noivos, faça o seguinte.
Num sábado, compre uma fita branca, escreva com caneta verde o nome das pessoas que queremos unir e do outro lado da fita escreva o nome de um santo protetor, escolhido por você para ser o padroeiro dessa união.
Com muita fé nele, coloque essa fita dentro de um prato, formando um círculo próximo da borda e durante nove dias acenda uma vela branca no centro do prato, pedindo a intercessão do santo.
PARA SUPERAR UMA RIVAL
Escreva o nome dela num pedaço de papel velho, coloque pimenta-do-reino em pó, sal grosso e molhe ligeiramente com vinagre. Dobre duas vezes, depois vá enterrar num local distante da casa do seu namorado. Coloque uma pedra em cima.
PARA TER FIDELIDADE
Pegue uma agulha virgem, com linha vermelha e, sem que ele perceba, alinhave-a sete vezes numa peça de roupa que ele esteja usando. Após isso, enrole a linha na agulha e coloque-a sob uma imagem de Santo Antônio.
PARA NÃO SER ENGANADO(A)
Pegue frios da crina de uma égua ainda não montada e faça um anel, passando a usá-lo no dedo anular da mão direita, logo após a aliança de noivado.
PARA NERVOSISMO
Se um dos dois anda muito nervoso, escreva seu nome no centro de um coração de papel, que deverá ser posto num pires com água benta, leite e mel. Acenda uma vela branca. Deixe até que o papel derreta. Quando isso acontecer, despache tudo em água corrente.
PARA AMIGAS-DA-ONÇA
Proteja seu noivado das amigas-da-onça, pegando uma xícara e lavando-a com vinagre, sal grosso e pimenta-do-reino. Deixe secar ao sol, de boca para baixo. Sirva qualquer bebida para essa amiga nesse copo, depois lave-o novamente com vinagre. Enterre-o depois em um local seco, de boca para baixo.
PARA SE DEFENDER DOS AMIGOS DELE
Se um amigo de seu noivo anda incomodando, na próxima vez em que o encontrar, passe vinagre em seus lábios depois beije a face esquerda dele.
PARA NOIVO CIUMENTO
Escreva o nome dele numa fita amarela e depois amarre-a à margem de uma correnteza, de forma que fique na água, mas não seja levada por ela.
PARA HAVER SERIEDADE NO NOIVADO
Pegue um parafuso com sua respectiva porca e embrulhe-os num lenço vermelho, juntamente com um cravo vermelho e uma rosa vermelha. Enterre num jardim florido.
PARA O NOIVO AVANÇAR O SINAL
Para tornar seu noivo mais ardente, torre três pimentas ardidas pequenas, triture-as, misture com um pouco do seu perfume, depois passe essa mistura discretamente na nuca dele.
PARA RELACIONAMENTO ÍNTIMO
Se você quer começar a melhorar a qualidade de suas relações com seu noivo, observe quando ele se despir. Jamais deixe que ele enrole as meias e as deixe fora do sapato. Se ele fizer assim, estenda-as, dobre-as e coloque-as uma em cada pé de sapato.
PARA AS BRIGAS
Se brigou e quer se reconciliar, pegue uma fotografia dela, de corpo inteiro e sorrindo, banhe com perfume e mel, depois envolva num lenço vermelho que deverá ficar debaixo do colchão de sua cama por sete noites seguidas. Após isso, enterre num jardim florido.
PARA GARANTIR O CASAMENTO
Para que o casamento saia mesmo, na noite em que ficarem noivos, antes da cerimônia propriamente dita, os dois devem ficar sozinhos, um de frente para o outro. O homem deve segurar as alianças em sua mão direita. A mulher põe sua mão esquerda sobre a dele e, com a direita, enrola um lenço vermelho, unido as mãos dos dois. Após isso devem se beijar e embrulhar as alianças nesse lenço, só as tirando dali no momento de oficializar o noivado.
PARA PEDIR PERDÃO
Pegue um pedaço de papel vermelho, escreva seu nome e o da pessoa amada, depois coloque dentro de uma forminha de gelo, com um mel, leite e água. Quando congelar, coloque sobre um pedaço de madeira e, com o salto de um sapato seu, bata com força para quebrar o gelo, depois vá pedir perdão ao seu noivo.
PARA SONHAR COM ELE
Pegue uma fita vermelha, escreva nela o nome da pessoa amada, depois vá a uma igreja, num domingo cedo, e molhe a fita em água benta. Quando for dormir, amarre-a na testa e pense na pessoa amada.
PARA CONSERTAR UMA SITUAÇÃO
Acenda sete velas brancas num mesmo prato, com leite, mel e um pouco de terra. Ofereça ao Anjo da Guarda de seu noivo ou sua noiva para que o(a) ajude a consertar uma situação complicada. Quando as velas terminarem de queimar, lave o prato em água corrente.
PARA SE LIVRAR DE UM RIVAL DE SEU NOIVO
Se o sujeito não larga do seu pé, raspe as pontas dos chifres de um bode e jogue nos cabelos dele, na parte de trás da cabeça, sem que ele veja.
PARA DESCOBRIR SEGREDOS DO SEU NOIVO
Faça seu noivo se abrir um pouco mais e revelar os segredos que tem guardado, oferecendo a ele um chá ou café coado numa calcinha limpa sua. Quando mais usada for a calcinha, mais fundo você chegará nos segredos dele.
PARA SE ENCONTRAREM MAIS VEZES
Para que possam se encontrar com mais freqüência, na manhã de uma sexta-feira, vá a um local onde tenha pombos ou pardais e, usando quirera, escreva as iniciais do seu noivo direto na terra. Deixe que os pássaros comam e levem a mensagem através do ar para ele.
PARA NOIVAR COM SEU ESCOLHIDO
Se deseja ficar noiva do seu atual namorado, pegue uma agulha com linha vermelha e, sem dar nó, passe-a por sete vezes em sua blusa, à altura do coração. Depois borde a primeira letra do seu nome num lenço, pingue algumas gotas do seu perfume predileto, depois coloque dentro de um bolso dele, no lado direito de seu corpo.
PARA ROMPER UM NOIVADO
Se quer fazer isso e não sabe como, compre uma aliança de ouro baixo, mande gravar seu nome e o dele no lado de dentro, depois use-a ao pescoço por sete dias. Após esse prazo, mande cortar a aliança, de forma a separar os nomes. Enterra o nome dele num local longe de sua casa, de preferência no quintal de uma ex-namorada ou admiradora dele.
PARA ANIMAR O NOIVADO
Recorte de uma revista o símbolo do signo dele e o do seu, cole-os num papel, desenhando um coração ao redor. Escreva seu nome e o dele sob os signos, enrole, coloque dentro de um vidro de perfume e despache em água corrente, ofertando às ondinas.
PARA DESCONFIANÇA
Se você desconfia que ele tem outra, pegue a sola de um sapato velho dele, já sem uso, e cozinhe-a com água, um pouco de vinagre e sal grosso. Deixe secar ao sol. Se a sola enrolar-se, formando uma letra, será a de sua rival. Se nada acontecer ou se você não identificar letra alguma, pare de desconfiar. Não indague a ninguém se vê uma letra na sola nem force uma interpretação, só para acusá-lo.
PARA SUPERAR EMPECILHOS
Pegar uma fotografia sua e da pessoa amada, colocar face a face com um espelho pequeno e embrulhar com um lenço vermelho. Deixando ao sol do meio dia, com a face do espelho voltada para o céu, depois guarde num local onde ninguém mexa.
PARA FAZER AS PAZES
Se ele(a) está muito bravo(a) com você, pegue uma pimenta vermelha e enrole um carretel de linha branca ao redor dela. Enterre depois no quintal da casa dele(a), aguando com leite e mel.
PARA NÃO SER DESCOBERTO(A)
Se cometeu um pequeno deslize e não quer que o noivo ou a noiva descubra, peque sete cédulas de R$ 1,00, escreva o nome dele(a) no verso delas, depois dê-as a seis cegos diferentes como esmola. A sétima deve ser posta na caixa de esmolas de uma igreja.
PARA NAMORAR, ENQUANTO ESTÁ NOIVANDO
Se você gosta de correr perigo, jamais vá ao encontro de sua noiva usando o mesmo sapato usado para um encontro com uma namorada, admiradora ou mesmo uma aventura passageira.
PARA CONFIRMAR O NOIVADO
Para confirmar seu noivado, vá a um casamento e recolha, na porta da igreja, um pouco de arroz atirado sobre os recém-casados. Junte com uma porção maior e prepare uma refeição para seu noivo. Assim que o arroz ficar pronto, retire uma colherada, coma metade, depois dê a outra metade para ele.
PARA COMEÇAR BEM O NOIVADO
Antes de trocarem as alianças, coloquem-nas numa taça de champanhe e tomem um gole cada. A mulher deve tomar primeiro e beijar o futuro noivo. Ele deve fazer o mesmo em seguida.
PARA EVITAR BRIGAS
Para que vocês jamais cheguem a brigar, durante o noivado, jamais o deixe ficar junto de você com uma camisa ou peça de roupa faltando um botão. Se isso acontecer, pregue um botão ali imediatamente.
PARA SUPERAR UMA BRIGA
Se aconteceu e quer remediar, vá à casa dele e apanhe a camisa que ele mais gosta de vestir. Lave-a e deixe-a de molho em água com um pouco do seu perfume. Passe-a depois muito bem passada e leve para a casa dele de volta. Você deve fazer isso de uma forma que ele jamais fique sabendo.
PARA AUMENTAR A ATRAÇÃO FÍSICA
Costure uma cueca dele numa calcinha sua, depois enrole, formando um canudo. Amarre com uma fita vermelha, dando sete voltas ao redor das peças de roupa. Guarde em seguida dentro de seu colchão, no lado da cabeceira.
PARA TRANSAR
Para um início satisfatório de vida sexual, pegue um pepino e coloque-o dentro de um coador, pondo-os num pires e deixando-os sob a cama durante o encontro íntimo. No dia seguinte, no almoço, a mulher deverá comer o pepino.
PARA ENFRENTAR A INVEJA
Para fazerem isso juntos, coloque uma calcinha sua e uma cueca do noivo dentro de um envelope, pondo-o sob uma imagem de Santo Antônio, numa sexta-feira de Lua Cheia, após as vinte e duas horas, mas antes da meia-noite. Acenda sete velas ao redor do santo e reze sete Pai Nosso incompletos, da seguinte forma:
"Pai Nosso que estais no céu, santificado seja o vosso nome, venha a nós o vosso reino!"
PARA EVITAR TRAIÇÕES
Para que seu noivo nunca a traia, faça-o usar a sua aliança, no dedo mínimo da mão esquerda dele, por rápidos instantes, enquanto você o beija. Ao beijá-lo, puxe levemente a ponta da orelha esquerda dele.
PARA AMANSAR A NOIVA
Se ela está brava por algum motivo justo, pegue um prego e crave-o no tronco de um pé de mamão-macho, na altura do seu coração. Deixe-o ali, enquanto vai conversar com ela. Depois de feita as pazes, retire o prego de lá e despache-o em água corrente.
PARA FAZÊ-LO SE INTERESSAR AINDA MAIS POR VOCÊ
Se deseja isso, pegue um par de meias que ele tenha acabado de usar e coloque as duas dentro do pé de sapato esquerdo que você também acabou de usar. Vire-o de sola para cima e deixe-o debaixo de sua cama por toda uma noite, do pôr-do-sol até o nascer-do-sol no dia seguinte.
PARA MANTER AS RIVAIS À DISTÂNCIA
Pegue uma das meias dele e deixe de molho num copo com água e açúcar, de um dia para o outro. No dia seguinte, retire a meia, coloque sal grosso e pimenta dentro do copo e espalhe seu conteúdo ao redor de um formigueiro.
PARA AUMENTAR O INTERESSE SEXUAL DELE
Pegue uma f aca de ponta e espete-a numa pimenta vermelha ardida, deixando-a num prato com mel sob a sua cama, no lado dos pés. Repetir por três dias seguidos, a partir de uma sexta-feira de Lua Crescente.
PARA ACABAR COM CIÚME EXAGERADO
Uma das mais usadas para isso é pegar uma fotografia dele, embrulhar numa peça íntima sua, fazer um pacote com papel alumínio e pôr no congelador da geladeira. Deixar lá até ficar do seu agrado.
PARA ATRAIR FELICIDADE
Amarre no pulso esquerdo de seu noivo uma fita vermelha estreita, arrematando com um nó laçada pequeno e sete nós cegos em seguida. Cortar as pontas bem rentes. Em seguida o noivo fará o mesmo, só que amarrando a fita no seu pulso direito. Quando caminharem de mãos dadas, as fitas estarão juntas.
PARA SELAR UMA PROMESSA
Se você e seu noivo fizerem alguma promessa em relação ao seu futuro casamento, aos filhos, à casa ou qualquer outra coisa que tenha relação com os dois, sele essa promessa colocando suas mãos esquerdas entrelaçadas sobre uma Bíblia aberta no Salmo 23.
PARA NOIVO DISTANTE
Se ele viaja muito e se demora para voltar, a cada vez que ele aparecer, tire os sapatos dele e deixe-os ao lado da porta do seu quarto, com as pontas voltadas para dentro.
PARA REFORÇAR A CONFIANÇA NELE
Se você sentir que está perdendo a confiança nele e não quiser facilitar com isso, pegue um cinto velho dele e prenda-o num dos pés de sua cama, dando dois nós cegos seguidos. Não tire nem deixe que tirem, principalmente uma outra mulher.
PARA MUDAR O GÊNIO DO NOIVO
Se ele não é muito gentil e você quer que ele seja um pouco mais brando, pegue uma camisa de mangas compridas dele, de um nó duplo unindo as mangas, misturando-a com suas peças íntimas e deixando ali. Na terceira noite da Lua Cheia, entre 22:00 e 24:00 horas, mergulhar a peça, ainda com o nó, em água com açúcar e deixar do lado de fora da casa a noite toda. No dia seguinte, desmanchar o nó e lavar normalmente.
PARA DESMANCHAR TRABALHO CONTRA SEU NOIVADO
Numa sexta-feira pela manhã, coloque uma fotografia sua e de seu noivo no centro de sua cama. Pegue um espelho pequeno, de bolso, e, do lado de fora da janela, projete o reflexo do sol sobre a fotografia. Depois pegue enterre o espelho com a face para baixo num canto de muro ou de cerca, pondo cinzas por cima.
PARA AUMENTAR O AMOR
Na noite da véspera do dia de Santo Antônio, prepare um vaso e plante nele duas mudas de amor-perfeito, dando a uma delas o seu nome e, à outra, o nome de seu noivo. No dia seguinte, pegue um pouco de cinzas de qualquer fogueira que tenha sido acesa na noite anterior e espalhe-a sobre a superfície do vaso. Cuide bem dessas duas plantinhas, como cuidará de seu amor.
PARA FIM DE NOIVADO
No primeiro dia da Lua Minguante, logo que abrir o comércio, saia e compre um par de chinelos. Leve-o para casa e, sozinha no seu quarto, escreva sete vezes em cada um dos pés de chinelo o primeiro nome de seu ex-noivo. Quando terminar, embrulhe em papel de presente e saia a passeio no seu bairro. Deixe cair esse pacote num local onde passa bastante gente.
PARA AFASTAR INTRIGAS NO SEU NOIVADO
Toda sexta-feira de Lua Minguante, após as nove horas da noite, acenda uma vela num pires, coloque-o no peitoril da sua janela, dê a volta para o lado de fora, apanhe a vela e leve-a para um canto de muro ou de cerca. Faça ali um buraco e deixe a vela terminar de queimar lá dentro. Quando isso acontecer, cubra com terra.
PARA NÃO PERDER O NOIVO
Compre um cinto novo para ele. Numa sexta-feira de Lua Cheia, durma com esse cinto preso a sua cintura. No dia seguinte, vá até a casa de seu noivo e presenteie-o com cinto novo, mas leve o cinto velho com você. Limpe-o, engraxe-o se for o caso, depois enrole-o e guarde-o debaixo do colchão, na cabeceira de sua cama.
PARA DOMINAR SEU NOIVO
Compre um par de meias novos para ele, retire da embalagem, de um nó e coloque-a sob seu travesseiro, numa noite de Lua Cheia. Durma sem roupas nessa noite. No dia seguinte, desfaça o nó da meia, recoloque-a na embalagem, faça um embrulho delicado para presente e vá entregar para ele.
PARA MANTER O NOIVO SOB CONTROLE
Escreva o seu nome sete vezes nas solas de cada um dos pés de sapatos dele. Depois pegue os chinelos que ele mais gosta de usar, escreva também seu nome na sola, junte sola com sola e amarre com um carretel de linha preta, enterrando num canto de muro ou de cerca.
PARA PARENTES INCÔMODOS
Pegue pedaços de fita amarela e escreva neles os nomes desses parentes. Em cada fita, escrever um novo. Junte todas elas, dê um nó no meio, unindo-as, depois coloque dentro de um vidro de boca larga, com leite e mel. Tampe e enterre num canto de cerca ou de muro, jogando um pouco de água benta no local.
PARA AUMENTAR A PAIXÃO
Se você quer que a paixão que os une só aumente, mande fazer dois anéis com o mesmo modelo, engastando uma selenita em cada um. Usem no dedo anular da mão direita, junto com a aliança de noivado.
PARA AMARRAR SEU NOIVADO
Pegue uma boneca e um boneco, faça uma roupinha para cada um deles, vista-os, depois desenhe na testa de cada um deles uma estrela, pintando-a de vermelho. Junte os dois bonecos frente a frente e amarre-os com um carretel de linha vermelha. Arremate com sete nós cegos.
PARA O NOIVO DAR NO COURO
Pegue um prego de aço novo e mande um ferreiro aquecer e martelar, reduzindo-o a uma chapinha alongada. Lime as bordas para retirar qualquer aresta ou farpa, depois fure e faça um chaveiro com ele. Grave o seu nome nos dois lados da chapinha, depois dê o chaveiro de presente ao seu noivo, numa sexta-feira de Lua Cheia.
PARA NOIVO ASSANHADO
Mantenha a fera sob controle, bordando seu nome, com linha amarela, nas barras das calças dele. Se isso não adiantar, borde-o nas meias dele também.
PARA TER PRAZER
Numa sexta-feira de Lua Cheia, pegue seus anéis e suas alianças, passe por eles uma fita vermelha e ponha num copo com água, leite e mel e deixado ao sob o luar por sete minutos. Lavar em seguida e usar na mesma noite.
PARA O NOIVO SE DECIDIR
Há um salmo que proporciona ao noivo, principalmente a tranqüilidade e a calma para tomar sua decisão. Ao mesmo tempo, é uma garantia de iniciar um período de aprendizado que levará a uma decisão consciente e madura. Se você vai ficar noivo(a) ou já o é, habitue-se a rezar o Salmo 19 toda manhã, em jejum, quando nasce o sol.
PARA NOIVO PAQUERADOR
Corte as asinhas dele. No primeiro dia da próxima Lua Minguante, conseguia um pé de sapato dele e, após o sol se pôr, coloque um pouco de sal grosso dentro, enrole-o com uma calcinha usada sua, pondo sob a sua cama, no lado dos pés. Deixe por três dias, depois devolva a ele.
PARA APRESSAR NOIVADO
Esta é bem fácil de ser feita. Numa sexta-feira de Lua Crescente, após as nove horas da noite, pegue um Ás de Ouros e coloque de frente para uma fotografia do casal juntos, de corpo inteiro. Enrolar com uma fita vermelha em forma de cruz e arrematar com um nó laçada. Deixar numa caixa ou gaveta de madeira. Quando o noivado for oficializado, desmanchar a simpatia.
PARA NOIVA APRESSAR NOIVADO
Numa sexta-feira de Lua Cheia, após as nove horas da noite, pegue um pedaço pequeno de fita branca, escreva o nome do namorado e coloque-o no sutiã, no lado esquerdo. No dia seguinte, ao se levantar, transfira-o para o lado direito. Repita esse ritual diariamente, usando a fita no seio direito durante o dia e no esquerdo, quando for dormir. Quando o noivado acontecer, jogue a fita em água corrente.
PARA SABER COM QUEM VAI SE CASAR
Na véspera do dia de Santo Antônio, à meia-noite, quebre um ovo de galinha caipira em um copo virgem com água benta. Deixe no sereno toda a noite e, no dia seguinte, antes do sol nascer, vá observar o copo. Se no copo você perceber uma névoa branca, parecida com um véu de noiva, é porque você se casará até antes do próximo dia de Santo Antônio.
PARA NOIVADO ROMPIDO
Se isso aconteceu com você, tome logo a seguinte providência. Pegue uma foto sua, de corpo inteiro, sorrindo, e coloque-a frente a frente com um Três de Paus, amarrando com uma fita vermelha e arrematando com um nó laçada. Guarde num porta-jóias e espere para ver o que lhe acontecerá em até três meses. Após isso, queime a carta.
PARA AUMENTAR A PAIXÃO NO NOIVADO
Numa sexta-feira de Lua Nova, após as nove horas da noite, pegue uma foto onde apareçam você e a pessoa amada de corpo inteiro, amarre uma fita de setenta e sete centímetros bem medidos ao redor dela, formando uma cruz, embrulhando num lenço vermelho. Ponha tudo isso dentro de um vaso e plante uma muda de amor-perfeito por cima.
PARA NOIVO(A) RECONQUISTAR
Caso você ache que vale a pena insistir, pegue uma fotografia de corpo inteiro da pessoa que deseja reconquistar e pregue, com quatro pregos de aço, no tronco de uma árvore bem alta, com a face voltada para dentro. Todo dia, após o sol nascer, recolha folhas secas e gravetos da árvore, acendendo uma fogueira, de forma que ela faça fumaça. Repetir diariamente, até o noivo procurá-la. Então retire a foto e queimá-la, com as folhas e gravetos.
PARA REINICIAR NOIVADO
Faça um círculo de mel ao redor de um formigueiro, logo após o amanhecer. Leve consigo um papel vermelho, onde tenha escrito sete vezes o nome da pessoa amada. Quando as formigas começarem a recolher o mel, vá picando esse papel vermelho e ponto os pedacinhos sobre o círculo de mel. Assim que terminar a tarefa, afaste-se sem olhar para trás.
PARA PREVENIR SEPARAÇÃO NO NOIVADO
Para isso, pegar uma foto de corpo inteiro da pessoa amada, enrolar uma fita vermelha em forma de cruz, arrematando com um nó laçada na parte de trás da foto. Guardá-la, em seguida, dentro de seu travesseiro, no miolo.
PARA NOIVADO COM SORTE
Vá a uma correnteza de rio, numa sexta-feira de Lua Cheia, logo após o nascer do sol e escolha uma pedra pequena e bem redonda. Lave-a, depois deixe-a secar ao sol sobre um pano branco. Antes de escurecer, coloque-a no centro de um lenço de seda azul, embrulhe-a e amarre firmemente com uma fita também azul, estreita, arrematando com um nó laçada bem apertado. Leve-a consigo no bolso ou na bolsa todo o tempo. Não deixe que a toquem nem explique o que significa. Se alguém mexer, jogue a pedra de volta no rio e repita a simpatia, só que pelo menos três dias após.
PARA NOIVO(A) SER CARINHOSO(A)
Para conseguir isso, pegue um lenço branco de seda e um pedaço de fita branco. Numa sexta-feira de Lua Cheia, após as nove horas da noite, estenda o lenço e a fita num local onde receba o luar abertamente. Deixe por toda a noite. Na manhã seguinte, antes do sol nascer, pegue o lenço e enrole-o, amarrando ao meio com a fita, arrematando com um nó laçada. Coloque dentro de seu colchão.
PARA FORTALECER NOIVADO
Para evitar isso, pelo menos uma vez por semana, faça seu noivo ou sua noiva lamber um pouquinho de mal na palma de sua mão esquerda ou comer um pouquinho de açúcar da mesma forma.
PARA NOIVADO COM SEXO
Uma simpatia simples para esse fim consiste em passar mel e juntar as fotografias dos noivos, onde deverão estar de corpo inteiro e sorrindo, amarrando em seguida com três fitas, de cores diferentes. Uma vermelha, para que haja paixão; uma amarela, para que haja paciência; uma branca, para que o repouso seja a certeza de encontrarem o prazer. Guardar num envelope e lacrar.
PARA NOIVADO BREVE
Numa sexta-feira de Lua Crescente, após as nove horas da noite, pegue uma fotografia dele, de corpo inteiro, enrole com uma fita vermelha em forma de cruz e arremate com um nó laçada. Deixe numa caixa ou gaveta de madeira. Quando o casamento for oficializado, desmanchar a simpatia.
PARA NOIVADO
Pegue as alianças de um casal em que os dois tenham falecido ao mesmo tempo ou com pouco espaço de tempo, una as duas alianças com retalhos de tecido que tenha sido usado para fazer o vestido de uma noiva, depois coloque dentro de um saquinho feito com o bolso de um terno velho, usado num casamento. À meia-noite de uma sexta-feira de Lua Minguante, coloque isso dentro de uma vasilha com água benta e deixe ao relento, com uma vela branca acesa ao lado. No dia seguinte, antes do sol nascer, jogue um pouco dessa água em todas as esquinas pelas quais passa para ir até a casa do noivo(a). Quando retornar, enterre o saquinho num jardim florido, regando com o que sobrou da água benta.
PARA FIM DE NOIVADO
No primeiro dia da Lua Minguante, saia e compre um guarda-chuva novo. Leve-o para casa e, sozinha no seu quarto, abra-o. Com uma agulha nova, vá furando o tecido como se estivesse perfurando um papel e escrevendo o nome do ex-noivo. Para facilitar, você pode até escrever o nome dele num pedaço de papel, pôr em cima do tecido e picotar sobre as letras.
Fazer isso por sete vezes. Saia a passeio e deixe o guarda-chuva em alguma parte.
PARA INTRIGAS NO SEU NOIVADO
Previna-se contra isso. Toda sexta-feira de Lua Minguante, após as nove horas da noite, acenda uma vela num pires, coloque-o no peitoril da sua janela e olhe na direção do poente do sol e faça um pedido ao seu Anjo da Guarda, pedindo proteção. Quando terminar, apague a vela e, na primeira oportunidade, leve-a para terminar de queimar no altar da igreja mais próxima da sua casa.
PARA NÃO PERDER O NOIVO
Numa sexta-feira de Lua Cheia, durma com os cadarços de um par de sapatos dele de sua calcinha. No dia seguinte, vá até a casa de seu noivo e recoloque os cadarço, sem que ele perceba. Repita todo mês.
PARA VÍCIO DE NOIVO
Para ajudar, seja lá qual for o vício, arrume um vaso onde tenha plantado espada-de-são-jorge. Sempre que ele a visitar, lave as folhas dessa planta, recolhendo a água numa vasilha. Use-a para fazer um chá ou café para ser servido ao noivo, quando ele visitá-la.
PARA SUPERAR CIÚME
Uma boa maneira de superar o ciúme é fazendo a seguinte simpatia: pegue uma fotografia de seu noivo e coloque-a dentro de um prato com água doce. Deixe-a no sereno por uma noite de lua cheia, das 21:00 horas, até instantes antes do sol nascer. Retire a foto e guarde-a envolta num lenço branco, por três dias, sob seu travesseiro. Enterre a foto num canto de muro ou de cerca. Dê lenço para o noivo usar.
PARA DOMINAR O NOIVO
Na sexta-feira da Paixão, às 18:00 horas, a mulher deverá lavar a área vaginal numa bacia, depois retirar sete pêlos pubianos. Pô-los na água em que preparar um chá ou um café para ele.
PARA FIDELIDADE
Pegue uma argola de ferro pequena, dessas vendidas em selarias e usadas para arreios de animais, passe por dentro dela sete vezes um cordão de prata ou de ouro, um anel ou um pingente e dê-o para a pessoa amada. Guarde a argola numa caixa de madeira.
PARA NÃO FALTAR CARINHO
Na primeira sexta-feira de Lua Cheia, após as nove horas da noite, pegue um papel branco, sem pauta, e escreva o nome da pessoa amada e o seu, dobre-o, pondo no centro dele uma pimenta vermelha. Enterrar junto a um pé de roseira vermelha.
PARA INTRIGAS
Toda sexta-feira de Lua Minguante, após as nove horas da manhã, saia à rua e conte sete pessoas. Após a sétima pessoa, abaixe a cabeça e bate sete vezes com o calcanhar direito no chão, dizendo a cada vez a seguinte intenção:
"Cobra coral, cascavel
Gente falante, sem fé,
Língua de trapo e de fel,
Prendo na sola do pé."
PARA EVITAR TRAIÇÃO NO NOIVADO
Ponha uma roupa velha sua e outra de seu noivo dentro de um saco de tecido, costure-o, depois enterre-o num canto de cerca ou de muro. Toda manhã, jogue ali um pouco da sua primeira urina. Repita por vinte e um dias. Após esse tempo, coloque uma vela em cima e acenda uma vela branca sobre ela.
PARA DÚVIDAS QUANTO À SINCERIDADE
Pegue sete rosas vermelhas em botão e coloque-as num vaso, sobre uma Bíblia. Troque a água todos os dias, logo pela manhã, observando os botões. Se metade deles mais um não abrir, suas dúvidas tem sentido. Se todos se abrirem, seu noivo é fiel ao extremo.
PARA EVITAR ABORRECIMENTOS
Quando realizar sua lista de presentes de noivado, não inclua nela nada que tenha pés, como uma cadeira, uma mesa ou uma cama. Tudo que tiver pés deverá ser comprado pelo noivo..
PARA NADA ATRAPALHAR O NOIVADO
No dia do noivado, a mãe ou o pai da noiva deve dar a ela um porta-jóia de madeira, que ela deverá deixar na cabeceira de sua cama, sempre aberto, com uma cópia da chave da casa do noivo.
PARA AFASTAR PROBLEMAS FINANCEIROS
Muitos noivados não evoluem para o casamento porque os noivos enfrentam algum tipo de problema financeiro. Para que isso não aconteça com você, tenha sempre duas moedas de valores e tamanhos diferentes, juntas, embrulhadas num lenço de seda verde, amarrado com uma fita vermelha, formando uma trouxinha. Guardar numa caixa ou gaveta de madeira.
PARA DESCOBRIR SEGREDOS DO(A) NOIVO(A)
Pegue uma peça de roupa usada pela pessoa, coloque-a em um pote de barro, juntando o seguinte: um pedaço de papel branco onde tenha escrito o nome dele(a) com tinta vermelha e três penas de papagaio. Enterre num canto de muro ou de cerca, espere três dias, depois pode perguntar o que quiser a essa pessoa.
PARA CIÚME DO NOIVO
Pegue um par de meia que ele tenha acabado de usar, dê um nó simples no meio de cada uma das meias, colocando um pé em cada pé de um par de chinelos seus. Deixe debaixo de sua cama por três dias, depois pode desmanchar e devolver as meias para ele. Se ele continuar ciumento, refaça a simpatia, lavando as meias com água benta, antes de devolvê-las.
PARA AMARRAR UM NOIVADO
Na sexta-feira seguinte ao noivado, após as nove horas da noite, pegue uma foto sua e da pessoa, de corpo inteiro, unindo-as frente a frente. Entre as duas fotos, coloque fios de cabelos dos dois. Una tudo com uma fita vermelha, arrematando com um nó laçada bem apertado. Enterre junto ao tronco de uma árvore forte, alta e saudável, pondo uma pedra por cima.
PARA O NOIVO NÃO FUGIR COM OUTRA
Para não correr esse risco, pegue uma fita vermelha e amarre pelo meio um par de meias dele, arrematando com três nós cegos bem apertados. Coloque dentro do seu colchão.
PARA ESQUENTAR UM NOIVADO
Numa sexta-feira de Lua Cheia, após as nove horas da noite, escreva o seu nome e o nome do noivo numa pimenta vermelha, lambuze-a de mel, depois coloque-a dentro de uma concha de ostra. Feche, amarre com uma fita vermelha, arrematando com um nó laçada. Jogue numa correnteza de rio ou no mar.
PARA SEPARAR NOIVO DE UMA RIVAL
Se está desconfiada de haver ainda uma rival no amor de seu noivo, vá à casa dele numa segunda-feira e peça para que a deixem lavar as roupas dele. Ao fazer isso, deixe-as de molho por alguns minutos com um ramo de arruda, um de alecrim e sete pedrinhas de sal grosso. Quando lavar, acrescente na água da última enxaguada sete gotinhas de seu perfume. Repita por sete segundas-feiras seguidas.
PARA O NOIVO NÃO PROCURAR OUTRA
Toda sexta-feira, antes do sol nascer, misture um pouquinho de açúcar com bolinhas de miolo de pão, depois coloque num pires branco, onde já estará depositada a fotografia de seu amado. Leve tudo para uma janela para pegar o sol que nasce. Assim que o sol tiver saído todo acima da linha do horizonte, esparrame o açúcar e o miolo de pão ao redor de um formigueiro em seu quintal.
PARA TIRAR O NOIVO DA RIVAL
Numa sexta-feira de Lua Minguante, à meia-noite em ponto, pegue uma fita branca e larga e escreva nela sete vezes o nome do noivo, junto com o nome da amante, um numa ponta da fita, outro na outra, de forma que se você cortar a fita ao meio, separará os dois nomes. Pendure essa fita atrás da porta de seu quarto. A partir do dia seguinte, sempre que se levantar, corte dois pedaço da fita, retirando dois nomes. Guarde o pedaço com o nome do noivo e queime na chama de uma vela o pedaço com o nome da rival. Repita por sete dias, até cortar todos os nomes.
PARA ENDIREITAR NOIVO ATRASADO
Se ele esquece os compromissos que marcou com você, costure uma foto dele, de corpo inteiro, pelas beiradas, na parte de dentro de uma calcinha sua, usada, dando um nó ou arrematando a cada ponto. Coloque no fundo de um vaso e plante uma muda de amor-perfeito por cima. Cuide dessa planta com carinho.
PARA INGRATIDÃO
Evite a presença de atos de ingratidão no seu relacionamento com seu noivo. Numa sexta-feira de lua minguante, compre um pacote de balas ou de doces e distribua às crianças da vizinhança. A cada uma que entregar balas ou doces, diga:
"Olha o docinho para o meu doce ser sempre doce."
PARA NOIVO AZEDO
Na lua minguante, lave sete peças de roupa dele, deixando cada uma de molho por sete minutos na água onde tenha misturado sete colheres de mel ou de açúcar, bem dissolvido. Deixe secar ao sol, mas retire do varal antes das seis horas da tarde. O resto da água deve ser atirado em água corrente.
PARA FELICIDADE NO NOIVADO
Na véspera do noivado, pegue um litro de água benta e borrife os batentes e os beiras das portas e janelas de sua casa. Lave com essa água as solas do sapato que usará no dia do noivado. Reserve um pouco de água para jogar na cabeça do noivo e nas mãos dos dois, quando trocarem alianças.
PARA NOIVO NÃO SER TRAÍDO
Pegue um retalho de qualquer peça de roupa velha dela e uma palmilha de um sapato velho, que tenha sido dela. Coloque tudo dentro de um envelope grande, enderece a você mesmo, depois guarde-o sob seu colchão. Não o tire dali até o dia do casamento. Nesse dia, antes de ir para a igreja, queimar o envelope e seu conteúdo.
PARA AMANSAR NOIVA
Numa sexta-feira de Lua Minguante, após às nove horas da noite, pegue uma agulha virgem e passe-a sete vezes pelo centro de um lenço de seda vermelho. Enfie a agulha no centro de um limão, jogando-o o mais longe possível de sua casa. Ao dar o lenço para ela, amarre-o você mesmo, com um nó simples, no pescoço dela. Peça que ela use por alguns momentos dessa forma.
PARA FORTALECER UM NOIVADO
Numa noite de Lua Nova, após às nove horas, pegue meio copo de água, despeje sete colherinhas de café de mel ou de açúcar, acrescente sete colherinhas de vinho branco, sete pitadas de sal e sete de pimenta. Deixe no sereno, no centro de um prato branco, em cima de uma fotografia do casal. Cubra com um pano branco. No dia seguinte, após o sol nascer, jogue um pouco do conteúdo do copo na direção dos quatro pontos cardeais. Guarde as fotografias juntas.
PARA NOIVO RECLAMADOR
Na primeira noite da Lua Minguante, pegue uma fotografia dele recente, passe mel em toda a sua superfície, depois dobre-a, de forma que a estampa e o mel fiquem para dentro. Amarre com uma fita branca formando uma cruz, arremate com um nó laçada e enterre junto a um pé de lírio branco ou de copo-de-leite.
PARA ARRUMAR NOIVO BOM
Na noite da véspera do dia de Santo Antônio, crave até o cabo uma faca de ponta numa bananeira e deixe-a lá até o sol nascer, no dia seguinte. Retire-a e embrulhe-a num lenço branco, enrolando uma fita branca ao redor em seguida. Guarde debaixo do colchão e lembre-se de anotar todos os sonhos que tiver a partir de então. O seu futuro noivo lhe será revelado dessa forma.
PARA NOIVAR LOGO
Para ficar noiva logo, vá a uma igreja onde haja uma imagem de Santo Antônio, levando sete velas de sete dias, em sete dias seguidos, começando numa segunda-feira. Acenda a vela no altar do santo e reze sete Pai Nosso.
PARA NOIVADO DESFEITO
Se o noivado acabou e você quer reatá-lo de qualquer jeito, pe uma caixa qualquer de madeira pequena e dentro coloque uma fotografia da outra pessoa, de cara para cima, cobrindo depois fundo da caixa com açúcar, numa camada de uns dois dedos. Sobre o açúcar, coloque uma fotografia sua, de cara para baixo, cobrindo com outra camada de açúcar. Enterre a caixa num local bem seco e ensolarado.
PARA SORTE NO NOIVADO
Esta simpatia é muito poderosa e deve ser feita pela mãe da noiva ou do noivo. O dia certo para realizá-la é num domingo, exatamente ao meio-dia e num jardim florido.
Pegue uma calcinha da noiva e uma cueca do noivo e, no fundo de ambas as peças de roupa, desenhe um coração cor-de-rosa, depois amarre uma roupa na outra e enterre nesse jardim.
PARA ACALMAR NOIVA ANSIOSA
Pela manhã, numa vasilha com três litros de água, coloque uma xícara cheia de alecrim, tampe com um véu branco e deixe descansar um dia inteiro dentro do seu quarto. Quando anoitecer, jogue essa água por cima do seu corpo, do pescoço para baixo.
PARA SER PEDIDA EM NOIVADO PELO HOMEM QUE VOCÊ AMA
Numa sexta-feira de lua cheia, coloque numa bacia cinco litros de água quente, um galho de alfavaca, cinco gotas de mel e um fio de cabelo do homem de quem deseja ficar noiva.
Tampe com um véu branco com sido usado por uma noiva num casamento e deixe descansar até amornar. Sente-se na bacia e banhe-se, mas sem molhar os cabelos. Em breve colocarão alianças de noivado.
PARA UM NOIVO EVITAR TRAIÇÃO
Exatamente ao meio-dia de um domingo, jogue este preparado sobre os seus ombros e faça isto pensando firmemente no nome da sua noiva.
Misture em 3 litros de água quente, uma xícara cheia de pétalas de rosas brancas secas e sete folhas de arruda.
PARA CASAR
Numa sexta-feira de lua cheia, pegue treze galhos de alecrim, coloque em água fervente, tire do fogo e tampe para abafar durante meia hora.
Acenda uma vela branca no seu quarto, após ter escrito o nome do noivo nela, com a primeira letra no alto, perto do pavio.
PARA O NOIVADO ACABAR EM CASAMENTO
Numa vasilha com dois litros de água, coloque treze folhas de tapete-de-oxalá ou boldo e as alianças de noivado, tanto do homem como da mulher.
Tampe com uma camisola branca que pertença à noiva e deixe num jardim, à meia noite de uma sexta-feira de lua crescente. No outro dia ao acordar, despeja a água da vasilha sobre as flores do jardim e voltem a usar as alianças.
PARA UM NOIVADO NÃO SER DESMANCHADO
Numa vasilha com dois litros de água, coloque vinte e uma folhas de eucalipto, de preferência, colhida na mata. Tampe com um lenço branco e deixe debaixo da cama o dia inteiro.
Antes do sol se pôr, banhe-se com essa água e nesse dia abstenha-se de sexo, assim como de bebidas de álcool, cigarro e outras drogas.
PARA A NOIVA SE MANTER VIRGEM ATÉ O CASAMENTO
A mãe que tem essa preocupação deve banhar sua filha com este preparado, assim que ela estabelecer o compromisso do noivado.
Numa vasilha com três litros de água, coloque treze folhas de laranjeira. Tampe e deixe posar debaixo da cama da moça. No outro dia ao acordar, despeja a água da vasilha sobre o corpo, dela, da cintura para baixo.
PARA TER UM NOIVO SEMPRE FIEL
Numa vasilha com sete litros de água, coloque sete folhas de uma erva chamada barba de velho. Deixe por meia hora, depois retire as folhas e coloque-as para secar ao sol.
Quando as folhas secarem, devem ser queimadas numa fogueira e a água deve ser usado para aguar uma laranjeira. No casamento, a noiva deve levar em seu buquê flores ou folhas tiradas dessa árvore.
PARA NÃO SER ABANDONADA PELO NOIVO
Numa vasilha com cinco litros de água, coloque nove folhas de uma erva muito conhecida, chamada Guiné, e coloque também sua aliança de noivado. Deixe debaixo da sua cama por duas noites.
Retire a aliança e com a água lave a calçada de frente da sua casa. Não conte para ninguém que fez esta simpatia, nem para sua melhor amiga.
PARA SER ACEITA PELA FAMÍLIA DO NOIVO
Numa vasilha com seis litros de água quente, coloque trinta gotas de perfume de alfazema, as alianças de noivado e um tecido branco, onde deve estar escrito o nome dos familiares do noivo. Deixe debaixo de sua cama por uma noite.
No dia seguinte, coe a água e jogue-a sobre o seu corpo, do pescoço para baixo. Enterre o tecido ao lado de uma roseira florida.
PARA ATRAIR BOA SORTE PARA O NOIVADO
Providencie quatro cravos, dois brancos, um vermelho e um rosa, amarre-os com uma fita verde, onde deve estar escrito as iniciais dos noivos.
A noiva deve deixar estas flores no meio de uma rua qualquer e sair sem olhar para trás.
PARA FORTALECER UM NOIVADO
Numa segunda-feira, assim que se levantar, pegue uma vasilha com dois litros de água, coloque uma colher de alfazema e uma folha espada-de-são-jorge.
Tampe com um lenço cor-de-rosa e deixe descansar até o meio-dia. Amarre o lenço na cabeça e banhe-se do pescoço para baixo com essa água, pensando no seu noivo.
PARA SE DAR BEM COM A FUTURA SOGRA
No dia em que for fazer uma visita para a mãe do seu noivo ou noiva, coloque uma pedrinha de heliotrópio dentro da calcinha ou da cueca, durante a visita.
PARA MELHORAR O SEXO ENTRE UM CASAL DE NOIVOS
Toda sexta-feira de lua cheia, na hora de fazer o primeiro xixi do dia, segura uma pedra de jaspe na mão direita e aperta com força. Depois guarda a pedrinha dentro da sua calcinha ou cueca.
Nos outros dias, a pedra deve ser mantida dentro do seu guarda-roupa.
PARA CURAR A ASMA DO NOIVO OU DA NOIVA
Se a pessoa com quem você é noivo(a), tem essa doença, ajude-a a ter mais saúde, usando sempre um colar que contenha como pingente a pedra conhecida como pirita.
PARA NOIVA COM QUEDA DE CABELOS
Coloque uma pedra de ágata numa bacia com água e banhe seus cabelos. Faça sempre que quiser, quanto mais melhor.
PARA NOIVAS OBESAS
Segure um pequeno rubi com a mão esquerda e aperte com bastante força, enquanto mentaliza quantos quilos deseja emagrecer. Faça todos os dias antes das refeições.
PARA ACALMAR O NERVOSISMO NO DIA DO NOIVADO
Este dia é especial na vida dos noivos e costuma causar uma certa ansiedade. Para evitar ou amenizar, quando se sentir nervoso, segure um cristal azul na sua mão direita, durante um minuto.
PARA NOIVA NÃO ENGRAVIDAR
Hoje em dia é normal fazer amor antes do casamento, mas se não quiserem ter filhos, é bom tomar precauções. Esta simpatia pode ajudar a completar as providências de praxe.
Enquanto o casal estiver fazendo amor, deve lembrar-se de manter um coral debaixo da cama.
PARA NÃO NOIVAR COM UMA PESSOA INTERESSEIRA
A pessoa que deseja realmente evitar que esta desgraça um dia lhe aconteça, deve lembrar-se de sentar em cima de uma pequenina pedra de topázio, sempre que tiver oportunidade.
PARA AUMENTAR A PAIXÃO ENTRE OS NOIVOS
Costurar uma pequena pedra de lápis-lazuli dentro do travesseiro com que costuma dormir, juntamente com um papel cor-de-rosa, onde deve estar escrito o nome do noivo ou da noiva.
PARA MANTER ACESO O DESEJO ENTRE NOIVOS
Segurar uma pedrinha de âmbar entre os dedos indicador e polegar da mão direita e, enquanto faz isso, dizer em voz alta os nomes que formam o casal, depois atirar a pedra ao mar.
PARA O SEU NOIVO GOSTAR DA SUA COMIDA
Colocar uma pedra de ametista dentro da calcinha toda vez que for preparar uma comida para o noivo comer e não contar para ninguém que faz isso.
PARA MANTER UM NOIVADO FELIZ
Manter uma pedra de jade dentro do seu quarto, o mais próxima possível da janela e ao lado da pedra, junto a um porta-retrato com a foto do casal de noivos.
PARA ACABAR COM UM NOIVADO
Dormir com uma pequenina pedra de topázio debaixo do travesseiro e ao acordar dizer em voz alta o nome do casal que quer desfazer.
Repita a simpatia até conseguir o que deseja.
PARA NOIVO(A) NÃO PROCURAR OUTRA(O)
Segurar um cristal de rocha na mão direita sempre que puder e mentalizar que o seu amor lhe é fiel. Quando não estiver segurando, guardar dentro do bolso ou da bolsa.
PARA NOIVO DEIXAR DE BEBER EM EXCESSO
Pelo menos dois minutos por dia, segurar uma esmeralda na mão esquerda para energizá-la. Faça sempre que se lembrar e, então, toda vez que o seu noivo for visitá-la, faça também o seguinte,
Coloque essa pedra dentro de um copo de água, deixe por cinco minutos tampado com um pires branco, depois retire a pedra e dê a água para ele beber.
Ele não deve saber da simpatia e se fizer corretamente, em breve deixará a bebida.
PARA NÃO TER MEDO DE SER TRAÍDA PELO NOIVO(A)
Tem pessoas que são muito inseguras e possuem medos infundados, que podem até destruir a relação amorosa, se não forem curados a tempo.
Se é o seu caso, procure ter uma ametista junto consigo e quando sentir este medo bobo, tocar na pedra e pensar no(a) noivo(a) que vai encontrar coragem e segurança.
PARA NOIVOS MUITO CIUMENTOS
Num domingo, convide seu noivo para ir na missa e vá usando uma roupa azul, com uma pequena pedra de lápis-lazuli dentro do sutiã ou então dentro da calcinha.
PARA NOIVO MIMADO
Se a mãe do seu noivo estragou-o com muitos mimos e dengos, comece a consertar a situação desde já ou, quando vocês se casarem, você pode se tornar uma escrava dos seus caprichos.
Toda vez que for sair com ele, procure usar no corpo algum adorno feito com calcedônia, pode ser anel, pulseira, brinco, colar ou tornozeleira.
PARA NOIVAR COM UMA PESSOA BONITA
Esta simpatia deve ser feita pela mãe de uma moça, quando ela completar quinze anos de idade.
No dia do aniversário, antes da filha dormir, segurar uma pequena esmeralda sobre a testa dela por um minuto.
PARA NÃO APAGAR O FOGO DA PAIXÃO NUM NOIVADO
A noiva deve colocar uma pedra de topázio dentro de um vidro de óleo de amêndoas e todos os dias aplicar este óleo nas pernas e nos seios, após o banho.
PARA NOIVA QUE TEM PROBLEMAS RESPIRATÓRIOS
Esse problema costuma ser muito comum hoje em dia, porque o ar de quase todas as cidades está muito poluído. Assim, esta simpatia pode ser bastante útil.
Manter um coral no quarto, dentro de um copo com água do mar. Pelo menos uma vez por ano, lavá-lo e deixá-lo secar ao sol.
PARA REATAR UM NOIVADO
Nossos Anjos da Guarda se preocupam muito com os desentendimentos, principalmente amorosos, por isso é sempre de muito boa vontade que nos enviam fluídos de paz e harmonização.
Se o seu noivado acabou, mas você quer voltar, durante sete dias seguidos acenda uma vela azul no seu quarto e peça para o seu Anjo da Guarda trazer seu amor de volta.
ACABAR COM O CIÚME NUM NOIVADO
Vá até um rio bem bonito, sente-se à sombra de uma árvore, acenda uma vela branca em cima de uma pedra e reze uma Ave Maria, com suas palavras, peça para a Mãe Divina para acabar com a doença do ciúme que contagia o seu noivado.
PARA ACABAR COM BRIGAS ENTRE NOIVOS
Vá até uma cachoeira. Chegando lá, feche os olhos e concentre-se no barulho da água, pensando firmemente na pessoa de quem está noiva(o) e imagine que vocês estão se abraçando.
Fique assim algum tempo, ouvindo o som da água e recebendo vibrações de harmonia. Com isso seu relacionamento se firmará na paz. Se for possível, leve o(a) noivo(a) junto.
PARA NÃO TER UMA DESILUSÃO NO NOIVADO
Em seu quarto, acenda uma vela azul e apague as luzes. Sente-se em frente vela, coloque uma fotografia do seu noivo ou noiva, dentro da sua blusa, junto ao peito e assim reze uma Ave Maria e um Pai Nosso.
PARA ENTREGA VERDADEIRA NO NOIVADO
Escreva o nome da pessoa de quem você gosta em um papel branco, dobre duas vezes e coloque dentro de um pires com mel. Exatamente ao meio-dia, acenda no mesmo pires uma vela lilás e diga em voz alta o nome da pessoa de quem você está noiva(o).
PARA FICAR NOIVA
Numa noite de lua cheia, acenda uma pequena fogueira no quintal. Quando o fogo estiver bem alto e firme jogue dentro uma peça de roupa da pessoa com quem você deseja noivar e depois uma sua. Quando elas estiverem queimando, jogue em cima um punhado de açúcar.
No dia seguinte, recolha as cinzas da fogueira e vá jogar no quintal da casa dele, do lado de dentro, nos dois lados do portão, ou então em dois vasos que fiquem um de cada lado da porta de entrada do apartamento dele.
PARA NOIVO TÍMIDO
Se o seu noivo é tímido demais da conta, na próxima vez em que você for à casa dele, sem que ninguém perceba, coloque um sutiã seu debaixo do colchão dele.
PARA A INVEJA ALHEIA NÃO ESTRAGAR SEU NOIVADO
Durante uma semana, diariamente acenda duas velas azuis num prato fundo e ofereça ao Anjo da Guarda de vocês. Quando terminar a semana, vá até uma igreja e reza uma Ave Maria e um Pai Nosso.
PARA EVITAR TRAIÇÃO
Quando se ama de verdade, não existe espaço para terceiros e para garantir que isso não vai acontecer no seu noivado, mantenha um calendário atrás da porta do seu quarto. Deixe uma agulha cravada exatamente na data em que vocês ficaram noivos.
PARA AMARRAR O NOIVO
Escreva as iniciais do seu noivo num pedaço de madeira, amarre com um cordão e jogue na correnteza de um rio ou no mar.
Nunca conte para ninguém o que fez.
PARA SUA NOIVA NÃO TRAIR
Se você estiver inseguro no seu noivado, pois desconfia que esteja sendo traído, ou mesmo apenas acha que isso pode vir a acontecer, tranqüilize-se com esta simpatia.
Numa sexta-feira de lua minguante, presenteie sua noiva com uma calcinha vermelha, mas antes esfregue a calcinha no seu pênis.
PARA NAMORADO SE DECIDIR EM NOIVAR
No primeiro domingo do mês, vá até uma igreja e pegue um vidrinho de água benta. Guarde consigo e quando o seu namorado for beber água, sem que ele perceba, despeje um pouco de água benta no copo e assegure-se de que ele tome tudo.
PARA NÃO TER O NOIVO ROUBADO POR UMA FALSA AMIGA
Numa noite de lua cheia, convide seu noivo para apreciar a lua e então dê-lhe um longo beijo na boca. Enquanto isso, mentalize que ele nunca saciará a boca sedenta com outros beijos que não sejam os seus.
PARA SEU NOIVO TER SORTE COM DINHEIRO
Pegue uma moeda e deixe uma noite inteira num copo com álcool puro. No outro dia pela manhã, coloque essa moeda dentro do sutiã. Quando for exatamente meio-dia, dê um beijo no seu noivo e presenteie ele com esta moeda.
Diga para ele guardá-la dentro da carteira, junto com uma foto sua.
PARA O NOIVO OU A NOIVA DEIXAR DE FUMAR
Da próxima vez que o noivo for na sua casa, dê um copo de água para ele beber, mas não deixe que ele beba tudo. Guarde o copo com a água restante, depois coloque ao lado de sua cama com uma flor bem bonita dentro.
Quando a flor murchar, pegue um cigarro do maço do noivo e coloque dentro desse copo e deixa tudo numa encruzilhada.
Afaste-se sem olhar para trás.
PARA NOIVOS VIOLENTO
Isso é muito perigoso, pois uma pessoa muito agressiva pode a qualquer momento se descontrolar e até partir para a violência física. Para que o seu noivo se torne uma pessoa mais calma, assista sete missas, sete domingos seguidos, e quando for tomar a comunhão, pensa firmemente no nome do noivo.
PARA O CIÚME NÃO ACABAR COM UM NOIVADO
Muitos noivados, casamentos e namoros são desmanchados exclusivamente devido ao ciúme. Faça esta simpatia para evitar que isso aconteça com você.
Durante uma noite de lua nova, deixe a aliança do casal posar em um copo de água benta.
PARA CONSOLAR NOIVA ABANDONADA
Esta simpatia pode ser feita pela mãe da noiva ou por uma amiga verdadeira, que não queira mais vê-la sofrendo pelo desgosto que passou.
Faça um suco de maracujá para a moça tomar, mas não adoce com açúcar. Use mel e, depois que ela beber, leve o copo até uma encruzilhada. Acenda dentro uma vela vermelha e saia sem olhar para trás.
PARA O NOIVO GOSTAR DA SUA MÃE
Se o seu amor não se dá bem com a sua mãe, esse é um problema que esta simpatia pode resolver.
Dentro de um pote de mel, coloque um papel com o nome completo da sua mãe, tampe e guarde debaixo da sua cama durante uma semana.
Após isso, tire o papel de lá e enterre nos fundos do quintal noivo. Dê o pote de mel de presente para ele e diga para ele comer sempre e pensar em você quando o fizer.
PARA AFASTAR UMA ANTIGA NAMORADA
Se o seu noivado está ameaçado por uma pessoa ressurgida do passado, afaste-a rapidamente.
Pela manhã, escreva o nome dela completo na sola do seu sapato. Faça isso por nove dias e, no décimo, ela já estará descartada da vida do seu noivo.
PARA UM EX-NOIVO LARGAR DO SEU PÉ
O noivado acabou, mas ele não se conforma? Então escreva o nome dele numa espiga de milho e joga dentro de um galinheiro. Saia sem olhar para trás.
Quando as galinhas terminarem de comer o milho da espiga, ele lhe dará paz.
PARA O NOIVO DISTANTE PENSAR EM VOCÊ
Se o seu noivo não mora na mesma cidade que você ou se está viajando longe, todos os dias pela manhã, beba um copo de água em jejum e diga o nome dele em voz alta três vezes, na direção do nascente do sol. Fazendo isto, ele vai pensar em você o dia todo.
PARA SEU NOIVO OU NOIVA, SONHAR COM VOCÊ
Para isto acontecer, escreve o seu nome e o nome da pessoa de quem você está noivo no avesso da fronha do travesseiro com que você dorme.
Sempre vez que você dormir com ela, a pessoa vai sonhar com você.
PARA NOIVAR E CASAR
Muitas mulheres vêem com apreensão os anos passarem e nada de surgir aquele pretendente desejado e sonhado tantas vezes. A alma-gêmea esperada parece estar muito distante e um certo desespero começa a afligir o coração.
Não é uma situação tranqüila, mas não é para se desesperar, principalmente se você tiver fé nas simpatias populares. Se é o seu caso, faça o seguinte, então:
No dia do casamento de uma amiga ou de uma conhecida, combine com ela o seguinte. Quando ela estiver entrando na igreja, pisará com o pé direito sobre um lenço branco, que você estenderá para ela. Quando ela sair, pisará também com o pé direito, só que agora no outro lado do lenço, estendido por você, diante dela.
Quando começar a chuva de arroz, recolha um punhado e coloque dentro do lenço, juntamente com uma fotografia sua.
Dê um nó no lenço e coloque-o debaixo do seu colchão, no lado da cabeceira. Em breve você conhecerá a pessoa com quem se casará.
PARA SABER COM QUEM VAI SE CASAR
Mesmo as garotas que ainda nem começaram a namorar já sonham com a resposta a essa pergunta, tentando mil e uma formas de antever o futuro e descobrir quem será o seu futuro marido.
Muitas vezes, até acabam se esquecendo disso quando, muitos anos mais tarde, encontram a pessoa com a qual sonharam realmente um dia.
Para conseguir isso, faça o seguinte, mas anote o seu sonho e as características da pessoa para confrontar no futuro.
Após a ceia de Natal, feita na noite da véspera dessa data tão importante, recolha um pouquinho dos restos de cada prato que foi usado na refeição.
Guarde num só prato para o dia seguinte. Ao amanhecer, distribua essa comida entre todos os animais domésticos que haja em sua casa ou nas casas vizinhas onde você tenha acesso.
Para cada animal que alimentar, recolha depois uma folha ou uma flor de árvores ou plantas ao redor da casa, pondo tudo num envelope. Quando terminar, coloque-o debaixo do seu travesseiro.
À noite, quando for se deitar, vire o travesseiro, de forma que a parte que esteve em contato com o envelope o dia todo fique, agora, em contato com a sua cabeça.
Durma tranqüilamente, mas não se esqueça de, na manhã seguinte, anotar o sonho que teve e como eram os homens que apareciam nele.
Faça isso logo que acordar ou corre o risco de se esquecer dos detalhes no decorrer do dia. Guarde essa folha de papel dentro do próprio envelope e conserve-o para futura comprovação.
PARA EVITAR TRAIÇÃO
Uma traição durante o período de namoro pode ser facilmente superada. Durante o noivado, isso já se torna um tanto delicado, pois além do investimento emocional, já se fez um investimento material no casamento que se aproxima.
Se você está noiva é não quer que esse mal aconteça em sua vida, previna-se com antecedência.
Pegue retalhos de panos de uma roupa sua e de uma roupa de s eu noivo, enrole-os e coloque-os dentro de um litro branco. Feche-o com uma rolha e lacre com pingos da vela. Enterre de boca para baixo num canto de muro ou de cerca.
PARA SE LIVRAR DE PROBLEMAS
De repente, as coisas começam a dar errado em seu noivado e parece que todos os problemas do mundo estão estourando sobre vocês. Com certeza a maioria delas é resultado do próprio estresse por que estão passando, mas pode haver nisso também influência de pessoas intrigantes e invejosas.
Para se prevenir e descarregar essa carga negativa, faça o seguinte.
Pegue sete litros de água e coloque num tacho de ferro, pondo para ferver. Acrescente um punhado de sal grosso, um dente de alho com casca, essência de seu perfume preferido, um pedaço de carvão, arruda e alecrim à vontade.
Quando ferver, deixe por sete minutos, desligue e tampe. Quando amornar, jogue essa água do pescoço para baixo e espere até que ela seque em sua pele. Depois tome um banho completo.
PARA NOIVADO ROMPIDO
Se você estava de casamento marcado e o noivado foi rompido, a primeira coisa é não se desesperar. As coisas não acontecem por acaso. Mesmo que as lágrimas insistam em querer rolar, a cada vez que alguém pedir uma explicação, a resposta para tudo está no futuro.
Se isso aconteceu com você, tome logo a seguinte providência. Pegue uma foto sua, de corpo inteiro, sorrindo, e coloque-a frente a frente com um Três de Paus, amarrando com uma fita vermelha e arrematando com um nó laçada.
Guarde num porta-jóias e espere para ver o que lhe acontecerá em até três meses.
PARA APRESSAR O NOIVADO
Se um homem ou uma mulher quiserem apressar um noivado, há uma porção de simpatias que auxiliarão nisso, inclusive muitas dedicadas ao Santo padroeiro dos casamentos, o nosso querido Santo Antônio.
Esta também é uma simpatia bem fácil de ser feita. Numa sexta-feira de Lua Crescente, após as nove horas da noite, pegue um Ás de Copas, dobre-o ao meio e prenda essa carta uma fotografia de cada um dos noivos, de corpo inteiro e de frente.
Enrole com uma fita vermelha em forma de cruz e arremate com um nó laçada. Deixe numa caixa ou gaveta de madeira. Quando o noivado for concretizado, desmanchar a simpatia.
PARA COMBATER UMA RIVAL EM SEU NOIVADO
Ninguém quer dividir a pessoa amada, principalmente e estiver noiva. Pode acontecer, porém, que no meio de tantas tentações, seu noivo acabe flertando ou tendo um caso com outra mulher.
Como você não é do tipo de entregar o ouro para o bandido de bandeja, com certeza vai recorrer a uma simpatia fulminante para afastar essa rival. Está é ótima.
Pegue uma foto da rival e coloque entre um Três e Quatro de Espadas, amarrando com uma fita amarela. Enterre num formigueiro ou coloque na boca de um sapo.
Sabonete de Ervas para proteção espiritual
O material utilizado é encontrado em lojas de essências para perfumes e, nas medidas abaixo, rende oito sabonetes pequenos e quatro grandes.
500g de glicerina tipo A de boa qualidade
1 colher (sobremesa) de corante verde
2 colheres (sobremesa) de essência de erva-doce
Um punhado de semente de erva-doce
1 colher (sobremesa) de álcool de cereais
Fôrmas de plástico ou feitas em casa com canos de PVC
Corte uma rodinha de PVC de largura média. Coloque filme plástico sobre ele e, com um elástico, prenda e estique para alisar bem a parte de baixo. Envolva o plástico em volta.
Com tudo em mãos, comece o preparo do sabonete de ervas. Coloque uma panela de ágata em banho-maria e acrescente a glicerina em pedaços. Espere derreter. Não mexa antes que fique bem líquido. Desligue o fogo. Adicione o corante, a essência e mexa bem. Para tirar a espuminha que ficou, coloque o álcool de cereais, misture e reserve.
Agora, prepare as fôrmas do sabonete e salpique um pouco das sementes de erva-doce nelas. Aí sim, pegue a mistura de glicerina e vá preenchendo as fôrmas.
Espere esfriar e desenforme com cuidado. O próprio filme plástico serve para envolver o sabonete, ou então, você pode fazer outras
. e aconselhável tomar banho com este sabonete todas as sexta feiras
Sabonete de Leite e Mel para atrair homens
120 g. de sabonete ralado
90 ml de água
15-20g de leite em pó
30-40g de mel
Dissolva o leite em pó na água morna, elimine todos os grumos. Use essa mistura para derreter o sabão em banho-maria. Junte o mel e mexa até que a massa fique densa. Despeje-as nos moldes e deixe secar.
Tome banho com este sabonete sempre que achar necessário
Sabonete para atrair grandes paixões
100 g. de base glicerinada branca,
2 ml. de extrato ou leite de soja
2 ml de extrato ou óleo de ginseng
3 gotas de corante na cor marfim
álcool de cereais
bastão de plástico
copo medidor
forma oval de silicone
e amor agarradinho (a gosto)
Derreta a glicerina normalmente em banho-maria até dissolver normalmente, borrife álcool de cereais e deixe descansar por 3 minutos. No copo medidor misture os extratos e a essência para homogeneizar. Adicione a misture à base e continue mexendo. Coloque a outra essência e despeje a misture na forma de silicone e deixe secar por 30 minutos.
Sabonete de Chocolate para atrair grandes paixões
1 kg de massa base hipoalergênica para sabonete de glicerina
2 colheres de sopa de chocolate em pó
2 colheres de sopa de leite em pó (opcional)
20 ml de essência de chocolate
15 ml de extrato glicólico
E 200 gramas de amor agarradinho seco
Derreta a base de glicerina. Em um copo coloque o chocolate e o leite em pó, despeje um pouco de glicerina derretida e dissolva a mistura. Derrame essa mistura no resto da glicerina derretida, mexa bem e coloque em fôrmas. Espere secar, desenforme e embale.
Sabonete de Banana com Aveia para prender seu marido em casa
150 gramas de glicerina branca
10 ml. de essência de banana
10 ml. de hidratante de aveia
3 colheres (sopa) de aveia
1 panela de ágata
1 fôrma de silicone para sabonete especial
1 colher de plástico
Uma colher de chá de raspa do seu PE esquerdo
Com a faca, pique 150 gramas de glicerina branca.
Coloque a glicerina na panela de ágata e sem mexer muito, leve ao fogo baixo em banho maria. Quando a glicerina atingir o estado líquido, retire do fogo.
Acrescente as 3 colheres de aveia e mexa.
Depois de misturado, coloque 10 ml. de essência de banana e os 10 ml. de hidratante de aveia, e a raspa dos seus pés mexa novamente até obter uma consistência de mingau (cuidado para não passar do ponto e o sabonete endurecer demais antes de colocá-lo na forma)
Despeje na fôrma e espera secar.
Depois que estiver fria, desenforme.
sempre que possível mande seu marido tomar banho com este sabonete o resultado e fantástico
SABONETE LÍQUIDO
Você tá afim de tomar um banho diferente e atrair todos os homens Então, veja aqui como fazer seu próprio sabonete líquido de atração
1. 250 gramas de oripepe
- alguns sabonetes usados (250g)
- glicerina líquida (50ml)
- água (1 litro)
- essências (você escolhe a que quiser)
- vasilhames (escolhe um potinho para colocar o sabonete pronto)
2. Separe os toquinhos de sabonetes em barra que estão encostados no banheiro.
3. Junte 250g destes e ponha numa panela metálica e acrescente 1 litro d'água a temperatura ambiente.
4. Leve ao fogo brando, mexendo até que os sabonetes dissolvam completamente.
5. TIRE DO FOGO e acrescente 50 ml de glicerina líquida (encontrada em farmácias).
6. Mexa até se tornar uma mistura homogênea e acrescente umas gotas de essência de sua preferência, para ficar com o seu toque.
7. Deixe esfriar e reserve em vidrinhos decorados.
Preste atenção!!!!!!!
1. O fogo deve estar brando para que a mistura não ferva e derrame.
2. A glicerina não deve ser misturada durante o preparo no fogo para que não haja nenhuma reação química inesperada.
3. A panela deve ser metálica porque as panelas de esmalte ou vidro escurecem muito e o processo de lavagem dessas manchas demora muito. A panela metálica escurece mas depois clareia com uma arriadinha com sabão e suco de limão.
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SABONETE ESFOLIANTE
Tá vendo que sua mão ou o pé no inverno ficaram secos e com a pele áspera?? Faça esse sabonete esfoliante e acabe com isso rapidinho!!!
Para isso você precisa de:
- 1 quilo de glicerina em barra
- 100 mililitros de essência, a que você escolher
- 1 fôrma para sabonete
- Esterilizador, à venda em farmácias
- Bucha vegetal
- Cortador de legumes
Corte a bucha vegetal do tamanho da fôrma. Confira se cada pedaço encaixa direitinho, ok?
Ponha as buchas cortadas numa bacia plástica.
Despeje água fervente e acrescente 10 gotas do esterilizador.
Deixe descansar até esfriar.
Raspe toda a barra de glicerina com o cortador de legumes.
Leve ao fogo, em banho-maria, para derreter.
Enquanto isso, aperte as buchas para a água sair bem.
Tire as sementes e encaixe as buchas na fôrma.
Quando a glicerina estiver toda derretida, tire a panela do fogo.
Com uma concha, despeje a glicerina na fôrma.
Use uma colher de pau para segurar as buchinhas no lugar.
Deixe secar durante 1 hora.
Depois, corte as sobras das buchas e alise a superfície com uma espátula.
Você pode aproveitar a própria glicerina que sobrou nos cantinhos.
Agora, é só desenformar e embalar com papel filme.
A etiqueta dá um acabamento melhor.
GLOSS
Quer um gloss só seu, que custa R$ 0,75 centavos??
Então demorou menina!! Olhe aqui em baixo como você poderá fazer um gloss super da hora!
Ingredientes:
- 10 ml de cera de abelha
- 5 ml de manteiga de karitê
- 10 ml de manteiga de cacau
- 10 ml de óleo de amêndoas doces
- 1 colher de café de cacau em pó
- 1 colher de café de mel
- 2,5 ml de vitamina
- 1 ml de essência de chocolate
Como fazer:
Derreta a cera, a manteiga de cacau e o óleo de amêndoas em fogo baixo.
Adicione o cacau em pó.
Mexa até dissolver por completo e desligue o fogo.
Espere esfriar um pouco, misture o mel, a vitamina E e a essência.
Coloque nas forminhas para gloss, tipo, aqueles potinhos quadradinhos.
Dicas:
Derreta os produtos em panela esmaltada.
Para variar os sabores, substitua o cacau em pó por essência com finalidade alimentícia.
PARA NASCER CABELO
Algumas pessoas se acostumam com a ausência de cabelos, mas muitas têm complexos, usando perucas, fazendo implantes, enfim, dando um jeitinho para esconder essa falha. Esta simpatia é muito antiga e poderosa, mas você têm que fazê-la com muita fé, senão o pedido não se concretiza. Faça o seguinte. Pegue sete fios do seu próprio cabelo, sete fios de cabelo de um bebê, sete fios de cabelo de um adolescente do mesmo sexo que você e coloque dentro de um vaso de cerâmica. Junte vinte e um grãos de feijão preto e jogue terra em cima. Regue com água filtrada, durante nove dias. Os pés de feijões ficarão bem viçosos. Depois disso, num terreno baldio você os plantará, com vaso e tudo, jogando por cima um papel escrito com a seguinte mensagem Aqui estão plantados meus cabelos, que nascerão e crescerão como estes pés de feijão, ficarão bonitos e nunca mais cairão. Porque eu não quero que eles caiam mais, nunca mais. Eu quero que cresçam, pelo poder da natureza e do Criador e assim será. Amém Dentro de pouco tempo seu cabelo começará a nascer novamente e você se sentirá uma nova pessoa. Nada melhor do que se sentir bem, para viver uma vida feliz.
PARA CABELOS SEMPRE OBEDIENTES E ASSENTADOS
Cabelos rebeldes são um tormento, principalmente se formam anéis, caracóis e ondas. Mantê-los sob controle exige o uso de muito fixador, o que não chega a ser muito romântico, quando você vai se encontrar com a pessoa amada, por exemplo, e ela quer lhe fazer um cafuné, oferta irrecusável. Existem inúmeros produtos no mercado que prometem quimicamente um bom resultado. Você pode até usar, mas só vai ficar satisfeito(a) se completar tudo com uma boa simpatia. Escolha um alisador de boa marca e de qualidade ou um produto que resolva seus cabelos. Antes de aplicá-lo, porém, lave seus cabelos, usando para isso água fervida numa panela de ferro, onde você tenha acrescentado o seguinte, conforme o caso Se mulher e morena, uma Dama de Espadas. Se mulher e loura, uma Dama de Ouros. Se mulher e ruiva, uma Dama de Copas. Se mulher e castanha, uma Dama de Paus. Se homem e moreno, um Rei de Espadas. Se homem e louro, um Rei de Ouros. Se homem e ruivo, um Rei de Copas. Se homem e castanho, um Rei de Paus. Depois de fervida a água e espera que ela amorne, retire a carta, seque-a sobre uma superfície quente e depois queime-a, espalhando as cinzas sobre sua própria cabeça, antes de lavá-la.
PARA OS CABELOS
Para fortalecer seus cabelos, tornando-o sedosos e macios ao mesmo tempo, pratique a seguinte simpatia, das mais conhecidas e utilizadas. Corte seus cabelos na primeira sexta-feira da Lua Crescente, tirando apenas o comprimento de sua unha do dedo mínimo esquerdo, no pé da unha. Recolha um pouco desses cabelos e espalhe-os num gramado bem verde e viçoso.
ARA CABELOS CRESPOS
Quem tem o cabelo muito liso gostaria de encrespá-lo para se sentir melhor. Há uma série de truques nos salões de beleza, mas muita gente ainda prefere recorrer a uma simpatia. Pegue sete fios de pêlos, retirados de seu púbis, coloque dentro de uma caixa de fósforo juntamente com sete fios de cabelos e jogue num rio cheio de ondas.
PARA COR NATURAL DOS CABELOS
Com o passar dos anos, a cabeleira vai assimilando o peso da idade e refletindo o interior da pessoa, que, quer queira ou não admitir, está envelhecendo. Só que muitas vezes apessoa não se sente envelhecida e quer que o seu exterior retrate seu interior. Aí é só usar uma simpatia apropriada. Tenha sempre consigo um pente feito de metal, qualquer metal, principalmente prata ou chumbo, penteando seus cabelos constantemente, mas apenas nas horas pares do dia. Jamais use pentes de osso em seus cabelos, que não quiser que eles percam o viço e a cor. Coisa semelhante acontece com o plástico. Eles deixam os cabelos elétricos e, com o tempo, tornam-nos opacos e sem vida.
Para Ter Cabelos Louros
A cor dos cabelos é uma questão de gosto. Morenas desejam ser louras, louras desejam ser ruivas, ruivas desejam ser morenas. Tingir os cabelos quimicamente pode danificá-los com o tempo. O melhor é usar um processo natural para impedir isso.Existe um segredo que poucas pessoas sabem, para se ter cabelos tingidos de louro, sem danificá-los. Se é esse o seu desejo, faça o seguinte. Pegue um ramo de hortelã e faça um chá, usando meio litro de água. Não precisa adoçar. Coe e deixe amornar. Após lavar os cabelos, enxágüe-os com essa água. Repita três vezes, em três dias seguidos, depois mande pintar os cabelos, na cor desejada. Após isso, é só tratá-los normalmente.
Para as Caspas
A caspa é o pesadelo constante de um grande número de pessoas e acaba se tornando um problema indesejável de difícil convivência. Existem shampus milagrosos que prometem a solução, mas nada como uma receita antiga e caseira. Resolva esse problema com esta simpatia. Pegue 50 gramas de jurubeba e deixe tampado em um recipiente com 1 litro de água mineral e um pente novo por cinco dias. No sexto dia, lave a cabeça e enxágüe com essa água. Deixe secar naturalmente, depois penteie os cabelos com o pente usado na simpatias. Repita quantas vezes forem necessárias.
PARA NASCER CABELO
Algumas pessoas se acostumam com a ausência de cabelos, mas muitas têm complexos, usando perucas, fazendo implantes, enfim, dando um jeitinho para esconder essa falha. Esta simpatia é muito antiga e poderosa, mas você têm que fazê-la com muita fé, senão o pedido não se concretiza. Faça o seguinte. Pegue sete fios do seu próprio cabelo, sete fios de cabelo de um bebê, sete fios de cabelo de um adolescente do mesmo sexo que você e coloque dentro de um vaso de cerâmica. Junte vinte e um grãos de feijão preto e jogue terra em cima. Regue com água filtrada, durante nove dias. Os pés de feijões ficarão bem viçosos. Depois disso, num terreno baldio você os plantará, com vaso e tudo, jogando por cima um papel escrito com a seguinte mensagem "Aqui estão plantados meus cabelos, que nascerão e crescerão como estes pés de feijão, ficarão bonitos e nunca mais cairão. Porque eu não quero que eles caiam mais, nunca mais. Eu quero que cresçam, pelo poder da natureza e do Criador e assim será. Amém Dentro de pouco tempo seu cabelo começará a nascer novamente e você se sentirá uma nova pessoa. Nada melhor do que se sentir bem, para viver uma vida feliz.
PARA CABELOS CRESPOS
Quem tem o cabelo muito liso gostaria de encrespá-lo para se sentir melhor. Há uma série de truques nos salões de beleza, mas muita gente ainda prefere recorrer a uma simpatia. Pegue sete fios de pêlos, retirados de seu púbis, coloque dentro de uma caixa de fósforo juntamente com sete fios de cabelos e jogue num rio cheio de ondas.
PARA COR NATURAL DOS CABELOS
Com o passar dos anos, a cabeleira vai assimilando o peso da idade e refletindo o interior da pessoa, que, quer queira ou não admitir, está envelhecendo. Só que muitas vezes a pessoa não se sente envelhecida e quer que o seu exterior retrate seu interior. Aí é só usar uma simpatia apropriada. Tenha sempre consigo um pente feito de metal, qualquer metal, principalmente prata ou chumbo, penteando seus cabelos constantemente, mas apenas nas horas pares do dia. Jamais use pentes de osso em seus cabelos, que não quiser que eles percam o viço e a cor. Coisa semelhante acontece com o plástico. Eles deixam os cabelos elétricos e, com o tempo, tornam-nos opacos e sem vida.
Para Cabelos Fascinantes
Os povos primitivos logo aprenderam como manter seus cabelos em ordem, criando pentes de espinhas de peixe, com espinhos de plantas, com madeira entalhada, depois com metais de todos os tipos e materiais refinados, como o marfim. Em cada período da civilização, um determinado material ganhou evidência, como o mais indicado para isso. Hoje, no entanto, temos a experiência de todos esses séculos de prática, mas usamos materiais vulgares, como o plástico, que apenas cumprem sua função, sem transmitir energia alguma. Ao contrário do que se espera, os pentes comuns de plástico roubam energia dos cabelos. Isso pode ser percebido pela simples presença da energia estática que faz com que, no escuro, ao pentear os cabelos, você veja faíscas saindo do pente. Para evitar isso e ter seus cabelos sempre equilibrados e não apenas assentados, use pente de madeira, adquirindo alguns, nas mais diversas espessuras, mas procurando aqueles cuja cor sejam o mais próxima possível da cor de seus cabelos.Se forem claros, madeira clara; se forem escuros, madeira escura.
Para Problemas no Couro Cabeludo
Caspa ou seborréia, queda de cabelos e doenças do couro cabeludo em geral podem se degenerar em coisas mais complicadas, fazendo com que você corra o risco de perder seus cabelos ou e ficar com aquelas horríveis falhas. Um dos meios de transmissão mais comuns é o uso de aparelhos não esterilizados por parte dos profissionais do ramo. Assim, é sempre bom se prevenir, fazendo o seguinte Sempre que cortar seus cabelos, ao retornar para casa, lave-os com água morna e seu xampu normal. Misture depois o suco de um limão, um copo de água benta e raspas de sabão de coco, até obter uma pasta. Aplique no couro cabeludo, massageando com as pontas dos dedos. Enxaguar e usar novamente seu xampu preferido. Observação: Tudo isso pode ser melhorado ainda mais se você deixar para cortar seus cabelos conforme as fases da Lua. Se quiser que cresçam logo, na Lua Crescente. Se quiser que se mantenham, na Lua Nova. Se quiser que aumentem, na Lua Cheia. Se quiser que demorem para crescer, na Lua Minguante.
Para Embelezar os Cabelos
Os cabelos são um importante detalhe de beleza da mulher e devem receber também cuidados de especialistas, com bons produtos de beleza também. Nesses casos, gastar um pouquinho mais pode ser a diferença entre cabelos secos e quebradiços e outros, cheios de vida e brilho. Além disso, para mantê-los sempre bonitos, fortes e viçosos, faça a seguinte simpatia Toda Lua Cheia, molhe os cabelos e, sob o luar, corte uma pequena mecha. Coloque-a num envelope, lacre-o, depois enterre-o junto ao tronco de uma árvore bem sólida e bonita.
Para Condicionar os Cabelos
Caso você resolva fazer a simpatia anterior, para embelezar seus cabelos, pode e deve complementá-la com esta, que tornará seus cabelos mais maleáveis e fáceis de pentear, com o caimento que você deseja. Se tem cabelos secos, misture um ovo cru batido, com um pouco de óleo de oliva, massageie os cabelos com isso, depois aplique a lama. Se os cabelos são oleosos, misture um pouco de cerveja preta à lama que aplicará neles.Evite usar secador.
Para Alisar os Cabelos
Há diversos produtos no mercado, destinados a alisar os cabelos, eliminando as ondas que tanto desespero causa em muitas pessoas. Com certeza você, que tem cabelos encaracolados, deve conhecer a maioria deles. Alisar os cabelos já não oferece tantos problemas. A questão é conservá-los lisos, poislogo eles voltam a encaracolar. Para isso, nada como uma simpatia adequada. Na próxima vez em que aplicar qualquer alisador nos cabelos, passe a dormir com umpires branco, de boca para baixo, sob seu travesseiro.
Para a Calvície
Questões genéticas e hereditárias determinam o tipo de cabeleira que você terá. Se há predisposição para a calvície em sua família, é bom cuidar de seus cabelos logo cedo, inclusive antecipando implantes para evitá-la no futuro. Não há muito o que ser feito nesses casos, a não ser tentar retardar ao máximo a queda dos cabelos. Se você tem tendência a isso, experimente a seguinte simpatia. Peça à mãe de um recém-nascido ou a diversas delas, que guardem todos os fios de cabelo que recolherem do travesseirinho do nenê. Vá guardando isso num envelope branco. Quando tiver juntado uma boa quantidade, coloque tudo dentro de um relique ou breve, feito com tecido branco, juntamente com a seguinte oração "Guardai, pois, as palavras do Senhor e cumpri-as rigorosamente, paras que prospereis em tudo que fizerdes. Vós todos estais hoje perante o Senhor, vosso Deus: os cabeças de vossas tribos, vossos anciãos e os vossos oficiais e todos se apresentarão de cabeças
Para Escurecer os Cabelos
Quando os cabelos começam a branquear, há uma verdadeira guerra para fazê-los retornar à cor original. Produtos existentes no mercado prometem isso, mas são caríssimos e exigem manutenção periódica, o que significa mais custo, sem que se possa garantir o resultado futuro. Uma simpatia muito comum no interior pode ser a solução, se você se prevenir, fazendo-a assim que notar os primeiros fios de cabelos brancos. Para isso, na Lua Crescente, ferva dois litros de água numa panela de ferro. Quando levantar fervura, acrescente um punhado de folhas verdes de azinheiro. Tampe e deixe amornar. Depois coe e guarde num recipiente escuro. Dia sim, dia não, lave os cabelos, depois aplique um pouco desse líquido. Deixe por sete minutos, depois enxágüe. Se quiser, você pode misturá-lo com seu xampu preferido.
PARA NASCER CABELO
Algumas pessoas se acostumam com a ausência de cabelos, mas muitas têm complexos, usando perucas, fazendo implantes, enfim, dando um jeitinho para esconder essa falha. Esta simpatia é muito antiga e poderosa, mas você têm que fazê-la com muita fé, senão o pedido não se concretiza. Faça o seguinte. Pegue sete fios do seu próprio cabelo, sete fios de cabelo de um bebê, sete fios de cabelo de um adolescente do mesmo sexo que você e coloque dentro de um vaso de cerâmica. Junte vinte e um grãos de feijão preto e jogue terra em cima. Regue com água filtrada, durante nove dias. Os pés de feijões ficarão bem viçosos. Depois disso, num terreno baldio você os plantará, com vaso e tudo, jogando por cima um papel escrito com a seguinte mensagem "Aqui estão plantados meus cabelos, que nascerão e crescerão como estes pés de feijão, ficarão bonitos e nunca mais cairão. Porque eu não quero que eles caiam mais, nunca mais. Eu quero que cresçam, pelo poder da natureza e do Criador e assim será. Amém Dentro de pouco tempo seu cabelo começará a nascer novamente e você se sentirá uma nova pessoa. Nada melhor do que se sentir bem, para viver uma vida feliz.
Para Problemas no Couro Cabeludo
Caspa ou seborréia, queda de cabelos e doenças do couro cabeludo em geral podem se degenerar em coisas mais complicadas, fazendo com que você corra o risco de perder seus cabelos ou e ficar com aquelas horríveis falhas. Um dos meios de transmissão mais comuns é o uso de aparelhos não esterilizados por parte dos profissionais do ramo. Assim, é sempre bom se prevenir, fazendo o seguinte: Sempre que cortar seus cabelos, ao retornar para casa, lave-os com água morna e seu xampu normal. Misture depois o suco de um limão, um copo de água benta e raspas de sabão de coco, até obter uma pasta. Aplique no couro cabeludo, massageando com as pontas dos dedos. Enxaguar e usar novamente seu xampu preferido. Observação: Tudo isso pode ser melhorado ainda mais se você deixar para cortar seus cabelos conforme as fases da Lua. Se quiser que cresçam logo, na Lua Crescente. Se quiser que se mantenham, na Lua Nova. Se quiser que aumentem, na Lua Cheia. Se quiser que demorem para crescer, na Lua Minguante.
Para Embelezar os Cabelos
Os cabelos são um importante detalhe de beleza da mulher e devem receber também cuidados de especialistas, com bons produtos de beleza também. Nesses casos, gastar um pouquinho mais pode ser a diferença entre cabelos secos e quebradiços e outros, cheios de vida e brilho. Além disso, para mantê-los sempre bonitos, fortes e viçosos, faça a seguinte simpatia: Toda Lua Cheia, molhe os cabelos e, sob o luar, corte uma pequena mecha. Coloque-a num envelope, lacre-o, depois enterre-o junto ao tronco de uma árvore bem sólida e bonita.
A BÍBLIA DA FEITIÇARIA
O Manual Completo dos Feiticeiros
INTRODUÇÃO
A feitiçaria moderna, na Europa e nos EUA, é um fato. Ela não é mais uma relíquia subterrânea da qual a camada restante, e até mesmo a própria existência, é acirradamente disputada pelos antropologistas. Ela não é mais o passatempo bizarro de um punhado de excêntricos. Ela é a prática religiosa ativa de um número substancial de pessoas. Sobre o quão grande é este número não existe certeza, porque a Wicca, além do coven individual, não é uma religião hierarquicamente organizada. Onde organizações formais de fato existem, como nos Estados Unidos, isto se aplica à razões legais e tributárias, não para uniformidade dogmática ou o número de membros. Porém os números são, por exemplo, suficientes para manter uma variedade de periódicos ativos e para justificar a publicação de um corpo literário sempre crescente, em ambos os lados do Atlântico; portanto uma estimativa razoável seria a de que os adeptos da Wicca em atividade chegam agora à dezenas de milhares, no mínimo. E toda evidência sugere que o número está crescendo com regularidade.
A Wicca é ao mesmo tempo uma religião e uma Arte – aspectos que Margaret Murray distinguiu como “uma feitiçaria (Arte) ritual” e “feitiçaria operativa”. Como uma religião – tal como em qualquer outra religião, seu propósito é colocar o indivíduo e o grupo em harmonia com o princípio criativo Divino do Cosmos, e suas manifestações, em todos os níveis. Como uma Arte, seu propósito é atingir fins práticos por meios psíquicos, para propósitos bons, úteis e de cura. Em ambos os aspectos, as características distintas da Wicca são a sua atitude orientada na Natureza, sua autonomia em pequenos grupos sem qualquer vazio entre o sacerdotado e a “congregação”, e sua filosofia de polaridade criativa em todos os níveis, desde Deusa e Deus até Sacerdotiza e Sacerdote.
Este livro está relacionado ao primeiro aspecto – Wicca como uma religião, ritualmente expressada.
As feiticeiras, como um todo, gostam de ritual – e elas (*) são pessoas naturalmente alegres. Como os adoradores de outras religiões, elas crêem que o ritual apropriado as eleva e enriquece. Mas seus rituais tendem à ser mais variados do que em outros credos, variando desde o formal até o espontâneo e também diferenciando de coven para coven, segundo suas preferências individuais e as escolas de pensamento (Gardneriana, Alexandrina, ‘Tradicional’, Celta, Dianica, Saxônica, e daí para frente) nas quais eles se basearam.
(* Sendo a Tradição Mágica essencialmente feminina, eu traduzi Witch/es como Feiticeira/s, apesar de que uma tradução “normal” seria no masculino devido ao costume imposto pela sociedade em se dar preferência à este gênero ao se referir à coletividade humana).
Mas ao passo que o reavivamento Wicca do século vinte amadurece (e em muitos covens passa para sua Segunda geração), a animosidade entre escolas que frustrava seus primeiros anos tem diminuído considerávelmente. Os dogmáticos ainda se criticam entre si nos periódicos – mas seu dogmatismo é condenado de forma crescente por outros correspondentes como sendo inútilmente separatista; e a maioria dos covens comuns está simplesmente entediada com isso. Os anos lhes tem ensinado que seus próprios caminhos funcionam – e se (como nosso próprio coven) eles tem amigos de outros caminhos, estes também vieram à compreender que aqueles caminhos também funcionam.
Desta maior tolerância mútua surgiu um entendimento mais amplo da base comum da Wicca, seu espírito essencial que pouco tem à ver com os detalhes da forma. Também, com a troca de idéias através da palavra escrita e através do contacto pessoal mais aberto, há um corpo crescente de tradição compartilhada do qual todos podem usufruir.
É como uma contribuição para este crescimento que oferecemos nosso presente livro. Para ser válido, e útil, qualquer contribuição desse tipo deve ser um ramo brotando de modo saudável a partir do tronco mãe da nossa história racial, tanto quanto as formas específicas da prática Wicca como ela agora sustenta (em nosso caso as formas Gardneriana/Alexandrina); e isso é o que temos trabalhado para realizar.
Afortunadamente, existe uma estrutura que é comum para todos os caminhos Wicca, e deveras à muitos outros: as Oito Celebrações.
O moderno calendário da feiticeira (qualquer que seja sua ‘escola’) tem sua raiz, como aquele de seus antecessores através dos séculos incontáveis, nos Sabás, celebrações sazonais que marcam pontos vitais no ano natural, pois a Wicca, como temos sublinhado, é uma religião e Arte orientada à Natureza. E uma vez que, para as feiticeiras, a Natureza é uma realidade de níveis múltiplos, seu ‘ano natural’ inclui muitos aspectos – agrícola, pastoral, vida selvagem, botânica, solar, lunar, planetária, psíquica – sendo que as marés e ciclos destes todos afetam ou refletem entre si. Os Sabás são os caminhos das feiticeiras para celebrar, e colocá-las em sintonia, com essas marés e ciclos. Pois homens e mulheres também são parte da Natureza de múltiplos níveis; e as feiticeiras se esforçam, consciente e constantemente, para expressar aquela unidade.
Os Sabás das feiticeiras são oito:
IMBOLG, 2 de Fevereiro (também chamado Candlemas, Oimelc, Imbolc).
EQUINÓCIO DA PRIMAVERA, 21 de Março (Alban Eilir).
BEALTAINE, 30 de Abril (Beltane, May Eve, Noite de Walpurgis, Cyntefyn, Roodmass).
PLENO VERÃO, 22 de Junho (Solstício de Verão, Alban Hefin; algumas vezes também chamado Beltane).
LUGHNASADH, 31 de Julho (August Eve, Lammas Eve, Véspera do Dia da Senhora).
EQUINÓCIO DE OUTONO, 21 de Setembro (Alban Elfed).
SAMHAIN, 31 de Outubro (Hallowe’en, Véspera do dia de Todos os Santos, Calan Gaeaf).
YULE, 22 de Dezembro (Solstício de Inverno, Alban Arthan).
Dentre estes, Imbolg, Bealtaine, Lughnasadh e Samhain são os ‘Sabás Maiores’; os Equinócios e Solstícios são os ‘Sabás Menores’. (As datas reais dos Equinócios e Solstícios podem variar em um dia ou dois no uso tradicional, e também de ano a ano em fato astronômico, ao passo que os Sabás Maiores tendem à envolver ambos “Véspera” e o “Dia” seguinte). Os Sabás Menores solar-astronômicos são ao mesmo tempo mais antigos e mais novos do que os Sabás Maiores naturais-de fertilidade – mais antigos no sentido em que eles foram a preocupação altamente sofisticada dos misteriosos povos Megalíticos que antecederam aos Celtas, Romanos e Saxões nas margens do Atlântico Europeu por milhares de anos; mais novos, no sentido que os Celtas – talvez a maior influência única ao dar à Antiga Religião o formato ritual verdadeiro no qual ela tem sobrevivido no Ocidente – não eram de orientação solar e celebravam apenas os Sabás Maiores, até o que Margaret Murray denominou como os “invasores solsticiais” (os Saxões e outros povos que se estenderam na direção oeste com a queda do Império Romano) se reuniu e interagiu com a tradição Celta. E ainda assim eles trouxeram apenas os Solstícios: “Os Equinócios, diz Murray, “nunca foram observados na Bretanha”. (Para algumas reflexões sobre como eles subsequentemente entraram no folclore Bretão, vide página 72 (do original) – e lembre-se de que, desde Murray, mais coisas se tem aprendido sobre astronomia Megalítica, que pode muito bem ter deixado enterradas as memórias do povo para serem revividas mais tarde).
Tudo isso é refletido no fato de que são os Sabás Maiores que tem nomes Gaélicos. Dentre as várias formas que as feiticeiras utilizam, nós escolhemos as Gaélico Irlandesas, por motivo pessoal e histórico – pessoal porque vivemos na Irlanda, onde aquelas formas possuem significados vivos; histórico, porque a Irlanda foi o único país Celta que nunca foi absorvido pelo Império Romano, e portanto é na mitologia Irlandesa e em sua antiga linguagem que os contornos da Antiga Religião podem ser muitas vêzes mais claramente discernidos (1). Mesmo a Igreja Celta permaneceu obstinadamente independente do Vaticano por muitos séculos (2).
(1) A Irlanda virtualmente escapou dos horrores da perseguição à feitiçaria. Dos séculos quatorze ao dezoito apenas um punhado de processos por feitiçaria estão registrados. “Na Inglaterra e na Escócia durante o período medieval e períodos posteriores de sua existência, a feitiçaria era uma ofensa contra as leis de Deus e do homem; na Irlanda Céltica as relações com o invisível não eram consideradas com tal aversão, e deveras possuíam a sanção de costume e antiguidade” (St John D. Seymour, Feitiçaria e Demonologia Irlandesa, p.4 – e Seymour era um teólogo cristão escrevendo em 1913.) Nem existe qualquer evidência de tortura sendo usada para extrair provas nos poucos processos Irlandeses por feitiçaria, exceto pelo açoitamento em 1324 de Petronilla of Meath, serviçal da Dama Alice Kyteler, por ordens do Bispo de Ossory, e que “parece ter sido conduzido ao que pode ser considerado uma maneira puramente não oficial” (ibid.,pp.18-19).
(2) Existe uma pequena comunidade russa Ortodoxa na Irlanda, baseada nos exilados da Russia; de modo interessante, “ela atraiu um grande número de Irlandeses convertidos, alguns dos quais consideram-na como a Igreja Irlandesa que existia desde antes da chegada de São Patrício até os anos que seguiram à invasão de Henrique e o estabelecimento das ligações com Roma” (Sunday Press, Dublin, 12 de Março de 1978).
Mais ainda, a Irlanda é ainda predominantemente agrícola e uma comunidade de dimensões humanas, onde as memórias do povo ainda florescem as quais em outros lugares morreram na selva de concreto. Arranhe a camada superior do Cristianismo Irlandês, e voce chega de uma vez à rocha sólida do paganismo. Mas o uso das formas Gaélico Irlandesas é apenas a nossa escolha, e não gostaríamos de impô-la à ninguém.
Por que escrevemos este livro, com suas sugestões detalhadas para rituais de Sabá, se não desejamos “impor” padrões à outras feiticeiras – o que nós muito certamente não fazemos ?
Nós o escrevemos porque oito anos dirigindo nosso próprio coven nos convenceu de que tal tentativa é necessária. E achamos que isso é necessário porque o Livro das Sombras, a antologia de Gerald Gardner de rituais herdados que – com o auxílio de Doreen Valiente – ele anexou junto à elementos modernos a fim de preencher os vazios e fazer um todo funcional, é surpreendentemente inadequado em um aspecto: os Oito Sabás.
O reavivamento da Wicca moderna, que se expande tão rápidamente, tem um débito enorme com Gerald Gardner, a despeito do tanto que ele possa ter sido criticado em certos aspectos. Seu Livro das Sombras é a pedra de fundação da forma Gardneriana da Wicca moderna, e também de seu ramo Alexandriano; e ele tem tido considerável influência sobre muitos covens Tradicionais. Doreen Valiente, também, merece a gratidão de cada feiticeira; algumas de suas contribuições ao Livro das Sombras se tornaram suas passagens mais estimadas – a Investidura, por exemploa declaração única e definitiva da filosofia Wicca. Mas por alguma razão, os rituais que o Livro determina para os Oito Sabás são deveras muito incompletos – nada tão completo e satisfatório como o resto. O resumo que Stewart deu à eles no Capítulo 7 de O Que As Feiticeiras Fazem (vide Bibliografia) pareceria incluir tudo o que Gardner teria que falar sobre eles. Tudo mais foi deixado à cargo da imaginação e criatividade dos covens.
Algumas feiticeiras podem sentir que isto é suficiente. A Wicca é, por fim, uma religião natural e espontânea, na qual todo coven é uma lei para si mesmo, e as formas rígidas são evitadas. Nada é exatamente o mesmo para dois Círculos em operação – e muito correto também, ou então a Wicca iria se fossilizar. Então por que não deixar estes rituais incompletos de Sabás como eles estão, usá-los como um ponto de partida e deixar cada Sabá tomar seu próprio curso ? Todo mundo conhece a “sensação” das estações ...
Nós sentimos que existem duas razões porque isso não é suficiente. Primeiro, os outros rituais básicos – traçar o Círculo, Atrair a [Influência da] Lua (?), a Investidura, a Lenda da Descida da Deusa, e outros – são todos substanciais, e tanto os novatos quanto os veteranos consideram-nos vivos e satisfatórios. A flexibilidade que uma boa Suma Sacerdotiza e um bom Sumo Sacerdote trazem à eles e os adornos planejados ou espontâneos que eles adicionam, meramente aperfeiçoam os rituais básicos e os mantém vibrantes e vívidos. Se eles voltassem para o esboço inicial, as pessoas comuns seriam capazes de fazer este tanto com eles?
Segundo, em nossa civilização urbana, infelizmente não é verdade que todo mundo conhece a “sensação” das estações, exceto muito superficialmente. Até mesmo muitos moradores do campo, com seus carros, eletricidade, televisão e supermercados padronizados de cidade (ou mesmo vila) comercial, estão notávelmente muito isolados do verdadeiro âmago da Natureza. O conhecimento arquirtípico das marés físicas e psíquicas do ano, que criaram tais conceitos como a rivalidade fraternal entre o Rei do Carvalho e o Santo Rei e sua união sacrificial com a Grande Mãe (apenas para tomar um exemplo) perfeitamente compreensível para nossos antepassados – conceitos que, junto com seu simbolismo, estão tão surpreendentemente espalhados no tempo e no espaço que eles devem ser arquetípicos: este conhecimento está virtualmente perdido para a consciência moderna.
Os arquétipos não podem ser erradicados, assim como ossos e nervos não podem; eles são também parte de nós. Mas eles podem ficar tão profundamente enterrados que se exige um esforço deliberado para reestabelecer uma comunicação saudável e produtiva com eles.
A percepção de muitas pessoas sobre os ritmos sazonais está hoje limitada à tais manifestações superficiais como cartões de Natal, ovos de Páscoa, banho de sol, folhas de outono e sobretudos. E para ser honesto, os rituais de Sabá do Livro das Sombras não vão muito mais fundo.
Para retornar à nós mesmos. O nosso é um coven Alexandriano – se devemos amarrar uma etiqueta em volta de nossos pescoços, pois não somos sectaristas por temperamento e princípio e preferimos simplesmente nos denominar ‘witches’ (feiticeiras/os). Temos muitos amigos Gardnerianos e Tradicionais e consideramos seus métodos tão válidos quanto os nossos. Fomos iniciados e treinados por Alex e Maxine Sanders, fundamos nosso próprio coven em Londres no Yule de 1970 e dali para frente seguimos nosso próprio julgamento (em um período enfrentando uma ordem de dispensar o coven e retornar à Alex para ‘instruções complementares’). Vimo-nos referidos como Alexandrianos “reformados” – o que tem alguma verdade, no sentido em que aprendemos a separar o inegável trigo do lamentável joio. Outros covens e feiticeiras solitárias, se separaram do nosso, no processo normal de crescimento, e desde que nos mudamos da Londres lotada para os campos e montanhas da Irlanda em Abril de 1976 ainda criamos outros; portanto nossa experiência tem sido variada.
Nosso coven é organizado sobre as linhas Gardneriana/ Alexandrina habituais; nominalmente, ela se baseia na polaridade do psiquismo da masculinidade e feminilidade. Ele consiste, na extensão em que é possível, de “sociedades operativas”, cada uma formada de um witch feminino e um witch masculino. Os sócios operativos podem ser um casal, um par de amantes, amigos, irmão e irmã, pais e filhos/as; não importa se a sua relação seja de tipo sexual ou não. O que importa é seu gênero psíquico, de forma que na operação mágica eles sejam os dois polos de uma bateria. A sociedade operativa senior é, naturalmente, a de Suma Sacerdotiza e Sumo Sacerdote. Ela é prima inter pares, a primeira entre os iguais; o Sumo Sacerdote é seu igual complementar (de outra forma, sua “bateria”não iria produzir qualquer eletricidade), mas ela é a líder do coven e ele o “Príncipe Consorte”.
Esta questão da ênfase matriarcal na Wicca tem sido a causa de considerável discussão, mesmo entre feiticeiras – com tudo, desde as pinturas nas cavernas até Margaret Murray, sendo usado como munição nas tentativas de provar o que costumava ser feito, o que é a ‘verdadeira’ tradição. Tal evidência, honestamente examinada, é de fato importante – mas nós não achamos que ela seja a resposta completa. Deve-se dar mais atenção ao papel da Antiga Religião nas condições de hoje; em resumo, à quais trabalhos são os melhores agora, tanto quanto àqueles fatores que são atemporais. E tal como a observamos, a ênfase matriarcal é justificada em ambas estas considerações.
Primeiro, o aspecto atemporal. A Wicca, por sua verdadeira natureza, está especialmente relacionada com o desenvolvimento e o uso das “dádivas da Deusa” – as faculdades psíquica e intuitiva – e num grau pouco menor com a “dádiva do Deus”- as faculdades lógico-linear conscientes. Nenhum pode funcionar sem o outro, e a dádiva da Deusa deve ser desenvolvida e exercitada em ambos witches masculino e feminina. Mas permanece o fato de que, em geral, a mulher tem um começo mais rápido com a dádiva da Deusa, tal como o homem em geral tem um começo mais rápido com a musculatura. E dentro do Círculo a Suma Sacerdotiza (embora ela chame para si a sua Suma Sacerdotiza para invocar) é o canal e a representante da Deusa.
Isso não é apenas um costume Wicca, é um fato da Natureza. “Uma mulher,” diz Carl Jung, “pode se identificar diretamente com a Mãe Terra, mas um homem não pode (exceto em casos psicóticos)”.(Obras Coletadas, volume IX, parte 1, 2a edição, parágrafo 193). Nesse ponto, a experiência Wicca apoia totalmente aquela da psicologia clínica. Se a ênfase Wicca é sobre a dádiva da Deusa (apoiada e energizada pela dádiva do Deus), então na prática ela deve ser também sobre a Sacerdotiza (apoiada e energizada pelo Sacerdote). (Para um estudo mais profundo sobre este relacionamento mágico, leia quaisquer dos romances de Dion Fortune – especialmente A Sacerdotiza do Mar e Magia da Lua).
Segundo, os aspectos do “agora” – as exigencias do nosso presente estado de evolução. Um livro inteiro poderia ser escrito sobre isso; aqui, podemos simplesmente super-simplificar a história considerávelmente – mas sem, acreditamos, distorcer sua verdade básica. De modo geral, até tres ou quatro mil anos atrás a raça humana vivia (como os outros animais embora em um nível muito complexo) através da “dádiva da Deusa”; em termos psicológicos, a atividade humana era dominada pelos
Da mente subconsciente, a consciência estando ainda no [plano] total secundário. A sociedade era geralmente matrilinear (o conhecimento descendendo através da mãe) e muitas vezes também matriarcal (governado pela mulher), com a ênfase sobre a Deusa, a Sacerdotiza, a Rainha, a Mãe (3). “Antes da civilização se estabelecer, a terra é uma divindade universal... uma criatura viva; uma mulher, porque ela recebe o poder do sol, é portanto animada e fertilizada... O elemento mais antigo e mais profundo em qualquer religião é o culto ao espírito da terra em seus muitos aspectos”. (John Michell, O Espírito da Terra, pag.4). À isso deve ser adicionado - certamente ao passo que a consciência da humanidade aumentou – também o aspecto da Rainha do Céu; pois, para a humanidade nesta fase, a Grande Mãe foi o útero e o nutridor de todo o cosmos, matéria e espírito do mesmo modo (4).
(3) O Antigo Egito foi um exemplo de caderno à respeito do estágio de transição; ele era matrilinear porém patriarcal, ambas realeza e propriedade passando diretamente através da linha feminina. Todos os Faraós masculinos ocupavam o trono porque eles eram casados com as herdeiras: “A rainha era rainha por direito de nascença, o rei era rei por direito de casamento” (Margaret Murray, O Esplendor que era o Egito, pag.70), daí o hábito Faraônico de casar irmãs e filhas para manter o direito ao trono. A herança matrilinear era a regra em todos os níveis da sociedade e persistiu até o fim; este foi o porque de primeiro Júlio Cesar e depois Antônio desposaram Cleopatra, o último Faraó – esta era a única maneira pela qual eles poderiam ser reconhecidos como regentes do Egito. Otávio (Augusto César) também se ofereceu para casar com ela, após a derrota e morte de Antônio, mas ela preferiu o suicídio (ibid.págs.70-71).Roma confrontou o mesmo princípio um século depois na outra margem de seu Império, na Bretanha, quando o escárnio dos Romanos sobre este (seja grosseiro ou deliberado) provocou a revolta furiosa dos Icenicos (?) Celtas sob Boudicca (Boadicea). (Vide Feiticeiras de Lethbridge, págs. 79-80).
(4) Os Ciganos Kalderash (um dos três principais grupos Romenos) mantém que O Del, O (masculino) Deus, não criou o mundo. “A terra (phu), isto é, o universo, existia antes dele; ela sempre existiu. ‘Ela é a mãe de todos nós’ (amari De) e é chamada De Develeski, a Divina Mãe. Nisto reconhece-se um traço do matriarcado primitivo”. (Jean-Paul Clébert, Os Ciganos, pág.134).
Devemos enfatizar que esta interpretação não é um modo de voltar ao passado a fim de introduzir qualquer idéia de ‘inferioridade intelectual feminina’. Pelo contrário, como aponta a Pedra de Merlin (Os Papéis do Paraiso, pág.210), as culturas de adoração à Deusa produziram “invenções nos métodos de agricultura, medicina, arquitetura, metalurgia, veículos com rodas, ceramica, texteis e a linguagem escrita”- nas quais as mulheres desempenharam uma participação completa (às vezes, como com a introdução da agricultura, a lider). Seria mais verdadeiro dizer que o intelecto em desenvolvimento foi uma ferramenta para criar o máximo possível encima daquilo que era natural, ao invés de (como se tornou mais tarde) ferramenta muitas vezes usada para distorcê-la ou esmagá-la.
Mas a longa escalada da consciência estava acelerando – e súbitamente (em termos de escala de tempo evolutiva) a mente consciente foi lançada em sua ascenção meteórica para a ditadura sobre as questões e o meio ambiente da humanidade. Inevitávelmente, isso foi expresso no monoteísmo patricarcal – a regra do Deus, o Sacerdote, o Rei, o Pai. (No berço da civilização do Mediterrâneo, os portadores dessa nova perspectiva foram os povos Indo-Europeus patrilineares, adoradores de Deus que conquistaram ou se infiltraram nas culturas indígenas matrilineares, de adoração à Deusa; pois quanto à historia da tomada do controle, e seu efeito na religião e a subsequente relação entre os sexos, Papéis do Paraíso de Ms Stone, acima citado, vale a pena ser lido). Foi um estagio necessário, embora trágico de forma sangrenta, na evolução da humanidade, e este envolveu, de forma igualmente inevitável, um certo afastamento – muitas vezes uma vigorosa supressão da parte do Estabelecido- do livre exercício da dádiva da Deusa.
Isso é uma super-simplificação suficiente para deixar um historiador de cabelo em pé, porém alimento para a reflexão. E aqui tem mais. Aquele estágio da evolução já passou. O desenvolvimento da mente consciente (certamente dentre os melhores exemplos disponíveis para a humanidade) alcançou o seu ápice. Nossa próxima tarefa evolucionária é a de reviver a dádiva da Deusa em todo o seu potencial e combinar os dois – com perspectivas inimagináveis para a raça humana e o planeta em que vivemos. Deus não está morto; ele é um viúvo (grass-widower-?), aguardando a readmissão de seu Consorte exilado. E se a Wicca deve desempenhar seu papel nisto, uma ênfase especial sobre aquilo que é para ser redespertado é uma necessidade prática, de forma à restaurar o equilíbrio entre as duas Dádivas (5).
(5) Enquanto este livro ia ser impresso, nós lemos o livro novamente publicado de Annie Wilson A Virgem Sábia. Em sua Seção Quatro, “O Coração da Matéria”, ela lida em profundidade com esta questão da evolução da consciência e tem algumas coisas muito perspicazes para dizer sobre suas implicações psicológicas, espirituais e sexuais (no sentido mais amplo). Ela também conlui que uma nova síntese, de potencial excitantemente criativo, é não apenas possível mas urgentemente necessário se nós, no Ocidente, “devemos equilibrar nossa aguda desigualdade”. Essa é uma leitura muito útil para ter uma maior compreensão sobre a natureza, função e relacionamento entre homem e mulher.
Pois o equilíbrio é, e deve ser, o porquê enfatizamos ambas qualidades essenciais do homem e da mulher num trabalho em sociedade na Wicca e a recomendação de a Suma Sacerdotiza ser reconhecida como “primeira entre os iguais’ em seu próprio relacionamento com seu Sumo Sacerdote e o coven – um delicado equilíbrio com algumas associações, mas a nossa experiência própria (e nossa observação sobre outros covens) nos convence de que vale a pena buscar esse modo.
Alguém poderia também salientar que nesse tempo de agitação espiritual, e reavaliação religiosa em larga escala, o Catolicismo, o Judaismo, o Islã e muito do Protestantismo ainda se agarram obstinadamente ao monopolio masculino do sacerdotado como sendo ‘determinado por meio divino’; a Sacerdotiza ainda é banida, para o grande empobrecimento espiritual da humanidade. A Wicca pode também ajudar à recuperar este equilíbrio. E toda Sacerdotiza Wicca ativa sabe por sua própria experiência o quão grande é o vazio a ser preenchido – deveras, há ocasiões onde é difícil não ser engolfado por este (e mesmo ocasiões, que isso seja sussurrado, onde sacerdotes e ministros de outras religiões vêm à ela em caráter não-oficial para pedir auxílio, frustrados devido à sua própria falta de colegas femininas).
Após esta divagação necessária - voltemos à estrutura do coven.
O ideal de um coven, consistindo inteiramente de associações operativas é, naturalmente, raras vezes alcançado; sempre haverá um ou dois membros sem um par.
Um membro feminino é nomeado como a Donzela; ela é de fato uma Suma Sacerdotiza assistente para propósitos rituais –embora não necessariamente na esfera da liderança e autoridade. O papel da Donzela varia de coven para coven, mas a maioria acha útil ter uma, para desempenhar um papel particular nos rituais. (A Donzela geralmente – em nosso coven, de qualquer forma – tem seu próprio parceiro de trabalho simplesmente como qualquer outro membro do coven).
Neste livro, nós admitimos a estrutura acima – Suma Sacerdotiza, Sumo Sacerdote, Donzela, alguns pares operativos e um ou dois membros sem par.
Com relação aos Sabás – em nosso coven nós iniciamos, como se poderia esperar, adotando o Livro das Sombras ao passo que cada um ingressava, aplicando imediatamente um pouco de criatividade ao material limitado que este oferecia e deixando-a se desenvolver dentro de uma celebração do coven. (Sejamos bem claros quanto à isto, senão toda esta análise séria irá confundir alguém; todo Sabá deveria se desenvolver dentro de uma celebração). Porém ao longo dos anos passamos à considerar isso inadequado. Oito boas celebrações, cada uma começando com um pouco de ritual parcialmente herdado e parcialmente espontâneo, não eram suficientes para expressar o prazer, o mistério e a magia do ciclo do ano, ou a vazante e o fluxo das marés psíquicas que subjazem neste. Elas eram como oito pequenas melodias, agradáveis mas separadas, quando o que nós realmente queríamos era oito movimentos de uma sinfonia.
Então começamos à cavar e estudar, à buscar indícios sazonais em tudo, desde a Deusa Branca de Roberto Graves até Fasti de Ovid[io] (?), desde livros sobre tradições folclóricas até as teorias sobre os círculos de pedra, desde a psicologia Junguiana até a sabedoria sobre o clima. Férias arqueológicas na Grécia e Egito, e afortunadas visitas profissionais ao Continente, auxiliaram à ampliar nossos horizontes. Acima de tudo, talvez, o fato de nos movermos em meio ao campo, rodeados por plantas, árvores, colheitas, animais e clima de interesse prático para nós, nos trouxe face a face com a Natureza manifesta em nossas vidas diárias; seus ritmos começaram à ser verdadeiramente os nossos ritmos.
Nós tentamos descobrir o padrão anual por trás de tudo isso e aplicar o que aprendemos aos nossos rituais de Sabá. E tal como o fizemos, os Sabás começaram à ter vida para nós.
Nós sempre tentamos extrair um padrão, não impor um; e extraí-lo não é tão fácil. É uma tarefa complexa, porque a Wicca (6) é uma parte integral da tradição pagã ocidental; e as raízes desta tradição se espalharam amplamente, desde as terras Nórdicas até o Oriente Médio e o Egito, desde os estepes até o litoral do Atlântico. Enfatizar um fio da teia (digamos os Celtas, os Nórdicos ou os Gregos) e usar suas formas e símbolos particulares, porque voce está sintonizado com eles, é razoável e até mesmo desejável; mas isolar aquele fio, tentar rejeitar os outros como estranhos à este, é algo tão irreal e fadado ao fracasso quanto tentar apagar os genes dos pais de um bebê vivo. A Antiga Religião é também um organismo vivo. Seu espírito não é afetado pelo tempo, e a seiva que corre em suas veias não se altera – mas à qualquer tempo e lugar ele está em um estado particular de crescimento. Voce pode entrar em sintonia com aquele crescimento, encorajar e contribuir com ele e influenciar seu futuro; mas voce estará buscando problemas e desapontamento se voce distorcê-lo ou representá-lo de forma equivocada.
(6) Como a maioria das feiticeiras modernas, chamamos a Arte de “Wicca”. Isto se tornou um uso bem fundamentado e muito apreciado, e existem todas as razões para que assim continue – mas devemos ser também honestos e admitir que esta é efetivamente uma nova palavra, derivada de forma errada. O Inglês Antigo para ‘witchcraft’ era wicca-craeft, e não wicca. Wicca significava ‘um feiticeiro do gênero masculino’ (feminino wicce, plural wiccan), do verbo wiccian, “enfeitiçar, praticar feitiçaria”, o que o Oxford English Dictionary diz é “de origem obscura”. Para o OED, a trilha parece terminar aqui; mas a afirmação de Gardner que Wicca (ou, como ele a soletra, Wica) significa “a Arte do Sábio” é apoiada por Margaret Murray, que escreveu o tópico sobre Witchcraft na Encyclopaedia Britannica (1957). “O significado real desta palavra “witch” está aliado com ‘wit’, saber”. Robert Graves (A Deusa Branca, pág.173),discutindo sobre o salgueiro que na Grécia era consagrado à Hecate, diz: “Sua conexão com as feiticeiras é tão forte na Europa do Norte que as palavras ‘witch’ e ‘wicked’ (mau) são derivadas da mesma palavra antiga para salgueiro, que também expressa ‘wicker’ (vime). Para completar o quadro, ‘wizard’ (feiticeiro) realmente significava ‘um sábio’, sendo derivada do Inglês Médio Recente wys ou wis, ‘sábio’. Mas ‘warlock’, no sentido de ‘um witch masculino’, é Inglês Médio Recente de influência Escocesa e inteiramente depreciativo; sua raiz significa ‘traidor, inimigo, demônio’; e se os muito poucos witches masculinos modernos que se denominam warlocks se dessem conta de sua origem, eles se uniriam à maioria e compartilhariam o título de ‘witch’ com as suas irmãs.
Nós já salientamos que os Oito Sabás refletem dois temas distintos, com raízes históricas diferentes embora interativas: o tema solar e o tema da fertilidade natural. Eles não são mais separáveis, mas cada um deve ser compreendido caso ambos devam ser encaixados em nossa “sinfonia”.
À nós parecia que uma chave para esta compreensão seria reconhecer que dois conceitos da figura de Deus estavam envolvidas. A Deusa está sempre lá; ela muda seu aspecto (em ambos seus ciclos de fecundidade como a Mãe Terra e em suas fases lunares como a Rainha do Céu), mas ela está sempre presente. Entretanto o Deus, em ambos os conceitos, morre e é renascido.
Isto é fundamental. O conceito de um Deus sacrificado e renascido é encontrado em toda parte, voltando aos menores vestígios da pré-história; Osiris, Tammuz, Dionísio, Balder e Cristo são apenas algumas de suas formas posteriores. Contudo você procurará em vão através da história da religião por uma Deusa sacrificada e renascida – temporáriamente perdida de vista, talvez, como Perséfone, mas sacrificada, nunca. Tal conceito seria religiosamente, psicológicamente e naturalmente impensável (7).
(7) Nós cruzamos com apenas uma exceção aparente à esta regra. Na pág.468 de O Ramo Dourado Frazer diz: “Na Grécia, parece que a grande deusa Artemis tinha sua própria efígie anualmente enforcada em seu bosque sagrado de Condylea entre os montes Arcadianos, e lá dessa forma ela era conhecida pelo nome de O Enforcado”. Mas Frazer perdeu a idéia principal. “Artemis Enforcada” não é sacrifício – ela está no aspecto da Deusa Aranha Arachne/Ariadne/Arianrhod/(Aradia?), que desce para nos auxiliar por meio de seu fio mágico, e cuja teia espiral é a chave para o renascimento. (Vide James Vogh, O Décimo-Terceiro Zodíaco).
Daremos uma olhada, então, nestes dois temas de Deus.
A figura do Deus-Sol que domina os Sabás Menores dos solstícios e equinócios, é comparativamente simples; seu ciclo pode ser observado mesmo através de uma janela de um flat elevado. Ele morre e é renascido em Yule; começa à fazer o tecido (?) de sua jovem maturidade, e a impregnar a Mãe Terra com ele, através do Equinócio da Primavera; brilha no ápice de sua glória no Meio do Verão; resigna-se com o poder decrescente, e a influência que diminui sobre a Grande Mãe, através do Equinócio de Outono; e novamente enfrenta a morte e o renascimento na maré de Yule.
O tema da fertilidade natural é muito mais complexo; ele envolve duas figuras de Deus – o Deus do Ano Crescente (que aparece vez e outra na mitologia como o Rei do Carvalho) (8) e o Deus do Ano Decrescente (o Santo Rei). Eles são os gêmeos claro e escuro, cada um sendo o “outro self” do outro, eternos rivais, eternamente conquistando e sucedendo um ao outro. Eles competem eternamente pelo favor da Grande Mãe; e cada um, no ápice de seu reino de meio-ano, é sacrificialmente desposado com ela, morre em seu abraço e é ressucitado para completar o seu reinado.
(8) Sem dúvida, também relacionável ao Homem Verde ou Máscara Folhada cujas representações gravadas aparecem em tantas igrejas antigas.
‘Luz e escuridão’ não representam ‘bem e mal’; elas significam as fases expansiva e de contração do ciclo anual, uma tão necessária quanto a outra. A partir da tensão criativa entre as duas, e entre elas por um lado e a Deusa por outro lado, a vida é gerada.
Este tema de fato excede nos Sabás Menores de Yule e Meio de Verão. Em Yule o Santo Rei termina o seu reinado e cai para dar lugar ao Rei do Carvalho; no Meio de Verão o Rei do Carvalho é por sua vez substituido pelo Santo Rei.
Este é um livro de rituais sugeridos, não uma obra de análise histórica detalhada; assim sendo, aqui não é o lugar para explicar em profundidade simplesmente como nós extraímos o padrão acima. Porém acreditamos que qualquer pessoa que estude a mitologia Ocidental com uma mente aberta chegará inevitávelmente às mesmas conclusões gerais; e a maioria das feiticeiras provavelmente reconhecerá o padrão de imediato.
(Muitas delas poderão questionar muito razoávelmente: “Onde se encaixa o nosso Deus de Chifres nisto?” O Deus de Chifres é uma figura de fertilidade natural; as raízes de seu simbolismo remontam à épocas totêmicas e de caça. Ele é o Rei do Carvalho e o Santo Rei, os gêmeos complementares vistos como uma entidade completa. Nós sugeriríamos que Rei do Carvalho e o Santo Rei são uma sutileza que, desenvolvida na ampliação do conceito do Deus de Chifres como vida vegetal, tornou-se mais importante para o homem. Eles não o aboliram – eles meramente aumentaram nossa compreensão sobre ele.
No início de cada Seção deste livro, oferecemos maiores detalhes sobre o histórico de cada Sabá e explicamos como o utilizamos para criar o nosso ritual.
Mas para auxiliar à tornar mais claro o padrão geral, tentamos resumí-lo no diagrama da pág.26 (do original, que será traduzido à parte). Isto é apenas um resumo, mas o achamos muito útil, e esperamos que outras pessoas também o julguem útil.
Um ou dois comentários sobre ele são necessários. Primeiro, os ‘aspectos da Deusa’- Nascimento, Iniciação, Consumação, Repouso e Morte – são aqueles sugeridos na obra de Grave Deusa Branca. (Os escritos de Robert Graves, e aqueles de Doreen Valiente, tem sido de mais utilidade para nós em nossa pesquisa do que talvez quaisquer outros). Deve ser novamente enfatizado que estes não significam o nascimento e a morte da própria Deusa (um conceito impensável, como destacamos) mas a face que ela mostra ao Deus e aos adoradores dela no decorrer do ano. Ela não sofre a experiência muito embora ela presida sobre estas.
Segundo, o posicionamento do casamento e renascimento sacrificial do Rei do Carvalho e do Santo Rei, em Beltaine e Lughnasadh respectivamente, podem parecer um pouco arbitrários. Porque este é um ciclo de fertilidade, o espaçamento real de seus ritmos varia de região para região; então naturalmente, devido aos calendários de uma croft(???) de uma Highland Escocesa e um vinhedo Italiano (por exemplo) não mantém o mesmo compasso um em relação ao outro. Os dois sacrifícios aparecem em vários tempos na Primavera e no Outono; assim ao planejar um ciclo coerente de Sabás, uma escolha teve que ser feita. Bealtaine parecia a escolha óbvia para o casamento do Rei do Carvalho; mas o do Santo Rei (mesmo nos confinando aos Sabás Maiores, como parecia se encaixar) poderia ser ou Lughnasadh ou Samhain – sendo que em ambos, traços deste devem ser encontrados. Uma razão pela qual nós estabelecemos para Lughnasadh era a de que Samhain (Hallowe’en) já está tão carregado de significados e tradições que incorporar o sacrifício, casamento e renascimento do Santo Rei em seu ritual iria sobrecarregá-lo ao ponto de haver confusão. Cada Sabá, não importa o quão complexas sejam suas implicações, deve ter um tema central e uma mensagem clara. Novamente, o sacrifício do Santo Rei é também aquele do Rei do Milho – um tema popular obstinadamente indestrutível, como muitos costumes simbólicos indicam; (9) e Lughnasadh, não o Samhain, marca a colheita. Finalmente, nós tentamos sempre que possível incluir em nossos rituais sugeridos a essência dos ritos do Livro das Sombras; e aquilo para Lughnasadh, secreto como é, realmente aponta para esta interpretação. Esta é a única ocasião quando a própria Suma Sacerdotisa invoca a Deusa dentro de si mesma, ao invés de o Sumo Sacertdote o fazer por ela, talvez uma indicação de que neste Sabá ela está muito mais poderosamente no comando, e o Deus Sacrificial ainda mais vulnerável ? Para nós pareceu que sim.
(9) Leia Lar da Colheita de Thomas Tryon – um romance aterrador mas perspicaz, agora transformado em um filme muito bom.
Nota : Temos no original uma página com o resumo tal como acima mencionado.
Ao decidir como disponibilizar witches masculinos para os papéis de Deus Sol, Rei do Carvalho e Santo Rei, fomos governados por duas considerações: (1) que a Suma Sacerdotiza, como representante da Deusa, tem apenas um ‘consorte’ – seu parceiro de invocação, o Sumo Sacerdote – e que qualquer ritual que simbolize seu casamento deve ser com ele; e (2) que não é praticável ou desejável para o Sumo Sacerdote finalizar qualquer ritual simbólicamente ‘morto’, uma vez que ele é o líder masculino do coven sob a Suma Sacerdotiza e deve, por assim dizer, ser restaurado à disponibilidade no curso do ritual.
Em Bealtaine e Lughnasadh, portanto – os dois ritos de casamento e renascimento sacrificiais – nós temos o Sumo Sacerdote representando os papéis de Rei do Carvalho e Santo Rei, respectivamente. Em cada caso o ritual implica em seu casamento com a Grande Mãe, e sua ‘morte’; e antes de o drama ritual terminar, ele é renascido. O Deus Sol não é representado, como tal, nestes Sabás.
No Meio de Verão e Yule, contudo, todos os três aspectos do Deus estão envolvidos. No Meio de Verão o Deus Sol está no ápice de seu poder, e o Santo Rei ‘assassina’ o Rei do Carvalho. Em Yule,o Deus Sol passa pela morte e renascimento, e o Rei do Carvalho por sua vez ‘assassina’ o Santo Rei. Nessas duas ocasiões, a Deusa não é desposada, ela preside; e em Yule, adicionalmente, ela dá a luz ao Deus Sol renovado. Então para estes dois, nós temos o Sumo Sacerdote atuando como o Deus Sol, ao passo que o Rei do Carvalho e o Santo Rei são ritualmente escolhidos por sorteio (à menos que a Suma Sacerdotiza prefira nomeá-los) e coroados para seus papéis pela Donzela. Nós fomos cautelosos em incluir em cada ritual a dispensa formal do ator do Rei assassinado de seu papel (assim restaurando-o a seu lugar no coven para o resto do Sabá), e também uma explicação sobre o que acontece com o espírito do Rei assassinado durante seu meio ano vindouro de obscurecimento.
Este livro é sobre os Sabás. Mas os Esbás (reuniões não-festivas) e os Sabás tem uma coisa em comum: todos eles são realizados dentro de um Círculo Mágico, que é ritualísticamente construído , ou ‘lançado’, no início da reunião e ritualísticamente dispersado, ou ‘banido’, ao final. Estes rituais de abertura e fechamento, mesmo dentro da tradição Gardneriana/Alexandrina, tendem à variar em detalhes de coven para coven e podem também variar de ocasião para ocasião no mesmo coven, conforme o trabalho à ser feito e a decisão intuitiva ou consciente da Suma Sacerdotiza. Não obstante, cada coven tem seus rituais básicos de abertura e fechamento, contudo flexíveis; e este os utilizará em Esbás e Sabás da mesma forma. Geralmente o ritual de abertura inclui, em adição ao ‘lançamento’ real do Círculo, ‘Atraindo a Lua (???)’ (invocação do espírito da Deusa para dentro da Suma Sacerdotiza feita pelo Sumo Sacerdote) e a recitação da Investidura (o pronunciamento tradicional da Deusa à seus seguidores).
Outra característica comum dos oito Sabás, como estabelecido pelo Livro das Sombras, é o Grande Rito, o ritual da polaridade masculino-feminino encenado pela Suma Sacerdotiza e o Sumo Sacerdote.
Já que este livro consiste de nossas sugestões detalhadas para os rituais dos oito Sabás, ele seria portanto incompleto caso nós não apresentássemos também o nosso modo particular de conduzir o Ritual de Abertura, o Grande Rito e o Ritual de Encerramento. Assim, nós os incluimos como Seções I, II e III. Nós não sugerimos que os nossos são ‘melhores’ do que os de outros covens; mas eles estão pelo menos no mesmo estilo como os nossos rituais de Sabás sugeridos, portanto colocando os últimos em contexto ao invés de deixá-los sem cabeça nem pés. Também, esperamos que alguns covens achem útil ter uma forma para o Grande Rito simbólico, que o Livro das Sombras falha em fornecer.
Esperamos que não seja mais necessário neste último estágio nos defendermos contra a acusação de ‘trair segredos’ ao publicar nossas versões dos rituais de abertura, fechamento e o Grande Rito. Os rituais Gardnerianos básicos tem estado em ‘domínio público’ por muitos anos até agora; e assim tantas versões desses três em particular (alguns deturpados, e pelo menos um – por Peter Haining – desavergonhadamente negro) tem sido publicadas, que não fazemos qualquer pedido de desculpa por oferecer o que acreditamos serem versões coerentes e funcionais.
Além do mais, com a publicação de Feitiçaria para o Amanhã de Doreen Valiente, a situação da Wicca tem mudado. Sob o princípio de que ‘voce tem o direito de ser um pagão se voce quiser ser’, ela decidiu “escrever um livro que colocará a feitiçaria dentro do alcance de todos” (e ninguém é melhor qualificado para tomar aquela decisão do que o co-autor do Livro das Sombras). O Feitiçaria para o Amanhã inclui um Liber Umbrarum, seu Livro das Sombras completamente novo e muito simples para pessoas que desejam se iniciar e organizar seus próprios covens. Agora, assim como Gardner antes dela, ela está sento tanto elogiada como atacada por sua iniciativa. Para nós próprios, nós o recebemos de todo o coração. Desde que Stewart publicou O Que As Feiticeiras Fazem, há nove anos atrás, temos estado (e ainda estamos) abarrotados de cartas de pessoas pedindo para serem postas em contato com um coven em sua localidade. Nós não tivemos condições de prestar ajuda à maioria delas, especialmente porque estão espalhadas por todo o mundo. Futuramente iremos fazer referência ao Feitiçaria para o Amanhã para estas. A necessidade é genuína, ampla e crescente; e deixá-la insatisfeita por razões de um ‘segredo’ alegado é algo negativo e não realista.
De forma interessante, o que Doreen Valiente fez pela Wicca Gardneriana em Feitiçaria para o Amanhã, Raymond Buckland também o fez para outra tradição, Wicca Saxônica, em A Àrvore, O Livro Completo de Feitiçaria Saxônica (vide Bibliografia). Aquelem também, inclui um Livro das Sombras simples porém abrangente e procedimentos para auto-iniciação e a fundação de seu próprio coven. Nós achamos que muitos dos rituais em A Àrvore são admiráveis, embora nos sentíssemos menos felizes com relação aos oito ritos de Celebrações, que são até mesmo mais insuficientes do que aqueles no Livro das Sombras Gardneriano, e se resumem a pouco mais do que breves declamações faladas; eles estão baseados na idéia de que a Deusa rege o verão, de Bealtaine a Samhain,e o Deus o inverno, de Samhain a Bealtaine – um conceito ao qual nós não conseguimos nos sintonizar. Perséfone, é recolhida ao submundo no inverno, é apenas um aspecto da Deusa – um fato que sua lenda enfatiza ao fazer dela a filha da Grande Mãe.
Contudo, para cada um o seu próprio; é presunção ser muito dogmático, estando do lado de fora, com relação às outras tradições da Arte. O que importa é que qualquer um que deseje seguir o caminho da Wicca mas não consegue fazer contato com um coven estabelecido, agora tem duas tradições Wicca válidas abertas à ele(a) em formato impresso. O que ele(a) fizer dos rituais depende de sua própria sinceridade e determinação – mas isto seria igualmente verdadeiro se ele(a) se unisse à um coven estabelecido da forma normal.
Referindo-se novamente à O Que As Feiticeiras Fazem, há uma desculpa que Stewart gostaria de apresentar. Quando ele o escreveu, como um feiticeiro de primeiro ano, ele incluiu material que ele compreendeu como sendo ou tradicional ou originado de seus professores. Ele agora sabe que muito deste foi de fato escrito para Gardner por Doreen Valiente. Ela foi suficientemente gentil ao dizer: “Eu naturalmente aceito que voce não sabia disso quando voce o publicou; como poderia saber?” Então estamos alegres, por esta vez, de ter a oportunidade de contar exatamente o que aconteceu. E nós estamos gratos à ela por ter lido este manuscrito antes da publicação, à nosso pedido, para assegurar que nós nem a citamos sem reconhecimento e nem a citamos inadequadamente. (Uma desculpa similar, pelo jeito, ao vulto do já falecido Franz Bardon).
A ajuda de Doreen nos deu outra razão para incluir os rituais de Abertura, o Grande Rito e o de Encerramento tanto quanto as oito Celebrações; este nos capacitou à fornecer respostas definitivas à maioria (esperamos) das perguntas que as pessoas tem feito durante o quarto de século que se passou à respeito das fontes dos vários elementos no Livro das Sombras (ou pelo menos aquelas seções dele dentro do objetivo deste livro) e as circunstâncias de sua compilação. Acreditamos que já está na hora disso ser feito. A confusão e interpretações errôneas (algumas vezes inocentes, algumas vezes deliberadas) já duraram muito tempo, levando até mesmo à um distinto historiador do oculto como nosso amigo Francis King à chegar a conclusões erradas – se compreensível – sobre isto.
Esclarecer as fontes e origens não é ‘retirar o mistério dos Mistérios’. Os Mistérios não podem, devido à sua natureza, nem ao menos serem descritos em palavras; eles podem apenas ser experimentados. Mas eles podem ser invocados e ativados pelo ritual eficaz. Jamais se deve confundir as palavras e atos do ritual com o próprio Mistério. O ritual não é o Mistério – é um meio de contatá-lo e experimentá-lo. Alegar ‘preservar os Mistérios’ como uma desculpa para falsificar a história e ocultar o plágio está errado e é um prejuízo tanto para os próprios Mistérios como para àquelas pessoas para as quais voce ensina. Isso inclui, por exemplo, declarar ter copiado o Livro das Sombras da sua avó muitos anos antes de este ter sido realmente compilado, ou então ditar a obra de outros professores para fazer os estudantes acreditarem que é sua própria obra.
Os rituais neste livro são dados para trabalho dentro de um recinto, mas todos eles podem ser facilmente adaptados para trabalho ao ar livre onde isto seja felizmente possível. Por exemplo, velas podem ser acesas em lanternas ou vasos, e fogueiras acesas onde for adequado e seguro. (se voce trabalhar vestido de céu – isso é, despido – uma fogueira ajuda !)
Devido à cada um destes rituais ser realizado apenas uma vez ao ano, óbviamente ninguém vai sabê-los de cor do jeito que os rituais de Esbá são conhecidos. Assim as declarações pelo menos serão lidas do texto. A visão varia, então cabe à pessoa nesta incumbência se deverá, e quando, trazer uma das velas do altar – ou, se ele ou ela necessitar ambas as mãos, em chamar outro witch para segura-la. Para evitar repetição, nós não temos nos referido à isso exceto onde a experiência nos ensinou que isto é particularmente necessário; por exemplo, quando a Suma Sacerdotiza cobre seu rosto com um véu (em algumas ocasiões, incidentalmente, desde que o véu seja longo o suficiente, ela deveria segurar o texto dentro dele).
Acreditamos que seja de grande ajuda, sempre que possível, fazer uma breve reencenação antecipadamente. Isto precisará levar apenas cinco minutos, antes de o Círculo ser consagrado. Nenhuma declamação é lida; tudo o que se requer é que o Sumo Sacerdote ou Suma Sacerdotiza tenha o texto em sua mão, e que passe rápidamente pela sequência, explicando, “Então eu faço isso, e voce faz aquilo, enquanto ela fica em pé ali . . .” e assim por diante, para se assegurar que todos tem a sequência básica e quaisquer movimentos importantes bem claros. Isso não deprecia o próprio ritual; na verdade, isto o faz se desenvolver muito mais fácilmente quando chegar a hora e evita ‘SHEEPDOGGING – (ficar conduzindo/monitorando - ???)’ ou preocupação excessivos à respeito de possíveis falhas.
Nós adicionais a terceira parte do livro – “Nascimento, Casamento e Morte” – porque, novamente, sentimos que há necessidade disto. Ao longo do ritmo universal das estações, transcorre o ritmo das nossas vidas individuais. Toda religião sente a necessidade de um conhecimento sacramental dos marcos naquelas vidas – a recepção de novos filhos, a união do homem com a esposa, a despedida solene aos amigos falecidos. A Wicca não é uma exceção, embora o Livro das Sombras Gardneriano não ofereça rituais para qualquer desses acontecimentos. Assim nós damos as nossas próprias versões de Wiccaning ( Nascimento - ???), Casamento e Requiem, na esperança que outras pessoas possa achá-los úteis.
Adendo à Reimpressão de 1985
Desde que este livro foi publicado, nosso livro posterior O Caminho da Feiticeira surgiu (Robert Hale Ltd., 1984). Tanto quanto fornecer uma pesquisa geral sobre a prática da Arte, ele completa a tarefa que iniciamos aqui – a de estabelecer (novamente com a ajuda de Doreen Valiente) o formato e o texto exatos dos rituais de Gardner, a partir de seus manuscritos originais em posse de Doreen. Por exemplo, ele inclui sua própria versão mais completa do Grande Rito,e todas as passagens não rituais de seu Livro das Sombras.
Esperamos que os leitores considerem-no um volume útil e complementar ao presente.
Este livro foi escrito em Ballycroy, Co. Mayo, na costa Atlântica da Irlanda. Mas desde então, nosso trabalho tem exigido que nós mudássemos para mais perto de Dublin. Podemos receber correspondência através do endereço abaixo.
JANET FARRAR
STEWART FARRAR
Barfordstown Lodge,
Kells,
Co. Meath, Ireland.
Bealtaine de 1985.
A Estrutura
I O Ritual de Abertura
Com este ritual básico Wicca, nós estabelecemos nosso Templo – nosso local de culto e trabalho mágico. Ele pode se situar numa sala de estar com os móveis arrastados para os cantos; ele pode se situar, se tivermos sorte suficiente, num aposento que tenha sido escolhido exclusivamente para este propósito e usado para nenhum outro; ele pode se situar, caso o tempo e a privacidade o permitam, ao ar livre. Mas em qualquer local onde realizarmos nosso Sabá, este (de uma forma ou outra) é seu começo essencial, da mesma forma que o Ritual de Encerramento apresentado na Seção III é a sua conclusão essencial.
O Ritual de Abertura é o mesmo para cada um dos Sabás; onde houverem diferenças de detalhes, ou de mobília ou decoração do Templo, as mesmas serão indicadas no início de cada Seção de Sabá.
A Preparação
A área do Círculo é limpa e um altar é erguido no ponto ao Norte de sua circunferência. (vide desenho 1 – do original). Este altar pode ser uma mesa pequena (uma mesa de café é o ideal) ou meramente um pano estendido sobre o piso. Estão localizados sobre o altar:
O pentáculo no centro
a vela do Norte, atrás do pentáculo
um par de velas do altar, uma em cada lado
o cálice de vinho tinto ou mead (um tipo especial de bebida – N.doT.)
a vara
o chicote de fios aveludados
uma tigelinha de água
uma tigelinha com um pouco de sal dentro
as cordas (vermelho, branco e azul, cada uma com nove pés de comprimento)
a faca de cabo branco
o athame individual de cada witch (faca de cabo preto)
o incensador
um sininho de mão
um prato com bolos ou biscoitos
a espada, no chão em frente ao altar, ou sobre o próprio altar.
Um suprimento do incenso escolhido, e fósforos ou um acendedor de cigarros, devem estar ao alcance da mão próximos ao altar. (Achamos que uma vela menor poderia ser útil para levar a chama de uma vela para outra).
Uma vela é posicionada em cada um dos pontos ao Leste, Sul e Oeste na circunferência do Círculo, completando as quatro velas ‘elementais’ que devem queimar durante todo o ritual. (As localizações elementais são Leste, Ar; Sul, Fogo; Oeste, Água; e Norte, Terra).
Música deve ser disponibilizada. Para nós mesmos, criamos uma pequena biblioteca de fitas cassette C-120 com música apropriada, transferidas de discos ou outros cassettes, com cada parte de música repetida tantas vezes o quanto necessário para preencher todos os sessenta minutos de um lado da fita. Fitas cassette são ideais, porque elas podem ser reproduzidas em qualquer aparelho desde um hi-fi estéreo, caso sua sala de estar tenha um, até um toca fita portátil caso voces se reunam em qualquer outro lugar. É uma boa idéia regular o volume para ajustar as passagens mais altas antes do ritual,de outra forma voce poderá ficar inesperadamente ensurdecido e ter que se virar com isso em um momento impróprio.
Assegure-se de antemão que o recinto esteja suficientemente aquecido – especialmente se, como nós mesmos e a maioria dos covens Gardnerianos/Alexandrianos, voces normalmente operam vestidos de céu.
Apenas um lugar fora do próprio Círculo precisa estar vazio – o quadrante Nordeste, porque o coven permanece lá para começar, aguardando que a Suma Sacerdotiza lhes permita a entrada.
Tire o fone do gancho, acenda o incenso e as seis velas, comece a música, e voces estarão prontos para iniciar.
O Ritual
A Suma Sacerdotiza e o Sumo Sacerdote ajoelham-se perante o altar, com ele à direita dela. O restante do coven permanece fora do quadrante Nordeste do Círculo.
A Suma Sacerdotiza coloca a tigelinha com água sobre o pentáculo, introduz a ponta de seu athame na água (vide Desenho 2 – no original) e diz:
“Eu te exorciso, Oh criatura da água, que tu lances fora de ti todas as impurezas e máculas dos espíritos do mundo dos espectros; pelos nomes de Cernunnos e Aradia”. (Ou quaisquer outros nomes de Deus e Deusa que o coven utilize). (1)
(1) Ambas as consagrações estão muito vagamente baseadas naquelas de A Clavícula de Salomão, um grimório medieval, ou “gramática”, de prática mágica traduzido e editado por McGregor Mathers a partir de manuscritos do Museu Britânico e publicados em 1888. (Vide Bibliografia sobre Mathers). As palavras para a consagração das armas mágicas no Livro das Sombras de Gardner também seguem (e com muito mais proximidade) aquelas de A Clavícula de Salomão. Que estas eram empréstimo do próprio Gardner, mais do que parte do material tradicional que ele obteve do coven de New Forest que o iniciou, é sugerido pelo fato de que o Inglês deles corresponde àquele de Mathers, ao invés de derivar independentemente do Latim original. Não há problema naquilo; como a maioria dos empréstimos de Gardner, eles atendem à seus propósitos admirávelmente.
Ela deita seu athame e ergue a tigelinha de água com ambas as mãos. O Sumo Sacerdote coloca a tigelinha com sal sobre o pentáculo, introduz a ponta de seu athame no sal e diz:
“Que as bênçãos estejam sobre esta criatura de sal; que toda a malignidade e obstáculo sejam lançadas fora daqui, e que todo bem entre aqui; razão pela qual eu te abençôo, que tu possas me auxiliar, pelos nomes de Cernunnos e Aradia”. (1)
= (até aqui foi passado para o Fr.’.) =
Ele deita seu athame e derrama o sal dentro da tigelinha de água que a Suma Sacerdotiza está segurando. Então ambos depositam suas tigelinhas sobre o altar, e o Sumo Sacerdote sai do Círculo para permanecer com o coven.
A Suma Sacerdotiza traça o Círculo com a espada, deixando uma passagem na direção Nordeste (ao erguer sua espada à uma altura maior que as cabeças do coven assim que passa à frente das pessoas). Ela procede deosil (sentido horário) (2) de Norte a Norte, dizendo enquanto passa :
“Eu te conjuro, Oh Círculo de Poder, que sejais um local de reunião de amor, de prazer e verdade; um escudo contra toda crueldade e maldade; uma fronteira entre o mundo dos homens e os reinos dos Poderosos; uma fortaleza e proteção que preservará e conterá o poder que iremos gerar dentro de ti. Portanto eu te abençôo e te consagro, pelos nomes de Cernunnos e Aradia”.
Ela então abaixa a espada e admite o Sumo Sacerdote para dentro do Círculo com um beijo, girando com ele deosil. O Sumo Sacerdote admite uma mulher da mesma forma; aquela mulher admite um homem; e assim por diante, até que todo o coven esteja no Círculo.
A Suma Sacerdotiza levanta a espada e fecha a passagem, traçando aquela parte do Círculo da mesma forma que ela fez com o resto dele (3).
(2) Todos os movimentos mágicos envolvendo rotação ou circulação são normalmente realizados no sentido horário, ‘o caminho do Sol’. Isso é conhecido como ‘deosil’, do Gaélico (Irlandes deiseal, Escocês deiseil, ambos pronunciados aproximadamente ‘jesh’l’) significando ‘para a direita’ ou ‘para o Sul’. (Na Irlanda se diz “Deiseal’ – ‘Que [isso ] possa ir para a direita’ (?) – quando um amigo espirra). Um movimento anti-horário é conhecido como ‘widdershins’ (Médio Alto Alemão widersinnes, ‘em uma direção contrária’) ou ‘tuathal’ (Irlandes tuathal pronunciado ‘twa-h’l’, Escocês tuaitheal pronunciado ‘twa-y’l’) significando ‘para a esquerda, para o Norte, em uma direção errada’. Um movimento mágico widdershins é considerado negro ou malévolo, à menos que ele tenha um significado simbólico preciso tal como uma tentativa de regressar no tempo, ou um retorno à fonte preparatória para renascimento; em tais casos ele é sempre ‘desenrolado’ no curso correto por um movimento deosil – tanto que um Highlander Escocês uma dança da espada tuaitheal, porque ela é uma dança de guerra, e a termina em deiseil para simbolizar vitória. (Vide páginas 118, 134 e 169 para exemplos em nossos rituais – N.do T.: no original). Nós estaríamos interessados em ouvir da parte de witches do hemisfério sul (onde naturalmente o Sol se move no sentido anti-horário) sobre seus costumes em movimentos rituais, orientação dos elementos e posicionamento do altar
(3) Normalmente, ninguém sai ou entra no Círculo entre os rituais de consagração e banimento; porém caso seja necessário, deverá ser aberta uma passagem através de um movimento circular ritual em widdershins (anti horário) do athame e fechado imediatamente após o uso com um movimento circular em deosil (horário). (Espada e athame são ritualmente intercambiáveis). Vide, por exemplo, a página 53.
A Suma Sacerdotiza então nomeia três witches para fortalecer o Círculo (que ela já estabeleceu no elemento Terra) com os elementos de Água, Ar e Fogo.
A primeira witch carrega a tigelinha de água consagrada ao redor do Círculo, deosil de Norte a Norte, aspergindo o perímetro enquanto ele/ela prossegue. Então ele/ela asperge cada membro do coven um após o outro. Caso o oficiente seja um homem, ele termina aspergindo a Suma Sacerdotiza, que então o asperge; se for uma mulher, ela termina aspergindo o Sumo Sacerdote, que então a asperge. O portador da água então repõe a tigelinha no altar.
A Segunda witch carrega o incensador [devidamente em brasas] ao redor do perímetro, deosil de Norte a Norte, e o recoloca no altar.
A terceira witch carrega uma as velas do altar ao redor do perímetro, deosil de Norte a Norte, e a repõe sobre o altar.
Todos do coven erguem seus athames e ficam face ao Leste, com a Suma Sacerdotiza e o Sumo Sacerdote à frente (ele ficando à direita dela). A Suma Sacerdotiza diz :
“Vós Senhores das Torres de Vigia do Leste, vós Senhores do Ar; eu vos convoco, incito e chamo, para testemunhar os nossos ritos e para proteger o Círculo”.
Enquanto ela fala, ela traça o Pentagrama de Invocação da Terra com seu athame no ar à sua frente, portanto : (4)
(desenho da Invocação – vide original, página 39)
(4) Esse ritual das Torres de Vigia está óbviamente baseado no “Ritual Menor do Pentagrama” da Golden Dawn (vide Israel Regardie Golden Dawn, volume I, págs. 106-7 e, para material mais complexo sobre os Pentagramas de Invocação e Banimento, volume III, páginas 9-19). Incidentalmente, a Golden Dawn, e muitas witches, terminam os Pentagramas meramente retornando ao ponto de partida - isto é, omitindo o sexto traço de ‘selagem’. Como sempre, isto é um caso do que você “sente que é certo”.
Após traçar o Pentagrama, ela beija a lâmina de seu athame e o segura sobre seu coração por um ou dois segundos.
O Sumo Sacerdote e o resto do coven copia todos estes gestos com seus próprios athames; todos que estiverem sem athame usam seus dedos indicadores direitos.
A Suma Sacerdotiza e o coven ficam então frente ao Sul e repetem a chamada; dessa vez é para “Vós Senhores das Torres de Vigia do Sul, vós Senhores do Fogo ...”.
Eles então viram-se para o Oeste onde a chamada é para “Vós Senhores das Torres de Vigia do Oeste, vós Senhores da Água, vós Senhores da Morte e da Iniciação...”.
Eles então ficam de frente ao Norte, onde a chamada é mais extensa; a Suma Sacerdotiza diz:
“Vós Senhores das Torres de Vigia do Norte, vós Senhores da Terra; Boreas, tu guardião dos portais do Norte; tu Deus poderoso, tu Deusa gentil; nós vos convocamos, incitamos e chamamos, para testemunhar nossos ritos e proteger o Círculo.
Todos do coven recolocam seus athames sobre o altar, e todos exceto a Suma Sacerdotiza e o Sumo Sacerdote se dirigem ao Sul do Círculo, onde ficam olhando de frente para o altar.
O Sumo Sacerdote procede agora com a ‘invocação (?) da Lua’ sobre a Suma Sacerdotiza. Ela fica de costas para o altar, com a vara em sua mão direita e o chicote na esquerda, seguros contra seu peito na ‘posição de Osíris’ – as duas hastes seguras em seus punhos cerrados, seus pulsos cruzados, e as hastes cruzadas novamente sobre estes. (Vide ilustração 10 - do original, N.do T.). Ele se ajoelha diante dela.
O Sumo Sacerdote aplica na Suma Sacerdotiza o Beijo Quíntuplo, beijando-a no pé direito, pé esquerdo, joelho direito, joelho esquerdo, útero, seio direito, seio esquerdo e lábios. (Quando ele alcança o útero, ela abre seus braços na ‘posição de bênção’). Conforme vai executando, ele diz:
“Benditos sejam teus pés, que te conduziram nestes caminhos.
“Benditos sejam teus joelhos, que se dobrarão sobre o altar sagrado.
“Bendito seja teu útero, (5) sem o qual nós não existiríamos.
“Benditos sejam teus seios, formados em beleza (6).
“Benditos sejam teus lábios, que pronunciarão os Nomes Sagrados”.
(5) Quando uma mulher aplica o Beijo Quíntuplo à um homem (como no Sabá Imbolg) ela diz ‘falo’ ao invés de ‘útero’, beijando-o logo acima do pêlo púbico; e ‘peito, formado em força’ ao invés de ‘seios, formados em beleza’.
(6) De um poema de Aleister Crowley, originalmente dedicado à Tyche, Deusa da Fortuna. Adaptado para o uso da Arte por Gardner, que o apreciava muito.
Para o beijo nos lábios, eles se abraçam, por toda extensão, com os pés tocando os pés do outro.
O Sumo Sacerdote se ajoelha novamente perante a Suma Sacerdotiza, que retoma a ‘posição de bênção’, mas com seu pé direito um pouquinho para frente. O Sumo Sacerdote invoca:
“Eu te invoco e te chamo, Poderosa Mãe de todos nós, portadora de toda criação; pela semente e raiz, pelo botão e caule, pela folha e flor e fruto, pela vida e amor eu te invoco à descer sobre o corpo desta tua serva e sacerdotiza”.
Durante esta invocação ela a toca com seu dedo indicador da mão direita sobre o seio direito dela, seio esquerdo e útero; os mesmos três novamente; e finalmente o seio direito. Ainda ajoelhado, ele então abre seus braços para fora e para baixo, com as palmas para frente, e diz (6):
“Salve, Aradia! Do Chifre de Amaltéia.
Derramai vossa porção de amor; eu me inclino humilde
Perante a ti, eu te adoro até o fim,
Com sacrifício amoroso teu santuário adorno.
Teu pé é para meu lábio . . . “
Ele beija o pé direito dela e continua :
“. . . minha prece nascida
Sobre a fumaça crescente do incenso; então despendeis
Teu antigo amor, Oh Poderosa, descei
Para me ajudar, que sem ti estou abandonado”.
Ele então se levanta e dá um passo para trás, ainda olhando para a Suma Sacerdotiza.
A Suma Sacerdotiza traça o Pentragrama de Invocação da Terra no ar à frente dele com a vara, dizendo: (7)
“Da Mãe obscura e divina
Meu é o chicote, e meu é o beijo;
A estrela de cinco pontas de amor e êxtase ---
Aqui eu te encanto, neste sinal”.
(7) Da versão rimada de Doreen Valiente sobre o Encantamento.
Com isto o ritual da Invocação (?) da Lua está concluído; o próximo estágio é a Investidura do Poder (?) (8). A Suma Sacerdotiza deita a vara e o chicote sobre o altar, e ela e o Sumo Sacerdote ficam de face para o coven, com ele à esquerda dela. O Sumo Sacerdote diz:
_________
(8) A história da Investidura (Charge = investir, carregar – N.do T.) é como segue. Gardner esboçou uma primeira versão, muito similar àquela que damos aqui até “tudo em meu louvor” (sendo esta passagem de abertura adaptada dos rituais das feiticeiras Tuscanas (?) registrados na obra de Leland Aradia: O Evangelho das Feiticeiras) seguido de alguns extratos voluptuosamente verbalizados de Aleister Crowley. Doreen Valiente nos diz que ela “não achou que isto era realmente adequado para a Antiga Arte dos Sábios, por mais belas que as palavras possam ser ou o quanto alguém poderia concordar com o que elas diziam; então eu escrevi uma versão da Investidura em verso, conservando as palavras de Aradia, porque estas são tradicionais”. Esta versão em versos começava “Mãe obscura e divina . . .” , e sua primeira quadra ainda é usada como resposta da Suma Sacerdotiza à Invocação da Lua. Mas a maioria das pessoas pareceu preferir uma Investidura em prosa, então ela escreveu a versão final em prosa que damos aqui; ela ainda contém uma ou duas frases de Crowley (“Mantenha puro seu maior ideal”, por exemplo, é de seu ensaio A Lei da Liberdade, e “Nem eu exijo (nada em) sacrifício” é do Livro da Lei) mas ela integrou o todo para nos oferecer a declamação mais bem amada na Arte atualmente. Ela poderia ser chamada de um Credo Wicca. Nossa versão tem uma ou duas pequenas diferenças daquela de Doreen (tal como “witches” no lugar de “witcheries”) mas nós as deixamos ficar, pedindo desculpas à ela.
(9) Pronunciado ‘Breed’. Se voce tem um nome de Deusa local, de qualquer forma adicione-a à lista. Enquanto moramos em County Wexford, costumávamos adicionar Carman, uma deusa de Wexford (ou heroína ou vilã, segundo sua versão) que deu ao condado e à cidade seu nome Gaélico de Loch Garman (Loch gCarman).
(10) No Livro das Sombras, segue aqui outra sentença: “Em seus altares a juventude de Lacedaemon em Esparta fez o devido sacrifício”. A sentença originou de Gardner, não de Valiente. Como em muitos covens, nós a omitimos. O sacrifício Espartano, embora ele tenha sido largamente descrito, era certamente um negócio horrendo (vide por exemplo Mitos Gregos de Robert Graves, paragrafo 116.4 ) e longe de atender à declaração posterior da Investidura “Nem eu exijo sacrifício”. Pelo jeito, a sentença também está verbalizada com imprecisão; Esparta estava na Lacedaemon (Lacedônia - ?), e não a Lacedaemon na Esparta.
________
“Ouçam as palavras da Grande Mãe; ela à quem desde tempos antigos foi também conhecida entre os homens como Artemis, Astarte, Athena, Dione, Melusine, Afrodite, Cerridwen, Dana, Arianrhod, Isis, Bride (9), e por muitos outros nomes.”(10).
A Suma Sacerdotiza diz:
‘Sempre que tivermos necessidade de qualquer coisa, uma vez por mês e melhor ainda quando a lua estiver cheia, então vos reunireis em algum lugar secreto e adorareis o espírito de mim, que sou Rainha de todas as feiticeiras. Lá vos reunireis, vós que estais satisfeitos em aprender toda feitiçaria, vós não conquistastes seus segredos mais profundos; à estes eu ensinarei coisas que ainda são desconhecidas. E vós sereis libertos da escravidão; e como sinal de que sois realmente livres, vós estareis nus em vossos ritos; e vós dançareis, cantareis, festejareis, fareis música e amor, tudo em meu louvor. Pois meu é o êxtase do espírito, e meu também é o prazer na terra; pois minha lei é amor sobre todos os seres. Mantenhais puro vosso mais alto ideal; esforçai-vos sempre em sua direção; não permitis que nada vos detenha ou desvie do caminho. Pois minha é a porta secreta que se abre para a Terra da Juventude, e meu é o cálice do vinho da vida, e o Caldeirão de Cerridwen, que é o Santo Graal da imortalidade. Sou a Deusa graciosa, que concede a dádiva do prazer no coração do homem. Sobre a terra, concedo o conhecimento do espírito eterno; e após a morte, eu concedo paz, e liberdade, e reunião com aqueles que partiram antes. Nem eu exijo sacrifício; pois observai, eu sou a Mãe de todos os viventes, e meu amor é derramado por sobre a terra”.
O Sumo Sacerdote diz :
“Ouvi vós as palavras da Deusa da Estrela; ela cuja poeira em seus pés contém todas as hostes do céu, e cujo corpo circunda o universo”.
A Suma Sacerdotiza diz :
“Eu que sou a beleza da terra verde, e a Lua branca entre as estrêlas, e o mistério das águas, e o desejo do coração do homem, chamo a tua alma. Apareceis e vinde a mim. Pois eu sou a alma da natureza, que dá vida ao universo. Todas as coisas se originam de mim, e para mim todas as coisas deverão retornar; e perante minha face, amada pelos Deuses e pelos homens, deixai teu Self (Ser, Eu - ?) divino mais íntimo ser abraçado no êxtase do infinito. Que minha adoração seja entre os corações que regozijam; pois observai, todos os atos de amor e prazer são meus rituais. E portanto que haja beleza e força, poder e compaixão, honra e humildade, regozijo e reverência dentro de vós. E tu que pensastes em buscar por mim, sabei que vossa busca e anseio não te auxiliará à menos que conheçais o mistério; que se aquilo que procuraste não encontraste dentro de ti, tu jamais o encontrareis fora de ti. Pois observai, eu tenho estado contigo desde o começo; e eu sou aquilo que é alcançado no fim do desejo”.
Esta é a conclusão da Investidura.
O Sumo Sacerdote, ainda de frente para o coven, ergue seus braços bem abertos e diz : (11)
“Bagahi laca bachahé
Lamac cahi achabahé
Karrelyos
Lamac lamec bachalyos
Cabahagi sabalyos
Baryolas
Lagozatha cabyolas
Samahac et famyolas
Harrahya!”
(11) Este estranho encantamento, primeiramente informado de ter surgido numa peça francesa do décimo terceiro século, é tradicional na feitiçaria. Seu significado é desconhecido – embora Michael Harrison em As Raízes da Feitiçaria faz conhecer uma interessante ocorrência como isto sendo uma corruptela do Basco, e uma convocação para reunião em Samhain.
(12) Esta é a Invocação à Pan do Capítulo XIII do Magia da Lua de Dion Fortune, com o nome de Divindade do coven substituído pelo nome de Pan.
(13) Este é um antigo encantamento das witches bascas, significando “O bode acima – o bode abaixo’. Nós o encontramos na obra As Raízes da Feitiçaria de Michael Harrison, gostamos dele e o adotamos.
(14) Este cântico, a “Runa das Feiticeiras”, foi escrito por Doreen Valiente e Gerald Gardner juntos. As linhas “Eko, Eko” (às quais os covens geralmente inserem os nomes de seus próprios Deus e Deusa nas linhas 3 e 4) não eram parte de sua Runa original; ela nos conta: “Nós costumávamos usá-las como prefácio ao antigo cântico ‘Bagabi lacha bachabe’ “ (ao qual Michael Harrison também as atribui) “porém não creio tampouco que elas eram originalmente uma parte deste cântico, elas eram parte de outro cântico antigo. Escrevendo de memória, ele ficou algo como isto :
Eko Eko Azarak
Eko Eko Zomelak
Zod ru koz e zod ru koo
Zod ru goz e goo ru moo
Eeo Eeo hoo hoo hoo!
Não, eu não sei o que elas significavam ! Mas creio que de alguma forma que ‘Azarak’ e “Zomelak’ são nomes de Divindades”. Ela adiciona: “Não há razão porque esta palavras não devam ser usadas como voce as tem usado”. Nós apresentamos aqui a versão à qual nós, e muitos outros covens, ficamos acostumados; as únicas diferenças são que o original apresenta “eu, meu” ao invés de “nós, nosso”, e apresenta “Leste, então Sul e Oeste e Norte” e “Na terra e ar e mar, Pela luz da lua ou sol”.
A Suma Sacerdotiza e o coven repetem “Harrahya!”
O Sumo Sacerdote e a Suma Sacerdotiza então viram seus rostos para o altar com seus braços erguidos, suas mãos fazendo a saudação ao “Deus de Chifres” (dedos indicador e mínimo esticados, polegar e dedos do meio dobrados para o meio da palma). O Sumo Sacerdote diz: (12)
“Grande Deus Cernunnos, voltai à terra novamente !
Vinde pela minha invocação e mostrai-vos aos homens.
Pastor de Cabras, sobre o caminho agreste da montanha,
Conduzi vosso rebanho perdido da escuridão para o dia.
Esquecidos estão os caminhos de sono e noite –
Os homens procuram por eles, cujos olhos perderam a luz.
Abri a porta, a porta que não tem chave,
A porta dos sonhos, por onde os homens vem à ti.
Pastor de Cabras, Oh atendei a mim!”
O Sumo Sacerdote e a Suma Sacerdotiza dizem juntos: (13)
“Akhera goiti – akhera beiti!”
- baixando suas mãos na segunda frase.
A Suma Sacerdotiza, seguida pelo Sumo Sacerdote, então conduzem o coven para a Runa das Feiticeiras – uma dança em deosil formando anel, olhando para dentro do círculo e segurando as mãos (palmas esquerdas para cima, palmas direitas para baixo), homens e mulheres alternados, na medida do possível. A Suma Sacerdotiza dá o compasso – e pode algumas vêzes largar a mão (?) do homem à sua frente, e trançar (abrir caminho por meio de ondas – N.do T.) o coven após ela, para dentro e para fora como uma serpente. Não importa o quão complexo seja o seu trançado, ninguém deve romper a corrente, mas todos devem continuar se movendo, ainda de mãos dadas, até que a linha desembarace a si mesma. Enquanto prossegue a dança em anel, todo o coven canta: (14)
“Eko, Eko, Azarak, \
Eko, Eko, Zomelak, \ ________ \ (repetido três vezes)
Eko, Eko, Cernunnos, / /
Eko, Eko, Aradia! /
Noite sombria e lua brilhante,
Leste, então Sul, então Oeste, então Norte;
Ouvi à Runa das Feiticeiras –
Aqui viemos para vos invocar!
Terra e água, ar e fogo,
Vara e pentáculo e espada,
Trabalhai vós sob nosso desejo,
Ouvi vós à nossa palavra!
Cordas e incensário, chicote e faca,
Poderes da lâmina da feiticeira –
Despertai todos vós para a vida,
Vinde vós enquanto o encantamento é feito!
Rainha do céu, Rainha do inferno,
Caçadora de chifres da noite –
Emprestai teu poder ao encantamento,
E trabalhai tua vontade por rito mágico!
Por todo o poder da terra e do mar,
Por todo o poder da lua e do sol –
Como nós de fato queremos, que assim seja;
Cantai o encantamento, e que seja feito !
“Eko, Eko, Azarak, \
Eko, Eko, Zomelak, \ ________ \ (repetido até [estar _ ?] pronto)
Eko, Eko, Cernunnos, / /
Eko, Eko, Aradia! /
(Nota : Literalmente Horned hunter seria “caçadora chifruda ou cornuda”, porém devido à inevitável interpretação maliciosa do português corrente, traduzi como ‘caçadora de chifres’, mas isso não significa que Ela cace chifres... )
Quando a Suma Sacerdotiza achar que é o momento (e, se ela esteve ‘costurando’, terá agora restaurado o coven à composição original em anel), ela ordenará :
“Abaixem !”
Todo o coven se abaixa ao solo e senta em círculo com os rostos para dentro deste.
Este é o fim do Ritual de Abertura. Caso a assembléia fosse um Esbá, a Suma Sacerdotiza iria agora dirigir o trabalho específico à ser feito. Se isto é um Sabá, o ritual apropriado começa agora.
Um outro ritual breve deve ser realizado aqui, para completar o quadro: a Consagração do Vinho e dos Bolos. Isso tem lugar em todo Esbá, geralmente após o trabalho ser concluído e antes de o coven relaxar dentro do Círculo. Num Sabá, ambos vinho e bolos tem que ser consagrados se o Grande Rito for real (vide secção II); se o Grande Rito for simbólico, a consagração do vinho será uma parte integral deste, deixando apenas os bolos para serem consagrados pelo ritual usual.
Consagração do Vinho e dos Bolos
Um witch masculino ajoelha-se perante uma witch feminina em frente ao altar. Ele eleva o cálice de vinho para ela; ela segura seu athame apontando para baixo, e abaixa a ponta do athame penetrando o vinho. (Vide Ilustração 17).
O homem fala:
“Como o athame é para o masculino, desta forma o cálice é para o feminino; e unidos, eles se tornam um em verdade”.
A mulher deposita seu athame sobre o altar e então beija o homem (que permanece ajoelhado) e aceita o cálice dele. Ela sorve o vinho, beija o homem novamente e passa o cálice novamente para ele. Ele sorve, se levanta e o entrega para outra mulher com um beijo.
O cálice é dessa forma passado ao redor de todo o coven, homem para mulher e mulher para homem (à cada vez com um beijo) até que todos tenham sorvido do vinho.
Caso haja mais trabalho para ser feito, o cálice é então retornado ao altar. Se o coven estiver agora pronto para relaxar dentro do Círculo, o cálice é posicionado entre eles assim que se sentarem no chão, e qualquer um poderá sorver deste caso ele ou ela o queira; o passar-e-beijar ritual é necessário apenas para a primeira rodada. Se o cálice for preenchido de novo durante este relaxamento, não será necessário que este seja reconsagrado.
Para consagrar os bolos, a mulher ergue novamente seu athame, e o homem, ajoelhado perante ela, eleva o prato de bolos. (Vide Ilustração 3). Ela traça o Pentagrama de Invocação da Terra no ar sobre os bolos com seu athame, enquanto o homem diz: (15)
“Oh mais secreta Rainha, abençoai este alimento em nossos corpos; concedendo saúde, riqueza, força, prazer e paz, e aquela realização de amor que é perfeita felicidade.”
A mulher deposita seu athame sobre o altar, beija o homem e tira um bolinho do prato. Ela o beija novamente,e ele tira um bolinho. Ele então se levanta e passa o prato para outra mulher com um beijo.
O prato é então passado ao redor de todo o coven, homem para mulher e mulher para homem (à cada vez com um beijo) , até que todos tenham tirado um bolinho.
(15) Adaptado da Missa Gnóstica de Crowley.
I I O Grande Rito
Dizer que o Grande Rito é um ritual de polaridade masculino/feminino é verdadeiro mas soa friamente técnico. Dizer que ele é um rito sexual é também verdadeiro mas soa (para os desavisados) como uma orgia. De fato ele não é nem algo frio nem uma orgia; assim vamos tentar colocá-lo nas devidas proporções.
Ele pode ser encenado em qualquer das duas formas. Ele pode ser (e nós acharíamos que ele é, geralmente na maioria dos covens) puramente simbólico – em cujo caso todo o coven está presente todo o tempo. Ou ele pode ser ‘real’ – isso quer dizer, envolvendo relação física – em cujo caso todos do coven exceto o homem e a mulher envolvidos deixam o Círculo e o recinto, antes de o ritual se tornar íntimo, e não retornam até que sejam convocados.
Porém seja ele simbólico ou ‘real’, as witches não fazem apologia à sua natureza sexual. Para elas/eles, sexo é sagrado – uma manifestação daquela polaridade essencial que atravessa e ativa todo o universo, do Macrocosmo ao Microcosmo, e sem a qual o universo seria inerte e estático – em outras palavras, não existiria. O casal que está encenando o Grande Rito está (cada um) se oferecendo, com reverência e prazer, como expressões dos aspectos do Deus e da Deusa da Fonte Essencial. “Como acima, é abaixo”. Eles estão se tornando, no melhor de suas capacidades, canais para aquela polaridade divina em todos os níveis, do físico ao espiritual. Eis o porque ele é chamado de O Grande Rito.
Eis também o porque de o Grande Rito ‘real’ ser encenado sem testemunhas – não pela vergonha, mas pela dignidade da privacidade. E eis porque o Grande Rito em sua forma ‘real’ deveria, nós achamos, ser encenado apenas por um casal casado ou por amantes cuja união tenha a força de um casamento; porque isto é um rito mágico, e um rito poderoso; e carregado com a intensidade do relacionamento corporal, por um casal cujo relacionamento seja menos estreito, este pode muito bem ativar conexões em níveis para os quais eles não estejam preparados e que podem se mostrar desequilibrados e perturbadores.
“Relação sexual ritual”, diz Doreen Valiente, “é deveras uma idéia muito antiga – provávelmente tão antiga quanto a própria humanidade. Óbviamente, ele é o verdadeiro oposto da promiscuidade. Relacionamentos para propósitos rituais deveriam ser feitos com um parceiro(a) cuidadosamente selecionado(a), na hora certa e no lugar certo . . . . Isso é amor e é apenas o amor que pode dar ao sexo o toque da magia”. (Magia Natural, pag.110).
O Grande Rito Simbólico, contudo, é um ritual perfeitamente seguro e benéfico para dois witches experientes ao nível de amizade normal entre os membros do mesmo coven. Cabe à Suma Sacerdotiza decidir quem está apropriado.
Talvez um bom modo de expressá-lo seria dizer que o Grande Rito ‘real’ é magia sexual, ao passo que o Grande Rito simbólico é a magia do gênero (no caso, masculino e feminino – N.do T.)
A invocação do Grande Rito declara específicamente que o corpo da mulher participante é um altar, com seu útero e órgãos reprodutores como seus focos sagrados, e o reverencia como tal. Não deveria ser tão necessário enfatizar aos nossos leitores que isto nada tem a ver com qualquer ‘Missa Negra’ – porque a própria Missa Negra nada tinha a ver com a Antiga Religião. A Missa Negra era uma heresia Cristã , usando formas Cristãs pervertidas, realizadas por degenerados sofisticados e sacerdotes expulsos ou corruptos, no qual o altar vivo era usado para dessacralizar a Hóstia Cristã. Tal obscenidade é naturalmente estranha em absoluto ao espírito e intenção do Grande Rito.
Em muitas religiões pagãs sinceras e honradas, por outro lado, “existe uma figura genuinamente antiga – a mulher nua sobre o altar”, ressalta Doreen Valiente, e prossegue: “Seria mais correto dizer, a mulher nua que é o [próprio] altar; porque este é o seu papel original . . . Este uso de um corpo nu de uma mulher viva como altar onde as forças da Vida são cultuadas e invocadas extende-se à um tempo anterior ao começo do Cristianismo; extende-se aos dias do antigo culto da Grande Deusa da Natureza, na qual todas as coisas eram uma unidade, sob a imagem de Mulher”. (Um ABC da Feitiçaria, pág.44).
De fato, não apenas o altar arquetípico mas toda igreja, templo ou sinagoga é o corpo da Deusa – psicológicamente, espiritualmente e em sua evolução histórica. Todo o simbolismo complexo da arquitetura eclesiástica comporta isso muito além de questionamento, ponto a ponto; qualquer um que disso duvide deveria ler o manual ricamente documentado de Lawrence Durdin-Robertson (se apresentado de modo confuso _ ?) O Simbolismo da Arquitetura do Templo.
Desta forma o simbolismo Wicca meramente faz vívida e naturalmente o que outras religiões fazem indiretamente e subconscientemente.
Nos Sabás, o Grande Rito é usualmente encenado pela Suma Sacerdotiza e o Sumo Sacerdote. Os Sabás são ocasiões especiais, picos de conscientização e significação elevados dentro do ano das witches; assim é adequando-se aquilo nestas celebrações que os líderes do coven devem assumir este papel importante sobre si mesmos em nome do coven. Contudo, procedimentos rígidos são estranhos ao Wicca, e pode muito bem haver ocasiões em que ambos decidam que um outro casal deva ser nomeado para o Grande Rito do Sabá.
A Preparação
O único ítem extra necessário para o Grande Rito, seja simbólico ou ‘real’, é um véu de uma jarda quadrada. Deveria ser preferivelmente em uma das cores da Deusa – azul, verde, prata ou branco.
O cálice deve ser preenchido com vinho em prontidão.
A Suma Sacerdotiza pode também decidir por alterar a fita de música por algo especialmente apropriado – possivelmente alguma música com um significado pessoal para ela e seu parceiro. (Para propósito de simplificar estamos assumindo, aqui e a seguir, que são a Suma Sacerdotiza e o Sumo Sacerdote quem está conduzindo o Rito).
O Ritual Simbólico
Se o caldeirão estiver no centro, será movido para o Sul do Círculo, à menos que o ritual indique alguma outra posição.
O coven, exceto para a Suma Sacerdotiza e o Sumo Sacerdote, se posiciona ao redor do perímetro do Círculo, homem e mulher alternados na medida do possível, faces voltadas para o centro.
A Suma Sacerdotiza e o Sumo Sacerdote ficam de pé olhando um para o outro no centro do Círculo, ela de costas para o altar, ele de costas para o Sul.
O Sumo Sacerdote aplica o Beijo Quíntuplo na Suma Sacerdotiza.
A Suma Sacerdotiza então se deita olhando para cima, com seus quadris no centro do Círculo, sua cabeça na direção do altar e seus braços e pernas estendidos para formar o Pentagrama.
O Sumo Sacerdote busca o véu e o estende sobre o corpo da Suma Sacerdotiza, cobrindo-a dos seios aos joelhos. Ele então se ajoelha olhando para ela, com seus joelhos entre os pés dela. (Vide ilustração 4 – do livro).
O Sumo Sacerdote chama uma witch feminina pelo nome, para que ela traga o athame [dele] do altar. A witch feminina assim o faz e permanece com o athame em suas mãos, uma jarda para Oeste dos quadris da Suma Sacerdotiza, olhando para ela.
O Sumo Sacerdote chama um witch masculino pelo nome , para que ele traga o cálice de vinho do altar. O witch masculino assim o faz e permanece com o cálice em suas mãos, uma jarda para Leste dos quadris da Suma Sacerdotiza, olhando para ela.
O Sumo Sacerdote conduz a Invocação:
“Auxiliai-me à erigir o antigo altar, ao qual em dias passados
todos adoravam;
O grande altar de todas as coisas.
Pois nos tempos antigos, a Mulher era o altar.
Assim era o altar preparado e posicionado,
E o local sagrado era o ponto dentro do centro do Círculo.
Assim como fomos desde há muito tempo ensinados que o ponto dentro do centro é
a origem de todas as coisas,
Por conseguinte devemos adorá-lo;
Por conseguinte à quem adoramos nós também invocamos.
Oh, Círculo de Estrelas,
Do qual nosso pai é apenas o irmão mais jovem,
Maravilha além da imaginação, alma do espaço infinito,
Perante quem o tempo fica envergonhado, a mente desconcertada , e a
compreensão obscurecida,
Não podemos nos realizar sob ti à menos que tua imagem seja amor.
Portanto pela semente e raiz, e caule e botão,
E folha e flor e fruto nós a ti invocamos,
Oh Rainha do Espaço, Oh Jóia de Luz,
Contínua dos céus;
Que seja sempre assim
Que os homens não falem de ti como Uma, mas como Nenhuma;
E que eles não falem de ti em absoluto, uma vez que sois contínua. (1)
Pois tu és o ponto dentro do Círculo, o qual nós adoramos;
O ponto da vida, sem o qual nós não existiríamos.
E dessa forma são verdeiramente erigidos os santos pilares gêmeos; (2)
Em beleza e em força foram eles erigidos
Para a maravilha e a glória de todos os homens”.
O Sumo Sacerdote remove o véu do corpo da Suma Sacerdotiza, e o entrega para a witch feminina, da qual ele toma seu athame..
A Suma Sacerdotiza se ergue e fica ajoelhada olhando para o Sumo Sacerdote, e toma o cálice do witch masculino.
(Note que ambas estas entregas de mão em mão são feitas sem o beijo ritualístico costumeiro).
O Sumo Sacerdote continua a Invocação:
Altar de múltiplos mistérios, (3)
O Ponto secreto do Cïrculo sagrado –
Assim eu te assinalo como antigamente,
Com beijos de meus lábios ungindo”.
O Sumo Sacerdote beija a Suma Sacerdotiza nos lábios, e continua :
(1) De “Oh Círculo de Estrêlas” até “uma vez que sois contínua”, esta invocação do Livro das Sombras é tomada da Missa Gnóstica em Magick de Aleister Crowley.
(2) Os “santos pilares gêmeos” são Boaz e Jachin, que ladeavam a entrada ao Santo dos Santos no Templo de Salomão. Boaz (de cor preta) representa a Severidade (“força”), e Jachin (branco) a Misericórdia (“beleza”). Compare com a Árvore da Vida e a lâmina de Tarot da Suma Sacerdotiza. No Grande Rito, eles são claramente simbolizados pelas pernas da mulher-altar.
(3) De “Altar de múltiplos mistérios” até fim, a Invocação foi escrita por Doreen Valiente, que também compôs uma versão completamente rimada.
“Abri para mim o caminho secreto,
O caminho da inteligência,
Além dos portões da noite e do dia,
Além dos limites do tempo e do sentido.
Além do correto mistério –
Os cinco pontos verdadeiros da sociedade . . .”
A Suma Sacerdotiza eleva o cálice, e o Sumo Sacerdote abaixa a ponta de seu athame [mergulhando] no vinho. (Ambos usam ambas as mãos para fazer isso – vide Ilustração 19). O Sumo Sacerdote continua:
“Aqui onde a Lança e o Graal se umem,
E pés, e joelhos, e peitos, e lábios”.
O Sumo Sacerdote entrega seu athame para a witch feminina e então posiciona ambas as suas mãos em volta das mãos da Suma Sacerdotiza enquanto ela segura o cálice. Ele a beija, e ela sorve o vinho; ela o beija, e ele sorve o vinho. Ambos mantém suas mãos em volta do cálice enquanto fazem isto.
O Sumo Sacerdote então toma o cálice da Suma Sacerdotiza, e ambos ficam de pé.
O Sumo Sacerdote entrega o cálice para a witch feminina com um beijo, e ela sorve; ela passa o cálice para o witch masculino com um beijo, e ele sorve. A partir dele, o cálice é passado homem para mulher, mulher para homem, ao redor do coven, á cada vez com um beijo, do modo normal.
A Suma Sacerdotiza e o Sumo Sacerdote então consagram os bolinhos, que são circulados no modo normal.
O Ritual ‘Real’
O Grande Rito ‘real’ segue o mesmo procedimento como o simbólico acima, com as seguintes exceções.
Os witches feminina e masculino não são convocados, e o athame e o cálice permanecem sobre o altar.
Quando o Sumo Sacerdote chega à “Para a maravilha e a glória de todos os homens” na Invocação, ele para. A Donzela então busca seu athame do altar e ritualmente abre uma passagem no Círculo próxima à porta do recinto. O coven forma uma fila e deixa a sala. A Donzela caminha até o limite do Círculo, sela ritualmente a passagem atrás dela, coloca seu athame no chão fora do Círculo e deixa a sala, fechando a porta atrás dela.
A Suma Sacerdotiza e o Sumo Sacerdote são então deixados a sós no recinto e no Círculo.
O Sumo Sacerdote continua a Invocação até o fim, mas os detalhes reais da encenação do Rito são agora são agora um assunto privativo para ele e a Suma Sacerdotiza. Nenhum membro do coven pode questioná-los sobre isso depois, direta ou indiretamente.
Quando eles estiverem prontos para readmitir o coven, o Sumo Sacerdote toma seu athame do altar, abre ritualísticamente a passagem, abre a porta e convoca o coven. Ele recoloca seu athame no altar.
A Donzela pega seu athame no caminho para dentro e ritualísticamente sela a passagem depois que o coven reentrou no Círculo. Ela repõe seu athame no altar.
Vinho e bolinhos são agora consagrados da forma normal.
I I I O Ritual de Encerramento
Um Círculo Mágico, uma vez lançado, deve sempre e sem exceção ser banido quando a ocasião ou o propósito para o qual ele foi lançado está completado. (1) Seria falta de educação não agradecer, e cumprimentar em despedida, às entidades que você invocou para protegê-lo (o Círculo); é magia incorreta criar uma barreira no plano astral e então deixá-la desmantelada, um obstáculo perdido como um ancinho virado [com os dentes] para cima num trecho de jardim; e é uma psicologia errada ter uma fé tão pequena em sua realidade e eficácia que você assume que ele vai se dissipar no momento em que você parar de pensar nele.
(1) O Rito de Hagiel, como descrito no Capítulo XIV de O Que As Feiticeiras Fazem, pode parecer quebrar esta regra; porém as circunstâncias especiais devem estar claras para os leitores atentos do mesmo. Para uma coisa, os Senhores das Torres de Vigia não são invocados.
A Preparação
Estritamente falando, nenhuma preparação é necessária para o ritual de banimento do Círculo; mas duas provisões devem ser mantidas em mente, durante suas atividades dentro do Círculo, em antecipação à este.
Primeiro, se quaisquer objetos tiverem sido consagrados no Círculo, eles devem ser mantidos juntos – ou pelo menos cada um deles deve ser lembrado – de forma que eles possam ser coletados e carregados por alguém posicionado atrás do coven durante o banimento. Fazer os gestos de um Pentagrama de Banimento na direção de um objeto recentemente consagrado teria um efeito neutralizante.
Segundo, voce deve observar que pelo menos um bolinho, ou biscoito, e um pouco do vinho são conservados, de forma que estes possam ser retirados depois e lançados ou despejados como um oferenda à Terra. (Vivendo na Irlanda, seguimos a tradição local ao fazer esta oferenda de um modo ligeiramente diferente; nós deixamos este material durante a noite em dois pratinhos, para fora em um peitoril de janela na direção oeste, para os sidhe (pronúncia Inglesa ‘shee’), ou duendes. Os sidhe, casualmente, são famosos por apreciarem um pouco de manteiga sobre o bolinho ou biscoito.)
O Ritual
A Suma Sacerdotiza fica de frente para o Leste com seu athame em sua mão. O Sumo Sacerdote fica à sua direita, e o resto do coven fica atrás deles. Todos portam seus athames, caso os possuam, com exceção da pessoa que estiver carregando os objetos recém-consagrados (se houver), que fica bem atrás. A Donzela (ou alguém nomedo pela Suma Sacerdotiza para este propósito) fica próxima à frente, pronta para soprar cada vela por vez.
A Suma Sacerdotiza diz:
“Vós Senhores das Torres de Vigia do Leste, vós Senhores do Ar; nós vos agradecemos por terdes assistido aos nossos ritos; e antes de vós partirdes para vossos reinos agradáveis e aprazíveis, nós vos saudamos e nos despedimos . . . Saudações e adeus”.
Enquanto ela fala, vai traçando o Pentagrama de Banimento da Terra, com seu athame traçando no ar à sua frente, assim:
Banimento (o desenho está no livro original, página 57)
Após traçar o Pentagrama, ela beija a lâmina de seu athame e o coloca sobre seu coração por um segundo ou dois.
O Sumo Sacerdote e o resto do coven imita todos estes gestos com seus próprios athames; e os que não tiverem athames usam seus dedos indicadores direitos. (Aquele que estiver portando os objetos consagrados não faz gesto algum). Todos dizem o segundo “Saudações e adeus” com ela.
A Donzela caminha para frente e sopra a vela do Leste.
Todo o procedimento é repetido de frente para o Sul, com a Suma Sacerdotiza dizendo:
“Vós Senhores das Torres de Vigia do Sul, vós Senhores do Fogo; nós vos agradecemos . . .” etc.
Então para o Oeste, com a Suma Sacerdotiza dizendo:
“Vós Senhores das Torres de Vigia do Oeste, vós Senhores da Água; vós Senhores da Morte e da Iniciação; nós vos agradecemos . . .” etc.
Então para o Norte, com a Suma Sacerdotiza dizendo:
“Vós Senhores das Torres de Vigia do Norte, vós Senhores da Terra;Boreas, tu guardião dos portais do Norte; tu Deus poderoso, tu Deusa bondosa; nós vos agradecemos . . .” etc.
Ao Norte, a Donzela meramente sopra a vela do Norte; por razões puramente práticas, ela deixa as duas velas do altar queimando até que as luzes do recinto sejam acesas.
Está encerrado o Sabá.
Os Sabás
IV Imbolg, 2 de Fevereiro
Nós temos chamado os quatro Sabás Maiores por seus nomes Celtas por consistência, e temos usado as formas Irlandês Gaélicas daqueles nomes pelas razões que apresentamos na página 14 (do original – N.do T.). Mas o Imbolg é mais usualmente conhecido, mesmo entre witches, pelo bonito nome de Candlemas sob o qual ele foi cristianizado – suficientemente compreensível, porque esta Festa de Luzes pode e deve ser uma bela ocasião.
Imbolg é i mbolg (pronunciado “immol’g’, com uma vogal leve àtona entre o ‘l’ e o ‘g’) que significa ‘no ventre’. Isto é o reavivamento do ano, os primeiros movimentos fetais da Primavera no útero da Mãe Terra. Como todos os Grandes Sabás Celtas, este é um festival de fogo – mas aqui a ênfase é sobre a luz mais do que sobre o calor, a centelha de luz fortalecedora que começa à trespassar a obscuridade do Inverno. (Bem ao sul, onde o inverno é menos severamente obscuro, a ênfase pode ser de outro modo; os Cristãos Armenos, por exemplo, acendem seu novo fogo sagrado do ano na Véspera de Candlemas, não na Páscoa como em outros lugares).
A Lua é a luz-símbolo da Deusa, e a Lua acima de tudo se relaciona com seu tríplice aspecto de Donzela, Mãe e Anciã (Encantamento, Amadurecimento e Sabedoria). A luz lunar é particularmente aquela da inspiração. Então é adequado que o Imbolg deva ser a festa de Brigid (Brid, Brigante) a radiante tríplice Deusa- Musa ,que é também a portadora da fertilidade; pois no Imbolg, quando os primeiros trompetes da Primavera podem ser ouvidos à distância, o espírito é avivado tanto quanto o corpo e a Terra.
Brigid (que também deu seu nome à Brigantia, o reino Celta no todo do Norte da Inglaterra sobre a linha de Wash até Staffordshire) é um exemplo clássico de uma divindade pagã cristianizada com pouca tentativa de ocultar o fato – ou como Frazer coloca em O Ramo Dourado (pag.177) (1), ela é “uma antiga deusa pagã da fertilidade, disfarçada em um manto cristão puído”. O Dia de Santa Brígida, Lá Fhéile Bríd (pronunciado aproximadamente ‘law ella breed’) na Irlanda, é em 1 de Fevereiro, a véspera do Imbolg.
A Santa Brigida histórica viveu cerca de 453-523 AD; mas suas lendas, características e lugares santos são aqueles da Deusa Brid, e os costumes folclóricos do Dia de Santa Brigida nas terras Celtas são evidentementes pré-cristãos. É significativo que Brigid seja conhecida como “a Maria do Gael”, pois como Maria ela transcende os dados biográficos humanos para atender ao ‘anseio pela forma-de-Deusa’ dos homens (vide página 139 abaixo – No livro original). A tradição, incidentalmente, diz que Santa Brígida foi trazida por um feiticeiro e que ela tinha o poder de multiplicar comida e bebida para alimentar os necessitados - incluindo a deliciosa habilidade de transformar a sua água de banho em cerveja.
A confecção das Cruzes de Santa Brígida de junco ou palha (e elas ainda são amplamente confeccionadas na Irlanda, tanto em casa como para as lojas de artesanato)”é provavelmente derivada de uma antiga cerimônia pré-cristã relacionada à preparação das sementes para o cultivo na Primavera” (The Irish Times, de 1 de Fevereiro de 1977).
Na Escócia, na véspera do Dia de Santa Brigida, as mulheres da casa confeccionavam um fardo de aveia no molde de roupa de mulher e o depositavam num cesto chamado ‘cama de Brigid’, lado a lado com um bastão de forma fálica. Elas então chamariam três vezes: “Brid chegou, Brid é bemvinda!” e deixariam velas queimando próximas à ‘cama’ por toda a noite. Caso as impressões em relevo do bastão fossem encontradas nas cinzas do chão da lareira pela manhã, o ano seria frutífero e próspero. O antigo significado é claro: com o uso de símbolos apropriados, as mulheres da casa preparam um lugar para a Deusa e a recepcionam cordialmente,e convidam o Deus fertilizador para vir e a impregnar. Elas então se retirariam discretamente – e, quando a noite acabasse, retornariam para buscar por um sinal da visita do Deus (sua pegada próxima ao fogo da Deusa da Luz?). Se o sinal ali estiver, sua invocação terá sido bem sucedida, e o ano estará grávido da esperada doação.
Na Isle of Man, um ritual similar era conduzido; lá, a ocasião era chamada Laa’l Breeshey. No Norte da Inglaterra – a antiga Brigantia, Candlemas era conhecido como ‘o Dia de Festa das Esposas’.
O ritual de recepção é ainda parte de Lá Fhéile Bríd em muitos lares irlandeses. Philomena Rooney de Wexford, cuja família vive próximo à fronteira Leitrim-Donegal, nos conta que ela ainda volta para casa para este evento sempre que ela pode. Enquando seus avós ainda estavam vivos, a família inteira se reunia em sua casa na Véspera de Santa Brígida, 31 de Janeiro. Seu tio traria uma carroça cheia de juncos da fazenda e os levaria até a porta à meia noite. O ritual é sempre o mesmo.
“A pessoa que traz os juncos para a casa cobre sua cabeça e bate na porta. A Bean an Tighe (mulher da casa) manda alguém abrir a porta e diz à pessoa que entra “Fáilte leat a Bhríd” (“Benvinda, Brigid”), ao que o entrante responde “Beannacht Dé ar daoine an tighe seo” (“Deus abençoe as pessoas desta casa”). A água benta é aspergida nos juncos, e todos se unem para confeccionar as cruzes. Quando as cruzes são feitas, os juncos remanescentes são enterrados, e seguindo-se à isto todos se unem em uma refeição. Em 1 de Fevereiro as cruzes do ano passado são queimadas e repostas pelas recentemente confeccionadas”.
Na família de Philomena, dois tipos eram confeccionados. Sua avó, que veio de North Leitrim, fazia a Cruz Celta, de braços iguais e anexada à um círculo. Seu avô, que veio de South Donegal, fazia a cruz simples de braços iguais. Ela supõe que estes eram estilos locais tradicionais (2). Era atribuída grande importância à queima das cruzes do ano anterior. “Nós temos esta coisa (no sentido de costume – N.do T.) de que você nunca deve jogá-la fora, você deve queimá-la”. Aqui novamente está o tema recorrente através do ciclo ritualístico anual: a importância mágica do fogo.
(2) Os padrões locais das Cruzes de Brigid realmente variam consideravelmente. A cruz ‘simples’de Philomena de fato tem os quatro braços trançados em separado com suas raízes fora do centro, produzindo um efeito de swástika (roda de fogo). Esse é tembém o nosso tipo em County Mayo, embora também tenhamos visto padrões diamante simples e múltiplos. Um tipo de County Armagh dado à nós por um amigo tem cada uma das peças da cruz consistindo de três feixes, entrelaçando com os outros três no centro, e temos visto tipos similares dos Counties Galway, Clare e Kerry; talvez memória das ‘Três Brigids’, a Tríplice Deusa Musa original ?: (Vide A Deusa Branca, págs.101, 394 e em outras partes). Um exemplo de County Derry tem cinco faixas ao invés de três, e um de West Donegal tem uma tríplice [haste_?] vertical e uma [haste_?] simples horizontal. Tal diversidade local demonstra o quão profundamente enraizado é o costume popular. A Cruz de Brigid na forma de roda-de-fogo, com braços de três faixas, é o símbolo da Radio Telefis Éireann.
(3) Estes pedaços de pano provávelmente simbolizam roupas. As ciganas, em sua famosa peregrinação anual à Saintes-Maries-de-la-Mer no sul da França em 24 e 25 de Maio, deixam peças de roupa, representando os ausentes ou doentes, na cripta-capela de sua padroeira Black Sara. “O cerimonial é claramente não original. O rito de pendurar artigos de vestuário é conhecido entre os Drávidas do norte da Índia que ‘acreditam de fato que a roupa branca(?) e vestes de uma pessoa doente tornam-se impregnadas de sua doença, e que o paciente será curado se a sua roupa branca for purificada pelo contacto com uma árvore sagrada’. Consequentemente, entre eles são vistas árvores ou imagens cobertas por trapos de roupas que eles chamam Chitraiya Bhavani, ‘Nossa Senhora dos Trapos’. Existe de forma similar uma ‘Árvore para Trapos’ (sinderich ogateh) entre os Kirghiz do Mar de Aral. Pode-se provavelmente encontrar outros exemplos desta profilaxia mágica”. (Jean-Paul Clébert, Os Ciganos, pág.143). Deveras pode-se encontrar. Gostaríamos de saber, por exemplo, porque os itinerantes irlandeses parecem sempre deixar alguma peça de roupa para trás nos arbustos nas cercanias de um campo abandonado. Estas estão notóriamente em desordem, é verdade, mas muitos destes itens de vestuário não são de forma alguma lixo. Um poço mágico próximo à cidade de Wexford não era consagrado à nenhum santo ou divindade, embora ainda assim fosse muito venerado; seu arbusto cheio de roupas, registra o historiador local Nicky Furlong, “foi cortado por um clérigo normalmente bem ajustado. Aquilo finalizou o culto secreto. (Ele morreu muito repentinamente mais tarde, que Deus lhe conceda o descanso).”
Na Irlanda, esta terra de poços mágicos (são listados mais de três mil poços santos irlandeses), há provavelmente mais poços de Brigid do que mesmo os de São Patrício - o que é difícilmente surpreendente, porque a senhora estava aqui primeiro há incontáveis séculos. Existe um tobar Bhríd (Poço de Brigid) quase uma milha de nossa primeira casa irlandesa, próximo a Ferns em County Wexford, num campo de fazenda na vizinhança; é uma fonte muito antiga, e sabe-se que a localidade foi sagrada para Brigid por bem uns mil anos, e sem dúvida por um tempo muito longo antes daquilo. O fazendeiro (lamentavelmente, por ele ser sensível à tradição) teve que tapar o poço com uma pedra porque ele se tornou um perigo para as crianças. Mas ele nos disse que sempre havia pedaços de tecido (3) sendo vistos amarrados à arbustos próximos, postos ali secretamente por pessoas que invocavam a ajuda de Brid como eles assim tem feito por tempos imemoriais; e nós podemos, literalmente, ainda sentir o poder do lugar ao colocar nossas mãos sobre a pedra.
(Incidentalmente, se como a maioria das witches você acredita na magia dos nomes, você deveria pronunciar Brid ou Bride como ‘Bride’e não rimar com ‘hide’ como isso foi de alguma forma asperamente anglicizado - por exemplo no próprio tobar Bhríd de Londres, Bridewell).
Na antiga Roma, Fevereiro era tempo de purificação – Februarius mensis, ‘o mês da purificação ritual’. Em seu início vinha a Lupercalia, quando os Luperci,os sacerdotes de Pan corriam através das ruas nus exceto por uma faixa de pele de bode e portando tiras (?) de pele de bode. Com estas eles atacavam todo mundo que passava, e em particular mulheres casadas, as quais se acreditava seriam tornadas férteis deste modo. Esse ritual era popular como também aristocrático (está registrado que Marco Antônio teria desempenhado o papel de Lupercus) e sobreviveu por séculos dentro da era cristã. As mulheres desenvolveram o hábito de se despirem também, para permitir aos Luperci mais raio de ação. O Papa Gelasius I, que reinou entre 492-6 AD, baniu este ritual animadamente escandaloso e enfrentou tamanho tumulto que teve que pedir desculpas. Ele foi finalmente abolido no início do século seguinte.
Lupercalia à parte, a tradição da purificação de Fevereiro continuou forte. Doreen Valiente diz em Um ABC da Feitiçaria Passada e Presente: “As sempre-verde (tipo de planta_?) para decoração Yuletide eram compostas de holly (tipo de planta), hera, mistletoe (tipo de planta), a bay (tipo de planta) de perfume adocicado e alecrim, e galhos verdes de (box tree_?) árvore. Em Candlemas, tudo tinha que ser coletado e queimado, ou maus espíritos assombrariam a casa. Em outras palavras, naquela ocasião uma nova maré da vida tinha começado a fluir através do mundo da natureza,e as pessoas deviam se livrar do passado e olhar para o futuro. A purificação da primavera era originalmente um ritual da natureza”. Em algumas partes da Irlanda, nós achamos, existe uma tradição de deixar a árvore de Natal no lugar (despida de sua decoração mas mantendo suas luzes) até Candlemas; caso ela mantivesse seus espinhos verdes, boa sorte e abundância são assegurados pelo ano a seguir.
Uma outra estranha crença de Candlemas está propagada pelas Ilhas Britânicas, França, Alemanha e Espanha: que um bom tempo no Dia de Candlemas significa mais Inverno a chegar, porém mau tempo naquele dia significa que o Inverno acabou. Talvez este seja um tipo de reconhecimento de ‘madeira de toque’ do fato que Candlemas é o ponto de virada natural entre o Inverno e a Primavera, e assim ser impaciente sobre isto traz má sorte.
No Ritual de Candlemas do Livro das Sombras, a Suma Sacerdotiza invoca o Deus no Sumo Sacerdote, ao invés dele invocar a Deusa nela. Talvez isso também, como a tradição escocesa da ‘cama de Brigid’, seja realmente um convite sazonal para o Deus impregnar a Mãe Terra. Nós mantivemos este procedimento e retivemos a forma da invocação.
O Livro das Sombras também menciona a Dança Volta (décimo-sexto século); mas gostaríamos de saber se o que é realmente significativo é a dança muito mais antiga das feiticeiras na qual o homem e a mulher entrelaçam os braços de costas um para o outro. Tivemos portanto utilizado esta dança mais antiga.
Na tradição cristã, a Coroa de Luzes é muitas vezes portada por uma garota bem jovem, presumivelmente para simbolizar a extrema juventude do ano. Isso é perfeitamente válido, naturalmente; mas nós, com nosso encenamento da Deusa Tríplice, preferimos designá-lo para a Mãe – porque é a Mãe Terra que é vivificada no Imbolg.
A Preparação
A Suma Sacerdotiza seleciona duas witches femininas que, com ela própria, representarão a Deusa Tríplice – Donzela (Encantamento), Mãe (maturidade) e Anciã (Sabedoria) - e designa as três funções.
Uma Coroa de Luzes é preparada para a Mãe e deixada sobre o altar ou próximo. Tradicionalmente, a Coroa deveria ser de velas ou mechas enceradas (?), que são acesas durante o ritual; mas isso exige cuidado, e muitas pessoas podem ser reservadas quanto a isso. Se uma Coroa de velas ou mechas é confeccionada, ela deve ser construída firme o suficiente para sustentá-las sem balançar e deve incluir uma capa para proteger a cabeça dos pingos de cera derretida. (Voce pode fazer maravilhas com folhas de alumínio de cozinha).
Descobrimos que velas de bolo de aniversário, que podem ser compradas em pacotes em quase todos os lugares, fazem uma Coroa de Luzes ideal. Elas não pesam práticamente nada, difícilmente pingam e queimam durante um tempo suficiente para o ritual. Uma coroa de velas de aniversário muito simples pode ser confeccionada como segue. Pegue um rolo de fita auto-adesiva com largura de aproximadamente três quartos de polegada (o tipo de fita plástica com uma cor única é adequado) e corte num comprimento de quatro ou cinco polegadas a mais do que a circunferência da cabeça da dama. Pregue-a, com a parte colante para cima, numa mesa. Fixe as partes inferiores das velas ao longo desta, com espaçamentos de aproximadamente uma e meia polegadas, mas deixando umas boas três polegadas de cada extremidade da fita em vazio. Agora corte um segundo pedaço de fita do mesmo comprimento que o primeiro, mantenha-a esticada com o lado colante para baixo, e afixe-a cuidadosamente sobre a primeira fita, moldando-a ao redor da base de cada vela. Despregue as extremidades, e agora voce terá uma faixa de velas bem caprichada que pode ser fixada ao redor da cabeça, sendo as extremidades livres unidas por um alfinete de segurança na parte de trás. A faixa de velas deve ser fixada ao redor de um protetor de cabeça feito de folha de alumínio que tenha sido anteriormente moldado para a cabeça; a folha de alumínio pode ser recortada para combinar com a parte inferior da faixa. Voce pode ver o resultado do acabamento em uso na Ilustração 5 (do livro original); naquele caso, ela foi ainda mais aperfeiçoada ao encaixar a folha de alumínio e a faixa de velas dentro de uma coroa de cobre já existente.
(Incidentalmente, aquela coroa de cobre – vista mais de perto na Ilustração 10 [do livro original] – com sua frente em lua crescente foi confeccionada para Janet pelo nosso amigo artesão em cobre Peter Clark de Tintine, The Rower, County Kilkenny. Peter fornece belos equipamentos ritualísticos em cobre ou bronze, seja do estoque ou confeccionada conforme suas requisições).
Uma forma alternativa da Coroa de Luzes, evitando o risco dos pingos de vela, seria um trabalho de pessoa especialista em aparatos mais complexos – uma coroa incorporando um número de bulbos de lâmpadas brilhantes, soldadas em suas guias (?), com pilhas pequenas escondidas sob um pedço de pano no tipo Legião Estangeira caindo sobre o pescoço; a ‘tomada liga-desliga’ sendo um clip ‘crocodilo’ pequeno, ou simplesmente duas extremidades de fio não encapadas que podem ser curvadas para fazerem contacto. Esta coroa de lâmpadas pode ser conservada de ano para ano, e decorada com folhagem fresca à cada vez. (Isso realmente exige, contudo, alguma experiência na construção, tanto referente à distribuição do peso das pilhas quanto aos componentes e fiação; muitas lâmpadas em paralelo causarão um belo efeito de luz no primeiro minuto e então vão se gastar rápidamente devido à drenagem excessiva da carga). Se voce não gostar de nenhuma destas, a terceira possibilidade é uma coroa incorporando pequenos espelhos – tantos deles quanto possível, voltados para fora a fim de captar a luz.
Um fardo de palha no comprimento de um pé à dezoito polegadas, com uma peça transversal de palha para os braços, deve ser vestida com roupas de mulher – um vestido de boneca servirá, ou simplesmente um pano pregado em volta. Se voce possui uma boneca de milho de forma adequada para vestir (uma Cruz de Brigid é o ideal), isso pode ser ainda melhor. (Vide Ilustração 6 – do livro). Esta figura é chamada de uma ‘Biddy’ – ou, caso você prefira o Gaélico, ‘Brídeóg” (pronunciado ‘breed-oge’).
Voce também necessita de uma vara fálica, que pode ser um simples bastão mais ou menos no mesmo comprimento da Biddy; embora, já que os rituais do Livro das Sombras frequentemente designam uma vara fálica como sendo distinta da vara ‘normal’do coven, valha a pena voces mesmos confeccionarem uma versão permanente. A nossa é um pedaço de galho fino com um pinho em cone afixado na ponta, e faixas preta e branca fazendo espirais em direções opostas ao longo da haste. (Vide Ilustração 6 – do livro).
A Biddy e a vara devem estar prontas ao lado do altar, junto com duas velas apagadas dentro dos porta-velas.
Também ao lado do altar está um buquê de folhagem (tão primaveril quanto possível e incorporando flores da primavera se voce poder obtê-las) para a mulher que representa a Donzela; e uma echarpe ou manto de cor escura para a Anciã.
A vassoura (o tradicional besom -?-, vassoura feita com o cabo e vários ramos pequenos) também está ao lado do altar.
O caldeirão, com uma vela queimando dentro dele, é posicionada ao lado da vela do Sul. Próximo ao caldeirão são colocadas três ou quatro ramos de vegetação sempre verde ou seca como holly, hera, mistletoe, bay, alecrim ou box (?).
Se, como nós, voce segue a tradição de manter a Árvore de Natal (sem suas decorações, mas com suas luzes) na casa até Candlemas, ela deveria, se possível, estar no recinto onde o Círculo é realizado, com todas as suas luzes acesas.
O Ritual
O Ritual de Abertura é mais curto para o Imbolg. O Sumo Sacerdote não Invoca a Lua sobre a Suma Sacerdotiza, nem ele faz a invocação “Grande Deus Cernunnos”; e a Investidura não é declamada até mais tarde.
Após a Runa das Feiticeiras, todos os parceiros operativos (incluindo a Suma Sacerdotiza e o Sumo Sacerdote) dançam um de costas para o outro em pares, com seus braços entrelaçados nos cotovelos um do outro. Witches sem companhia dançam à sós, embora dali a pouco os parceiros se soltam e recombinam com aqueles que estão solitários, de forma que todos possam participar.
Quando a Suma Sacerdotiza decide que a dança já durou o suficiente, ela a suspende, e o coven se organiza ao redor do Círculo olhando para dentro. O Sumo Sacerdote fica em pé de costas para o altar,e a Suma Sacerdotiza fica de frente para ele.
O Sumo Sacerdote aplica à Suma Sacerdotiza o Beijo Quíntuplo; ela então por sua vez aplica-lhe o Beijo Quíntuplo. O Sumo Sacerdote toma a vara em sua mão direita e o chicote em sua esquerda, e assume a Postura de Osíris (vide página 40 – do livro original).
A Suma Sacerdotiza, olhando para o Sumo Sacerdote enquanto ele permanece perante o altar, invoca (4):
“Terrível Senhor da Morte e Ressurreição,
Da Vida, e o Doador da Vida;
Senhor dentro de nós mesmos, cujo nome é Mistério de Mistérios,
Encorajai nossos corações,
Deixai tua Luz se cristalizar em nosso sangue,
Realizando em nós ( ? ) ressurreição;
Pois não existe parte de nós que não seja dos Deuses.
Descei, nós a ti oramos, sobre teu servidor e sacerdote.”
(4) As linhas 3 – 5 desta invocação são da Missa Gnóstica de Crowley
O Sumo Sacerdote traça o Pentagrama de Invocação da Terra no ar, na direção da Suma Sacerdotiza, e diz:
“Bendito(a) seja.”
O Sumo Sacerdote dá um passo para o lado, enquanto a Suma Sacerdotiza e as mulheres do coven preparam a ‘cama de Brigid’. Elas colocam a Biddy e a vara fálica lado a lado no centro do Círculo, com as cabeças na direção do altar. Elas colocam as velas em um e outro lado da ‘cama’ e acendem as velas. (Vide Ilustração 6 – do livro).
A Suma Sacerdotiza e as mulheres ficam de pé ao redor da ‘cama’ e dizem juntas:
“Brid chegou – Brid é bemvinda!” (Repetido três vezes).
O Sumo Sacerdote deposita sua vara e seu chicote sobre o altar. A Suma Sacerdotiza reune as duas mulheres selecionadas; ela e as outras duas assumem agora seus papéis de Deusa Tríplice. (Vide Ilutração 5 – do livro). A Mãe fica em pé de costas para o centro do altar, e o Sumo Sacerdote a coroa com a Coroa de Luzes; a Donzela e a Anciã arrumam o cabelo dela de modo vistoso, e o Sumo Sacerdote acende as velas sobre a Coroa (ou acende as lâmpadas).
A Anciã fica de pé agora ao lado da Mãe, à sua esquerda, e o Sumo Sacerdote e a Donzela cobrem com o xale ou manto os ombros dela.
A Donzela fica de pé agora ao lado da Mãe, à sua direita, e o Sumo Sacerdote coloca o buquê em suas mãos.
O Sumo Sacerdote vai para o Sul, onde fica olhando para as três mulheres. Ele declama :
“Contemplai a Deusa das Três Formas;
Ela que é sempre Três – Donzela, Mãe e Anciã;
Ainda assim ela é sempre Uma.
Pois sem a Primavera não pode haver nenhum Verão,
Sem Verão, nenhum Inverno,
Sem Inverno, nenhuma nova Primavera”.
O Sumo Sacerdote então pronuncia a Investidura de forma integral, desde “Ouvi as palavras da Grande Mãe” diretamente até “aquilo que é obtido ao fim do desejo” – porém substituindo “ela, dela” por “eu, mim, meu”.
Quando ele tiver terminado, a Donzela pega a vassoura e abre seu caminho devager em deosil ao redor do Círculo, varrendo de forma ritual para limpar de tudo o que está velho e desgastado. A Mãe e a Anciã caminham atrás dela em imponente procissão. A Donzela então repõe a vassoura ao lado do altar, e as três mulheres retomam seus lugares em frente ao altar.
O Sumo Sacerdote então vira esse ajoelha perante o caldeirão. Ele pega cada um dos ramos de sempre verde (?) por vez, põe fogo em cada um com a vela do caldeirão, assopra o ramo para apagar e o coloca dentro do caldeirão ao lado da vela. (Esta queima simbólica é tudo o que se pode recomendar para dentro de um recindo pequeno, devido à fumaça; ao ar livre, ou em um recinto de grandes dimensões, eles podem ser queimados completamente).
Assim que vai fazendo isso, ele declama:
“Assim nós banimos o inverno,
Assim nós damos boas vindas à primavera;
Diga adeus para o que está morto,
E saúde cada coisa viva.
Assim nós banimos o inverno,
Assim nós damos boas vindas à primavera!”
O Sumo Sacerdote vai até a Mãe, sopra as velas ou desliga as lâmpadas da Coroa de Luzes e a remove da cabeça da Mãe. Com este sinal, a Donzela deixa seu buquê, e a Anciã deixa seu xale ou manta, ao lado do altar, e o Sumo Sacerdote também deixa ali a Coroa de Luzes.
O Sumo Sacerdote caminha para o lado, e as três mulheres pegam a Biddy, a vara fálica e as velas (as quais elas apagam) do centro do Círculo e as depositam ao lado do altar.
O Grande Rito é agora encenado.
Após os Bolos e o Vinho, um jogo adequado para o Imbolg é o Jogo da Vela. Os homens sentam em formação de anel olhando para dentro, próximos o suficiente para alcançar um ao outro, e as mulheres ficam de pé atrás deles. Os homens passam uma vela acesa no sentido deosil de mão em mão, enquanto as mulheres (sem pisar para dentro do círculo de homens) curvam-se para frente e tentam apagá-la. Quando uma mulher consegue fazer isso, ela dá três batidinhas com o chicote no homem que estava segurando a vela naquele instante, e ele aplica nela o Beijo Quíntulo em resposta. A vela é então novamente acesa e o jogo continua.
Se o costume de manter a Árvore de Natal até Candlemas tiver sido observado, a Árvore deverá ser retirada da casa e descartada tão rápido quanto possível após o ritual.
V Equinócio da Primavera, 21 de Março
“O Sol”, como declara Robert Graves, “se arma no Equinócio da Primavera”. Luz e sombra estão em equilíbrio, mas a luz está dominando a escuridão. Este é basicamente um festival solar, recém-chegado na Antiga Religião na Europa Celta e Teutônica. Embora a influência Teutônica – os “invasores solsticiais” de Margaret Murray – tenha adicionado Yule e o Meio de Verão aos Quatro Grandes Sabás dos Celtas pastoris, a nova síntese ainda abraçava apenas seis Festivais. “Os Equinócios”, diz Murray, “nunca foram observados na Bretanha” (exceto, como sabemos agora, pelos povos Megalíticos pré-Celticos – vide página 14 – do original).
Ainda que os Equinócios estejam agora inquestionavelmente conosco; pagãos modernos, quase universalmente, celebram os oito Festivais, e ninguém sugere que os dois Equinócios são uma inovação imaginada por Gerald Gardner ou pelos românticos da Renovação Druida. Eles são uma parte genuína da tradição pagã tal como esta existe hoje, mesmo se suas sementes foram sopradas a partir do Mediterrâneo e germinaram no solo dos séculos ocultos, juntamente com muitos outros elementos frutíferos. (Aos puristas Wicca que rejeitam qualquer coisa que se origine da Grécia ou Roma clássicas, do Antigo Egito, da Qaballah Hebraica ou da Aradia Tuscan (Toscana - ?), seria melhor que parassem de celebrar os Equinócios também). A importação de tais conceitos é sempre um processo complexo. A compreensão popular sobre o Equinócio da Primavera nas Ilhas Britânicas, por exemplo, deve ter sido importada principalmente com a Páscoa Cristã. Porém a Páscoa trouxe em sua bagagem, por assim dizer, as sugestões pagãs do Mediterrâneo sobre o Equinócio da Primavera.
A dificuldade que enfrentam as Witches em decidir simplesmente como celebrar o Sabá do Equinócio da Primavera não é a de que as associações ‘estrangeiras’ são de fato estranhas às associações nativas mas que elas se sobrepõe com estas, expressando temas que tem há muito tempo se agregado aos Sabás nativos mais antigos. Por exemplo, o tema do casamento sacrificial nas terras do Mediterrâneo tem fortes ligações com o Equinócio da Primavera. O austero ritual da deusa frígia Cybele, no qual a auto-castração, morte e ressurreição de seu filho/amante Attis era marcado por adoradores castrando-se a si mesmos para se tornarem seus sacerdotes, era de 22 a 25 de Março. Em Roma esses ritos aconteciam no ponto onde agora se ergue [a Basílica de] São Pedro na Cidade do Vaticano. De fato, em locais onde o culto de Attis era difundido, os cristãos locais costumavam celebrar a morte e ressurreição de Cristo na mesma data; e pagãos e cristãos costumavam brigar cruelmente devido a qual dos seus deuses era o verdadeiro protótipo e qual era a imitação. Na pura cronologia, não deveria ter havido disputa, porque Attis veio da Frígia muitos séculos antes de Cristo; mas os cristãos tinham o argumento irreplicável de que o Demônio astutamente forjou falsificações à frente da verdadeira Vinda de forma à iludir a humanidade.
A Páscoa – a morte aceita por Jesus, sua descida ao Inferno e ressurreição – pode ser vista como a versão cristã do tema do casamento sacrificial, pois ‘Inferno’ é nesse sentido a visão do monoteísmo patriarcal sobre o inconsciente coletivo, o aspecto feminido odiado, a Deusa, no qual o Deus sacrificado é mergulhado como o prelúdio necessário ao renascimento. A “Angústia do Inferno” [vivida por] Cristo, como descrita no Evangelho apócrifo de Nicodemo, envolvia o seu resgate das almas dos justos da senda (?) de Adão “que adormeceram desde o início do mundo” e a ascensão dos mesmos para o Céu. Despido do dogma teológico, isto pode ter um significado positivo – a reintegração dos tesouros enterrados do inconsciente (‘a dádiva da Deusa’) com a luz da consciência analítica (‘a dádiva do Deus’).
A primavera, também, era uma estação especial em tempos clássicos e pré-clássicos para uma forma do casamento sacrificial que era também mais gentil e mais positivo do que o culto de Attis – o Hieros Gamos, ou casamento sagrado. Neste, a mulher identificava a si mesma com a Deusa, e o homem mergulhava na Deusa através dela, doando da sua masculinidade mas não a destruindo, e emergindo da experiência espiritualmente revitalizado. O Grande Rito, seja simbólico ou real, é obviamente o hieros gamos das witches; e então, como agora, ele chocou muitas pessoas que não o compreenderam (1). Para um profundo comentário Junguiano sobre o hieros gamos, vide a obra Mistérios da Mulher de M. Esther Harding).
Mas no Norte, onde a Primavera chega mais tarde, estes aspectos realmente pertenciam ao Bealtaine ao invés de ao Equinócio não observado; e é em Bealtaine, como veremos, que posicionamos nosso ritual correspondente ‘Caça ao Amor’(?). Talvez seja significativo que a Páscoa (devido ao método lunar complexo de datá-lo) reflita esta sobreposição ao cair em qualquer [dia] começando logo após o Equinócio até um pouco antes de Bealtaine. A Páscoa [Easter], pelo jeito, tomou este nome da deusa Teutônica Eostre, cujo nome é provavelmente ainda uma outra variante de Ishtar, Astarte e Aset (o nome egípcio correto ‘Isis’ sendo a forma grega). Os ritos de primavera de Eostre trazem uma aparência familiar àqueles da Ishtar babilônica. Outra peça de ‘bagagem’ pagã !
(1) Os oponentes mais selvagens do hieros gamos e tudo o que ele defendia eram naturalmente os profetas hebreus. Suas críticas contra “prostituição” e “meretrício seguindo a deuses estranhos”, com o que abunda o Antigo Testamento, eram políticas, e não éticas. O culto à Deusa que os rodeava, e ao qual as famílias hebraicas comuns ainda se apegavam por séculos juntamente com o culto oficial de Yahweh, era uma ameaça direta ao sistema patriarcal que eles estavam tentando impor. Pois à menos que cada mulher fosse uma propriedade exclusiva de seu marido, e virgem no casamento, como se poderia ter certeza da paternidade ? E a paternidade inquestionável era a pedra fundamental de todo o sistema. Dessa forma eis a pena de morte bíblica por adultério, para noivas descobertas como não-virgens e até mesmo para as vítimas de estupro (à menos que elas não fossem nem casadas nem noivas, em cujo caso elas tinham que se casar com o estuprador); a crueldade com que os hebreus, “segundo a palavra do Senhor”, massacraram a população inteira das cidades conquistadas de Canaã, homens, mulheres e crianças (exceto para algumas virgens atraentes, as quais “a palavra do Senhor” os permitiam raptar como esposas); e mesmo a reescritura Levítica do mito da Criação para dar sanção divina à superioridade masculina (é interessante que a Serpente e a Árvore eram ambas símbolos da Deusa universalmente reconhecidos). Desta antiga batalha política, o Cristianismo (excedendo até mesmo o Judaísmo e o Islã) herdou o ódio pelo sexo, o ascetismo deformado e o desprezo por mulheres que o tem molestado [desde_ ?] os caminhos de São Paulo e que ainda está longe do seu fim. (Vide novamente os Papéis do Paraíso de Merlin Stone).
Mas se no aspecto de fertilidade humana o Equinócio de Primavera deve se curvar perante Bealtaine, ele pode apropriadamente reter o aspecto de fertilidade de vegetação, mesmo se no Norte ele marque um estágio diferente deste. Ao redor do Mediterrâneo, o Equinócio é o tempo de germinação; no Norte, é tempo de semear. Como um festivel solar, também, ele deve partilhar com os Sabás Maiores o eterno tema de fogo e luz, que tem sobrevivido fortemente no folclore da Páscoa. Em muitas partes da Europa, em particular a Alemanha, as fogueiras da Páscoa são acesas com o fogo obtido pelo sacerdote, em locais tradicionais no topo da colina muitas vezes conhecidos localmente como ‘Montanha da Páscoa”. (Restos de costumes mais antigos em maior escala –vide sob Bealtaine, pág.82 – do original). Tão distante quanto a luz iluminar, acredita-se que a terra será frutífera e os lares seguros. E, como sempre, as pessoas saltam por sobre as brasas que estão apagando, e o gado é conduzido sobre elas.
O Livro das Sombras diz que para este festival, “o símbolo da Roda deve ser colocado sobre o Altar, ladeado com velas queimando, ou fogo de alguma forma”. Então, assumindo que este seja um dos elementos tradicionais genuínos que foram dados à Gardner, podemos apreender que as witches Britânicas, ao absorver os Equinócios ‘não-nativos’ em seu calendário, usaram o símbolo da roda de fogo que também se apresenta em muitos costumes folclóricos de meio de verão através da Europa.
Uma pista de que a roda de fogo solar é uma genuína tradição equinocial, e não meramente uma escolha para ‘preencher vazio’ [da parte] de Gardner, pode ser encontrada no costume de carregar trevos no Dia de São Patrício – que cai em 17 de Março. Segundo a explicação costumeira, o trevo tornou-se o emblema nacional da Irlanda porque São Patrício uma vez usou seu formato de três folhas para ilustrar a doutrina da Trindade. Mas o Oxford English Dictionary diz que esta tradição é ‘tardio’; e de fato a primeira referência impressa à esta se deu em uma obra de botânica do século dezoito. E o Dicionário Inglês-Irlandês de Dinneen, definindo seamróg, diz que seu uso como um emblema nacional na Irlanda (e, incidentalmente, em Hanover, na pátria dos “invasores solsticiais”) é provavelmente “uma sobrevivência do trignetra, um símbolo da roda ou sol cristianizada”, e adiciona que a variedade de quatro folhas “é acreditada como trazendo sorte, relacionada à um antigo símbolo apotropaico (?) inserido em um círculo (símbolo do sol ou da roda)”.
O trevo do Dia de São Patrício se tornou padronizado como o trevo amarelo menor (Trifolium dubius ou minus), mas nos dias de Shakespeare ‘trevo’ (‘shamrock’) significava madeira marrom amarelada, Oxalis acetosella; e Dinneen define seamróg como “um trevo, trefoil, clover, um feixe de grama verde”. A obra Complete Herbal de Culpeper diz que “todas as madeiras marrom amareladas (Sorrel) estão sob o domínio de Venus”. Assim as folhas tríplices verde primavera na abotoadura da lapela do irlandês no equinócio nos remete de volta não apenas ao Deus Sol mas também, através da moderna tela da Trindade, à Deusa Tríplice. (Artemis, a Deusa Grega Tríplice da Lua, alimentou suas gazelas (?) com trevos).
E com relação à afortunada variedade de quatro folhas - qualquer psicólogo Junguiano (e os Senhores das Torres de Vigia !) lhe dirão que o círculo dividido em quatro é um símbolo arquetípico de totalidade e equilíbrio. A roda de fogo solar, a cruz Celta, o trevo de quatro folhas, o Círculo Mágico com suas quatro velas cardinais, o hieróglifo egípcio niewt significando ‘cidade’, o pãozinho de Páscoa hot-cross (???), a basílica Bizantina – todos conduzem a mesma mensagem além do tempo, muito mais antiga do que o cristianismo.
O ovo de Páscoa é, também, pré-cristão. Ele é o Ovo do Mundo, disposto pela Deusa e aberto pelo calor do Deus Sol; “e o chocar do mundo era celebrado a cada ano no Festival do Sol na Primavera” (Graves, A Deusa Branca, págs. 248-9). Originalmente, ele era um ovo de serpente; o caduceu de Hermes retrata as serpentes acasaladas, Deusa e Deus, que o produziram. Mas sob a influência dos mistérios Órficos, como Graves salienta, “uma vez que o galo era a ave Órfica da ressurreição, sagrada ao filho de Apolo, Esculápio o curador, os ovos de galinha tomaram o lugar dos ovos de serpente nos mistérios Druídicos posteriores e eram pintados de escarlate em honra ao Sol; e se tornaram ovos de Páscoa”. (Ovos decorados cozidos em uma infusão de flores eram rolados pelas encostas de morros na Irlanda no Domingo de Páscoa).
Stewart escreveu em O Que Fazem as Bruxas: “O Equinócio de Primavera é óbviamente uma ocasião para decorar o quarto com narcisos silvestres e outras flores de primavera,e também para honrar uma das mulheres mais jovens nomeando-a como a Rainha da Primavera do coven e mandá-la de volta para casa mais tarde com uma braçada de flores”. Nós nos mantivemos com este pequeno costume agradável.
A Preparação
Um símbolo da roda é colocado no altar; pode ser qualquer coisa que se considere adequada – um disco recortado pintado de amarelo ou dourado e decorado com flores de primavera, um espelho circular, uma bandeja redonda de latão ou bronze; a nossa é um prato de bateria de 14 polegadas, muito bem polido e com um buquê de narciso silvestre ou prímula em seu orifício central.
A túnica do Sumo Sacerdote (se houver) e acessórios devem apresentar o simbolismo do Sol; qualquer metal que ele porte deve ser de ouro, dourado, latão ou bronze.
O altar e o ambiente devem ser decorados com flores de primavera – particularmente aquelas amarelas como o narciso silvestre, prímula, gorse ou forsítia (?) (ambas plantas com flores amarelas). Um buquê deverá estar pronto para ser entregue à Rainha da Primavera e uma coroa de flores para sua coroação.
O caldeirão é colocado no centro do Círculo,com uma vela apagada dentro dele. Uma vela pequena está pronta no altar para a Donzela transportar o fogo para o Sumo Sacerdote.
Uma vara fálica está pronta sobre o altar.
Uma quantidade de cordas, sendo a metade do número de pessoas presentes, está preparada sobre o altar, amarradas juntas em seu ponto central em um único nó. (Caso haja um número ímpar de pessoas, adicione uma antes de dividir por dois; por exemplo, para nove pessoas pegue cinco cordas).
Se voces gostarem, podem levar um prato com ovos cozidos, com as cascas pintadas (tudo em escarlate, ou decorados como quiserem), sobre o altar – um para cada pessoa e mais um para o sidhe ou oferenda à terra. Estes poderão ser distribuidos durante a festa.
O Ritual
O Ritual de Abertura procede como de costume, porém sem a Runa das Feiticeiras.
O Sumo Sacerdote fica em pé ao Leste, e a Suma Sacerdotiza no Oeste, um olhando para o outro tendo ao meio o caldeirão. A Suma Sacerdotiza porta a vara fálica em sua mão direita. O resto do coven se distribui ao redor do perímetro do Círculo.
A Suma Sacerdotiza diz :
“Nós acendemos este fogo hoje
Na presença dos Sagrados,
Sem malícia, sem ciúmes, sem inveja,
Sem temor de nada sob o Sol
Exceto os Altos Deuses.
A Ti invocamos, Oh Luz da Vida,
Sejais Tu uma chama brilhante perante nós,
Sejais Tu uma estrela guia acima de nós,
Sejais Tu um suave caminho sob nós,
Acendei em nossos corações
Uma chama de amor pelos nossos vizinhos,
Aos nossos inimigos, aos nossos amigos, à todos os nossos parentes,
À todos os homens por toda a terra.
Oh piedoso Filho de Cerridwen,
Desde a criatura mais humilde que existe
Até o Nome que é o maior de todos”.
(2) Adaptado por Doreen Valiente de duas bênçãos escocesas gaélicas na obra Carmina Gadelica de Alexander Carmichael (vide Bibliografia – no original). Carmichael, que viveu de 1832 a 1912, reuniu e traduziu uma rica coletânea de orações e bênçãos gaélicas, comunicadas de boca em boca nas Highlands e Ilhas da Escócia. Como Doreen diz, “Esta bela poesia antiga é realmente puro paganismo com uma fina camada cristã”. A Carmina Gaelica de seis volumes, embora um tesouro para possuir, é cara; felizmente uma seleção das traduções em Inglês foi publicada como um recente livro de bolso, O Sol Dança (vide Bibliografia). As duas fontes que Doreen usou aqui serão encontradas nas páginas 231 e 49 do volume I de Carmina Gadelica, e nas páginas 3 e 11 de O Sol Dança; Carmichael as obteve de esposas de praticantes (?) em North Uist e Lochaber, respectivamente.
A Suma Sacerdotiza segura o vara fálica no alto e caminha vagarosamente deosil ao redor do caldeirão para ficar de frente ao Sumo Sacerdote. Ela diz:
“Oh Sol, estejais Tu armado para conquisar a Escuridão!”
A Suma Sacerdotiza entrega a vara fálica ao Sumo Sacerdote e então caminha para um dos lados.
O Sumo Sacerdote segura no alto a vara fálica em saudação e a repõe sobre o altar.
A Donzela acende a vela pequena em uma das velas do altar e a entrega ao Sumo Sacerdote. A Donzela então vai para um dos lados.
O Sumo Sacerdote carrega a vela pequena até o caldeirão e acende a vela do caldeirão com esta. Ele devolve a vela pequena para a Donzela, que a apaga com um sopro e a recoloca sobre o altar, pegando por sua vez as cordas.
A Donzela entrega as cordas ao Sumo Sacerdote.
A Suma Sacerdotiza organiza a todos ao redor do caldeirão, homem de frente para mulher tanto quanto for possível. O Sumo Sacerdote distribui as pontas das cordas conforme as instruções dela, retendo uma extremidade da última corda para si e entregando a outra extremidade desta para a Suma Sacerdotiza. (Caso haja um número ímpar de pessoas, com mais mulheres do que homens, ele mesmo segura duas extremidades de corda ou, com mais homens que mulheres, entrega duas extremidades de corda para a Suma Sacerdotiza; em qualquer caso, ele deve estar ligado à duas mulheres ou ela à dois homens).
Quando todos estiverem segurando uma corda, todos puxam as cordas bem esticadas, com o nó central sobre o caldeirão. Eles então começam a circular deosil na Dança da Roda, para a Runa das Feiticeiras, aumentando a velocidade, sempre mantendo as cordas esticadas e o nó sobre o caldeirão.
A Dança da Roda continua até que a Suma Sacerdotiza grite “Abaixem!” , e todo o coven senta em circulo ao redor do caldeirão. O Sumo Sacerdote recolhe as cordas (sendo cauteloso para não deixa-las cair sobre a chama da vela) e as recoloca sobre o altar.
O caldeirão é então movido para o lado da vela do Leste, e o Grande Rito é encenado.
Após o Grande Rito, o Sumo Sacerdote nomeia uma witch feminina como a Rainha da Primavera e a faz ficar de pé em frente ao altar. Ele a coroa com a coroa de flores e lhe aplica o Beijo Quíntuplo.
O Sumo Sacerdote então convoca a cada homem por sua vez para aplicar na Rainha da Primavera o Beijo Quíntuplo. Quando o último homem o tiver realizado, o Sumo Sacerdote oferece à Rainha da Primavera o seu buquê.
O caldeirão é recolocado no centro do Círculo e, iniciando com a Rainha da Primavera, todos pulam o caldeirão, à sós ou em casais – não se esquecendo de fazer um pedido.
Terminados os saltos sobre o caldeirão, a festa começa.
VI Bealtaine, 30 de Abril
Na tradição celta, os dois maiores festivais de todos são Bealtaine e Samhain – o início do Verão e o começo do Inverno. Para os celtas, como também para todos os povos de cultura pecuária, o ano tem duas estações, não quatro; divisões mais sutis eram mais de interesse de cultivadores agrícolas do que criadores de gado. Beltane, a forma anglicizada, corresponde à palavra Bealtaine (pronunciada ‘b’yol-tinnuh’, rimando aproximadamente com ‘winner’) do irlandês-gaélico moderno, o nome do mês de Maio, e à palavra Bealtuinn (pronunciada ‘b’yal-temn’, com o ‘n’ como ‘ni’ em ‘onion’) do escocês-gaélico, significando Dia de Maio.
O significado original é ‘Bel-fire’- o fogo do deus celta ou proto-celta variadamente conhecido como Bel, Beli, Balar, Balor ou o Belenus latinizado – nomes que podem ser retrocedidos até o Baal do Oriente Médio, que simplesmente significa ‘Senhor’ (1). Alguma pessoas sugeriram que Bel é o equivalente britânico-celta do Cernunnos gaulês-celta; isso pode ser verdadeiro no sentido em que ambos são divindades arquetípicas do princípio masculino, esposos da Grande Mãe, mas nós sentimos que a evidência aponta para eles sendo diferentes aspectos daquele princípio. Cernunnos é sempre representado como o Deus de Chifres; ele é acima de tudo uma divindade da natureza, o deus dos animais,o Pan celta. (Herne o Caçador, que assombra o Grande Parque Windsor com sua Caçada Selvagem, é um Cernunnos inglês mais recente, como seu nome sugeste). Ele é também algumas vezes visto como uma divindade ctônica (do submundo),o Plutão celta. Originalmente, o Deus de Chifres era sem dúvida o totem animal tribal, cuja união com a Grande Mãe teria sido o principal ritual de fertilidade do período totêmico. (Vide a obra de Lethbridge Feiticeiras; Investigando uma Religião Antiga, págs. 25-27).
(1) De interesse familiar para nós: o nome de solteira de Janet era Owen,e a tradição da família owen afirma descender dos senhores de Canaã de Shechem, que por si mesmos afirmavam serem da semente de Baal.
Bel, por outro lado, era ‘O Brilhante’, deus de luz e fogo. Ele possuía qualidades como o Sol (escritores clássicos o igualavam à Apolo) mas ele não era, estritamente falando, um Deus-Sol; como temos destacado, os Celtas não eram orientados pelo Sol. Nenhum povo que cultuasse o Sol como um deus o daria um nome feminino – e grian (gaélico irlandês e escocês para ‘Sol’) é um nome feminino. Assim existe Mór, um nome irlandês personalizado para o Sol, como na saudação “Mór dhuit’ – ‘Que o Sol te abençôe’. Pode parecer uma diferença sutil, mas um símbolo de deus não é sempre considerado como a mesma coisa que o próprio deus por seus adoradores. Os cristãos não adoram um cordeiro ou uma pomba, nem os antigos egípcios adoravam um babuíno ou um falcão; embora os dois primeiros sejam símbolos de Cristo e do Espírito Santo, e os outros dois de Thot e Horus. Para alguns povos, o Sol era um deus, mas não para os Celtas com seu Sol feminino, muito embora Bel/Balor, Oghma, Lugh, e Llew possuíssem atributos solares. Uma oração popular tradicional gaélico-escocesa (vide Miscelânea Céltica, de Kenneth Jackson, item 34) se refere ao Sol como “mãe feliz das estrelas”, se erguendo “como uma jovem rainha em flor”. (Para maior evidência de que o calendário ritual dos Celtas pagãos era orientado para o ano da vegetação natural e da criação de gado, e não para o ano solar e a agricultura, vide o Ramo Dourado de Frazer, págs. 828-830).
Simbólicamente, ambos os aspectos de Cernunnos e o de Bel podem ser vistos como modos de visualizar o Grade Pai que impregna a Grande Mãe (2). E estes são os dois temas que dominam o festival May Eve/May Day através do folclore celta e britânico: fertilidade e fogo.
(2) Sempre existe sobreposição. O gigante Cerne Abbas recortado na relva Dorset é uma figura de Baal, como mostrado por seu bastão e falo Hercúleos, e seu nome local, Helith, é claramente o Grego helios (Sol); ainda assim ‘Cerne’ é claramente igual a Cernunnos. E o Baal Hammon de Carthage era também um Baal ou Bel verdadeiro (sua consorte Grande Mãe tinha o nome de Tanit – compare à Dana irlandesa e à Don, de Gales); ainda assim ele possuia chifres.
Os fogos de Bel eram acesos nos topos das colinas para celebrar o retorno da vida e da fertilidade ao mundo. Nas Highlands escocêsas até recentemente no século dezoito, Robert Graves nos conta (A Deusa Branca, pág.416), o fogo era aceso ao se prefurar uma tábua de carvalho, “mas apenas no acendimento do fogo (need-fire_?) de Beltane, ao qual era atribuída virtude miraculosa . . . Este originalmente culminava no sacrifício de um homem representando o deus-Carvalho”. (É interessante que em Roma as Virgens Vestais, guardiãs do fogo sagrado, costumavam atirar manequins feitos de juncos dentro do Rio Tiber na lua cheia de Maio como sacrifícios humanos simbólicos).
Na Irlanda pagã ninguém podia acender um fogo de Bealtaine até que o Ard Ri, o Alto Rei, tivesse acendido o primeiro na Colina Tara (Tara Hill). Em 433 AD, São Patrício demonstrou uma perspicaz compreensão do simbolismo quando ele acendeu um fogo na Colina Slane, a dez milhas de Tara, antes que o Alto Rei Laoghaire acendesse a sua; ele não poderia ter feito uma declaração mais dramática da usurpação da liderança espiritual sobre toda a ilha. São David fez um gesto histórico similar em Gales no século seguinte.
Incidentalmente, muito do simbolismo de Tara como o foco espiritual da antiga Irlanda é imediatamente reconhecível por qualquer um que tenha operado em um Círculo Mágico. Tara é Meath (Midhe, ‘centro’) e era o assento dos Altos Reis; seu plano de terreno é ainda visível como grandes aterros gêmeos circulares. O Salão de Banquete ritual de Tara tinha um vestíbulo central para o próprio Alto Rei, circundado por quatro vestíbulos com a frente voltada para dentro que eram distribuídos entre os quatro reinos provinciais; ao Norte para Ulster, ao Leste para Leinster, ao Sul para Munster, e ao Oeste para Connacht. Eis o porque as quatro províncias são tradicionalmente conhecidas como ‘quintos’, devido ao Centro vital que as completa, como o Espírito completa e integra a Terra, o Ar, o Fogo e a Água. Mesmo as ferramentas elementais do ritual estão representadas, nos Quatro Tesouros da Tuatha Dé Danann: a Pedra do Fál (Destino) que gritou alto quando o legítimo Alto Rei sentou nela, a Espada e Lança de Lugh, e o Caldeirão do Dagda (o Deus Pai).
Todos os quatro eram símbolos masculinos, como se poderia esperar numa sociedade guerreira; mas as fundações matrilineares arquetípicas ainda brilharam na inauguração de um rei menor, regente de uma tuath ou tribo. Este era “um casamento simbólico com a Soberania, um rito de fertilidade para o qual o termo técnico era banais rígi ‘casamento real’ “. O mesmo costumava ser verdadeiro com os Altos Reis: “A legendária Rainha Medb, cujo nome significa ‘intoxicação’, era originariamente uma personificação de soberania, pois nos foi dito que ela foi a esposa de nove reis da Irlanda, e em qualquer outro lugar, que sómente aquele que tivesse se casado com ela poderia ser rei. Sobre o Rei Cormac foi dito . . . ‘até que Medb tivesse dormido com o rapaz, Cormac não foi rei da Irlanda’”. (Dillon e Chadwick, em Os Reinos Celtas, pág.125).
É fácil perceber, então, porque Tara teria que ser o ponto de ignição para o fogo de Bel regenerativo para a comunidade; e o mesmo teria sido verdadeiro com relação aos focos espirituais correspondentes em outras terras. A Irlanda meramente veio a surgir como o país onde os detalhes da tradição tem sido mais claramente preservados.
(Sobre o total simbolismo complexo de Tara, a obra de Reese Herança Celta apresenta uma leitura fascinante para feiticeiras e ocultistas).
Uma característica do festival do fogo de Bealtaine em muitas terras era pular a fogueira. (Nós dizemos ‘era’, mas ao discutir costumes populares sazonais o tempo passado (do verbo) difícilmente prova ser inteiramente justificado). Jovens pularam fogueira para trazer para si maridos ou esposas; proporcionando aos viajantes a garantia de uma viagem segura; mulheres grávidas a assegurar um parto confortável, e assim por diante. O gado era conduzido por cima de suas cinzas – ou através de duas fogueiras destas – para assegurar uma boa produção de leite. As propriedades mágicas do festival do fogo formam uma crença persistente, como nós também veremos sob os do Meio de Verão, Samhain e Yule. (Ambos os gaélicos escocês e irlandês, incidentalmente, tem um dizer, ‘apanhado entre dois fogos de Bealtaine’, o que significa ‘apanhado em um dilema’).
Falando sobre gado – o dia seguinte, 1o de Maio, era um dia importante na antiga Irlanda. Naquele dia as mulheres, crianças e boiadeiros levavam o gado para os pastos de verão, ou ‘booleys’(buaile ou buailte), até Samhain. A mesma coisa ainda acontece, nas mesmas datas, nos Alpes e outras partes da Europa. Outra palavra gaélico irlandesa (e escocêsa) para pasto de verão é áiridh;e Doreen Valiente sugere (Feitiçaria para o Amanhã, pág.164) que “há apenas uma possibilidade de que o nome ‘Aradia’ é celta em origem”, conectado à esta palavra. Na feitiçaria do norte da Itália que, como Leland (vide Bibliografia – no original) mostrou, deriva de raízes etruscas, Aradia é a filha de Diana (ou, como os próprios etruscos a chamam, Aritimi, uma variante do grego Artemis). Os etruscos floresceram na Tuscany (Toscana_?) aproximadamente do oitavo ao quarto século antes de Cristo, até os romanos conquistarem a última de suas cidades-estados, Volsinii, em 280 AC. Do quinto século em diante, eles tiveram muito contacto com os celtas gauleses, algumas vezes como inimigos, algumas vezes como aliados; assim pode muito bem ser que os celtas trouxeram Aradia para lá. ‘Filha’, no desenvolvimento dos panteões, muitas vezes significa ‘versão posterior’ – e na lenda de Aradia, Aradia aprendeu muito de sua sabedoria através de sua mãe, o que corresponderia com o fato indubitável que a brilhante civilização etrusca era admirada e invejada pelos seus vizinhos celtas. É interessante que, em ambos escocês e irlandes, áiridh ou uma leve variante desta também significa ‘valor, mérito’.
E no caso em que qualquer um pense que Aradia chegou à Bretanha apenas através das pesquisas de Leland do século dezenove – na forma ‘Herodias’ela aparece como um nome inglês de deusa das feiticeiras no Canon Episcopi do décimo século.
Voltemos ao Bealtaine. O carvalho é a árvore do Deus do Ano Crescente (que vai amadurecendo – N.doT.); o pilriteiro, nesta estação, é a árvore da Deusa Branca. O forte tabu folclorico relativo à quebrar galhos de pilriteiro ou de trazê-los para dentro de casa é tradicionalmente suspenso na Véspera de Maio, quando galhos deste podem ser cortados para o festival da Deusa. (Fazendeiros irlandeses, e mesmo construtores de estradas que fazem terraplanagem, ainda são relutantes em cortar pilriteiros solitários; um pilriteiro ‘encantado’ (?) colocou-se no meio de um pasto na fazenda em que vivíamos em Ferns, Condado de Wexford, e exemplos respeitados similares podem ser vistos por todo o país).
Contudo, se voce quiser flores para seu ritual (por exemplo, como arranjos nos cabelos das feiticeiras), voce não poderá estar certo de encontrar pilriteiros floridos tão cedo quanto na Véspera de Maio, e voce provavelmente terá que se contentar com as folhas novas. Nossa própria solução é usar [a planta] blackthorn, cujas flores aparecem em Abril, à frente das folhas. O blackthorn (sloe) é também uma árvore da Deusa nesta estação – mas ela pertence à Deusa em seu aspecto sombrio, devorador, como o amargo de seu fruto de outono poderia sugerir. Ela costumava ser considerada como ‘a árvore das feiticeiras’ – no sentido malévolo – e azarenta. Porém temer o aspecto sombrio da Deusa é não perceber a verdade de que ela consome apenas para dar um novo nascimento. Se os Mistérios pudessem ser resumidos em uma sentença, ela poderia ser esta: “No âmago da Mãe Brilhante está a Mãe Sombria, e no âmago da Mãe Sombria está a Mãe Brilhante”. O tema sacrifício-e-renascimento do nosso ritual de Bealtaine reflete esta verdade, também, para simbolizar os dois aspectos em equilíbrio, nossas mulheres portam pilriteiro em folha e blackthorn em flôr, entrelaçados.
Outro tabu suspenso na Véspera de Maio era aquele antigo tabu britânico de caçar a lebre. A lebre, tanto quanto sendo um animal da Lua, tem uma boa reputação pela [randiness_? e] fecundidade; também a tem o bode, e ambos figuram no aspecto sacrificial das tradições de fertilidade em May Day. A Caçada do Amor é uma forma difundida desta tradição; está subjacente na lenda da Lady Godiva e a da deusa teutônica Eostre ou Ostara de quem a Páscoa recebeu seu nome, tanto quanto os festivais populares como a cerimônia ‘Obby Oss’ de May Day em Padstow, Cornwall. (Sobre a tentadora e misteriosa figura da mulher da caçada do amor “nem vestida nem despida, nem a pé nem a cavalo, nem na água nem em terra seca, nem com nem sem um presente”, que é “facilmente reconhecida como o aspecto Véspera de Maio da deusa do Amor-e-Morte”, vide Graves, A Deusa Branca, pág.403 em diante).
Mas à parte da – ou melhor, em ampliação da – encenação desses mistérios de Deusa e Deus-Rei, Bealtaine para as pessoas comuns era um festival de sexualidade e fertilidade humana destituido de vergonha. Maypole, nozes, e a ‘toga de verde’ eram símbolos francos do penis, testículos, e a cobertura de uma mulher por um homem. Dançar ao redor do maypole (mastro enfeitado para o festival – N.doT.), procurar nozes na floresta, ‘casamentos de folhagem verde’(?) e ficar em pé toda a noite para assistir o nascer do sol de Maio, eram atividades inequívocas, eis o porque os Puritanos os suprimiram com tal horror pio. (O Parlamento tornou os maypoles ilegais em 1644, mas eles voltaram com a Restauração; em 1661 um maypole com 134 pés de altura foi erguido em Strand).
Robin Hood, a Jovem Marian e João Pequeno desempenharam um grande papel no folclore de May Day; e muitas pessoas com sobrenomes tais como Hodson, Robinson, Jenkinson, Johnson e Godkin devem sua ancestralidade à algum May Eve distante nas florestas.
Ramos e flores costumavam ser trazidos da floresta na manhã de Maio para decorar as portas e janelas da vila, e jovens carregariam guirlandas em procissão, cantando. As guirlandas eram geralmente de argolas cruzadas. Sir J.G.Frazer escreveu no início deste século: “Parece que uma argola envolta em rowan e marigold (tipos de planta) do brejo, e mantendo suspensas duas bolas entre esta, é ainda carregada em May Day por aldeões em algumas partes da Irlanda. As bolas, que são algumas vezes cobertas com papel dourado e prateado, são relatadas como tendo originalmente representado o sol e a lua”. (O Ramo Dourado, pág.159). Pode ser – porém Frazer, esplêndido pioneiro que era, muitas vezes parecia estar (ou, no clima de seu tempo, discretamente fingia estar) cego ante o simbolismo sexual.
Outro costume da manhã de Maio na Irlanda era ‘deslizar [a mão] nos poços’. Voce iria até o poço de um vizinho próspero (presumivelmente antes de ele se levantar e estar por perto) e deslizaria [a mão] na superfície da água, para adquirir a sorte dele para voce. Em outra variação deste costume, voce deslizaria [a mão] no seu próprio poço, para assegurar uma boa produção de manteiga para o ano – e também, como se pode advinhar, para antecipar-se a qualquer vizinho que estivesse atrás da sua sorte.
A memória popular sobrevive de maneiras curiosas. Um amigo de Dublin – um bom católico por volta de seus cinquenta anos – nos conta que quando ele era um garoto em County Longford ao norte, seu pai e sua mãe costumavam levar as crianças para fora na meia noite na Vespera de Maio, e toda a família dançaria despida em meio às jovens plantações. A explicação que era dada às crianças era que isso os protegeria de pegar resfriados pelos próximos doze meses; mas seria interessante saber se os próprios pais acreditavam que isso era o verdadeiro motivo ou se estavam sabendo da fertilidade das plantações e estariam dando às crianças uma ‘respeitável’ explicação no caso de elas falarem – particularmente aos ouvidos do sacerdote. Nosso amigo também nos conta que as sementes eram sempre plantadas por volta de 25 de Março para assegurar uma boa colheita; e 25 de Março costumava ser considerado como o Equinócio da Primavera (compare 25 de Dezembro para o Natal ao invés do solstício astronômicamente exato).
“Uma das superstições mais difundidas na Inglaterra era a de que lavar o rosto com o orvalho da manhã de Maio embelezaria a pele”, diz a Encyclopaedia Britannica. “Pepy faz referência à prática em seu Diário, e mais tarde em 1791 um jornal de Londres reportou que ‘ontem’, sendo primeiro de Maio, um certo número de pessoas entrou nos campos e banhou suas faces com o orvalho da grama com a idéia que isso as tornaria mais belas’”. A Irlanda tem a mesma tradição.
Mas retornemos à folhagem verde. Hoje, a superpopulação e não a baixa população é o problema da humanidade; e atitudes mais iluminadas relativas aos relacionamentos sexuais (embora ainda se desenvolvendo de maneira não uniforme) dificilmente seriam compatíveis com o método orgia folhagem-verde (?) de produção de uma nova safra de Hodsons e Godkins. Mas ambas a alegre franqueza e o obscuro mistério podem e devem ser expressados. Eis com o que todos os Sabás se relacionam.
Em nosso rito de Bealtaine, nós tecemos o tanto quanto pudemos do simbolismo tradicional, evitando sobrecarregá-lo e estragar o fio de sua lâmina com obscuridade – ou, pior ainda, tirar a graça dele. Deixamos o leitor discernir sobre o tecido. Mas talves seja válido mencionar que a declamação do Sumo Sacerdote, “Eu sou um gamo de sete cornos,” etc., consiste daquelas linhas da Canção de Amergin que pertence, segundo a designação de Robert Graves, às sete árvore-meses no ciclo do Rei do Carvalho.
Nós adicionamos um pequeno rito bem separado que nos foi sugerido pela leitura de Fasti de Ovid. Em 1 de Maio os romanos prestavam homenagem à seus Lares, ou deuses do lar; e pareceu apropriado para nós fazer o mesmo na noite quando o fogo de Bel é apagado e novamente aceso. Todas as casas, para ser honesto, possuem objetos que são efetivamente Lares. A nossa inclui uma Venus de Milo de um pé de altura adquirida pelos pais de Stewart antes de ele nascer; levemente desgastada, duas vezes quebrada em dois e emendada, ela veio a se tornar uma Guardiã do Lar muito amada e um verdadeiro Lar. Ela agora sorri Helenisticamente por sobre nossos ritos de Bealtaine. Outras witches podem também achar que esta pequena homenagem anual é um agradável costume para se adotar.
A Preparação
O caldeirão é colocado no centro do Círculo, com uma vela acesa dentro deste; isto representa o fogo de Bel (Bel-fire).
Ramos de pilriteiro e blackthorn decoram o altar, e ornamentos de ambas as plantas combinadas (com os espinhos retirados) são elaborados para as witches femininas. (Uma aplicação de spray de cabelo sobre as flores feita anteriormente ajudará a evitar que as pétalas caiam). O pilriteiro e o blackthorn devem ser colhidos na própria Véspera de Maio, e é costume pedir desculpas e explicar para cada àrvore [o motivo] enquanto voce corta as plantas.
Se folhas de carvalho puderem ser encontradas nesta estação na sua área, um ornamento destas é feito para o Sumo Sacerdote, em seu papel como Rei do Carvalho. (Uma coroa permanente de carvalho é um acessório útil para o coven – vide sob Yule, pág.145 – do original – N.doT.).
Um cachecol ou pedaço de gaze verde, pelo menos com uma jarda quadrada de tamanho, é colocado junto ao altar.
Tantos tocos de vela quanto o número de pessoas no coven são colocados junto ao caldeirão.
Os ‘bolos’ para consagração nesta ocasião devem ser um prato de nozes.
Caso voces estejam incluindo o rito para o Guardião da Casa, este (ou estes) é (são) posicionado(s) na borda do Círculo próximo à vela do Leste, com um ou dois joss-sticks (pedaços de madeira / palitos _ ?) num suporte prontos para serem acesos no momento apropriado. (Se o seu Guardião não for móvel, um símbolo deste pode permanecer em seu lugar; por exemplo, caso seja uma árvore em seu jardim, traga para dentro um ramo desta – novamente com a desculpa e a explicação apropriadas).
O Ritual
Após a Runa das Feiticeiras, as pessoas do coven se espalham ao redor da área do Círculo entre o caldeirão e o perímetro e começam um bater de palmas suave e rítmico.
O Sumo Sacerdote toma o cachecol verde, pega-o na sua extensão como se fosse uma corda e segura uma extremidade em cada mão. Ele começa a se mover na direção da Suma Sacerdotiza, fazendo como se fosse lançar o cachecol por sobre os ombros dela e puxá-la para ele; mas ela vai para trás se afastando dele, provocativamente.
Enquanto o coven continua com seu bater de palmas rítmico, a Suma Sacerdotiza continua à esquivar-se do Sumo Sacerdote perseguidor. Ela o chama com gestos e o provoca mas sempre se afasta para trás antes que ele possa capturá-la com o cachecol. Ela ondula para dentro e para fora do coven, e as outras mulheres passam pelo caminho do Sumo Sacerdote para ajudá-la à se esquivar dele.
Após um certo tempo, digamos após duas ou três ‘voltas’ no Círculo, a Suma Sacerdotiza permite que o Sumo Sacerdote a capture lançando o cachecol por sobre sua cabeça em seus ombros e puxando-a para ele. Eles se beijam e se separam, e o Sumo Sacerdote entrega o cachecol para outro homem.
O outro homem então persegue a sua parceira, que se esquiva deste, acena para ele e o provoca exatamente da mesma forma; o bater de palmas segue durante todo o tempo. (Vide Ilustração 12). Após um certo tempo ela, também, se permite ser capturada e beijada.
O homem então entrega o cachecol para outro homem, e o jogo de perseguição continua até que todos os casais no coven tenham participado.
O último homem então entrega o cachecol de volta para o Sumo Sacerdote.
Mais uma vez o Sumo Sacerdote persegue a Suma Sacerdotiza; mas desta vez o compasso é muito mais lento, quase imponente, e o esquivar e os acenos dela são mais solenes, como se ela o estivesse tentando para o perigo; e desta vez as outras não interferem. A perseguição continua até que a Suma Sacerdotiza se posicione entre o caldeirão e o altar, de face para o altar e a dois ou três passos deste. Então o Sumo Sacerdote pára com suas costas voltadas para o altar e a captura com o cachecol.
Eles se abraçam solenemente porém sem reservas; mas após alguns segundos do beijo, o Sumo Sacerdote deixa o cachecol cair de suas mãos, e a Suma Sacerdotiza o solta e dá um passo para trás.
O Sumo Sacerdote se ajoelha, senta-se sobre seus calcanhares e abaixa sua cabeça, queixo sobre o peito.
A Suma Sacerdotiza abre seus braços, assinalando para que cesse o bater de palmas. Ela então chama duas mulheres pelos nomes e as posiciona uma em cada lado do Sumo Sacerdote, olhando para o centro [no caso o S.Sacerdote] de forma que as três olhem por cima dele. A Suma Sacerdotiza pega o cachecol, e as três o esticam entre elas por sobre o Sumo Sacerdote. Elas o abaixam lentamente e então o soltam, de modo que ele cubra a cabeça dele como um manto.
A Suma Sacerdotiza manda as duas mulheres voltarem para seus lugares e chama dois homens pelos nomes. Ela os instrui para apagarem as duas velas do altar (não a vela da Terra), e quando eles assim o tiverem feito, ela os manda de volta para seus lugares.
A Suma Sacerdotiza então se vira e se ajoelha próximo ao caldeirão, de face para este. Ela gesticula para que o resto do coven se ajoelhe em volta do caldeirão com ela.
Apenas o Sumo Sacerdote permanece onde ele está em frente ao altar, ajoelhado porém ‘morto’.
Quando todos estiverem posicionados, a Suma Sacerdotiza apagará a vela dentro do caldeirão e ficará em silêncio por um momento. Então ela diz :
“O fogo de Bel está extinto, e o Rei do Carvalho está morto. Ele abraçou a Grande Mãe e morreu por seu amor; então assim tem sido, ano após ano, desde que o tempo começou. Ainda mais se o Rei do Carvalho está morto – aquele que é o Rei do Ano Crescente – tudo está morto; os campos não tem produção, as árvores não tem frutos, e as criaturas da Grande Mãe não tem juventude (?). O que faremos, portanto, para que o Rei do Carvalho possa viver novamente ?
O coven responde :
“Reacender o fogo de Bel!”
A Suma Sacerdotiza diz :
“Que assim seja”.
A Suma Sacerdotiza pega um toco de vela, se levanta, vai até o altar, acende o toco de vela com a vela da Terra e se ajoelha novamente próximo ao caldeirão. Ela reacende a vela do caldeirão com seu toco de vela. (Vide Ilustração 7 – do original). Ela então diz :
“Peguem um toco de vela cada um de vocês e o acendam com o fogo de Bel”.
O coven assim o faz; e finalmente a Suma Sacerdotiza acende um segundo toco de vela para si mesma. Chamando as duas mulheres originais para acompanhá-la, ela se levanta e se vira para olhar o Sumo Sacerdote. Ela gesticula para que as duas mulheres levantem o cachecol da cabeça do Sumo Sacerdote; elas assim o fazem (Vide Ilustração 8 – do original) e colocam o cachecol no chão.
A Suma Sacerdotiza manda as duas mulheres de volta para seus lugares e chama os dois homens. Ela os instrui para reacenderem as velas do altar com seus tocos de vela. Quando eles assim o tiverem feito, ela os manda de volta para os seus lugares.
Ela então entrega um de seus tocos de vela para o Sumo Sacerdote (que durante todo o tempo até agora não se moveu) e diz:
“Volte para nós, Rei do Carvalho, para que a terra possa ser frutífera.”
O Sumo Sacerdote se levanta, e aceita o toco de vela. Ele diz :
“Eu sou um gamo de sete cornos;
Eu sou uma grande enchente numa planície;
Eu sou um vento sobre as águas profundas;
Eu sou uma lágrima brilhante do sol;
Eu sou um falcão sobre um rochedo;
Eu sou amável entre as flores;
Eu sou um deus que faz a cabeça em chamas (?) com fumaça”
A Suma Sacerdotiza e o Sumo Sacerdote conduzem uma dança circular à volta do caldeirão, o resto do coven os seguindo, todos carregando seus tocos de vela. A atmosfera se torna alegre. Enquanto dançam, eles cantam :
“Oh, não conte ao Sacerdote ( /padre_?) sobre a nossa Arte,
Ou ele poderia chamá-la de pecado;
Mas nós estaremos nas florestas por toda a noite,
Conjurando o Verão para vir !
E nós lhe trazemos as novas de viva voz
Para as mulheres, gado e plantação (?) –
Agora o Sol está vindo do Sul
Com Carvalho, e Freixo, e Arbusto!” (3)
Eles repetem Com Carvalho, e Freixo, e Arbusto!” ad lib. (do Latim - à vontade_?) até que a Suma Sacerdotiza sopre seu toco de vela e o coloque no caldeirão. O resto faz o mesmo. Então todo o coven se dá as mãos e circulam cada vez mais rápido. De vez em quando a Suma Sacerdotiza chama por um nome ou nomes [dos componentes] de um par, e quem quer que seja chamado se desliga do círculo, salta o caldeirão e se reúne ao círculo. Quando todos tiverem saltado, a Suma Sacerdotiza grita “Abaixem! ” e todos se sentam.
Aquilo, à parte do Grande Rito, é o final do ritual de Bealtaine; mas se for para o Guardião da Casa ser homenageado, este ritual é feito de forma muito adequada enquanto o resto do coven estiver relaxando. O ritual do Guardião é naturalmente realizado pelo casal, ou pessoa, em cuja casa o Sabá estiver sendo realizado – que podem ou não ser a Suma Sacerdotiza e o Sumo Sacerdote. Se for uma pessoa só, seu ou sua parceiro(a) de trabalho poderá lhe assistir; caso ele ou ela não tenha parceiro, a Suma Sacerdotiza ou o Sumo Sacerdote poderá fazer este papel.
(3) Esta (o único item substancial no ritual de Bealtaine do Livro das Sombras) é uma versão levemente modificada do verso 5 do poema de Rudyard Kipling Uma Canção da Árvore, da estória “Espada de Weland” em Puck of Pook’s Hill. Este é um dos mais felizes empréstimos de Gerald Gardner, e estamos seguros que a variação de Kipling não importa.
O casal se aproxima da vela do Leste, enquanto o resto do coven se mantém sentado mas voltam suas faces para o Leste acompanhando-os.
Uma pessoa do casal acende a tocha (? / vela ?) em frente ao Guardião, enquanto o outro diz:
“Guardião desta Casa, vigiai-a durante o ano por vir, até que novamente o fogo de Bel seja extinto e reacendido. Abençoe esta casa, e seja abençoado por ela; permiti que todos os que vivem aqui, e todos os amigos que aqui são bemvindos, prosperem sob este teto. Que assim seja!”
Todos dizem:
“Que assim seja!”
O casal se reune ao coven.
Bealtaine e Samhain são ‘Noites das Travessuras’ tradicionais – que Doreen Valiente denominou “os tempos de intervalos, quando o ano estava oscilando sobre suas juntas, as portas do Outro Mundo estavam abertas, e qualquer coisa poderia acontecer”. Então quando tudo estiver feito, o Grande Rito celebrado, e o vinho e as nozes partilhados, esta é a noite para os castigos (nesse contexto, ‘castiguinhos’ conforme o tipo de brincadeira – N.do T.). Ao impor pequenas tarefas ou ordálias bizarras, a criatividade da Suma Sacerdotiza poderá sair de controle – sempre sendo lembrado, naturalmente, que é privilégio do Sumo Sacerdote planejar uma punição para ela.
Um comentário final; se voces estiverem realizando seu festival de Bealtaine ao ar livre, o fogo de Bel que é aceso deve ser uma fogueira. Este deve ser deixado pronto com um [tipo de] acendimento que pegue rápido. Mas o velho fogo de Bel que a Suma Sacerdotiza apaga deve ser uma vela, protegida se necessário dentro de uma lanterna. Isso não seria praticável, à menos que o Sabá fosse um acontecimento em larga escala, apagar uma fogueira no meio do ritual.
Caso voces morem em uma área onde a atividade da feitiçaria é conhecida e respeitada – ou pelo menos tolerada – e possam fazer uso de um topo de colina, o súbito esplendor de um fogo de Bealtaine na escuridão poderá estimular algumas memórias folclóricas (atavismos_?) interessantes.
Mas se voce acender de fato uma fogueira – nesta ou em qualquer outra ocasião, tenha um extintor de incêncio ao alcance da mão em caso de emergência. Feiticeiras que provocam incêndios em matas ou florestas perderão rápidamente qualquer respeito que tenham conquistado no local; e muito certamente seu direito também.
VII Meio do Verão, 22 de Junho
A significação do Deus-Sol do Sabá do Meio do Verão é, literalmente, tão clara quanto o dia. No Solstício de Verão, ele está em sua forma mais alta e mais brilhante, e seu dia está na sua mais longa extensão. As feiticeiras, naturalmente e corretamente, saúdam-no e honram-no no pico de seu ciclo anual, invocando-o para “pôr para longe os poderes da escuridão” e para trazer fertilidade para a terra. O Meio do Verão é talvez o mais celebrado de todos os Festivais, no sentido de que ele regozija na total efusão da abundância do ano, o apogeu da luz e calor.
Mas o ciclo do Sabá, mesmo nas alturas de sua alegria, sempre leva em conta o que se encontra por trás e à frente. Como os antigos gregos declaravam: “Panta rhei, ouden menei” (1) – “Tudo flui, nada é estático”. A vida é um processo, não um estado; e os Sabás das feiticeiras são essencialmente um meio de se colocar em sintonia com aquele processo.
(1) Heráclito, c.513AC.
Assim no Meio do Verão, o aspecto do ‘processo’ é refletido no outro tema de Deus – aquele do Deus do Carvalho e do Rei do Holly. No Meio do Verão, o Rei do Carvalho, Deus do Ano Crescente, é derrubado pelo Rei do Holly, seu gêmeo, o Deus do Ano Minguante, porque o irradiante pico do verão é também, por sua verdadeira natureza, o início do reinado do Rei do Holly, com sua inexorável progressão rumo ao nadir escuro do meio do inverno, quando ele por sua vez morrerá nas mãos do ressucitado Rei do Carvalho.
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ERRATA : Holly é o nome de uma planta. Assim, deste ponto para trás, onde estiver “Santo Rei” leia-se “Rei do Holly (a planta)”. N.do T.
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A morte do Rei do Carvalho no meio do verão tem tomado muitas formas na mitologia. Ele foi queimado vivo, ou cegado com uma estaca de mistletoe (um tipo de planta), ou crucificado numa cruz em T; e nos tempos antigos o ator humano representando o Rei do Carvalho era assim sacrificado de verdade. Sua morte era seguida de uma vigília de sete dias. Mas o próprio Rei do Carvalho, como Deus do Ano Crescente, retirou para as estrelas circumpolares, a Corona Borealis, a Caer Arianrhod celta – aquela roda giratória dos céus que os antigos egípcios chamavam ikhem-sek, ‘não-conhecendo-destruição’, porque suas estrelas nunca desapareciam abaixo do horizonte mesmo no meio do inverno. Aqui ele aguardava seu renascimento igualmente inevitável.
Robert Graves sugere que a estória bíblica de Sansão (um herói folclórico do tipo Rei do Carvalho) reflete este padrão; após ser destituído de seus poderes, ele é cegado e enviado para trabalhar em um moinho giratório. (Alguém poderia também sugerir que Dalila, que preside sobre sua queda, representa a Deusa como Morte-em-Vida e que, ao rebaixá-la à vilã, o patriarcalismo hebreu esqueceu ou suprimiu a sequela – de que no devido curso, como Vida-em-Morte, ela seria destinada à presidir sobre sua restauração).
Graves salienta, mais ainda, que “uma vez que na prática medieval São João Batista, que perdeu sua cabeça no Dia de São João” (24 de Junho), “encampou o título e os costumes do Rei do Carvalho, era natural deixar Jesus, como o piedoso sucessor de João, encampar o Rei do Holly . . . ‘Dentre todas as árvores que estão na floresta, a holly porta a coroa’. . . A identificação do pacífico Jesus com o holly ou o holly-carvalho deve ser lamentada como poéticamente inepta, exceto na extensão em que ele declarou que ele viera para trazer não a paz mas a espada”. (A Deusa Branca, págs.180-181).
Qualquer ritual significativo de Sabá de Meio de Verão deve abraçar ambos os temas-de-Deus, pois os solstícios são pontos importantes a respeito deles. Mas e sobre a Deusa ? Qual é o seu papel no drama do Meio do Verão ?
A Deusa, como temos ressaltado, não é parecida ao Deus no sentido em que ela nunca está sujeita à morte e ressurreição. De fato, ela nunca muda – ela meramente apresenta faces diferentes. No solstício de Inverno ela apresenta seu aspecto Vida-em-Morte; embora seu corpo-Terra pareça frio e estático, ainda assim ela concede o nascimento ao novo Deus-Sol e preside sobre a substituição do Rei do Holly pelo Rei do Carvalho com sua promessa de vida renovada. No solstício de verão ela apresenta o seu aspecto Morte-em-Vida; seu corpo-Terra é exuberantemente fecundo e sensual, saudando sua consorte do Deus-Sol no zênite de seus poderes – ainda assim ela sabe que este é um zênite transitório, e ao mesmo tempo ela preside sobre a morte do Rei do Carvalho e o entronamento de seu gêmeo obscuro (porém necessário, e portanto não malévolo). No Meio do Verão a Deusa dança a sua magnífica Dança da Vida; mas mesmo enquanto ela dança, ela sussurra para nós : “Panta rhei, ouden menei”.
O Meio do Verão é tanto um festival de fogo quanto um festival de água, sendo o fogo o aspecto-Deus e a água o aspecto-Deusa, tal como o ritual deve esclarecer. O Meio do Verão é também algumas vezes chamado Beltane, porque fogueiras são acesas como ocorre na Véspera de Maio; tem sido sugerido que São Patrício foi amplamente responsável por isto na Irlanda, porque ele trocou a ‘noite da fogueira’ da Irlanda para a Véspera de São João a fim de diminuir a importância das implicações pagãs da Véspera de Maio (2). Ele pode deveras ter trocado a ênfase, mas ele dificilmente poderia ter alterado o nome, porque Bealtaine significa Maio em irlandês; o uso do nome para Meio do Verão pode ter surgido apenas em países de língua não-gaélica (?).
(2) Através da maior parte da Irlanda, a noite para a fogueira comunal do Meio de Verão é 23 de Junho, a véspera do Dia de São João. Porém em alguns lugares ela é tradicionalmente em 28 de Junho, a véspera do Dia de São Pedro e São Paulo, algumas vezes conhecido como ‘Noite da Pequena Fogueira’. Nós não conseguimos encontrar a razão para esta curiosa diferença, mas possivelmente isso teria algo a ver com o antigo calendário Juliano. Em 1582 o Papa Gregório XIII varreu dez dias para tornar o calendário astronômicamente correto, e é o calendário Gregoriano que o mundo ainda utiliza hoje. (Ele não foi adotado pela Inglaterra, Escócia e Gales até 1752 – em cuja ocasião onze dias tiveram que ser retirados – e foi generalizado na Irlanda por volta de 1782). Mas é notório que em muitas partes da Europa antigos costumes populares que escaparam do encampamento oficial do cristianismo tendem à se fixar no antigo calendário (vide, por exemplo, a página 124 – do original). [A véspera de] São Pedro e São Paulo está mais próxima do Solstício do Meio do Verão do que [a véspera de] São João se a reforma Gregoriana for ignorada. Assim talvez um costume pagão arraigado, que em alguns lugares ignorava aquela reforma, estava lá meramente apegado ao dia de santo importante mais próximo para torná-lo tão respeitável quanto se pudesse conseguir.
De qualquer forma, o Meio do Verão era um importante festival do fogo através da Europa, e mesmo entre os àrabes e Berbers (membros de certa tribo muçulmana – N.do T.) do norte da África; ela era menor, e teve um desenvolvimento tardio nos países celtas, porque eles não eram originalmente ou naturalmente de orientação solar. Muitos dos costumes sobreviveram nos tempos modernos e muitas vezes envolvem o giro, ou rolamento morro a baixo, de uma roda flamejante como um símbolo solar. Como em Bealtaine e Samhain (deveras, em todo Festival) a própria fogueira tem sido sempre considerada como possuindo grande poder mágico. Nós já mencionamos (em Bealtaine) o costume de saltar a fogueira e conduzir o gado entre estas. As cinzas da fogueira eram também espargidas sobre os campos. Na Irlanda um torrão de terra queimada da fogueira da Véspera de São João era um encantamento de proteção. Em países que cultivam flax (tipo de planta) acreditava-se que a altura alcançada ao se pular a fogueira seria uma previsão da altura que seria alcançada pelo flax em seu crescimento. Os marroquinos esfregavam uma pasta feita com as cinzas em seus cabelos para evitar a calvície. Outro costume propagado através da Europa era o de fortalecer os olhos ao se olhar o fogo através de feixes de larkspur (uma planta) ou outras flores seguras na mão.
O capítulo LXII do Ramo Dourado de Frazer é uma mina de informações sobre as tradições do festival do fogo.
Para as feiticeiras modernas, o fogo é uma característica central do Sabá do Meio de Verão tal como é o de Bealtaine. Porém uma vez que o caldeirão (que na Véspera de Maio contém o fogo de Bealtaine) é utilizado no Meio do Verão para a água com a qual a Suma Sacerdotiza asperge o seu coven – e é referido como ‘o caldeirão de Cerridwen’, reafirmando seu simbolismo de Deusa – nós acessamos outra tradição de longa existência ao sugerir fogueiras gêmeas para o rito do Meio do Verão (ou velas gêmeas como seu equivalente caso o festival seja dentro de um recinto). Mágicamente, passar entre elas é considerado como o mesmo que passar sobre uma única fogueira e, se voce estiver conduzindo gado através destas como um encantamento para uma boa produção de leite, isso é óbviamente mais prático !
Dentre todos os Sabás, o Meio de Verão em climas temperados é aquele [mais adequado] para se realizar ao ar livre caso as instalações e a privacidade o permitirem; para a observância da tradição de se estar vestido de céu, ele e o Lughnasadh podem ser comprovados como sendo únicos. Mas tal como em relação aos outros Sabás, nós descrevemos o nosso ritual como [apropriado] para celebração dentro de recinto – apenas porque a adaptação de um ‘script’de uso interno para uso ao ar livre á mais fácil do que fazer do outro modo.
Páginas com fotografias- (do original, na sequência) :
1. O altar
2. (verso da página) O Ritual de Abertura : Consagrando a Água e o Sal
3. (verso da página, à direita) Consagrando os bolos
4. O Grande Rito : “Ajudai-me à erguer o antigo altar”
5. Imbolg : A Deusa Tríplice – Donzela, Mãe e Anciã
6. Imbolg : O Leito de Brigid
7. Bealtaine : “Reacenda o fogo de Bel!”
8. Bealtaine : Renascimento do Rei do Carvalho
9. (Confronto _?) Meio do Verão : O Rei do Carvalho foi derrotado pelo Rei do Holly, e a Deusa realiza sua Dança do Meio do Verão ao Sol
10. A Vara e o Chicote seguros na ‘Posição de Osiris’
Em se falando de vestir-se de céu – uma tradição do Meio de Verão pode ser de interesse para qualquer mulher que esteja ansiosa para conceber e que possua um canteiro de vegetais. Ela deve passar pelo meio deste estando despida na Véspera do Meio do Verão e também apanhar um pouco de Erva de São João (?), caso haja disponível. (Caso o seu canteiro de vegetais seja de alguma forma semelhante ao nosso, sapatos poderiam ser considerados como uma variação permissível da nudez!) Esta é uma intrigante imagem-reflexo do antigo e difundido rito da fertilidade no qual as mulheres caminhavam nuas em meio aos campos para assegurar uma colheita abundante, muitas vezes enfatizando sua magia simpática (no sentido de sintonizar energias análogas – N.do T.) ao ‘montar’ (um discreto eufemismo) ‘vassouras’ fálicas. (Vide pág.86 a respeito de uma sobrevivência disto no século XX).
A Preparação
O caldeirão é colocado diretamente em frente ao altar, com um pouco de água dentro dele e decorado com flores. Um ramo de heather é posicionado ao lado deste, pronto para a Suma Sacerdotiza aspergir água com o mesmo. (À parte deste ramo, heather é uma boa planta, simbólicamente, para decorações do Círculo nesta noite; heather vermelha é a flor apaixonada do Meio de Verão, e heather branca representa a influência moderadora – a vontade controlando ou direcionando a paixão).
Duas coroas, uma de folhas de carvalho e uma de folhas de holly, são confeccionadas e posicionadas ao lado do altar. O Sumo Sacerdote (que representa o Deus Sol) também deve ser coroado, mas do início do ritual; sua coroa deve ter coloração dourada, e ele pode adicionar quaisquer outros acessórios ou ornamentos que acentuem o simbolismo solar.
A Suma Sacerdotiza e a Donzela podem portar coroas feitas de flores de verão.
As duas velas do altar, em seus suportes, podem ser usadas no momento apropriado como as ‘fogueiras’; ou duas outras velas em suportes podem ser mantidas à disposição. Ao ar livre, naturalmente, duas pequenas fogueiras serão deixadas preparadas para um rápido acendimento – uma à meio caminho entre o centro do Círculo e a vela do Leste, outra à meio caminho entre o centro e a vela do Oeste. (O Círculo ao ar livre será, naturalmente, muito maior, deixando espaço para a dança entre e ao redor das fogueiras).
Um cachecol de cor escura é deixado próximo ao altar, pronto para uso como uma venda.
Alguns canudos são deixados sobre o altar – tantos quanto for o número de homens no Sabá, exceto para o Sumo Sacerdote. Um deles é maior do que o resto, e outro mais curto. (Se a Suma Sacerdotiza, por seus próprios motivos, decidir nomear os dois Reis ao invés de sorteá-los, os canudos naturalmente não serão necessários).
O Ritual
Após a Runa das Feiticeiras, a Donzela recolhe os canudos do altar e os segura em sua mão de forma que todas as extremidades se projetem separadamente, mas ninguém pode ver quais são o maior e o menor. A Suma Sacerdotiza diz :
“Que os homens façam o sorteio”.
Cada homem (exceto o Sumo Sacerdote) puxa um canudo da mão da Donzela e o mostra para a Suma Sacerdotiza. A Suma Sacerdotiza aponta para o homem que tirou o canudo maior e diz :
“Vós sois o Rei do Carvalho, Deus do Ano Crescente. Donzela, traga sua [dele] coroa!”
A Donzela coloca a coroa de folhas de carvalho na cabeça do Rei do Carvalho.
A Suma Sacerdotiza aponta para o homem que tirou o canudo menor e diz :
“Vós sois o Rei do Holly, Deus do Ano Minguante. Donzela, traga sua [dele] coroa!”
A Donzela coloca a coroa de folhas de holly na cabeça do Rei do Holly.
A Suma Sacerdotiza conduz o Rei do Carvalho para o centro do Círculo, onde ele fica em pé de face para o Oeste. O resto do coven fica em volta dele, olhando para o centro, com exceção da Suma Sacerdotiza e do Sumo Sacerdote, que ficam em pé de costas para o altar em um e outro lado do caldeirão.
A Suma Sacerdotiza diz :
“Com o Deus Sol no ápice de seu poder e majestade o crescimento do ano está completado, e o reino do Rei do Carvalho é finalizado. Com o Deus Sol no ápice de seu esplendor, o declínio do ano começa; o Rei do Holly deve matar seu irmão o Rei do Carvalho, e reger sobre minha terra até o [ponto] mais profundo do inverno, quando o seu irmão nascerá novamente”.
O Rei do Holly move-se até a frente do Rei do Carvalho, olhando para ele, e coloca suas mãos sobre os ombros do Rei do Carvalho, pressionando para baixo. O Rei do Carvalho cai de joelhos. Nesse meio tempo a Donzela pega o cachecol, e ela e o Rei do Holly vendam [os olhos do] Rei do Carvalho. O resto do coven volta para o perímetro do Círculo e se senta, olhando para dentro.
A Suma Sacerdotiza pega seu athame e move-se para frente;(3) o Rei do Holly toma seu lugar (dela) perante o altar, do outro lado do caldeirão a partir do Sumo Sacerdote. A Suma Sacerdotiza, com o athame na mão, dança deosil ao redor do Rei do Carvalho ajoelhado (vide Ilustração 9) enquanto o Sumo Sacerdote declama o seguinte poema, firmemente e claramente, enfatizando a batida e mantendo o ritmo :
“Dance, Senhora, dance – sobre a tumba do Rei do Carvalho,
Onde ele repousa por meio ano em teu útero tranquilo.
“Dance, Senhora, dance – no nascimento do Rei do Holly,
Que matou seu gêmeo pelo amor da Terra.
“Dance, Senhora, dance – ao poder do Deus Sol
E seu toque de ouro sobre o campo e a flor.
“Dance, Senhora, dance – com tua lâmina na mão,
Que chamará o Sol para abençoar tua terra.
“Dance, Senhora, dance – na Roda de Prata,
Onde o Rei do Carvalho repousa, [com] suas feridas para curar.
“Dance, Senhora, dance – para o reinado do Rei do Holly,
Até que seu irmão o Carvalho se erga novamente.
“Dance, Senhora, dance – no céu iluminado pelo luar
Para o Nome Tríplice pelo qual os homens te conhecem.
“Dance, Senhora, dance – na Terra que se transforma
Para o Nascimento que é Morte, e para a Morte que é Nascimento.
“Dance, Senhora, dance – para o Sol nas alturas,
Pois seu esplendor candente, também, deve morrer.
“Dance, Senhora, dance – para a longa maré do ano,
Pois através de toda mudança deves tu residir.”
(3) Isso está se ajustando simbólicamente [ao fato] que a Suma Sacerdotiza, simbolizando a Deusa, deve realizar a Dança do Meio do Verão; mas se ela achar que alguma outra de suas witches femininas é uma dançarina particularmente talentosa e poderia fazer isso com maior eficácia, ela poderá delegar a tarefa para esta.
- e agora, acelerando o ritmo -
“Dance para o Sol em glória,
Dance para a passagem do Rei do Carvalho,
Dance para o triunfo do Rei do Holly –
Dance, Senhora, dance -
Dance, Senhora, dance -
Dance, Senhora, dance . . . “
O coven se une ao cântico “Dance, Senhora, dance”, até uma rápida batida insistente, até que o Sumo Sacerdote sinalize à eles para parar e ele próprio também pare.
A Suma Sacerdotiza termina sua dança ao colocar seu athame sobre o altar. Ela e a Donzela ajudam o Rei do Carvalho a se levantar, e elas o conduzem, ainda vendado, para que ele se ajoelhe perante a vela do Oeste.
O Sumo Sacerdote então diz :
“O espírito do Rei do Carvalho partiu [do meio] de nós, para repousar no Caer Arianrhod, o Castelo da Roda de Prata; até que, com a virada do ano, virá a estação quando ele voltará a reinar novamente. O espírito partiu; portanto deixai que o homem entre nós que acolheu aquele espírito seja liberado de sua tarefa”.
A Donzela remove a venda do Rei do Carvalho, e a Suma Sacerdotiza remove sua coroa de folhas de carvalho. Elas as colocam sobre cada um dos lados da vela do Oeste e então ajudam o homem a se levantar; ele se vira e novamente se torna um integrante do coven.
O Sumo Sacerdote diz :
“Que brilhem os fogos do Meio do Verão!”
A Donzela e o Rei do Holly pegam as duas velas do altar e as colocam sobre a linha Leste-Oeste, equidistante do centro e quatro ou cinco pés separadas. Nesse meio tempo a Suma Sacerdotiza se reune ao Sumo Sacerdote no altar. (Ao ar livre, a Donzela e o Rei do Carvalho acendem as duas fogueiras).
A Donzela então pega o athame do Sumo Sacerdote do altar e fica de pé ao lado da vela de meio do verão que está no lado oeste, olhando para o Leste. O Rei do Holly pega o cálice de vinho e fica de pé ao lado da vela de meio do verão que está no lado leste, olhando para o Oeste.
O Grande Rito simbólico é então encenado pela Suma Sacerdotiza e o Sumo Sacerdote – a Suma Sacerdotiza se posicionando entre as duas velas, e a Donzela e o Rei do Holly entregando o athame e o cálice no momento apropriado.
Após o Grande Rito e a passagem do cálice, o Sumo Sacerdote fica de pé perante o altar com a vara em sua mão direita e o chicote na sua esquerda, cruzados sobre seu peito na Postura de Osíris. A Suma Sacerdotiza olha de frente para ele, e invoca alegremente : (4)
(4) Escrito por Doreen Valiente, até “Águas da Vida”.
“Poderoso do Céu, Poder do Sol, nós te invocamos em teus antigos nomes - Michael, Balin, Arthur, Lugh; vinde novamente como no passado à esta tua terra. Elevai a tua brilhante lança de luz para nos proteger. Expulsai os poderes da escuridão. Daí-nos amáveis florestas e campos verdes, orquídeas florescentes e milho maduro. Trazei-nos para permanecer sobre tua colina de visão e mostrai-nos o caminho para os amáveis reinos dos Deuses”.
Ela então traça o Pentagrama de Invocação da Terra em frente ao Sumo Sacerdote com seu dedo indicador direito. O Sumo Sacerdote ergue ambas as suas mãos para o alto e então mergulha a vara na água dentro do caldeirão. Ele então o segura ao alto, dizendo :
“A Lança para o Caldeirão, a Lança para o Graal, o Espírito para a Carne, o Homem para a Mulher, o Sol para a Terra”.
O Sumo Sacerdote deposita a vara e o chicote sobre o altar e se une ao resto do coven. A Suma Sacerdotiza pega o ramo de heather (um tipo de planta) e fica de pé próximo ao caldeirão. Ela diz :
“Dançai vós perante o Caldeirão de Cerridwen, a Deusa, e sejais vós abençoados com o toque desta água consagrada; ao mesmo tempo que o Sol, o Senhor da Vida, se ergue em sua força no sinal das Águas da Vida!”
O coven, conduzido pelo Sumo Sacerdote, começa à se mover deosil ao redor do Círculo, fora das duas velas. Assim que cada pessoa passa por ela, a Suma Sacerdotiza o(a) asperge com água com o seu ramo de heather. Quando ela tiver aspergido a todos, ela se une ao círculo de pessoas em movimento.
A Suma Sacerdotiza então ordena que todos– a sós ou em dupla à cada vez – passem entre as velas de meio do verão e que façam um desejo enquanto passam. Quando todos tiverem passado, a Suma Sacerdotiza e o Sumo Sacerdote passam juntos entre as velas. Então eles se viram para trás e pegam as duas velas e as devolvem ao altar a fim de deixar espaço livre para a dança.
A Suma Sacerdotiza e o Sumo Sacerdote então conduzem o coven em uma dança espontânea e alegre, até que a Suma Sacerdotiza decida que está na hora da etapa festiva do Sabá.
VIII Lughnasadh, 31 de Julho
Lughnasadh (pronunciado ‘loo-nus-uh’) significa ‘a comemoração de Lugh’. Em sua pronúncia simplificada, Lúnasa, isto é irlandês gaélico para o mês de Agosto. Como Lunasda ou Lunasdal (‘loo-nus-duh’, ‘-dul’), isto é escocês gaélico para Lammas, 1o de Agosto; e o equivalente Manx é Laa Luanys ou Laa Lunys. Na Escócia, o período de uma quinzena antes de Lunasda até uma quinzena depois é conhecido como Iuchar, enquanto que na Península Dingle (?) de County Kerry a segunda quinzena é conhecida como An Lughna Dubh (o festival de Lugh obscuro) – sugerindo “que eles são ecos de um cálculo lunar através do qual Lughnasa teria sido celebrado em conjunção com uma fase da lua”. (Máire MacNeill, O Festival de Lughnasa, pág.16).
Através das Ilhas Britânicas (não apenas na ‘orla Celta’ mas também em lugares tais como County Durham e Yorkshire), os costumes populares de Lughnasadh se anexaram quase inteiramente ao Domingo anterior ou Domingo posterior ao 1o de Agosto – não meramente através da cristianização mas porque eles envolviam grandes ajuntamentos de pessoas, muitas vezes em montanhas ou grandes colinas, o que era possível apenas nos dias de lazer que a cristandade tinha convenientemente providenciado.
Do que sobreviveu de Lughnasadh nestas ilhas, a Irlanda oferece uma verdadeira mina de ouro, parcialmente porque, como já destacamos, na Irlanda a cultura rural tem sido muito menos deteriorada pela cultura urbana do que em qualquer outra parte, mas também por outra razão histórica. Durante os séculos quando a religião católica era proscrita ou perseguida, o campesinato irlandês, privado de seus templos de adoração, agarrou-se o mais fervorosamente possível aos lugares sagrados em céu aberto, que era tudo o que lhe foi deixado. Assim, atendendo à um apelo muito mais antigo que o cristianismo, os sacerdotes e as pessoas escalaram juntos as sagradas alturas ou buscaram os poços mágicos, para marcar aqueles pontos de mutação no ano da Mãe Terra que eram importante para eles por demais para não serem reconhecidos meramente porque suas igrejas não tinham teto ou eram requeridas por um credo forasteiro. Em altitudes tais como em Croagh Patrick eles ainda praticam.
O livro de Máire MacNeill, citado acima, reune uma surpreendente riqueza destes sobreviventes – setecentas páginas de costumes, folclore e lendas de raiz que não se deveria deixar faltar por qualquer estudante sério dos Oito Festivais.
Quem foi Lugh? Ele foi um deus de fogo e luz do tipo Baal/Hércules; seu nome pode ser originário da mesma raiz do latim para lux, significando luz (o que também nos oferece Lucifer, ‘o portador da luz’). Ele é realmente o mesmo deus que Baal/Beli/Balor, porém uma versão porterior e mais sofisticada sobre ele. Em mitologia, a substituição histórica de um deus por uma forma posterior (seguindo-se à invasão, por exemplo, ou um avanço revolucionário na tecnologia) é muitas vezes relembrado como a matança, cegueira ou castração do mais velho por parte do mais novo, ao passo que a continuidade essencial é reconhecida ao transformar o mais novo no filho ou neto do mais velho. (Se a divindade substituída for uma deusa, ela muitas vezes ressurge como a esposa do recém-chegado). Portanto Lugh, na lenda irlandesa, foi o líder dos Tuatha Dé Danann (‘os povos da Deusa Dana’), os últimos mas não únicos (?) conquistadores da Irlanda no ciclo mitológico, enquanto que Balor era rei dos Fomors, aos quais os Tuatha Dé derrotaram; e na batalha Lugh cegou Balor. Ainda de acordo com a maioria das versões, Balor era seu avô, e Dana/Danu era a esposa de Balor. (Neste caso, o casamento rebaixou (?) Balor, não Dana).
Outras versões fazem de Lugh o filho de Balor. O folclore da nossa própria ilha [também_?] o faz, aparentemente; como Máire MacNeill (ibid., pág.408) registra : “De Ballycroy em Mayo vem um dizer proverbial em tempestades (no original consta como thunder-storms literalmente – N.do T.) :
‘Tá gaoth Lugha Lámhfhada ag eiteall anocht san era.’
‘Seadh, agus drithleógai a athar. Balor Béimeann an t-athair.’
(O vento do Longo-braço de Lugh está voando no ar hoje à noite.’
‘Sim, e as centelhas de seu pai, Balor Béimann.’)”
Lugh, então, é Balor em toda parte novamente – e certamente associado à uma revolução tecnológica. Na lenda da vitória dos Tuatha Dé, Lugh poupa a vida de Bres, um líder inimigo capturado, em troca de conselhos sobre aragem, plantio e colheita. “A história certamente contém um mito de colheita no qual o segredo da prosperidade agrícola é arrancado de um deus poderoso e relutante por Lugh” (Macneill, ibid., pág.5).
A inteligência superior e a versatilidade de Lugh são indicadas por seus títulos Lugh Lámhfhada (pronunciado ‘loo law-vawda’) e Samhioldánach (‘sawvil-dawnoch’, com o ‘ch’ como em ‘loch’), “igualmente habilidoso em todas as artes”. Seu equivalente galês (neto de Beli e Don) é Llew Llaw Gyffes, variadamente traduzido como “o leão com a mão firme” (Graves) e “o luminoso com a mão hábil” (Gantz).
Significativamente, Lugh é muitas vezes a divindade padroeira de uma cidade, tal como Carlisle (Luguvalium), Lyon na França, Leyden na Holanda e Legnica (Alemão, Liegnitz) na Polônia. As cidades eram desconhecidas dos primeiros celtas; suas primeiras cidades (Continentais) eram para conveniência comercial em negócios com as civilizações mediterrâneas, das quais elas as copiaram; para fortalezas [para] exigir tributos das rotas de comércio; ou mais tarde, como resultado da absorção do Celta Galês nos padrões do Império Romano. Sobre os Celtas Bretões, um escritor tão recente quanto Strabo (Estrabão_?) (55 AC – 25 DC) poderia ainda dizer: “Suas cidades são as florestas. Eles cercam uma grande área de árvores derrubadas e erguem cabanas para abrigar a si mesmos e seus animais, nunca com a intenção de permanecer muito tempo nestes lugares”. Então na época em que os celtas começaram a nomear cidades, Balor foi sobrepujado por Lugh – à parte do fato que uma grande proporção da população daquelas cidades seria composta por artesãos, naturalmente devotos à Lugh Samhioldánach.
Falando de conquistas – elas ocorreram naturalmente com a chegada do cristianismo, também. Um exemplo fundamental é São Miguel, que era uma forma posterior do Lúcifer que ele ‘derrotou’. T.C.Lethbridge, em Feiticeiras: Investigando uma Antiga Religião, mostrou como muitas igrejas paroquiais de São Miguel coincidem com locais onde Lugh, o Lúcifer Celta ou ‘portador da luz’, teria sido cultuado (igrejas pré-Reforma, isto é; construtores de igrejas pós-Reforma parecem Ter perdido todo o senso de magia dos locais). (1) E Miguel, na tradição mágica, rege o elemento fogo.
(1) Sobre todo o assunto pertinente à magia dos lugares, não apenas locais de culto mas também (por exemplo) sobre tais coisas como fogos de Bealtaine, a obra de Tom Graves Agulhas de Pedra é práticamente leitura essencial para feiticeiras que desejam não meramente sentir mas compreender e experimentar construtivamente o seu relacionamento com a Terra como um organismo vivo.
Que Lugh também é um tipo do deus que se submete à morte e ressurreição em um casamento sacrificial com a Deusa, isso é mais claramente percebido na lenda da sua manifestação gaulesa (?), Llew Llaw Gyffes. Esta estória aparece como parte de O Romance de Math o Filho de Mathonwy no Mabinogion; Graves oferece a tradução de Lady Charlotte Guest sobre este texto em A Deusa Branca.
Graves também declara (ibid., pág.178): “A forma anglo-saxônica da Lughomass, missa em honra do Deus Lugh ou Llew, era hlaf-mass, ‘missa do pão’, com referência à colheita de milho e ao assassinato do Rei do Milho.” Os Tailltean Games, realizados na Irlanda em Lughnasadh, eram origináriamente jogos funerários, tradicionalmente em honra de Tailte falecida mãe de criação de Lugh; mas como Graves ressalta (pág.302), esta tradição “é mais recente e corrompida”. Os jogos da vigília eram claramente para honrar o próprio Lugh sacrificado. E à menos que se compreenda o significado do tema casamento sacrificial, se poderia ficar confuso com a aparente contradição que uma antiga tradição irlandesa também se refere aos feitos das núpcias (?) de Lugh em Tailtiu; de certa forma, isto é também um obscurecimento de uma estória semi recordada, pois aquele que se casa com a Deusa na colheira já é o seu consorte do Ano Minguante. Como Máire MacNeill corretamente declara (ibid., pág.424): “Lughnasa, eu sugeriria, era um episódio no ciclo de uma estória de casamento divino mas não necessáriamente a [ocasião_?) nupcial.”
Então em Lughnasadh nós temos o paralelo de outono para o casamento sacrificial em Bealtaine com o Deus do Ano Crescente. À nível humano, é interessante que os ‘casamentos nas florestas verdes’ de Bealtaine’ foram comparados aos ‘casamentos de Teltown’ (i.e., Tailltean) em Lughnasadh, casamentos experimentais que poderiam ser dissolvidos após um ano e um dia pelo casal retornando ao local onde a união foi celebrada e partindo em direções opostas um ao outro para o Norte e o Sul. (o handfasting [união de um casal_?] Wicca tem a mesma provisão: o casal pode dissolver a união após um ano e um dia retornando à Suma Sacerdotiza que os uniu e informando-a). Teltown (Tailteann no irlandês moderno, Tailtiu no irlandês antigo) é uma vila em County Meath, onde a tradição relembra um ‘Morrinho do Dote da Noiva [?]” e um ‘Casamento Vazio’. A Feira de Tailltean parece ter se tornado nos séculos mais recentes um mero mercado de casamento, com garotos e garotas mantidos separados até que os contratos fossem assinados; porém sua origem deve ter sido muito diferente.
Ela deriva, de fato, do óenach, ou reunião tribal, dos tempos pagãos – da qual o óenach de Tailtiu era a mais importante, sendo associada com o Grande Rei, cujo assento real de Tara dista apenas 15 milhas. (MacNeill, ibid.,págs.311-338). Essas reuniões eram uma mistura de assuntos tribais, corrida de cavalos, competições atléticas e ritual para assegurar boa sorte; e Lughnasadh era uma ocasião favorita para esses eventos. O óenach Leinster de Carman, a deusa de Wexford (MacNeill, ibid. págs.339-344), por exemplo, era mantida às margens do Rio Barrow durante a semana que começava com a celebração de Lughnasadh, para garantir à tribo “milho e leite, mast (vara de pesca_?) e peixe, e para ficar livre da agressão de qualquer forasteiro”. (Gearóid Mac Niocaill, A Irlanda Antes dos Vikings, pág.49) “Tais tradições profundamente enraizadas não poderiam ser descartadas e tiveram necessáriamente que ser toleradas e cristianizadas o máximo possível. Portanto em 784 o óenach de Teltown (Tailtiu) foi santificado pelas relíquias de Erc of Slane”. Mac Niocaill também diz (pág.25) que Columcille – melhor conhecido fora da Irlanda como São Columba é acreditado por ter conquistado Lughnasadh “convertendo-a em uma ‘Festa dos Lavradores’, não aparentemente com qualquer grande sucesso”.
O comportamento ritual do Rei, como a personificação sagrada da tribo, era particularmente importante. Em Lughnasadh, por exemplo, a dieta do Rei de Tara tinha que incluir peixe provindo do Boyne, carne de caça de Luibnech, bilberries (?) de Brí Léith próximo de Ardagh, e outros ítens obrigatórios (Mac Niocaill, pág.47). (Os bilberries são significativos; vide abaixo).
Uma lista formidável dos tabus que cercam o Rei Sagrado Romano, o Flamen Dialis, é dada por Frazer (O Ramo Dourado, pág.230). Graves (A Deusa Branca, pág.130) salienta o que Frazer omite – que o Flamen, uma figura do tipo Hércules, devia sua posição ao seu casamento sagrado com a Flamenica; ele não poderia se divorciar dela, e se ela morresse, ele deveria renunciar. É o papel do Rei Sagrado curvar-se ante a Rainha-Deusa.
Isso nos faz retornar diretamente à Lughnasadh, ao que Graves segue: “Na Irlanda este Hércules era chamado Cenn Cruaich, ‘o Senhor do Monte’, mas após sua sucessão por um rei sagrado mais benigno era lembrado como Cromm Cruaich (‘O Inclinado do Monte’)”.
Crom Cruaich (a pronúncia moderna comum), também chamado Crom Dubh (‘O Inclinado Negro’), era um deus sacrificial particularmente associado com Lughnasadh; o último domingo em Julho é ainda conhecido como Domhnach Chrom Dubh (‘o Domingo de Crom Dubh’) muito embora ele tenha sido cristianizado. Naquele dia em todo ano, milhares de peregrinos escalam a montanha sagrada da Irlanda, cujo cume pode ser visto através da nossa janela [do quarto] de estudo (?) – o Croagh Patrick de 2.510 pés (Cruach Phádraig) em County Mayo, onde se diz que São Patrício jejuou por quarenta dias e derrotou uma hoste de demônios. (2) A observância costumava ser de três dias, começando em Aoine Chrom Dubh, a sexta feira precedente. Esta ainda é a mais espetacular peregrinação da Irlanda.
(2) Enquanto estávamos escrevendo isso, o mais respeitado jornal da Irlanda até mesmo sugeriu que Domhnach Chrom Dubh deveria substituir o 17 de Março (o atual Dia de São Patrício) como a data nacional da Irlanda. O Dia de São Patrício de 1979 foi celebrado em meio à uma nevasca; nós assistimos a parada de Dublin e nos sentimos profundamente tristes pelos majorettes (?) molhados e gelados, vestidos com pouco mais que túnicas trançadas e sorrisos corajosos. Dois dias depois, o The Irish Times, com uma manchete entitulada “Por que 17 de Março?”, perguntava: “Não seria melhor para todos se o feriado nacional fosse celebrado quando o nosso clima é mais ameno? Existe um dia que é, se não históricamente, ao menos no sentido lendário, apropriado e do ponto de vista climático mais aceitável. Este é o último domingo de Julho, Garland Sunday ou Domhnach Chrom Dubh”. Citando a obra de Máire MacNeill O Festival de Lughnasa para sustentar este argumento, ele terminava: “Se qualquer interesse, portanto, quiser patrocinar outra data, e uma válida, para recordar nosso Santo, os arquivos folclóricos oferecem uma pronta resposta.” A dádiva da Irlanda para a continuidade pagã-cristã é claramente indestrutível; somos tentados à nos perguntar se, nesta época de mudança religiosa, isto funcionará em ambos os modos !
O sacrifício do próprio Crom parece ter sido encenado em tempos muito antigos através do sacrifício de substitutos humanos em uma pedra fálica rodeada por doze outras pedras (o número tradicional de companheiros do rei-herói sacrificial). O Livro de Leinster do décimo-primeiro século diz, com desagrado cristão:
“Em uma fileira se erguem
Doze ídolos de pedra;
Amargamente para encantar o povo
A figura de Crom era de ouro”.
Isso era em Magh Sléacht (‘O Plano de Adoração’), geralmente considerado como sendo à volta de Killycluggin em Country Cavan, onde existe um círculo de pedras e os restos fragmentados de uma pedra fálica esculpida com decorações da Idade do Ferro – para manter a tradição de que São Patrício derrubou a pedra de Crom.
Mais tarde parece que o sacrifício teria sido o de um touro, sobre o que existem muitas pistas, embora apenas uma possa ser específicamente relacionada à Crom Dubh. Isto provém da costa norte da Baía de Galway. “Ela fala da tradição de um animal [do qual a carne servia de alimento] que teve sua pele retirada e que foi tostado até as cinzas em honra de Crom Dubh em seu dia de celebração, e que isso teve que ser feito por todos os chefes de família”. (MacNeill, idib, pág.407) Muitas lendas falam da morte e ressurreição de um touro sagrado (ibid, pág.410). E, aceitando que Croagh Patrick deve ter sido uma montanha sacrificial, muito antes de São Patríco a ter conquistado, não podemos evitar de cogitar se existe significado no fato que Westport, a cidade que domina suas abordagens, tem por seu nome gaélico Cathair na Mart, ‘Cidade dos Bifes’.
Mas subjazendo à todas as lendas que temos mencionado até então existe um tema de fertilidade mais antigo, que brilha através de muitos dos costumes de festivais ainda lembrados. Balor, Bres e Crom Dubh são todos formas do Deus Mais Antigo, à quem pertence o poder para produzir. Juntamente vem seu filho/outro self (alter ego ?), o brilhante Deus Jovem, Horus para seu Osíris – o Lugh com vários talentos, que arranca dele à força os frutos daquele poder. Mesmo a lenda colorida de São Patrício ecoa esta vitória. “São Patrício deve ser um personagem tardio nas lendas mitológicas e deve ter substítudo um ator anterior. Se restaurarmos Lugh ao papel tomado por São Patrício, as lendas imediatamente vão adquirir um novo significado”. (MacNeill, ibid, pág.409).
Nas lendas de sua fertilidade-vitória (e também sem dúvida, como Máire MacNeill ressalta, uma vez no ritual encenado de Lughnasadh), Crom Dubh é muitas vezes enterrado até o pescoço no solo por três dias e então liberado uma vez que os frutos da colheita tenham sido garantidos.
Um sinal do sucesso do rito é dado através – dentre todas as coisas – do humilde bilberry (whortle-berry, blaeberry). Domhnach Chrom Dubh tem outros nomes (incluindo Domingo das Coroas de Flores_? e Domingo do Alho), e um deles é Domingo de Fraughan, do gaélico fraochán ou fraochóg para o bilberry. Naquele dia ainda, os jovens vão colher bilberries, com várias festividades tradicionais, embora infelizmente o costume pareça estar desaparecendo. As formas da tradição tornam muito claro que os bilberries eram considerados como uma dádiva recíproca do Deus, um sinal de que o ritual de Lughnasadh foi bem sucedido; sua profusão ou o contrário disso era tomado como uma previsão sobre as proporções da colheita. O fato de que os dois rituais são complementares ainda subjaz em nossa localidade pelo fato que, enquanto os adultos escalam o Croagh Patrick no Domhnach Chrom Dubh, as crianças estão escalando as montanhas da península Curraun, logo ao se cruzar a baía, para colher bilberries.
Um outro sítio de Fraughan Sunday é Carrigroe próximo à Ferns em Country Wexford, uma montanha de 771 pés de altura ao lado da qual se localizava nossa primeira casa irlandesa. Com memória viva, grandes agrupamentos de pessoas costumavam se reunir lá para colher flores, que seriam colocadas na Cama do Gigante, uma plataforma na rocha que forma o cume. (Nossa Ilustração 11 foi fotografada naquela rocha). A associação com fertilidade é específica na piada feita para nós por mais de um vizinho – que metade da população de Ferns foi concebida na Cama do Gigante; embora sem dúvida aquele ritual particular se tornou mais privativo que público!
(Incidentalmente, as memórias populares do significado mágico daquela pequena montanha estão guardadas em um ditado local não escrito, passado para nós independentemente por pelo menos dois vizinhos, sendo que ambos esclareceram que eles estavam comentando sobre nossa presença lá como feiticeiros: “Por tanto quanto o Carrigroe perdure, [sempre] haverá pessoas que sabem”. Nós certamente achamos isto mágicamente sobrecarregado).
Através da Bretanha e Irlanda, não obstante o cristianismo, os atos de amor nas florestas verdes da Véspera de Maio que tanto chocaram os Puritanos encontraram seu alegre eco não apenas entre os bilberries mas [também] nos campos de milho de Lammas (Lughnasadh); sobre cujo tema, se voces apreciam canções em seus Sabás, a obra de Robert Burns Foi em uma noite de Lammas –
“Espigas (?) de milho, e ramos (?) de cevada,
E espigas de milho são boas (?);
Eu nunca esquecerei aquela noite alegre,
Entre as espigas com Annie”
- é tanto apropriada como agradável.
(N.doT.: - Esta estrofe está provávelmente em Inglês arcaico, daí as dúvidas).
As Três Machas – a Deusa Tríplice em seu aspecto de batalha – aparece como a padroeira triuna do festival de Lughnasadh, trazendo-nos de volta ao tema sacrificial. Outra indicação é que foi em Lammas que o Rei William Rufus sucumbiu devido à flecha ‘acidental’ de Sir Walter Tyrell em New Forest em 1100 – uma morte que, como Margaret Murray e outros tem convincentemente discutido, foi de fato seu sacrifício ritual voluntário ao fim de seu prazo como Rei Divino e foi assim compreendido e honrado pelo seu povo. (O verso infantil “Quem Matou Cock Robin?” é tida como comemorativo à este evento).
Mas e quanto ao tema do casamento sacrificial como um conceito único, ao invés de dois temas separados de sacrifício e sexualidade? Isso desapareceu inteiramente na tradição irlandesa ?
Não muito. Em primeiro lugar, aquela tradição tal como chegou à nós é principalmente uma tradição de Deus-e-Herói, embora com a Deusa pairando poderosamente ao fundo; e esta chegou até nós na maior parte através de monges cristãos medievais que anotaram um corpo de lenda oral (embora surpreendentemente de forma solidária) – escribas cujo condicionamento talvez tenha tornado difícil à eles reconhecer indícios da Deusa. Mas os indícios lá estão – principalmente no tema recorrente da rivalidade dos dois heróis (deuses) acerca de uma heroína (deusa). Este tema não está confinado aos celtas irlandeses; ele aparece, por exemplo, na lenda de Jack o Tinkard(?), que pode ser considerado como um Lugh Cornish (referente à língua celta – N.do T.). E significativamente – tanto com o Rei do Carvalho quanto com o Rei do Holly, estes heróis são muitas vêzes bem sucedidos opcionalmente.
E o que é o enterro de Crom Dubh até o pescoço por três dias na Mãe Terra, e sua liberação quando sua fertilidade (dela) está assegurada, senão um casamento sacrificial e um renascimento ?
Assim, em nosso próprio ritual de Lughnasadh, nós nos ativemos àquele tema. Quando nosso coven experimentou pela primeira vez a encenação da Caça-ao-Amor do Casamento Sacrificial, no Bealtaine de 1977, achamos que foi bem sucedida; ela retratou o tema vívidamente mas sem austeridade. Nós não vimos razão porque ela não poderia ser repetida, com modificações apropriadas à estação da colheita, em Lughnasadh; e eis o que fizemos.
Devido à Suma Sacerdotiza em Lughnasadh invocar a Deusa em si e detém esta invocação até após a ‘morte’ do Rei do Holly, achamos muito mais apropriado no Ritual de Abertura que o Sumo Sacerdote declare a Investidura para ela; ele cita a Deusa, ao invés da Suma Sacerdotiza falar como a Deusa.
Normalmente, nós gostamos de dar um papel ativo no ritual para tantas pessoas quanto possível; porém será notado que neste rito de Lughnasadh, os homens (à parte do Sumo Sacerdote) praticamente nada tem a fazer entre a Caça-ao-Amor e a dança circular final. Isso é para manter a tradição que rodeia a morte do Rei do Milho; em muitos lugares isso era um mistério entre as mulheres da tribo e sua solitária vítima sagrada, que à nenhum outro homem era permitido testemunhar. Em nosso Sabá, os homens podem sempre ter sua própria [vítima] de volta durante as ‘punições’ da encenação da festa ! (???)
A Declamação do Sumo Sacerdote “Eu sou uma lança empenhada em batalha...” é novamente retirada da Canção de Amergin – desta vez de acordo com a designação de Graves para a segunda metade do ano.
A Preparação
Um pãozinho é colocado sobre o altar; o mais adequado é um filão macio ou ‘bap’.
Um cachecol ou pedaço de gaze verde de pelo menos uma jarda quadrada é colocado próximo ao altar.
Se música de fita cassette for usada, a Suma Sacerdotiza poderá desejar dispor de uma parte de música para o ritual principal, mais outro de um ritmo insistente – até mesmo primitivo – para sua (dela) Dança do Milho uma vez que esta, diferentemente da Dança do Meio de Verão, não é acompanhada por canto.
O Sumo Sacerdote deve ter uma coroa de Holly combinada com espigas de uma colheita de grãos. As mulheres podem portar coroas de colheitas de grãos de milho, talvez entrelaçadas com papoulas vermelhas. Grãos, papoulas e bilberries, se disponíveis, são particularmente adequados para o altar, com outras flores sazonais.
O caldeirão, decorado com ramos de grãos , está próximo à vela do Leste, o quadrante do renascimento.
O Ritual
No ritual de abertura, a Invocação (?) da Lua é omitida. O Sumo Sacerdote aplica na Suma Sacerdotiza o Beijo Quíntuplo e então ele próprio imediatamente conduz a Investidura,substituindo “ela, dela” por “eu, mim, meu”.
Após a Runa das Feiticeiras, o coven se espalha ao redor do Círculo e inicia um bater de palmas suave, ritimado.
O Sumo Sacerdote pega o cachecol verde, segura-o em sua extensão como uma corda com uma extremidade em cada mão. Ele começa à se mover na direção da Suma Sacerdotiza, fazendo como se fosse jogar o cachecol por sobre seus ombros e puxá-la para si; mas ela vai para trás se distanciando dele, de forma provocativa.
Enquanto o coven prossegue com seu bater de palmas ritimado, a Suma Sacerdotiza continua à esquivar-se do Sumo Sacerdote perseguidor. Ela acena para ele e o provoca mas sempre caminha para trás antes que ele possa capturá-la com o cachecol. Ela se move para dentro e para fora do coven, e as outras mulheres se interpõe no caminho do Sumo Sacerdote para ajudá-la à se esquivar dele.
Após um certo tempo, digamos após duas ou três ‘voltas’ pelo Cïrculo, a Suma Sacerdotiza permite que o Sumo Sacerdote a capture jogando o cachecol por sobre sua cabeça para trás de seus ombros e puxando-a para si. Eles se beijam e se separam, e o Sumo Sacerdote passa o cachecol para outro homem.
O outro homem então persegue sua parceira, que se esquiva dele, acena para ele e o provoca exatamente da mesma forma; o bater de palmas prossegue por todo o tempo. (Vide Ilustração 12). Após um certo tempo ela, também, se permite ser capturada e beijada.
O homem então passa o cachecol para outro homem, e o jogo de perseguição continua até que todos os casais no recinto tenham tomado parte.
O último homem devolve o cachecol para o Sumo Sacerdote.
Uma vez mais o Sumo Sacerdote persegue a Suma Sacerdotiza; mas dessa vez o compasso é mais lento, quase majestosamente, e ela se esquivando e acenando mais solenemente, como se ela o estivesse tentando ao perigo; e dessa vez os outros não intervém. A perseguição continua até que a Suma Sacerdotiza se posiciona de frente ao altar e à dois ou três passos deste; o Sumo Sacerdote pára com suas costas para o altar e a captura com o cachecol.
Eles se abraçam solenemente mas sem reservas; mas após alguns segundos depois do beijo, o Sumo Sacerdote deixa o cachecol cair de suas mãos, a Suma Sacerdotiza o libera e dá um passo para trás.
O Sumo Sacerdote cai de joelhos, senta sobre seus calcanhares e abaixa sua cabeça, queixo sobre o peito.
A Suma Sacerdotiza abre seus braços, sinalizando para que cesse o bater de palmas. Ela então convoca duas mulheres pelos seus nomes e as posiciona uma em cada lado do Sumo Sacerdote, olhando para dentro, de modo que as três fiquem numa altura superior à dele. A Suma Sacerdotiza pega o cachecol, e todas as três o esticam entre si por sobre o Sumo Sacerdote. Elas o abaixam lentamente e então o soltam, de forma que cubra a cabeça dele como uma mortalha.
O coven agora se espalha ao redor do perímetro do Círculo, olhando para dentro.
A Suma Sacerdotiza pode então, se o desejar, mudar a música do cassette para seu tema de dança preferido ou sinalizar para que um outro alguém o faça.
Ela então pega o pãozinho do altar e o segura por um momento bem acima da cabeça inclinada do Sumo Sacerdote. Ela então vai para o meio do Círculo, segura o pãozinho bem ao alto na direção do altar e invoca:
“Oh Mãe Poderosa de todos nós, que traz toda fartura, daí-nos frutos e grãos, rebanhos e manadas, e filhos para a tribo, que possamos ser poderosos. Pela rosa do teu amor, (3) descei vós sobre o corpo de tua serva e sacerdotiza aqui.”
(3) O Livro das Sombras diz “by thy rosy love” (pelo teu amor róseo – neste caso, auspicioso). Doreen Valiente questionava esta “frase muito sem sentido” com Gardner na ocasião, sugerindo que isto poderia ser uma corrupção de “by thy rose of love” (pela tua rosa de amor) ou “by the rose of thy love” (pela rosa do teu amor) – a rosa sendo um símbolo da Deusa tanto quanto a flor nacional da Bretanha. Nós seguimos a segunda de suas sugestões.
Após um momento de pausa, e suavemente a princípio, ela inicia sua Dança do Milho, todo o tempo carregando o pão como um objeto sagrado e mágico. (4) (Vide Ilustração 13).
(4) Como a Dança do Meio do Verão, a Dança do Milho pode ser delegada pela Suma Sacerdotiza para outra mulher se ela desejar. Nesse caso, ela entregará o pão para a dançarina após a invocação e o receberá de volta após a dança, antes de ela tomar seu lugar de frente ao Sumo Sacerdote.
Ela termina sua dança ficando de pé olhando para o Sumo Sacerdote (que ainda está imóvel e ‘morto’) com o pão entre suas mãos, e dizendo:
“Reunam-se em volta, Oh Filhos da Colheita!”
O resto do coven se reúne em torno da Suma Sacerdotiza e o Sumo Sacerdote ajoelhado. (Se a Suma Sacerdotiza e a Donzela não souberem suas falas de cor, a Donzela poderá trazer o texto e uma vela do altar e ficar ao lado da Suma Sacerdotiza onde ambas possam ler o mesmo, já que ambas as mãos da Suma Sacerdotiza estão ocupadas).
A Suma Sacerdotiza diz:
“Observai, o Rei do Holly está morto – ele que é também o Rei do Milho. Ele abraçou a Grande Mãe, e morreu de seu amor; assim tem sido, ano após ano, desde que o tempo começou. Mas se o Rei do Holly está morto – ele que é o Deus do Ano Minguante – tudo está morto; tudo que dorme em meu útero da Terra dormiria para sempre. O que faremos, portanto, para que o Rei do Holly possa viver novamente?”
A Donzela diz:
“Daí-nos para comer o pão da Vida. Então os que dormem serão conduzidos ao renascimento”.
A Suma Sacerdotiza diz:
“Que assim seja”.
(A Donzela pode agora recolocar o texto e a vela do altar e retornar para seu lugar ao lado da Suma Sacerdotiza).
A Suma Sacerdotiza parte pequenos pedaços do pão e dá um pedaço para cada witch, que o come. Ela mesma ainda não come um pedaço mas mantém o suficiente em suas mãos para pelo menos mais três porções.
Ela convoca as duas mulheres originais para ficarem de pé em cada lado do Sumo Sacerdote. Quando elas estiverem em posição, ela gesticula para que elas levantem o cachecol da cabeça do Sumo Sacerdote; elas o fazem e colocam o cachecol sobre o chão.
A Suma Sacerdotiza diz:
“Voltai para nós, Rei do Holly, para que a terra seja frutífera”.
O Sumo Sacerdote se levanta e diz:
“Eu sou uma lança empenhada na batalha;
Eu sou um salmão na lagoa (?);
Eu sou uma colina de poesia;
Eu sou um porco selvagem implacável;
Eu sou um estrondo ameaçador do mar;
Eu sou uma onda do mar;
Quem além de mim conhece os segredos dos dolmens não abatidos?”
(dolmen – pedra erguida como em Stonehenge)
A Suma Sacerdotiza então dá a ele um pedaço do pão e toma para si um pedaço; ambos comem, e ela repõe o restante do pão sobre o altar. A Suma Sacerdotiza e o Sumo Sacerdote então conduzem uma dança circular, desenvolvendo o passo de maneira que ele se torne mais e mais alegre, até que a Suma Sacerdotiza grite “Para baixo!” e todos sentam.
O Grande Rito é então encenado.
A parte remanescente do pão, após o Círculo ter sido banido, torna-se parte da oferenda à Terra juntamente com o remanescente do vinho e bolos.
IX Equinócio de Outono, 21 de Setembro
Os dois Equinócios são, como já ressaltamos, tempos de equilíbrio. Dia e noite estão equalizados, e a maré do ano flui regularmente. Mas enquanto o Equinócio da Primavera manifesta o equilíbrio de um atleta pronto para ação, o tema do Equinócio de Outono é o do descanso após o trabalho. O Sol está prestes à ingressar no signo de Libra, a Balança. Nas Estações da Deusa, o Equinócio da Primavera representa Iniciação; o Equinócio de Outono, Repouso. A safra foi colhida, ambos grão e fruto, mesmo que o Sol – embora mais suave e menos intenso do que era – ainda está conosco. Com aptidão simbólica, ainda há uma semana a seguir antes de Michaelmas, o festival de Michael/Lucifer, Arcanjo do Fogo e da Luz, ao qual devemos começar à dizer au revoir ao seu esplendor.
Doreen Valiente (Um ABC do Witchcraft, pág.166) ressalta que as aparências espectrais mais frequentes de certas assombrações recorrentes estão em Março e Setembro, “os meses dos Equinócios – períodos bem conhecidos para os ocultistas como sendo tempos de stress psíquico”. Isto pareceria contradizer a idéia de os Equinócios serem tempos de equilíbrio; embora o paradoxo seja apenas aparente. Tempos de equilíbrio, de atividade suspensa, são por sua natureza as ocasiões quando o véu entre o visível e o invisível é diáfano. Estas são também as estações quando os seres humanos ‘mudam a marcha’ para uma fase diferente, e portanto tempos de turbulência tanto psicológica quanto psíquica. Esta é toda a maior razão para nós reconhecermos e compreendermos o significado daquelas fases naturais, de forma que sua turbulência nos animem ao invés de nos angustiar.
Se observarmos o Calendário da Árvore que Robert Graves mostrou para sustentar tanto do nosso simbolismo mágico e poético Ocidental, nós descobriremos que o Equinócio de Outono vem um pouquinho antes do fim do mês do Vinho e do começo do mês da Hera. Vinho e Hera são as únicas das árvores-mês que crescem espiraladas – e a espiral (especialmente a espiral dupla, enrolar e desenrolar) é um símbolo universal de reencarnação. E o pássaro do Equinócio de Outono é o Cisne, outro símbolo da imortalidade da alma – tal como é o ganso selvagem, cuja variedade doméstica é o tradicional prato de Michaelmas.
Incidentalmente, a amora é um substituto frequente para o Vinho no simbolismo dos países do norte. A tradição popular em muitos lugares, particularmente no Oeste da Inglaterra, insiste que as amoras não devem ser comidas após o fim de Setembro (que também é o fim do mês do Vinho) porque elas então se tornam propriedade do Demônio. Poderíamos advinhar que isso significa: “Não tente se agarrar à espiral entrante uma vez que ela acabou – olhe adiante para o que se projeta”? (1)
(1) Na Irlanda, por outro lado, o último dia para colher amoras é a Véspera de Samhain. Após aquilo, o Pooka (vide página 122) “cospe nelas”, eis aqui um de seus nomes – Púca na sméar, ‘o duende da amora’.
Lughnasadh marcou a verdadeira colheita da safra de grãos, mas em seu aspecto sacrificial; o Equinócio de Outono marca a conclusão da colheita, e ação de graças por abundância, com ênfase no retorno futuro daquela abundância. Este Equinócio era a ocasião dos Mistérios Eleusinos, os maiores mistérios da antiga Grécia; e embora todos os detalhes não sejam conhecidos (os iniciados guardaram bem os segredos), os rituais de Eleusis certamente se basearam no simbolismo da colheita do milho. É dito que o climax tem sido o de mostrar ao iniciado uma simples espiga de grãos, com a advertência: “Em silêncio é recebida a semente da sabedoria”.
Para o nosso próprio Sabá de Outono, então, nós tomamos os seguintes temas inter-relacionados: a conclusão da colheita, uma saudação ao poder decrescente do Sol; e um reconhecimento de que Sol e colheita, e também homens e mulheres, compartilham o ritmo universal de renascimento e reencarnação. Como diz a declamação no Livro das Sombras: “Portanto os Sábios não choram, mas regozijam”.
No ritual do Livro das Sombras para este festival, os únicos itens substanciais são a declamação da Suma Sacerdotiza “Adeus, Oh Sol...” e o Jogo da Vela, ambos os quais nós preservamos.
A Preparação
Sobre o altar está um prato contendo uma única espiga de trigo ou outro cereal colhido, coberto por um pano.
O altar e o Círculos estão decorados com pinhos em cone, grãos, [um tipo de] nozes de carvalho, papoulas vermelhas (símbolo da Deusa do Milho Demeter) e outras flores, frutos e folhas de outono.
Ritual
Após a Runa das Feiticeiras, o coven se arruma ao redor do perímetro do Círculo, olhando para dentro.
A Donzela pega o prato coberto do altar, coloca-o no centro do Círculo (deixando-o coberto) e retorna ao seu lugar.
A Suma Sacertdotiza diz:
“Agora é o tempo do equilibrio, quando Dia e Noite se confrontam um com o outro como iguais. Porém nesta estação a Noite está crescendo e o Dia está minguando; pois nada permanece sempre sem mudança, nas marés da Terra e do Céu. Sabei e lembrai, que tudo aquilo que cresce deve também decrescer, e tudo aquilo que decresce deve também crescer. Em recordação do que, dancemos a Dança do Partir e Retornar!”
Com a Suma Sacerdotiza e o Sumo Sacerdote conduzindo, o coven dança lentamente widdershins (anti-horário), de mãos dadas mas não fechando o anel cabeça-à-cauda. Gradualmente a Suma Sacerdotiza conduz para dentro em uma espiral até que o coven esteja próximo ao centro. Quando ela estiver pronta, a Suma Sacerdotiza pára e instrui a todos para se sentarem formando um anel apertado próximo ao prato coberto, olhando para dentro.
A Suma Sacerdotiza diz:
“Contemplai o mistério: em silêncio é recebida a semente da sabedoria”.
Ela então retira o pano do prato, revelando a espiga de grãos. Todos contemplam a espiga de grãos por um momento em silêncio (Vide Ilustração 14).
Quando ela estiver pronta, a Suma Sacerdotiza se levanta e vai para a vela do Leste. O Sumo Sacerdote se levanta e vai para a vela do Oeste e um olha para o outro por entre o coven sentado. A Suma Sacerdotiza declama: (2)
(2) Escrito por Doreen Valiente. Na Irlanda, ao invés de “para a Terra da Juventude”, nós dizemos “to Tír na nÓg” (pronunciado ‘teer nuh noge’) que significa literalmente a mesma coisa mas tem poderosas associações legendárias – um Elíseo celta visualizado como uma ilha mágica fora da Costa Oeste da Irlanda, “onde a felicidade pode ser obtida por um penny (divisão de moeda – N.do T.)”
“Adeus, Oh Sol, Luz que sempre retorna,
O Deus oculto, que ainda assim sempre permanece.
Ele agora parte para a Terra da Juventude
Através dos Portais da Morte
Para habitar entronado, o juiz dos Deuses e homens,
O líder cornudo das hostes do ar.
Porém, como ele permanece invisível fora do Círculo,
Assim ele reside dentro da semente secreta –
A semente do grão recém colhido, a semente da carne;
Escondida na terra, a maravilhosa semente das estrelas.
Nele está a Vida, e a Vida é a Luz do homem,
Aquilo que nunca nasceu,e nunca morre.
Portanto os Sábios não choram, mas regozijam.”
A Suma Sacerdotiza ergue ambas as mãos para o alto em bênção para o Sumo Sacerdote, o qual responde com o mesmo gesto.
Suma Sacerdotiza e Sumo Sacerdote reúnem-se ao coven (que agora fica de pé) e o lidera em uma dança lenta deosil (horário), gradualmente formando espiral para fora na direção do perímetro do Círculo. Quando ela julgar que o movimento da espiral foi suficientemente enfatizado, a Suma Sacerdotiza fecha o anel pegando a mão da última witch da corrente e acelera o passo até que o coven esteja circulando rápido e alegremente. Após um momento ela grita “Para baixo!” e todos sentam.
A Donzela repõe o prato com a espiga de grão sobre o altar, e o pano que o cobria ao lado do altar.
O Grande Rito é agora encenado, seguido por vinho e bolos.
Após o vinho e os bolos é a hora do Jogo da Vela, tal como descrito na página 71 para o Imbolg; e aquilo deve levar a pessoa ao correto estado de ânimo para a etapa da festa.
X Samhain, 31 de Outubro
A véspera de 1o de Novembro, quando o Inverno celta começa, é a contraparte obscura da Véspera de Maio que saúda o Verão. Mais do que isso, o 1o de Novembro para os celtas era o próprio início do ano, e a festa de Samhain era a sua Véspera de Ano Novo, o momento misterioso que não pertencia nem ao passado nem ao presente, nem à este mundo nem ao Outro. Samhain (pronunciado ‘sow-in’, o ‘ow’ rimando com ‘cow’) é o irlandês gaélico para o mês de Novembro; Samhuin (pronunciado ‘sav-en’, com o ‘n’ como o ‘ni’ em ‘onion’) é o escocês gaélico para Todos os Santos, 1o de Novembro.
Para os antigos pastores, cuja criação de rebanho era sustentada apenas por uma agricultura primitiva ou simplesmente nada, manter rebanhos inteiros alimentados durante o inverno simplesmente não era possível, assim o estoque mínimo de criaçãoera mantido vivo, e o resto era abatido e salgado – o único jeito, então, de preservar a carne (aqui, sem dúvida, o uso tradicional do sal em ritual mágico como um ‘desinfetante’ contra males espirituais ou psíquicos). Samhain era a ocasião onde este abate e preservação era feito; e não é difícil imaginar que situação nervosamente crítica esta era. O estoque de criação correto – ou suficiente – fora selecionado ? Seria o inverno vindouro longo e árduo ? E caso fosse, o estoque de criação iria sobreviver à este, ou a carne estocada alimentaria a tribo durante o inverno ?
As colheitas, também, tinham que serem todas recolhidas por volta de 31 de Outubro, e tudo o que ainda não tinha sido colhido seria abandonado – por causa do Pooka (Púca), um mau espírito mutante noturno que se deliciava em atormentar os humanos, o qual se acreditava passar a noite de Samhain destruindo ou contaminando tudo o que ficou sem ser colhido. O disfarce favorito do Pooka parece ter sido a forma de um feio cavalo negro.
Portanto à incerteza econômica era adicionado um sentido psiquicamente sinistro, pois na virada do ano – o velho perecendo e o novo ainda por nascer – o Véu era muito fino. Os portais dos sidh-mounds (túmulos dos mortos_?) eram abertos, e nessa noite nem humanos nem fadas precisavam de qualquer palavra mágica para vir e ir. Nessa noite, também, os espíritos dos amigos mortos buscavam o calor do fogo do Samhain e a comunhão com seus parentes vivos. Esta era a Féile na Marbh (pronunciado ‘fayluh nuh morv’), a Festa dos Mortos,e também Féile Moingfhinne (pronunciado ‘fayluh mong-innuh’), a Festa d’Aquela de Cabelos Brancos, a Deusa da Neve. Isto era “um retorno parcial ao chaos primordial . . . a dissolução da ordem estabelecida como um prelúdio para a sua recriação em um novo período de tempo”, como Proinsias mac Cana diz em Mitologia Celta.
Então Samhain era por um lado um tempo de propiciação, advinhação e comunhão com os mortos, e por outro lado, uma festa desinibida para se comer, beber e a afirmação desafiadora de vida e fertilidade na própria cara da obscuridade que se aproxima.
Propiciação, nos velhos dias quando se sentia que a sobrevivência dependia desta, era um assunto severo e sério. Pode haver pouca dúvida de que à um só tempo ela envolvia sacrifício humano – de criminosos poupados para este propósito ou, na outra extremidade da balança, de um rei idoso; há pouca dúvida, também, que estas mortes rituais eram através do fogo, pois na mitologia celta (e, consequentemente, Nórdica) muitos reis e heróis morrem em Samhain, muitas vezes numa casa em chamas, pegos em cilada pelos ardis de mulheres sobrenaturais. O afogamento pode suceder à queima, tal como com os Reis de Tara do sexto século, Muirchertach mac Erca e Diarmait mac Cerbaill (1).
(1)Estes dois são interessantes. Em Lebor Gabála Érenn, Parte V (vide Bibliografia sobre
MacAlister), nós encontramos (em tradução do Irlandês Antigo): “Agora a morte de Muirchertach foi desta maneira; ele foi afogado num tonel de vinho, depois sendo queimado, na noite de Samhain no topo de Cletech sobre o Boyne; de onde St.Cairnech disse : -
‘Eu tenho medo da mulher
à volta da qual muitas rajadas vão brincar;
para o homem que será queimado no fogo,
ao lado do Cletech o vinho irá afogá-lo.”
A mulher era Sín (pronunciado ‘Sheen’, e significando ‘tempestade’) a amada feiticeira de Muirchertach por causa da qual St.Cairnech o amaldiçoou; os homens da Irlanda ladearam o rei e Sín contra o Bispo. O Rei achava que ela era “uma deusa de grande poder”, mas ela dizia que, embora ela possuísse grande poder mágico, ela pertencia à raça de Adão e Eva. Sín é claramente uma sacerdotiza da Deusa Negra, presidindo sobre um sacrifício popularmente aprovadoà despeito de sua mágoa pessoal. (A versão de que ela trouxe o fim do Rei em vingança pelo assassinato de seu pai [pelo rei] parece uma racionalização posterior). Sobre sua própria morte subsequente o Lebor diz: “Sín, filha de Sige dos montes-sídh de Breg, morreu repetindo seus nomes -
‘Suspiro, Gemido, Rajada sem reprovação,
Vento Rude e Gelado,
Sofrimento, Pranto, um dito sem falsidade -
Estes são os meus nomes em qualquer estrada.’”
A estória de Muirchertach e Sín é contada na obra Herança Celta de Reese, da pág.338 em diante, e na obra Mulheres dos Celtas de Markale, págs. 167-8.
Diarmait mac Cerbaill, segundo o Lebor, foi assassinado por Black Aed mac Suibne após um reinado de vinte e um anos (o tradicional múltiplo de sete do rei sacrificado?). O Lebor diz que Aed “paralizou, incomodou, matou, queimou e rápidamente o afogou”, o que novamente tem todas as características de sacrifício ritual; e Gearóid MacNiocaill diz que Diarmait “era quase certamente um pagão” (A Irlanda Antes dos Vikings, pág. 26).
Mais tarde, naturalmente, o sacrifício propiciatório se tornou simbólico, e as crianças inglesas ainda sem noção do que estão fazendo, encenam este simbolismo na Noite de Guy Fawkes, que foi trazido desde a fogueira de Samhain. É interessante que, como assassino fracassado de um rei, o Guy queimado é em certo sentido o substituto do rei.
Ecos do sacrifício real de Samhain podem ter sido mais tarde substituidos pelo sacrifício de animais. O nosso Garda (policial) da vila, Tom Chambers, um bem informado estudante da história e folclore de County Mayo, nos diz por da memória viva que o sangue de frango era aspergido nos cantos das casas, dentro e fora, na Véspera de Martinmas como um encantamento protetor. Agora Martinmas é 11 de Novembro – que é 1o de Novembro conforme o antigo calendário Juliano, um deslocamento que muitas vezes aponta para a sobrevivência de um costume particularmente não oficial (vide nota de rodapé na página 95). Então este pode ter sido originalmente uma prática de Samhain.
O fim do costume do sacrifício real de fato é talvez comemorado na lenda da destruição de Aillen mac Midgna, do sidhe Finnachad, de quem se diz ter incendiado Tara real em todo Samhain até que Fionn mac Cumhal finalmente o matou. (Fionn mac Cumhal é um herói do tipo Robin Hood, cujas lendas são relembradas por toda a Irlanda. As montanhas acima da nossa vila de Ballycroy são chamadas a cadeia [de montanhas] de Nephin Beg, que Tom Chambers verte do Irlandês Antigo como ‘o pequeno lugar de repouso de Finn’.)
A noite das fogueiras e fogos de artifício da Irlanda ainda é Hallowe’en, e algumas das sobrevivências inconscientes são notáveis. Quando nós moramos em Ferns em County Wexford, dentre muitas das crianças que nos abordavam de surpresa no Hallowe’en esperando por maçãs, nozes ou “dinheiro para o Rei, dinheiro para a Rainha” estava incluida uma que estava mascarada como “o Homem de Preto”. Ele nos desafiaria com “Eu sou o Homem de Preto – voces me conhecem?”- ao que tínhamos que responder “Eu seu quem voce é, mas voce é o Homem de Preto”. Gostaríamos de saber se ele perceberia que uma das peças de evidência significativamente recorrentes nos julgamentos de bruxaria do período de perseguição é que “o Homem de Preto” era o Sumo Sacerdote do coven, cujo anonimato deve ser obstinadamente protegido.
Na Escócia e em Gales, fogueiras de Samhain familiares individuais costumavam ser acesas; elas eram chamadas Samhnagan na Escócia e Coel Coeth em Gales e eram construídas com dias de antecedência no campo mais elevado próximo à casa. Isso ainda era um costume florescente em alguns distritos quase dentro da memória viva, embora nesse tempo ele tenha se tornado (como a noite da fogueira na Inglaterra) em maior parte uma celebração de crianças. O hábito das fogueiras de Hallowe’en também sobreviveu em Isle of Man.
Frazer, em O Ramo Dourado (pág.831-3), descreve várias destas sobrevivências Escocesas, de Gales e Manx, e é muito interessante que, tanto nestes como nos costumes da fogueira de Bealtaine correspondentes que ele registra (págs. 808-14), há muitos traços da escolha de uma vítima sacrificial por sorteio – algumas vezes através da distribuição de pedaços de um bolo recém assado. Em Gales, uma vez que a última centelha da fogueira de Hallowe’en era extinta, todos “súbitamente ficariam nas pontas dos pés, gritando no tom mais alto de suas vozes ‘A leitoa negra colhe e se apossa de trás!’ “ ( ? ? ? ) (Frazer pode ter adicionado que na mitologia de Gales a leitoa representa a Deusa Cerridwen em seu aspecto obscuro). Todos estes rituais de escolha da vítima desde há tempos se suavizaram em uma mera brincadeira, mas Frazer não tinha dúvidas sobre seu severo propósito original. O que uma vez fora um sério ritual mortal na grande fogueira tribal tornou-se um jogo nas festas entre outros nas famílias.
Falando sobre isso, em Callander (familiar aos telespectadores britânicos de poucos anos atrás como o ‘Tannochbrae’ da Estante do Dr Finlay) um método levemente diferente prevalesceu na fogueira de Hallowe’en. “Quando o fogo tinha se apagado”, diz Frazer, “as cinzas eram cuidadosamente recolhidas na forma de um círculo, e uma pedra era colocada dentro, próxima à circunferência, para cada pessoa das várias famílias interessadas na fogueira. Na manhã seguinte, se fosse cogitado que qualquer uma dessas pedras foi deslocada ou danificada, as pessoas ficavam seguras de que a pessoa representada pela pedra era fey, ou devota, e que esta não poderia viver doze meses a partir daquele dia”. Seria isso um estágio intermediário entre o antigo rito da vítima sacrificial e o atual costume da festa de Hallowe’en da animada advinhação através do modo pelo qual saltam as nozes tostadas no fogo ?
O aspecto divinatório de Samhain é compreensível por duas razões. Primeiro, o clima psíquico da estação o favorecia; e segundo, a ansiedade acerca do inverno vindouro o exigia. Originalmente os Druidas eram “fartados com sangue e carne frescos até que entravam em transe e profetizavam”, lendo as profecias do ano vindouro para a tribo (Cottie Burland, As Artes Mágicas); mas na sobrevivência do folclore a advinhação se tornou mais pessoal. Em particular, jovens mulheres buscavam identificar o futuro marido, pelo jeito assando nozes [e interpretando _?_ o modo como saltavam] (vice acima) ou conjurando sua imagem num espelho. Em County Donegal, uma garota lavaria sua camisola tres vezes em agua corrente e a penduraria em frente ao fogo da cozinha para secar à meia-noite na Véspera de Samhain, deixando a porta aberta; seu futuro esposo seria trazido para entrar e virá-lo. Uma fórmula alternativa dizia que a agua para lavar deveria ser trazida “de um poço onde noivas e enterros passam por cima”. Outro método difundido era para uma garota cobrir sua mesa com uma refeição tentadora, à qual o ‘fetch’ de seu futuro marido viria e, tendo comido, ficaria preso à ela. (O ‘fetch’ é naturalmente o corpo astral projetado – implicando que em Samhain não apenas o véu entre a matéria e o espírito era muito fino mas também o astral estava menos firmemente preso ao físico).
As nozes e maçãs de Hallowe’en ainda tem seu aspecto divinatório na tradição popular; mas como a junção das nozes de Bealtaine, seu significado original era o de fertilidade, pois Samhain, também, era um tempo de liberdade sexual deliberada (e cheia de propósitos tribais). Este aspecto de fertilidade ritual é, como se poderia esperar, refletido nas lendas de deuses e heróis. O deus Angus mac Óg, e o herói Cu Chulainn, ambos tinham casos em Samhain com mulheres que poderiam se transformar em pássaros; e em Samhain o Dagda (o ‘Deus Bom’) se casava com a Morrigan (o aspecto sombrio da Deusa) enquanto ela caminhava sobre o Rio Unius, e também com Boann, deusa do Rio Boyne.
Samhain, como os outros festivais pagãos, era tão profundamente enraizado na tradição popular que o cristianismo teve que tentar vencê-lo. O aspecto de comunhão com os mortos, e com outros espíritos, foi cristianizado como Todos os Santos, transferido de sua data original de 13 de Maio para 1o de Novembro, e extendido para toda a Igreja pelo Papa Gregório IV em 834. Mas seus sobretons pagãos continuavam inconfortávelmente vivos, e na Inglaterra a Reforma aboliu Todos os Santos. Este não foi formalmente restaurado pela Igreja da Inglaterra até 1928, “na assunção de que todas as antigas associações pagãs de Hallowe’en estavam por fim realmente mortas e esquecidas; uma suposição que era certamente prematura” (Doreen Valiente, Um ABC da Bruxaria).
Com relação à própria festa – no sentido de banquete, a comida original era naturalmente uma proporção do gado recentemente abatido, assado no fogo purificador de Samhain, e sem dúvida tendo a natureza dos ‘primeiros frutos’ ritualisticamente oferecidos; o fato de que o sacerdotado recebia a primeira chamada para estes para propósitos divinatórios, e que o que eles não utilizariam provia uma festa para a tribo, aponta para isso.
Em séculos posteriores, a comida ritual conhecida como ‘sowens’ era consumida. Robert Burns refere-se à esta em seu poema Hallowe’en :
“Till butter’d sowens, wi’ fragrant lunt,
Set a’ their gabs a-steerin’. . .”
- e em suas próprias notas ao poema, diz “Sowens, com manteiga ao invés de leite para eles, é sempre a Ceia do Hallowe’en”. O Dicionário de Inglês Oxford define Sowens como ‘um artigo de dieta antigamente em uso comum na Escócia (e em algumas partes da Irlanda), consistindo de matéria farinácea extraída do farelo ou cascas de sementes de carvalho imersos na água, deixado para fermentar levemente e preparado por cozimento”, e diz que isto provávelmente deriva de sugh ou subh , ‘seiva’. Talvez – mas é interessante que ‘sowen’é próximo o suficiente da pronúncia de ‘Samhain’.
Na Irlanda, ‘barm brack’, um pão ou bolo marrom escuro feito com frutas frescas é tanto uma característica de Hallowe’en quanto o pudim [doce_?] o é com relação ao Natal e retém a função divinatória sazonal ao incorporar símbolos com a sorte que aquele que prova e guloseima, sortudo ou não, encontra em sua fatia. O papel de embrulho de um barm brack comercial à nossa frente neste momento apresenta um desenho tipo bruxa-e-vassoura e a informação: “Contém – anel, casamento em doze meses; ervilha, pobreza; feijão, riqueza; bastão, baterá na parceira da vida; trapo, solteirona ou solteiro”. As lojas estão cheias deles a partir do meio de Outubro. Para o barm brack caseiro, o ítem essencial é o anel. O bolo tem que ser cortado e passado com manteiga por uma pessoa casada, fora da vista daqueles que o estarão comendo.
Para quaisquer amigos mortos cujos espíritos poderão estar visitndo, as famílias irlandesas costumavam deixar um pouco de tabaco e um prato de mingau de aveia – e algumas cadeiras vazias – próximo ao fogo.
Paul Huson, em seu livro interessante porém mágicamente amoral, Controlando a Bruxaria, diz : “A Ceia Silenciosa pode ser realizada em honra dos falecidos estimados, e vinho e pão podem ser cerimoniosamente oferecidos à eles, o último na forma de um bolo feito em nove segmentos similar ao quadrado da Terra”. Ele provávelmente se refere ao Quadrado de Saturno, que tem nove segmentos como um jogo-da-velha (e que o próprio Huson apresenta na página 140 do seu livro). Existem quadrados mágicos também para Júpiter (dezesseis segmentos), Marte (vinte e cinco), Sol (trinta e seis), Vênus (quarenta e nove), Mercúrio (sessenta e quatro), e Lua (oitenta e um), mas nenhum para a Terra. Em qualquer caso, Saturno seria mais sazonalmente apropriado; ele tem fortes ligações com ambos o Rei do Holly e o Senhor do Desgoverno – de fato os três se sobrepõe e resultam um bom negócio.
Uma coisa Samhain tem sempre sido, e ainda o é : uma festa lasciva e sem reservas, uma Noite de Travessuras, o começo do reinado daquele mesmo Senhor do Desgoverno, que tradicionalmente dura desde agora até Candlemas – embora com sérios sub-tons. Não é que nós nos rendamos à desordem mas, como o Inverno começa, nós parecemos o ‘caos primordial’ na face de modo que podemos reconhecer nisso as sementes de uma nova ordem. Ao desafiá-lo, e mesmo rindo com ele, nós proclamamos nossa fé de que a Deusa e o Deus não podem, devido à sua própria natureza, permitir que ele nos varra para longe.
Como, então, celebrar o Samhain como feiticeiros do século vinte ?
Uma sugestão imediata que se tornou nosso hábito, e que outros podem julgar útil, é ter duas celebrações – uma sendo o ritual de Samhain para o próprio coven, e a outra sendo a festa de Hallowe’en para o coven, as crianças e os amigos. As crianças esperam por alguma diversão no Hallowe’en, e assim também (nós descobrimos) amigos e vizinhos realmente esperam algo das feiticeiras no Hallowe’en. Então monte uma festa e ofereça à eles – abóboras, máscaras, vestidos de fada, brincadeiras (?), música, ‘castiguinhos’(relativos à jogos específicos), tradições locais – tudo. E faça o ritual de Samhain de seu coven numa noite em separado.
Surge aqui uma dúvida geral : o quão importante é realizar os Sabás nas noites tradicionais exatas ? Nós diríamos que é preferível, mas não vital. Devemos encarar o fato de que tanto para os Esbás quanto para os Sabás, muitos covens tem que se reunir em noites em particular – geralmente nos fins de semana – por motivos de trabalho, viagens, preocupações com bebês e daí em diante. Mesmo a Investidura admite isso ao dizer “melhor que seja quando a lua está cheia” – e não “deve ser”. E com relação aos Sabás, a maioria das feiticeiras não se sentem mal ao realizá-los (digamos) no Sábado mais próximo da data verdadeira.
Na revista Quest de Março de 1978, “Diana Demdike’ faz uma boa idéia sobre o assunto de celebrar festivais antes ou depois da data verdadeira. “É sempre melhor estar atrasado do que adiantado”, ela diz, “pois sabendo disso ou não, voce está trabalhando com os poderes das marés mágicas da terra, e essas começam no ponto solar real em tempo, então trabalhar assim dessa forma antes significa que voce se encontra no ponto mais baixo da maré anterior, não muito útil”.
Em Samhain, para ser prático, existe uma consideração adicional : em muitos lugares (incluindo a América, Irlanda e partes da Bretanha) a privacidade em 31 de Outubro não pode ser garantida. Ter o seu sério ritual de Samhain perturbado por crianças exigindo “guloseimas ou travessuras”, ou “dinheiro para o Rei, dinheiro para a Rainha”, ou pelos seus vizinhos balançando abóboras iluminadas no seu jardim da frente e corretamente aguardando por serem convidados para uma bebida não é claramente uma boa idéia. Assim “melhor seria” talvez transferir seu Sabá de Samhain por uma noite ou duas, e encarar a própria Noite de Hallowe’en com as nozes e maçãs apropriadas, pouca mudança e garrafas prontas para fazer, ou melhor lançar (?_ gíria) uma festa. Não é próprio das feiticeiras fazer qualquer coisa que possa parecer desencorajar, ou mesmo excluí-las, de tais celebrações tradicionais.
De fato, as tradições locais devem sempre ser respeitadas – tudo o mais caso seja genuinamente existente. Eis o porque, aqui em nosso County Mayo, nós acendemos a nossa fogueira de Meio de Verão na Véspera de São João, 23 de Junho, quando muitos outros pontilham a paisagem em sua extensão como estrelas alaranjadas no crepúsculo; nós acendemos a nossa fogueira de Lughnasadh em Domhnach Chrom Dubh, o último domingo de Julho, que ainda recebe seu nome de um dos Deuses antigos, e ao qual os muitos costumes dos festivais de Lughnasadh que sobrevivem no Oeste da Irlanda estão ligados; e fazemos nossa festa de Samhain uma festa ao ar livre, caso o tempo permita, pois Hallowe’en é noite de fogueira familiar através da Irlanda.
Porém voltemos ao próprio ritual de Samhain, que é nossa preocupação aqui. Quais dos antigos elementos devem ser incluidos ?
Propiciação – não. A propiciação reduz os Deuses à um nível humano de insignificância, no qual eles tem que ser subornados e alegrados desviando-os de seus modos caprichosos de rancor e mau humor. Isso pertence à um estágio muito primitivo da Antiga Religião, e sobreviveu, sentimos, mais ‘por exigência popular’ do que por sabedoria sacerdotal. As modernas feiticeiras não temem os Deuses, as expressões do poder e ritmo cósmicos; elas os respeitam e cultuam e trabalham para compreender e colocar-se em sintonia com eles. E ao rejeitar a propiciação como superstição, uma vez compreensível mas agora superado, elas não estão traindo a antiga sabedoria, elas a estão realizando; muitos dos antigos sacerdotes e sacerdotizas (que possuíam uma compreensão mais profunda do que alguns de seus mais simples seguidores) teriam indubitávelmente sorrido em modo de aprovação. (Embora, em lealdade para com aqueles ‘simples seguidores’, nós devemos adicionar que muitos ritos que para o estudante moderno parecem propiciação não eram de fato nada desse tipo mas eram magia simpática; vide O Ramo Dourado, pág.541).
Mas a comunhão com os amados falecidos, a advinhação, a festividade, o humor, a afirmação da vida – muito certamente sim. Esses estão todos de acordo com o ponto do Samhain sobre os ritmos naturais, humanos e psíquicos do ano.
Sobre a questão da comunhão com os mortos, deve-se sempre ser lembrado que eles são convidados, não invocados. Retirada e descanso entre encarnações é um processo de estágio por estágio; o quanto cada estágio dura, e quais experiências necessárias (voluntárias ou involuntárias) são passadas em cada estágio, é uma estória muito individual, sendo que a totalidade desta jamais pode ser conhecida mesmo pelo mais íntimo dos amigos ainda encarnados do indivíduo. Então forçar a comunicação com ele ou ela pode bem ser infrutífero, ou mesmo danoso; e sentimos que este é o erro que muitos espiritualistas cometem, não importa o quão sincero e genuinamente dotado alguns de seus médiuns possam ser. Assim, como Raymond Buckland coloca (A Árvore, o Livro Completo da Bruxaria Saxônica, pág.61): “As feiticeiras não ‘chamam de volta’ os mortos. Elas não realizam sessões – sendo que estas pertencem ao Espiritismo. Elas, contudo, crêem que, se os próprios mortos assim o quiserem, eles retornarão no Sabá para compartilhar o amor e a celebração desta ocasião”.
Qualquer convite aos amigos mortos, em Samhain ou qualquer outra ocasião, deve ser feito com esta atitude em mente.
Como Stewart salientou em O Que as Bruxas Fazem: “De todos os oito festivais, é neste que o Livro das Sombras insiste mais enfáticamente a respeito do Grande Rito. Caso não seja possível na ocasião, o livro diz que o Sumo Sacerdote e a Suma Sacerdotiza devem celebrá-lo eles mesmos tão rápido quanto for conveniente, ‘de forma simbólica, ou se possível na realidade’. O caso presumívelmente é que uma vez que o ritual de Hallowe’en é intimamente relacionado com a morte e os mortos, ele deveria terminar com uma solene e intensa reafirmação da vida”.
No presente livro, nós assumimos que o Grande Rito é sempre possivel nos Sabás, ao menos em sua forma simbólica. Mas nós achamos que a insistência do Livro das Sombras em seu significado particular em Samhain é válido, e provávelmente uma genuína tradição da Arte. Assim nós buscamos, em nosso ritual, por um modo de oferecer à este aquela ênfase especial – aqui o plano do coven circundante, o que para nós alcança o efeito desejado.
Se o Grande Rito ‘real’ for usado, naturalmente o coven estará fora do recinto, e qualquer meio de ênfase deve ser deixado para a Suma Sacerdotiza e o Sumo Sacerdote que o encenam. Mas a ênfase ainda pode ser, assim falando, transmitida para o coven no seu retorno; aqui a estratégia de a Suma Sacerdotiza e o Sumo Sacerdote abençoarem o vinho e os bolos imediatamente após o retorno, e o Sumo Sacerdote entregando-os pessoalmente para cada mulher, e a Suma Sacerdotiza para cada homem, ao invés da circulação habitual. Nós sugerimos que essa entrega pessoal deve ser conduzida também se o Grande Rito for simbólico.
A Preparação
O caldeirão está posicionado no centro do Círculo, com carvão incandescente dentro de uma tampa de estanho ou de outro recipiente dentro deste, e incenso para lançar. (O incensário habitual sobre, ou próximo ao altar, pode ser utilizado no momento apropriado, mas um outro em separado é melhor).
Para a Suma Sacerdotiza, prepare um tabbard (?) branco simples de chiffon (tipo de tecido) ou filó (tecido de terylene tal como vendido para cortinas podem servir, embora o chiffon seja mais bonito). O padrão é fácil – dois quadrados ou retângulos costurados juntos ao longo da parte superior e laterais, mas deixando aberturas para pescoço e braços no centro da parte superior, e partes superiores das laterais. Um refinamento à mais pode ser um terceiro quadrado ou retângulo do mesmo tamanho, com sua parte superior costurada à parte superior dos outros dois ao longo dos ombros e parte posterior da abertura para o pescoço; isto pode ficar suspenso atrás como um manto, ou ser jogado para cima e puxado por sobre a cabeça e face como um véu. (Vide diagrama e também Ilustrações 7, 11, 16 e 17).
(Incidentalmente, nós fizemos uma seleção desses tabards (?) de chiffon,com mantos/véus e laço apropriado ao longo das costuras e bainhas, em várias cores para vários propósitos ritualísticos. Eles podem ser vestidos ou por sobre os robes ou sobre o corpo vestido de céu, são baratos e simples de fazer e são notávelmente efetivos).
Para o Senhor do Desgoverno, faça uma vara de poder (?), tão simples ou elaborada como voce queira. Mais elaborado é o bastão do bobo da corte tradicional encimado com uma cabeça de boneca e decorado com sininhos. O mais simples é um bastão liso com um balão de borracha (ou mais tradicionalmente, uma bexiga de porco inflada) amarrada em uma ponta. Este é deixado pronto ao lado do altar.
Círculo, altar e caldeirão são decorados com folhagem e frutos da temporada – dentre os quais maçãs, e se possível nozes no ramo, devem aparecer com proeminência.
(ilustração do livro com a veste apresentando véu e aberturas para braços e pescoço)
Todos os Sabás são festas, mas Samhain é naturalmente especial. Comida e bebida devem estar prontas para o fim do ritual. Nozes devem ser incluidas, mesmo se voce conseguir apenas aquelas com casca no mercado ou pacotes de amendoim do armazém. A tradição de tostá-los para prever o futuro a partir do modo em que estes saltam (uma forma de advinhação melhor abordada com um estado de espírito leve !) é aplicável apenas se voce tiver um fogo aberto (?) no recinto.
Nota pessoal : nós temos uma gata chamada Suzie que (à parte de nossos muitos gatos) é o nosso familiar auto-nomeado. Ela é muito sensitiva e insiste em estar presente em todos os rituais; no momento em que estabelecemos o Círculo ela dispara da porta para poder entrar. Ela se comporta muito bem mas ainda não aprendeu à aceitar que a festa vem depois do ritual. Então nós temos que esconder a comida em uma tábua lateral até o momento certo. Se voce estiver na mesma situação, fique alerta !
O Ritual
A Suma Sacerdotiza veste seu tabard branco para o ritual de abertura, com o véu jogado para trás, caso ela tenha um.
Após a Runa das Feiticeiras, o Sumo Sacerdote e a Suma Sacerdotiza pegam seus athames. Ele fica de pé de costas para o altar, ela de frente para ele do outro lado do caldeirão. Eles então traçam no ar simultâneamente o Pentagrama de Invocação da Terra com seus athames, um na direção do outro, após o que deitam seus athames – o dele sobre o altar, o dela próximo ao caldeirão.
A Suma Sacerdotiza lança incenso no carvão dentro do caldeirão. Quando ela estiver satisfeita ao ver que ele está queimando, ela fica em pé – ainda de frente ao Sumo Sacerdote, do outro lado do caldeirão. Ela chama um wicca masculino para que traga uma das velas do altar e a segure ao lado dela (de modo que ela ainda possa ler suas palavras quando, mais tarde, ela puxar o véu por sobre sua face). Ela declama (2):
(2) Escrito por Gerald Gardner.
“Terrível Senhor das Sombras, Deus da Vida, e o Doador da Vida –
Ainda que seja o conhecimento sobre ti, o conhecimento da Morte.
Totalmente abertos, eu oro a ti, os Portais pelos quais tudo deve passar.
Deixai nossos entes queridos que partiram antes
Retornar esta noite para serem felizes conosco.
E quando chegar a nosssa vez, como deve ser,
Oh tu o Confortador, o Consolador,o Doador de Paz e Descanso,
Entraremos em teus reinos alegremente e sem medo;
Pois sabemos que quando descansados e revigorados entre nossos entes amados
Seremos novamente renascidos por tua graça, e pela graça da Grande Mãe.
Que seja no mesmo local e no mesmo tempo que nossos entes queridos,
E que possamos nos reunir, e saber, e lembrar,
E amá-los novamente.
Descei, a ti oramos, em teu servo e sacerdote”.
A Suma Sacerdotiza então caminha deosil ao redor do caldeirão e aplica ao Sumo Sacerdote o Beijo Quíntuplo.
Ela retorna ao seu lugar, frente ao Sumo Sacerdote do outro lado do caldeirão, e se o seu tabard tiver um véu, ela agora o puxa para frente de modo a cobrir sua face. Ela então chama cada witch feminina por vez, pelo nome, para virem para frente e também aplicarem ao Sumo Sacerdote o Beijo Quíntuplo.
Quando todas tiverem feito isso, a Suma Sacerdotiza conduz o coven para que todos fiquem em pé ao redor do perímetro do Círculo, homem e mulher alternados, com a Donzela próxima à vela do Oeste. Assim que todos estiverem nos lugares, a Suma Sacerdotiza diz :
“Observai, o Oeste é Amenti, a Terra dos Mortos, para a qual muitos de nossos entes amados partiram para repouso e renovação. Nesta noite, nós mantemos comunhão com eles; e assim como a nossa Donzela permanece em [atitude de_?_] boas vindas próximo ao portal Ocidental,eu chamo a todos vós, meus irmãos e minhas irmãs da Arte, para manter a imagem desses entes amados em seus corações e mentes, de forma que nossas boas vindas os possa alcançar.
“Há mistério dentro de mistério; pois o lugar de repouso entre vida e vida é também Caer Arianrhod, o Castelo da Roda de Prata no eixo das estrelas giratórias além do Vento do Norte. Aqui reina Arianrhod, a Senhora Branca, cujo nome significa Roda de Prata. Para isso, em espírito, nós chamamos os nossos entes queridos. E que a Senhora os conduza movendo-se no sentido anti-horário para o centro. Pois o caminho espiral entrante para Caer Arianrhod conduz para a noite, e repouso, e é contra o caminho do Sol”.
A Donzela caminha, lentamente e com dignidade, no sentido widdershins (anti-horário) ao redor do Círculo, formando lentamente uma espiral para dentro, fazendo três ou quatro circuitos para alcançar o centro. Durante isto, o coven mantém absoluto silêncio e se concentram em dar boas vindas aos seus amigos falecidos.
Quando a Donzela atinge o centro, ela fica frente à Suma Sacerdotiza do outro lado do caldeirão e pára. A Suma Sacerdotiza eleva sua mão direita até a altura do ombro, por sobre o centro do caldeirão, com a palma aberta e olhando para a esquerda. A Donzela posiciona sua própria palma [da mão] direita aberta tocando e cobrindo a mão da Suma Sacerdotiza. A Suma Sacerdotiza diz :
“Aqueles que voce traz consigo são verdadeiramente benvindos ao nosso Festival. Possam eles permanecer conosco em paz. E voce, Oh Donzela, retorne pelo caminho espiral para ficar com nossos irmãos e irmãs; mas deosil (horário) – pois o caminho do renascimento,saindo de Caer Arianrhod, é o caminho do Sol”.
Donzela e Suma Sacerdotiza quebram seu contacto de mãos, e a Donzela caminha lentamente e com dignidade em uma espiral deosil (horário) de volta para seu lugar ao lado da vela do Oeste.
A Suma Sacerdotiza aguarda até que a Donzela esteja em seu lugar e então diz :
“Que todos nos aproximemos das paredes do Castelo”.
O Sumo Sacerdote e o coven movem-se para dentro, e todos (incluindo a Suma Sacerdotiza e a Donzela) sentam-se formando um anel fechado ao redor do caldeirão. A Suma Sacerdotiza renova o incenso.
Agora é a hora da comunhão com os amigos falecidos – e para isso nenhum ritual estabelecido pode ser iniciado, porque todos os covens diferem em suas abordagens. Alguns preferem sentar em silêncio ao redor do caldeirão, olhando fixamente para a fumaça do incenso, falando sobre o que eles vêem e sentem. Outros preferem circular de mão em mão um espelho mágico ou uma bola de cristal. Outros covens podem ter um médium talentoso e pode usá-lo(a) como um canal. Qualquer que seja o método, a Suma Sacerdotiza o direciona.
Quando ela achar que esta parte do Sabá preencheu o seu propósito, a Suma Sacerdotiza retira o véu de seu rosto e ordena que o caldeirão seja carregado e colocado ao lado da vela do Leste, o quadrante do renascimento. (Ele deve ser colocado ao lado da vela, não em frente à este, para deixar espaço para o que segue).
O Sumo Sacerdote agora toma a palavra para dar a explicação. Ele diz ao coven, informalmente mas sériamente, que, como o Samhain é um festival dos mortos, ele deve incluir uma forte reafirmação da vida – tanto por parte do próprio coven quanto por parte dos amigos falecidos que estão se movendo rumo à reencarnação. Ele e a Suma Sacerdotiza encenarão agora, portanto, o Grande Rito, como é o costume em todo Sabá; mas como esta é uma ocasião especial, haverá leves diferenças para enfatizá-lo. Ele explica estas diferenças, de acordo com a forma que o Grande Rito irá tomar.
Se o Grande Rito fôr simbólico, o cálice e o athame serão posicionados no chão, não carregados; e a Donzela e o resto do coven caminharão lentamente deosil ao redor do perímetro do Círculo durante todo o Rito. Quando este terminar, Sumo Sacerdote e Suma Sacerdotiza primeiramente oferecerão o vinho um ao outro do modo usual; porém o Sumo Sacertote então oferecerá pessoalmente o vinho à cada mulher, após o que a Suma Sacerdotiza oferecerá pessoalmente o vinho à cada homem. Então eles consagrarão os bolos e oferecê-los pessoalmente do mesmo modo. O propósito disto (o Sumo Sacerdote explica) é passar adiante o poder de vida criado pelo Grande Rito diretamente para cada membro do coven.
Se o Grande Rito fôr ‘real’, uma vez que a Donzela e o coven tenham retornado para o recinto, Sumo Sacerdote e Suma Sacerdotiza consagrarão o vinho e os bolos e os ministrarão pessoalmente da mesma forma.
Terminadas as explicações, o Grande Rito é encenado.
Posteriormente, e antes da festa, resta apenas uma coisa a ser feita. A Suma Sacerdotiza pega o bastão de ofício do Senhor do Desgoverno e o apresenta para um witch masculino escolhido (preferivelmente um com senso de humor). Ela diz à ele que ele é agora o Senhor do Desgoverno e que até o resto do Sabá ele está privilegiado para interromper os procedimentos como ele achar que deve ser e para “tirar o sarro” de qualquer um, incluindo ela mesma e o Sumo Sacerdote.
O resto do programa é dedicado à festividade e aos jogos. E se voces, como nós, tem o hábito de reservar uma pequena oferenda de comida e bebida mais tarde para os sidhe ou seus equivalentes locais – nesta noite de todas as noites, fiquem certos que isso é algo particularmente gostoso e generoso !
XI Yule, 22 de Dezembro
No Solstício de Inverno, os dois temas-de-Deus do ciclo anual coincidem – ainda mais drasticamente do que o fazem no Solstício de Verão.Yule, (que, segundo o Venerável Bedes, provém do nórdico Iul significando ‘roda’) marca a morte e o renascimento do Deus-Sol; ele também marca a conquista do Rei do Holly, Deus do Ano Minguante, por parte do Rei do Carvalho, Deus do Ano Crescente. A Deusa, que era a Morte-em-Vida no Meio do Verão, agora apresenta seu aspecto de Vida-na-Morte; pois embora nessa estação ela seja a “senhora branca leprosa”, Rainha da escuridão fria, ainda assim este é o seu momento de dar a luz ao Filho da Promessa, o Filho Amante que a refertilizará e trará de volta a luz e o calor para o reinado dela.
A estória da Natividade é a versão cristã do tema do renascimento do Sol, pois Cristo é o Deus-Sol da Era Cristã. O nascimento de Jesus não está datado nos Evangelhos, e não foi até AD 273 que a Igreja deu o passo simbólicamente sensível de fixá-lo oficialmente no meio do inverno, para alinhá-lo com os outros Deuses-Sóis (tal como o Mitras persa, também nascido no Solstício de Inverno). Tal como São Crisóstomo, Arcebispo de Constantinopla, explicou um século depois com uma elogiada franqueza, a Natividade “do Sol da Virtude” fôra fixada de forma que “enquanto os pagãos estavam ocupados com seus ritos pagãos, os cristãos poderiam realizar seus ritos sagrados sem perturbação”.
“Profano”ou “sagrado” dependia do seu ponto de vista, porque ambos estavam celebrando básicamente a mesma coisa – o ciclo da maré anual da escuridão em direção à luz. Santo Agostinho reconheceu o significado solar do festival quando ele instigou os cristãos à celebrá-lo para aquele que criou o Sol, mais do que para o próprio Sol.
Maria em Belém é novamente a Deusa como a Vida-na-Morte. Jerome, o maior estudioso dos Padres cristãos, que viveu em Belém de 386 até sua morte em 420, nos conta que havia também um bosque de Adonis (Tammuz) ali. Já Tammuz, amado da Deusa Ishtar, era o modelo supremo naquela parte do mundo do Deus Morto e Ressucitado. Ele era (como muitos de seu tipo) um deus de vegetação ou milho; e Cristo absorveu este aspecto deste tipo tanto quanto o aspecto solar, como sugere o Sacramento do Pão. Assim como Frazer ressalta (O Ramo Dourado, pág.455), é significativo que o nome Belém significa ‘a Casa de Pão’.
A ressonância entre o ciclo do milho e o ciclo do Sol é refletido em muitos costumes: por exemplo, a tradição escocesa de manter a Donzela do Milho (o último punhado colhido) até Yule e então distribuindo-o entre o gado para fazê-lo se desenvolver todo o ano; ou, no outro sentido, a tradição alemã de espalhar as cinzas do Tronco de Yule pelos campos, ou de manter seus restos carbonizados para atá-los ao último fardo da próxima colheita (1). (Aqui novamente nos encontramos com as propriedades mágicas de tudo à respeito do fogo do Sabá, incluindo suas cinzas; pois o Tronco do Yule é, em essência, a fogueira do Sabá trazida para dentro [da casa] pelo frio do inverno).
(1) A transferência mágica da fertilidade de uma estação para outra através de um objeto físico encantado – particularmente por grãos ou seus produtos, ou pelos subprodutos do fogo – é um costume universal. Falando sobre o templo de Afrodite e Eros no declive ao norte da Akrópolis, onde residia a ‘Afrodite dos Jardins’, Geoffrey Grigson nos conta: “Foi à este templo que duas garotas, duas crianças, faziam uma visita ritual em toda primavera, trazendo com elas, do templo de Atenas no topo, pães moldados como falos e cobras. No templo de Afrodite os pães adquiriam o poder da fecundidade. No outono eles eram levados de volta à Akropolis, e eram esmigalhados nas sementes, para assegurar uma boa produção após a próxima semeadura. (A Deusa do Amor, pág.162).
Mas retornemos à Maria. Era difícilmente surpreendente que, para a cristandade permanecer como uma religião viável, a Rainha do Céu tinha que ser readmitida à algo como o seu verdadeiro status, com uma mitologia e uma devoção popular que em muito excedia (algumas vezes até mesmo conflitante com) os dados bíblicos sobre Maria. Ela tinha que receber aquele status, porque ela respondia ao que Geoffrey Ashe chama “um anseio em forma de Deusa” – um anseio que quatro séculos de cristianismo pronunciadamente machista-chauvinista, em ambos os níveis divino e humano, tornaram insuportável. (Deve ser enfatizado que o machismo-chauvinismo da Igreja não foi inaugurado por Jesus, que tratava as mulheres como seres totalmente humanos, mas pelo misogenista doentio e odiador do sexo São Paulo).
A deificação virtual de Maria veio com alarmante velocidade, iniciada pelo Conselho de Éfeso em 431 “entre grande júbilo popular devido, sem dúvida, à influência que o culto da virgem Artemis ainda havia na cidade” (Enciclopédia Britânica, tópico ‘Éfeso’). Significativamente, isto concidia íntimamente com a supressão determinada do culto à Ísis, que tinha se espalhado através do mundo conhecido. Daí para frente, os teólogos lutaram para disciplinar Maria, permitindo sua hyperdulia (‘super-veneração’, uma versão graduada, única para ela, da dulia, veneração, consentida ao santos), mas não latria (a adoração que era monopólio do Deus masculino). Eles manipularam para criar, através dos séculos, uma síntese oficial da Rainha do Céu, pela qual eles realizaram o notável feito duplo de dessexualizar a Deusa e desumanizar Maria. Mas eles não podiam abafar o seu poder; é para ela que o adorador comum (não sabendo nem se preocupando com nada à respeito da distinção entre hyperdulia e latria) se volta, “agora e na hora da nossa morte”.
ERRATA : Onde se encontra “Senhora Branca Leprosa” é provável que o adjetivo se refira à cor, embora a mesma não conste nos dicionários comuns.
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O protestantismo foi para o outro extremo e em graus variados tentou mais uma vez banir a Deusa por completo. Tudo que este conseguiu foi a perda da magia, a qual o catolicismo, seja de que forma distorcida e mutilada fosse, [ainda] mantia; pois a Deusa não pode ser banida.
(Para uma compreensão mais aprofundada sobre o fenômeno Mariano consulte as obras de Ashe A Virgem e de Marina Warner À Parte de Todo o Seu Sexo (?) (Alone of All Her Sex).
a Deusa no Yule também preside sobre o outro tema de Deus- aquele do Rei do Carvalho e do Rei do Holly, que também sobreviveu na tradição popular do Natal, embora muito da teologia oficial o ignorasse. Na maré de Yule há um jogo, o brilhante São Jorge matou o negro ‘Cavaleiro Turco’ e então imediatamente gritou que havia matado seu irmão. “Sombra e Luz, inverno e verão, são complementares um ao outro. Então vem o misterioso ‘Doutor’, com sua garrafa mágica, que ressucita o homem morto, e tudo termina com música e regozijo. Há muitas variações locais deste jogo, mas a ação é substancialmente a mesma em toda extensão”. (Doreen Valiente Um ABC da Feitiçaria – págs. 358-60). O jogo em Yule ainda sobrevive localmente – por exemplo em Drumquin, County Tyrone, onde jovens fazendeiros exoticamente mascarados e fantasiados vão de casa em casa encenando o antigo tema com palavras e ações trazidas desde seus ancestrais; a Radio Telefís Éireann fez um filme excelente sobre isto como sua obra para o Festival da Harpa Dourada de 1978.
Muitas vezes, naturalmente, o equilíbrio harmonioso dos gêmeos da escuridão e da luz, do minguar e crescer necessários, tem sido distorcido em um conceito de Bem-versus-Mal. Em Dewsbury, Yorkshire, durante aproximadamente sete séculos, os sinos da igreja tem badalado ‘o Badalar do Demonio’(?) ou ‘A Passagem do Velho Rapaz’ (?) na última hora da Véspera de Natal, alertando ao Príncipe do Mal que o Príncipe da Paz está vindo para destruí-lo. Então, a partir da meia-noite, eles dão salvas e saúdam o Nascimento. Um valioso costume, face à isto – mas de fato ele encobre uma triste degradação do Rei do Holly.
Suficientemente curioso, o nome popular ‘Old Nick’ (Velho Nick) para o Demonio reflete a mesma degradação. Nik era um nome para Woden, que é muito uma figura do Rei do Holly - tal como o Papai Noel é, de outra forma, São Nicolau (que no folclore primitivo não era transportado por renas mas cavalgava um cavalo branco através do céu – como Woden). Assim Nik, Deus do Ano Minguante, foi cristianizado de duas formas: como Satan e como o mais alegre dos santos. A Dança do Chifre de Bromley, de Abbot (agora um rito de Setembro, outrora um rito de Yule) é baseada na igreja paroquial de São Nicolau, o que sugere uma continuidade direta desde os dias quando o patrono da localidade não era Nicolau, mas Nik. (Sobre Nik e São Nicolau, consulte a obra de Doreen Valiente ABC da Feitiçaria, págs.258-9).
Incidentalmente, na Itália o lugar do Papai Noel é tomado por uma bruxa, e uma dama bruxa neste. Ela é chamada Befana (Epifania), e ela voa nas redondezas na Décima Segunda Noite em sua vassoura, trazendo presentes para as crianças através das chaminés.
Uma extraordinária versão persistente do tema Rei do Carvalho/Rei do Holly no Solstício de Inverno é a caçada ritual e a matança dos wren (uma espécie de pássaro) – uma tradição folclórica considerada isolada no tempo e no espaço praticada nas antigas Roma e Grécia e nas atuais Ilhas Britânicas. O wren, ‘pequeno rei’ do Ano Minguante, é morto por sua contraparte do Ano Crescente, o robin de peito vermelho, que o encontra escondido num arbusto de hera (ou algumas vezes na Irlanda, num arbusto de holly, como é adequado ao Rei do Holly). A árvore do robin é o vidoeiro, que segue o Solstício de Inverno no calendário celta das árvores. No ritual representado, os homens caçavam e matavam os wren com galhos de vidoeiro.
Na Irlanda, o dia dos ‘Garotos Wren’ é o Dia de São Estéfano (?), 26 de Dezembro. Em alguns locais (a vila de pescadores de Kilbaha, em County Clare no estuário Shannon, por exemplo), os Garotos Wren são grupos de músicos adultos, cantores e dançarinos em trajes coloridos, que vão de casa em casa portando a pequena efígie de um wren em um arbusto de holly. Em County Mayo os Garotos (e garotas) Wren são festas de crianças, que também carregam arbustos de holly, batem em nossas portas e recitam seus temas para nós :
“O wren, o wren, o rei dos pássaros,
No Dia de Estéfano foi capturado no furze; (*)
Levante a chaleira e abaixe a panela,
E nos dê algum dinheiro para enterrar o wren”.
( * - tipo de arbusto)
Costumava-se dar ‘um penny’, mas a inflação deturpou a tradição. Toda a decoração de holly na Irlanda deve ser retidada da casa após o Natal; é considerado fator propício ao azar permitir que estes símbolos do Ano Minguante continuem.
A aparente ausência de uma tradição de Meio de Verão correspondente, onde se esperaria por uma caçada ao robin, é enigmática.
Mas pode haver um traço disso na curiosa crença Irlandesa sobre uma Kinkisha (Cincíseach), uma criança nascida em Pentecostes (Cincís), sendo que tal pessoa está fadada ou a matar ou a ser morta – à menos que a ‘cura’ seja aplicada. Essa ‘cura’ é capturar um pássaro e esmagá-lo até a morte dentro da mão da criança (enquanto se recita três Ave Marias). Em alguns locais pelo menos, o pássaro tem que ser um robin, e nós achamos que esta é provavelmente a tradição original, pois Pentecostes é uma festividade móvel, caindo em qualquer data desde 10 de Maio até 13 de Junho – isso é, rumo ao final do reinado do Rei do Carvalho. Pode ser que há muito tempo atrás, uma criança nascida nessa estação corria o risco de se tornar um sacrifício substituto para o Rei do Carvalho, e que escapada melhor do que encontrar uma reposição na forma de seu próprio pássaro substituto, o robin de peito vermelho ? E o perigo de ‘matar ou ser morto’ pode ser uma recordação do destino de matar do Rei do Carvalho no Meio do Inverno e de ser morto no Meio do Verão. (2)
O robin do Ano Minguante nos leva até Robin Hood, aparecendo em ainda outro festival sazonal. “Em Cornwall”, Robert Graves nos conta, “Robin” significa falo. ‘Robin Hood’ é um nome campestre para campion vermelho (‘campion’significa ‘campeão’), talvez porque sua pétala fendida sugere um casco de carneiro, e porque Campeão Vermelho era um título do deus das Bruxas. . . . ‘Hood’ (ou Hod ou Hud) significava ‘tronco’ – o tronco colocado atrás do fogo – e era nesse tronco, cortado do carvalho sagrado, que se acreditou uma vez que Robin residia – daí ‘montaria [ou cavalo_?] de Robin Hood’, o parasita da madeira que escapava quando o tronco de Yule era queimado. Na superstição popular o próprio Robin escapou por cima da chaminé na forma de um robin e, quando Yule terminou, saiu como Belin contra seu rival Bran, ou Saturno – que tinha sido ‘Senhor do Desgoverno’ nos festejos da maré de Yule. Bran se escondeu da perseguição no arbusto de hera disfarçado como um Wren de Crista Dourada; mas Robin sempre o capturava e enforcava”. (A Deusa Branca, pág.397).
A menção do calendário celta de árvores (e de A Deusa Branca de Graves, sua análise moderna mais detalhada) nos traz de volta ao aspecto da Deusa e do Deus-Sol. Como será visto no nosso diagrama na página 26, as “Cinco Estações da Deusa” de Graves estão distribuidas ao longo do ano, mas duas delas (Morte e Nascimento) estão juntas em dias consecutivos no Solstício de Inverno, 22 e 23 de Dezembro. O último é um ‘dia extra’, que não pertence à qualquer uma das treze árvores-mês. Antes dele vem Ruis, a árvore-mês mais antiga, e após vem Beth, a árvore-mês vidoeiro. O padrão, cujo simbolismo valerá o estudo (embora preferívelmente no contexto do ano civil completo) é tal como segue, ao redor do Solstício de Inverno :
25 de Novembro – 22 de Dezembro : Ruis, a árvore mais antiga; uma árvore de julgamento e do aspecto sombrio da Deusa, com flores brancas e fruto negro (“Antiga é a árvore da Senhora – não a queime, ou serás amaldiçoado”). Pássaro, a gralha (rócnat); a gralha, ou corvo, é o pássaro profético de Bran, a divindade do Rei do Holly, que também está ligado aos wren na Irlanda, enquanto que em Devonshire o wren é o ‘cuddy vran’ ou ‘pardal de Bran’. Côr, vermelho-sangue (ruadh). Uma linha da Canção de Amergin: “Eu sou uma onda do mar” (para peso).
22 de Dezembro. Estação da Morte da Deusa: Árvore, o teixo, (idho), e a palmeira. Metal, o chumbo. Pássaro, águia (illait). Côr, muito branco (irfind).
23 de Dezembro O Dia Extra; Estação do Nascimento da Deusa: Árvore, fir (?) prateada (ailm), a Árvore de Natal original; também mistle-toe (?). Metal, prata. Pássaro, lapwing (?) (aidhircleóg), o piebald trapaceiro. Côr, piebald (algo como pintado ou malhado) (alad). Amergin pergunta: “Quem além de mim conhece os segredos dos dolmens não abatidos (?) ?”
24 de Dezembro – 20 de Janeiro: Beth, a árvore vidoeiro; uma árvore de começo e o exorcismo dos maus espíritos. Pássaro, faisão (besan). Côr, branco (bán). Amergin proclama: “Eu sou um cervo de sete chifres (?)” (para força).
O renascimento do Solstício de Inverno, e a parte da Deusa neste, foram retratados no antigo Egito através de um ritual no qual Isis circundava o santuário de Osíris sete vezes, para representar seu lamento por ele e suas andanças em busca dos membros espalhados de seu corpo. O texto de sua canção fúnebre para Osiris, no qual sua irmã Nephthys (que em um sentido é seu próprio aspecto obscuro) se reunira à ela, pode ser encontrado em duas versões de alguma forma diferentes em O Ramo Dourado, pág.482, e na obra de Esther Harding Mistérios da Mulher, págs.188-9. Typhon ou Set, o irmão/inimigo que o matou, era afastado pelo sacudir do sistro (tipo de sino_?) de Isis, para trazer o renascimento de Osiris. A própria Isis era representada pela figura de uma vaca com o disco solar entre seus chifres. Para o festival, as pessoas decoravam a parte externa de suas casas com lâmpadas de óleo que queimavam toda a noite. À meia noite, os sacerdotes emergiam de uma capela interna gritando “A Virgem concebeu ! A luz está aumentando !” e mostrando a imagem de um bebê aos adoradores. O posicionamento na tumba do Osiris morto era em 21 de Dezembro, após seu longo ritual de mumificação (que começava, interessantemente, em 3 de Novembro – virtualmente em Samhain); em 23 de Dezembro sua irmã/esposa Isis deu a luz à seu filho/outro self Horus. Osiris e Horus representam ao mesmo tempo os aspectos de Deus solar e vegetal; Horus é ambos o Sol renascido (os gregos o identificaram com Apolo) e o ‘Senhor das Colheitas’. Um outro nome de Horus, ‘Touro de Tua Mãe’, nos lembra que o Deus-criança da Deusa é, em outro ponto do ciclo, seu amante e fecundador, pai no devido curso de seu próprio self renascido.
As lâmpadas queimando toda a noite na véspera do Meio de Inverno sobrevivem, na Irlanda e em outros lugares, como uma única vela queimando na janela na Véspera de Natal, acesa pela pessoa mais jovem da casa – um símbolo da saudação microcósmica ao Macrocosmo, não diferente do lugar extra deixado na mesa de Pesach de uma família judia (em cuja mesa, incidentalmente, o filho mais jovem com sua pergunta “Pai, porque esta noite é diferente de todas as outras noites?”, também tem um papel importante a desempenhar).
A proprietária do pub da nossa vila oferece sua própria saudação microcósmica, seguindo uma tradição que ela nos diz que foi outrora difundida entre os donos de hospedarias irlandeses. Ela limpa um banco de estábulo, coloca palha fresca e deixa ali alguma comida, uma garrafa de vinho e uma mamadeira com leite- de modo que haverá ‘vaga na hospedaria’. Ela fica tímida para falar sobre isso mas lamenta que o costume pareça estar acabando.
Um amigo que viveu com os eskimós na Groenlândia, onde o cristianismo oprimiu um equilíbrio anterior bem integrado de crença e modo de vida, nos conta como os rituais do Solstício de Inverno morreram sem ser significativamente repostos. Pode-se dificilmente dizer que os eskimós celebram o Natal, em comparação com o festival tal como é conhecido nos países cristãos ‘antigos’; embora os ritos de solstício tradicionais (que aparentemente eram ocasiões memoráveis) não são mais observados pois eles dependem de cálculo exato do solstício através de observação estelar – uma habilidade que a geração atual não mais possui. Tudo para as bênçãos da civilização tecnológica !
Legendas das ilustrações : Pág.145 – Quando a privacidade permitir, os rituais ao ar livre são os melhores; segue – (12) Lughnasadh e Bealtaine: A Caça do Amor, (13) (acima) Lughnasadh: A Dança do Milho, (14) (abaixo) Equinócio de Outono: “Observai o mistério”; (15) Quando uma Suma Sacerdotiza tem mais dois covens formados fora do seu próprio, ela é autorizada à se denominar ‘Bruxa Rainha’ e à usar o número apropriado de fivelas em sua liga [de meia] de bruxa; (16) Yule: A Deusa lamenta a morte do Deus Sol; (17) Consagrando o Vinho; (18) Espada e Athame simbolizam o elemento Fogo em nossa tradição. Outras os atribuem ao Ar; (19) O Grande Rito Simbólico: “Aqui onde a Lança e o Graal se unem”; (20) (outro lado) A Lenda da Descida da Deusa: “Tal era a sua beleza que a própria Morte se ajoelhou e deitou sua espada e coroa aos seus pés”
Em Atenas, o ritual do Solstício de Inverno era o Lenaea, o Festival das Mulheres Selvagens. Aqui, a morte e o renascimento do deus da colheita Dionísio era encenado. No passado sombrio este tem sido um ritual de sacrifício do deus,e as nove Mulheres Selvagens picaram seu representante humano em pedaços e o comeram. Porém pelos tempos clássicos os Titãs se tornaram os sacrificadores, a vítima tendo sido substituida por um cabrito,e as nove Mulheres Selvagens se tornaram lamentadoras e testemunhas do nascimento. (Vide A Deusa Branca, Pág.399). As Mulheres Selvagens também aparecem nas lendas nórdicas; como as Waelcyrges (Valkírias) elas cavalgavam com Woden em sua Caçada Selvagem.
No ritual de Yule do Livro das Sombras, apenas o renascimento do Deus-Sol é apresentado, com o Sumo Sacerdote invocando a Deusa para “nos trazer o Filho da Promessa”. O tema Rei do Holly/Rei do Carvalho é ignorado – uma estranha omissão em vista de sua persistência no folclore da estação.
Nós combinamos os dois temas em nosso ritual, escolhendo o Rei do Carvalho e o Rei do Holly por sorteio, pois no Meio do Verão, imediatamente após o ritual de abertura – porém adiando o ‘assassinato’ do Rei do Holly para após a morte e renascimento do Sol.
Surge um problema a respeito da coroa do Rei do Carvalho; enquanto que no Meio do Verão as folhas de carvalho e holly são ambas disponíveis, em Yule as folhas de carvalho não estão. Uma solução seria armazenar folhas de carvalho de antemão no Verão ou Outono, pressioná-las e laqueá-las e fabricar uma coroa permanente do Rei do Carvalho para uso na maré de Yule. Outra solução, talvez menos frágil, é fabricar sua coroa permanente de frutos (?) de carvalho quando estiverem em sua temporada. Ou voce pode usar as folhas de inverno do Olmo ou Carvalho Sempre Verde (Quercus iex). Tudo isso falhando, faça a coroa de galhos desfolhados de carvalho mas torne-os brilhantes com ouro falso (?) de Natal ou outra decoração disponível.
Em Yule, a Deusa é a ‘senhora branca leprosa’, Aquela de Cabelo Branco, Vida-em-Morte; assim, sugerimos que a Suma Sacerdotiza deveria novamente usar o chiffon branco ou tabard de filó (?) que nós descrevemos para Samhain. Uma adição dramaticamente efetiva, se ela possuir um ou isso possa ser disponibilizado, é uma peruca de branco puro, preferivelmente comprida. Se o seu coven operar vestido de céu, ela tirará o tabard antes do Grande Rito porém retenha a peruca se ela estiver usando uma, porque ela simboliza seu aspecto sazonal.
O lamento da Suma Sacerdotiza “Retorne, oh, retorne! . . .”, é uma forma ligeiramente adaptada do lamento de Isis por Osiris acima mencionado.
Se, isso é mais que provável, voces tiverem uma árvore de Natal na sala, quaisquer luzes sobre ela deverão ser apagadas antes do Círculo ser lançado. O Sumo Sacerdote poderá então acendê-las imediatamente após ele acender a vela do caldeirão.
Caso haja uma lareira aberta no recinto, um Tronco de Yule poderá ser queimado durante o Sabá. Este deverá ser, naturalmente, de carvalho.
A Preparação
O caldeirão é posicionado próximo à vela do Sul, com uma vela ainda não acesa dentro deste e envolto com holly, hera e mistletoe.
Coroas para o Rei do Carvalho e o Rei do Holly estão prontas ao lado do altar. Um pouco de palha é colocada sobre o altar – tantos ramos quanto houverem homens presentes ao Sabá, exceto para o Sumo Sacerdote. Um deles é maior do que o resto e o outro é menor. (Tal como no Meio do Verão, se a Suma Sacerdotiza decidor por nomear os dois Reis ao invés de sortear, as palhas não serão necessárias).
Uma venda para os olhos do Rei do Holly está preparada próximo ao altar.
Um sistro (?) para a Suma Sacerdotiza é colocado sobre o altar. O Sumo Sacerdote vestirá um tabard branco e, caso ela assim escolha, uma peruca branca.
Caso haja uma árvore de Natal com luzes no recindo, as luzes deverão ser apagadas.
Caso haja uma lareira aberta na sala, será produzido fogo até que esteja vermelho e brilhante, e um Tronco de Yule é colocado sobre este um pouco antes de o Círculo ser lançado.
O Ritual
Após a Runa das Feiticeiras, a Donzela traz as palhas do altar e as segura em sua mão de forma que todas as pontas estejam com seus comprimentos variados mas ninguém deve saber qual é o galho mais curto e qual é o mais longo. A Suma Sacertotiza diz :
“Que os homens façam o sorteio.”
Cada homem (exceto o Sumo Sacerdote) retira um galho da mão da Donzela e o mostra à Suma Sacerdotiza. A Suma Sacerdotiza aponta para o homem que tirou o ramo curto, e diz :
“Vós sois o Rei do Holly, Deus do Ano Minguante. Donzela, traga sua coroa!”
A Donzela coloca a coroa de folhas de holly sobre a cabeça do Rei do Holly.
A Suma Sacertotiza aponta para o homem que tirou o ramo comprido, e diz :
“Vós sois o Rei do Carvalho, Deus do Ano Crescente. Donzela, traga sua coroa!”
A Donzela coloca a coroa de folhas de carvalho sobre a cabeça do Rei do Carvalho.
Enquanto a coroação prossegue, o Sumo Sacerdote se deita sobre o chão no centro do Círculo, curvado em uma posição fetal. Todos fingem não vê-lo fazer isso.
Quando a coroação termina, o Rei do Carvalho diz :
“Meu irmão e eu fomos coroados e estamos preparados para nossa disputa. Mas onde está o nosso Senhor o Sol?”
A Donzela responde :
“Nosso Senhor o Sol está morto!”
Se o tabard da Suma Sacerdotiza tiver um véu, ela o puxa por sobre sua face.
O coven se arruma ao redor do perímetro do Círculo.
A Suma Sacerdotiza pega o sistro, e a Donzela pega uma vela. Elas caminham juntas vagarosamente so redor do Sumo Sacerdote, deosil, sete vezes. A Donzela segura a vela de forma que a Suma Sacerdotiza possa ler o seu texto, e conta silenciosamente “Um’, “Dois”, e assim até chegar à “Sete”, assim que cada circuito for completado. Enquanto elas seguem, a Suma Sacerdotiza chacoalha seu sistro e lamenta :
Retorne, oh, retorne!
Deus do Sol, Deus da Luz, retorne!
Teus inimigos fugiram – tu não tens inimigos.
Oh amável auxiliar, retorne, retorne!
Retorne para tua irmã, tua esposa, que te ama!
Nós não seremos separados (?).
Oh meu irmão, meu consorte, retorne, retorne!
Quando eu não te vejo,
Meu coração lamenta por ti,
Meus olhos buscam por ti,
Meus pés viajam pela Terra procurando por ti!
Deuses e homens pranteiam juntos por ti.
Deus do Sol, Deus da Luz, retorne!
Retorne para tua irmã, tua esposa, que te ama!
Retorne! Retorne! Retorne!”
Quando os sete circuitos forem completados, a Suma Sacerdotiza deposita seu sistro sobre o altar e se ajoelha próximo ao Sumo Sacerdote, com suas mãos repousando sobre o corpo dele e suas costas voltadas para o altar. (Vide Ilustração 16.)
O coven, exceto a Donzela, se dá as mãos e se move vagarosamente deosil ao redor da Suma Sacerdotiza e do Sumo Sacerdote.
A Donzela fica em pé próximo ao altar e declama: (3)
(3) Escrito por Doreen Valiente, com palavras sugeridas por um hino de Natal em Carmina Gadelica, recolhida por Alexander Carmichael de Angus Gunn, um cottar (?) de Lewis. (Vide Carmina Gadelica, Volume I, Página 133, ou O Sol Dança, Página 91). “Foi o primeiro cântico ou invocação que eu já escrevi para Gerald”, nos diz Doreen – no Yule de 1953, ela acha. Ele deu à ela a tarefa de escrever palavras para o ritual da véspera sem aviso, após o almoço, “deliberadamente me lançando no maior extremo para ver o que eu poderia fazer”.
“Rainha da Lua, Rainha do Sol,
Rainha dos Céus, Rainha das Estrelas,
Rainha das Águas, Rainha da Terra,
Trazei a nós o Filho da Promessa!
É a Grande Mãe que dá a luz à Ele;
É o Senhor da Vida que nasce novamente;
Escuridão e lágrimas serão afastadas quando o Sol chegar cedo!”
A Donzela dá uma pausa em sua declamação, e a Suma Sacerdotiza fica de pé, trazendo o Sumo Sacerdote para seus pés. Se ela estiver velada, ela retira novamente o véu de sua face. A Suma Sacerdotiza e o Sumo Sacerdote olham um para o outro, entrelaçando suas mãos entre si, e começam a girar deosil dentro do coven.
O círculo do coven se torna mais animado e veloz.
A Donzela prossegue :
“Sol Dourado da colina e da montanha,
Ilumine a terra, ilumine o mundo,
Ilumine os mares, ilumine os rios,
Cessem os lamentos, alegria para o mundo!
Bendita seja a Grande Deusa,
Sem começo, sem fim,
Perpétua pela eternidade, Io Evo! He(4)! Bendita seja !
Io Evo! He ! Bendita seja !
Io Evo! He ! Bendita seja ! . . .
(4) Pronunciado ‘Yo ayvo, hay’ (o ‘ay’ como em ‘day’). Um grito da Bacanália Grega. Para algumas ponderações acerca de seu possível significado sexual, vide a obra de Doreen Valiente Magia Natural, Página 92.
O coven se une ao cântico “Io Evo! He(4)! Bendita seja !”, e a Donzela deixa seu texto e a vela e se une ao círculo. O cântico e o círculo continuam até que a Suma Sacerdotiza grite “Sentem-se!”
Quando todos estiverem sentados, o Sumo Sacerdote levanta novamente e vai para o altar para buscar uma vela ou toco de vela. Ele a leva até o caldeirão e com ela acende a vela dentro do caldeirão. Então ele devolve a vela ou toco de vela original para o altar. Se houver uma árvore de Natal com lâmpadas, ele agora acende as lâmpadas.
Ele então toma seu lugar em frente ao altar, onde a Suma Sacerdotiza se une à ele, e ambos ficam em pé olhando para o coven sentado.
A Suma Sacerdotiza diz :
“Agora, no auge do inverno, o declínio do ano está terminado, e o reinado do Rei do Holly é finalizado. O Sol renasceu e o crescimento do ano começa. O Rei do Carvalho deve matar seu irmão o Rei do Holly e reger sobre a minha terra até o ápice do verão, quando seu irmão se erguerá novamente.”
O coven fica de pé e, exceto para os dois Reis, se afastam rumo ao perímetro. No centro do Círculo, os dois Reis ficam de pé olhando um para o outro, o Rei do Carvalho de costas para o Oeste e o Rei do Holly de costas para o Leste.
O Rei do Carvalho coloca suas mãos sobre os ombros do Rei do Holly, pressionando para baixo. O Rei do Holly cai de joelhos. Entrementes, a Donzela traz o cachecol, e ela e o Rei do Carvalho vendam os olhos do Rei do Holly. Ambos agora se afastam do Rei do Holly ajoelhado; a Suma Sacerdotiza caminha vagarosamente deosil ao redor dele, três vezes. Ela então se une novamente ao Sumo Sacerdote em frente ao altar.
O Sumo Sacerdote diz:
“O espírito do Rei do Holly partiu do meio de nós, para repousar em Caer Arianrhod, o Castelo da Roda de Prata; até que, com a passagem do ano, chegará a estação quando ele retornará a reger novamente. O espírito se foi; portanto que o homem dentre nós que abrigou aquele espírito seja dispensado de sua tarefa.”
A Suma Sacerdotiza e a Donzela vão adiante novamente e ajudam o Rei do Holly à se levantar. Elas o conduzem para a vela do Oeste, onde a Donzela retira sua venda e a Suma Sacerdotiza retira sua coroa, deixando estes ao lado da vela. O homem se vira e novamente se torna um membro comum do coven.
O Grande Rito é agora encenado, a Donzela ficando perto como athame e o Rei do Carvalho com o cálice. (Se o Sabá for realizado com todos vestidos de céu, a Donzela primeiramente ajudará a Suma Sacerdotiza à tirar seu tabard - que, sendo branco, pode então perfeitamente ser usado como o véu colocado sobre seu corpo para a primeira parte do Grande Rito).
Após o vinho e os bolos, o caldeirão é movido para o centro do Círculo, e todos saltam sobre ele do modo costumeiro antes do estágio da festa começar.
No dia seguinte, quando a fogueira (se houver) estiver fria, as cinzas do Tronco de Yule devem ser recolhidas e espalhadas pelos campos ou jardim – ou, se voce mora na cidade e não tem nem uma jardineira de peitoril de janela, no parque mais próximo ou terra cultivada.
Nascimento, Casamento e Morte
XII Wiccaning
Este é um livro de rituais sugeridos para aqueles que necessitem usá-los e que os acha adequados. Portanto não é local para debater a difícil questão da educação religiosa dos filhos. Porém acreditamos que um ponto deve ser levantado.
Os cristãos, quando tem seus filhos cristianizados, fazem tudo aquilo com a intenção de comprometê-las ao cristianismo, preferívelmente por toda a vida – e à própria marca particular de cristandade dos pais, referente àquilo. A crença comum é que os filhos endossarão aquele compromisso através da confirmação, quando estiverem mais velhos o suficiente para concordar conscientemente (embora sem julgamento maduro). Para ser justo, estes pais – quando eles não estão meramente seguindo uma convenção social – muitas vezes agem deste modo porque eles acreditam sinceramente que isto é essencial para a segurança das almas de seus filhos. Eles foram educados para acreditar nisso e muitas vezes foram ameaçados para crer nisso. (Uma jovem amiga nossa cristã, com a gravidez avançada, foi advertida pelo médico que a criança poderia nascer morta; ela soluçou em nossos braços, aterrorizada de que seu bebê poderia ir para o Inferno se ele não vivesse o suficiente para ser batizado. Ela estava teológicamente errada, mesmo em termos de sua própria crença; mas seu terror era muito típico. Nós estamos felizes em dizer que seu bebê menino, embora tardiamente, nasceu bem e com saúde).
Essa crença, de que existe apenas um tipo de bilhete para o Céu e que um bebê deve recebê-lo à toda velocidade para sua própria segurança, é naturalmente desconhecida para o Wicca. A crença Wicca na reencarnação nega isso em qualquer caso. Mas aparte daquilo, as bruxas mantém o ponto de vista que era virtualmente universal antes da era do monoteísmo patriarcal – nominalmente, que todas as religiões são modos diferentes de expressar as mesmas verdades e que sua validade para qualquer indivíduo em particular depende de sua natureza e necessidades.
Uma cerimônia Wicca para o filho de uma família de bruxos não compromete, portanto, a criança com qualquer caminho, mesmo o caminho Wicca. É similar à cristianização no sentido em que ela invoca a proteção Divina para a criança e afirma ritualmente o amor e o cuidado com que a família e amigos desejam rodear o recém nascido. Ela difere da cristianização no sentido que ela reconhece específicamente que, quando a criança amadurece e se torna adulta, ela decidirá, e deveras o deve fazer, sobre seu próprio caminho.
Wicca é acima de tudo uma religião natural – assim os pais bruxos naturalmente tentarão comunicar aos seus filhos o prazer e a realização que sua religião os oferece, e toda a família inevitavelmente compartilhará em seu modo de vida. Compartilhar é uma coisa; impor ou ditar é outra e, longe de assegurar uma ‘salvação’ da criança, pode muito bem adiá-la – se, como fazem as bruxas, voce considerar a salvação não como um tipo de transação instantânea mas como um desenvolvimento ao longo de muitas vidas.
Nós compusemos nosso ritual de wiccaning (presumívelmente wiccaning se refere ao nascimento dos bebês e sua criação) nesse contexto, e achamos que a maioria das bruxas concordará com esta atitude.
Nós sabíamos que a idéia de ter padrinhos – amigos adultos que manterão um contínuo interesse pessoal no desenvolvimento da criança – era uma idéia popularmente justificável; e achamos que uma cerimônia de wiccaning também poderia permitir isso. Primeiramente, nós chamamos estes amigos adultos de ‘patrocinadores’, para evitar confusão com a prática cristã. Mas numa consideração maior nós percebemos que ‘patrocinador’ era uma palavra fria e que não havia nenhuma razão porque ‘padrinho’ e ‘madrinha’ (se ‘deus’ pode incluir ‘deusa’) não poderia servir para as bruxas tanto quanto para os cristãos. Por fim, dadas as diferenças de credo (e os cristãos diferenciam-se entre si, Deus sabe), incluindo a diferença de atitude que já mencionamos, a função é a mesma.
Os padrinhos não devem necessáriamente serem eles próprios bruxos; isso cabe aos pais. Mas eles devem ao menos ser simpatizantes com a intenção do rito e terem lido o mesmo completamente de antemão, para assegurar que eles podem fazer as promessas necessárias com toda sinceridade. (O mesmo se aplicaria, por fim, às bruxas que fossem convidadas por amigos cristãos para serem padrinhos num batismo na igreja).
Se a Suma Sacerdotiza e/ou o Sumo Sacerdote estiverem eles mesmos na condição de padrinhos, eles farão as promessas um para o outro nos momentos apropriados do ritual.
Há uma estória relacionada à este nosso ritual que é ao mesmo tempo engraçada e triste. Nós o escrevemos originalmente em 1971, e demos uma cópia à um Sumo Sacerdote amigo que achamos que iria gostar de recebê-lo. Um par de anos depois, um amigo bruxo americano estava nos visitando, e aconteceu de nós descrevermos nosso wiccaning para ele em conversação. Ele riu e disse : “Mas eu li este ritual. Da última vez que estive em Londres, ( nome ) o mostrou para mim. Ele disse que o havia conseguido de uma fonte tradicional muito antiga”.
Porém tais irresponsabilidades são estórias apócrifas lançadas; e elas não fazem bem à Wicca de forma nenhuma. Além do mais, nós temos desde então revisado o ritual superficialmente sob a luz da experiência – então pessoas que conhecem o original irão agora nos acusar de ‘adulterá-lo com tradição’ ? Isso poderia ocorrer !
Seguindo padrões Wicca, nós sugerimos que o Sumo Sacerdote deveria presidir no wiccaning de uma menina, e a Suma Sacerdotiza no de um menino. A fim de evitar extensas repetições, nós apresentamos o ritual completo para uma menina, e então indicamos as diferenças para um menino.
Preparação
Caso o coven normalmente opere vestido de céu, a decisão se o ritual será vestido de céu ou de robe ficará nesta ocasião com os pais. Em qualquer caso, a Suma Sacerdotiza portará os símbolos da Lua, e o Sumo Sacerdote os símbolos do Sol.
O círculo é marcado com flores e folhagem, e o caldeirão colocado no centro, preenchido com o mesmo, e talvez com frutas também.
Óleo para consagração é colocado preparado sobre o altar.
Apenas incenso muito leve deve ser usado – preferívelmente joss-sticks (em palito_?).
Presentes para a criança são colocados ao lado do altar e comida e bebida para uma pequena festa no Circulo após o ritual.
Os pais devem escolher de antemão um ‘nome oculto’ para a criança. (Isso é amplamente para o benefício próprio da criança; crescendo em uma família de bruxos, ele ou ela quase certamente gostará de ter um ‘nome wicca’ privativo assim como fazem a Mamãe e o Papai – e em caso negativo, este pode ser silenciosamente esquecido até que e à menos que seu usuário queira usá-lo novamente).
O Ritual para uma Menina
O Ritual de Abertura prossegue como usual até o fim da invocação do “Grande Deus Cernunnos”, exceto que todos, incluindo os pais e a criança, está no Circulo antes do encantamento, sentados em semi-círculo próximo ao caldeirão e olhando de frente ao altar – deixando espaço para a Suma Sacerdotiza lançar(encantar) o Círculo ao redor deles. Apenas a Suma Sacerdotiza e o Sumo Sacerdote estão em pé, para conduzir o Ritual de Abertura. Para encurtar movimentos excessivos que poderiam assustar a criança, a Suma Sacerdotiza lança o Círculo com seu athame, não a espada; e ninguém se move com ela, ou copia seus gestos, quando ela invocar os Senhores das Torres de Vigia. Ela e o Sumo Sacerdote circulam os elementos.
Após a invocação “Grande Deus Cernunnos”, a Suma Sacerdotiza e o Sumo Sacerdote consagram o vinho. Eles não o provam mas colocam o cálice sobre o altar.
O Sumo Sacerdote fica então de pé em frente ao altar, olhando para o caldeirão. A Suma Sacerdotiza permanece pronta para lhe entregar o óleo, vinho e água.
O Sumo Sacerdote diz :
Nós nos reunimos neste Círculo para pedir a bênção do poderoso Deus e da gentil Deusa sobre ( nome ), a filha de ( nome ) e ( nome ), de forma que ela possa crescer em beleza e força, em prazer e sabedoria. Há muitos caminhos, e cada um precisa encontrar o seu próprio; portanto nós não pretendemos comprometer (nome) com qualquer caminho enquanto ela ainda for muito jovem para escolher. Por outro lado nós devemos pedir ao Deus e à Deusa, que conhecem todos os caminhos, e à quem todos os caminhos levam, para abençoá-la, protege-la e prepará-la ao longo dos anos de sua infancia; de forma que finalmente quando ela estiver realmente crescida, ela saberá sem dúvida ou medo qual caminho é o dela e ela o trilhará alegremente.
“ (nome), mãe de (nome), traga-a adiante para que ela possa ser abençoada”.
O pai ajuda a mãe à levantar,e ambos conduzem a criança ao Sumo Sacerdote, que a toma em seus braços (com firmeza, ou ela se sentirá insegura – muitos clerigos cometem este erro!). Ele pergunta:
“ (nome), mãe de (nome), esta tua filha tem também um nome oculto ?”
A mãe responde:
“Seu nome oculto é ( nome ).”
O Sumo Sacerdote então unge a criança na testa com óleo, marcando um pentagrama e dizendo:
“Eu te aplico o óleo, (nome civil), e te concedo o nome oculto de (nome)”.
Ele repete a ação com o vinho, dizendo :
“Eu te aplico o vinho, (nome oculto), em nome do poderoso Deus Cernunnos”.
Ele repete a ação com a água, dizendo :
“Eu te aplico a água, (nome oculto), em nome da gentil Deusa Aradia”.
O Sumo Sacerdote devolve a criança para a mãe e então conduz os pais e a criança por cada uma das Torres de Vigia ao redor, dizendo :
“Vós Senhores das Torres de Vigia do Leste (Sul, Oeste, Norte), nós trazemos perante vós (nome), cujo nome oculto é (nome), e que foi devidamente ungida dentro do Circulo Wicca. Ouvi todos vós, portanto, que ela está sob a proteção de Cernunnos e Aradia”.
O Sumo Sacerdote e a Suma Sacerdotiza tomam seus lugares olhando para o altar, com os pais e a criança entre eles. Eles erguem seus braços e invocam um por vez:
Sumo Sacerdote: “Poderoso Cernunnos, concedei sobre esta criança o dom da força”.
Suma Sacerdotiza: “Gentil Aradia, concedei sobre esta criança o dom da beleza”.
Sumo Sacerdote: “Poderoso Cernunnos, concedei sobre esta criança o dom da sabedoria”.
Suma Sacerdotiza: “Gentil Aradia, concedei sobre esta criança o dom do amor ”.
O Sumo Sacerdote, a Suma Sacerdotiza e os pais viram-se para olhar para dentro do Circulo, e o Sumo Sacerdote então pergunta :
“Há duas pessoas no Círculo que assumam a condição de padrinhos de ( nome ) ?”
(Caso ele e a Suma Sacerdotiza estejam sob a condição de padrinhos, ele perguntará, ao invés : “Há alguma pessoa no Círculo que assuma comigo a condição de padrinhos de ( nome )?” e a Suma Sacerdotiza responde : “Eu me unirei à vos”. Eles então olham um para o outro e falam as perguntas e as promessas um para o outro).
Os padrinhos caminham adiante e ficam de pé, a madrinha de frente para o Sumo Sacerdote, e o padrinho de frente para a Suma Sacerdotiza.
O Sumo Sacerdote pergunta para a madrinha :
“Vós, ( nome ), promete ser uma amiga para ( nome ) ao longo de sua infância, à auxiliá-la e guiá-la quando ela precisar; e de acordo com seus pais, à cuidar dela e amá-la como se ela fosse de seu próprio sangue, até que pela graça de Cernunnos e Aradia ela esteja preparada para escolher o seu próprio caminho?”
A madrinha responde :
“Eu, ( nome ), assim prometo”.
A Suma Sacerdotiza pergunta ao padrinho :
“Vós, ( nome ), promete . . .” etc., tal como acima.
O padrinho responde :
“Eu, ( nome ), assim prometo”.
O Sumo Sacerdote diz :
“O Deus e a Deusa a abençoaram;
Os Senhores das Torres de Vigia a reconheceram;
Nós seus amigos a recebemos com boas vindas;
Portanto, Oh Círculo de Estrelas,
Brilhai em paz sobre ( nome ),
Cujo nome oculto é ( nome ).
Que assim seja.
Todos dizem :
“Que assim seja”.
O Sumo Sacerdote diz :
“Que todos se sentem dentro do Círculo”.
Todos se sentam, exceto o Sumo Sacerdote e a Suma Sacerdotiza, que provam e passam adiante o vinho já consagrado na maneira usual e então consagram e passam adiante os bolos na maneira usual.
Eles então trazem os presentes e a comida e bebida da festa e sentam-se junto com os outros, e o procedimento se torna informal.
O Ritual para um Menino
A diferença básica se o bebê for um menino é que o Sumo Sacerdote e a Suma Sacerdotiza trocam as tarefas. Ela faz a declaração de abertura e realiza a unção, o Sumo Sacerdote entregando a ela o óleo, vinho e água. Ela apresenta a criança às Torres de Vigia.
A invocação ao Deus e da Deusa para seus dons de força, beleza, sabedoria e amor, contudo, é feita exatamente como para uma menina, e na mesma ordem.
A Suma Sacerdotiza convoca os padrinhos e toma a promessa do padrinho; o Sumo Sacerdote então toma a promessa da madrinha.
A Suma Sacerdotiza pronuncia a bênção final.
XIII Handfasting
Um handfasting é um casamento de bruxos. Stewart explicou sobre o handfasting com mais detalhes no Capítulo 15 de O Que As Bruxas Fazem, assim sendo não repetiremos aquela explicação aqui. Todas as versões demasiado diferentes do ritual de handfasting que nós temos encontrado (incluindo aquela em destaque na obra O Que As Bruxas Fazem) foram elaboradas em anos recentes e são uma mistura de pedaços de tradição (tal como saltar sobre a vassoura) com as idéias do próprio criador. Na extensão em que sabemos, nenhum ritual de handfasting detalhado e provávelmente antigo existe no papel.
Assim quando nós fomos convidados à conduzir um handfasting para dois de nossos membros uns poucos dias após seu casamento legal, nós decidimos que também escreveríamos o nosso próprio ritual, uma vez que nenhum daqueles que nós conhecíamos bem nos satisfazia.
Como muitos outros bruxos e ocultistas, nós descobrimos no inesquecível romance de Dion Fortune A Sacerdotiza do Mar (Aquarian Press, Londres, 1957) uma mina de ouro de materiais para rituais elaborados e nos beneficiamos dos resultados. Então, para o handfasting de nossos amigos, nós incorporamos algumas das palavras do Sacerdote da Lua para Molly no Capítulo XXX da Sacerdotiza do Mar (1); nós sentimos que elas quase poderiam ter sido escritas para o propósito. Elas são as quatro citações abaixo, de “Afrodite Dourada vinde não como a virgem . . .” até “eles se tornaram a substância do sacramento”. Nossa única alteração ao original foi para substituir “noiva” por “sacerdotiza” em um ponto; isso pareceu uma emenda legítima para um ritual de handfasting.
(1) Capítulo 14 da edição de capa mole (Star, Londres, 1976).
Essas passagens estão incluidas aqui graças à gentil permissão da Sociedade da Luz Interior, que detém o copyright das obras de Dion Fortune. A responsabilidade pelo contexto sob o qual elas foram utilizadas é, naturalmente, inteiramente nossa e não da Sociedade; mas nós gostamos de pensar que, se a falecida Srta.Fortune estivesse capacitada de estar presente, nós teríamos recebido a sua bênção.
Um outro ponto : na apresentação dos símbolos dos elementos, nós atribuimos a Vara ao Ar, e a Espada ao Fogo. (Vide Ilustração 18). Esta é a tradição que nós seguimos – porém outras atribuem a Vara ao Fogo e a Espada ao Ar. A atribuição Vara/Fogo, Espada/Ar foi uma ‘cortina’deliberada perpretado pela Golden Dawn inicial, que infelizmente ainda não morreu de morte natural; isso nos parece contrário à natureza óbvia dos instrumentos em questão. Entretanto, muitas pessoas foram educadas acreditando que a ‘cortina’era a tradição genuina, de forma que agora, para estas, esta parece ser a correta. Elas devem naturalmente adicionar o texto da apresentação de modo adequado.
A Preparação
O Círculo é delineado, e o altar decorado com flores; mas um portal é deixado ao Nordeste do Círculo, com flores à mão para fechá-lo.
A vassoura é mantida pronta ao lado do altar.
O caldeirão, preenchido com flores, é posicionado próximo à vela do Oeste – o Oeste representando a Água, o elemento do amor.
O Ritual
O Ritual de Abertura é conduzido normalmente, exceto que (a) a noiva e o noivo permanecem fora do portal, que ainda não está fechado, e (b) a Investidura não é dada ainda.
Após a invocação “Grande Deus Cernunnos”, a Suma Sacerdotiza traz para dentro o noivo,e o Sumo Sacerdote a noiva, cada um com um beijo. O Sumo Sacerdote então fecha o portal com flores, e a Suma Sacerdotiza fecha-o ritualmente com a espada ou o athame.
A Suma Sacerdotiza e o Sumo Sacerdote ficam de costas para o altar. O noivo olha para a Suma Sacerdotiza e a noiva para o Sumo Sacerdote, no centro do Círculo.
A Suma Sacerdotiza pergunta :
“Quem vem para se unir na presença da Deusa ?
Qual é o teu nome, Oh Homem?”
O noivo responde :
“Meu nome é ( nome )”.
O Sumo Sacerdote pergunta :
“Quem vem para se unir na presença do Deus ?
Qual é o teu nome, Oh Mulher?”
A noiva responde :
“Meu nome é ( nome )”.
A Suma Sacerdotiza diz :
“ ( nome ) e ( nome ), nós vos saudamos com alegria.”
O coven se reune ao redor da noiva e do noivo para a Runa das Feiticeiras; então todos retornam para seus lugares.
A Suma Sacerdotiza diz :
“Unidade é equilíbrio, e equilíbrio é unidade. Ouvi então, e compreendei.”
Ela pega a vara e continua :
“a vara que eu seguro é o símbolo do Ar. Sabei e recordai que este é o elemento da Vida, da inteligência, da inspiração que nos move adiante. Por esta vara do Ar, nós trazemos para o vosso handfasting o poder da Mente.”
Ela abaixa a vara. O Sumo Sacerdote pega a espada e diz :
“A espada que eu seguro é o símbolo do Fogo. Sabei e recordai que este é o elemento da Luz, da energia, do vigor que corre nas nossas veias. Por esta espada do Fogo, nós trazemos para o vosso handfasting o poder da Vontade.”
Ele abaixa a espada. A Suma Sacerdotiza pega o cálice e diz :
“O cálice que eu seguro é o símbolo da Água. Sabei e recordai, que este é o elemento do Amor, do crescimento, do frutificar da Grande Mãe. Por este cálice da Água, nós trazemos para o vosso handfasting o poder do Desejo.”
Ela abaixa o cálice. O Sumo Sacerdote pega o pentáculo e diz :
“O pentáculo que eu seguro é o símbolo da Terra. Sabei e recordai, que este é o elemento da Lei, da duração, da compreensão que não pode ser abalada. Por este pentáculo da Terra, nós trazemos para o vosso handfasting o poder da Firmeza.”
Ele abaixa o pentáculo e continua :
“Ouvi as palavras da Grande Mãe . . . “ etc., para introduzir a Investidura.
A Suma Sacerdotiza e o Sumo Sacerdote conduzem a Investidura, na maneira usual. Quando estiver acabado, o Sumo Sacerdote diz :
“Afrodite Dourada vinde não como a virgem, a vítima, mas como a Despertadora, a Desejada. Como espaço exterior ( ? ) ela chama, e o Todo-Pai começa [à fazer-lhe] a corte. Ela O desperta para o desejo, e os mundos são criados. Quão poderosa é ela, Afrodite dourada, a despertadora da humanidade!”
A Suma Sacerdotiza diz :
“Mas todas estas coisas são uma coisa. Todas as deusas são uma deusa,e nós a chamamos Ísis, a Toda-mulher, em cuja natureza todas as coisas naturais são encontradas; virgem e desejosa alternadamente; doadora da vida e aquela que traz a morte. Ela é a causa de toda a criação, pois ela despertou o desejo do Todo-Pai, e por sua causa Ele criou. De forma semelhante, os sábios chamam todas as mulheres de Ísis.”
O Sumo Sacerdote diz :
“Na face de toda mulher, que o homem busque as características da Grande Deusa, observando suas fases através do fluxo e do retorno das marés às quais sua alma responde; ouvindo o seu chamado”.
A Suma Sacerdotiza diz :
“Oh filha de Ísis, adorai a Deusa, e em seu nome dê o chamado que desperta e rejubila. Assim serás tu abençoada pela Deusa, e viverás com a plenitude da vida. Que a Noiva revele a Deusa para aquele que a ama. Que ela assuma a coroa do submundo. Que ela se eleve toda gloriosa e dourada do mar do primordial e chame a ele para vir adiante, para vir à ela. Que ela faça estas coisas em nome da Deusa, e ela será igual à Deusa sobre ele; pois a Deusa falará através dela. Toda-poderosa será ela no Interno, como Perséfone coroada; e toda-poderosa no Externo, como Afrodite Dourada (2). Assim ela será uma sacerdotiza aos olhos do adorador da Deusa, que por sua fé e dedicação descobrirá a Deusa nela. Pois o rito de Ísis é vida, e aquilo que é feito como um rito irá se manifestar em vida. Pelo rito a Deusa é invocada e trazida para seus adoradores; seu poder penetra neles, e eles se tornam a substância do sacramento.”
(2) Não podemos resistir à notar aqui uma crença que ainda se prolonga no Oeste da Irlanda propenso à vendavais – que uma noiva recém-casada tem o poder de acalmar uma tempestade no mar. Como uma vizinha (morando, como nós, à uma milha do Atlântico) nos disse : “Eu creio que possa haver alguma verdade nisso. Uma noiva tem uma certa bênção ao seu redor.”
O Sumo Sacerdote diz para a noiva :
“Diga depois de mim : ‘Pela semente e a raiz, pelo botão e o caule, pela folha e flor e fruto, pela vida e o amor, em nome da Deusa, eu, ( nome ), te tomo, ( nome ), em minha mão, meu coração e meu espírito, no pôr do sol e ascenção das estrelas (3). A morte não nos separará; pois na plenitude do tempo nós nasceremos novamente no mesmo tempo e no mesmo local como cada um; e nós nos encontraremos, e saberemos, e lembraremos, e amaremos novamente.’”
(3) À seu próprio critério, o casal pode terminar o seu compromisso aqui, omitindo a última sentença de “A morte não nos separará . . . “ caso ainda não percebem seu caminho como um compromisso de almas-gêmeas (?), que jamais deve ser assumido sem uma cuidadosa avaliação. (Vide O Que As Bruxas Fazem, Capítulo 15.) A Igreja Mormon, incidentalmente, tem a mesma provisão; os Mormons tem duas formas de casamento – uma para a vida, e a outra (chamada de “Ir ao Templo”) para a eternidade. Cerca de cinquenta por cento escolhem pela última forma.
A noiva repete cada frase após o Sumo Sacerdote, tomando a mão direita do noivo em sua própria mão direita enquanto ela fala.
A Suma Sacerdotiza diz para o noivo :
“Diga depois de mim : ‘Pela semente e a raiz, pelo botão e o caule . . .’” etc., como acima.
O noivo repete cada frase após a Suma Sacerdotiza, segurando a mão direita da noiva na sua própria.
Se o casal quiser trocar alianças, isso é feito agora.
O Sumo Sacerdote diz :
“Que o sol e a lua e as estrelas, e esses nossos irmãos e irmãs, sejam testemunhas; que ( nome ) e ( nome ) se uniram na presença do Deus e da Deusa. E possam o Deus e a Deusa abençoá-los, como nós mesmos o fazemos.”
Todos dizem :
“Que assim seja.”
A Suma Sacerdotiza pega a vassoura e a coloca no chão perante o casal, que salta sobre esta de mãos dadas. A Suma Sacerdotiza então pega a vassoura e ritualmente varre o Círculo lançando fora todas as más influências.
O casal agora encena o Grande Rito, e é inteiramente de sua escolha se este será simbólico ou real. Se for real, a Suma Sacerdotiza conduz o coven para fora do recinto, ao invés de a Donzela como é usual.
Após o Grande Rito, o casal consagra o vinho e os bolos (ou apenas os bolos se o Grande Rito foi simbólico, em cujo caso o vinho já terá sido consagrado). Os procedimentos então se tornam informais.
Se a festa incluir um bolo de casamento, diz a tradição que este é o único momento quando a espada ritual do coven pode ser usada para cortar de verdade.
XIV Requiem
Na primeira vez em que perdemos um membro do coven por motivo de morte, este é o Requiem que foi executado para ela. ‘Perdemos’ é uma palavra imprópria, naturalmente; sua contribuição para a construção da nossa mente-grupo permaneceu, e em nossas encarnações por vir nós bem podemos ser aproximados novamente. Mas o fim de um capítulo necessita ser reconhecido e absorvido e a necessidade de dizer au revoir com amor e dignidade tem sido universal desde que o homem de Neanderthal acomodou seus mortos para repousar num leito de flores.
Dois temas simbólicos pareceram expressar o que nós quisemos dizer. O primeiro era a espiral, que desde os primórdios do ritual permaneceu como os processos paralelos de morte-renascimento e iniciação-renascimento; rebobinando nosso caminho de volta para a fonte, o útero universal, a Grande Mãe, as profundezas do inconsciente coletivo – encontrando a Mãe Negra face a face e sabendo que ela é também a Mãe Brilhante – e então desenrolar nosso caminho de volta do encontro rejuvenecidos e transformados. Essa espiral para dentro e para fora naturalmente tomou a forma de uma dança; e a espiral para dentro pareceu novamente chamar por aquele uso raro de um movimento widdershins, empregado no ritual Wicca apenas quando este tiver um propósito simbólico preciso (como nos nossos rituais do Equinócio de Outono e Samhain). Ele seria seguido naturalmente por um movimento deosil da espiral para fora.
O outro tema era aquele do cordão de prata. Muitas e muitas vezes, pessoas que experimentaram a projeção astral tem falado sobre o cordão de prata, o qual estas tem visto tecendo, e infinitamente extensível, entre os corpos astral e físico. Na morte física, todas as tradições confirmam, o cordão é rompido. Este é um processo natural, o primeiro estágio da retirada da Individualidade imortal dos corpos físico, astral inferior e superior, e mental menor da Personalidade que o tem abrigado durante uma encarnação. Todo bloqueio ou interrupção dessa retirada é um mal funcionamento, como uma anormalidade; isso pode ser causado por alguma obsessão, e isso explica algumas ‘assombrações’. Na maioria dos casos (certament, nós achamos, naquele da nossa amiga) não há tal retardo indevido. Porém mesmo se nenhuma ajuda for necessária para suavizar a retirada, é conveniente que isso seja simbolizado no rito.
A tradição também mantém que as belas palavras de Eclesiastes 12, versículos 6-7, se referem à este processo; assim as temos utilizado em nosso Requiem, substituindo ‘Deusa’ para ‘Deus’ – o que, em vista da nossa filosofia declarada, esperamos que não ofenda ninguém.
A Segunda parte do ritual é a encenação da Lenda da Descida da Deusa ao Submundo, que aparece no Livro das Sombras como um tipo de epílogo ao ritual de iniciação a segundo grau. Onde Gardner o conseguiu, nem mesmo Dorieen Valiente o sabe. “Eu não tinha nada o que fazer com relação à escrever isto”, ela nos conta. “Se o velho Gardner escreveu isto por si mesmo ou se ele o herdou, eu não sei. Eu suspeito um pouco de ambos, a saber, que ele herdou o esboço disto e o anotou com suas próprias palavras. Isso é, como voce diz, uma versão da estória de Ishtare lendas similares; e isso se relaciona ao ritual de iniciação de maneira óbvia.”
Iniciação e renascimento são processos íntimamente paralelos, assim achamos que a Lenda enriqueceu nosso Requiem tal como o rito do segundo grau. As palavras faladas da Lenda são dadas em O Que Fazem As Bruxas e (numa forma um pouco menor) em Bruxaria Hoje de Gardner, mas nós as repetimos para totalidade, intercaladas com os movimentos apropriados, que o Livro das Sombras deixa para a imaginação. Se a Lenda for toda encenada frequentemente –e não houver necessidade de confiná-la à iniciação do segundo grau, nós achamos que é fácil e proveitoso, aprendê-las. Para obter o máximo da Lenda, é ainda melhor se os três atores aprenderem as partes deste diálogo de memória e as falarem por si próprios, ao invés de deixar toda a fala para o Narrador como fizemos abaixo. Porém, à menos que eles a saibam de cor, é melhor deixá-las para o Narrador, porque para os três atores carregarem livros em suas mãos isso vai estragar o efeito.
Finalmente, a Suma Sacerdotiza anuncia a festa de amor, com uma despedida de fechamento para o amigo falecido.
Gostaríamos de fazer um comentário sobre o rito tal como o experimentamos da primeira vez. O momento de quebrar o prato teve um efeito inesperado sobre todos nós; foi como se ele ecoasse em todos os planos de uma só vez. Nosso membro mais jovem respirou com dificuldade ruidosamente, e todos nós nos sentimos assim. Um cético poderia dizer que o som abrupto da quebra, carregado com simbolismo tal como estava, ofereceu um choque psicológico; mas mesmo se isso fosse tudo, seria ainda válido – concentrar nossa percepção de grupo sobre o significado do que estávamos fazendo em um instante intenso e simultâneo.
Quando o ritual acabou, nós sentimos uma alegria calma que nenhum de nós conhecia desde que nossa amiga ficou doente. Raras vezes estivemos tão conscientes de um ritual sendo bem sucedido e reverberando majestosamente muito além dos limites do nosso Círculo.
No texto abaixo, nós usamos ‘ela’ ao longo deste, para simplicidade. Se o Requiem for usado para um homem, pode ser considerado apropriado trocar os papéis do Sumo Sacerdote e da Suma Sacerdotiza para a primeira parte do ritual, até a Lenda; como sempre, é uma questão sobre o que se considera correto para o coven envolvido.
A Preparação
A decoração do Círculo e do altar para um Requiem será uma questão de gosto individual, dependendo das circunstâncias, a época do ano e o caráter e as associações do amigo que está sendo recordado.
Um pequeno prato de barro (uma caneca ou xícara com asa pode servir) é colocado ao lado do altar, com um cordão de prata amarrado à este, também um martelo para quebrar o prato, e um pano para quebrá-lo dentro.
Para a Lenda da Descida da Deusa, jóias e um véu são colocados próximos ao altar para a Deusa,e uma coroa para o Senhor do Submundo. Um colar é colocado sobre o altar.
O Ritual
O ritual de abertura procede como usual, até o final da invocação “Grande Deus Cernunnos”. A Suma Sacerdotiza e o Sumo Sacerdote ficam de frente para o coven estando em frente ao altar.
A Suma Sacerdotiza diz :
“Nós nos reunimos hoje em tristeza e alegria. Estamos tristes porque um capítulo foi encerrado; ainda assim estamos alegres, porque, através do encerramento, um novo capítulo pode começar.
“Nós nos reunimos para marcar o passamento de nossa amada irmã, ( nome ), para quem esta encarnação terminou. Nós nos reunimos para encomendá-la aos cuidados da bênção do Deus e da Deusa, que ela possa repousar, livre de ilusão ou pesar, até que chegue o tempo para seu renascimento neste mundo. E sabendo que isto será assim, nós sabemos, também, que a tristeza é nada e que a alegria é tudo.”
O Sumo Sacerdote permanece em seu lugar, e a Suma Sacerdotiza conduz o coven em uma dança espiral, vagarosamente para dentro em um sentido widdershins, mas não fechando muito apertado.
O Sumo Sacerdote diz :
“Nós te invocamos, Ama, Mãe negra estéril; tu à quem toda a vida manifesta deve retornar, quando seu tempo tiver chegado; Mãe negra da imobilidade e repouso, perante a qual os homens estremecem porque não te compreendem. Nós te invocamos, que és também Hecate da Lua minguante, Senhora negra da sabedoria, a quem os homens temem porque a tua sabedoria se ergue acima da própria sabedoria deles. Nós, os filhos ocultos da Deusa, sabemos que não há nada a temer em teu abraço, do qual ninguém escapa; que quando caminhamos em tua escuridão, como todos devemos, isso é nada mais que caminhar novamente para dentro da luz. Portanto, em amor e sem medo, nós encomendamos a ti ( nome ), nossa irmã. Tomai-a, protegei-a, guiai-a; deixai-a entrar na paz das Terras do Verão (?_ Summerlands), que ficam entre vida e vida. E sabei, como tu sabeis todas as coisas, que nosso amor vai com ela.”
O Sumo Sacerdote traz o prato, o cordão, o martelo e o pano. A dança pára, e o coven se divide para admitir o Sumo Sacerdote ao centro da espiral, onde ele deita o pano ao solo e o prato sobre este. Ele entrega a extemidade solta do cordão para a Donzela.
A Suma Sacerdotiza diz :
“Ou seja o cordão de prata destado, ou seja o prato dourado quebrado, ou seja o jarro quebrado na fonte, ou seja a roda quebrada na cisterna; então o pó retornará à terra assim como era; e o espírito retornará à Deusa que o concedeu.”
O Sumo Sacerdote desata o cordão de prata, e a Donzela o puxa para cima. O Sumo Sacerdote então embrulha o prato com o pano e o quebra com o martelo. Ele repõe o pano dobrado com os pedaços do prato dentro deste, e o martelo, ao lado do altar. O coven fecha novamente.
A Donzela carrega o cordão de prata e, durante a seguinte invocação, prosseguindo deosil ao redor do Círculo, oferece-o primeiro aos Senhores das Torres de Vigia do Oeste (os Senhores da Morte e da Iniciação) e então aos Senhores das Torres de Vigia do Leste (os Senhores do Renascimento). Ela então deposita o cordão ao solo em frente à vela do Leste e se une ao Sumo Sacerdote no altar (sempre prosseguindo deosil).
Nesse meio tempo a Suma Sacerdotiza conduz novamente a dança, curvando [a fila] para trás deosil para desenrolar a espiral, até que esta seja novamente um círculo completo, que continua se movendo deosil.
Tão logo ele tenha recolocado o pano e o martelo ao lado do altar, o Sumo Sacerdote olha para o coven e diz :
“Nós te invocamos, Aima, Mãe fértil brilhante; tu que sois o útero do renascimento, de quem procede toda a vida manifesta, e em cujo seio transbordante (?) todos são nutridos. Nós te invocamos, que sois também Perséfone da lua crescente, Senhora da Primavera e de todas as coisas novas. Nós te encomendamos ( nome ), nossa irmã. Tomai-a, protegei-a, guiai-a; trazei-a na plenitude do tempo para um novo nascimento e uma nova vida. E concedei que naquela nova vida ela possa ser amada novamente, como nós seus irmãos e irmãs a temos amado.”
O Sumo Sacerdote e a Donzela se reunem ao coven circundante, e a Suma Sacerdotiza inicia a Runa das Feiticeiras, à qual o resto se reune. Quando tiver acabado, a Suma Sacerdotiza ordena “Sentem-se”, e o coven se senta formando um anel e olhando para o centro.
A Suma Sacerdotiza então sorteia os papéis para a Lenda da Descida da Deusa ao Submundo: o Narrador, a Deusa, o Senhor do Submundo e o Guardião dos Portais. A Deusa é adornada com jóias e velada e mantém-se na extremidade do Círculo no Sudeste. O Senhor do Submundo coloca sua coroa, pega a espada e fica de costas para o altar. O Guardião dos Portais pega seu athame e a corda vermelha e fica de frente para a Deusa.
O narrador diz :
“Nos tempos antigos, nosso Senhor, o [Deus] Cornudo, era (como ainda o é) o Consolador, o Confortador. Mas os homens o conheciam como o terrível Senhor das Sombras, solitário, severo e justo. Mas Nossa Senhora a Deusa resolveria todos os mistérios, mesmo o mistério da morte; e ela então iniciou uma jornada rumo ao submundo. O Guardião dos Portais a desafiou . . .. “
O Guardião dos Portais desafia a Deusa com seu athame.
“. . . Dispa-te de teus ornamentos, ponde de lado tuas jóias; pois nada poderás tu trazer contigo para esta nossa terra.’”(1)
(1) Uma vez que todas as palavras da Lenda são faladas pelo Narrador, nós não repetimos “O Narrador diz” à todo tempo. Se os três atores puderem falar suas próprias linhas de memória, muito melhor.
A Deusa retira seu véu e suas jóias; nada pode ser deixado sobre ela. (Se o Requiem exigir robes, apenas o robe liso pode ser deixado sobre ela.) Ele então a prende com a corda vermelha na maneira da iniciação do primeiro grau, com o centro da corda ao redor da frente de seu pescoço, e as pontas passadas sobre seus ombros para prender juntos os seus pulsos atrás de sua cintura.
“Assim ela retirou seus ornamentos e suas jóias e foi amarrada, como deve ser com todo ser vivente que busca penetrar nos reinos da Morte, a Poderosa.”
O Guardião dos Portais conduz a Deusa para ficar face ao Senhor do Submundo. O Guardião então caminha para o lado.
“Tal era a sua beleza que a própria Morte se ajoelhou, e deitou sua espada e sua coroa aos seus pés . . . “
O Senhor do Submundo se ajoelha perante a Deusa (vide Ilustração 20), deposita sua espada e sua coroa ao solo em cada um dos lados dela, então beija seu pé direito e seu pé esquerdo.
“. . . e beijou seus pés, dizendo: ‘Benditos sejam os teus pés, que trouxeram a ti por estes caminhos. Morai comigo; mas deixai-me colocar minhas mãos frias sobre teu coração.’ “
O Senhor do Submundo ergue suas mãos, palmas para frente, e as segura à umas poucas polegadas do coracão da Deusa.
“E ela respondeu: ‘Eu não te amo. Por que tu fazes com que todas as coisas que eu amo, e nas quais me delicio, declinar e morrer?”
O Senhor do Submundo abre seus braços para fora e para baixo, com as palmas das suas mãos para frente.
“Senhora’, respondeu a Morte, ‘é a idade e o destino, contra os quais não tenho auxílio. A idade faz com que todas as coisas declinem; mas quando os homens morrem ao final do tempo, eu lhes concedo descanso, paz e força, de modo que eles possam retornar. Porém tu, tu és amável; não retornai, morai comigo.’ Mas ela respondeu: ‘Eu não te amo.’”
O Senhor do Submundo se ergue, vai para o altar e pega o açoite. Ele se vira de frente à Deusa.
“Então disse a Morte: ‘Como tu não recebeste minhas mãos sobre o teu coração, tu deves ajoelhar perante o açoite da Morte.’ ‘É o destino – melhor assim,’ ela disse, e ela se ajoelhou. E a Morte a açoitou delicadamente.”
A Deusa se ajoelha de frente para o altar. O Senhor do Submundo lhe aplica três, sete, nove e vinte e um golpes delicados com o açoite.
“E ela gritou: ‘Eu conheço aa dores do amor.’”
O Senhor do Submundo repõe o açoite sobre o altar, ajuda a Deusa à se erguer e se ajoelha de frente à ela.
“E a Morte a ergueu, e disse: ‘Bendita seja’. E ele lhe aplicou o Beijo Quíntuplo, dizendo: ‘Apenas assim pudeste tu alcançar a alegria e o conhecimento.’”
O Senhor do Submundo aplica à Deusa o Beijo Quíntuplo (mas sem as palavras usuais pronunciadas). Ele então desamarra seus pulsos, colocando a corda no chão.
E ele a ensinou todos os seus mistérios e deu a ela o colar que é o círculo do renascimento.”
O Senhor do Submundo pega o colar do altar e o coloca ao redor do pescoço da Deusa. A Deusa então pega a coroa e a recoloca sobre a cabeça do Senhor do Submundo.
“E ela lhe ensinou o mistério do cálice sagrado, que é o caldeirão do renascimento.”
O Senhor do Submundo se move em frente ao altar para sua extremidade ao Leste, e a Deusa se move em frente ao altar para sua extremidade ao Oeste. A Deusa segura o cálice com ambas as mãos, eles olham um para o outro, e ele coloca ambas as suas mãos sobre as dela.
“Eles se amaram, e se tornaram um; pois existem três grandes mistérios na vida do homem, e a magia controla todos eles. Para realizar o amor, vós deveis retornar novamente ao mesmo tempo e no mesmo local como os amados; e vós deveis vos encontrardes, e saberdes, e recordar-vos, e amá-los novamente.”
O Senhor do Submundo solta as mãos da Deusa, e ela recoloca o cálice sobre o altar. Ele pega o açoite em sua mão esquerda e a espada na sua direita e se mantém na Postura de Deus, antebraços cruzados sobre seu peito e a espada e o açoite apontando para o alto, de costas para o altar. Ela permanece ao lado dele na Postura da Deusa, pés separados e braços esticados para formar o Pentagrama.
“Mas para renascer, vós deveis morrer, e vos preparardes para um novo corpo. E para morrer, vós deveis ter nascido; e sem amor, vós não podeis nascer. E a nossa Deusa sempre se dispôs ao amor, e ao júbilo, e à alegria; e ela cuidou e nutriu seus filhos ocultos em vida, e na morte ela ensinou o caminho para sua comunhão; e mesmo neste mundo ela os ensinou o mistério do Círculo Mágico, que é posicionado entre os mundos dos homens e dos Deuses.”
O Senhor do Submundo recoloca o açoite, a espada e a coroa sobre ou próximo ao altar. Isso completa a Lenda, e os atores se reunem ao resto do coven.
A Suma Sacerdotiza diz :
“Compartilhemos agora, como a Deusa nos ensinou, a festa de amor do vinho e dos bolos; e enquanto assim o fazemos, nos recordemos de nossa irmã ( nome ), com quem várias vezes nós a compartilhamos (2). E com esta comunhão, nós gentilmente entregamos nossa irmã às mãos da Deusa.”
(2) Se o Requiem fôr para um amigo não-bruxo, ou para um bruxo que não era membro do coven, a frase “com quem várias vêzes nós a compartilhamos” é naturalmente omitida.
Todos dizem :
“Assim Seja.”
O vinho e os bolos são consagados e circulam pelo coven.
Tão rápido quanto possível após o Requiem, os pedaços do prato são ritualmente jogados num córrego ou rio, com a ordem tradicional: “Retornai aos elementos dos quais tu viestes.”(3)
(3) Qualquer objeto ritualmente utilizado que tenha servido ao seu propósito e que não será necessário para trabalhos posteriores – especialmente se, como o prato do Requiem, ele tiver estado vinculado à um indivíduo – deve ser ritualmente neutralizado e descartado; é uma atitude irresponsável, e pode ser perigoso, permitir que este se prolongue. O método da água corrente é um ritual de despojamento satisfatório consagrado ao longo dos tempos.
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Bibliografia
Seria impossível relacionar todos os livros que nos auxiliaram em nosso estudo dos Oito Festivais e os conceitos que jazem por trás dos mesmos; mas a seguir temos uma lista daqueles que achamos particularmente informativos, fontes de luz e mesmo provocativos. Também estãos incluidos todos os livros mencionados no texto. As edições listadas não são sempre as primeiras, mas são aquelas que temos usado ou acreditamos estarem atualmente disponíveis.
(Segue bibliografia)
ÍNDICE
(O que vem a seguir, no original, é um índice por tópicos e as páginas de sua localização)
E finalmente, a partir do próximo arquivo... a Parte 2.
Parte 2
Princípios, Rituais e Crenças
da Feitiçaria Moderna
também publicado separadamente como O Caminho das Bruxas
com ilustrações de Stewart Farrar
Apêndice por Doreen Valiente
Conteúdo
Fotografias
CRÉDITOS
Figuras
(Nota: como estas partes dependem do original, não estão aqui incluídas, porém para efeitos de confecção de apostila, isso não afetará o conteúdo que realmente interessa. )
Agradecimentos
Novamente prestamos nossos agradecimentos à Doreen Valiente por sua ajuda na preparação deste livro; por nos disponibilizar textos autênticos não publicados do Livro das Sombras de Gerald Gardner, ampliando os mesmos com seus conhecimentos pessoais sobre seus pontos de vista e práticas, por escrever o Apêndice A que é uma real contribuição à história da Wicca – e sempre por seu conselho construtivo.
Também somos gratos à Sociedade da Luz Interior pela permissão em utilizar passagens da obra de Dion Fortune A Sacerdotiza do Mar para nosso ritual da Praia.
Desejamos igualmente agradecer à Biblioteca de Dorset County por seu auxílio na localização e em seu fornecimento das fotografias do Teatro Rosacruciano do agora extinto Christchurch Times, reproduzidas aqui como Ilustrações 15 e 16.
Nosso agradecimento também para Penelope Shuttle e Peter Redgrove pela permissão em citar extensivamente seu livro A Sábia Ferida: Menstruação e Todas as Mulheres.
E para Geoffrey Ashe pela permissão em citar uma passagem de seu livro O Dedo e a Lua, ©Geoffrey Ashe 1973.
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Este livro é dedicado ao nosso próprio coven, aos nossos amigos bruxos em muitas terras – e em particular à memória de nosso querido amigo Gwydion Pendderwen, que cantou para todos nós.
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Introdução
Este livro foi idealizado como volume complementar ao nosso livro anterior, Oito Sabás para Feiticeiras, e ele tem um duplo propósito.
Quando escrevemos o livro anterior, tivemos a boa sorte de sermos capazes de receber o auxílio de Doreen Valiente. Ela era uma das Suma Sacerdotizas do falecido Gerald Gardner, e ela foi ao-autora juntamente à ele da versão definitiva do Livro das Sombras, a antologia ritual que é copiada à mão por cada novo bruxo Gardneriano (ou Alexandriano) quando ele ou ela é iniciado(a), e que é atualmente a liturgia aceita (emprestando um termo cristão) por um número desconhecido mas certamente grande de covens através do mundo.
O Livro das Sombras nunca foi publicado; ele existe apenas em cópias manuscritas, que em tese são disponíveis apenas para bruxos iniciados. Mas o próprio Gardner revelou elementos deste, disfarçados em seu romance Auxílio à Alta Magia (1949), e disfarçado em seus livros de não-ficção Bruxaria Hoje (1954) e O Significado da Bruxaria (1959) (1). E desde a morte de Gardner em 1964, quase todo o remanescente tem sido vazado, plageado (geralmente sem agradecimentos) ou distorcido seja deliberadamente ou por cópia não cuidadosa. Isso produziu a situação insatisfatória onde um documento teóricamente secreto se tornou propriedade pública, mas em um número de versões que variou de razoávelmente precisa até deturpada maliciosamente ou por ignorância.
Com a concordância de Doreen, portanto, ficamos satisfeitos em poder iniciar a tarefa de definir o que o Livro das Sombras de Gardner/Valiente realmente dizia. Também, fomos capazes de identificar pelo menos algumas fontes das quais o Livro das Sombras foi compilado. Isso não foi sempre fácil, porque o próprio Gardner (talvez não prevendo o quão difundida e pública a revitalização que ele iniciou iria se tornar) nunca se importou em identificá-las, exceto de vez em quando para Doreen de passagem. (Vide as notas sobre os Textos A, B e C abaixo). À parte das passagens genuinamente tradicionais, , alguns elementos, tais como o verso de Kipling no ritual de Bealtaine, ou as passagens de Crowley na declamação do Grande Rito, foram auto-identificados; outros, tais como os [textos] emprestados da Carmina Gadelica de Carmichael, eram mais obscuros; e as passagens que a própria Doreen escreveu, tal como o volume da versão em prosa da Investidura, ela poderia naturalmente nos contar sobre isso. A origem de algumas passagens permanece um mistério. Mas nós pudemos esclarecer um pouco essa ‘névoa’.
Em Oito Sabás para Bruxas, este processo de definição e esclarecimento apenas cobria os rituais relevantes ao nosso tema: nominalmente, aqueles para estabelecer e banir o Círculo, o Grande Rito e os rituais fragmentados do Livro das Sombras para os oito Festivais sazonais que nós incorporamos em nossas próprias expansões. No presente livro - novamente com a permissão e o auxílio de Doreen – nós continuamos o processo com outros elementos substanciais do Livro das Sombras: os rituais de iniciação do primeiro, segundo e terceiro graus, as consagrações e outros itens diversos.
Há apenas uma sobreposição necessária entre os dois livros. Em Oito Sabás para Bruxas nós fornecemos o ritual para estabelecer o Círculo na Seção I e para o banimento na Seção III, com explicações e notas. Uma vez que os rituais neste presente livro não podem ser trabalhados sem estabelecer e banir o Círculo, nós repetimos aqui os rituais de estabelecimento e banimento (Apêndice B), sem as explicações e notas e com instruções condensadas, para fazer este livro completo em si mesmo.
Gostaríamos de esclarecer uma ou duas coisas. Primeiro,ao assumir esta tarefa, nós não estamos estabelecendo o definitivo Livros das Sombras Gardneriano como Escritura Sagrada. A bruxaria moderna é algo que está crescendo e se desenvolvendo, e nós próprios partimos do original quando sentimos que tínhamos uma boa razão. Mas onde nós fizemos aquilo, nós sempre dissemos assim, e dissemos também o que era o original – ou numa nota de rodapé ou na explicação de abertura. Nós nem sugerimos que o corpo de rituais Gardneriano é ‘melhor’ do que outros sistemas de Wicca. O que sugerimos é que, para nós e milhares de outros, isso funciona; que isso é coerente e auto-consistente; e que se houver um padrão ao qual os rituais do movimento como um todo possam se relacionar, e que seja seguido por mais covens operativos do que qualquer outro, [então] é este. Novamente, uma vez que esta é a ‘liturgia’ que (se goste dela ou não – já se tenha passado muitos anos para discutir a seu respeito) se tornou a mais públicamente conhecida, existem mais e mais grupos auto-iniciados que estão baseando seus trabalhos em quaisquer rituais Gardnerianos que eles possam reunir – e alguns dos quais eles estão descobrindo estarem deturpados. Nós discutimos a questão da auto-iniciação, e o estabelecimento de covens sem auxílio externo, na Seção XXIII; mas quer se aprove isto ou não, isto está ocorrendo, e isto ocorrerá mais saudávelmente se eles tiverem o material genuíno com o qual trabalhar. Finalmente, o Livro das Sombras Gardneriano é um dos principais fatores no que se tornou um movimento muito maior e mais significativo do que Gardner possa ter visualizado; então o interesse histórico por si só seria razão suficiente para definí-lo enquanto a evidência em primeira mão é ainda disponível.
Neste livro, nós nos referimos aos Textos A, B e C do Livro das Sombras. Nós próprios anexamos estas etiquetas às três versões do Livro das Sombras que estão em posse de Doreen Valiente. Estes são :
Texto A Rituais originais de Gardner tal como copiados do coven de New Forest que o iniciou, e emendado, expandido ou anotado por ele mesmo. Suas próprias emendas foram muito influenciadas pela OTO (2), da qual ele foi membro uma vez. Seu processo de fazer um todo coerente a partir do material tradicional fragmentado usado pelo coven de New Forest já havia começado.
Texto B A versão mais desenvolvida que Gardner estava usando quando ele iniciou Doreen Valiente em 1953.
Texto C Esta foi a versão final que Gardner e Doreen produziram juntos, e que era (e ainda está sendo) passada para os próximos iniciados e covens. Ela eliminou muito do material da OTO e Crowley que Gardner havia introduzido; Doreen sentiu, e persuadiu Gardner, que em muitos lugares ‘isto não era realmente adequado para a Antiga Arte dos Sábios, o quão belas as palavras possam ser ou o quanto alguém poderia concordar com o que elas diziam’. Passagens substanciais nela foram escritas pela própria Doreen, ou adaptadas por ela a partir de fontes mais apropriadas do que a OTO ou Crowley, tais como a Carmina Gadelica (vide Oito Sabás para Bruxas, pág.78).
As partes do Livro das Sombras que menos se modificaram entre os Textos A, B e C foram naturalmente os três rituais de iniciação; porque estes, acima de tudo, seriam os elementos tradicionais que seriam sido mais cuidadosamente preservados, provávelmente por séculos, e para os quais Gardner deveria descobrir pouco, caso houvesse algum, material para preencher partes faltantes. Contudo, o rito do terceiro grau (vide Seção III) realmente inclui algum material de Crowley na declamação, onde ao menos uma vez este parece inteiramente adequado.
Uma nota a respeito da ramificação Alexandriana do movimento Gardneriano. Nos anos ’60, Alex Sanders, tendo falhado em ganhar admissão em qualquer coven Gardneriano (incluindo o de Patricia e Arnold Crowther), de alguma forma conseguiu uma cópia do Livro das Sombras Gardneriano e a utilizou para fundar seu próprio coven. Ele atraiu, e deu boas vindas, a um grande numero de publicidade e iniciou pessoas ‘por atacado’. Ele e sua esposa Maxine foram muito criticados por Gardnerianos e outros bruxos devido à sua exibição, por sua auto designação como Rei dos Bruxos e pelo modo em que ele livremente adicionou quaisquer outros elementos ocultos ou mágicos que apelavam para sua fantasia no estrito canon Gardneriano. Ele tinha, como Aleister Crowley, um maldoso senso de humor, e nenhum escrúpulo em exercitá-lo, o que também não o tornou amável perante o resto [dos praticantes] da Arte. Mas como um Coringa num maço de cartas de baralho, ele tinha um papel a desempenhar. Ele e Maxine iniciaram centenas de pessoas que de outra forma poderiam não ter ouvido falar sobre a Arte até anos mais tarde; muitas destas pessoas naturalmente se desligaram ou de outra forma ficaram à margem, mas um numero substancial prosseguiu para então fundar seus próprios covens e alcançar seu próprio equilíbrio e assim estruturaram. Deve ser dito que existem muitos covens excelentes operando hoje que poderiam não existir se não fosse pelo Sanders.
Nós próprios fomos iniciados por Alex e Maxine no início de 1970, e fundamos nosso próprio coven em Yule daquele ano. Daquele coven de Londres, e do nosso posterior coven irlandês, outros tem se ramificado – e outros, por sua vez, destes últimos.
Alex e Maxine se separaram logo após os deixarmos. Alex está em semi aposentadoria em Sussex, seus dias de manchete (?) atrás dele. Maxine permaneceu em Londres, onde ela trabalhou mais reservadamente e solidamente com seu com seu meio-irmão David Goddard como Sumo Sacerdote. Em Março de 1982 ela anunciou que se tornara uma Católica Liberal, mas adicionou: ‘Seria muita inverdade dizer que eu abandonei todas as minhas atividades anteriores’. Isso pode muito bem ser verdade; nós conhecemos outros Liberais Católicos que são excelentes ocultistas.
O Livro das Sombras com o qual nós começamos a trabalhar era, naturalmente, copiado daquele de Alex. Ele é básicamente Texto C mas, como suspeitamos na ocasião e confirmamos depois, ele era incompleto e continha muitas emendas do próprio Alex – e muitos erros, pois ele não era um copista cuidadoso.
Nós apontamos várias emendas Alexandrianas neste livro; e para sermos honestos, achamos que um ou dois destes valiam a pena serem mantidos – embora novamente, onde nós fizemos isso nós sempre o dissemos,e colocamos em rodapé o original de Gardner.
A primeira parte do nosso livro, ‘Folhas do Livro das Sombras’, consiste dos rituais Gardnerianos que discutimos acima (mais, na Seção V, algum material não ritualistico), com comentários. A segunda parte, ‘Mais Rituais Wicca’, oferece alguns dos nossos próprios que esperamos que outras bruxas possam considerar úteis (como fizemos com os nossos rituais de Wiccaning, Handfasting e Requiem em Oito Sabás para Bruxas) e também uma Seção sobre rituais de proteção e talismãs.
A terceira parte, ‘O Caminho Wicca’, preenche o segundo propósito do nosso livro – nominalmente resumir os vários aspectos da feitiçaria moderna no que nós esperamos seja uma forma concisa e útil. Ela inclui Seções sobre a base lógica da feitiçaria, sua ética, os problemas da condução de um coven, feitiçaria e sexo, projeção astral, encantamentos, clarividência e advinhação, cura, nudez ritual, auto iniciação, o papel da Wicca no mundo moderno, e daí por diante.
Parece haver a necessidade de um compêndio para este gênero, tanto para a própria Arte como para aqueles que querem saber tudo a respeito do que ela é. Stewart tentou algo nesse sentido em seu livro de 1971 O Que Fazem as Bruxas, e muitas bruxas tem sido boas o suficiente para elogiá-lo. Mas aqui tentamos entrar em mais razões além das razões e nos prolongarmos em algumas das coisas que aprendemos desde 1971. O Que Fazem as Bruxas, nós gostamos de pensar assim, tem um valor especial ao passo que registra as reações de uma nova bruxa explorando um terreno não-familiar, e há pouca coisa nisto que Stewart quisesse modificar. (Após muitos anos fora de impressão, ele foi publicado novamente por volta da mesma ocasião que este presente volume, com um novo Prefácio à Segunda Edição, pela Phoenix Publishing Co.. PO Box 10, Custer, WA 98240, USA).
Na terceira parte deste livro, nós não alegamos falar pela Arte como um todo, nem propomos qualquer ortodoxia autoritária; finalidade, autoridade, e o próprio conceito de ortodoxia são de qualquer forma desconhecidos ao Wicca. Nós apenas colocamos as coisas como as vemos, como as temos experimentado e como as aprendemos dos amigos bruxos de muitos caminhos – como uma base para discussão, concordância e discordância, e (sempre) para estudos futuros.
Gostaríamos de pensar que estes dois volumes juntos, Oito Sabás para Bruxas e O Caminho das Feiticeiras, ofereçam uma ‘liturgia’ básica e um manual operativo sobre os quais qualquer coven possa construir sua filosofia e sua prática próprias exclusivas, dentro da tradição comum – e que aos não-feiticeiros interessados eles possam oferecer um quadro integral sobre o que estas pessoas estranhas em seu meio estão fazendo e acreditando, e porque; talvez os persuadindo de que as bruxas não são tão bizarras, mal orientadas ou perigosas afinal de contas.
Finalmente, estamos felizes por incluir um Apêndice pela própria Doreen Valiente entitulado “A Busca Pela Velha Dorothy’. Gerald Gardner alega ter sido iniciado em 1939 por Old Dorothy Clutterbuck, uma bruxa de New Forest. Alguns de seus difamadores sugeriram que a Velha Dorothy, e mesmo o coven de New Forest, eram uma ficção inventada por Gardner para dar credibilidade à sua ‘pretensão’ de ser um bruxo iniciado. Doreen atribuiu a si mesma a tarefa de provar o erro do difamador – e assim o fez. Deixamos para ela descrever sua busca e seus resultados, que constituem uma sólida contribuição para a história do reavivamento da Arte.
JANET FARRAR
STEWART FARRAR
Nota à Quarta Impressão
Dois anos após sua publicação, nós não achamos necessidade de alterações em nosso texto. Entretanto, faríamos duas observações: nossos comentários sobre a cena da Arte irlandesa (pág.184) que foi ultrapassada pelos eventos. O reavivamento da Arte está em movimento na Irlanda, e nós certamente não somos mais os ‘únicos bruxos conhecidos’. Um sintoma disto é a pequena revista ativamente pagã Caminhos Antigos, produzida pelos nossos iniciados de Dublin que se ramificaram e fundaram seu próprio coven. (Isso pode ser obtido através do ‘The Alchemists’ Head’, 10 East Essex Street, Dublin 2.)
A segunda observação é que nós fizemos várias referências à nossa vida em Co.Louth. Nós nos mudamos desde então, mas permitimos que ficassem as referências.
Uma observação sobre a Investidura (Págs.297-8). Isso foi escrito antes da atual (e justificada) suscetibilidade sobre a tendência patriarcal da língua inglêsa, e usa as palavras ‘homem’ e ‘homens’ incluindo homens e mulheres. Nós deixamos o texto impresso como tal, mas a nossa própria prática é a de adicionar a Investidura em espaços para corrigir isso, e outros podem desejar fazer o mesmo. Por exemplo, nós dizemos ‘coração da humanidade’ ao invés de ‘coração do homem’, o que alguns podem não sentir como suficientemente radical. Mas ao fazer esta emenda, deve-se tomar a precaução de não destruir o ritmo e a poesia desta amável declamação.
Gostaríamos de agradecer às centenas de leitores ao redor do mundo que tem escrito para nós, e ainda o fazem; e se a pressão do trabalho, e o grande volume destas cartas, tiver nos impedido de responder à todas elas prontamente, esperamos que estes leitores compreendam.
Herne’s Cottage, J.F.
Ethelstown, S.F.
Kells,
Co.Meath,
Irlanda.
Fôlhas Do
Livro das Sombras
I Iniciação do Primeiro Grau
Em um sentido formal, a iniciação do primeiro grau o torna um bruxo comum. Mas naturalmente ele é mais complicado do que isto.
Como toda bruxa experiente sabe, existem pessoas que são bruxos naturais por nascença – muitas vezes talvez de uma encarnações anterior. Um bom Sumo Sacerdote ou Suma Sacerdotiza costuma reconhecê-las. Iniciar uma dessas pessoas não é ‘fabricar’ uma bruxa; muito mais, é um gesto de dupla direção de identificação e reconhecimento – e, naturalmente, um ritual de boas vindas à um valor adicionado ao coven.
Na outra extremidade, existem os ‘iniciantes vagarosos’ – muitas vezes pessoas boas, sinceras e trabalhadoras – que o iniciador sabe muito bem que terão um longo caminho a trilhar, e talvez um monte de sensações de frustração e falso condicionamento à superar, antes que estas possam ser chamadas de bruxas reais. Mas mesmo para estas, a iniciação não é uma formalidade vazia, se o iniciador(a) conhecer o seu trabalho. Isto pode lhes dar uma sensação de pertencer, uma sensação de que um importante marco foi percorrido; e simplesmente ao conceder a um aspirante sincero, não importa o quão aparentemente destituído de dotes, o direito de denominar-se como bruxo ou bruxa, voce estará encorajando ele ou ela à trabalhar duro a fim de estar em condições de merecer a denominação. E alguns prováveis iniciantes vagarosos poderão lhe surpreender com uma súbita aceleração de desenvolvimento após a iniciação; então voce sabe que ‘a coisa pegou’.
Na parte intermediária está a maioria, os candidatos de médio potencial e com a consciência despertando, que percebem mais ou menos claramente que o Wicca é o caminho pelo qual eles tem procurado, e o porque, mas que ainda estão começando a explorar suas implicações. Para estes, uma iniciação bem conduzida pode ser uma experiência muito forte e comovente, uma genuina virada dialética em seu crescimento psíquico e emocional. Um bom iniciador fará tudo para que isto aconteça assim.
Ao final, o(a) iniciador(a) não estará sozinho(a) em seus esforços (e não estamos nos referindo apenas ao apoio de seu/sua assistente de serviço e dos membros do coven). Uma iniciação é um rito mágico. Invocando poderes cósmicos, e deve ser conduzido na total confiança de que os poderes invocados irão se manifestar.
Toda iniciação, em qualquer religião ou fraternidade genuínas, é uma morte e renascimento simbólicos, conscientemente assumidos. No rito Wicca, esse processo é simbolizado pelo amarrar e pelo vendar os olhos, a ameaça, a ordália aceita, a remoção final das amarras e da venda, e a unção para uma nova vida. O iniciador(a) deve manter claro este significado em sua mente e se concentrar neste,e o próprio ritual deverá imprimir o mesmo significado na mente do postulante.
Em séculos mais primitivos, o imaginário da morte-e-ressurreição era sem dúvida muito mais vívido e explícito, e provavelmente encenado amplamente sem palavras. Patricia Crowther, a renomada bruxa de Sheffield, conta em seu livro Sangue de Bruxa (vide Bibliografia) como ela teve uma sugestão disto durante sua iniciação por Gerald Gardner. O ritual era o normal Gardneriano, básicamente o mesmo que nós apresentamos nesta Seção, porém antes do Juramento, Gardner se ajoelhou ao lado dela e meditou por um momento. A própria Patrícia, amarrada e aguardando, súbitamente entrou em transe (que depois ela descobriu ter durado uns quarenta minutos) e parece ter experimentado uma recordação de encarnação. Ela se encontrou sendo levada, amarrada e despida, numa procissão de tochas para dentro de uma caverna por um grupo de mulheres despidas. Elas se retiraram, deixando-a aterrorizada numa total escuridão cheia de morcegos. Gradualmente ela venceu seu medo e ficou calma, e no devido tempo as mulheres voltaram. Elas permaneceram em fileira com as suas pernas afastadas, e orderaram a ela que se contorcesse, amarrada como estava, através do túnel de pernas no formato de vagina, enquanto as mulheres se agitavam, gritavam e berravam tal como em trabalho de parto. Quando ela atravessou, foi puxada pelos seus pés e suas amarras foram cortadas. A líder, olhando para ela, ‘ofereceu-me seus seios para simbolizar que ela me amamentaria e protegeria como faria com seus próprios filhos. O corte de minhas amarras simbolizava o corte do cordão umbilical’. Ela teve que beijar os seios oferecidos, e então ela foi aspergida com água e contou que ela havia renascido dentro do sacerdotado dos Mistérios da Lua.
O comentário de Gardner, quando ela recobrou a consciência: ‘ Por um longo tempo, tive a idéia de que isso costumava ser realizado de alguma forma como voce descreveu, e agora eu sei que eu não estava tão errado. Isso deve ter acontecido há séculos atrás, muito antes de os rituais verbais serem adotados pela Arte’.
Morte e renascimento, com todos os seus terrores e promessas, dificilmente poderiam ser mais completamente dramatizados; e nós temos a sensação de que a recordação de Patrícia era genuína. Ela é óbviamente uma bruxa natural desde tempos passados.
Mas retornemos ao ritual Gardneriano. Para isto, não tínhamos três textos de Gardner, mas quatro; em adição aos textos A, B e C (vide página 3), existe o romance de Gardner Auxílio à Alta Magia. Este foi publicado em 1949, antes da anulação dos Atos da Bruxaria na Bretanha, e antes de seus dois livros de não-ficção Bruxaria Hoje (1954) e O Significado da Bruxaria (1959). Neste, Gardner revelou pela primeira vez em forma impressa, disfarçado como ficção, uma parte do material que nós aprendemos de seu coven de origem. Por exemplo, no Capítulo XVII a bruxa(o_?) Morven conduz o herói Jan através de sua iniciação de primeiro grau, e o ritual é apresentado em detalhes. Nós achamos isso muito útil para esclarecer um ou dois pontos obscuros – por exemplo, a ordem “Pés nem amarrados nem soltos”, que conhecíamos da nossa própria iniciacão Alexandriana mas suspeitávamos que estava deslocada (vide nota 5 na página 301).
O rito do primeiro grau foi talvez aquele que menos se alterou na ocasião em que o Livro das Sombras alcançara o estágio do Texto C. Isso é porque, dentre o material incompleto de posse do coven de New Forest, esta seria naturalmente a parte que sobreviveu mais completamente em sua forma tradicional. Gerald Gardner portanto não teria necessidade de preencher vazios com material Crowleyano ou outros materiais não-Wicca, e Doreen Valiente portanto não teve que sugerir o tipo de re-escrita que seria necessário (por exemplo) com a Investidura.
Na prática Wicca, um homem é sempre iniciado por uma mulher, e uma mulher por um homem. E apenas um bruxo do segundo ou terceiro grau pode conduzir uma iniciação. Existe, portanto, uma exceção especial para cada uma destas regras.
A primeira exceção é que uma mulher pode iniciar sua filha, ou um homem seu filho, ‘porque eles são partes deles mesmos’. (Alex Sanders nos ensina que isso poderia ser feito apenas ‘em uma emergência’, mas o Livro das Sombras de Gardner não impõe tal condição).
A outra exceção se relaciona à única vez quando um bruxo do primeiro grau (e um ‘novo em folha’ nesta ocasião) pode iniciar um outro. A Wicca deposita grande ênfase no trabalho de parceria masculino-feminino, e a maioria dos covens fica muito satisfeita quando um casal apropriado vem junto para iniciação. Um método mais agradável de conduzir tal iniciação dupla é exemplificado naquele de Patricia e Arnold Crowther (que eram então apenas noivos_?) por parte de Gerald Gardner.
Gardner iniciou Patrícia primeiro, enquanto Arnold aguardava do lado de fora do recinto. Então ele colocou o Livro das Sombras na mão dela e ficou em prontidão, induzindo-a, enquanto ela própria iniciava Arnold. ‘Esta é a maneira em que isto é sempre feito’, Gardner contou a ela – mas devemos admitir que isso era desconhecido para nós até que lemos o livro de Patrícia. Nós o apreciamos; ele cria um vínculo especial, no sentido Wicca, entre os dois recém chegados desde o início de suas atividades no coven.
Doreen Valiente nos confirmou que esta era a prática frequente de Gardner, e adiciona: ‘Por outro lado, contudo, nós mantivemos a regra de que apenas um bruxo do segundo ou terceiro grau poderia iniciar’.
Nós gostaríamos de mencionar aqui uma ou duas diferenças (em adição à pequenos pontos anotados no texto) entre o rito de iniciação Alexandriano e o Gardneriano que tomamos como nosso padrão. Nós não os mencionamos sob qualquer espírito de separativismo – todo coven fará e deverá fazer o que julgar melhor para si – mas apenas para registrar qual é qual, e para expressar nossas próprias preferências, ao que nós também estamos autorizados.
Primeiro, o método de trazer o Candidato dentro do Círculo. A tradição Gardneriana é a de empurrá-lo por trás para dentro , como descrito no texto. O Livro das Sombras não diz como isso é feito; após a declaração do Iniciador, “Eu te dou um terceiro (?) para passar a ti através desta terrível porta”, ele apenas adiciona de forma enigmatica ‘Dá [isto] (?)’.
O Auxílio à Alta Magia é mais específico: ‘Então segurando-o firmemente por trás com o braço esquerdo dela ao redor da cintura dele e puxando o braço direito dele ao redor do pescoço dela e seus lábios próximos aos dela (?), disse: “Eu te dou a terceira senha: ‘Um beijo’. Assim dizendo ela o empurrou adiante com seu corpo, através do portal, dentro do Círculo. Uma vez dentro ela o soltou, sussurrando: “Esse é o modo pelo qual todos são primeiramente trazidos para dentro do Círculo” ‘. (Auxílio à Alta Magia, Pág.292).
Puxar o braço direito do Candidato ao redor de seu pescoço naturalmente não é possível caso os pulsos dele estejam amarrados juntos; e inclinar a cabeça dele com sua mão, para beijá-lo por sobre seus ombros, é quase impossível se ele for muito mais alto do que ela. Eis o porque nós sugerimos que ela o beija antes de agarrá-lo pelas costas. Este é o empurrar-por-trás que é o essencial tradicional; Doreen diz que o coven de Gardner sempre fez assim.
‘Acho que isto foi originalmente planejado como um tipo de teste’, ela nos conta, ‘porque um questionador poderia dizer, tal como em Auxílio à Alta Magia, “Quem o conduziu para dentro de um Círculo?” A resposta era, “Eles me conduziram por detrás.” ‘
A prática Alexandriana era de agarrar os ombros do Candidato de frente, beijá-lo e então empurrá-lo para dentro do Círculo, girando deosil. Eis como ambos fomos iniciados, e não nos sentimos pior por isso. Porém não vemos razão, agora, para partir da tradição original, especialmente por isso ter um interessante significado histórico junto ao mesmo; de forma que voltamos para o método Gardneriano.
Quando Stewart visitou o Museu das Bruxas em Isle of Man em 1972, (então sob os cuidados de Monique Wilson, para quem Gardner tinha deixado sua coleção insubstituível que ela mais tarde imperdoávelmente vendeu para a América), Monique contou à ele que, porque ele não foi empurrado por trás para dentro do Círculo em sua iniciação, ‘nenhuma bruxa verdadeira o tocaria com uma haste (?)’. Ela então se ofereceu para reiniciá-lo ‘adequadamente’. Stewart a agradeceu educadamente porém recusou. A precaução quanto à pergunta ardilosa pode ter tido uma base válida nos dias da perseguição; insistir nisso hoje em dia é mero separativismo.
A segunda maior saída Alexandriana da tradição está na tomada da medida. Covens Gardnerianos mantém a medida; os Alexandrianos a deixam à cargo do Candidato.
No ritual Alexandriano, a medida é tomada com cordão vermelho, não barbante, apenas da coroa da cabeça até os calcanhares, omitindo as medidas da fronte, do coração e quadris. O Iniciador diz: ‘Agora nós vamos tomar as suas medidas, e nós o medimos da coroa da sua cabeça até as solas dos seus pés. Nos dias antigos, quando a sua medida era tomada, aparas de unha e cabelo teriam sido tiradas ao mesmo tempo do seu corpo. O coven manteria a medida e as aparas, e se voce tentasse deixar o coven, eles poderiam trabalhar [sobre este material] para trazê-lo de volta, e voce jamais teria escapado. Mas porque voce entrou em nosso Círculo com duas palavras perfeitas, perfeito amor e perfeita confiança, nós lhe devolvemos a sua medida, e o incumbimos de carregá-la no seu braço esquerdo’. A medida é então atada ao redor do braço esquerdo do Candidato até o fim do ritual, após o que ele poderá fazer o que quiser com ela. A maioria dos iniciados as destroem, alguns as mantém como lembrança, e alguns as colocam em pequenos estojos e as oferecem aos seus companheiros de práticas.
O simbolismo ‘amor e confiança’ do costume Alexandriano é claro, e alguns covens podem preferí-lo. Mas nós achamos que há muito mais a ser dito para o coven que mantém a medida, não como chantagem mas como uma recordação simbólica da responsabilidade do novo iniciado como relação ao coven. De outra forma pareceria não haver motivo algum para toma-la.
Doreen nos conta: ‘A idéia de devolver a medida é definitivamente, em minha opinião, uma inovação de Sanders’. Na tradição de Gerald, ela era sempre mantida pelo iniciador. Jamais, entretanto, houve qualquer sugestão de que esta medida seria usada na maneira de chantagem descrita pelo ritual Alexandriano. Pelo contrário, se alguem quisesse deixar o coven este estaria livre para fazê-lo, desde que respeitasse a nossa confiança e mantivesse os segredos. Por fim, qual seria o motivo em tentar manter alguém em um coven contra sua vontade ? Suas más vibrações iriam apenas estragar as coisas. Mas – nos dias antigos a medida era usada contra alguém que deliberada e maliciosamente traísse os segredos. Gerald me contou que “a medida era então enterrada num local pantanoso, com maldições, de forma que enquanto ela se deteriorasse também o traidor iria se deteriorar.“ Lembre-se, traição naqueles dias era caso de vida ou morte – literalmente !’
Nós enfatizaríamos novamente – pontos de vista sobre as diferenças dos detalhes podem ser fortemente mantidos, mas ao final é a decisão do próprio coven que pesa ao decidir sobre uma forma determinada, ou em elaborar sua própria. A validade de uma iniciação não depende das letras impressas (?), e nunca dependeu. Ela depende da sinceridade e da eficácia psíquica do coven, e da sinceridade e e do potencial psíquico do iniciado. Como a Deusa diz na Investidura: ‘E tu que pensais em buscar por mim, sabei que tua busca e desejo não te beneficiarão, à menos que tu conheças o mistério; que se aquilo que tu buscas não podes encontrar dentro de ti, então jamais o encontrarás fora de ti. Pois prestai atenção, eu tenho estado contigo desde o começo; e eu sou aquilo que é alcançado ao final do desejo.’
Smallprintitis [letras impressas, como referido acima] (se somos capazes de cunhar tal palavra) tem sido o mal, infelizmente, de todas as muitas liturgias cristãs, incluido aquelas que tiveram suas origens na beleza; as bruxas não devem cair nesta mesma armadilha. Se é tentado a dizer que as liturgias deveriam ser escritas por poetas, não por teólogos.
Uma palavra sobre os nomes Cernunnos e Aradia, os nomes de divindades usados no Livro das Sombras de Gardner. Aradia foi adotado das bruxas de Tuscany (Toscana_?) (vide a obra de Charles G.Leland Aradia: o Evangelho das Bruxas); sobre suas possíveis ligações celtas, vide o nosso Oito Sabás para Feiticeiras, Pág.84. Cernunnos (ou, como Jean Markale o traduz em Mulheres dos Celtas, Cerunnos) é o nome geralmente dado pelos arqueólogos ao Deus Chifrudo celta, porque apesar de muitas representações dele terem sido encontradas, em todo lugar desde o Caldeirão Gundestrup até a Colina de Tara (vide a Ilustração 10), apenas uma destas porta um nome escrito – um baixo-relevo encontrado em 1710 sob o coral de Notre-Dame de Paris, e agora no Museu Cluny em Paris. O final ‘-os’ sugere que isto era uma Helenização de um nome celta; sabe-se que os Druidas eram familiarizados com o grego e usavam o alfabeto grego para suas transações em assuntos comuns, embora neste caso as letras reais são romanas. Também o grego para ‘chifre’ é V (keras). Doreen Valiente sugere (e nós concordamos com ela) que o nome que então fora Helenizado era realmente Herne (como em Herne o Caçador, do Grande Parque Windsor). ‘Voce já ouviu o grito de um gamo no cio ?’ ela pergunta. Voce ouve isso o tempo todo no cio dos gamos no outono em New Forest , e ele simplesmente soa como “HERR-NN ... Herr-rr-nn ...” repetido muitas e muitas vezes. É um som muito impressionante e nunca é esquecido. Agora, das pinturas de cavernas e estátuas que temos dele, Cernunnos foi preeminentemente um deus gamo. Assim de que modo melhor poderiam os mortais o nomearem? Seguramente a partir do som que mais vívidamente recorda alguém dos grandes gamos da floresta.’
À isso alguém poderia adicionar que o intercâmbio dos sons ‘h’ e ‘k’ é sugerido pelos nomes de locais Cerne Abbas em Dorset, local da famosa colina Gigante. Há um grande número de localidades chamadas Herne Hill na Bretanha, tanto quanto duas vilas Herne, uma Baía Herne, um Rebanho Herne, uma ponte Herne, um Terreno Herne, um Herne Pound, e assim por diante. Algumas vezes a Colina Herne é explicada como significando ‘colina garça’, mas, como assinala Doreen, as garças crescem próximo à rios e lagos, não em colinas; ‘para mim parece muito mais que a Colina Herne era consagrada ao Deus Antigo.’
No Livro das Sombras Alexandriano, o nome é ‘Karnayna’ – mas essa forma não aparece em mais nenhum outro lugar que nós ou Doreen tenhamos encontrado. Ela acha que ‘isso é provavelmente – embora não certamente – uma audição errônea do nome Cernunnos. O nome verdadeiro pode ter sido omitido no livro do qual Alex copiou, e ele teve que confiar na recordação verbal de alguém sobre isto.’ (Conhecendo Alex, nós diríamos ‘quase certamente’!)
No texto que segue, o Iniciador pode ser a Suma Sacerdotiza ou o Sumo Sacerdote, dependendo se o Candidato for homem ou mulher; então nós nos referimos ao Iniciador como ‘ela’ para simplificar, e ‘ao Candidato’(mais tarde ‘o Iniciado’) como ‘ele’, embora naturalmente possa ser de outra maneira. O assistente operacional do Iniciador, seja o Sumo Sacerdote ou a Suma Sacerdotiza, tem também certas tarefas a executar, e é referido como ‘o Assistente’.
A Preparação
Tudo é arrumado como para um Círculo normal, com os seguintes ítens adicionais também já preparados :
uma venda (para olhos)
uma extensão de cordão (pelo menos oito pés) ou corda fina
óleo para unção
um sininho de mão
três extensões de corda vermelha – uma de nove pés, e duas de quatro pés e seis [polegadas]
É também comum, embora não essencial para o Candidato, trazer seu próprio athame novo, e cordões vermelhos, brancos e azuiz, para serem consagrados imediatamente após a sua iniciação (1). Ele deve ser avisado, tão logo ele saiba que está prestes a ser iniciado, para adquirir para si mesmo uma faca qualquer com cabo preto com a qual ele se sinta confortável. Muitas pessoas parecem [preferir elas próprias] comprar uma faca comum com bainha (a bainha é de toda forma útil, para portá-la para o local de reunião ou para fora deste) e esmaltar o cabo de preto caso esse ainda não seja desta cor. Pode não haver tempo para ele gravar os símbolos tradicionais no cabo (vide Secção XXIV) antes de ela ser consagrada; isso pode ser feito mais tarde, num momento de folga. Algumas bruxas jamais gravam os símbolos no cabo, preferindo a tradição alternativa onde os instrumentos de trabalho de alguém nunca devem ser identificados como tal para qualquer estranho; (2) ou porque o padrão do cabo da faca escolhida não permite gravações neste. (o athame de Stewart, agora com doze anos, porta os símbolos; o de Janet, com a mesma idade mas com um cabo padronizado, não os porta; e nós temos um outro athame, feito à mão por um amigo artesão, que tem um cabo de pé de gamo óbviamente inadequado para fazer gravações). Nós sugerimos que as lâminas e pontas do athame sejam sem corte, uma vez que nunca são usados para cortar mas são usados para gestos rituais dentro do que pode ser um Círculo cheio de praticantes e todos vestidos de céu.
Os três cordões que ele traz devem ter o comprimento de nove pés cada um. Nós gostamos de evitar que as pontas desfiem usando Sellotape (marca comercial) ou atando-as (‘whipping’ / açoitando_? /, no linguajar dos marinheiros) com fios na mesma cor. Contudo, Doreen diz, ‘nós dávamos nós nas pontas para evitar que desfiassem, e a medida essencial era de nó em nó’.
Deve ser dito à ele também para que traga sua própria garrafa de vinho tinto – pelo menos para impressionar-lhe desde o início sobre o fato de que as despesas de suprimentos para o coven, quer seja o vinho do Círculo ou qualquer alimento trazido antes ou após o Círculo, não recaiam totalmente sobre a Suma Sacerdotiza ou o Sumo Sacerdote !
Com relação aos ítens adicionais listados acima – qualquer cachecol servirá como venda, mas este deve ser opaco. E a escolha do óleo para unção está a cargo da Suma Sacerdotiza; o coven de Gardner sempre usou óleo de oliva puro. O costume Alexandriano é de que ele deveria incluir uma pequena quantidade do suor da Suma Sacerdotiza e do Sumo Sacerdote.
O Ritual
Antes de o Círculo ser iniciado, o Candidato está em pé fora do Círculo na direção Nordeste, vendado e amarrado por bruxas do sexo oposto. A amarração é feita com as três cordas vermelhas (3) – uma com o comprimento de nove pés, o outro par com o comprimento de quatro pés e meio. Os pulsos são amarrados juntos por trás das costas com o meio da corda comprida e as duas extremidades são trazidas adiante por sobre os ombros e amarradas na frente do pescoço, deixando as pontas pendentes formando um tipo de ‘gancho’ pelo qual o Candidato possa ser conduzido (4). Uma corda curta é atada ao redor do tornozelo direito, a outra acima do joelho esquerdo – cada uma com as pontas trocadas (?) de forma que elas não o façam tropeçar. Enquanto a corda do tornozelo está sendo atada, a Iniciadora diz:
‘Pés nem atados nem soltos’. (5)
O Círculo é então iniciado, e o Ritual de Abertura procede como usual, exceto que o ‘portal’ na direção Nordeste não está fechado ainda, e a Investidura ainda não é falada. Após a Invocação da Lua (6), a Iniciadora faz a Cruz Cabalística (7), como segue : ‘Ateh’ (tocando a testa) ‘Malkuth’ (tocando o peito) ‘ve-Geburah’ (tocando o ombro direito) ‘ve-Gedulah’ (tocando o ombro esquerdo) ‘le-olam’ (unindo as palmas ao nível do peito).
Após a Runa das Feiticeiras, a Iniciadora pega a espada, ou seu athame, do altar. Ela e seu auxiliar ficam de frente ao Candidato.
Elas então declamam a Investidura (vice Apêndice B, Págs.297-8).
A Iniciadora então diz :
‘Oh tu que permaneceis de pé no limiar entre o agradável mundo dos homens e os terríveis domínios dos Senhores dos Espaços Exteriores, tens tu coragem para fazer a empreitada?’
Ela coloca a ponta da espada ou athame contra o coração do Candidato e continua :
‘Pois verdadeiramente eu digo, seria melhor precipitar-se sobre minha lâmina e perecer, do que fazer a tentativa com medo em teu coração.’
O Candidato responde :
‘Eu possuo duas senhas. Perfeito amor, e perfeita confiança.’(8)
A Iniciadora diz :
‘Todos os que as possuem são duplamente benvindas. Eu te dou uma terceira para te conduzir através desta terrível porta’.
Ela entrega a espada ou athame ao seu Auxiliar, beija o Candidato e dá a volta indo para trás dele. Abraçando-o por trás, ela o empurra adiante com seu próprio corpo para dentro do Círculo. Seu Assistente fecha ritualmente o ‘portal’ com a espada ou athame, que ele então repõe sobre o altar.
A Iniciadora conduz o Candidato pelos pontos cardeais ao redor e diz :
‘Prestai atenção, vós Senhores do Leste [Sul, Oeste, Norte] que ________ está devidamente preparado para ser iniciado como um sacerdote (sacerdotiza) e bruxo.’ (9)
A Iniciadora então conduz o Candidato ao centro do Círculo. Ela e o coven circulam ao redor dele em deosil, cantando :
‘Eko, Eko, Azarak,
Eko, Eko, Zomelak,
Eko, Eko, Cernunnos, (10)
Eko, Eko, Aradia,’ (10)
repetindo várias e várias vêzes, enquanto eles empurram o Candidato para frente e para trás entre eles, algumas vezes fazendo-o girar um pouco para desorientá-lo, até que a Iniciadora ordene que cesse. O Assistente toca o sino de mão três vêzes, enquanto a Iniciadora vira o Candidato (que ainda está no centro) para que fique de frente ao altar. Ela então diz :
‘Em outras religiões o candidato se ajoelha, enquanto o sacerdote permanece acima deste. Porém na Arte Mágica somos ensinados à sermos humildes, e nós nos ajoelhamos para recepcioná-lo(a) e nós dizemos...’
A Iniciadora se ajoelha e aplica ao Candidato o Beijo Quíntuplo, como segue :
‘Benditos sejam teus pés, que trouxeram a ti nestes caminhos’ (beijando o pé direito e então o pé esquerdo).
‘Benditos sejam teus joelhos, que se dobrarão no altar sagrado’ (beijando o joelho direito e então o joelho esquerdo).
‘Bendito seja teu falo [útero], sem o qual nós não existiríamos’ (beijando logo acima do pêlo púbico).
‘Bendito seja teu peito, formado em força [seios, formados em beleza]’ (11) (beijando o peito direito e então o peito esquerdo).
‘Benditos sejam teus lábios, que pronunciarão os Nomes Sagrados’ (abraçando-o e beijando-o nos lábios).
O Assistente agora entrega o cordão à Iniciadora, que diz :
‘Agora nós vamos tomar suas medidas.’
A Iniciadora, com a ajuda de uma outra bruxa do mesmo sexo, estica o cordão desde o chão aos pés do Candidato até a coroa de sua cabeça, e corta esta medida com a faca de cabo branco (que seu Assistente traz para ela). Ela então o mede uma vez ao redor da cabeça na altura da testa e faz um nó para marcar a medida; uma vez (a partir da mesma ponta) ao redor do tórax na altura do coração, e faz um nó; e uma vez ao redor dos quadris, cruzando os genitais, e faz um nó. Ela enrola a medida e coloca sobre o altar.
A Iniciadora pergunta ao Candidato :
‘Antes que sejais consagrado, estais pronto para passardes pela ordália e serdes purificado ?’
O Candidato responde :
‘Estou’.
A Iniciadora e a outra bruxa do mesmo sexo ajudam o Candidato a se ajoelhar e a inclinar para frente sua cabeça e seus ombros. Elas desatam as pontas soltas das cordas de seu tornozelo e joelho e amarram seus tornozelos juntos e seus joelhos juntos. (12) A Iniciadora então pega o chicote do altar.
O Assistente toca o sino de mão três vêzes e diz ‘Três’.
A Iniciadora aplica no Candidato três golpes suaves com o chicote.
O Assistente diz ‘Sete’ . (Ele não toca o sino novamente.)
A Iniciadora aplica no Candidato sete golpes suaves com o chicote.
O Assistente diz ‘Nove’ .
A Iniciadora aplica no Candidato nove golpes suaves com o chicote.
O Assistente diz ‘Vinte e Um’ .
A Iniciadora aplica no Candidato vinte e um golpes suaves com o chicote. (o vigésimo primeiro golpe pode ser mais vigoroso, como uma lembrança de que a Iniciadora tem sido deliberadamente comedida).
A Iniciadora diz :
‘Tu passaste bravamente pelo teste. Estais pronto para jurar que sereis sempre verdadeiro para a Arte ?’
O Candidato responde : ‘Estou’.
A Iniciadora pergunta :
‘Estais sempre pronto para ajudar, proteger e defender teus irmãos e irmãs da Arte ?’
O Candidato responde : ‘Estou’.
A Iniciadora diz (frase por frase) :
‘Então diga depois de mim: “Eu, _______ , na presença dos Poderosos, por minha própria e livre vontade e acordo mui solenemente juro que eu sempre manterei secretos e jamais revelarei os segrêdos da Arte, exceto seja para uma pessoa apropriada, devidamente preparada dentro de um Círculo tal qual estou agora dentro; e que eu jamais negarei os segrêdos para tal pessoa se ele ou ela for adequadamente avalizado por um irmão ou irmã da Arte. Tudo isso eu juro pelas esperanças de uma vida futura, consciente de que minha medida foi tomada; e possam as minhas armas se voltarem contra mim se eu quebrar este meu solene juramento”.’
O Candidato repete cada frase após ela.
A Iniciadora e a outra bruxa do mesmo sexo agora ajudam o Candidato a ficar de pé.
O Assistente traz o óleo para unção e o cálice de vinho.
A Iniciadora umedece a ponta de seu dedo com o óleo e diz :
‘Com isto eu te assinalo com o Sinal Triplo. Eu te consagro com óleo.’
Ela toca o Candidato com o óleo logo acima do pêlo púbico, em seu peito direito, , em seu peito esquerdo e novamente sobre o pêlo púbico, completando o triângulo invertido do Primeiro Grau.
Ela umedece a ponta de seu dedo com vinho, diz ‘Eu te consagro (?) com vinho’, e o toca nos mesmos lugares com o vinho.
Ela então diz : ‘Eu te consagro com meus lábios’, o beija nos mesmos lugares e continua: ‘sacerdote[tiza] e bruxo[a]’.
A Iniciadora e a outra bruxa do mesmo sexo agora retiram a venda do Candidato e desamarram suas cordas.
O Candidato é agora um bruxo iniciado, e o ritual é interrompido para que cada membro do coven o congratule e dê boas vindas, beijando ou apertando as mãos como for apropriado. Quando tiver acabado, o ritual prossegue com a apresentação dos instrumentos de trabalho. Quando cada instrumento é nomeado, a Iniciadora o pega do altar e o entrega ao Iniciado com um beijo. Outra bruxa do mesmo sexo que a Iniciadora fica próxima, e quando acaba a apresentação de cada instrumento, ela o toma do Iniciado com um beijo e o recoloca sobre o altar.
A Iniciadora explica os instrumentos como segue :
‘Agora eu te apresento os Instrumentos de Trabalho. Primeiro, a Espada Mágica. Com esta, tanto quanto com o Athame, podeis formar todos os Círculos Mágicos, dominar, subjugar e punir todos os espíritos rebeldes e demônios, e mesmo persuadir anjos e bons espíritos. Com isto em tua mão, vós sois o regente do Círculo.
‘A seguir eu te apresento o Athame. Esta é a verdadeira arma do bruxo, e tem todos os poderes da Espada Mágica.
‘A seguir eu te apresento a Faca de Cabo Branco. Sua utilidade é formar todos os instrumentos usados na Arte. Ela pode ser usada apenas dentro de um Círculo Mágico.
‘A seguir eu te apresento a Var. Sua utilidade é invocar e controlar certos anjos e genios os quais não poderiam ser reunidos pela Espada Mágica.
‘A seguir eu te apresento o Cálice. Este é o recipiente da Deusa, o Caldeirão de Cerridwen, o Santo Graal da Imortalidade. Deste nós bebemos em camaradagem,e em honra da Deusa (13).
‘A seguir eu te apresento o Pantáculo. Seu propósito é o de invocar espíritos apropriados.
‘A seguir eu te apresento o Incensário. Ele é utilizado para encorajar e saudar bons espíritos e para banir maus espíritos.
‘A seguir eu te apresento o Chicote. Este é o sinal do poder e da dominação. É também usado para provocar a purificação e a iluminação. Pois está escrito, “Para aprender, deveis sofrer e serdes purificado”. Tu estás disposto a sofrer para aprender ?’
O Iniciado responde : ‘Estou’.
A Iniciadora prossegue : ‘A seguir e por fim eu te apresento as Cordas. Elas são utilizadas para atar os sigilos na Arte; também a base material; também elas são necessárias no Juramento’.
A Iniciadora diz : ‘Eu agora te saúdo em nome de Aradia, recem consagrado(a) sacerdote(iza) e bruxo(a)’, e beija o Iniciado.
Finalmente, ela o conduz à cada um dos pontos cardinais ao redor, dizendo :
‘Ouvi oh vós Poderosos do Leste [Sul, Oeste, Norte]; _________ foi consagrado(a) sacerdote(iza), bruxo(a) e filho(a) oculto(a) da Deusa.’ (14)
Caso o Iniciado tenha trazido seu próprio athame novo e/ou cordas, ele poderá agora, como seu primeiro trabalho mágico, consagrá-los (vide Seção IV) – ou com a Iniciadora ou com a pessoa que será sua companheira de operações, se aquela já fôr conhecida, ou se (como no caso de Patricia e Arnold Crowther) ambos tiverem sido iniciados na mesma ocasião.
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II Iniciação do Segundo Grau
A iniciação do segundo grau promove um(a) bruxo(a) do primeiro grau à condição de Suma Sacerdotisa ou Sumo Sacerdote; não necessariamente, naturalmente, como líder de seu próprio coven. Se os nossos leitores não se incomodarem com um paralelo militar, a distinção é a mesma como entre ‘um’ Coronel e ‘o’ Coronel; o primeiro implica que se está falando de um titular daquela graduação em particular, seja qual for a sua função real; o último significa que se está denominando o comandante de uma unidade em particular.
Uma bruxa do segundo grau pode iniciar a outros – apenas, naturalmente, do sexo oposto, e apenas para o primeiro ou segundo graus. (As duas exceções oficiais à esta regra já foram explicadas na página 11 [do original] ). Nós estamos falando aqui da tradição normal Gardneriana ou Alexandriana. A auto-iniciação, e a fundação de covens onde nenhum auxílio externo é possível, é um outro caso, e discutiremos isso detalhadamente na Seção XXIII; mas até então nós sugerimos que, uma vez que tal coven auto-criado esteja devidamente estabelecido e operando, seria muito aconselhável adotar a regra Gardneriana/Alexandriana (ou equivalente em qualquer tradição em que esta tenha se baseado).
Necessitamos enfatizar fortemente que iniciar qualquer pessoa impõe uma responsabilidade sobre o iniciador, tanto em decidir se o candidato é adequado para tanto (ou, se potencialmente adequado, estiver preparado), quanto em assegurar que seu treinamento prosseguirá. A iniciação pode ter profundas repercussões psíquicas e cármicas, e se esta for concedida de forma irresponsável, os resultados podem se tornar parte do próprio carma do iniciador. Os líderes do coven devem se lembrar disso quando estiverem decidindo se alguém está pronto para seu segundo grau. , e perguntar a si mesmos em particular se o candidato está maduro o suficiente para ser credenciado com o direito de iniciar a outros; se não, os seus erros podem muito bem repercutir em seu carma !
Se uma bruxa recém elevada ao segundo grau foi devidamente instruída e sabiamente escolhida, naturalmente ele ou ela não ficará ansioso(a) para sair às pressas e iniciar pessoas apenas porque as regras o permitem. A prática em nosso coven (e, estamos seguros, na maioria dos outros) tem sido sempre que bruxas do segundo ou terceiro grau exceto a Suma Sacerdotisa e o Sumo Sacerdote normalmente não conduzem iniciações à não ser por pedido, ou com a concordância, da Suma Sacerdotisa. Muitas vezes isso será feito caso o candidato seja um amigo apresentado pelo membro envolvido, ou caso eles desejem se tornar companheiros de trabalho. Ou isso pode ser feito para oferecer prática e auto confiança ao membro dentro do ritual.
Outra implicação em ser uma bruxa do segundo grau é que voce pode, com a concordância da sua Suma Sacerdotisa, deixar o coven e fundar o seu próprio junto ao seu companheiro de trabalho. Neste caso, voce ainda estará sob orientação do coven original até que seus líderes decidam que voce está pronto para completa independência; eles então lhe concederão a sua iniciação ao terceiro grau, após a qual voce será completamente autônomo. (Nós mesmos seguimos este padrão; Alex e Maxine Sanders nos concederam nosso segundo grau em 17 de Outubro de 1970; nós permanecemos em seu coven por mais uns dois meses, e então, com a concordância dos mesmos, pegamos três de seus estudantes que não tinham ainda sido iniciados, e fundamos nosso próprio coven em 22 de Dezembro de 1970, nós mesmos iniciando os três. Em 24 de Abril de 1971 os Sanders nos concederam nosso terceiro grau, e nós e nosso coven nos tornamos independentes. Nós temos razão em acreditar que Alex, ao menos, desejou posteriormente que o cordão umbilical não tivesse sido cortado tão cedo. Mas ele foi, e – sem malícia – nós estamos preparados para os resultados).
A tradição, ao menos na feitiçaria Gardneriana, é de que a base ou ‘locação’ do coven deve ser de pelo menos uma légua (três milhas) a partir do antigo [coven], e que seus membros devem cortar todo contato com os membros deste coven anterior. Qualquer contato necessário deve ser feito apenas entre a Suma Sacerdotisa e o Sumo Sacerdote dos dois covens. Esta prática é chamada de ‘anular o coven’ e óbviamente tem suas raízes nos séculos da perseguição. Seria muito difícil seguir isto à risca atualmente, particularmente em condições urbanas; a regra da légua, por exemplo, seria impraticável em lugares como Londres, Nova Iorque, Sidney ou Amsterdam. Mas ainda há muito a ser falado para ‘anular o coven’ no sentido de evitar deliberadamente qualquer coincidência de trabalhos entre o antigo coven e o novo. Se isso não for feito, as fronteiras ficarão indistintas, e o novo grupo ficará obstruído em sua tarefa necessária de estabelecer sua própria identidade e em construir a sua própria mente-grupo. Pode até mesmo haver uma tendência, entre os membros mais jovens do novo coven, à ‘correr para a Mamãe’(?) com críticas de seus líderes – o que a Mamãe, se ela for sábia, desencorajará com firmeza.
Maxine impôs rigorosamente a regra de anulação do coven sobre o nosso jovem grupo; e, revendo o passado, estamos felizes por ela ter feito assim.
Dois ou mais covens (incluindo covens matrizes e seus covens destes originados), podem sempre se reunir, por convite ou acôrdo mútuo, para um dos Festivais de sabá sazonais, e esses sabás combinados podem ser muito agradáveis; mas eles são mais ocasiões de celebração do que ocasiões de trabalho. Esbás de trabalho combinados, por outro lado, não são geralmente uma boa idéia, exceto para propósitos especiais e específicos (talvez sendo o exemplo clássico do famoso esforço das bruxas no tempo da guerra, ao Sul da Inglaterra, para frustrar os planos de invasão de Hitler – embora o ‘propósito específico’ não tenha sempre que ser tão significativo quanto aquele).
Bruxas do segundo e terceiro graus formam juntas os ‘mais antigos’ do coven. Simplesmente como, e o quão frequentemente, os mais velhos são denominados como tais, cabe à Suma Sacerdotisa. Mas por exemplo, se surgir um caso disciplinar com o qual a Suma Sacerdotisa julgue que não deva lidar apenas com a sua autoridade, os mais antigos oferecem uma bancada ‘natural’ de magistrados. A Suma Sacerdotisa deveria ser a líder inquestionável do coven – e dentro do Círculo, absolutamente; se qualquer um tiver dúvidas honestas sobre suas regras, a questão pode ser calmamente levantada após o Círculo ter sido banido. Mas ela não deve ser um tirano autocrata. Se ela e seu Sumo Sacerdote tiverem respeito suficiente, e confiança, em membros particulares de seu coven a fim de denominá-los mais antigos, deve-se esperar que os mesmos valorizem seus conselhos sobre a condução de um coven e o trabalho à ser feito.
Tudo isso pode parecer estar divagando um pouco fora do assunto da iniciação do segundo grau para dentro de tópicos mais generalizados; mas isso é altamente relevante para a questão de decidir quem está, e quem não está, preparado para o segundo grau.
Com relação ao próprio ritual de iniciação : os Textos B e C do Livro das Sombras de Gardner são idênticos. A primeira parte deste segue um padrão similar àquele do rito do primeiro grau (embora com diferenças apropriadas): o ato de amarrar, a apresentação às Torres de Vigia, o açoitamento ritualístico, a consagração com óleo, vinho e lábios, o ato de desamarrar, a apresentação dos instrumentos de trabalho (mas desta vez para serem ritualmente usadas pelo Iniciado imediatamente) e a segunda apresentação às Torres de Vigia.
Entram três elementos no rito do segundo grau que não são parte do primeiro grau.
Primeiramente, é dado ao Iniciado um nome de bruxa, que ele ou ela tenha escolhido anteriormente. A escolha é inteiramente pessoal. Pode ser um nome de Deus ou Deusa expressando uma qualidade à qual aspire o Iniciado, tais como Vulcano, Tétis, Thoth, Posseidon ou Ma’at. (Os nomes mais elevados de um panteão em particular, tais como Ísis ou Zeus, deveriam, nós sugerimos, serem evitados; eles poderiam ser interpretados como implicando em arrogância ao Iniciado). Ou pode ser o nome de uma figura lendária ou mesmo histórica, novamente implicando um aspecto particular, tais como Amergin o bardo, Morgana a feiticeira, Orfeu o músico, ou Pythia o oráculo. Pode ser mesmo um nome sintético construído com as letras iniciais dos aspectos que criam um equilíbrio desejável ao Iniciado (um processo extraído de um certo tipo de magia ritual). Mas qualquer que seja a escolha, ela não deve ser casual ou feita às pressas; uma consideração consciente antes da escolha é em si um ato mágico.
Segundo, após o juramento, o(a) Iniciador(a) transfere (?) ritualisticamente seu poder para dentro do Iniciado. Isso, também, não é mera cerimônia, mas um ato deliberado de concentração mágica, no qual o Iniciador coloca tudo o que for possível a fim de manter e conduzir a continuidade do poder psíquico dentro da Arte.
E terceiro, o uso ritual das cordas e do chicote é o momento para dramatizar uma lição sobre o que é muitas vezes chamado de ‘o efeito bumerangue’; isto é, que qualquer esforço mágico, seja benéfico ou malicioso, é passível de ricochetear triplamente sobre a pessoa que o fez. O Iniciado usa as cordas para amarrar o Iniciador da mesma maneira que o próprio Iniciado foi amarrado anteriormente, e então aplica no Iniciador um açoitamento ritual com três vezes o número de golpes que o Iniciador usou. Tanto quanto sendo uma lição, isto é um teste – para ver se o Iniciado é maduro o suficiente para reagir às ações das outras pessoas com a necessária restrição controlada. Um aspecto mais sutil da lição é que, embora o Iniciador esteja no comando, este comando não é fixo e eterno mas é uma confiança - o tipo de confiança que está agora sendo concedido também ao Iniciado; para que ambos, Iniciador e Iniciado tenham finalmente igual estatura no plano cósmico, e que ambos sejam canais para o poder sendo invocado, e não sua fonte.
A segunda parte do ritual é a leitura, ou encenamento, da Lenda da Descida da Deusa. Nós o demos em detalhes completos, juntamente com os movimentos para encená-lo, na Seção XIV de Oito Sabás para Feiticeiras; então tudo o que nós faremos aqui é dar o próprio texto, como ele aparece nos Textos B e C do Livro das Sombras. Doreen Valiente comenta que o nosso texto em Oito Sabás para Feiticeiras é um pouco mais completo do que este (e incidentalmente ressalta que a palavra ‘Controlador’ na Pág.171, linha 7, da primeira impressão deveria ser ‘Consolador’). Gardner oferece uma versão ligeiramente diferente no Capítulo III de Feitiçaria Hoje (1); mas aqui nós nos ativemos à escrita do Texto C (com duas pequenas exceções – vide Pág.303, notas 10 e 11).
Doreen nos conta que no coven de Gardner, ‘esta Lenda era lida após a Iniciação ao Segundo Grau, quando todos estavam sentados silenciosamente no Círculo. Se houvessem pessoas suficientes presentes, esta também poderia ser apresentada como uma peça dramática [com mímica], os atores realizando as ações enquanto uma pessoa lia em voz alta a Lenda.’
Em nosso coven nós sempre encenamos a Lenda enquanto um narrador a lê - e se possível fazemos que os atores digam suas próprias falas. Nós achamos que a Lenda encenada, com o Iniciado no papel de Senhor do Submundo caso seja um homem, ou no papel da Deusa caso seja uma mulher, oferece um clímax muito mais eficaz ao ritual do que uma mera leitura. É uma questão de escolha; mas para aqueles que compartilham da nossa preferência por uma encenação é recomendado o Oito Sabás para Feiticeiras.
No ritual abaixo, uma vez que o Iniciado já é um bruxo, nós nos referimos à este como ‘o Iniciado’ até o fim; e novamente à Iniciadora como ‘ela’, o Iniciado como ‘ele’, e ao Assistente como ‘ele’, para simplificar – embora como antes, pode ser ao contrário.
Nós salientamos que as bruxas americanas usam atualmente em caráter universal o pentagrama para cima – ou seja, com uma única ponta na parte mais alta – como o sigilo do Segundo Grau, porque na mentalidade americana o pentagrama invertido está associado ao Satanismo. As bruxas européias, entretanto, ainda usam o pentagrama invertido tradicional, com duas pontas na parte mais alta, mas sem quaisquer implicações sinistras. O simbolismo europeu é que embora os quatro elementos da Terra, Ar, Fogo e Água estejam agora em equilíbrio, eles ainda dominam o quinto, o Espírito. O pentagrama de ponta para cima coroado do Terceiro Grau simboliza que o Espírito agora rege os outros. Devido à diferença entre os usos europeu e americano, nós oferecemos dois procedimentos de unção alternativos no ritual que segue.
A Preparação
Tudo é preparado para um Círculo normal, com os seguintes ítens adicionais também de prontidão :
uma venda
três extensões de corda vermelha – uma de nove pés, e duas de quatro pés e seis [polegadas]
óleo para unção
uma vela branca nova ainda não acesa
um sininho de mão
peças de joalheria \
um colar sobre o altar |____ caso a Lenda da Descida da Deusa seja encenada
um véu | e não meramente lida
uma coroa /
As peças de joalheria são para a mulher representando a Deusa; assim, se o ritual for realizado sem roupas, estas devem obviamente ser coisas como braceletes, anéis e brincos, e não broches de espetar ! A coroa é para o homem representando o Senhor do Submundo e pode ser tão simples como uma armação de arame caso nada melhor esteja disponível.
A venda deve ser de algum material opaco, como aquela para o primeiro grau; mas o véu deve ser transparente e vistoso, e preferivelmente em uma das cores da Deusa – azul, verde ou prata.
O Ritual
O ritual de abertura procede como de costume, até o final da invocação ‘Grande Deus Cernunnos’, com o Iniciado ocupando seu lugar normal no coven. Ao final da invocação de Cernunnos, o Iniciado fica em pé no centro do Círculo e é amarrado e vendado por bruxas do sexo oposto, exatamente como para a iniciação do primeiro grau.
A Iniciadora conduz o Iniciado ao longo dos pontos cardeais em círculo e diz :
‘Ouvi, vós Poderosos do Leste [Sul, Oeste, Norte], _______ (nome comum), um(a) Sacerdote(tiza) devidamente preparado(a) e Bruxo(a), está agora adequadamente preparado para ser feito um Sumo Sacerdote e Mago [Suma Sacerdotisa e Rainha das Bruxas]’ (2)
Ela o conduz de volta para o centro do Círculo e olha para ele, de frente para o altar. Ela e o coven agora dão as mãos e circulam ao redor dele três vêzes. (3)
As bruxas que amarraram o Iniciado agora completam a amarração desenrolando as pontas soltas das cordas de seu joelho e tornozelos e amarrando seus joelhos juntos e seus tornozelos juntos. Elas então o ajudam à se ajoelhar de frente ao altar.
A Iniciadora diz :
‘Para obter este sublime grau, é necessário sofrer e ser purificado. Tu estás disposto a sofrer para aprender?’
O Iniciado diz :
‘Estou’.
A Iniciadora diz :
‘Eu te purifico para fazer este grande Juramento corretamente’.
A Iniciadora pega o chicote do altar, enquanto seu Assistente toca o sino três vêzes e diz: ‘Três’.
A Iniciadora aplica ao Iniciado três golpes leves com o chicote.
O Assistente diz: ‘Sete.’ (Ele não toca o sino novamente).
A Iniciadora aplica ao Iniciado sete golpes [leves] com o chicote.
O Assistente diz: ‘Nove.’
A Iniciadora aplica ao Iniciado nove golpes leves com o chicote.
O Assistente diz: ‘Vinte e um.’
A Iniciadora aplica ao Iniciado vinte e um golpes leves com o chicote. Ela então entrega o chicote ao seu Assistente (que devolve este e o sino ao altar) e diz :
‘Eu agora te concedo um novo nome, _________ [o nome de bruxo que ele escolheu] . Qual é o teu nome ?’ Ela lhe aplica um beijo [com estalo] suave assim que estiver perguntando. (4)
O Iniciado responde :
‘Meu nome é _______ .’ (Repetindo seu novo nome de bruxo).
Cada membro do coven então por sua vez aplica ao Iniciado um beijo suave ou empurrão (?) de leve, perguntando ‘Qual é o teu nome?’ e o Iniciado responde à cada vez ‘Meu nome é ________.’ Quando a Iniciadora decidir que isso já se prolongou o suficiente, ela faz sinal ao coven para terminar, e todos voltam para seus lugares.
A Iniciadora então diz (frase por frase) :
“Repita teu nome depois de mim, dizendo: “Eu, _______ , juro pelo útero de minha mãe, e pela minha honra entre os homens e meus Irmãos e Irmãs da Arte, que eu nunca revelarei, para ninguém, os segredos da Arte, exceto se for para uma pessoa justa, devidamente preparada, no centro de um Círculo Mágico tal como no que agora me encontro. Isto eu juro pelas minhas esperanças de salvação, minhas vidas passadas, e minhas esperanças das [vidas] futuras por vir; e eu devoto a mim mesmo e a minha medida à completa destruição se eu quebrar este meu solene voto.” ‘ O Iniciado repete cada frase após ela.
A Iniciadora se ajoelha ao lado do Iniciado e coloca sua mão esquerda sob o joelho dele e sua mão direita sobre a cabeça dele, para formar o Vínculo Mágico. Ela diz :
‘Eu transmito todo o meu poder para dentro de ti’.
Mantendo suas mãos na posição do Vínculo Mágico, ela se concentra por quanto tempo ela julgar necessário para transmitir todo o seu poder para dentro do Iniciado. (5) Após isso, ela fica de pé.
A bruxa que amarrou o Iniciado avança e desamarra seus joelhos e tornozelos e o ajuda a se levantar. O Assistente traz o cálice de vinho e o óleo para unção.
A Iniciadora umedece a ponta de seu dedo com o óleo e diz :
‘Eu te consagro com óleo’.
Ela toca o Iniciado com o óleo um pouco acima do pêlo púbico, em seu peito direito, em seu quadril esquerdo, em seu quadril direito, em seu peito esquerdo e novamente um pouco acima do pêlo púbico, completando o pentagrama invertido do Segundo Grau. (6)
(No costume americano : garganta, quadril direito, peito esquerdo, peito direito, quadril esquerdo, e garganta novamente).
Ela umedece a ponta do seu dedo com o vinho, e diz ‘Eu te consagro com vinho’, e o toca nos mesmos lugares com o vinho.
Ela então diz ‘Eu te consagro com meus lábios’, o beija nos mesmos lugares e prossegue : ‘Sumo Sacerdote e Mago [Suma Sacerdotisa e Rainha das Bruxas]’.
As bruxas que amarraram o Iniciado agora avançam e removem a venda e as cordas restantes. O ritual é interrompido para que cada membro do coven parabenize o Iniciado, beijando-o ou apertando as mãos como for adequado. Quando isso terminar, o ritual continua com a apresentação e uso dos instrumentos de trabalho. Assim que cada instrumento é nomeado, a Iniciadora a pega do altar e a entrega ao Iniciado com um beijo. Outra bruxa do mesmo sexo da Iniciadora fica de prontidão, e assim que cada instrumento for finalizado, ela o toma do Iniciado com um beijo e o recoloca no altar.
Para começar, a Iniciadora diz :
‘Você agora usará os Instrumentos de Trabalho um por vez. Primeiro, a Espada Mágica.’
O Iniciado pega a espada e reconstrói o Círculo, mas sem falar.
A Iniciadora diz ‘Segundo, o Athame.’
O Iniciado pega o athame e novamente reconstrói o Círculo sem falar.
A Iniciadora diz ‘Terceiro, a Faca de Cabo Branco.’
O Iniciado pega a faca de cabo branco e traz a vela branca nova e ainda não acesa do altar. Ele então usa a faca para gravar um pentagrama na vela, a qual ele recoloca sobre o altar. (7)
A Iniciadora diz ‘Quarto, a Vara.’
O Iniciado pega a vara e a move apontando para os quatro pontos cardeais à volta. (8)
A Iniciadora diz ‘Quinto, o Cálice.’
Iniciado e Iniciadora juntos consagram vinho no cálice. (9)
A Iniciadora diz ‘Sexto, o Pantáculo.’
O Iniciado pega o pantáculo e o apresenta aos quatro pontos cardeais à volta.
A Iniciadora diz ‘Sétimo, o Incensário.’
O Iniciado pega o incensário e o carrega em volta do perímetro do Círculo.
A Iniciadora diz ‘Oitavo, as Cordas.’
O Iniciado pega as cordas e, com o auxílio do Assistente, amarra a Iniciadora do mesmo jeito que ele próprio foi amarrado. Iniciado e Assistente então ajudam a Iniciadora a se ajoelhar de frente para o altar.
A Iniciadora diz :
‘Nono, o Chicote. Para aprender, na Feitiçaria voce deve sempre dar assim como recebe, mas sempre em triplo. Assim, onde eu te dei três, devolva nove; onde eu dei sete, devolva vinte e um; onde eu dei nove, devolva vinte e sete; onde eu dei vinte e um, devolva sessenta e três.’
A bruxa que está em prontidão entrega o chicote ao Iniciado com um beijo.
O Assistente diz: ‘Nove.’
O Iniciado aplica na Iniciadora nove golpes leves com o chicote.
O Assistente diz: ‘Vinte e um.’
O Iniciado aplica na Iniciadora vinte e um golpes leves com o chicote.
O Assistente diz: ‘Vinte e sete.’
O Iniciado aplica na Iniciadora vinte e sete golpes leves com o chicote.
O Assistente diz: ‘Sessenta e três.’
O Iniciado aplica na Iniciadora sessenta e três golpes leves com o chicote.
A Iniciadora diz :
‘Tu obedecestes a Lei. Mas prestai bem atenção, quando tu recebeis o bem, assim estarás obrigado a retornar o bem triplicado.’
O Iniciado, com o auxílio do Assistente, ajuda a Iniciadora a se levantar e a desamarra.
A Iniciadora agora conduz o Iniciado à cada um dos pontos cardeais ao redor, dizendo : ‘Ouvi, vós Poderosos do Leste [Sul, Oeste, Norte]: ______ (nome de bruxo) foi devidamente consagrado Sumo Sacerdote e Mago [Suma Sacerdotisa e Rainha das Feiticeiras].’
O coven agora se prepara para a Lenda da Descida da Deusa. A Iniciadora nomeia um Narrador para ler a Lenda, se ela própria não for ler [o texto] . Se a Lenda fôr também encenada, ela nomeará atores para a Deusa, o Senhor do Submundo e o Guardião dos Portais. É comum para o Iniciado atuar como a Deusa ou o Senhor do Submundo, segundo o sexo, e para o parceiro de trabalho seja da Iniciadora ou do Iniciado (caso haja algum) atuar como o outro. Na estrita tradição mitológica, o Guardião deveria ser masculino, mas isso não é essencial. (Nos textos de Gardner, ‘Guardiões’ é plural, mas isso parece conflitar com a mitologia).
A Lenda da Descida da Deusa (10)
Até agora nossa Senhora a Deusa nunca tinha amado, mas ela resolveria todos os Mistérios, mesmo o mistério da Morte; e então ela viajou para o Submundo. (11)
Os Guardiães dos Portais a desafiaram: ‘Dispa-te de tuas vestes, retirai tuas jóias; pois nada podeis trazer contigo nesta nossa terra’.
Então ela retirou suas vestes e jóias, e foi amarrada, como o são todos os que entram no Reino da Morte, a Poderosa. (12)
Tal era a sua beleza, que a própria Morte se ajoelhou e beijou seus pés, dizendo: ‘Benditos sejam teus pés, que te trouxeram nestes caminhos. Morai comigo; mas deixai-me por minha mão fria sobre teu coração.’
Ela respondeu: ‘Eu não te amo. Por que tu fizeste com que todas as coisas que eu amo e com as quais me delicio decair e morrer?’
‘Senhora’, respondeu a Morte, ‘isso é o tempo e a decadência contra os quais nada posso fazer. O tempo faz todas as coisas decaírem; mas quando os homens morrem ao final do tempo, eu lhes dou descanso e paz, e força de forma que eles possam retornar. Mas tu! Tu és amável. Não retornai; morai comigo!’
Mas ela respondeu : ‘Eu não te amo.’
Então disse a Morte: ‘E [como] tu não recebeste a minha mão sobre teu coração, tu deves receber o açoite da Morte.’
‘É o destino – melhor assim’, ela disse. E ela se ajoelhou e a Morte a chicoteou suavemente. E ela gritou, ‘Eu sinto a angústia do amor.’
E a Morte disse: ‘Bendita seja!’ e lhe aplicou o Beijo Quíntuplo, dizendo: ‘Apenas assim pudeste tu obter a alegria e o conhecimento.’ E ela a ensinou todos os Mistérios, e eles se amaram e foram um, e ela a ensinou todas as Magias.
(Nota Importante : Como em português a morte é um termo feminino, mantive assim na tradução, embora no contexto a morte seja representada por um ser masculino).
Pois existem três grandes eventos na vida do homem; Amor, Morte e Ressurreição no novo corpo; e a Magia controla todos eles. Pois para completar o amor voce deve retornar novamente no mesmo tempo e lugar que o amado, e voce deve lembrar e amá-los (?) novamente. Mas para ser renascido voce deve morrer e estar pronto para um novo corpo; e para morrer voce deve nascer; e sem amor voce não pode nascer; e isto constitui todas as Magias.
III Iniciação do Terceiro Grau
A iniciação do terceiro grau eleva uma bruxa ao mais alto dos três graus da Arte. Em um certo sentido, uma bruxa do terceiro grau é totalmente independente, responsável apenas perante os Deuses e à sua própria consciência. Ele ou ela pode iniciar a outros no primeiro, segundo e terceiro graus e pode fundar um coven totalmente autônomo o qual (diferente de um coven com líderes do segundo grau) não está mais sob a orientação do coven matriz. Naturalmente, na extensão em que ele ou ela permanece como um membro do coven matriz, esta independência está em suspenso; todo membro do coven, seja de que grau for, deve de boa vontade aceitar a autoridade da Suma Sacerdotisa e do Sumo Sacerdote; se um membro do terceiro grau não mais o puder, é o momento de se desligar.
Como está escrito na Lei: (1) ‘Se eles não concordarem com seus Irmãos, ou se eles disserem, “Eu não trabalharei sob [a autoridade] desta Suma Sacerdotisa”, tem sido sempre conveniente a aplicação da Antiga Lei para a Fraternidade e para evitar disputas. Qualquer um do Terceiro [Grau] pode requerer [seu direito] à fundar um novo Coven ...”
O ritual de iniciação para o terceiro grau é aquele do Grande Rito. Nós apresentamos uma forma deste, para uso em todos os Festivais, na Secção II de Oito Sabás Para as Feiticeiras. Abaixo, nós apresentamos a versão do Texto B de Gardner, mais a forma alternativa da declamação em verso do Texto C. (2) Cada uma dessas três formas podem ser ou ‘reais’ ou simbólicas. Todas essas formas de encenar o Grande Rito diferem, mas sua intenção e espírito são os mesmos; e necessitamos fortemente reenfatizar que qualquer outra forma ritual que seja adequada à um coven em particular seria igualmente válida desde que sua intenção e espírito sejam compreendidos e verdadeiramente expressos.
Em sua forma ‘real’, o Grande Rito é um ritual sexual, involvendo uma relação íntima entre o homem e a mulher participantes. Em sua forma simbólica ou teatral, ele pode ser chamado de ritual de gêneros, de polaridade masculino-feminino mas não envolvendo relação íntima.
Nós lidamos em profundidade com a atitude Wicca em relação ao sexo na Secção XV abaixo. Mas para evitar uma compreensão errônea, nós devemos enfatizar aqui que para a bruxa, sexo é sagrado – uma força polarizada bela e sem vexação que é intrínseca à natureza do universo. Ela deve ser tratada com reverência , mas sem puritanismo. A Arte não faz qualquer apologia para utilizar a relação íntima entre um homem e uma mulher adequados, na privacidade, como um profundo sacramento ritual, trazendo neste todos os elementos – físico, astral, mental e espiritual. A chave para o Grande Rito ‘real’ (e deveras para o simbólico) está na afirmação da declaração: ‘Pois não há parte alguma de nós que não seja dos Deuses.’
No ritual, o corpo da Sacerdotisa é considerado como o Altar da Deusa que ela representa, e para quem ela é um canal. Seu útero focal (?!) é reverenciado como ‘a fonte da vida sem a qual não existiríamos’; e nenhuma apologia é necessária também para este antigo e sagrado simbolismo.
A questão é, naturalmente, quem são o ‘homem e mulher adequados’ para encenar o Grande Rito ‘real’ ao invés do rito simbólico ?
Nós diríamos categoricamente (e achamos que a maioria da Arte concordaria conosco) que deveriam ser apenas um homem e uma mulher entre os quais o relacionamento íntimo já é uma parte normal e amorosa de seu relacionamento; em outras palavras, marido e mulher ou amantes com relação estabelecida. E este deveria ser sempre encenado em privacidade. (3) Wicca é despojado de vexação, mas não promíscuo ou partidário do voyeur. O Grande Rito ‘real’ deve invocar todos os níveis; e um total envolvimento [deste tipo], na atmosfera de ascensão de poder de um ritual solene, seria violento para com qualquer relacionamento que ainda não estivesse em sintonia com o mesmo.
Isto não deve implicar que o Grande Rito simbólico seja uma mera improvisação, ou ineficaz de qualquer forma. Ele pode ser um rito poderoso e transformador, quando sinceramente trabalhado por dois amigos harmoniosos que não sejam amantes. Ele, também, invoca todos os níveis, mas de uma forma que um Irmão ou Irmã maduros da Arte estejam muito capacitados à manipular.
Por que a Arte utiliza mesmo um ritual sexual, ou ritual de gêneros, para demarcar seu mais alto grau de iniciação ? Porque ele expressa três princípios fundamentais da Arte. Primeiro, que a base de todo trabalho mágico ou criativo é a polaridade, a interação de aspectos complementares. Segundo, ‘o que está acima é como o que está embaixo’; nós somos da natureza dos Deuses, e um homem ou uma mulher plenamente realizados é um canal para aquela divindade, uma manifestação do Deus ou da Deusa (e cada um de fato manifestando elementos de ambos). E terceiro, que todos os níveis do físico ao espiritual são igualmente sagrados.
Um homem e uma mulher que estejam prontos para o seu terceiro grau são bruxos que se desenvolveram até o estágio onde estes três princípios não são meramente reconhecidos em teoria mas foram integrados em sua total atitude com relação à vida e portanto em seu trabalho na Arte. Assim o Grande Rito, seja ‘real’ ou simbólico, expressa ritualmente seu estágio de desenvolvimento.
Então como o Grande Rito é aplicado na prática na iniciação do terceiro grau ?
Existem apenas dois participantes ativos no Rito; o resto do coven meramente o apoia através de sua presença silenciosa, quer seja para a totalidade de um Rito simbólico ou para a primeira parte de um Rito ‘real’. Estes dois podem ser ou o homem (já no terceiro grau) iniciando a mulher; ou a mulher (igualmente, já no terceiro grau) iniciando o homem; ou o homem e a mulher podem ser ambos do segundo grau, tomando sua iniciação do terceiro grau juntos sob a supervisão da Suma Sacerdotisa e/ou do Sumo Sacerdote. O último caso é particularmente adequado para uma parceria de trabalho, especialmente se eles estiverem se preparando para estabelecer seu próprio coven ou se já estiverem conduzindo algum na qualidade de bruxos do segundo grau sob a orientação do coven matriz (nós mesmos recebemos nosso terceiro grau juntos sob tais circunstâncias, como explicamos na página 22).
O ritual em cada um desses casos é o mesmo; assim no texto que segue, nós nos referimos à mulher e ao homem simplesmente como ‘a Sacerdotisa’ e ‘o Sacerdote’.
À menos que o Sacerdote seja de fato o Sumo Sacerdote, acostumado à encenar o Grande Rito em festivais ou em outras ocasiões, seria pedir muito esperar que ele saiba a longa declamação de cor. Então é um caso de escolher se ele a lê ou se o Sumo Sacerdote a declama enquanto ele atua. (Esta é a única situação em que uma terceira pessoa tem uma participação ativa). Se o Rito for ‘real’, ele naturalmente terá que ler ou aprender as passagens finais por si mesmo.
Os textos do Grande Rito de Gardner incluem três açoitamentos rituais sucessivos – o homem pela mulher, a mulher pelo homem, e novamente o homem pela mulher. Nós mesmos não utilizamos estes, mas os apresentamos abaixo para complementação, pois seu uso é opcional. Algumas bruxas sustentam que Gardner apreciava muito o açoitamento ritual, e muitos de seus caluniadores mantém [o argumento] que ele tinha uma inclinação psicologicamente doentia à flagelação. Muito longe do fato que uma pessoa notoriamente gentil como Gardner dificilmente pareceria ter tido quaisquer dessas propensões, tudo isso está baseado em um completo mal entendido. A técnica de amarrar não tão apertado e o açoitamento monótono suave não é nem mesmo um ‘sofrer para aprender’ simbólico como ele está nos ritos do primeiro e segundo graus; ele é um método deliberado e tradicional, cercado de precauções, para ‘ganhar a Visão’ influenciando a circulação sanguínea. Ele é descrito em detalhes em uma passagem não ritual do Livro das Sombras, que nós mostramos na íntegra nas páginas 58-60, com os comentários de Doreen Valiente e os nossos próprios.
A Preparação
Nenhum dos Textos A, B ou C menciona ou descreve o ponto no qual a Sacerdotisa, após o Beijo Quíntuplo, deita-se sobre ou na frente do altar, onde ela tem que estar desde ‘Auxiliai-me à erguer o antigo altar’ (ou seu equivalente em versos) para frente. Porém Doreen Valiente nos diz que a Sacerdotisa ‘teria estado deitada atravessando o Círculo, assim posicionada ao lado do Sacerdote, com sua cabeça para o Leste e seus pés para o Oeste. Ela estaria deitada ou realmente sobre o altar ou sobre um acolchoado ou esteira adequados colocado em frente à este, com uma almofada sob sua cabeça. O Sacerdote se ajoelharia ao lado dela, de frente para o Norte’.
Assim na preparação, ou o altar (se ele for grande o suficiente para a Sacerdotisa deitar sobre o mesmo) deverá estar sem suas velas e instrumentos normais e tornado adequadamente confortável, ou o acolchoado ou esteira devem estar prontos. Usar o próprio altar parece implicar no antigo costume de manter o altar no centro do Círculo ao invés de estar na sua extremidade ao norte (sendo prática costumeira hoje em dia, especialmente em uma sala pequena, deixar espaço para o trabalho) porque Doreen continua dizendo: ‘Nesta posição a vagina da Sacerdotisa realmente estaria nas proximidades do centro do Círculo – assim simbolizando seu significado focal como ‘o ponto dentro do centro’, tal como a declamação se refere à ela. Se, então, um acolchoado ou esteira forem usados, deveriam estar assim posicionados, ao longo do diâmetro Leste-Oeste.
Caso sejam incluídos os açoitamentos rituais, uma corda vermelha de nove pés deve estar ao alcance da mão para atar a fibra bruta (cable-tow _ ?).
O cálice cheio de vinho, e os bolos, devem estar prontos como costumeiro. Assim também deve estar o athame da Sacerdotisa e o chicote (caso seja incluído o açoitamento ou não, porque ela tem que segurá-lo em dois pontos na Posição de Osíris).
Se a Sacerdotisa não ficar deitada sobre o próprio altar no início do ritual, um trono adequado (uma cadeira revestida de pano) deverá ser posicionada em frente ao mesmo.
O Ritual
A Sacerdotisa toma seu assento sobre o altar (ou em um trono em frente ao altar), de costas para o Norte, segurando o athame em sua mão direita e o chicote em sua esquerda, na Posição de Osíris (punhos cruzados na frente do seu peito).
O Sacerdote se ajoelha diante dela, beija os joelhos dela e então deita seus antebraços ao longo das coxas dela. Ele baixa sua cabeça a fim de tocar sua testa nos joelhos dela, e permanece ali por um momento. (4)
Ele então se levanta e pega o cálice com vinho. Ele se ajoelha novamente erguendo o cálice para a Sacerdotisa.
A Sacerdotisa deita o chicote e , mantendo o cabo do athame entre as palmas de suas mãos, ela baixa [o athame] e mergulha a ponta dentro do vinho, dizendo :
‘Como o athame está para o masculino, assim o cálice está para o feminino; (5) e unidos, eles trazem santidade’.
Ela então deita o athame, toma o cálice, beija o Sacerdote e bebe. Ela beija o Sacerdote novamente e lhe devolve o cálice.
O Sacerdote bebe, se levanta e entrega o cálice para uma outra mulher com um beijo. O vinho é passado mulher-para-homem, homem-para-mulher, com um beijo, até que todos tenham bebido, e o cálice é então devolvido para o altar.
O Sacerdote pega o prato (6) com bolos e se ajoelha novamente perante a Sacerdotisa, erguendo o prato para ela.
A Sacerdotisa toca cada bolo com a ponta umedecida de seu athame, enquanto o Sacerdote diz :
‘Oh Rainha mais secreta, abençoai este alimento em nossos corpos, concedendo saúde, riqueza, força, prazer e paz, e aquela realização da Vontade, e Amor sob a Vontade, que é felicidade perpétua’. (7)
A Sacerdotisa pega um bolo e dá uma mordida nele, então beija o Sacerdote, o qual pega um bolo. Os bolos então são passados em círculo com um beijo da mesma forma que com o cálice, e o prato é então devolvido ao altar.
O Sacerdote novamente beija os dois joelhos da Sacerdotisa, deita seus antebraços ao longo das coxas dela e toca sua testa nos joelhos dela por um momento.
Ambos Sacerdote e Sacerdotisa se levantam.
(Se os açoitamentos forem omitidos, proceda diretamente para a apresentação às Torres de Vigia, e então ao Sacerdote dizendo, ‘Agora eu devo revelar um grande mistério’. Se não ... )
O Sacerdote diz :
‘Antes de eu ousar prosseguir com este rito sublime, devo suplicar a purificação por tuas mãos’.
A Sacerdotisa pega uma corda vermelha e amarra o Sacerdote, atando o meio da corda ao redor dos punhos dele atrás de suas costas, trazendo as duas metades da corda por sobre seus ombros para amarra-las em frente ao seu pescoço e deixando as extremidades penduradas sobre seu peito como um laço (?). Ela então o leva uma vez ao redor do Círculo, deosil, conduzindo-o pelo laço (cable-tow _ ?).
O Sacerdote então se ajoelha em frente ao altar. A Sacerdotisa pega o chicote e aplica à ele três (8) golpes leves com este. Ela deita o chicote sobre o altar.
O Sacerdote se levanta, e a Sacerdotisa o desamarra. Ele então a amarra do mesmo modo e a conduz uma vez deosil em volta do Círculo, levando-a pelo laço (?). Ela se ajoelha de frente ao altar. O Sacerdote pega o chicote, aplica nela três golpes leves com este e o devolve ao altar.
A Sacerdotisa se levanta, e o Sacerdote a leva pelo laço por cada um dos quadrantes em volta, dizendo :
‘Ouvi vós, Poderosos do Leste [Sul, Oeste, Norte]: a duas vezes [três vezes] (9) consagrada e santificada ___________, Suma Sacerdotisa e Rainha das Feiticeiras, está devidamente preparada, e procederá agora à erguer o Altar Sagrado.’
Ele então a desamarra e diz:
‘Agora novamente eu devo suplicar a purificação.’
A Sacerdotisa o amarra, o conduz em volta e aplica nele três golpes leves com o chicote, como antes. Ele fica de pé e ela o desamarra, recolocando o chicote e a corda sobre o altar.
O Sacerdote diz :
‘Agora eu devo revelar um grande mistério.’ (10)
A Sacerdotisa fica em pé de costas para o altar, na Posição de Osíris (novamente tomando o chicote e o athame em suas mãos). O Sacerdote lhe aplica o Beijo Quíntuplo. (11)
A Sacerdotisa recoloca o chicote e o athame.
A Sacerdotisa agora deita com a face voltada para cima, ou realmente sobre o altar ou sobre o acolchoado ou esteira no centro do Círculo. Sua cabeça está voltada para o Leste e seus pés estão voltados para o Oeste.
O Sacerdote se ajoelha ao lado dela, de frente para o Norte através do corpo dela. (Na seguinte declamação, ‘[beijo]’ significa que ele a beija logo acima do pêlo púbico, exceto nos dois momentos onde isto é de outra forma descrito – isto é, os beijos nos seios e os beijos do Sigilo do Terceiro Grau.)
O Sacerdote diz :
‘Auxiliai-me à erguer o antigo altar, no qual em dias passados todos adoravam,
O Grande Altar de todas as coisas;
Pois nos tempos antigos, a Mulher era o altar.
Assim era o altar preparado e posicionado;
E o ponto sagrado era o ponto dentro do centro do círculo.
Como temos sido ensinados desde há muito tempo que o ponto dentro do centro é a origem de todas as coisas,
Desta forma nós devemos adorá-lo. [Beijo]
Portanto aquela a quem adoramos nós também invocamos, pelo poder da Lança Erguida.’
( Ele toca seu próprio falo e continua: )
‘Oh Círculo de Estrelas [beijo]
Do qual nosso pai é nada mais do que o irmão mais jovem [beijo]
Maravilha além da imaginação, alma do espaço infinito,
Perante quem o tempo está confuso e a compreensão obscurecida,
Não nos realizamos sob ti à menos que tua imagem seja amor. [beijo]
Portanto pela semente e a raiz, pelo caule e o botão, pela folha e flor e fruto,
Nós a ti invocamos,
Oh Rainha do Espaço, Oh orvalho de luz,
Contínua dos céus [beijo],
Que seja sempre assim, que os homens não falem de ti como uma, mas como nenhuma;
E que eles não falem de ti de forma alguma, uma vez que tu és contínua.
Pois tu és o ponto dento do círculo [beijo] que nós adoramos [beijo],
A fonte da vida sem a qual nós não existiríamos [beijo],
E desta forma são erguidos os Santos Pilares Gêmeos.’ (12)
(Ele beija seu seio esquerdo, e então seu seio direito.)
‘Em beleza e em força foram eles erguidos,
Para a maravilha e glória de todos os homens.’
Se o Grande Rito for ‘real’, todos exceto o Sacerdote e a Sacerdotisa agora saem do recinto, abrindo a passagem ritual e então a fechando atrás de si.
O Sacerdote continua :
‘Oh Segredo dos Segredos,
Que está oculto no sêr de todos os viventes,
Não a ti nós adoramos,
Pois aquilo que adoramos é também tu.
Tu és Aquilo, e Aquilo sou Eu. [Beijo]
Eu sou a chama que arde no coração de todo homem,
E no âmago de toda estrela.
Eu sou vida, e o doador da vida.
Ainda que dessa forma seja o conhecimento de mim o conhecimento da morte.
Eu estou só, o Senhor dentro de nós mesmos,
Cujo nome é Mistério de Mistérios.’
Ele então a beija no padrão do Sigilo do Terceiro Grau (o triângulo com a ponta para cima sobre o pentagrama com a ponta para cima) (13) como segue : acima do pêlo púbico, no pé direito, no joelho esquerdo, no joelho direito, no pé esquerdo, e sobre o pêlo púbico novamente; então sobre os lábios, o seio esquerdo, o seio direito e finalmente os lábios novamente. (Vide Figura 1).
[ . . . Desenho no livro original . . . ]
Ele deita seu corpo gentilmente sobre o dela (14) e diz :
‘Abri o caminho da inteligência entre nós;
Pois estes realmente são os Cinco Pontos do Companheirismo –
Pé à pé,
Joelho à joelho,
Lança ao Graal, (15)
Peito à peito,
Lábios à labios.
Pelo grande e santo nome Cernunnos;
Em nome de Aradia;
Encorajai nossos corações,
Que a luz se cristalize em nosso sangue;
Realizando de nós ressurreição.
Pois não existe parte alguma de nós que não seja dos Deuses.’
O Sacerdote se levanta; a Sacerdotisa permanece onde ela está. O Sacerdote se dirige à cada um dos pontos cardeais ao redor, dizendo :
‘Vós Senhores das Torres de Vigia do Leste [Sul, Oeste, Norte]; a três vezes consagrada Suma Sacerdotiza vos saúda e vos agradece.’
Versão Alternativa em Versos
A versão em versos da declamação do Sacerdote, que Doreen Valiente escreveu para o Texto C, é disponível como uma alternativa. Ele substitui a declamação desde ‘Auxiliai-me a erguer o antigo altar’ até ‘Lábios à lábios’ (ou, se preferido, a declamação inteira até ‘não dos Deuses’).
Os beijos são como na versão do Texto B, logo acima do pêlo púbico – exceto nos dois lugares indicados como ‘beijos nos seios’ e ‘beijos do Sigilo do Terceiro Grau’.
‘Auxiliai-me à erguer,
Como os Poderosos desejaram,
O Altar de Adoração
Desde o início dos dias.
Assim ele repousa
Entre (*) os pontos do firmamento, (*) ‘Twixt (Inglês arcaico, não consta no dicionário)
Pois assim ele foi colocado
Quando a Deusa abraçou
O Cornudo, seu senhor,
Que ensinou a ela a Palavra
Que avivou o útero
E conquistou a tumba.
Seja esta, como foi uma vez,
O santuário que nós adoramos, [beijo]
A festa sem falha,
O Graal doador da vida. [beijo]
Perante este se ergue
A Lança Miraculosa, [toca o próprio falo]
E invoca neste sinal
A Deusa Divina ! [beijo]
Tu que à meia noite reinas
Rainha dos reinos estelares acima,
Não nos realizamos sob ti
À menos que tua imagem seja de amor. [beijo]
Pelas flechas prateadas de poder dos raios da lua,
Pela folha verde surgindo do botão,
Pela semente que cresce em flor,
Pela vida que corre no sangue, [beijo]
Pelo vento agitado e fogo saltitante,
Pela água fluente e a terra verde,
Derramai-nos o vinho do nosso desejo
Do teu Caldeirão de Renascimento. [beijo]
Aqui possamos ver em clara visão
Teu estranho segredo desvelado finalmente,
Teus maravilhosos Pilares Gêmeos sustentados
Erguidos em beleza e em força. (16) [beijos nos seios]
Altar de múltiplos mistérios,
O ponto central do Círculo Sagrado,
Assim eu te assinalo como antigamente,
Com beijos de meus lábios consagro [beijos do Sigilo do Terceiro Grau]
Abri para mim o caminho secreto,
O portal da inteligência
Além dos portões da noite e do dia,
Além das restrições do tempo e do sentido.
Contemplai o mistério corretamente;
Os cinco pontos verdadeiros do companheirismo,
Aqui onde a Lança e o Graal se unem,
E pés e joelhos e peitos e lábios.’
IV Consagrações
As bruxas fazem uma prática de consagração de seus instrumentos de trabalho e substâncias rituais tais como água, vinho e bolos ou biscoitos. A maioria das religiões faz o mesmo, de uma forma ou outra; mas no Wicca, existem duas diferenças notáveis. Primeiro, devido à ênfase Wicca sobre a polaridade masculino-feminino, a consagração geralmente é feita por um homem e uma mulher juntos. E segundo, no Wicca o direito de consagrar não está confinado ao sacerdotado como uma classe separada, porque toda(o) bruxa(o) é considerada(o) como um sacerdote ou sacerdotisa, e isso é declarado em cada um dos três rituais de iniciação. O poder de consagrar é considerado como inerente em todo ser humano, e como sendo efetivo se for conduzido com sinceridade. De fato nós (e sem dúvida outros covens) muitas vezes encorajamos neófitos que ainda não foram iniciados, mas que tem participado de Círculos por tempo suficiente para compreender o que eles estão fazendo, à conduzir consagrações (exceto de uma espada ou athame) dentro do Círculo do coven, e não lançamos quaisquer dúvidas sobre sua eficácia.
A consagração tem dois propósitos básicos. O primeiro é psicológico; para pôr o instrumento ou substância à parte como algo especial, e portanto para mudar a atitude do usuário com relação à este - o que por sua vez reforça a confiança dele(dela), sua imaginação criativa e força de vontade para qualquer ritual em que este seja utilizado.
O segundo propósito pode ser chamado psíquico, mágico ou astral. As bruxas (e muitos outros) crêem que todo objeto material possui ‘corpos’ nos outros níveis; e que, assim como o próprio objeto material pode ser alterado, decorado, grafado, umedecido, seco, cozido, congelado, aplicar neste uma carga elétrica estática ou outra coisa que voce faça – tudo sem roubá-lo de sua identidade, algumas vezes até mesmo realçando-a – também (por exemplo) o seu ‘corpo’ astral pode ser alterado, carregado, tornado inócuo ou ativamente benéfico, e assim por diante, por meio de ação humana, seja deliberada ou involuntária. A ação deliberada desse tipo inclui consagração, exorcismo, a manufatura de talismãs, e muitos outros passos – mesmo o amor ou ressentimento conscientes com o qual um presente é ofertado. A ação involuntária inclui um longo uso (ou curto porém intensivo) por uma pessoa em particular, o envolvimento do objeto em alguma situação emocionalmente carregada – ou novamente o amor espontâneo ou o ressentimento subconsciente que podem acompanhar um presente. Todos estes afetam o astral invisível mas muitas vezes muito poderoso ou mesmo a carga espiritual carregada por um objeto material.
Não é sempre fácil separar estes dois efeitos – o psicológico e o astral – em compartimentos à prova d’água; deveras, eles se sobrepõe bastante, e algumas pessoas colocariam mais ênfase em um do que no outro, ou mesmo negariam o efeito [afirmando que] nada mais é do que psicológico. Por fim, se uma onda de confiança vêm de um católico segurando um rosário, um judeu tocando uma mezuzah, ou um peregrino em Meca circundando e beijando a Ka’ba – ou se um fazendeiro irlandês tem má sorte quando ele encontra um piseog (1) em sua propriedade – quem pode dizer em que extensão o efeito é psicológico, e o quanto dele é devido à carga não-material que fora introduzida no, ou acumulada pelo, objeto físico ?
Seja como for, uma forte confirmação da realidade da carga não-material é dada pela muitas vezes assustadora eficácia com a qual um experiente psicometrista pode contar a história e as associações emocionais de um objeto simplesmente segurando-o e se concentrando sobre o mesmo.
Muitas bruxas e ocultistas admitirão, se forem honestos, que eles começaram apenas estando realmente certos da eficácia psicológica da consagração, porém que a experiência os convenceu sobre a realidade do efeito carga psíquica, que naturalmente também fica mais forte enquanto o objeto consagrado continua dentro de uso ritual. (2)
Existem três formas de consagração ritual no Livro das Sombras: para água e sal, para uma espada ou athame, e para outros instrumentos. Todas elas se originam de A Clavícula Maior de Salomão, primeiramente publicada em inglês por Macgregor Mathers em 1888 (vide Bibliografia sob Mathers) que a traduziu de manuscritos medievais no Museu Britânico. No Texto A (e no Capítulo X de Auxílio à Alta Magia) as séries de Nomes de Poder hebraicos, gregos ou latinos foram mantidas como elas aparecem em A Clavícula de Salomão; mas no Texto B estas foram substituídas, em dois dos três rituais, pelos nomes Aradia e Cernunnos. No Texto C ocorre o mesmo como no Texto B.
Doreen Valiente nos conta: ‘Isso mostra como a mente do velho Gerald estava funcionando, como ele gradualmente modificou os rituais e encantamentos da Chave de Salomão hebaica para uma forma mais simples e mais pagã. Este importante trabalho mágico tornou-se disponível em geral primeiramente em 1888, então ele ficou circulando por um pouco de tempo entre estudantes do oculto. Contudo, Gerald também me contou que quando os judeus foram forçados à entrar na clandestinidade na Bretanha na Idade Média, alguns deles foram socorridos e protegidos pelas bruxas, que os consideraram como parceiros de infortúnio e companheiros refugiados de uma Igreja Cristã perseguidora. Consequentemente, houve uma certa quantidade de conhecimento Cabalístico (3) que encontrou seu caminho nas mãos das bruxas, que estimavam os judeus como poderosos magos cerimoniais. Ocultistas que não eram bruxos tinham a mesma opinião, e queriam estudar o conhecimento secreto de Israel; mas eles tinham que ser cautelosos, então eles fingiam estar estudando Hebraico de forma à converter os judeus ao cristianismo, e estar estudando a Cabala com o mesmo fim piedoso em vista. Como voces sabem, uma grande quantidade do conhecimento Cabalístico hebreu encontrou seu caminho na Tradição Ocidental; tanto que Dion Fortune (A Cabala Mágica, pág.21) diz que o Hebreu é a língua sagrada do Ocidente como o Sânscrito é a do Oriente. Auxílio à Alta Magia de fato retrata um relacionamento operativo entre um mago Cabalista e um bruxo, e como agora sabemos, (4) este livro foi publicado no tempo de vida da Velha Dorothy; portanto eu acho que ela e Gerald provavelmente usaram a escrita da Clavícula de Salomão para estes rituais de consagração, que ele mais tarde reduziu e simplificou. Mas eu desejaria que nós soubéssemos o que as bruxas mais antigas usaram!’
Nós também; e pode muito bem ser que estas formas antigas, ou variações delas, tem sido preservadas por outros covens hereditários. Pois está na hora de os críticos de Gardner que gostam de sustentar que ele ‘inventou’ seu sistema encararem o fato que os antigos rituais da Arte tem sobrevivido aos poucos e irregularmente; e que enquanto eles podem possuir genuinamente alguns deles, assim indubitavelmente fez o coven de New Forest – e não necessariamente os mesmos elementos. E que eles ou seus ancestrais, como o coven de New Forest, têm sem dúvida preenchido as lacunas com material de outras fontes ocultistas, ou de sua própria criação. Este foi um processo perfeitamente legítimo – deveras um processo necessário se a Arte tivesse que sobreviver, especialmente durante os anos fragmentados e secretos. A questão é isso funciona? – e o sistema Gardneriano, tanto quanto muitos outros, indubitavelmente funciona. Dado o espírito e a compreensão da Antiga Religião, as formas são secundárias. As antigas formas tem que ser validadas, naturalmente, porque elas representam nossas raízes e sabedoria sagrada as quais todos nós estamos nos esforçando para redescobrir. Se nós pudermos abandonar o sectarismo, e bruxas de muitas tradições puderem se unir sem preconceito, a pesquisa e associação honestas de evidências poderiam nos oferecer um panorama geral mais claro sobre o que eram realmente as antigas formas. Até então, todos nós podemos estar sentados sobre diferentes peças de um jogo de quebra-cabeça mais importante.
Nós apresentamos abaixo a versão dos Textos B/C dos três rituais de consagração, mais uma forma baseada em elemento a qual nós mesmos utilizamos para outros objetos tais como jóias pessoais. Todos estes rituais devem naturalmente ser realizados dentro de um Círculo Mágico. Mesmo se a água e o sal estiverem sendo consagrados para um propósito simples tal como o ritual das Aberturas do Corpo (vide pág.85), voces devem ao menos lançar um Círculo mental ao redor de si mesmo antes de começarem.
Um outro ponto. No banimento do Círculo, um bruxo não deve se unir aos outros ao fazer os Pentagramas de Banimento, mas deve carregar quaisquer objetos que tenham sido consagrados durante o Círculo, e mover-se ao redor para estar atrás do coven enquanto eles ficam de frente para cada um dos pontos cardeais. Fazer um Pentagrama de Banimento na direção de um objeto recém consagrado poderia ter um efeito neutralizante.
Consagrando a Água e o Sal
Nosso próprio costume é que a Suma Sacerdotisa consagre a água, e o Sumo Sacerdote o sal; a Suma Sacerdotisa então ergue o vasilhame com a água enquanto o Sumo Sacerdote lança o sal dentro desta. Mas tudo isso naturalmente pode ser feito por uma pessoa.
A versão dos Textos B/C fornecida aqui é uma forma reduzida daquela fornecida em A Chave de Salomão, págs.93-4 (vide também Auxílio à Alta Magia, págs.144-5). A lista de nomes hebraicos e outros Nomes de Poder foi também reduzida – com a água de trinta e dois para cinco, e com o sal de dezenove para seis. Como será observado, nos outros dois rituais de consagração, Gardner eliminou o hebraico e outros nomes completamente e substituiu aqueles de Aradia e Cernunnos (como nós mesmos fizemos), e ficamos um pouco confusos devido ao fato de que ele não fez o mesmo aqui.
O Ritual
Coloque o recipiente com água sobre o pantáculo, mantenha a ponta de seu athame mergulhada na água, e diga :
‘Eu te exorciso, Oh Criatura da Água, que tu lances fora de ti todas as impurezas e máculas dos espíritos do mundo dos fantasmas. Mertalia, Musalia, Dophalia, Onemalia, Zitanseia.’
Remova o recipiente do pantáculo, substitua com o recipiente de sal, mantenha a ponta de seu athame [introduzida] no sal, e diga:
‘Que as bênçãos recaiam sobre esta Criatura do As; que toda malevolência e obstáculo seja lançados fora daqui, e que todo o bem aqui penetre. Por esta razão eu abençôo a ti e invoco a ti, que tu possas me auxiliar.
Trocando os recipientes novamente e derramando o sal dentro da água, diga:
‘Yamenton, Yaron, Tatonon, Zarmesiton, Tileion, Tixmion. Porém recordai sempre, a água purifica o corpo, mas o chicote purifica a alma.’
Consagrando uma Espada ou Athame
O Livro das Sombras diz que esta consagração deveria se possível ser feita por um homem e uma mulher, ‘ambos tão nus quanto espadas desembainhadas’. Se uma bruxa solitária não tem outra escolha à não ser faze-lo a sós, o abraço final poderia talvez ser substituído por erguer a espada ou athame recém consagrados por um momento em silêncio oferecendo ao Deus e à Deusa, visualizados como estando além do altar.
Se possível, a arma deve ser consagrada em contato com uma espada ou athame já consagrados – como coloca o Auxílio à Alta Magia (págs.159-60), ‘para comunicar poder intensificado’.
As palavras reais podem ser pronunciadas por qualquer um do casal que seja o dono da arma à ser consagrada. Se, no caso da espada, ela pertencer à ambos ou ao coven, qualquer um destes pode dizer as palavras, ou ambos juntos. Quando for oportuno, ‘Eu’, ‘mim’, ‘meu’ são substituídos por ‘nós’, ‘nosso’; ou se a arma estiver sendo consagrada para outro alguém, pelo nome da pessoa e por ‘ele’ ou ‘ela’, etc.
As palavras originais deste ritual, como utilizadas no Texto A, podem ser encontradas nas páginas 101 e 118 da Chave de Salomão, e na página 160 de Auxílio à Alta Magia.
Nós apresentamos abaixo a versão dos Textos B/C, um pouco acrescida para tornar os movimentos mais claros. Após o próprio ritual, nós apresentamos literalmente a passagem de explanação de como seguem as palavras faladas nos Textos B/C. É interessante notar que nesse texto, ‘Bruxa’ [‘Witch’] significa a mulher bruxa e ‘Magus’ o homem bruxo.
O Ritual
Deite a espada ou athame sobre o pantáculo, de preferência junto com, e tocando, outra arma já consagrada. O homem as asperge com a mistura de água e sal. A mulher então pega a arma a ser consagrada, passa a mesma pela fumaça do incenso, e a recoloca sobre o pantáculo. Homem e mulher deitam suas mãos direitas sobre ela e pressionam para baixo. Diz(em):
‘Eu te conjuro, Oh Espada [Athame], por esses Nomes, Abrahach, Abrach, Abracadabra, que tu me sirvas para força e defesa em todas as operações mágicas contra todos os meus inimigos, visíveis e invisíveis. Eu te conjuro novamente pelo Santo Nome Aradia e pelo Santo Nome Cernunnos; Eu te conjuro, Oh Espada [Athame], que tu me sirvas para proteção em todas as adversidades; assim ajude-me agora.’
(Esta é chamada a Primeira Conjuração.)
Mais uma vez, o homem bruxo asperge e a mulher bruxa incensa, e a arma é retornada ao pantáculo. Diga:
‘Eu te conjuro, Oh Espada [Athame] de Aço, pelos Grandes Deuses e Gentis Deusas, pela virtude dos céus, das estrelas e dos espíritos que presidem sobre estas, que tu possas receber tal virtude que eu possa obter o resultado que desejo em todas as coisas nas quais eu te usar, pelo poder de Aradia e Cernunnos.’
(Esta é chamada a Segunda Conjuração.)
Aquele que não é o proprietário então aplica o Beijo Quíntuplo ao dono. (Se eles a possuem em conjunto, ou se eles a estão consagrando para outro alguém, o homem aplica o Beijo Quíntuplo à mulher.) Para o beijo final na boca, eles pegam a espada ou athame e se abraçam com esta entre seus peitos com a superfície plana ao longo do peito, mantida fixa pela pressão entre seus corpos. Após o beijo, eles se separam (tomando o cuidado de segurar a espada ou athame pelo cabo antes de cessar a pressão sobre esta, pois se cair ela pode ser dolorosa tanto quanto ofuscar sua dignidade).
O dono, ou donos, da arma recém consagrada deve então imediatamente usá-la para reestabelecer o Círculo, mas sem palavras.
No texto B/C, o seguinte parágrafo explanatório é dado após o ritual :
‘Se possível, deite a espada junto à uma espada ou athame já consagrados. Ela deve, se possível, ser consagrada por uma mulher e um homem, sendo ambos iniciados, e ambos tão nus quanto espadas desembainhadas. Durante a consagração, pressione fortemente a espada com a espada ou athame já consagrados. Se possível, compartilhem Vinho e Bolos primeiro, então o Magus deve aspergir com a água, a Bruxa deve incensar na primeira Conjuração, então aspergir e incensar novamente e conjurar novamente com a segunda Conjuração. Se espada e athame reais estiverem disponíveis, uma espada e athame podem ser consagados ao mesmo tempo em cujo caso o Magus deve pressionar espada sobre espada e a Bruxa [pressiona] athame sobre athame, e a nova espada e athame devem se tocar. De qualquer forma, quando terminado a arma deve ser entregue ao novo dono com a Quíntupla Saudação, e deve ser pressionada contra o corpo por um tempo para obter a aura; e ela deve estar em contato próximo o tanto quanto possível ao corpo nu por pelo menos um mês, isto é, mantida sob o travesseiro, etc. Não permita à ninguém tocar ou manusear quaisquer de suas armas até que estejam completamente impregnadas com sua aura; digamos, seis meses ou o mais próximo possível. Mas um casal trabalhando junto pode possuir as mesmas armas (tooks_?), que serão impregnadas com a aura de ambos.’
Consagrando Outros Instrumentos de Trabalho
Esta forma é usada para qualquer instrumento ritual exceto uma espada ou athame. As palavras originais, tal como usadas no Texto A, podem ser encontradas na página 102 de A Clavívula de Salomãoe na página 155 de Auxílio à Alta Magia. Novamente, no Texto B/C os nomes de Aradia e Cernunnos foram substituídos.
Aqui, também, nós damos a versão do Texto, ligeiramente ampliada para tornar os movimentos claros, seguido textualmente pelo parágrafo explanatório do Texto.
Nesse parágrafo, uma vez mais as palavras ‘Bruxa’ e ‘Magus’ são usadas – mas aqui, nós achamos, elas não significam ‘mulher’ e ‘homem’. Nós fomos informados que a Bruxa pode sair ou re-entrar no Círculo livremente e seguramente, mas que é perigoso para o Magus fazê-lo – o que seria estranho se fosse uma discriminação sexual ! Nessa afirmação em particular, ‘Bruxa’ claramente significa o operador Wicca (homem ou mulher), e ‘Magus’ significa o magista cerimonial (homem ou mulher), e o que o Texto está fazendo é acentuar a diferença entre ‘Magia da Arte’ – isto é, o Círculo do magista cerimonial (que é puramente protetor, contra espíritos sendo reunidos fora dele) – e o Círculo das bruxas (que serve a priori para conter e ampliar o poder que está sendo criado dentro dele, e apenas secundariamente protetor). Nós discutimos esta diferença mais completamente na página 83. Tal mudança no significado das palavras entre passagens relativas não seria surpreendente; como Doreen comenta, ‘esta parte do livro de Gerald é muito difícil de elucidar ! Ele tinha o hábito encantador de copiar metade de algo para uma página e então copiar a outra metade em uma outra página misturado com uma outra coisa – embora isso possa ter sido deliberado no caso de acontecer de o livro cair nas mãos de uma pessoa não iniciada, a qual simplesmente não seria capaz de compreendê-lo.
O Ritual
Homem e mulher colocam o instrumento sobre o pantáculo, e pousam suas mãos direitas sobre este. Diga :
‘Aradia e Cernunnos, dignai-vos a abençoar e consagrar esta Faca de Cabo Branco [ou qualquer outro instrumento] para que ela possa obter a virtude necessária por meio de vós para todos os atos de amor e beleza.’
O homem asperge o instrumento com a mistura de sal e água, e a mulher a passa através da fumaça do incenso e a recoloca sobre o pantáculo. Diga :
‘Aradia e Cernunnos, abençoai este instrumento preparado em vossa honra.’ No caso do Chicote ou as Cordas, adicione, ‘... que este(a) possa servir para um bom uso e uma boa finalidade e para a vossa glória.’
Mais uma vez, o homem asperge e a mulher incensa.
Aquele que não é o dono então aplica o Beijo Quíntuplo no dono. (Caso eles sejam donos em conjunto, ou caso estejam consagrando para outra pessoa, o homem aplica o Beijo Quíntuplo na mulher.) Para o beijo final na boca, eles pegam o instrumento e se abraçam com o mesmo entre seus peitos, seguro ali pela pressão entre seus corpos. Após o beijo, eles se separam (de novo, cuidadosamente segurando o instrumento para não deixá-lo cair).
O dono, ou donos, do instrumento recém consagrado deve então usá-lo imediatamente, na forma sugerida pelo parágrafo explanatório no Texto B/C que segue:
‘ Todas estas armas devem ser apresentadas ao novo dono com Saudação. Se for uma Rainha das Bruxas : [no livro aparece um triângulo invertido] [tal como na iniciação do primeiro grau – vide página 19]. Termine a cerimônia com a Saudação Quíntupla. O novo dono deve usar imediatamente os novos instrumentos, isto é, formar o Círculo com a Espada, então o Athame, gravar alguma coisa com a Faca de Cabo Branco, exibir o Pantáculo aos Quatro Quadrantes, mover a Vara para os Quatro Quadrantes, incensar aos Quatro Quadrantes, usar as Cordas e o Chicote; e deve continuar a usar todas elas em um Círculo tão frequentemente quanto possível, por algum tempo. Para demarcar um novo Círculo, espete a espada ou o athame no chão, faça um laço na corda, e passe em volta; então, usando a corda, marque o um círculo, e depois demarque-o com a ponta da espada ou athame. Sempre renove o Círculo com espada ou athame quando estiver prestes à usá-lo, mas tenha-o marcado de forma que voce sempre o trace de novo no mesmo lugar. Lembre-se que o Círculo
é uma proteção, uma guarda contra más influências, e para evitar que o poder gerado se disperse, mas a Bruxa, não sendo o mal, pode entrar e sair livremente. Mas na Arte Mágica, ela é uma barreira contra forças criadas, e uma vez estando dentro o Magus não pode sair sem um grande perigo. Se qualquer grande perigo se manifestar é aconselhável tomar refúgio no Círculo; mas normalmente a espada ou athame em mãos é uma proteção perfeita. Aqueles que constroem estas armas devem ser purificados, limpos e devidamente preparados. Quando não estiverem em uso, todos os instrumentos e armas devem ser guardados à parte em um local secreto; e é bom que este seja próximo ao seu lugar de dormir, e que voce os manipule à cada noite antes de ir para cama.’
Consagrando Jóias Pessoais, Etc.
O Livro das Sombras não oferece ritual algum para isto. Nós descobrimos que um modo satisfatório é fazê-lo em termos dos quatro elementos – novamente nos nomes de Cernunnos e Aradia. Nós incluimos nosso ritual aqui para o caso de outros bruxos o considerarem útil.
Incidentalmente, seria dificilmente necessário destacar que os covens devem usar quaisquer nomes de Deus e Deusa os quais eles tenham o hábito de usar (neste e em outros rituais). Nós usamos os nomes Cernunnos e Aradia ao longo desta Seção porque estes são os que o Livro das Sombras fornece, e os quais nós mesmos utilizamos normalmente. Mas ‘todos os Deuses são um Deus, e todas as Deusas são uma Deusa’; e os nomes que se venham a usar são uma questão de escolha. Eles também podem ser variados para a ocasião. Por exemplo, nós poderíamos consagrar um broche celta pelos nomes de Lugh e Dana, uma coleira de cachorro pelos nomes de Pan e Diana, ou um anel de noivado pelos nomes de Eros e Afrodite. Adequar os nomes do Deus e da Deusa à natureza de um rito ajuda à enfatizar seu propósito.
Um livro valioso e enciclopédico sobre os significados dos nomes das Deusas é Juno Covella, Calendário Perpétuo da Fraternidade de Ísis, de Lawrence Durdin-Robertson.
O Ritual
Homem e mulher posicionam o objeto sobre o pantáculo, e pousam suas mãos direitas sobre o mesmo. Digam:
‘Nós te consagramos no elemento da Terra.’
Eles aspergem o objeto com a mistura de sal e água, dizendo :
‘Nós te consagramos no elemento da Água.’
Eles passam o objeto através da fumaça do incenso, dizendo :
Nós te consagramos no elemento do Ar.’
Eles passam o objeto por sobre a chama da vela (bem acima, se for algo que a chama possa danificar), dizendo :
‘Nós te consagramos no elemento do Fogo, pelos nomes de Cernunnos e Aradia.’
Eles então se abraçam e se beijam com o objeto entre seus peitos, do mesmo modo que para os instrumentos rituais.
Finalmente, se o objeto for algo que se possa usar imediatamente (obviamente não é possível por exemplo se for um broche e o dono estiver vestido de céu!), aquele que não for o dono coloca-o ao redor do pescoço, pulso, dedo ou outra parte do dono.
V O Restante do Livro das Sombras
Nós até agora apresentamos, neste livro e em Oito Sabás para Feiticeiras, as partes ritualísticas do Livro das Sombras de Gerald Gardner (Texto B), e da versão definitiva tal como compilado por Gardner e Doreen Valiente juntos (Texto C). Sempre que possível, e grandemente auxiliados pelo conhecimento de Doreen, nós apresentamos as fontes deste material.
Mas há também muito material não-ritualístico no Livro das Sombras; e alguns destes tem sofrido o mesmo destino que os rituais de serem mal citados, distorcidos e plagiados. Como os rituais, seus dias de ‘segredo’ pertencem à um passado distante, quer se lamente o fato ou não. Assim nós concordamos com Doreen que se chegou à um ponto onde, pelos interesses da Arte e para exatidão histórica, os textos autênticos dessas passagens não-ritualísticas também deveriam ser publicadas.
O trabalho que Doreen prestou à Garner em revisar o Texto B foi confinado aos rituais; na extensão em que se diga respeito às passagens não-rituais, os Textos B e C são idênticos.
Doreen nos conta : ‘Estas passagens não aparecem no Texto A, o livro mais antigo; mas vocês notarão um ponto curioso na passagem entitulada Das Chamadas, indicando que Gerald deveria tê-la copiado do livro de um outro alguém. Da velha Dorothy? Não sei. Minha impressão é que as pessoas copiaram dos livros uns dos outros o que mais apelava à elas e o que consideravam importante, adicionando textos pessoais de tempos em tempos (encantamentos, receitas, e assim por diante) de forma que na prática não existiriam dois Livros das Sombras que fossem exatamente os mesmos. Também, naquele tempo em que os livros de ocultismo não eram nada fáceis de se conseguir tal como o são hoje, eles copiaram passagens dos livros impressos os quais lhes foram emprestados, sobre assuntos que os interessavam. O velho Gerald faz isso extensivamente em seu livro antigo, com relação aos Cavaleiros Templários, a Kabala e assim por diante, intercalados com seus poemas favoritos.’
É portanto quase sempre impossível identificar as fontes no tocante ao que se refere à estas passagens. Como diz Doreen, elas são claramente de ‘importância e época variadas’. A evidência da diferença em época está na variedade dos estilos de prosa; algumas passagens parecem genuinamente antigas, algumas comparativamente modernas (ou intercalada com modernismos), enquanto algumas são francamente pseudo arcaicas.
Para esclarecer, nós apresentamos os textos do Livro das Sombras em tipo itálico, e quaisquer comentários (nossos ou de Doreen) em tipo romanizado. O título de cada passagem está tal como aparece no Texto B.
Prefácio ao Livro das Sombras
‘Mantenha um livro escrito por sua própria mão. Deixe os irmãos e irmãs copiar o que quiserem; mas nunca deixe o livro fora de suas mãos e nunca mantenha os escritos de outrem, pois caso descoberto na escrita deles eles podem muito bem serem capturados e torturados. Cada um guardará seus próprios escritos e os destruirá sempre que houver ameaça de perigo. Aprenda tanto quanto voce possa por memorização, e quando o perigo passar reescreva seu livro se for seguro. Por esta razão, caso qualquer um morra, destrua seu livro se ele não tiver sido capaz de fazê-lo, pois caso seja encontrado isto é prova clara contra ele, e “Voce não pode ser um bruxo sózinho”, desse modo todos os seus amigos estarão sob perigo de tortura. Portanto destrua tudo o que não for necessário. Se o seu livro for encontrado consigo esta será uma prova clara contra voce sózinho e voce poderá ser torturado. Mantenha todos os pensamentos sobre o culto fora de sua mente; diga que voce teve sonhos ruins, um demônio lhe fez escrever isto sem o seu conhecimento. Pense consigo mesmo, “Eu não sei nada. Eu não me lembro de nada. Eu esqueci tudo.” Transporte isso para sua mente. Se a tortura for muito grande para suportar, diga, “Eu confessarei, eu não consigo suportar este tormento. O que voces querem que eu diga? Conte-me e eu o direi.” Se eles tentarem fazê-lo falar de impossibilidades, tais como voar pelo ar, relacionar-se com o Demônio e sacrificar crianças e comer carne humana, para obter atenuação da tortura diga, “Eu tive um sonho mau, eu não estava em mim, eu estava enlouquecido.”
‘Nem todos os magistrado são maus. Se houver uma desculpa eles podem mostrar piedade. Se voce tiver confessado algo, negue-o mais tarde; diga que voce falou demais sob tortura, voce não sabia o que fez ou falou. Se voce for condenado, não tema; a Irmandade é poderosa. Eles podem lhe ajudar à escapar se voce se mantiver imperturbável. SE VOCE TRAIR ALGUÉM [?] NÃO HAVERÁ ESPERANÇA PARA VOCE NESTA VIDA OU NAQUELA QUE ESTÁ PARA VIR. Isto é certo, caso continue firme voce irá para a pira, drogas o ajudarão; elas chegarão até voce e voce não sentirá nada. E se voce for para nada mais do que a morte, o que repousa além? O extase da Deusa.
‘O mesmo com respeito aos Instrumentos de Trabalho; que estes sejam como coisas comuns que qualquer um pode ter em sua casa. Que os pantáculos sejam de cera de forma que possam ser derretidos ou quebrados de uma vez. Não tenha espadas à menos que sua posição social lhe permita possuir uma, e não mantenha nomes nem sinais sobre nada. Escreva os nomes e sinais com tinta antes de consagrá-los e remova-os imediatamente após. Nunca se vanglorie, nunca ameace, nunca diga que voce desejaria o mal à alguém. Caso voce fale a respeito da Arte, diga, “Não me fale sobre tal coisa, isso me assusta, é de má sorte falar sobre isso”.
Comentário de Doreen: ‘Eu considero isto como sendo de autenticidade duvidosa, porque isto fala de ir “para a pira”, enquanto que na Inglaterra após a Reforma as bruxas não “iam para a pira” à não ser que elas tenham sido julgadas culpadas de assassinar seus esposos, o que era considerado como traição insignificante. A punição para as bruxas na Inglaterra era o enforcamento; era apenas na Escócia que elas eram queimadas na estaca. Muitos escritores sobre feitiçaria escorregam neste detalhe. Assim este “Prefácio” ou teria que ser pré Reforma, o que eu duvido muito, especialmente com sua referência aos magistrados, ou escocês, o que eu não vejo razão para pensar que o seja.’
Nós, também, temos sempre suspeitado do Prefácio. Na época em que a tortura era utilizada, a maioria das bruxas comuns seriam iletradas, e certamente não seria uma regra ‘manter um livro escrito por sua própria mão’; e mesmo se todas elas tivessem sido letradas, aprender a Arte ainda teria sido um processo de boca a boca por razões de segurança. Se tais livros tivessem sido mantidos, durante os dois ou mais séculos de perseguição algum teria inevitávelmente sido capturado pelas autoridades e considerado importante, e para nosso conhecimento isso nunca aconteceu – o que sugere fortemente que não houve nenhum.
As instruções sobre como se comportar caso seja capturado, e sobre os instrumentos de trabalho, soam muito mais verdadeiras. Nos parece que o Prefácio é um comprometimento posterior (talvez do século dezenove) em papel de uma mistura de tradições e costumes repassadas verbalmente e práticas contemporâneas. O estilo de prosa, que tem o sabor do pseudo-arcaísmo que os Vitorianos adoravam e consideravam como ‘literário’, apóia em muito este ponto de vista. E ‘ir para a pira’ seria uma confusão com o destino de outros mártires, compreensível em um tempo quando o conhecimento histórico da maioria das pessoas era elementar e altamente colorido.
Os Modos de Fazer Magia
‘Se diz que o sinal ( vide livro ) sobre o Athame é para representar, entre outras coisas, todos os Oito Caminhos que levam ao Centro e os Oito Modos de Fazer Magia, e estes são :
‘1. Meditação ou concentração.
‘2. Cânticos, Encantamentos, Invocações, Invocar a Deusa, etc.
‘3. Projeção do Corpo Astral, ou Transe.
‘4. Incenso, Drogas, Vinho,etc. Qualquer poção que auxilie a liberar o Espírito.
‘5. Dança.
‘6. Controle do sangue. Uso das Cordas.
‘7. O Chicote.
‘8. O Grande Rito.
‘Voce pode combinar muitos destes modos para produzir mais poder.
‘Para praticar a Arte com sucesso, voce necessita das cinco coisas seguintes :
‘1. Intenção. Voce deve ter a vontade absoluta para ser bem sucedido, a crença firme que voce pode consegui-lo e a deterninação de vencer avançando através de todos os obstáculos.
‘2. Preparação. Voce precisa estar devidamente preparado.
‘3. Invocação. Os Poderosos devem ser invocados.
‘4. Consagração. O Círculo deve estar corretamente lançado e consagrado e voce deve possuir instrumentos devidamente consagrados.
‘5. Purificação. Voce deve estar purificado.
‘Eis aqui as 5 coisas necessárias antes que voce possa começar, e então 8 Caminhos ou Modos conduzindo ao Centro. Por exemplo, voce pode combinar 4, 5,6,7 e 8 juntos em um rito; ou 4,6, e 7 junto com 1 e 2, ou talvez com 3. Quanto mais modos voce puder combinar, mais poder voce produzirá.
‘Não é satisfatório fazer oferenda de menos de duas chicotadas à Deusa, pois aqui existe um mistério. Os números afortunados são 3,7,9 e três vezes 7 que resulta 21. E esses números totalizam contagem de dois (?), assim um número menos perfeito ou afortunado não seria uma prece perfeita. Também que a Quíntupla Saudação seja 5, embora sejam 8 beijos; pois existem dois pés, 2 joelhos e 2 seios. E 5 vezes 8 seja contagem de dois (?). Também existem 8 Instrumentos de Trabalho e que o Pantáculo seja 5; e cinco oitos são contagem de dois.
‘(Nota: 8 mais 5 igual a 13. 8 multiplicado por 5 igual a 40.)’
Não resta dúvida que desde tempos imemoriais ambos drogas e chicote tem sido usados (embora sob condições cuidadosamente controladas, e com conhecimento) para ‘liberar o Espírito’- isto é, para expandir a consciência. Nas atuais circunstâncias, nós somos completamente contrários ao uso de drogas na Arte, de qualquer forma; pois nossos argumentos sobre isso, vide págs. 139-40. Sobre o uso controlado do chicote, existem opiniões divididas. Para nós próprios, nós o usamos apenas simbólicamente; mas aquilo é uma opção pessoal. O açoitamento é tratado por completo na passagem Para Obter a Visão, nas páginas 58-9 abaixo, e nós adicionamos a estas os comentários de Doreen sobre seu uso construtivo.
O parágrafo sobre ‘números afortunados’ é interessante e vale a pena estudar. Assim o fato é que ele está em um estilo de prosa um tanto diferente, e aparentemente mais antigo, do que os parágrafos precedentes.
Poder
‘O poder está latente no corpo e pode ser exteriorizado e utilizado em vários modos pelos mais experientes. Porém à menos que esteja confinado em um círculo este será rápidamente dissipado. Eis aqui a importância de um círculo adequadamente construído. O poder parece transpirar do corpo através da pele e possívelmente pelos orifícios do corpo; eis aonde voce deve estar devidamente preparado. A menor sujeira estraga tudo, o que demonstra a importância da limpeza completa.
‘A atitude da mente exerce grande efeito, sendo assim opera apenas com um espírito de reverência. Um pouco de vinho tomado e repetido durante a cerimônia, se necessário, auxilia à gerar poder. Outras bebidas fortes ou drogas podem ser usadas, mas é necessário ser muito moderado, pois se voce estiver confuso, mesmo levemente, voce não poderá controlar o poder que voce evoca.
‘O modo mais simples é através da dança e o canto de cânticos monótonos, devagar a princípio e acelerando gradualmente o compasso até que resulte vertigem. Então as chamadas podem ser usadas, ou até mesmo gritos agudos impensados e sem significado produzem poder. Contudo este método inflama a mente e torna difícil controlar o poder, embora o controle possa ser obtido através da prática. O chicote é um modo muito melhor, pois ele estimula e excita a ambos corpo e alma, e ainda assim a pessoa retém o controle fácilmente.
‘O Grande Rito é de longe o melhor. Ele libera um enorme poder, entretanto as condições e circunstâncias dificultam a mente em manter o controle a princípio. Novamente é uma questão de prática e de força de vontade natural do operador e em um menor grau daquela de seus assistentes. Se, como desde os tempos antigos, houvesem muitos assistentes treinados presentes e vontades adequadamente sintonizadas, ocorreriam milagres.
‘Feiticeiros utilizavam principalmente o sacrifício de sangue; e embora nós consideremos a isto como sendo mal nós não podemos negar que este método é muito eficiente. O poder lampeja do sangue recém derramado, ao invés de transpirar lentamente como pelo nosso método. O terror e a angústia da vítima adiciona intensidade e mesmo um pequeno animal pode gerar grande poder. A grande dificuldade está na mente humana em controlar o poder da mente do animal menor. Mas os feiticeiros argumentam que eles tem métodos para efetuar isto e que a dificuldade desaparece quanto maior for o animal usado e quando a vítima é humana ela desaparece completamente. (A prática é uma abominação mas ela é assim),
‘ Os Sacerdotes sabem isto bem; e através de seus auto-da-fés, com a dor e terror da vítima (os fogos agindo muito da mesma forma que círculos), obtinham enorme poder.
‘Desde há tempos os Flagelantes certamente evocaram poder, porém ao não estarem confinado à um círculo a maior parte era perdida. A quantia de poder gerado era tão grande e contínua que qualquer um com conhecimento poderia direcioná-lo e usá-lo; e é muito provável que os sacrifícios clássicos e pagãos eram usados do mesmo modo. Existem rumores de que quando a vítima humana era um sacrifício voluntário, com sua mente direcionada para a Grande Obra e com assistentes altamente experientes, aconteciam maravilhas – mas sobre isto eu não falaria.’
Esta passagem tem todas as características de uma fala ditada, ou de um ensaio individual anotado. (Velha Dorothy de novo?) O ‘eu’ na última sentença isolada indica isso. Tudo está em moderna fraseologia (século dezenove ou início do século vinte, nós diríamos), e isso nos ocorre como o trabalho de um cérebro perspicaz. Ele começa com conselhos úteis e práticos sobre os métodos Wicca de gerar poder, e prossegue para uma análise sagaz sobre a ‘abominação’ dos sacrifícios de sangue dos feiticeiros e as fogueiras da Inquisição, e do desperdício dos métodos dos Flagelantes Cristãos.
Os comentos sobre o Grande Rito, com seu ‘operador’ (masculino) e ‘assistentes treinados’, parecem mais em sintonia com a antiga magia sexual em público (tal como aquela realizada por um Sumo Sacerdote com uma virgem do templo escolhida no Festival anual de Opet em Tebas no Antigo Egito) do que com a prática atual. A moderna magia sexual pede por uma polaridade masculino/feminino equilibrada e é conduzida pelo casal em privacidade, vide páginas 170-2, na Seção XV, ‘Feitiçaria e Sexo’. Tal privacidade também foi observada no coven de Gardner, nos conta Doreen.
As observações sobre os efeitos de contenção e amplificação do Círculo Mágico enfatizam a idéia que fizemos sobre isto na página 46. A sugestão de que o fogo de um auto-da-fé tinha esse mesmo efeito de contenção é interessante.
Devidamente Preparado
‘Despido, mas sandálias (não sapatos) podem ser calçadas. Para a iniciação, amarre as mãos atrás das costas, puxadas para a parte baixa das costas e a amarração termina na frente da garganta, deixando um laço para se conduzir, pendurado à frente. (Os braços portanto formam um triângulo nas costas). Quando o iniciado estiver ajoelhado no altar, o laço é amarrado à um sino no altar. Uma corda curta é amarrada como uma liga ao redor da perna esquerda do iniciado acima do joelho, com as pontas dobradas para dentro como para ficar fora do caminho enquanto se movimenta. Estas cordas são usadas para amarrar os pés juntos enquanto o iniciado está se ajoelhando no altare devem ser longas o suficiente para fazer isto firmemente. Os joelhos devem também ser firmemente atados. Isto deve ser feito cuidadosamente. Se o aspirante se queixar de dor as amarras devem ser levemente afrouxadas; lembre-se sempre que o objetivo é retardar o fluxo sanguíneo o suficiente para induzir a um estado de transe. Isso envolve um leve desconforto; mas grande desconforto impede o estado de transe, então é melhor gastar um pouquinho de tempo afrouxando e apertando as amarras até que elas estejam no ponto certo. O próprio aspirante pode lhe dizer quando isso estiver certo. Isto, naturalmente, não se aplica à iniciação, quando então nenhum transe é desejado; mas para o propósito do ritual é bom que os iniciados sejam amarrados firme o suficiente para sentir que eles estão absolutamente desamparados mas sem desconforto.
‘A Medida (no Primeiro Grau) é tomada assim :
‘Altura, em volta do pescoço, cruzando o coração e cruzando os genitais. O antigo costume é que, se alguém fosse acusado de trair os segredos, suas medidas seriam enterradas à meia-noite em um local pantanoso, com maldições de que “enquanto as medidas vão se decompondo, assim também ele vai se decompor”.’
Estas instruções sobre amarração serão percebidas como se referindo à duas coisas diferentes: a amarração de um iniciado, onde o único propósito é uma devida sensação de desamparo, e amarrar para restringir o fluxo de sangue a fim de ajudar à uma condição de transe. Como o texto enfatiza, a segunda coisa deve ser feita muito cuidadosamente; à menos que as instruções sejam seguidas meticulosamente, isso pode ser perigoso.
Sobre tomar a medida – Doreen nos conta que a prática de Gardner era medir ao redor da testa, não ao redor do pescoço; vide página 18. Hoje, quando a segurança não é mais um caso de vida ou morte, a medida é mantida como um símbolo de lealdade ao coven, não como uma ameaça.
A Dança do Encontro
‘A Donzela deve conduzir. Um homem deve colocar ambas as mãos em sua cintura, de pé atrás dela, e homens e mulheres alternados fazem o mesmo, a Donzela conduzindo e eles dançam seguindo-a. Ela finalmente os conduz em uma espiral horária (right-hand_?). Quando o centro for alcançado (e seria melhor se este fosse marcado com uma pedra) ela súbitamente se vira e dança de volta, beijando cada homem assim que vai passando por eles. Todos os homens e mulheres se viram igualmente e dançam de volta, homens beijando as garotas e garotas beijando os homens. Todos ao compasso de música (_?), isto é um jogo alegre, mas deve ser praticado para ser bem feito. Note, o músico deve observar os dançarinos e acelerar ou tornar mais lenta a música conforme for o melhor. Para os iniciantes ela deve ser lenta, ou haverá confusão. Isto é excelente para fazer as pessoas se conhecerem umas às outras em grandes reuniões.‘
Deveras um jogo alegre, e um comentário é dificilmente necessário –exceto para dizer que, enquanto a maior parte da música para Círculo nestes dias seja (tristemente, talvez) de fita magnética ou disco, esta é certamente uma das ocasiões para utilizar um músico caso voce tenha um. Em nosso coven, temos a sorte de ter três membros que podem tocar o bodhrán (o tambor de mão irlandês, ideal para esta dança do tipo Conga) e dois violonistas. Tais pessoas não devem ser dispensadas.
Sobre as Chamadas
‘Desde há muito tempo existiram muitos cânticos e canções utilizados, especialmente nas danças. Muitas destas tem sido esquecidas por nós aqui; mas sabemos que eles usavam gritos de IAU, HAU, que parece muito com o grito dos antigos: EVO ou EAVOE. Muito depende da pronúncia caso seja assim. Em minha juventude quando eu ouvi o grito IAU isso parecia ser AEIOU, ou mais ainda HAAEE IOOUU ou AA EE IOOOOUU. Isso pode ser nada mais do que um modo de prolongá-lo para adequar o mesmo para uma chamada; mas isto sugere que estas sejam as iniciais de uma invocação, como AGLA costumava ser. E de verdade todo o Alfabeto Hebreu é dito como assim sendo e por esta razão é recitado como um encantamento muito poderoso. Por fim é certo que, estes gritos durante as danças tem realmente um efeito poderoso, como eu mesmo tenho visto.
‘Outras chamadas são: IEHOUA e EHEIE. Também: HO HO HO ISE ISE ISE.
‘IEO VEO VEO VEO VEOV OROV OV OVOVO pode ser um encantamento, mas parece muito ser uma chamada. É como o EVOE EVOE dos Gregos e o “Heave ho!” dos marinheiros. “Emen hetan” e “Ab hur, ab hus” parecem chamadas; como “Horse and hattock, horse and go! Horse and pellatis, ho, ho, ho!”
“Thout, tout a tout tout, throughout and about” e “Rentum tormentum” são provavelmente tentativas mal pronunciadas de uma formula esquecida, embora eles possam ter sido inventados por algum infeliz sendo torturado, a fim de escapar de revelar a fórmula verdadeira.’
Doreen nos conta: ‘Eu copiei isso textualmente do livro de Gerald, como ele por sua vez parece ter copiado pelo menos a primeira parte de um livro mais antigo de outro alguem, porque Gerald não poderia ter falado sobre ter sido um bruxo “em minha juventude”.’
Tal como a passagem Poder, esta sugere uma mente inteligente falando ou escrevendo sobre material herdado, e especulando sobre suas fontes e significado. O estilo é moderno com intrusões pseudo-arcaicas – a última inserida, nós arriscaríamos, por um copista mais do que o escritor ou orador original.
O Cone de Poder
‘Este era o método antigo. O círculo estava marcado e as pessoas paravam para chicotear os dançarinos. Um fogo ou uma vela estava dentro deste na direção onde o objeto do rito era suposto de estar. Então todos dançavam em volta até que achassem que tinham gerado poder suficiente. Se o rito fosse para banir eles iniciavam deosil e terminavam widdershins, com tantas voltas de cada.
Então eles formavam uma linha com as mãos dadas e se precipitavam na direção do fogo gritando o que eles queriam. Eles prosseguiam assim até que estivessem exaustos ou até que alguém caísse em fraqueza, quando então eles diziam ter enviado o encantamento para seu destino.’
Doreen comenta: ‘Gerald me contou que este era o modo pelo qual os ritos contra a invasão de Hitler foram conduzidos em New Forest durante a Segunda Guerra Mundial. Ele disse que havia uma tradição de que rituais similares foram conduzidos contra a Armada Espanhola e contra Napoleão.’
Nós ressaltamos que, embora esta passagem esteja entitulada O Cone de Poder, esta é apenas uma aplicação particular (embora certamente muito poderosa) do Cone, que é também imaginado como sendo erguido pela Runa das Feiticeiras e por tais coisas como a corda mágica (págs.239-40) e a magia das mãos unidas (págs. 239-40).
Da Ordália da Arte Mágica
‘Aprenda sobre o espírito que vai com fardos que não tem honra, pois é o espírito que curva os ombros e não o peso. A armadura é pesada, embora seja um fardo orgulhoso e um homem se mantém erguido dentro deste. Limitar e constranger quaisquer dos sentidos serve para aumentar a concentração de outro. Fechar os olhos ajuda a audição. Assim a amarração das mãos do iniciado aumenta a percepção mental, ao passo que o chicote aumenta a visão interior. Então o iniciado passa por isto orgulhosamente, como uma princesa, sabendo que isto serve para nada mais do que aumentar a sua glória.
‘Mas isto pode ser feito apenas com a ajuda de outra inteligência e dentro de um círculo, para evitar que o poder assim gerado seja perdido. Os sacerdotes tentam fazer o mesmo com seus açoitamentos e mortificações da carne. Mas faltando o auxílio das amarras e sua atenção sendo distraída por seus próprios açoitamentos e qualquer pequeno poder que eles produzem sendo dissipado, como eles usualmente não trabalham dentro de um círculo, não é de se admirar que eles muitas vêzes falhem. Monges e ermitões fazem melhor, pois eles estão aptos à trabalhar em pequenas celas e cavernas, o que de alguma forma funciona como círculos. Os Cavaleiros do Templo, que costumavam se chicotear uns aos outros dentro de um octógono, fizeram ainda melhor; mas eles aparentemente desconheciam a virtude das amarras e fizeram mal, homem a homem.
‘Mas talvez alguns realmente sabiam? E sobre a acusação da Igreja de que eles usavam faixas ou cordas?’
Isso nos parece como material genuinamente antigo que tem sido copiado e recopiado (note o uso inconsistente do sufixo ‘-eth’ [no texto original, N.do T.], um erro que poderia fácilmente se alongar). As duas últimas sentenças parecem como uma nota de rodapé posterior do copista – talvez do próprio Gardner, uma vez que Doreen diz que ele era bem ilustrado sobre o estudo dos Cavaleiros Templários.
Para Conseguir a Visão
‘A visão vem para diferentes pessoas em modos diversos; é raro que ela venha naturalmente, mas ela pode ser induzida de muitos modos. Meditação profunda e prolongada pode fazer isto, mas apenas se voce for natural, e geralmente um jejum prolongado é necessário. Há muito tempo os monges e freiras obtiveram visões através de longas vigílias, combinadas com jejum e flagelação até sair sangue; outras mortificações da carne eram praticadas tais que resultavam em visões.
‘No Oriente, isto é experimentado com várias torturas enquanto sentado em uma posição restrita, que retardava o fluxo de sangue; estas torturas, longas e contínuas, deram bons resultados.
‘Dentro da Arte, nos é ensinado um modo mais fácil, isto é, intensificar a imaginação, ao mesmo tempo controlando o suprimento de sangue, e isto pode ser feito melhor utilizando o ritual.
‘Incenso é bom para propiciar os ânimos, também para induzir o relaxamento ao aspirante e para auxiliar à construir a atmosfera necessária para a sugestionabilidade. Mirra, Goma de Mascar(?), Raízes de Junco Aromáticas, Casca de Canela, Almíscar, Juniper [uma árvore com frutos aromáticos – N.do T.], Sândalo e Âmbar Cinza[?], em combinação, são todos bons, mas o melhor de todos é o Patchouli.
‘O círculo sendo formado, e tudo devidamente preparado, o aspirante deve primeiro atar e trazer seu tutor dentro do círculo, invocar os espíritos adequados à operação, dançar à volta até a vertigem, no meio tempo invocando e anunciando o objetivo do trabalho, então ele deve usar o flagelo. Então o tutor deve por sua vez atar o aspirante – mas muito de leve, de forma à não causar desconforto – mas o suficiente para retardar o sangue levemente. Novamente eles devem dançar em volta, então no Altar o tutor deve usar o flagelo com golpes leves, regulares, vagarosos e monótonos. É muito importante que o pupilo veja os golpes chegando, pois isto tem o efeito de entrega[?],e ajuda grandemente à estimular a imaginação. É importante que os golpes não sejam duros, sendo o objetivo não mais do que trazer o sangue para aquela parte e afastando-o do cérebro; isto, com a amarração leve, desacelerando a circulação do sangue, e a entrega[?], logo induz à um estupor sonolento. O tutor deve observar isto, e tão logo o aspirante fale ou adormeça o flagelo deve cessar. O tutor deve também observar que o pupilo não fique frio, e se o pupilo se debate ou parece aflito ele deve ser despertado de uma vez.
‘Não fique desencorajado caso nenhum resultado surja no primeiro experimento – os resultados geralmente acontecem após duas ou três tentativas. Será percebido que após duas ou três tentativas ou experimentos os resultados virão, e logo mais rápidamente; e também logo muito do ritual poderá ser abreviado, mas nunca esqueça de invocar a Deusa ou de formar o círculo, e para bons resultados é sempre melhor fazer muito ritual mais do que muito pouco no início.
‘Foi descoberto que esta prática muitas vezes de fato provoca o afeto entre aspirante e tutor, e isso é uma causa de melhores resultados caso seja assim. Se por alguma razão não for desejável que haja grande afeto entre aspirante e tutor isso pode ser fácilmente evitado por ambas as partes desde o começo, resolvendo firmemente em suas mentes que se surgir algum afeto este será aquele entre irmão e irmã, ou pais e filhos, e é por esta razão que um homem pode ser ensinado apenas por uma mulher e uma mulher por um homem, e que homem e homem ou mulher e mulher nunca devem tentar estas práticas juntos, e que todas as maldições dos Poderosos possam estar sobre qualquer um que faça esta tentativa.
‘Lembre-se, o círculo devidamente construído é sempre necessário para evitar que o poder liberado seja dissipado; ele é também uma barreira contra quaisquer forças perturbadoras ou prejudiciais; pois para obter bons resultados voce deve estar livre de todos os distúrbios.
‘Lembre-se, escuridão, pontos de luz piscando em meio à escuridão em volta, incenso, e os golpes compassados de um braço branco[?], não são como efeitos de palco; eles são os intrumentos mecânicos que servem para iniciar a sugestão que mais tarde libera o conhecimento que é possível para obter o êxtase divino, e para obter o conhecimento e a comunhão com a Divina Deusa. Uma vez que voce tenha conseguido isso, o ritual é desnecessário, pois voce pode alcançar o estado de êxtase à vontade, mas até então, ou se, tendo obtido ou alcançado isto por si mesmo, voce desejar trazer uma companhia até aquele estado de júbilo, [então] ritual é o melhor.’
Para Deixar o Corpo
‘Não é sensato se esforçar para sair fora de seu corpo até que voce tenha obtido a Visão completamente. O mesmo ritual tal como para obter a Visão pode ser utilizado, mas faça uso de um acolchoado confortável. Se ajoelhe de forma que voce tenha suas coxas, barriga e peito bem apoiados, os braços esticados para frente e um para cada lado, de forma que haja um sentimento decidido de ser puxado para frente. Assim que o transe for induzido, voce deverá sentir um esforço para se lançar para fora do topo de sua cabeça. Deve ser aplicada uma ação de arrastar ao chicote, tal como para conduzir ou puxar voce para fora. Ambas as vontades devem estar inteiramente em sintonia, mantendo um esforço constante e igual. Quando vier o transe, seu tutor poderá ajudá-lo chamando-o suavemente pelo seu nome. Voce provavelmente se sentirá puxado para fora de seu corpo como se através de uma abertura estreita, e se encontrará de pé ao lado de seu tutor, olhando para o corpo sobre o acolchoado. Se esforce primeiramente para se comunicar com seu tutor; se ele tiver tido a Visão ele provavelmente o verá. Não se distancie da área no início, e é melhor ter ao seu lado alguém que já seja experiente em deixar o corpo.
‘Uma nota : Quando, ao ter conseguido deixar o corpo, voce desejar retornar, de forma a fazer coincidir o corpo espiritual e o corpo material, PENSE EM SEUS PÉS. Isso fará com que ocorra o retorno.’
Esta é a maior parte não-ritualística no Livro das Sombras de Gardner, e nós deduzimos que ele prescreve uma prática que era fundamental para a tradição e atividades do coven de New Forest que o treinou. É explicado cuidadosamente, com meticulosa ênfase sobre o relacionamento tutor-pupilo e sobre as defesas práticas, psíquicas e inter-pessoais necessárias. O propósito da amarração não tão forte e o açoitamento leve deliberado são claros : ajudar à trazer à tona o que pode variavelmente ser chamado clarividência, expansão da consciência, abertura dos níveis, abertura do Terceiro Olho, ou comunhão com a Deusa; e, num estágio mais avançado, projeção astral. (É interessante que o texto não usa nenhum dos termos técnicos do ocultismo contemporâneo ou da pesquisa psíquica tais como ‘projeção astral’ou ‘corpo astral’; isso sugere fortemente uma tradição passada de pessoa a pessoa desde, pelo menos, antes da segunda metade do século dezenove). Distorcer isto em uma alegação de que o próprio Gardner tinha um ímpeto doentio pela flagelação, quer seja sádica ou masoquista (e o procedimento acima descrito claramente não é nenhum destes), é insensatez.
Podem haver diferenças de opinião sobre se o procedimento descrito poderia ser perigoso; o que não pode ser negado é que o texto explicitamente assegura que este será seguro,e para cessá-lo de uma vez caso haja alguma dúvida.
Comentário de Doreen : ‘A razão pela qual utilizamos o chicote é muito simples – ele funciona ! O que o velho Gerald descreveu é um modo muito prático de se fazer magia. Eu falo por experiencia quando digo que este faz o que ele afirmou que fizesse, e eu não ligo para o que qualquer um possa dizer sobre ser “esquisito” ou qualquer outra coisa. Talvez ele tenha sido associado com aspectos sexuais estranhos; porém muito antes disso ele era parte de práticas mágicas e místicas muito antigas. Voce pode encontrar menção sobre ele desde o Antigo Egito e desde a Antiga Grécia; e sem dúvida voce está familiarizado com a famosa cena da Vila dos Mistérios em Pompéia que mostra um recém iniciado sendo chicoteado – um ponto ao qual Gerald se refere em Feitiçaria Hoje. Embora a descrição em Para Obter a Visão particularmente se refira à obter clarividência, eu também a achei muito incentivadora à visualização mágica.’
O que achamos que deve ser enfatizado (como faz o Livro das Sombras) é que quando o chicote é usado na prática Wicca, não se deve esperar por ou inflingir nenhuma dor; ele é sempre usado com suavidade. Seu propósito ou é simbólico (como por exemplo na Lenda da Descida da Deusa) ou é usado para induzir ao transe por uma leve hipnose e a redistribuição da circulação do sangue.
Os Instrumentos de Trabalho
‘Não existem lojas de suprimentos mágicos, então à menos que voce tenha sorte suficiente para ganhar de presente ou comprar intrumentos uma bruxa pobre deve improvisar. Mas quando feitas voce deve estar em condições de conseguir emprestado ou obter um Athame. Então tendo feito seu círculo, erga um altar. Qualquer mesa pequena ou baú servirá. Deve haver fogo sobre ele (uma vela será suficiente) e o seu livro. Para bons resultados incenso é melhor se voce puder obtê-lo, porém carvões dentro de um prato queimando ervas de aroma doce é o suficiente. Um cálice caso voce tenha bolos e vinho e uma travessa com os sinais gravados dentro da mesma com tinta, mostrando um pantáculo. Um chicote é feito fácilmente (note, o chicote tem oito caudas e cinco nós em cada cauda). Consiga uma faca de cabo branco e uma vara (uma espada não é necessário). Corte as marcas com o Athame. Purifique tudo, então consagre seus instrumentos da forma adequada e esteja sempre devidamente preparado. Mas lembre-se sempre, as operações mágicas são inúteis à menos que a mente possa ser trazida para a atitude correta, estimulada até o último nível.
‘As afirmações devem ser feitas claramente, e a mente deve ser inflamada com desejo. Com este frenesi de vontade voce pode fazer muito com instrumentos simples tanto quanto com o kit de instrumentos mais completo. Mas instrumentos bons e especialmente antigos tem sua própria aura. Eles realmente ajudam à trazer aquele espírito reverencial, o desejo de aprender e desenvolver os seus poderes. Por este motivo as bruxas sempre tentam obter instumentos de feiticeiros, que por serem homens experientes fabricam bons instumentos e os consagram bem, concedendo à eles um grande poder. Mas os instrumentos de uma grande bruxa também ganham muito poder; e voce deve sempre se esforçar em fazer quaisquer instrumentos que venha a fabricar a partir dos melhores materiais que voce possa obter, para a finalidade que eles possam absorver o seu poder o mais fácilmente. E naturalmente se voce puder herdar ou obter os instrumentos de outra bruxa, o poder fluirá a partir destes.’
A declaração de que ‘não existem lojas de suprimentos mágicos’ naturalmente não é mais verdadeira; e tem havido outros desenvolvimentos na prática Wicca desde que esta passagem foi escrita. Embora uma espada não seja estritamente necessária (o athame servindo para os mesmos propósitos), a maioria dos covens agora gostam de ter uma – um símbolo de identidade do coven em contraste com os athames, que são símbolos de cada identidade de bruxo em particular.
Também, para a maioria dos covens o copo ou cálice é um dos símbolos mais importantes (representando o princípio feminino e também o elemento da Água) e não um mero acessório ‘caso voce tenha bolos e vinho’, embora a aparente degradação do cálice nesse texto possa ter sido um ‘ocultamento’ deliberado, pelas razões que foram expostas à Gardner e as quais nós explicamos na página 258.
Mas à parte destes pontos menores, os princípios estabelecidos nessa passagem são tão válidos como nunca.
Nós consideramos interessante a implicação de que as bruxas podem ter estado em contato com ‘feiticeiros’ (significando o que nós hoje poderíamos chamar de ‘magos rituais’).
Fabricando Instrumentos
‘É uma antiga crença de que as melhores substâncias para fabricar instrumentos são aquelas que uma vez tiveram vida dentro de si, em oposição à substâncias artificiais. Então, madeira ou marfim é melhor para uma vara do que metal, que é mais apropriado para espadas ou facas. Papel pergaminho virgem é melhor do que papel manufaturado para talismãs, etc. E coisas que tenham sido feitas à mão são boas, porque existe vida nelas.’
Não há necessidade de comentário.
Para Fazer Ungüento Para Unção
‘Pegue uma panela vitrificada meio cheia de gordura ou óleo de oliva. Coloque dentro folhas esmagadas de menta doce. Ponha a panela em banho-maria. Agite de vez em quando. Após quatro ou cinco horas despeje em um saco de linho e faça transpassar a gordura, torcendo o pano, despejando-a de volta na panela e encha com folhas novas. Repita até que a gordura tenha sido impregnada com o aroma. Faça o mesmo com manjerona (marjoram_?), thyme (?) e folhas secas e trituradas de patchouli, e voce deve tê-las (pois elas são as melhores de todas). Quando estiverem fortemente impregnadas, misture todas as gorduras juntas e guarde em uma jarra bem tampada.
‘Passe atrás das orelhas, na garganta, peito e [região do] útero. Em ritos onde “Bendito seja ...” possa ser dito, passe nos joelhos e pés, como também para ritos relacionados com jornadas ou guerra.’
Nosso velho amigo o pseudo arcaico copista esteve novamente em ação aqui; um par de seus clichês favoritos ressalta como engano (? _ sore thumbs) nesse texto óbviamente moderno. Mas a própria receita vale a pena de ser experimentada e é possivelmente muito mais antiga do que o texto presente.
‘Jornadas ou guerra’: o aroma de menta, manjerona (?), thyme (?) e patchouli no Metrô de Londres, ou na linha frontal do Pelotão No.4, pode não ser a idéia de todos sobre magia prática. Mas voltando à seriedade – a elaboração e preparação de ungüentos corporais para adequar as personalidades individuais de bruxas, ou a ênfase de ritos particulares, é válida de se buscar, especialmente se voces tiverem um membro do coven que é dotado em tais coisas. Mas seu uso é melhor confinado ao Círculo Mágico,e (à menos que voces queiram gastar metade de seu tempo livre lavando robes) para prática vestidos de céu.
Várias Instruções
‘Uma nota sobre o ritual do Vinho e dos Bolos. É dito que nos dias antigos cerveja clara ou mead [bebida alcóolica feita com mel e água fermentados] foram muitas vezes utilizadas ao invés de vinho. É dito que bebidas alcóolicas destiladas ou qualquer coisa, “desde que ela tenha vida”(isto é, tenha energia).’
Nós questionamos a moderna adição em parênteses. ‘Tenha vida’ nos parece significar muito mais ‘seja de origem orgânica’. Mead é uma bebida favorita das bruxas e poderia se adequar neste ponto por ser tanto vegetal como animal em sua origem, já que ela é baseada no mel, que as abelhas produzem do néctar da flor. Cerveja era a bebida ritual dos antigos Egípcios.
‘Todos são irmãos e irmãs, por esta razão; que mesmo a Suma Sacerdotiza deve se submeter ao chicote.’
Quando ela está concedendo à alguem sua iniciação no segundo grau, por exemplo.
‘A única exceção para a regra de que um homem só pode ser iniciado por uma mulher e uma mulher por um homem, é a de que uma mãe pode iniciar sua filha e um pai o seu filho, porque eles são partes de si mesmos.’
Nos ensinaram que as iniciações mãe-filha e pai-filho eram permissíveis ‘em uma emergência’. É interessante que o Livro das Sombras de Gardner não faz tal qualificação.
‘Uma mulher pode personificar seja o Deus ou a Deusa, mas um homem pode personificar apenas o Deus.’
Uma bruxa feminina assume um papel masculino ao empunhar a espada; vide página 78.
‘Lembre-se sempre, se for tentado à admitir ou se gabar de pertencer ao culto, voce estará pondo em perigo seus irmãos e irmãs. Muito embora as fogueiras da perseguição tenham agora desaparecido, quem é que sabe quando elas possam ser ressucitadas? Muitos sacerdotes tem conhecimento dos nossos segredos e eles sabem muito bem que muita intolerância religiosa tem desaparecido ou suavizado, que muitas pessoas poderiam desejar se unir ao nosso culto se fosse conhecida a verdade de suas alegrias e as igrejas iriam perder o poder. Dessa forma se nós fizermos muitos recrutas nós poderemos deflagrar as fogueiras da perseguição contra nós novamente. Assim guarde sempre os segredos.’
Isso pareceria ser uma honesta observação e alerta do período após os séculos de perseguição, mas antes do renascimento do oculto e da bruxaria no século vinte. A situação tem mudado grandemente nas décadas recentes. Porém toda bruxa deve ter em mente que a perseguição, em uma forma ou outra, poderia sempre erguer sua cabeça monstruosa novamente. E mesmo agora, deveria ser uma regra absoluta que nenhuma associação do(a) bruxo(a) à Arte deveria ser revelada exceto por sua própria e livre opção.
‘Aqueles tomando parte num rito devem saber exatamente quais resultados estes desejam obter, e todos devem manter suas mentes firmemente fixadas no resultado desejado, sem devaneio.’
Novamente, não há necessidade de comentários.
Fazendo o melhor de nós para sermos imparciais – que impressão geral nós obtemos desses textos, e deveras do Livro das Sombras como um todo ?
Nós tivemos a firme impressão de uma tradição antiga e contínua mantida primeiramente de boca à boca, e mais tarde (talvez algum tempo no século dezenove) por escrito; reunindo interpretações, adições e os mal entendidos ocasionais assim que ia progredindo; no período escrito, algumas vezes anotado por um professor e algumas vezes anotado em ditados durante treinamento. A variedade de estilos, a declaração em primeira pessoa ocasional, a declaração obscura que se tornou confusa – mesmo nosso amigo o copista pseudo-arcaico – tudo nos parece confirmar este retrato humano. Mas o espírito básico, e a sabedoria consistente da mensagem, parece resplandecer através de tudo isso.
A única impressão que isto realmente não oferece, por qualquer esforço da imaginação, é a de uma total invenção de Gerald Gardner – ou, nesse raciocínio, da Velha Dorothy ou qualquer outro alguém.
MAIS RITUAIS WICCA
VI Invocando (*) o Sol
(* _ Aqui, no sentido de atrair)
O Ritual de Invocar [atrair_?] a Lua (vide Oito Sabás para Feiticeiras, págs.40-42) é um elemento central na manutenção de um Círculo de coven. Através deste, o Sumo Sacerdote invoca o espírito da Deusa para dentro da Suma Sacerdotisa, usando sua polaridade masculina para invocar a divina essência para dentro da polaridade feminina dela. Se o ritual for bem sucedido, então ela realmente se torna um canal da Deusa através da duração do Círculo (e muitas vezes o efeito da invocação pode perdurar nela após o Círculo ser banido). Alguns bruxos masculinos parecem possuir um dote natural para Invocar a Lua; nós conhecemos bruxos de primeiro grau, convocados para conduzir um Círculo pela primeira vez, que induziram um surpreendente ar de autoridade em uma parceira feminina igualmente inexperiente. Outros homens tem que trabalhar duro para desenvolver o dom. Porém dada a sinceridade e uma compreensão do significado do rito, este sempre está lá aguardando para ser desenvolvido.
Que isto realmente funciona, ninguém que participou de mais que uns poucos Círculos pode duvidar. A Invocação da Lua, no Ritual de Abertura normal (vide Apendice B, págs.296-7), é imediatamente seguida pela Investidura (págs. 297-8); então é aqui que o efeito primeiro se manifesta.
A Deusa realmente se manifesta, no tom e na ênfase da condução da Investidura – muitas vezes para surpresa da sacerdotisa que o conduz. Janet admite francamente que ela ‘nunca sabe como isso vai acontecer’. Algumas vezes o próprio texto é completamente alterado, com um fluxo espontâneo que ela ouve com uma parte específica de sua mente. É como se a Deusa soubesse mais do que a sacerdotisa simplesmente qual ênfase, ou encorajamento, ou mesmo que advertência ou reprimenda, se aplica para aquele Círculo em particular, e controlasse a Investidura em conformidade.
Uma vez que a Wicca é uma religião orientada à Deusa, depositar uma ênfase particular na ‘dádiva da Deusa’ (as faculdades intuitiva e psíquica) por causa da natureza de seu trabalho (1), o processo complementar de invocar o espírito do Deus dentro do Sumo Sacerdote ocorre menos frequentemente. O Sumo Sacerdote de fato invoca o aspecto de Deus em nome de todo o covenm durante o Ritual de Abertura, por meio da invocação ‘Grande Deus Cernunnos’; e nos ritos de Imbolg, Equinócio da Primavera, Meio do Verão, Equinócio de Outono, Samhain e Festival de Yule, a Suma Sacerdotisa invoca o espírito do Deus dentro do Sumo Sacerdote ou especificamente ou por implicação. Porém descobrimos que existem ocasiões quando é adequado que esta invocação tenha um peso e solenidade comparáveis com a Invocação da Lua. Por exemplo, existem ocasiões quando o trabalho em mãos pede por uma ênfase no equilíbrio de polaridade entre sacerdotisa e sacerdote – na Dádiva da Deusa e na Dádiva do Deus em perfeita harmonia.
Para aqueles que já sentiram a necessidade por tal rito, nós apresentamos o seguinte – para o qual ‘ Invocando o Sol’ pareceria ser o título natural. Doreen Valiente acha que pode ter havido alguma vez um ritual para este propósito na Arte, mas que este foi perdido através dos anos.
Porque a Suma Sacerdotisa, representando a Deusa, está sempre à cargo do Círculo, nós sugerimos que Invocando a Lua deve sempre preceder Invocando o Sol. A Suma Sacerdotisa então invoca o aspecto de Deus em nome da Deusa.
A Preparação
Nenhuma preparação em particular é necessária para este ritual – exceto que se o coven possuir uma coroa de Sumo Sacerdote, ele deverá estar usando-a.
O Ritual
Ao final de Invocando a Lua, após as palavras da Suma Sacerdotisa ‘Aqui eu te invisto, neste sinal’, a Suma Sacerdotisa e o Sumo Sacerdote trocam de lugares, movendo-se deosil, de forma que ele fique em pé com suas costas para o altar e que ela fique de frente para ele a partir do centro do Círculo.
O Sumo Sacerdote pega seu athame do altar e o segura em sua mão direita sobre seu peito esquerdo, apontando para cima.
A Suma Sacerdotisa lhe aplica o Beijo Quíntuplo, como segue :
‘Benditos sejam teus pés, que te trouxeram nestes caminhos’ – beijando seu pé direito em então seu pé esquerdo.
‘Benditos sejam teus joelhos, que se dobrarão no altar sagrado’ – beijando seu joelho direito e então seu joelho esquerdo.
‘Bendito seja teu falo, sem o qual nós não existiríamos’ – beijando-o logo acima do pelo púbico.
O Sumo Sacerdote abre seus braços na Postura Abençoada, ainda segurando seu athame em sua mão direita, apontando para cima.
A Suma Sacerdotisa continua:
‘Bendito seja teu peito, formado em força’ – beijando seu peito direito e então seu peito esquerdo.
‘Benditos sejam teus lábios, que pronunciarão os nomes sagrados.’ Eles se abraçam, por toda sua extensão e com os pés se tocando, e se beijam na boca.
A Suma Sacerdotiza dá um passo para trás e se ajoelha. Ela invoca:
‘Chamados profundos nas alturas, a Deusa sobre o Deus,
Sobre ele que é a chama que a vivifica;
Que ele e ela possam tomar as rédeas de prata
E conduzir como um só a carruagem do par de cavalos.
Que o martelo golpeie a bigorna,
Que o raio toque a terra,
Que a Lança incorpore o Graal,
Que a magia venha a nascer.’
Ela toca com seu dedo indicador direito a garganta dele, quadril esquerdo, peito direito, peito esquerdo, quadril direito, e garganta novamente (formando assim o Pentagrama de Invocação do Fogo). Ela então estende para fora suas mãos, palmas para frente. Nesse meio tempo ela continua à invocar:
‘Em nome dela eu te invoco,
Poderoso Pai de todos nós –
Lugh, Pan, Belin, Herne, Cernunnos –
Vinde em resposta ao meu chamado !
Descei, eu oro a ti, em teu servo e sacerdote.’
A Suma Sacerdotiza fica em pé e dá um passo para trás. O Sumo Sacerdote traça o Pentagrama de Invocação do Fogo na direção dela com seu athame (2), dizendo :
Fig. 2
____
Nota: Vide traçado do Pentagrama na página 70 do livro original – N.do T.
‘Que haja luz !’
- = 0 = -
VII O Ritual das Três Deusas
Os rituais Wicca podem ser para adoração; para a geração e utilização de poder; ou para a dramatização de conceitos arquetípicos. Alguns (tais como iniciação, casamento e outros ritos de passagem) combinam mais de um desses elementos. Mas aqui está um exemplo de ritual cujo intento central é a dramatização. Tais rituais servem à um propósito muito construtivo, porque eles ajudam quem toma parte à visualizar estes arquétipos vividamente como sendo reais, e à construir conexões saudáveis entre suas percepções inconscientes sobre estes, e sua compreensão consciente sobre estes.
O conceito da Deusa Tríplice é tão antigo quanto o tempo; ele cruza vezes e mais vezes através de mitologias muito diferentes, e seu símbolo visual de maior impacto é a Lua em suas fases crescente, cheia e minguante. O fato de que o ciclo da Lua é refletido no ciclo menstrual das mulheres toca em aspectos profundos e misteriosos do princípio feminino, e da própria Deusa. (Sobre isso, o livro de Shuttle e Redgrove A Sábia Ferida – vide Seção XV e Bibliografia – merece um estudo sério por parte de todo bruxo homem ou mulher.) Todas as Deusas são uma Deusa – mas ela se apresenta em vários aspectos, todos os quais se relacionam aos três aspectos fundamentais da Donzela (o encantamento, o começo, a expansão), da Mãe (a maturidade, a realização, a estabilidade) e a Anciã (a sabedoria, a atrofia, e repouso). Toda mulher, e todas as formas da Deusa, contém todos os três – cíclicamente e simultâneamente. Nenhuma mulher que falhe em comprender isto pode compreender a si mesma; e sem compreender isto, ninguém pode compreender a Deusa.
Nós compusemos este ritual enquanto estávamos ainda morando na Inglaterra,e a primeira vez em que o encenamos foi num ambiente ideal: a casa de um amigo às margens do rio em um campo isolado, com uma pequena ponte que levava à uma ilha privativa que ninguém mais conseguia alcançar. Naquela ilha, em uma clareira permeada por árvores finas, ao meio do som do rio que corria, nós pudemos acender nossa fogueira e conduzir nossos rituais vestidos de céu sem receio de interrupção. Infelizmente, casa e ilha foram há muito tempo vendidas para estranhos; mas nós nos lembramos do lugar com carinho.
Talvez devido àquela recordação, nós apresentamos nosso Ritual das Três Deusas aqui com o propósito de tradição a céu aberto – tochas flamejantes e tudo mais. Entretanto, embora aquilo seja o ideal, poderá ser adaptado para operação entre paredes.
A Preparação
O Círculo é estabelecido na forma normal, mas com uma fogueira no centro. (Entre paredes, o caldeirão com uma vela dentro deste.) Fora do Círculo, preferivelmente na direção Nordeste, ficará uma passagem com três pares de tochas inflamáveis (velas caso seja entre paredes), prontas para que as três Deusas acendam assim que elas se aproximem por entre elas. Material para acendê-las deve ficar à disposição, e também alguns materiais para a Anciã apagá-las assim que ela partir; para as tochas flamejantes, nós usamos uma lata aberta em uma extremidade e pregada na extremidade de uma vara.
Um sino, gongo ou címbalo de som razoável estará pronto sobre o próximo ao altar.
Três bruxas mulheres são escolhidas para encenar a Donzela, a Mãe e a Anciã. Caso estejam portando vestes, as cores tradicionais são o branco para a Donzela, vermelho para a Mãe, e preto para a Anciã. Mesmo se o ritual for vestido de céu, apenas a Anciã deve estar vestida de preto, preferivelmente com um capuz ou um lenço de cabeça dobrado como um capuz. A imaginação deve ser usada ao adornar a Donzela e a Mãe, estejam vestidas de céu ou portando vestes, a fim de manifestar o frescor da primavera da Donzela e a maturidade do verão da Mãe.
O Sumo Sacerdote conduz o ritual; e já que a Suma Sacerdotiza poderá ser uma das Três, nós nos referimos ao seu parceiro de operações para a ocasião simplesmente como ‘a Sacerdotiza’.
Nomes de Deusa adequados devem ser escollhidos para a Donzela, a Mãe e a Anciã, segundo o próprio histórico ou tradição do coven. Aqui nós utilizamos três nomes irlandeses – Brid (pronunciado ‘Breed’) para a Donzela, Dana para a Mãe, e Morrigan para a Anciã. Brid ou Brigid, Deusa da Inspiração, é aquela mais vezes referida como tríplice – ‘as Três Brigidas’ – na mitologia irlandesa e tem um ar de primavera ao seu redor; Dana é o nome irlandês predominante da Deusa-Mãe; e Morrigan, Deusa de batalhas e do destino, é o mais poderoso dos aspectos da Deusa negra.
O Ritual
O Sumo Sacerdote consagra o Círculo, com todos dentro deste exceto a Donzela e a Mãe, que estão na outra extermidade da passagem (fora de vista se possível). Os elementos são carregados ao redor e os Senhores das Torres de Vigia são invocados.
A Sacerdotisa permanece de costas para o altar. O Sumo Sacerdote e a Anciã olham um para o outro entre o altar e a fogueira, o Sumo Sacerdote portando a vara. O resto do coven fica de pé ao redor do perímetro do Círculo olhando para o centro mas deixando livre a extremidade da passagem [que toca o Círculo].
O Sumo Sacerdote caminha ao redor da Anciã uma vez, deosil, olha para ela novamente e diz:
‘Dentro de cada homem e de cada mulher repousa o mistério da Mãe Negra de toda a criação, a governante dos oceanos, o centro estático ao qual todos devem retornar como seu prelúdio para renascer. Que ela venha à nós esta noite, mas de forma à não criar desequilíbrio nesta nossa Sacerdotisa ________ [nome de bruxa] que irá representá-la; pois nenhum humano pode suportar o poder concentrado da Grande Mãe em seu aspecto negro; ao passo que no equilíbrio de seus Três Aspectos, todos estão seguros. Representes tu, _____ , portanto seu aspecto negro sem receio,sabendo que seus outros aspectos também estão presentes dentro de nosso Círculo. Com esta vara eu deveras te protejo e fortifico para tua tarefa.’
O Sumo Sacerdote então gesticula ritualmente na direção de cada uma das treze aberturas do corpo da Anciã por vez (vide página 85) com sua vara. Ele então usa a vara para fazer uma abertura no Círculo em frente à passagem. A Anciã deixa o Círculo ao longo da passagem para se reunir com a Donzela e a Mãe, e o Sumo Sacerdote fecha a abertura com a vara (1). Ele repõe a vara sobre o altar.
O Sumo Sacerdote então aplica o Beijo Quíntuplo na Sacerdotiza (mas a Invocação da Lua não é encenada, e a Investidura não é dada). Ele então conduz as invocações ‘Bagabi laca bachahe’ e ‘Grande Deus Cernunnos’.
Sumo Sacerdote, Sacerdotisa e coven circulam para a Runa das Feiticeiras.
O coven retorna ao perímetro.
Sumo Sacerdote e Sacerdotisa consagram o vinho (com apenas um pouco de vinho no cálice). A Sacerdotisa ergue o cálice e diz:
‘Dana, Terra antiga de incontáveis verões, Terra amada e útero do milho dourado, quente pulsar do coração da mata verde, nutrindo dentro de nós teu calor e teu amor; Senhora da Colheita e Mãe de todos nós – segurai-nos agora próximos ao teu peito, e preenchei-nos com tua generosidade, tu que sois a fonte de toda a vida.’
Ela então esvazia o cálice sobre o solo em fronte ao altar.
O Sumo Sacerdote preenche o cálice e o repõe sobre o altar.
O Sumo Sacerdote então olha para a passagem e invoca com uma voz clara:
‘Brid da Lua crescente, filha da Primavera, suave Deusa das Flôres, nós te chamamos. Vinde ao nosso Círculo e trazei-nos o hálito da Primavera . Preenchei-nos com tua música e risos prazeirosos. Que haja o desabrochar de sob teus pés, e que o cantar da água seja a tua voz. Vinde ao nosso Círculo, Brid da Lua crescente.’
A Sacerdotisa golpeia o sino três vezes.
A Donzela se aproxima do Círculo ao longo da passagem de tochas, e acende o par mais próximo ao Círculo. Ela então caminha deosil por fora do Círculo e fica em pé atrás da vela do Leste.
O Sumo Sacerdote, ainda olhando para a passagem, invoca:
‘Dana da Lua cheia, tu Grande Mãe, mui maravilhosa Senhora das Terras do Verão; nós te chamamos. Vinde no vento do Verão, trazendo-nos grãos maduros e frutas doces. Preenchei-nos com o prazer da maturidade; ensinai-nos a sabedoria da realização; banhai-nos na glória refletida de teu consorte, o Sol. Vinde ao nosso Círculo, Dana da Lua cheia.’
A Sacerdotisa golpeia o sino sete vezes.
A Mãe se aproxima do Círculo ao longo da passagem de tochas, acendendo o par do meio. Ela então caminha deosil por fora do Círculo e fica em pé atrás da vela do Sul.
O Sumo Sacerdote, ainda olhando para a passagem, invoca:
‘Morrigan da Lua minguante, tu a face mais secreta da Deusa; nós te chamamos. Trazei-nos o conhecimento da Roda da Morte e Renascimento; concedei-nos teu poder, e a sabedoria para utilizá-lo corretamente, pois nós sabemos que utilizá-lo errôneamente é envenenar a alma. Ensinai-nos à utilizá-lo, não para prejudicar, mas para curar. Vinde ao nosso Círculo, Morrigan da Lua minguante.‘
A Sacerdotisa golpeia o sino nove vezes.
A Anciã se aproxima do Círculo ao longo da passagem de tochas, acendendo o último par. Ela então caminha deosil ao redor da parte externa do Círculo e fica em pé atrás da vela do Oeste.
Quando a Anciã estiver em seu lugar, o Sumo Sacerdote pega a vara e abre o Círculo ao lado da vela do Leste. Ele diz:
‘Brid, Deusa-Donzela da Lua crescente – seja benvinda dentro de nosso Círculo.’
A Donzela dá três passos para dentro do Círculo, e o Sumo Sacerdote fecha o Círculo atrás dela. Ele então a beija nos lábios, toma sua mão e a conduz deixando-a em pé em frente ao altar em sua extremidade Ocidental.
O Sumo Sacerdote vai para o Sul, abre o Círculo ao lado da vela do Sul e diz:
‘Dana, Deusa-Mãe da Lua cheia – seja benvinda dentro de nosso Círculo.’
A Mãe dá três passos para dentro do Círculo, e o Sumo Sacerdote fecha o Círculo atrás dela. Ele então a beija na mão direita e, ainda segurando sua mão, a conduz deixando-a em pé em frente ao altar em seu centro, ao lado da Donzela.
O Sumo Sacerdote vai para o Oeste, abre o Círculo ao lado da vela do Oeste e diz:
‘Morrigan, Deusa-Anciã da Lua minguante – seja benvinda dentro de nosso Círculo.’
A Anciã dá três passos para dentro do Círculo, e o Sumo Sacerdote fecha o Círculo atrás dela. Ele então a beija no pé direito, toma sua mão, a conduz deixando-a em pé em frente ao altar em sua extremidade Oriental, ao lado da Mãe.
O Sumo Sacerdote deixa a vara sobre o altar e pega a espada. Ele caminha deosil ao redor da fogueira e olha para a Deusa Tríplice através desta. Ele as saúda com a espada (o cabo em frente ao rosto com a ponta para cima, move-a para baixo e na direção da fronte direita, cabo novamente à frente do rosto com a ponta para cima). Ele então reverte a espada de forma que sua ponta fique sobre o chão bem em frente aos seus pés, e repousa ambas as mãos sobre o cabo (ou apenas uma mão caso ele tenha que ler o texto). Ele diz:
‘Contemplai a Deusa de Três Formas;
Ela que é sempre Três - Donzela, Mãe, e Anciã.
Ainda assim ela é sempre Uma;
Pois sem Primavera não pode haver nenhum Verão;
Sem Verão, nenhum Inverno;
Sem Inverno, nenhuma nova Primavera.
Sem nascimento, nenhuma vida;
Sem vida, nenhuma morte;
Sem morte, nenhum repouso e nenhum renascimento.
A escuridão dá nascimento à luz,
A luz à escuridão,
Cada um necessitando do outro tal como o homem necessita da mulher, e a mulher do homem.
Assim é
Que se ela não fosse Donzela, Mãe, e Anciã,
A própria Deusa poderia não existir –
E tudo seria inexistência,
Silêncio sem começo ou fim.
‘Contemplai a Deusa de Três Formas;
Ela que é sempre Três - Donzela, Mãe, e Anciã.
Ainda assim ela é sempre Uma;
Ela em todas as mulheres, e todas elas nela.
Contemplai-a, recordai-a,
Não vos esquecei de nenhuma de suas faces;
Com cada alento, mantenha estas três em teu coração –
Donzela, Mãe e Anciã;
Observai estas Três, que são Uma, com um amor destemido,
Que voces, também, possam ser completos.’
O Sumo Sacerdote então caminha deosil ao redor da fogueira até que ele alcance a passagem, onde ele abre o Círculo com sua espada. Ele diz para as Três:
‘Saudações à todas, e benditas sejam.’
IX Rituais de Proteção
O ritual mais básico, útil e protetor de todos para as feiticeiras é o Círculo Mágico; sendo uma razão pela qual ele é consagrado no início de toda reunião de coven, e não é banido até que a reunião tenha terminado. Nós fornecemos os procedimentos completos para consagrar e banir o Círculo em Oito Sabás para Feiticeiras, e no Apêndice B ao presente livro.
Vale a pena ressaltar, ainda assim, que para uma reunião de coven, proteção não é o único propósito do Círculo. De fato, pode-se argumentar que este não é nem mesmo seu propósito principal. A principal função de um Círculo de coven é ‘preservar e manter o poder que iremos gerar dentro de ti’ – em outras palavras, , concentrar e ampliar o esforço psíquico do grupo. As bruxas se reunem para cultuar e gerar poder para trabalho útil; e para estes propósitos ‘uma fronteira entre o mundo dos homens e os reinos dos Poderosos’é estabelecida, uma cápsula astral intermediária entre os níveis, na qual o Cone de Poder pode ser construído e se evitar que seja dispersado até que chegue o momento de descarregá-lo para o propósito de trabalho decidido de antemão. A partir deste ponto de vista, o Círculo é muito parecido com um cilindro em um motor de automóvel. Um jornal encharcado de gasolina, se incendiado, meramente se queimará; mas contenha a mesma quantidade de gasolina, na forma de vapor e sob controle dentro do cilindro, e provoque ignição fase a fase, e esta produzirá energia explosiva suficiente para se dirigir o carro por uma milha ou mais.
Há uma diferença de ênfase com relação ao Círculo do mago medieval; o poder que ele esperava isolar era aquele dos espíritos invocados dentro do Triângulo fora do Círculo, e seu Círculo era consagrado puramente para protegê-lo em tal encontro perigoso. Qualquer ponto fraco neste poderia destruí-lo tão seguramente como um furo em uma roupagem de astronauta.
As bruxas não invocam o tipo de perigo que os magos medievais esperavam controlar como domadores de leões; elas invocam a divindade, ou algumas vezes elementais da natureza – os últimos cuidadosamente porém solidáriamente , não com cadeira e chicote. E o poder é gerado dentro do Círculo. Assim, a inclusão, muito mais do que exclusão, é a principal função de seu Círculo.
Eis o porque as bruxas em operação muitas vezes se tornam conscientes das entidades não desejadas que ‘tiram um partido’, mas elas tendem à lidar com estas entidades de forma confiante assim que se manifestam, ao invés de alterar a ênfase do Círculo de forma à torná-lo inacessível em primeiro lugar.
Isso não quer dizer que o Círculo das bruxas não tenha quaisquer funções protetoras; é declarado, entre outras coisas, como sendo ‘um escudo contra toda crueldade e todo mal. Entretanto nós sugerimos que para a maioria das reuniões operativas a função protetora (diferentemente daquela do Círculo do mago) seja secundária.
Contudo, as bruxas podem e de fato consagram Círculos puramente protetores quando surge a necessidade; ao redor da casa à noite quando se sente que o plano astral está turbulento, ao redor de suas camas quando um convidado da casa (muitas vezes sem querer) possui tendências vampirescas, (1) ou mesmo ao redor de uma mesa quando houver trabalho a ser realizado o qual requeira concentração sem distúrbios. E assim por diante.
Com isto em mente, é importante ter uma idéia muito clara sobre o que é de fato um Círculo Mágico, e como ele ‘se parece e como se sente com respeito à ele’ no plano astral. (Esta idéia clara é simplesmente muito importante para um Círculo normal de concentração e ampliação, naturalmente).
Em primeiro lugar, isto não é apenas um Círculo, mas uma esfera; e ela deve ser sempre visualizada deste modo. O Cïrculo é meramente o seu equador, a linha onde a esfera corta o solo. Quando alguém o estiver consagrando, este deve imaginar um eixo ereto no centro, com um arco semi circular partindo de seu topo, atravessando o solo na extremidade do Círculo pretendido, e assim seguindo para baixo até o seu fundo. Enquanto alguém consagra o Círculo com espada ou athame, este deve sentir que está puxando este arco semicircular em volta como a borda de uma cortina, construindo a esfera segmento a segmento como uma laranja reconstruida, até que se retorne ao ponto de partida e a esfera esteja completa. Isso pode parecer complicado, mas a Figura 3 (do livro) deve tornar isso claro; e isso é uma prática de visualização que vale a pena exercitar até que se torna automática com a consagração de qualquer Círculo.
(vide Fig.3 no livro)
A própria esfera deve ser visualizada como um globo brilhante, transparente, azul-elétrico [sic] ou violeta, brilhanto em uma linha ígnea da mesma cor onde ele corta o solo.
Quanto ao texto da consagração, se o Círculo tiver que ser puramente protetivo, as palavras ‘uma fortaleza e proteção que preservará e manterá o poder que nós vamos gerar dentro de ti’ devem ser omitidas, porque nenhum poder será gerado; e ao invocar os Senhores das Torres de Vigia, as palavras ‘para testemunhar nossos ritos e’ devem ser omitidas, porque nenhum rito será realizado.
Em situações de necessidade de proteção (que podem surgir muitas vezes, por exemplo, em público ou em companhia de não-bruxos) pode-se desejar consagrar um Círculo mentalmente, muitas vezes sem mostrar qualquer sinal externo de que a pessoa está assim operando.
Isso não é difícil, com prática; o que é exigido, tal como com o rito fisicamente encenado, é imaginação poderosamente concentrada e força de vontade; ações físicas certamente tornam tal concentração mais fácil, mas elas nunca podem torná-la menos necessária, e a operação puramente mental ocasional é um modo muito bom de desenvolvê-la. Consagrar um Círculo mental pode envolver qualquer coisa desde uma rápida ‘construção’da esfera azul-elétrico até uma completa visualização do ritual por inteiro, incluindo o aroma do incenso imaginado enquando voce o carrega ao redor, e a sensação familiar do cabo do seu athame na sua mão; o que depende das circunstâncias e do tempo disponível. Em uma emergência, o ‘construir’ instantâneo, visualizado com uma enxurrada deliberada de esforço psíquico, pode ser exatamente eficaz. Mas se voce tiver tempo, e não estiver sendo perturbado, visualizar o ritual por inteiro é uma boa disciplina, e evitá-la pode denunciar indolência, o que enfraquece o efeito.
Uma coisa para se lembrar ao consagrar um Círculo protetivo: assegurar-se de incluir todos nas proximidades que estejam vulneráveis. Se voce espera um ataque psíquico de fora, um Círculo que meramente cerque o seu quarto pode protegê-lo, mas o ataque frustrado poderá se lançar sobre um membro inocente da família em um outro quarto. Ou se, como nós, voce possuir aves e poneis nas dependências externas da casa, eles podem tomar o impacto. Isso pode parecer paranóico ou super-imaginativo, mas isto é pura experiência prática – sofrida por nós mesmos e por outras pessoas.
( ilustração da página 85 do livro ) – Acendendo a vela do Oeste: As decorações do templo podem enfatizar o caráter elemental das Torres de Vigia.
( ilustrações da página 86 do livro ) – (acima) Altar com imagens da Deusa e do Deus por Bel Bucca, e o próprio Livro das Sombras de Gerald Gardner aberto no Juramento do Primeiro Grau.
(abaixo) Doreen Valiente próximo ao ‘The Naked Man’ (O Homem Nu), um local tradicional de reuniões de bruxas em New Forest.
( ilustrações da página 87 do livro ) – (acima) Gerald Gardner em sua casa em Isle of Man.
(abaixo) A casa na extremidade de New Forest onde Dorothy Clutterbuck iniciou Gerald Gardner.
( ilustração da página 88 do livro ) – Invocando o Sol, no nosso Templo do Jardim.
( ilustração da página 89 do livro ) – Ao abençoar o vinho, a mulher segura o símbolo ativo, o athame, porque dela é a polaridade positiva nos planos internos.
O texto escrito mais antigo do encantamento ‘Bagahi’ (vide Apêndice B), do manuscrito do décimo-terceiro século do trovador francês Rutebeuf na Biblioteca Nacional, Paris.
Os bruxos americanos Oz (esquerda) e Wolf (direita) visitando a Lia Fáil (Pedra do Destino), considerada um dos Quatro Tesouros do Tuatha Dé Danann, em Tara Hill, Co. Meath. Com eles estão Janet e nossa Donzela do coven, Virginia Russell
Gravura na pedra identificada por arqueologistas como uma imagem de Cernunnos, no terreno da igreja em Tara Hill.
Encantamento da vela e agulha (vide Seção xxii, ‘Encantamentos’)
Ritual das Aberturas do Corpo
Um método consagrado para a proteção psíquica de uma pessoa é o Ritual das Aberturas do Corpo. Deveras, ele sela a alma em seus pontos mais vulneráveis. (2) ele pode ser usado pelos seguidores de qualquer tradição, meramente alterando os Nomes de Poder; nos recordamos de uma vez o termos recomendado para uma amiga cristã que era sensitiva o suficiente para estar consciente de um perigo psíquico para ela própria, e ela usava-o com sucesso em nome de Cristo, e com água da fonte de sua igreja.
Nós aqui apresentamos, naturalmente, a forma Wicca.
O Ritual das Aberturas do Corpo pode ser realizado ou por si mesmo ou por seu parceiro de trabalho. A pessoa a ser protegida deve estar nua, por razões práticas óbvias.
Primeiro, consagre água e sal na maneira normal (vide páginas 43-4), e despeje o sal dentro da água. Os nomes de Deus e Deusa podem ser aqueles normalmente usados ou podem ser escolhidos especialmente para a situação; por exemplo, se nós acabamos de escrever algo que possa provocar uma reação malévola, nós podemos invocar o Deus dos Escribas (digamos o deus egípcio Thoth ou o deus celta Oghma Grianaineach), com uma Deusa consorte apropriada (nesses casos, Isis, ou Brid ou Dana, respectivamente).
Molhe o dedo indicador da mão direita com a mistura de água e sal, e toque cada uma das aberturas do corpo por vez, dizendo à cada vez: ‘Sede tu selado contra todo mal’. Visualize fortemente os selos que voce está criando. Molhe novamente seu dedo quando necessário, de forma que cada abertura receba a mistura consagrada.
As aberturas são como segue:
Em um homem: Olho direito, olho esquerdo, orelha direita, orelha esquerda, narina direita, narina esquerda, boca, mamilo direito, mamilo esquerdo, umbigo, extremidade do pênis, ânus (doze aberturas no total).
Em uma mulher: Olho direito, olho esquerdo, orelha direita, orelha esquerda, narina direita, narina esquerda, boca, mamilo direito, mamilo esquerdo, umbigo, uretra, abertura vaginal, ânus (treze aberturas no total).
Qualquer mamilo excedente também deve ser selado; estes são mais comuns do que é geralmente percebido, usualmente sendo pequenos porém genuínos mamilos rudimentares posicionados na ‘linha do leite’ correndo abaixo dos mamilos comuns. Se voce acha que tem um, um médico confirmará se ele é genuíno ou se é uma mera mancha da pele. (Elas costumavam, naturalmente, ser consideradas como ‘sinais da bruxa’ inquestionáveis, e por estranho que pareça Janet, uma outra de nossas bruxas mulheres e um de nossos bruxos homens todos possuem uma).
Se voce tiver qualquer tipo de ferida ainda não curada ou machucado em seu corpo, este também deve ser selado.
Tal como consagrando o Círculo, o Ritual das Aberturas do Corpo pode, quando a situação exige, ser realizada mentalmente ou astralmente, sem movimento físico. Em mais de uma ocasião Stewart, sentindo que Janet poderia estar sob ataque psíquico enquanto estava dormindo a seu lado, elaborou mentalmente todo o processo para ela, desde a consagração da água e do sal em diante – algumas vezes em substituição, e outras em adição à consagração de um Círculo mental.
Isso levanta a questão: quando o Ritual das Aberturas do Corpo deve ser usado ao invés (ao tanto quanto) da consagração de um Círculo protetor? A reposta é: quando a pessoa em questão está especificamente sob ataque, ou por alguma razão especialmente vulnerável (se ele ou ela estiverem doentes ou cansados, por exemplo). Isto também é útil quando a pessoa estiver fisicamente a caminho, ou prestes a ter seu corpo físico exposto à uma situação psiquicamente perigosa. Isso novamente é um auxílio para a imaginação e a força de vontade. Um Círculo consagrado pode ser carregado com voce enquanto se movimenta (temos muitas vezes consagrado um Círculo a redor de um carro em movimento, por exemplo), mas isso exige visualização deliberada e constante. Se a proteção ritual foi aplicada ao seu próprio corpo, todavia, sua mente aceita automaticamente que aquela proteção acompanhará o seu corpo por onde quer que ele vá, como uma armadura; assim um efeito maior é obtido com menos esforço.
Talismãs
Um talismã não é exatamente um ritual, embora a confecção e consagração de um talismã seja um ato ritual, então eles podem ser adequatdamente mencionados aqui.
Um talismã é um objeto criado, ou adaptado, para um propósito mágico particular – um tipo de condensação física portátil de um encantamento, para ser vestido ou portado que se tenciona beneficiar. O propósito pode ser o sucesso em alguma atividade específica, porém frequentemente ele é proteção contra um perigo específico. Exemplos populares dos dois tipos são um pé de coelho carregado no bolso de um apostador, para sucesso, e um medalhão de São Cristóvão no painel de um carro, para proteção.
Talismãs mágicos verdadeiros, contudo, são sempre confeccionados sob medida, ambos para o usuário e para o propósito pretendido, mais do que o pé de coelho ou o emblema de São Cristóvão. Um talismã é desenhado e confeccionado para simbolizar precisamente o propósito e o usuário, e para conectar à ambos. Ele é então consagrado, com a intenção por trás de sua confecção firmemente em mente, e carregado (simplesmente como o pé de coelho!) sempre que seu efeito for necessário.
Uma forma comum de talismã é feita recortando-se dois discos de papel ou pergaminho unidos por uma articulação. Isso oferece quatro superfícies sobre as quais símbolos podem ser desenhados ou escritos, e todo o material pode ser fechado como um livro dentro de um simples formato de disco.
Suponha, por exemplo, que Stewart estivesse negociando com um editor a respeito de um de seus manuscritos, e quisesse proteção contra uma possível astúcia ou armadilhas ocultas entre as letras miúdas do contrato. (Uma suposição puramente hipotética, nos apressamos à adicionar, porque temos um excelente agente literário, e nenhuma dúvida sequer a respeito de nossos atuais editores!) Ele poderia desenhar um talismã como aquele da Figura 4 e carregá-lo em seu bolso quando ele se sentasse à mesa para negociar.
(Figura 4 do livro – talismãs)
O simbolismo é o seguinte:
Lado 1 O nome de Stewart gravado sobre o quadrado mágico de Mercúrio que é o Deus (e planeta) das Comunicações, e também o rapidamente sagaz que descobre o Às na manga.
Lado 2 O nome de Oghma, Deus celta da Sabedoria e dos Escribas, gravado na escrita Ogham da qual ele recebe o crédito de ter inventado.
Lado 3 Primeiro, a ferradura com as extremidades para baixo, símbolo dos ferreiros e farriers(?) – e o nome Farrar significa ‘farrier’ [talvez forma arcaica de ferreiro_N.doT.]. Ferreiros e farriers são sempre considerados como magos naturais, e apenas à eles foi permitido posicionar as extremidades da ferradura para baixo, para derramar poder sobre a forja. (Ferreiros ainda pregam ferraduras em suas portas [de oficina] desta maneira). A ‘forja’ de Stewart é naturalmente a sua máquina de escrever, assim neste símbolo a sua ferradura hereditária está derramando poder sobre as letras de um teclado de máquina de escrever.
Lado 4 A pena vermelha de Ma’at, Deusa egípcia da Justiça e Negociação Honesta. Devido á um afortunado duplo simbolismo, isto pode também ser considerado como a pena [de ave] para escrever, emblema tradicional do escritor.
Nosso diagrama está em preto e branco, mas tintas coloridas poderiam naturalmente serem usadas para realçar ainda mais o simbolismo. Por exemplo, o Lado 1 poderia estar em laranja, a cor Cabalística de Hod/Mercurio. O Lado 2 poderia estar em verde, uma vez que Oghma Grianaineach é o aspecto celta-irlandês do Deus dos Escribas. O Lado 3 poderia estar em preto, a cor do ferro e das fitas de máquina de escrever. E o Lado 4, naturalmente, em vermelho, a cor da pena de Ma’at.
E no caso em que alguem possa se queixar de que este talismã mistura simbolismo romano, celta, egípcio, astrológico, tecnológico moderno e Cabalístico, nós responderíamos – e daí ? Nós nunca misturaríamos assim símbolos de sistemas em um ritual; mas um talismã é uma coisa pessoal, e nesse caso, o que importava seria a própria ressonância de Stewart com is símbolos que ele escolheu. Se ele estava satisfeito com aquele complexo particular de símbolos, esta seria toda a justificativa que ele necessitaria. (Sendo um bruxo, nós poderíamos adicionar, ele também estaria feliz de que ambos os aspectos de Deus e Deusa foram invocados).
Os quadrados mágicos dos planetas são muito úteis para desenhar talismãs porque, como no exemplo acima, um nome pessoal pode ser conectado diretamente à qualquer qualidade planetária apresentada. Esses quadrados são formados com quadrados menores, como um tabuleiro de xadrez, com números nos quadrados menores. Aqui estão os sete quadrados :
(vide na Pág.88 do livro os quadrados de Saturno, Júpiter, Marte, Sol, Vênus, Mercúrio e Lua)
Em cada quadrado, os números em qualquer fileira, horizontal ou vertical, apresenta a mesma somatória de valores. Estas somatórias são: para Saturno 15, para Júpiter 34, para Marte 65, para o Sol 111, para Vênus 175, para Mercúrio 260 e para a Lua 369.
Outros símbolos planetários úteis na confecção de talismãs são apresentados, juntamente com os próprios quadrados, em muitos livros; por exemplo na obra de Barrett The Magus, que foi publicada em 1801 e está disponível em reimpressões modernas. The Magus, um compêndio fascinante de magia cerimonial tradicional, inclui uma seção inteira sobre magia talismânica. Mas o livro mais facilmente acessível sobre o assunto é a obra de Israel Reardie Como Fazer e Usar Talismãs, um dos pequenos livretos da série Caminho Para os Poderes Internos.
Incidentalmente, existe um erro na versão de Barrett do Quadrado de Vênus, que Regardie infelizmente repetiu. O terceiro número a partir da esquerda na segunda fileira para baixo deveria ser 48, não 43; voce pode confirmar isso checando as somatórias das fileiras.
Nomes são transformados em sigilos convertendo as letras em números, e então traçando uma linha contínua de número em número através do quadrado mágico escolhido. Aqui está a tabela de conversão:
1 2 3 4 5 6 7 8 9
A B C D E F G H I
J K L M N O P Q R
S T U V W X Y Z
Tomando nosso exemplo – o nome STEWART FARRAR então se converte para 1255192619919.
Outro livro útil para fabricantes de talismãs é o 777 de Crowley; suas volumosas tabelas de correspondências podem ser muito úteis para selecionar símbolos para expressar os conceitos que voce deseja incorporar.
Voce pode fazer um talismã tão simples ou tão complicado da forma que quiser; a velha e boa regra básica se aplica, que o objeto finalizado deve lhe causar a impressão de ‘sentir que está certo’ com relação à voce. Mas no caso dos talismãs, há uma vantagem da complexidade; a pesquisa, a habilidade de pensar e projetar envolvidas de fato lhe ajudam à enraizar o propósito do talismã firmemente em sua mente, e à construir a forma-pensamento robusta que é a verdadeira ‘peça que funciona’; o talismã físico é, por assim dizer, uma bóia à qual a forma-pensamento pode se firmar.
Uma vez que o talismã esteja completado, ele deve ser consagrado. Nós sugerimos a forma elemental de consagração apresentada nas páginas 47-8.
Proteção do Lar
A melhor proteção psíquica da sua casa é uma saudável atmosfera psíquica dentro da própria casa, que (à parte de ser desejável de qualquer forma) lida automaticamente com a maioria das influências externas indesejáveis através do Efeito Bumerangue. (Vide página 24). Você também deve se recordar sempre da regra oculta básica: ‘A única coisa a temer é o próprio medo.’ Uma confiança tranquila é a melhor armadura psíquica do mundo; e num lar que está infectado pelo medo, não é de se supor que tensões pessoais ou outras atitudes negativas possam ser invulneráveis à infecção externa. Um homem com resfriado é mais suscetível à pneumonia do que um homem são, e o mesmo princípio se aplica à todos os níveis.
Isto sendo dito – não há problema em erguer barreiras psíquicas com propósito ao redor de sua casa a princípio, ou como uma defesa específica num momento de provável perigo; da mesma forma que um homem saudável e sensível toma razoáveis precauções para não pegar um resfriado, sem se tornar paranóico a respeito disso.
A forma real do ritual de proteção que voce usará depende de muitas coisas e deve ser sempre elaborado sob medida para sua própria situação; assim nós não propomos oferecer um ritual detalhado, apenas surgerir uns poucos métodos mágicos básicos que voce pode adaptar, combinar ou desenvolver para satisfazer o seu próprio sentido sobre o que lhe faz ‘sentir-se bem’.
O método mais simples de todos é, naturalmente, o Círculo Mágico ao redor da casa. Para uma ênfase melhor, ele deve ser consagrado de forma concreta, usando seus instrumentos mágicos físicos, mais do que de forma mental quando for possivel. Se voce tiver sorte o suficiente para estar morando em uma casa isolada, voce poderá caminhar do lado de fora ao redor para consagrá-lo. Se mora numa casa semi isolada ou geminada, ou num apartamento, voce poderá caminhar dentro do perímetro interno, mas projetando o Círculo mentalmente para fora das paredes.
Mas o importante à se lembrar com respeito à um Círculo Mágico é que ele é uma medida temporária a menos que seja deliberadamente mantido. Um Círculo de coven é muito vigorosamente mantido pelo ritual realizado dentro deste, e pelo senso de união em conjunto da mente-grupo do coven; e ele é banido quando a reunião se dispersa, dessa forma até então o conhecimento de que ‘nós ainda não banimos’ carrega em si um efeito psicológico de conservação. Um Círculo não’frequentado’, entretanto, se dissipa por si próprio assim que as horas passam. A opinião geral é que sua média de vida é de cerca de vinte e quatro horas.
Então para um efeito de maior duração algo a mais é necessário. A diferença é basicamente psicológica (e portanto mágica); voce sabe que voce tenciona que a proteção seja efetiva por uma semana ou um mês, ou qualquer outra duração – e o mero fato de que voce está usando uma técnica que tem aquele intento, e que não é propositadamente a mesma como o seu Círculo Mágico usual, ajuda à estabelecer sua longevidade desejada no plano astral.
Um bom começo é consagrar água e sal, misturá-los e andar ao redor da casa ungindo cada peitoril de janela, entrada de chaminé, ventilação e degrau externo da porta com esta mistura. Enquanto o fizer, declare: ‘Nenhum mal pode entrar aqui’ – e visualize a realidade astral da marca (sua estrutura molecular astral, por assim dizer) realmente se modificando para atender às novas requisições. Faça isso com toda a força de vontade que voce puder reunir.
Depois, circule por todos estes lugares novamente com seu athame em sua mão, e trace o Pentagrama de Banimento da Terra (vide Figura 5) na direção de cada um. Enquanto o fizer, declare: ‘Todo o mal é mandado de volta!’. (3)
(vide Fig.5 no livro)
Objetos físicos ou símbolos expressando a idéia de proteção, em locais adequados, podem ajudá-lo à construir uma consciência de proteção contínua. Por exemplo, existe um pentagrama de aço inoxidável na porta do nosso templo, e um pentagrama colorido transparente em sua janela; eles foram colocados lá porque são atraentes e apropriados, não pela ansiedade – mas eles de fato incrementam a atmosfera de segurança do templo. Novamente, caso voce esteja em sintonia com símbolos egípcios, uma gravura de Anubis sobre uma porta é dramaticamente eficaz. E assim por diante.
Contudo nós enfatizaríamos novamente – aquilo que executa o trabalho é a forma-pensamento construída nos planos astral e mental; qualquer objeto físico é apenas ‘uma bóia à qual a forma-pensamento pode se fixar’, e voce deve estar consciente disto em todo o seu trabalho.
Uma das mais tradicionais dentre estas bóias de ancoragem psíquica é a garrafa da bruxa enterrada sob o degrau externo da porta (não tão fácil em um apartamento na cidade ou uma entrada cimentada, mas fixá-la sobre ou ao lado do batente da porta tem o mesmo efeito mental e astral). Tais garrafas tem sido usadas para muitos propósitos através dos tempos, e preenchidas com muitas substâncias desde o exótico até o nauseante. Para o nosso propósito atual de proteção doméstica, nós sugeriríamos encher a garrafa com uma pequena coleção de ervas que possuem qualidades protetoras tradicionais, e então lacrá-la firmemente. Ela poderia, por exemplo, conter o seguinte. (Nós damos os nomes botânicos em latim também porque estes são universais, ao passo que nomes locais diferem; acônito, por exemplo, é chamado wolfsbane, monkshood, capuz de frade ou foguete azul em muitos lugares, mas Aconitum napellus sempre irá identificá-la).
Sempre-viva (Sempervivum tectorum) contra raios, relâmpagos.
Alho (Allium sativum) contra vampirismo psíquico.
Erva de São João (Hypericum perforatum) contra ‘fantasmas, demônios, diabinhos e raios com trovões’ ou demônios em geral; seu antigo nome em latim era Fuga daemonum devido à sua reputação.
Pennyroyal (?) (Mentha pulegium) contra ‘agitação mental’(?) e histeria – isto é, desorientação mental ou ‘anormalidade’(?).
Fumitory (?) (Fumaria officinalis) que na linguagem das flores elaborada na era Vitoriana significava ‘eu expeli voce de meus pensamentos’; nada de errado em adicionar uma pitada de humor.
Espinho Negro (?) (Prunus spinosa), uma das plantas da Deusa em seu aspecto negro, protetivo.
Carvalho (Quercus robur ou Quercus petraea) e holly (?) (Ilex aquifolium), simbolizando os aspectos de Ano Crescente e Ano Minguante do Deus, para equilibrar o blackthorn, e também para expressar a idéia de proteção ao longo do ano.
Uma pequena pesquisa na literatura do herbalismo logo o ajudará à elaborar uma lista adequada às suas próprias necessidades. Por exemplo, se voce tiver formação celta, poderá se sentir satisfeito com uma garrafa contendo as sete ervas sagradas dos Druidas: mistletoe(?) (Viscum album), verbena (Verbena officinalis), henbane (Hyoscyamus niger), prímula (Primula vulgaris), pulsatilla (Anemone pulsatilla), trevo (Trifolium pratense) e acônito (Aconitum napellus).
Deve-se notar que henbane e acônito são ambas plantas venenosas; elas são inofensivas o suficiente dentro de uma garrafa lacrada, mas elas não podem ser usadas de forma medicinal exceto sob recomendação de um expert.
De plantas para animais: Michael Bentine, aquele autor, comediante, sensitivo e pesquisador paranormal altamente inteligente, em seu livro A Porta Marcada Versão (pag.34), dá uma indicação útil que a nossa própria experiência confirma. ‘Nenhum gato ou cão com respeito próprio, ou neste contexto qualquer animal domesticado, permanecerá por mais do que alguns instantes onde qualquer “Interesse com o Demônio”ou outras práticas negativas estejam sendo realizadas, e deixarão rapidamente a cena do crime. Gosto de ter um animal à minha volta quando estou abrindo o campo de força paranormal, para me dar um aviso de confirmação sobre qualquer coisa negativa sendo atraída para o foco de poder ao qual estou sintonizado. Isso eu aprendi de meus pais, que sempre aceitaram bem a presença de um cão ou gato enquanto conduziam suas investigações.’
O uso dos familiares das bruxas como radar psíquico é mais importante do que algumas das funções bizarras atribuídas à estes pelo folclore.
Incidentalmente, A Porta Marcada Verão deve ocupar o topo da lista de leitura de qualquer bruxa; um livro entusiasmante porém equilibrado, é uma mina de informações úteis a partir de experiências em primeira mão dentro de todo o campo psíquico. Outra citação perspicaz deste (pág.36) sobre o assunto de defesa: ‘O mal ou as forças negativas abominam o som da gargalhada legítima, não a gargalhada maliciosa, sarcástica e zombeteira, mas aquela gargalhada maravilhosa que vem do fundo do ventre que sacode o plexo solar e espanta a alma da escuridão. O ódio, em particular, se dissolve instantaneamente na presença de uma boa e velha gargalhada de fazer cair no chão.’ (O que torna o próprio Bentine um notável cruzado contra as forças obscuras).
Todos estes métodos mágicos de proteção são instrumentos úteis quando são necessários. Contudo nenhuma bruxa deve desenvolver uma atitude de ‘cinto e braçadeiras’ (?) para defesa psíquica. Bruxas paranóicas, passíveis de hipocondria psíquica, são pouco úteis para si próprias e para os outros. A consciência de possível perigo psíquico deve sempre ser equilibrada com uma auto-confiança tranquila, mesmo prazeirosa. Um conjunto de armadura é muito prático na ocasião certa, mas portada vinte e quatro horas ela evita que o sol e o ar cheguem até a sua pele.
Isto não pode ser repetido muitas vezes: a única coisa à temer é o próprio medo.
E finalmente – para um estudo mais aprofundado sobre todo o assunto, o livro de Dion Fortune Auto-Defesa Psíquica deveria ser leitura obrigarória para qualquer bruxa e ocultista.
X Um Ritual da Praia
Como destacamos em Oito Sabás para Feiticeiras, o romance de Dion Fortune A Sacerdotisa do Mar é uma mina de outro de material para rituais elaborados. Lá, usávamos uma passagem deste como parte de nosso ritual de Casamento, e muitas pessoas a tem considerado comovente e muito adequada.
Aqui está um Ritual da Praia o qual baseamos em muitas ocorrências de A Sacerdotisa do Mar. O romance é disponível em duas edições, a edição de texto completo em capa dura e uma versão resumida em capa mole (vide Bibliografia para detalhes).
As passagens que nós extraímos para nosso ritual serão localizadas nas páginas 189-90, 214, 217-20 e 315 na edição capa dura, e nas páginas 102-3, 118, 121-4 e 173 da edição de capa mole. Mas toda bruxa deve ler todo o livro, que tem tido um profundo efeito sobre muitas pessoas.
Com relação ao nosso ritual de Casamento, nós utilizamos este material sob a gentil permissão da Sociedade da Luz Interna, que detém o copyright das obras de Dion Fortune – e nós repetimos o que dissemos lá : ‘A responsabilidade pelo contexto no qual elas possam ser usadas é, naturalmente, inteiramente nossa e não da Sociedade; mas nós apreciamos pensar que, se a falecida Srta.Fortune fosse capaz de estar presente, teríamos recebido sua bênção.’
Em sua carta de permissão, a Sociedade nos solicitou à dizer ‘que Dion Fortune não era uma Bruxa e que não tinha qualquer relação com um coven, e que esta Sociedade não está de forma alguma associada com a Arte das Bruxas’. Nós atendemos à solicitação deles; e quando este livro for publicado, nós lhes enviaremos uma cópia com nossos cumprimentos, na esperança de que isso possa levá-los à cogitar sobre outras considerações se a filosofia Wicca é estranha àquela de Dion Fortune (à quem as bruxas consideram com grande respeito) como eles parecem imaginar. Com toda amabilidade, devemos admitir que às vezes nós nos perguntamos se a Sociedade não tem se afastado demasiadamente do ensinamento predominante de Dion Fortune mais do que tiveram as bruxas. Mas aquilo, naturalmente, é da conta deles próprios.
A parte central deste ritual é o Fogo de Azrael, que consiste de três madeiras - cedro, sândalo e juniper(?). Azrael é o Anjo da Morte, entretanto no sentido amável de ‘o Consolador, o Confortador’ – o Psicopompos que suaviza a transição da encarnação corporal para as Terras do Verão (Summerlands_?). Porém este Fogo não é um fogo funeral; ele é muito mais um meio de clarividência para o passado, em particular o passado do local no qual ele é queimado. Vivian Le Fay Morgan explica seu propósito à Wilfred Maxwell em A Sacerdotisa do Mar (capa dura, pág.133,capa mole, pág.66): ‘Ela me perguntou se um dia eu gostaria de olhar nos carvões do Fogo de Azrael, e eu lhe perguntei o que isto significava; e ela disse que alguém fez uma fogueira com certas madeiras, e contemplou as brasas enquanto estas se extinguiam e por meio destas viu o passado que estava morto. Nós faríamos isto, ela disse, um dia, e então nós veríamos todo o passado do alto mar (?) e o terreno vazio dos charcos reconstruindo a si mesmo.
A reação de clarividência ao Fogo de Azrael depende do indivíduo, assim discuti-la aqui poderia colocar preconceitos na mente do experimentador. Mas o Fogo também pode ser utilizado como um foco de invocação, tal como Morgan e mais tarde Molly o utilizaram em A Sacerdotisa do Mar; e é com esta ênfase que nós montamos o nosso ritual.
Incidentalmente, várias vezes nós fizemos um incenso baseado no Fogo de Azrael, misturando pedacinhos de sândalo, óleo de cedro e frutos de juniper esmagados. Nós achamos isso muito compensador – mas novamente, deixamos o experimento para o leitor. (Vide página 261 para nossa receita).
Não existe motivo, naturalmente, porque este Ritual de Praia não deva ser encenado com uma fogueira feita com outras madeiras, caso voce tenha dificuldade em pôr suas mãos em quantidades suficientes de cedro, sândalo e juniper. O significado da invocação é o mesmo, e o cenário deve ter o mesmo efeito sobre a psiquê. Mas há algo especial sobre o Fogo de Azrael que vale a pena ser descoberto por voce mesmo, assim o colocamos para frente como o ideal.
Informações sobre o Fogo de Azrael, seus materiais e usos, serão encontrados em A Sacerdotisa do Mar nas páginas 136-40, 143-7, 154, 185-6, 288-9, 302-3 e 311 da edição capa dura, e páginas 68-70, 75, 99-100 e 155-7 da edição capa mole.
Mas voltemos ao ‘significado da invocação’, com ou sem o Fogo de Azrael. Seu propósito é invocar Ísis Desvelada através de Ísis Velada. Ísis Velada é a Natureza manifesta, que é a vestimenta da Deusa; Ísis Desvelada é a guardiã dos Mistérios Internos. No Taro, Ísis Velada é a Imperatriz, e Ísis Desvelada é a Suma Sacerdotisa. Lua e mar evocam a sobreposição entre os dois aspectos; em um sentido esta fronteira é simbolizada no Taro pela Estrela, que é sempre mostrada como estando ela própria despida e ainda assim em unidade com ambos Natureza e Céu – e, significativamente, se ajoelhando sobre uma praia e derramando sua influência sobre ambas água e terra. Dessa forma ao conduzir nosso ritual em uma praia sob a luz da lua nós nos sintonizamos com esta mesma fronteira e a penetramos psiquicamente e avançamos para além dela.
Nós repetimos novamente: o ritual tal como o apresentamos é o ideal, e nem sempre será possível conseguir todos os seus elementos – uma praia deserta com uma coincidência de lua cheia refletida na água e uma maré crescente, para não mencionar uma noite quente. Assim nós não inserimos ‘preferivelmente’ ou ‘se possível’ em cada sentença. Quanto mais dos elementos ideais puder ser conseguido, melhor; mas toda bruxa sabe que mesmo um ritual improvisado (se o improviso for inevitável e não mera preguiça) pode ter resultados animadores se forem assumidos dentro do sentido correto.
Uma coisa pode sempre ser feita, e vale a pena fazer: que todos devem aprender suas palavras de cor – ainda mais assim porque ler em campo aberto sob a luz da lua é dificilmente praticável. Para facilitar (e também para oferecer à todos uma parte ativa, mesmo que pequena), nós dividimos as declarações em prosa entre vários membros do coven.
Uma nota de advertência ligeiramente cínica: para aquelas bruxas que tem horror de se ‘contaminar’ com nomes Cabalísticos ou Egípcios (vide nota 3, pág.312) é melhor pular este ritual, porque Dion Fortune utiliza ambos [os nomes] ! Mas nós os consideramos perfeitamente sintonizados com o estilo do rito, e com o espírito da Antiga Religião.
A Preparação
Encontre um trecho de praia, tão deserta quanto possível, onde a maré venha suavemente e não impetuosamente. Estude as tábuas das marés e observe as marés na praia, de forma que voce saiba bem quando a maré virá e cobrirá seu lugar escolhido para a fogueira. Este lugar pode ser ou na areia ou sobre a borda de uma pedra conveniente, desde que esta última não seja pesadamente respingadas pelas ondas ao se chocarem nas rochas.
Escolha uma noite quando a maré estiver crescendo em um horário conveniente, e faça preparações para iniciar seu ritual uma hora ou mais antes que a maré alcance sua fogueira. A lua cheia deve estar o mais próximo possível de sua plenitude.
É de certa forma improvável que um ritual com todos vestidos de céu seja possível mesmo com uma fogueira, à menos que sua praia seja deveras muito privativa, e a noite muito quente. (Trajes de banho, calções de banho ou bikinis podem ser utilizados). Assim a Suma Sacerdotisa, como os outros, provavelmente estará trajada. As cores apropriadas são um robe prateado com uma capa azul escuro.
À parte da madeira para a fogueira e os meios para acendê-la, os únicos materiais ou instrumentos requeridos são um cálice para o vinho, alguma ‘comida de lua’, de cor branca, e um athame para consagrar à ambos. O menu de comida de lua de Dion Fortune consistia de : ‘coalho de amêndoa tal como fazem os chineses; e vieiras (um tipo de molusco) em suas conchas; e pequenos bolos de mel em forma de crescente como marzipan para sobremesa – todas coisas brancas. E esta pálida mesa de jantar curiosa era atenuada por um monte de romãs.’ (A Sacerdotiza do Mar,capa dura pág.204, capa mole pág.111. ) Contudo a sua própria comida de lua depende do seu paladar, recursos e imaginação.
Finalmente – cães são sagrados para a Deusa da Lua, então se voce tiver cães que sejam confiáveis para ficarem nas proximidades, de toda forma leve-os (e a comida deles). E nunca exija uma disciplina rígida da parte dos animais em um ritual, porque a Deusa certamente não exigirá !
O Ritual
A Suma Sacerdotisa se afasta do coven tanto quanto razoavelmente ela puder, enquanto puder ainda ver e ouvir o que está acontecendo. Se ela puder se esconder atrás de uma rocha ou na virada de um morro ou uma duna de areia, tanto melhor; mas em todo caso o coven a ignora até que chegue o momento para ela se aproximar deles.
O coven prepara o Fogo de Azrael no lugar escolhido. Quando tudo estiver pronto, o Sumo Sacerdote e a Donzela olham um para o outro através da fogueira ainda não acesa, em uma linha paralela à margem do mar. O resto do coven se posiciona em um semi círculo entre eles, olhando para o fogo e o mar.
A Donzela diz:
‘Afasta-te de nós, Oh tu profano, pois estamos prestes à invocar a descida do poder de Isis. Entrai em seu templo com as mãos limpas e um coração puro, de outra forma estaríamos profanando a fonte da vida.’
Um bruxo masculino diz:
‘Aprendei agora o segredo da teia que é tecida entre a luz e a escuridão; cujo arco envolve a vida em tempo e espaço, e cuja trama é tecida das vidas dos homens.’
Uma bruxa feminina diz:
‘Contemplai a nós ascendendo com o alvorecer do tempo desde o mar cinza e nevoento, e com o crepúsculo nós mergulhamos no oceano ocidental, e as vidas de um homem estão enfiadas como pérolas no cordão de seu espírito; e jamais em toda sua jornada vai ele sózinho, pois aquilo que é solitário é estéril.’
Um bruxo masculino diz:
‘Aprendei agora o mistério das marés vazante e flutuante (cheia_?). Aquilo que é dinâmico no externo é latente no interno, pois aquilo que está acima é tal como aquilo que está embaixo, porém sob um outro modo.’
Uma bruxa feminina diz:
‘Nos céus a nossa Senhora Ísis é a Lua, e os poderes da lua pertencem à ela. Ela é também a sacerdotisa da estrela de prata que se ergue do mar do crepúsculo. Dela são as marés magnéticas da lua controlando os corações dos homens.’
Um bruxo masculino diz:
‘No interior ela é toda poderosa. Ela é a rainha do reinado do sono. Todos os trabalhos invisíveis pertencem à ela, e ela rege todas as coisas ainda antes de estas nascerem.’
Uma bruxa feminina diz:
‘Ainda que através de Osiris seu companheiro a terra cresça verde, assim a mente do homem concebe através do seu poder.’
O Sumo Sacerdote diz:
‘Vamos apresentar em um rito a natureza dinâmica da Deusa, que as mentes dos homens possam ser tão férteis quanto os seus campos.’
A Donzela se vira para olhar o solo, e ergue seus braços para o alto. Ela diz:
‘Afasta-te de nós, Oh tu profano, pois a revelação da Deusa está próxima.’
A Donzela então caminha deosil ao redor da fogueira e se reúne ao Sumo Sacerdote. O Fogo de Azrael é então aceso. Quando estiver queimando satisfatoriamente, o coven e a Donzela sentam-se em seu semi círculo. O Sumo Sacerdote permanece de pé.
‘O tu que existias antes de a terra ser formada –
Rhea, Binah, Ge. (1)
Oh mar sem maré, silencioso, ilimitado, amargo,
Eu sou teu sacerdote; Oh respondei a mim.
‘Oh céu arqueado ao alto e a terra em baixo,
Doadora da vida e aquela que traz a morte,
Perséfone, Astarte, Ashtoreth,
Eu sou teu sacerdote; Oh respondei a mim.
‘Oh dourada Afrodite, vinde a mim !
Flor da espuma, ergue-te do mar amargo.
A hora da maré da lua cheia se aproxima,
Ouvi as palavras de invocação, ouvi e aparecei –
Ísis Desvelada, e Rhea, Bina, Ge.
Eu sou teu sacerdote; Oh respondei a mim.
‘Oh Ísis, velada na terra, mas brilhando clara
No céu noturno agora [que] a lua cheia se aproxima,
Ouvi as palavras de invocação, ouvi e aparecei –
Shaddai el Chai (2), e Rhea, Binah, Ge.
Na última linha, o Sumo Sacerdote ergue seus braços ao alto num gesto largo.
A Suma Sacerdotisa emerge de seu esconderijo e caminha para a margem do mar oposta ao fogo, continuando até que a água realmente alcance seus pés. (3) Ela ergue seus braços ao alto num gesto largo por um momento enquanto olha para o mar; então ela abaixa os braços e se vira, e caminha de uma maneira lenta e majestosa até o fogo. Quando ela o alcança, fica em pé olhando o Sumo Sacerdote através do fogo.
O Sumo Sacerdote abaixa os braços e curva-se à ela.
A Suma Sacerdotiza ergue seus braços formando uma curva como os Cornos de Isis (que também podem representar a Lua crescente) com as palmas das mãos para dentro. Ela os mantém nesta forma enquanto canta:
‘Eu sou aquela que existia antes de a terra ser formada
Era Rhea, Binah, Ge.
Eu sou aquele mar silencioso, ilimitado, amargo,
De cujas profundezas a vida flui eternamente.
‘Astarte, Afrodite, Ashtoreth –
Doadora da vida e aquela que traz a morte;
Hera no Céu, na terra, Perséfone;
Levanah das marés e Hecate –
Todas estas eu sou, e elas são vistas em mim.
‘Eu sou aquele mar silencioso, ilimitado, amargo.
Todas as marés são minhas, e atendem à mim.
Marés dos ares, marés da terra interior,
As marés secretas, silenciosas da morte e nascimento.
Marés das almas, e sonhos, e destino dos homens –
Ísis Velada, e Rhea, Binah, Ge.
‘A hora da lua cheia alta se aproxima;
Eu ouço as palavras de invocação, ouço e apareço –
Ísis Desvelada e Rhea, Binah, Ge.
Eu venho ao sacerdote que me invocou.’
Terminada a canção, sem pressa o Sumo Sacerdote se ajoelha, e a Suma Sacerdotisa abaixa seus braços. O coven sentado passa para a se ajoelhar. Prosseguindo deosil, a Suma Sacerdotiza caminha ao redor e coloca suas mãos sobre cada cabeça ao redor, começando com a do Sumo Sacerdote. Assim que ela se afasta de cada pessoa, ela ou ele reassume a posição sentada. (Caso hajam quaisquer cães com o coven, ela os abençoa do mesmo modo, mas também afagando-os ou dando palmadinhas de leve para relaxá-los). Finalmente ela se senta olhando para o Sumo Sacerdote através do fogo.
O Sumo Sacerdote diz:
‘Comunguemos agora com os segredos do fogo.’
Todo o coven, incluindo a Suma Sacedotisa, contemplam agora o fogo e falam sobre o que estes vêem. A Suma Sacerdotisa conduz esta parte do ritual, encorajando e acalmando quando necessário.
Quando ela sentir que isto se prolongou o tempo suficiente, ela pede pela comida de lua, que é trazida e compartilhada, assim também com o vinho – ambos sendo consagrados na maneira normal por ela mesma e o Sumo Sacerdote. Um pouco da comida é mantida separada.
O coven permanece com o fogo até que a maré que vai se aproximando o apague. Quando estiver apagado por completo, a Suma Sacerdotisa diz:
‘Consummatum est. Aqueles que receberam o Toque de Ísis receberam a abertura dos portais da vida interior. Para eles as marés da lua crescerão e diminuirão e crescerão e nunca cessarão em seu ritmo cósmico.’
A Suma Sacerdotisa então traz sua comida que foi mantida à parte, e ela a lança sobre a água como uma oferenda ao mar.
Finalmente ela estica seus braços por sobre o mar. Após um momento ela os abaixa novamente e se vira, e ela e o Sumo Sacerdote levam embora o coven.
O CAMINHO WICCA
XI A Base Lógica da Bruxaria
As bruxas não são tolas, nem escapistas nem supersticiosas. Elas estão vivendo no século vinte , não na Idade Média, e elas aceitam o fato sem reservas; se elas tendem à manter um senso mais profundo de continuidade histórica, e uma tela do tempo mais ampla do que a maioria das pessoas, aquilo torna sua consciência sobre o presente mais vívida, não menos. Muitos bruxos são cientistas ou técnicos, e por nossa experiência várias vezes encontramos [estes] bons profissionais. Se a bruxaria moderna não tivesse uma base lógica coerente, tais pessoas estariam indo em frente apenas devido à um tipo deliberado de esquizofrenia, sem qualquer compartimento à prova d’água em suas vidas particularmente feliz – e não temos visto nenhum sinal daquilo.
A bruxaria moderna deveras possui uma base lógica, e uma bem coerente. Isso pode surpreender alguns de nossos leitores, que sabem apenas que a bruxaria provém da coragem (*). Assim isto é, até onde vão a motivação e a operação. O potencial de trabalho e o apelo da Arte crescem a partir das emoções, intuições, da ‘vasta profundidade’ do Inconsciente Coletivo. Seus Deuses e Deusas tomas suas formas a partir dos Arquétipos numinosos [sic] que são as poderosas pedras de fundação da psiquê racial humana.
Mas a Consciência é humana também. A mente consciente individual é um recém chegado comparado à cena evolucionária deste planeta, e – ao menos na extensão em que os animais da terra são considerados (1) – ela é o dote exclusivo do homo sapiens. Nenhum outro animal da terra físicamente manifestado a possui, embora um ou dois dentre os mamíferos superiores aparentem possuir seus primeiros movimentos embrionários. Os sentimentalistas conferem esta faculdade à seus animais prediletos até um grau quase humano, mas isto é pura projeção (e uma compreensão errônea da natureza da consciência) colorida pelo fato de que alguns dos padrões instintivos dos animais, reflexos condicionados e capacidade de aprendizado se sobrepõe cognitivamente com relação aos padrões, reflexos e capacidades humanos. Donos de animais de estimação compreenderiam e aprenderiam com as criaturas que estes amam muito melhor caso abandonassem esta fantasia e vissem (por exemplo) um gato como um gato, com a dignidade de sua própria natureza, e não como um humano peludo.
(* guts; coragem, fortaleza, no sentido de gíria segundo o The American Heritage Dictionary. Foi o sentido mais aproximado)
A consciência não é apenas uma dádiva, é uma responsabilidade. Ela concede ao homem o ‘domínio sobre ps peixes do mar, e sobre as aves do ar, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre toda coisa rastejante que se arraste sobre a terra’. Domínio neste sentido não significa o direito de explorá-los; isto significa que, desde que a crescente complexidade do homem o torna, para melhor ou pior, a ponta de lança da evolução da Terra, ele tem a grande responsabilidade (deveras, dele é a única espécie com responsabilidade consciente) com relação à totalidade da Natureza manifesta. As bruxas estão especialmente conscientes disto; a Wicca como tal é não-política, abraçando votantes e ativistas de muitos matizes; mas todas as bruxas tendem à saltar para cima de uma caixa de sabão (*) quando as coisas partem para a questão ambiental.
(* no sentido figurado, quando um manifestante sobe numa ‘caixa de sabão’ para fazer seu discurso)
Contudo a consciência carrega o homem com uma responsabilidade consigo mesmo, para com sua própria raça também. Ele deve integrar o consciente com o inconsciente, intelecto com intuição, cabeça com coração, cérebro com intestinos. Se ele não o fizer, seu conflito o paralisará ou até mesmo o destruirá, e possivelmente a Terra também; ele terá traído a confiança de seu ‘domínio’.
Então é incumbência das bruxas, cuja religião e Arte se originam das profundezas internas, ser realmente o Povo Sábio e mostrar que a Wicca também satisfaz o intelecto. Elas tem que demonstrar a si mesmas e para o mundo que sua fé está de acordo com a realidade e portanto não contém (o quão bonita esta aparente na superfície) as sementes da auto-destruição.
A base lógica da Wicca é uma estrutura filosófica dentro da qual todo fenômeno, da química à clarividência, de logaritmos ao amor, pode ser razoavelmente ajustado. E uma vez que o Wicca é um movimento que cresce velozmente, atuante em um mundo real, este deve (sem jamais perder ou enfraquecer sua preocupação com as profundezas psíquicas) constantemente explicar, examinar, desenvolver e aprimorar aquela filosofia.
A base lógica do Wicca, como o observamos, repousa sobre dois princípios fundamentais: a Teoria dos Níveis, e a Teoria da Polaridade.
A Teoria dos Níveis sustenta que a realidade existe e opera sobre muitos planos (físico, etérico, astral, mental, espiritual, para dar uma lista simplificada porém geralmente aceita) (2); que cada um destes níveis tem suas próprias leis; e que estes conjuntos de leis, enquanto que especiais para seus próprios níveis, são compatíveis uns com os outros, com sua mútua ressonância governando a interação entre os níveis.
A Teoria da Polaridade sustenta que toda atividade, toda manifestação, surge da (e é inconcebível sem) interação dos pares e opostos complementares – positivo e negativo, luz e trevas, conteúdo e forma, masculino e feminino, e assim por diante; e que esta polaridade não é um conflito entre ‘bem’ e ‘mal’, mas uma tensão criativa como aquela entre os terminais positivo e negativo de uma bateria elétrica. Bem e mal são gerados apenas através da aplicação construtiva ou destrutiva do resultado daquela polaridade (novamente, como em relação aos usos para os quais uma bateria pode ser empregada).
A Teoria dos Níveis descreve a estrutura do universo; a Teoria da Polaridade descreve sua atividade; e estrutura e atividade são inseparáveis. Juntas, elas são o universo.
Examinemos cada uma delas com maiores detalhes.
A Teoria dos Níveis (mesmo se super-simplificada para matéria, mente, espírito e Deus) era mais ou menos tida como concedida até cerca de uns dois séculos atrás, quando a avalanche da Revolução Científica (e sua obscura descendência, a Revolução Industrial) realmente começou seu movimento. A Revolução Científica, quase exclusivamente preocupada com o nível físico da realidade, era um estágio necessário ainda que várias vezes temporariamente confuso no desenvolvimento do homem; havia chegado o tempo para ele compreender e conquistar a matéria e suas leis.
O problema foi que ele fez isto tão brilhantemente, com tal sucesso tão admirável e obstinado, que ele iludiu a si próprio ao pensar que a matéria fosse o único nível de realidade. Ele veio a crer que a mente era meramente um epifenômeno, uma atividade eletroquímica do cérebro físico; e que ‘espírito’ era uma fantasia, uma projeção simbólica dos conflitos mentais ou mesmo glandulares e incertezas do homem, ou no melhor de sua necessidade de perfeição, a chave verdadeira [cujo caminho] para a qual (era acreditado) se encontrava no progresso material.
Pensava-se que a religião organizada teria levado adiante uma significativa correção para tudo isso; mas de fato sua voz era dificilmente ouvida à clamar no deserto do materialismo triunfante. Em todas as arenas ativas de idéias humanas, a religião foi relegada às margens da ética ou das doações de caridade, ou à racionalizações morais das consequências sociais da industrialização. Considerada na mesma extensão que a filosofia, a interpretação da realidade cósmica somente poderia combater ações de retaguarda. O materialismo era a força dinâmica real da época.
E ainda assim, para aqueles com olhos para ver, as descobertas da ciência eram cheias de indicações sobre a verdade maior. Dentro de seus próprios limites, a ciência refletia a Teoria dos Níveis. As leis de cada uma de suas disciplinas – matemática, física, química, biologia e assim por diante – eram diferentes, embora compatíveis. Um botânico, analisando a estrutura e o metabolismo de uma folha, tinha que reconhecer e fazer uso das fórmulas da química, matemática e física tanto quanto as suas próprias. Cada conjunto de leis da ciência tinha suas próprias características e relevância exclusivas; embora todas elas interagissem, e não haviam dois conjuntos de leis que estivessem em conflito mútuo. Onde eles pareciam contradizer um ao outro, os cientistas sabiam que isto era devido ao fato de que eles não haviam ainda compreendido os mesmos perfeitamente, e muito corretamente eles os estudaram e reavaliaram até que o conflito aparente fosse resolvido.
Tem sido apenas ao longo da nossa vida [atual_?] que os cientistas mais sábios começaram, em alguma escala significativa, à ter dúvidas sobre a visão definitiva do século dezenove sobre um universo como um mero (embora complexo) mecanismo físico.
Estas dúvidas, também, são um desenvolvimento natural. Se alguém empurrar a investigação desde o plano físico para suas fronteiras máximas, a verdadeira natureza daquelas fronteiras trarão a pessoa face a face com as áreas de interação com outros planos; este continua obtendo vislumbres enigmáticos ao longo da parede fronteiriça – e fica cada vez mais difícil ignorar o que se encontra além. (3)
O e=mc2 de Einstein e as sutilezas transcendentais da física subatômica (na qual os cientistas se encontram usando palavras tais como ‘indeterminância’, ‘estranheza’ e ‘encanto’ como termos técnicos) são dois dos campos mais óbvios nos quais a visão mecanicista do universo está esgarçando sua malha. (4)
Até muito recentemente, seria suicídio profissional para um respeitável cientista investigar o ‘paranormal’ (PES, telepatia, telecinesia, precognição e daí para frente) ou mesmo admitir que havia qualquer coisa para investigar. Mas hoje, mesmo nos EUA tão dedicados aos dólares e na URRS oficialmente materialista (*), universidades e departamentos de defesa estão transferindo um bom dinheiro e cérebros de primeira classe para tal pesquisa. (5)
(* Este livro foi impresso antes do fim da União Soviética – N.do T.)
E indo ainda mais além no apoio à Teoria dos Níveis, Sir Bernard Lovell, o pai da radioastronomia, pode dizer para aquela augusta corporação a Associação Britânica para o Avanço da Ciência: ‘Nós nos iludimos que através da ciência pudéssemos encontrar o único caminho para a verdadeira compreensão sobre a natureza e o universo... A simples crença no progresso automático por meios da descoberta científica e aplicação é um trágico mito da nossa era. A ciência é uma atividade humana poderosa e vital; mas esta confusão de pensamento e motivo é desconcertante.’ (The Times, 28 de Agosto de 1975).
Alguns dos ouvintes eruditos de Sir Bernard provavelmente tomaram aquelas palavras como sendo um mero chamado aos cientistas para estarem conscientes sobre suas responsabilidades moral e ética perante a comunidade – importante o suficiente em toda consciência. Contudo suas implicações filosóficas são mais profundas, as quais pelo menos uma minoria deve ter compreendido e com as quais indubitavelmente concordado.
Ou a declaração de Sir Bernard significa que os níveis não-físicos da realidade existem e devem ser levados em conta, ou por outro lado isto é um chavão vazio. E nós achamos que o homem que provavelmente tem feito tanto para expandir nosso conhecimento real sobre o universo físico como qualquer indivíduo desde Galileu (6) com seus telescópios ópticos, não é dado à chavões vazios.
Confirmado, como uma hipótese operativa, que a realidade é multi-nivelada – quais são as implicações práticas ?
Se as bruxas pudessem citar a Escritura Marxista para seu próprio propósito (e nosso desejo de ver a humanidade perceber que seu potencial completo é tão forte quanto o dos Comunistas muito embora nossos objetivos e métodos sejam muito diferentes do deles), nós citaríamos a declaração de Marx e Engels em O Manifesto Comunista: ‘Os filósofos meramente interpretaram o mundo de muitas formas; o ponto central, contudo, é modificá-lo’, e o dito mais sucinto de Lênin : ‘A teoria sem prática é estéril; a prática sem teoria é cega.’
As bruxas são pessoas práticas; filosofia para elas não é apenas um exercício intelectual – elas tem que colocá-la em prática em suas vidas diárias, e em seu trabalho, se é que a filosofia tem qualquer significado. Similarmente, na extensão em que elas confiam no instinto, elas não fazem apenas cambalear adiante em resposta aos imediatismos destes instintos sem qualquer referência à lógica – elas preferem compreender o que estão fazendo, e porquê. Assim no relacionamento entre teoria e prática (mesmo se em pequena variação) elas concordam com Lenin.
As bruxas conhecem na teoria, e tem comprovado na prática, que existem pontos e áreas de interação entre os níveis; situações em que o plano mental age poderosamente sobre o plano astral e afeta seus fenômenos – ou o espiritual sobre o físico, e assim por diante. Cada plano está afetando os outros o tempo todo; mas parece existir o que pode ser chamado de pontos de inter-ressonância onde este efeito é particularmente impressionante e claramente definido o suficiente para ser utilizado na prática. (7)
É a descoberta e a compreensão destes pontos de inter-ressonância que constituem uma grande parte do que as bruxas denominam como ‘abrindo os níveis’; e é a sua exploração, em trabalho construtivo, o que constitui o lado operacional da Arte.
Para esclarecer isto, tomemos um exemplo da ciência prática: a saber, televisão. Um evento envolvendo movimento e som toma lugar no estúdio de televisão. Através de equipamento adequadamente projetado, este evento é transformado em um evento em um plano muito diferente – o plano das vibrações eletromagnéticas no que os cientistas costumavam chamar de o ‘éter’.
(Eles não mais usam o termo, porque o conhecimento ampliado tem demonstrado que isto é uma super simplificação; mas isto é ainda um pedaço útil de taquigrafia para ajudar o leigo à compreender o que está se passando.)
Este evento no ‘éter’, como permanece, não pode ser detectado pelos sentidos humanos. Nós não podemos vê-lo ou ouvi-lo, no céu ou passando através das nossas paredes; mas ele está lá, real e coerente.
Em nossa sala de estar, outro equipamento adequadamente projetado toma este evento ‘etérico’ e o transforma, como que por mágica, de volta em um evento de movimento e som. Nós vemos e ouvimos uma recriação notávelmente acurada do que está acontecendo no estúdio.
No momento em que escrevemos isto, esta recriação é meramente em luz, matizes, cores e som monoaural (não estéreo) bidimensionais; mas já não existem razões técnicas (apenas razões econômicas) porque isso não deva ser em visão tridimensional e som estereofônico. E no futuro, os cientistas da televisão poderão muito bem serem capazes de nos oferecer aroma, gosto e toque também.
Os cientistas aqui tem feito, entre os sub-planos de sua própria realidade conhecida, precisamente o que as bruxas estão fazendo entre os planos maiores de sua realidade conhecida; descobrindo e compreendendo os pontos e técnicas de inter-ressonância entre eles, e pondo seu novo conhecimento em uso prático. Em outras palavras, ‘abrindo os níveis’.
Neste sentido, a televisão é mágica; pois isto é exatamente o que a magia é – nas palavras de Aleister Crowley, ‘a Ciência e Arte de fazer [uma] Alteração ocorrer em conformidade com a Vontade’. Ele continua dizendo: ‘A natureza é um fenômeno contínuo, embora nós não saibamos em todos os casos como estas coisas estão conectadas.’ (Magia em Teoria e Prática, Introdução – pags, XII e XV.)
A descoberta destas conexões é o objetivo dos cientistas (no plano físico) e o da bruxa (em todos os planos). O uso daquelas descobertas é ‘magia’. A magia não quebra as leis da Natureza; quando ela parece fazer assim, é porque está obedecendo a leis que o observador não compreendeu ainda. Um cientista do século dezesseis, por exemplo, não importa o quão inteligente e bem informado, se ele tivesse visto a televisão poderia muito bem tê-la rotulado como sobrenatural.
Como dissemos, muitos cientistas modernos estão se tornando conscientes de (e alguns deles estão investigando) fenômenos que podem ser explicados apenas com base em que existem outros níveis de realidade além do físico. As tentativas de explicar estes fenômenos em termos de leis da física ainda não descobertas continuam tropeçando sobre recentes paradoxos. Por exemplo, se a telepatia existe (e apenas incrédulos obstinados a respeito desta evidencia podem ainda negar que ela existe) e é devida à algum tipo de radiação gerada no cérebro – por que toda evidência mostra que ela não está sujeita à lei do quadrado inverso (8) pela qual toda outra forma de radiação conhecida pela ciência física é governada ?
Poder-se-ia alongar a questão sobre pesquisa recente sobre tais assuntos tais como telepatia, telecinesia, a influência do pensamento no crescimento das plantas, a análise estatística dos tipos dos signos natais do Zodíaco e assim por diante; mas este não é o lugar para fazê-lo. Para uma revisão geral sobre este campo, nós recomendamos a obra de Lyall Watson Supernature; e sobre telepatia em particular, a obra de Targ e Puthoff Mind Reach (ambas em Bibliografia).
Nós teremos mais a dizer sobre a Teoria dos Níveis nas Seções posteriores. Nesse ínterim, daremos uma olhada mais próxima na Teoria da Polaridade.
Esta teoria não é nova, tampouco; ela é comum à muitas filosofias, tanto religiosas como materialistas.
A armadilha na qual as religiões monoteístas (9) caíram tem sido a de equalizar polaridade com [a noção de] bem-vesus-mal. Elas reconhecem que a atividade do mundo ao redor delas é engendrada pela interação dos opostos; mas elas percebem esta interação apenas como a batalha entre Deus e Satã. Quando esta batalha terminar com a vitória total de Deus no Último Trunfo [sic] , eles assumem que a atividade continuará – mas sobre que base? À parte dos coros das missas, e um uso arquitetônico excessivo de ouro, o prognóstico é vago. Mesmo as visões inspiradas do Paraíso por parte dos poetas e visionários dotados são realmente apenas descrições apaixonadas de males contemporâneos que não estarão lá.
O exemplo mais citado, em Revelações xxi e xxii, exulta na ausência de lágrimas, morte, pesar, choro, dor, medo, descrença, abominação, assassinato, prostíbulos, feiticeiros, idólatras, mentirosos, templos, portões trancados, noite, mar, maldições, velas, Sol e Lua na Nova Jerusalém. Porém a descrição positiva é puramente estática: aproximadamente 1.500 milhas de largura, extensão e altura (!) com paredes de 216 pés de altura, e fundações e portões de pedras preciosas. As únicas menções à qualquer tipo de atividade ou movimento são as dos justos caminhando dentro dela (xxi:24), o rio da vida ‘prosseguindo’ (xxii:1), a árvore da vida produzindo fruto todo mês (sem nenhuma Lua?) (xxii:2), e os servos de Deus servindo-O (xxii:3). Verso após verso sobre males excluídos e sobre (para ser honesto, indubitavelmente simbólico) dimensões e materiais, mas efetivamente nada sobre o que acontece lá.
Nosso objetivo não é zombar da arquitetura de arranha-céu de São João, nem mesmo lamentar pela sua abolição do Sol, Lua, mar, noite e velas, mas sugerir que sua descrição estática, negativa, não é apenas seu estilo pessoal mas é intrínseca ao ponto de vista monoteístico, não polarizado. Sob a regra não desafiada de um Criador não-polarizado, nada pode acontecer.
O Paraíso do Islã é muito mais interessante, ainda que devido ao fato que Maomé era sexualmente sadio e não deixou em legado aos seus seguidores quaisquer das inibições e neuroses que o odiador das mulheres Paulo de Tarso impôs sobre o cristianismo. Assim a polaridade, em sua forma humanamente mais prazeirosa, traz o Paraíso Muçulmano à vida. Para o muçulmano, a mulher é inferior, mas projetadas por Allah para ser a doadora e recebedora do deleite. Para a cristandade Paulina, a mulher não é apenas inferior, ela é uma tentação ao pecado, e ela própria moralmente fraca senão realmente pecaminosa (uma visão da qual a Igreja nunca se livrou inteiramente – embora não possamos encontar nenhuma autoridade para esta nas palavras ou feitos de Jesus _*). A visão Muçulmana, embora naturalmente inaceitavelmente machista-chauvinista, (10), de fato aceita o sexo no Paraíso; então na presença de pelo menos um aspecto da polaridade, alguma coisa realmente acontece lá – e homem ou mulher, alguém poderia fazer um pouco pior.
O budista vai para o outro extremo; seu Nirvana é francamente estático, mas ao menos é consistente. Ele aspira por uma Existência pura, livre de polaridade, livre de atividade, dentro da inalterável Mente Eterna; assim ele não disfarça sua aspiração atrás de portões de pérola, nem planta árvores frutíferas no Nirvana.
O Paraíso – seja coral, sexual ou imóvel – pode ser um longo caminho à frente para o crente individual; mas ao estudar suas visões sobre este, pode-se avaliar diretamente sua atitude quanto à polaridade.
O Céu na Terra do materialista (onde mais ele poderia colocá-lo?) varia do paraíso capitalista da riqueza individual, defendendo-se da morte, traças e ferrugem o tanto quanto possível, até o paraíso comunista da sociedade sem classes. Ambos reconhecem a polaridade pelo menos sob a forma da luta de classes – o primeiro pregando a mesma, o último praticando-a vigorosamente. Mas é apenas o marxista, no todo, que possui uma filosofia consistente sobre a polaridade materialista.
Karl Marx não reivindicava que seu Materialismo Dialético era original, pelo menos em seu aspecto dialético (atividade-polarizada). Ele reconheceu seu débito para com a dialética de Georg Hegel (1770-1831), que desenvolvera uma elegante teoria da ação da polaridade em termos de Tese-Antítese-Síntese e a Interpenetração dos Opostos. Marx encampou este sistema em sua integridade. Mas Hegel era um idealista – o que no sentido filosófico não significa um ‘bonzinho’ [???] ou um sonhador otimista mas alguém que crê que mente ou espírito é a realidade básica, com a matéria meramente refletindo-a; em oposição ao materialista filosófico (como Marx) que vê a matéria como a realidade básica, com mente e espírito meramente refletindo-a. Pela própria metáfora de Marx, a dialética de Hegel, em sua visão, estava com os pés sobre sua cabeça; e ele reivindica tê-la colocado sobre seus pés. Assim ele produziu o Materialismo Dialético, ou Marxismo – agora a filosofia oficial (e obrigatória) de cerca de um terço da população mundial.
Em termos filosóficos estritos, as bruxas são idealistas; pois enquanto crêem que toda entidade ou objeto no plano físico tem suas contrapartes nos planos não-materiais, elas também crêem que existem entidades reais nos planos invisíveis que não possuem suas formas físicas próprias. Para as bruxas, os planos invisíveis são a realidade fundamental, da qual a realidade material é uma manifestação.
Mas rotular as bruxas como idealistas, embora correto, talvez seja enganador; talvez ‘pluralistas’ seria melhor. Devido à matéria ser muito real para elas; elas estão afetuosamente enraizadas na Natureza, ‘o Véu de Ísis’, vibrante com sobretons de todos os outros níveis. A Natureza tangível é sagrada para elas. Eis o porque sua Deusa tem dois aspectos principais. Ela é tanto a Mãe Terra, cuja fecundidade as faz nascer e as nutre durante a encarnação física , e a Rainha da Noite, ‘aquela em cujo pó de seus pés estão as hostes dos Céus, e cujo corpo circunda o Universo’, cujo símbolo mais vívido é a Lua. A Mãe Terra é a soberana da Natureza fisicamente manifestada, Ísis Velada; a Deusa da Lua é a regente dos níveis invisíveis, Ísis Desvelada; embora para a bruxa, as duas são uma só e inseparáveis. Elas permanecem uma, muito embora a complexidade dos níveis invisíveis seja alem disso simbolizada pelos aspectos cíclicos da Deusa da Lua, de Donzela, Mãe e Anciã – crescente, cheia e minguante. E em sua multiformidade ela é estimulada e fertilizada por seu Consorte multiforme; pois o Deus das bruxas também é simbolizado ao mesmo tempo pela figura cornuda de Pan da floresta e da montanha e pelo brilhante Sol dos céus. A visão das bruxas de seu Deus e sua Deusa expressa globalmente sua crença na realidade de todos os níveis, incluindo a matéria.
Então as bruxas percebem as falhas das visões dominantes sobre os Níveis, e sobre a Polaridade, como segue:
A visão do materialista (e, em particular, o Marxista) tem uma compreensão basicamente lógica sobre o trabalho real da Teoria da Polaridade mas a distorce e empobrece ao negar a Teoria dos Níveis.
A visão do religioso monoteísta aceita (de uma forma ou outra) a Teoria dos Níveis mas a distorce e empobrece ao rebaixar a Teoria da Polaridade à um mero conflito entre Bem e Mal.
Religiões pagãs, politeístas, tem sempre aceito a ambas Teoria dos Níveis e Teoria da Polaridade, sem distorcer qualquer uma destas para se enquadrar em um conceito inadequado (ou mesmo negação) do outro. Basta apenas estudar os panteões do Egito, Grécia, Roma e Índia, com seus Deuses e Deusas criadores e destruidores, seus eternos ciclos de tornar-se e cessar e tornar-se novamente, sua interação dialética, para perceber o quão ricamente estas atitudes tem sido simbolizadas.
A filosofia Wicca está nesta tradição direta.
Toda religião é única, mesmo quando ela é parte de uma herança maior. Wicca, como todas as outras religiões, tem suas formas próprias, suas próprias preocupações, sua própria atmosfera. E ela é uma Arte também; para adotar as categorias de Margaret Murray, ela abraça à ambas Bruxaria Ritual e Bruxaria Operativa.
Wicca inclui ritual, encantamentos, clarividência, advinhação; ela está profundamente envolvida em questões de ética, reencarnação, sexo, o relacionamento com a Natureza, psicologia e atitudes para com outras religiões e caminhos ocultos.
Nas Seções seguintes, nós examinaremos estes aspectos e ver como eles se relacionam com a base lógica do Wicca.
XII Reencarnação
Quase todas as bruxas acreditam em reencarnação. (1) é provavelmente correto dizer que elas compartilham esta crença com uma maioria da raça humana (ou daqueles membros da mesma que crêem na sobrevivência após a morte sob qualquer forma), porque o conceito de uma única vida seguida de um julgamento unilateral levando à céu ou inferno é peculiar às religiões patriarcais monoteístas do Judaísmo, Cristianismo e Islamismo – embora a crença judaica talvez seja mais obscura do que as outras duas, e a reencarnação está certamente implícita no pensamento Cabalista hebraico.
A crença na reencarnação foi muito difundida entre os cristãos primitivos, e era generalizada entre os Gnósticos. São Jerônimo (AD 340-420) diz que uma forma desta era ensinada para uns poucos seletos na Igreja Primitiva. (2) Mas ela foi declarada como anatema pelo Segundo Concílio de Constantinopla em 553, por razões óbvias. A Igreja se tornara uma máquina disciplinadora do Estado, com sua estrutura inseparável daquela do serviço civil Imperial; e a promessa do céu ou a ameaça do inferno, como uma recompensa ou punição pelo comportamento nesta vida imediata, era então uma arma essencial do Establishment. As versões gnósticas dos ensinamentos de Jesus (algumas delas provavelmente com tanta reivindicação à autenticidade quanto os Evangelhos oficiais) tiveram que ser banidas, caçadas e destruídas pelas mesmas razões; elas viam a salvação em termos de iluminação individual, ao passo que a Igreja oficial a via em termos de obediência ao bispado.
A teoria da reencarnação sustenta, brevemente, que cada alma ou essência humana individual é reencarnada novamente e novamente, numa série de encarnações corpóreas nesta terra, aprendendo suas lições e enfrentando as consequências de suas ações, até que esteja suficientemente avançada para progredir ao próximo estágio (qualquer que este possa ser). A formulação real da teoria está intimamente ligada com a Teoria dos Níveis, uma vez que ela envolve a estratificação da entidade humana em seus planos componentes, que correspondem àqueles do Cosmos como um todo.
Estes planos são interpretados de vários modos, conforme a escola de pensamento oculto que é seguida. Porem a tabela com estes planos apresentada na página 117 pode ser aceita como um padrão aceito em geral. A numeração e definições são aqueles usados por Dion Fortune em A Filosofia Esotérica do Amor e Casamento, págs. 17-19, e A Doutrina Cósmica, pág. 96. Ela não lista o Etérico como um plano separado, mas isso é puramente um caso de nomenclatura; muitos outros escritores (e mesmo a própria Dion Fortune em outra parte) falam muitas vezes sobre o Plano Etérico, e é razoável fazê-lo, porque isso é de grande importância prática no trabalho psíquico. Esta é, por exemplo, a substância da faixa mais interna da aura humana como percebida pelos sensitivos, e há razões para crer que esta é responsável pelos fenômenos registrados através da fotografia Kirlian.
Os sete (ou oito, se incluído o Etérico) níveis ou ‘corpos’ de uma entidade humana estão divididos em dois grupos, geralmente chamados de a Individualidade e a Personalidade. A Individualidade (Espiritual Superior, (3) Espiritual Inferior e Mental Superior) é a parte imortal, que sobrevive de encarnação em encarnação. A Personalidade (Mental Inferior, Astral Superior, Astral Inferior, Etérico e Físico) é a parte transitória, construída durante uma única encarnação e descartada quando esta termina.
A Individualidade é bissexual – o que não significa assexuada porém significa que ela contém as essências criativas masculina e feminina, em equilíbrio dinâmico. A Personalidade, por outro lado, é ou masculina ou feminina; cada um de nós tem que experimentar as encarnações tanto masculina quanto feminina, aprendendo as lições de cada polaridade, de forma que o equilíbrio dinâmico da Individualidade possa se tornar totalmente desenvolvida.
O conceito é perfeitamente expresso no símbolo chinês do Yin-Yang (Vide figura 6). A parte branca representa o aspecto Yang masculino, positivo, claro, fertilizante e pode ser tomado como um símbolo da Personalidade em uma encarnação masculina; será notado que ela contém a semente (o ponto negro) de seu oposto complementar, o aspecto Yin. A parte negra representa o aspecto Yin feminino, receptivo, escuro, formativo e pode ser tomado como um símbolo da Personalidade em uma encarnação feminina; será notado que ele também contém a semente (o ponto branco) de seu complementar oposto, o aspecto Yang. O símbolo Yin-Yang completo representa a Individualidade imortal, com ambos os aspectos em perfeito equilíbrio.
(Figura 6 - símbolo Yin-Yang)
OS NÍVEIS COMPONENTES DE UM SER HUMANO
Sétimo Plano ESPIRITUAL SUPERIOR
Espírito Puro ou Abstrato. A ‘Centelha Divina’. Substância e energia diretas do Grante Imanifesto. Símbolo astrológico: o Sol.
A INDIVIDUALIDADE
A Unidade de Evolução. Imortal ao longo de todas as encarnações.Sexto Plano ESPIRITUAL INFERIOR
Espírito Concreto. Tendência para um dos’Sete Raios’predominar e ajustar a tônica. Símbolo astrológico: Júpiter.
Quinto Plano MENTAL SUPERIOR
Mente Abstrata. Qualidades diferenciadas em Tipos. Símbolo astrológico: Mercúrio.
Quarto Plano MENTAL INFERIOR
Mente Concreta. Definição, forma, memória. Símbolo astrológico: Saturno.
A PERSONALIDADE
A Unidade de Encarnação.Dura por apenas uma encarnação; cada encarnação constrói uma nova Personalidade.Terceiro Plano ASTRAL SUPERIOR
Emoções Abstratas. Atração, desejo por união. Símbolo astrológico: Vênus.
Segundo Plano ASTRAL INFERIOR
Instintos e Paixões. Desejo de atrair ou possuir. Símbolo astrológico: Marte.
ETÉRICO -
A tênue teia de energia de quase-matéria que liga o Físico com os planos mais sutis e o mantém no sêr. Símbolo astrológico: a Lua.
Primeiro Plano FÍSICO
Matéria Densa, o corpo material. Símbolo astrológico: a Terra.
[NOTA: No esquema acima, a coluna à direita apresenta o texto no sentido vertical, o que poderá ser visto
clicando-se Exibir / Lay out on-line => creio que em seu computador seja algo similar.]
Outro símbolo que representa o processo em seu sentido serial é o colar âmbar-e-jet (*) da Suma Sacerdotiza Wicca que é o círculo do renascimento – as contas âmbar (solar) representando encarnações masculinas, e as contas negras (lunar) representando as encarnações femininas. (Embora tais vidas não se alternam necessáriamente).
(Neste contexto, jet é um tipo de pedra negra trabalhada e utilizada como jóia – N.doT.)
Contudo, a formulação ‘masculino-positivo, feminino-negativo’ está super simplificada – e aqui novamente os níveis se apresentam dentro desta. O masculino tende a ser positivo nos planos físico e mental, e negativo no astral e espiritual; ao passo que o feminino tende a ser positivo nos planos astral e espiritual, e negativo nos planos físico e mental. Ou talvez seria melhor dizer ‘ativo-fertilizante’ ao invés de ‘positivo’ e ‘receptivo-formativo’ ao invés de ‘negativo’, em cada caso. Este padrão cruzado de funções entre masculino e feminino é um dos significados do símbolo do caduceu com as serpentes entrelaçadas em volta de um bastão ereto (vide Figura 7); é interessante que ele é o emblema de Hermes/Mercúrio, o mais bissexual dos deuses Clássicos, cujo símbolo astrológico (vide figura no livro) é por si uma combinação dos símbolos masculino e feminino (4).
Um exemplo familiar desta alternância de polaridades com os diferentes planos é aquele da mulher-Musa e o homem-artista. Beatriz fertiliza Dante, e Dante dá nascimento ao resultado; um paralelo exato à impregnação de um homem por uma mulher no plano físico (5). Como Wilfred diz em A Sacerdotisa do Mar de Dion Fortune: ‘Então eu percebi porque deve haver sacerdotisa tanto quanto sacerdote; pois existe um dinamismo em uma mulher que fecunda a natureza emocional de um homem tão seguramente quanto ele fecunda o corpo físico dela; isto era uma coisa esquecida pela civilização moderna que estereotipa e convenciona todas as coisas e se esquece da Lua. Nossa Senhora do Fluxo e Refluxo’.
Mas retornemos ao que pode ser chamado de a mecânica da reencarnação. Na ocasião da morte física, a primeira das ‘conchas externas’ é solta: o corpo físico. O corpo etérico se desintegra, quebrando o elo vital entre o corpo físico e os corpos astral, mental e espiritual. Desligado dos principais, por assim dizer, o corpo físico não é mais uma parte da entidade total e começa à decair.
(Fig.7 o caduceu de Mercúrio)
O foco da consciência se torna, em primeiro lugar, o corpo astral. Por este período de tempo, se está em um estado contínuo equivalente à projeção astral.
A taxa de retirada para cima dos planos depende de cada pessoa. Alguns (particularmente aqueles com as obsessões mais grosseiras, tal como alcoolismo e uma libido sexual doentia) resistem ao processo, ou levando um longo tempo para compreender que estão fisicamente mortos, ou se recusando à aceitar o fato como tal; esta é a explicação para muitas ‘assombrações’ ou sensações de vampirismo psíquico sentidas pelos ainda encarnados. Um exorcismo eficaz, por um sensitivo experiente que sabe o que ele ou ela está fazendo, é muitas vezes um caso de confrontar a entidade astral e persuadi-la da necessidade de uma retirada normal. Um caso típico foi relatado para nós por nosso amigo o Reverendo Christopher Neil-Smith , um dos melhores exorcistas da Inglaterra; ele foi chamado por uma família que não podia manter duas garotas juntas [au pair_?], porque elas estavam todas aterrorizadas pelo quarto (pelo que foi visto, era muito agradável) que lhes foi dado para ocuparem. Christopher contatou a causa – uma assombração lésbica! Ele disputou com ela, usando suas próprias palavras de poder cristãs, e a persuadiu sobre o erro de suas perturbações astrais. O problema cessou daí por diante.
(Sobre esta questão de palavras de poder: sua eficácia depende da sua realidade e significado para o exorcista, e naturalmente para a entidade astral. Neste caso, as palavras cristãs eram óbviamente as eficazes; uma bruxa, um Hindu ou um Judeu poderiam usar palavras diferentes com efeito igual - embora as crenças do ‘fantasma’ sejam também significativas. Pode-se lembrar da estória do vampiro desafiado com um crucifixo, que replicou: ‘Oy, oy, oy – voce pegou o vampiro errado!’ – que não é uma piada tal como ela parece).
No outro extremo da escala, almas bem integradas e avançadas podem por sua própria escolha atrasar a retirada completa de forma à ajudar amigos ainda encarnados. Nós acreditamos, em boa evidência, que os pais de Stewart exemplificam este caso. Seu pai faleceu fisicamente em 1953, e sua mãe em 1958; e Stewart e Janet não se conheceram até 1970. Ainda assim em muitas ocasiões de importância em anos recentes, a mãe de Stewart, com seu pai em segundo plano, parece ter estado em contato conosco usando Janet como uma medium, comunicando-se por escrita automática e de outras formas, incluindo algumas ‘coincidências importantes’ assustadoras, e fazendo uso de fraseologia absolutamente característica, referências e conceitos sobre os quais Janet possivelmente não poderia ter tido conhecimento. Recuando um pouco, a fim de ser cético, poder-se-ia admitir telepatia inconsciente entre Stewart e Janet como uma explicação; mas em todas as circunstâncias, podemos apenas achar que a comunicação direta de Agnes Farrar é acreditável.
O estágio intermediário entre a separação do plano físico e a completa absorção da Individualidade parece ser um período de duração variável no que são geralmente chamados de Summerlands (terras do verão_?). As Summerlands tem uma existência real no plano astral e ainda são auto-criadas em alguma extensão, seja em uma base individual ou grupal. Em outras palavras, o tipo de Summerland no qual voce se encontra, e a companhia que lá voce encontra, depende do seu próprio estágio de desenvolvimento e na força de suas conexões com as outras entidades pertinentes. Partes da Personalidade de sua última encarnação, nos planos astral e mental inferior, óbviamente ainda estão envolvidos. No geral, este parece ser um período de repouso e recuperação necessários, e da absorção (e discussão com amigos ?) sobre as lições da encarnação recém experimentadas.
No devido curso, voce se retira das Summerlands também; tudo o que é deixado é sua Individualidade, seu self imortal, existindo em um nível de consciência sobre o qual nós, por fim, não estamos preparados para sermos dogmáticos, porque sua natureza dificilmente pode ser compreendida exceto talvez durante lampejos de intuição, ou descrito na linguagem do nível no qual nos encontramos no momento. Mas pode ser dito que este, também, é um período de absorção de experiência, no nível fundamental do Indivíduo; e talvez, em proporção ao grau de desenvolvimento da pessoa, da consideração e escolha das circunstâncias da próxima reencarnação da pessoa.
Assim que o tempo para aquela reencarnação se aproxima, o Indivíduo começa à reunir em torno de si as matérias primas das ‘conchas externas’ requeridas para uma nova Personalidade. Elas podem ser apenas as matérias primas, porque uma Personalidade completamente desenvolvida é a criação gradual das circunstâncias da nova encarnação, e das reações da pessoa à isto.
O passo final é a reencarnação física, quando a entidade (Individualidade mais matérias primas da nova Personalidade) confere uma alma à um feto no momento da concepção. Sobre as implicações disso para os pais, mais [informações] serão apresentadas na Seção XV, ‘Feitiçaria e Sexo’.
O que a Individualidade acumula de encarnação em encarnação, à parte de ‘experiência’? Ela acumula karma. Este termo Hindu se tornou a palavra ocidental aceita para o conceito, porque não existe nenhum equivalente exato nas línguas européias. Seu significado literal original é meramente ‘ação’, ou ‘causa-e-efeito’.
O meio mais simples de conceber o karma é como um tipo de saldo bancário espiritual das boas e más ações da pessoa, e dos resultados da sabedoria e da estupidez da pessoa, sobre a totalidade das vidas da pessoa. Mas para obter um quadro nítido sobre seu significado, não se deveria pensar tanto em ‘alguém ali’ calculando o saldo e nos recompensando ou punindo em conformidade, mas como o significado radical de causa-e-efeito. O conceito é que tudo o que nós fazemos deflagra uma reação em cadeia de efeitos, tão inevitavelmente como um pedregulho lançado num poço provoca ondulações, e que nós temos que conviver com os resultados. Uma ondulação (ou onda de maré) pode não rebater sobre nós até muitas vidas depois – mas irá rebater, devido à natureza da estrutura totalmente interconectada do nosso universo. Esta interconexão nos compele, mais cedo ou mais tarde, à restaurar o equilíbrio que nós perturbamos, para colher os frutos que nós semeamos (incluindo os bons), para pagar os débitos nos quais incorremos e para sacar os juros sobre nossos sábios investimentos. Atividade criativa ou desvio moral igualmente voltam ao lar para se alojar. Voltando à analogia do saldo bancário – o computador do banco kármico é à prova de fraude, inexorável e equipado com memória infinita.
O processo da reencarnação repetida, portanto, é uma das formulações do equilíbrio kármico até que um equilíbrio permanentemente saudável seja alcançado. (Um equilíbrio dinâmico, não estático, perceba-se).
O Indivíduo imortal, liberto por seus próprios esforços da necessidade de futuras reencarnações neste plano, pode então se mover para o próximo estágio. A natureza daquele estágio podemos apenas visualizar fracamente, em nosso presente nivel de desenvolvimento; se nós pudéssemos compreender sua essência e seus detalhes, nós não deveríamos estar ainda aqui.
E ainda assim há uma exceção para aquela regra, também: o bodhisattva. Esta é uma outra palavra Hindu que entrou no uso ocidental na ausência de um equivalente europeu. Um bodhisattva é uma Individualidade aperfeiçoada que não mais necessita reencarnar mas escolhe fazer assim por sua própria livre vontade de modo à auxiliar e guiar mortais menos desenvolvidos. Pode-se de forma razoável deduzir, por exemplo, que Jesus (6) e o Buddha eram bodhisattvas; e sendo a natureza humana o que é, o impacto de tais entidades sobre as pessoas de seu tempo muitas vezes levou à sua deificação em memória póstuma. Pode muito bem ser, por exemplo, que tais figuras de Deus como Isis, Osíris, Zeus, Atena, Dana e Brid foram construídos sobre a memória reverenciada de bodhisattvas humanos. A deusa Aradia, herdada pelo Wicca da tradição Toscana (Tuscan _ ?) , a nós parece portar os marcos de tal desenvolvimento, e talvez mais claramente do que muitos; a lenda a descreve como trazendo aos humanos os ensinamentos ‘de minha mãe Diana’; ela se representa como o canal da sabedoria divina, não sua fonte, e isto seria típico de um boshisattva. Então caso estejamos certos, nem mesmo as bruxas estão imunes da tendência de transformar um destacado professor pouco relembradoem um Deus ou uma Deusa. (Não que isso deva intimidar qualquer pessoa à parar de usar Aradia como um nome de Deusa se, como nós, esta pessoa já estiver fazendo assim. A forma pensamento tem sido poderosamente construída através de gerações, de forma que Aradia se tornou um efetivo sinal de chamada, e um canal, para a Própria Deusa. O que basicamente o que todas as formas de Deus e formas de Deusa são; mais [informação] sobre isto na Seção XIV, ‘Mito, Ritual e Simbolismo’).
Nem todos os bodhisattvas tem tido tal impacto recordado como estas grandes figuras, naturalmente. Depende da natureza e da escala da tarefa que eles tem encarnado para realizar. Muitos deles trabalharão de forma não intrometida, deliberadamente não se deixando ser reconhecidos como algo mais além do que seres humanos notáveis; e aquilo, naturalmente, é o que eles são. A divindade que brilha através deles não significa uma perda de humanidade, mas sua perfeição.
E ao seguir em frente na direção daquele objetivo, o firme exercício do karma é a tarefa consciente de todos os iniciados, incluindo aqueles cujo caminho é o Wicca., esta tarefa, e não a mera curiosidade, é o propósito de esforços deliberados no recordar da encarnação, com o qual estaremos lidando em um minuto. Uma vez que se alcança um certo estágio de desenvolvimento consciente, quanto maior for a visão que se tem sobre o significado do próprio karma, e sobre os fatores que o geraram ao longo de uma série de vidas, de uma forma mais inteligente poder-se-á assumir o controle do caminho à frente.
Existem técnicas mágicas para acelerar o karma (ou, para desacelerá-lo) mas estas não são fácilmente ensinadas até que os iniciados estejam preparados para elas. Iniciados bem intencionados que mergulham de forma entusiasmada em tais técnicas, na esperança de se desenvolverem tão rápido quanto possível, muitas vezes descobrem que eles morderam mais do que poderiam mastigar; o ritmo dos eventos pode correr além de sua compreensão, deixando-os num estado pior do que quando começaram. O mero fato da genuína iniciação, ou do envolvimento oculto de qualquer tipo, incluindo a bruxaria, tende a acelerar o karma em qualquer caso, por causa dos níveis adormecidos que estão sendo acordados; e aquilo é o tanto que a maioria de nós pode aguentar.
Deve-se observar mais um ponto sobre o karma, antes de irmos à questão dos fenômenos de reencarnação em grupo. Nós falamos sobre karma como um processo quase impessoal, atrelado pelas leis inexoráveis de causa e efeito. E isto é o princípio básico da ação. Mas isto não significa que não haja intervenção ou que os que são algumas vezes chamados de ‘os Senhores do Karma’ sejam meros observadores. Entidades superiores de muitos tipos de fato existem e operam nos planos não-materiais, intermediários entre a humanidade e a derradeira força criativa, como toda religião tem reconhecido. Somos apenas uma parte de um Cosmos complexo, multi nivelado e interdependente. E estas entidades superiores tem suas próprias regras para atuar na vida evolutiva do todo. Assim seria arrogante imaginar que suas ações não nos afetam, ou que eles nunca intervém ou nos desvia para uma direção requerida. O mais importante, eles podem ser atraidos pelo processo de auto harmonização conhecido como invocação.
Eles podem ser comparados, se voce gostar, com fazendeiros. Um bom fazendeiro não ignora ou tenta sabotar as leis da natureza; ele trabalha com elas para uma máxima produtividade e uma ecologia equilibrada. Da mesma forma, os Senhores do Karma não passam por cima das leis de causa e efeito; mas eles podem e de fato, caso o desejemos, nos auxiliam à não cairmos nos enganos destas (?).Eles podem nos ajudar à fazer uso de processos naturais ao invés de batalhar contra eles para nos ferirmos à nós e aos outros. Coopere com eles deliberadamente, tentemos nos colocar em sintonia com seu propósito, e algumas vezes nos encontraremos empurrados em direções de cujo significado imediato não podemos compreender. Em nosso próprio jargão profissional, algumas vezes chamamos a isto de ‘o Roteiro’; e para nós pessoalmente, como para muitas outras pessoas, ‘o Roteiro’ pode se mover por caminhos misteriosos que acabam por fim sendo úteis.
Para resumir: o exercício do karma, como a vida do fazendeiro, é uma combinação de processos naturais inexoráveis, e a manipulação inteligente daqueles processos por sêres com propósitos que estão conscientes do programa integral.
(Se voce escolher por chamar aquelas entidades de anjos e arcanjos e assim por diante, por que não? Se voce acha as palavras aceitáveis isso depende do quão carregadas com associações elas estiverem a partir de sua própria criação [desde seu nascimento]. Caso aquelas associações lhe incomodem, use outras palavras. Quando voce as trata com seriedade, os conceitos são os mesmos. Mas não há motivo para arranhar velhas feridas apenas pela diversão em fazê-lo.)
Tão logo se começa à investigar a reencarnação, e ao se obter as primeiras experiências de recordação, vem-se de encontro ao fenômeno da reencarnação de grupo; descobre-se que se tem conhecido e interagido com certas pessoas antes, em outras vidas, talvez em muitas vidas. Este conhecimento pode variar desde um súbito (e talvez mútuo) flash de reconhecimento quando se encontra com um completo estranho (o flash tendo muitas vezes sobretons emocionais positivos ou negativos que parecem um tanto desproporcionais em termos de sua situação nesta vida), até a percepção que um relacionamento nesta vida é meramente a continuação, desenvolvimento e exercício de um relacionamento de muitas vidas, talvez envolvendo muitas pessoas. O pesquisador cauteloso [com relação] à sua própria história (e deve-se ser cauteloso em tais assuntos) provavelmente dirá a si mesmo que tal flash ou percepção é talvez a crença ilusória, a projeção de emoções não resolvidas, ou fácil racionalização de elementos enigmáticos em um atual relacionamento. Ele pode muito bem estar certo, em qualquer caso particular; todo ocultista sabe o quão tentadoramente fácil é esquivar-se do árduo trabalho de analisar uma situação pessoal encolhendo os ombros e dizendo ‘isso é provavelmente karmico’! Mas não importa o quão dificilmente ele se desvie para evitar tais ciladas, assim que o quadro de suas encarnações passadas vai sendo construído e é confirmado por evidências externas, ou pela recordação de outros independentemente notada, ele vai achar mais e mais impossível escapar do fato de que certas pessoas que ele conhece hoje tem estado associadas à ele em vidas passadas.
E quando voce pensa nisso, tais relacionamentos contínuos devem ser logicamente esperados, em vários campos.
O mais óbvio é o karmico. Os débitos karmicos que alguem deve, ou que devem à este, mais cedo ou mais tarde devem ser pagos individualmente pelo devedor ao credor, se aquele equilíbrio rumo ao qual todo desequilíbrio karmico se esforça [por seguir] deva ser alcançado; eles não podem ser desviados pela morte física (7). Se em uma vida, por exemplo, eu deturpei seu desenvolvimento devido ao meu próprio egoísmo, o equilíbrio não será restaurado até que eu tenha positivamente contribuído (ou a despeito de mim mesmo ou por minha própria compreensão melhorada) às condições para o seu desenvolvimento natural numa vida posterior. Tais débitos, naturalmente, podem ser mais complexos do que um direto ‘pessoa-a-pessoa’: A, B e C podem ter criado uma situação distorcida entre si em uma vida e que só poderá ser consertada por A, B e C se encontrando novamente nas novas circunstâncias de uma vida posterior. Ou A, B, C, D e E . . .
Os fatores que tendem à tais reencontros não são sempre negativos, naturalmente. Um trabalho criativo em grupo para o qual uma vida não foi suficiente naturalmente origina um impulso karmico positivo, um ímpeto (tanto dentro de cada uma das Individualidades em desenvolvimento envolvidas e em campos de energia kármica mais amplos) para o grupo recombinar e levar adiante o que foi frutiferamente começado.
Tais ‘pontas soltas’ positivas e negativas tendem à reunir as pessoas em vida após vida, tão naturalmente como a gravidade atrai rios afluentes através ou em volta de todos os obstáculos geológicos, buscando por um leito de vale em particular combinando-se em um rio que não é igual à nenhum outro rio, muito embora por fim ele flua para o mesmo oceano (de equilíbrio karmico, ao procurar uma metáfora para este fim).
Ambas experiência e lógica confirmam que a natureza de um relacionamento pode mudar de vida em vida; de fato isto deve ser esperado, para desequilíbrios serem resolvidos ou para desenvolvimento dinâmico. A e B podem ser irmão e irmã em uma vida, e se reencontrar em vidas posteriores como mãe e filho, marido e mulher, colegas, rivais, amantes, conhecidos casuais ou irmã e irmão outra vez no ciclo.
Nem necessita a importância do relacionamento ser a mesma (ou mesmo surgir por fim) em qualquer vida subsequente em particular. Isso depende da natureza das lições à serem aprendidas, ou os equilíbrios à serem exercitados, numa vida particular.
Tomemos um exemplo pessoal. Janet e Stewart sabem que tem se encontrado em muitas vidas; mas duas tem sido vívidamente recordadas em especial (e com muita confirmação) nesta vida, provavelmente devido à sua relevância com relação à esta. A primeira foi no Egito por volta dos tempos de Ramses II, e a segunda na Segóvia nos tempos de Ferdinando e Isabella. Em ambas as encarnações, nós estávamos associados com pessoas que nós conhecemos ou tivéramos conhecido em nossa presente encarnação. E ainda assim (na extensão que estabelecemos até agora) apenas uma daquelas pessoas estava envolvida em ambas as encarnações, a egípcia e a espanhola; e mesmo aquela pessoa era conhecida apenas por Stewart no Egito, tendo nascido após a morte egípcia de Janet, embora na Espanha ele estava envolvido conosco. A implicação, que corresponde ao que nós conhecemos sobre aquelas duas vidas, é que elas envolviam diferentes lições e diferentes problemas, que apenas seriam relevantes para certos de nossos ‘companheiros de viagem’ em cada caso.
Isto, naturalmente, explicaria o fenômeno de intensa porém passageira recognição de um estranho. Ele ou ela pode ter estado profundamente envolvido na ‘agenda’ central de alguma encarnação passada, mas nesta vida voce pode estar exercitando agendas muito separadas, e portanto serem irrelevantes um ao outro no presente estágio. Porém a súbita recordação de uma emoção agora irrelevante (embora, na maior parte dos casos, ela seria apenas relembrada subconscientemente) pode ser severa e enigmática na ocasião. Uma súbita embora inconsciente recordação desse tipo pode nem sempre ser irrelevante à esta vida; isto pode ser o início de um importante reencontro. Casos genuínos de ‘amor à primeira vista’ podem muitas vezes serem explicados dessa forma – sendo, de fato, não ‘à primeira vista’ afinal de contas, embora o casal pense que o seja.
O que nos traz à um dos mais poderosos dentre os motivadores de reunião vida-após-vida: o amor que verdadeiramente envolve a interação de duas Individualidades imortais, e não meramente de suas Personalidades em qualquer encarnação (feliz o suficiente embora tal amor-Personalidade possa muitas vezes existir). É este tipo de amor que está implicado pelo termo ‘almas companheiras. Talvez ‘estrelas binárias’ seria uma descrição ainda mais apta; duas entidades únicas, cada uma com sua própria natureza, que formaram um todo complementar revolvendo em órbita fechada ao redor de um centro comum de gravidade, de forma alguma se isolando de suas estrelas vizinhas – deveras muitas vezes as afetando mais poderosamente do que elas fariam como duas estrelas solitárias, por causa da energia gerada por sua órbita mútua apertada, e portanto rápida. (8)
Dion Fortune escreve em profundidade sobre almas companheiras (ou, como ela as chama, ‘almas gêmeas’) em A Filosofia Esotérica do Amor e Casamento, Capítulos XVII e XVIII.
Dion Fortune escreve em profundidade sobre almas companheiras (ou, como ela as chama, ‘almas gêmeas’) em A Filosofia Esotérica do Amor e Casamento, Capítulos XVII e XVIII.
(O parágrafo acima é apenas para orientação – é o último parágrafo do Wicca11)
como ela diz (ibid pág.83), é a ‘emoção não exaurida que forma o Vínculo Kármico’; e tais vínculos podem ser estabelecidos em muitos níveis menos intensos e todo-envolventes do que aquele que existe entre almas gêmeas. Qualquer amor ou amizade do qual alguma coisa ainda permaneça na ocasião da morte física deixa uma ligação, de força variável, que tende à unir as pessoas em vidas posteriores de forma que as emoções possam ou serem ‘exauridas’ ou desenvolvidas. Como interpreta a Lenda da Descida da Deusa, das bruxas, (Oito Sabás para Feiticeiras, págs.172-3): ‘Para completar o amor, voces devem retornar novamente na mesma hora e no mesmo local que a pessoa amada; e voces devem se encontrar, e saber, e recordar, e amá-los novamente’. A atitude das bruxas neste caso é deliberada; elas trabalham para ‘saber e recordar’, não meramente para reagir à memória inconsciente.
Deve-se adicionar que qualquer emoção não exaurida estabelece um vínculo kármico – e isto inclui o ódio. Isto, também, pode ser tratado deliberadamente; simplesmente da mesma forma que alguém pode trabalhar para perpetuar uma ligação de amor ou amizade, da mesma forma este alguém pode (e deveras seria bem informado para fazê-lo) trabalhar para resolver uma ligação de ódio, mais do que fazê-la crescer novamente como um assunto não finalizado numa vida posterior.
Qual é a mecânica da atração entre pessoas que tem estado associadas entre si em vidas passadas ? Por fim, pode-se aceitar o princípio mas ainda assim achar difícil engolir o fato que a ‘emoção não exaurida’ deva arranjar uma série de coincidências aparentes de residência, emprego, encontros fortuitos e assim por diante, que trazem tais reuniões à concretização na prática. Por exemplo, nós tomamos a decisão consciente de nos mudarmos de Londres para a Irlanda em 1976 pelo que nos parecia uma razão puramente econômica – que a República não aplica impostos à escritores. E ainda assim por um lado isto foi um profundo ponto de mudança em nosso desenvolvimento Wicca e nosso trabalho, e por outro lado isso nos trouxe à um contato íntimo com várias pessoas de cujo envolvimento crucial em nossas vidas passadas não temos quaisquer dúvidas. E sobre tudo isso, como meros refugiados dos impostos, não tínhamos a menor possibilidade de precognição. Os Senhores do Karma registraram os nossos bilhetes de entrada ? Como disséramos, eles podem nos cutucar [conduzindo-nos para] a direção requisitada quando necessário; mas seguramente haveria pouco progresso kármico alcançado transformando-nos em meros bonecos.
Nós sugeriríamos que a explicação para a maior parte de tais ‘coincidências’ é muito mais que natural. Isto é, que almas intimamente envolvidas se comunicam e chamam uma à outra no nível da Individualidade em formas sobre as quais suas Personalidades não estão conscientes. Á nível de alma gêmea isso seria particularmente intenso, remontando-se à diálogo contínuo; mas isso também poderia ser esperado entre todos os ‘colegas de viagem’ em graus variados. Assim uma decisão totalmente inconsciente (tanto quanto se refere à Personalidade) poderia induzir uma pessoa à comprar o bilhete de passagem necessário, ou efetuar o encontro necessário, através de uma mensagem da Individualidade para a Personalidade, que então age num modo que parece ser à mente consciente como razões práticas ou temperamentais muito diferentes.
Uma coisa que intriga muita gente sobre a reencarnação é a explosão demográfica. Se a reencarnação é um fato, eles argumentam, seguramente o número de humanos encarnados na Terra em diferentes períodos deveria se manter relativamente estático ?
A nós parece haver várias respostas possíveis para isso. A primeira é simplesmente a de que, por razões conhecidas apenas pelo Planejador Cósmico (de qualquer forma que você o[a] defina), novas almas estão sendo criadas o tempo todo, e hoje em dia mais rapidamente do que nunca. A maioria dos sensitivos conhece a sensação de que fulano ou ciclano é uma ‘alma jovem’ ou uma ‘alma velha’, não importando a idade cronológica dele ou dela nesta encarnação; e esta sensação pode muito bem ser válida
Mas isto pode não ser tão simples como ‘criação’ comum. A essência da consciência é individualização. Animais não humanos em geral (novamente talvez excluindo os cetáceos – vide nota XI, 1, pag.307) não são auto conscientes; eles estão apenas diminutamente conscientes, se estiverem, de sua própria individualidade separada. Fisicamente, cada um deles é parte de uma alma grupal (9). Uma teoria (que faz sentido – por fim, é difícil acreditar em um inseto, roedor ou um arenque individualmente reencarnante) é a de que na morte física os elementos não físicos em um animal são reabsorvidos dentro da alma grupal da espécie, a qual ‘faz brotar’ novos indivíduos a partir da piscina comum para a manifestação física. Apenas em alguns dos maiores mamíferos, sugere a teoria, alguns indivíduos (com ‘i’ minúsculo) de fato desenvolvem um ‘separatismo’ suficientemente forte (o primeiro passo em direção à Individualidade com ‘I’ maiúsculo) para persistirem como tal numa encarnação posterior; e diz-se que isto acontece em particular entre espécies que são mais aproximadamente associadas com os seres humanos.
Apenas recentemente de forma comparativa, em termos evolucionários, é que a humanidade emergiu de um estágio onde a consciência de grupo dominava a vida, e a auto-consciência (exceto em membros destacados da tribo) era uma coisa muito vaga. Poder-se-ia razoavelmente deduzir que naquele estágio, a reencarnação também operava (novamente, com destacadas exceções) sobre o princípio da alma grupal, diferenciando a princípio, enquanto a evolução do homem progredia, em almas raciais, tribais e de clãs, e apenas se separando em Indivíduos únicos reencarnantes gradualmente, com o crescente desenvolvimento da mente consciente e auto-consciência pessoal. (10)
Nesta base, o pequeno numero de almas ‘enfileiradas’ para reencarnação individual teria aumentado grandemente nos milênios recentes, e meteóricamente no ultimo ou dois últimos séculos. E hoje, quando povos ainda primitivos estão sendo forçados (por bem ou por mal) ao contato regular com as culturas auto conscientes altamente ‘avançadas’, o numero de Indivíduos (com o ‘I’ maiúsculo, embora em vários níveis de desenvolvimento) deve ser sem precedentes.
E também, naturalmente, nós estamos em um período de evolução cultural e psíquica muito rápida; tudo está acelerando. Uma década presencia mais mudanças, em quase toda esfera, do que um século no tempo dos nossos avós, ou mil anos nos tempos neolíticos. A vida é um todo interconectado, em todos os níveis; assim não parece ser que esta mesma aceleração, esta mesma compressão da escala do tempo, deva ser aplicada ao karma, também, e à frequência da reencarnação ? Nós somos uma parte integral de Gaia, o Organismo da Terra, em seus planos de existência espiritual, mental, astral, etérico e físico; e se alguns dos seus ritmos estão acelerando, nós também somos afetados em todos os níveis. Especialmente por sermos nós amplamente responsáveis pelas mudanças e pelo menos estamos começando a nos preocupar a respeito de seus resultados. Assim, não poderia um senso aumentado de urgência, uma compulsão para estar ‘de volta ao trabalho’, estar influenciando Indivíduos que alguma vez agiram no seu ritmo entre encarnações ?
A explosão demográfica, naturalmente, tem sido um tópico de importância mundial por algum tempo. Pensadores responsáveis em muitas terras tem apontado para a situação ecologicamente, economicamente e politicamente calamitosa na qual esta ameaça atingir nosso planeta caso não seja estudada como um caso de urgência. Algumas nações estão tomando atitudes práticas para encorajar programas racionais de controle de natalidade. O maior e único obstáculo à tais políticas sensatas é infelizmente o Vaticano, cujas condenações à contracepção nos parece ser (e deveras para milhões de católicos) socialmente e teológicamente insuportáveis, mesmo em terrenos cristãos; contudo vide mais sobre isto na Seção XV, ‘Feitiçaria e Sexo’.
Pode muito bem ser que a raça humana como um todo, pela sua indiferença irresponsável e sua atitude de ‘enfiar a cabeça na areia’ com relação ao problema da população, está de fato pervertendo o ritmo natural da reencarnação – falando francamente, chamando almas para encarnar mais rápido , e em números maiores, mais do que a Mãe Terra pode cuidar delas ou que seu progresso karmico saudável requer. Se for assim, estamos acumulando perigosamente para nosso karma racial negativo; e a Mãe Terra tem meios drásticos de dizer ‘Basta!’ quando tais problemas fugirem ao controle.
Muitas dessas idéias anteriores são nada mais que teoria e não necessariamente seriam aceitas por todos os que acreditam na reencarnação. Porém temos esperança de que elas provoquem a reflexão.
Como começar à recordar vidas passadas ?
Antes de discutirmos técnicas, gostaríamos de destacar três regras que são absolutamente essenciais para um trabalho sério sobre recordação de encarnações:
Mantenha registros escritos (e quando possível, gravados em fita).
Tenha uma mente aberta, saudavelmente cética e ainda assim receptiva (temporariamente) para todas as impressões que cheguem.
Verifique tudo o que for possível contra o fato conhecido (por exemplo, registros paroquiais, livros de história, trajes de época, detalhes da vida diária da suposta ocasião, e assim por diante – particularmente com respeito a coisas sobre as quais voce não poderia ter conhecimento na ocasião em que sua impressão foi registrada).
Como é ressaltado por Christine Hartley (Um Caso De Reencarnação, pág.80): ‘Não cometa enganos sobre isso, mesmo que voce tenha o dom para ler os registros existem perigos no caminho – o perigo do pensamento carregado de desejo é provevelmente o mais pronunciado; a pessoa está tão ansiosa para “ver” que se pode facilmente ser levado em vôos de imaginação descontrolada pela razão crítica e discriminação. Já que um pouco de imaginação cuidadosamente controlada é necessária em todas as ocasiões para elevar a mente de uma pessoa a partir da base enraizada no mundo material, é altamente importante que deva existir grande disciplina em todos os experimentos de forma que os resultados possam ser confiáveis.’
Considerando a Regra 1. Sempre que voce achar que deve ter tido uma experiência de recordação, anote (ou grave numa fita) imediatamente, antes de discutir isso com outra pessoa e antes de aplicar a Regra 3. Conserve a anotação escrita ou a gravação; mesmo se voce tiver transcrito uma impressão gravada para o papel, conserve a gravação original também, porque as hesitações, o tom de voz e outras coisas podem vir a apresentar um significado não percebido na ocasião. Inclua esboços, mapas, plantas ou salas e outras coisas se voce puder. Conserve todos estes registros permanentemente – não elimine o que parece irrelevante em qualquer estágio, porque desenvolvimentos posteriores (às vezes anos depois) poderão lançar novas luzes sobre isto. Gravações em fita são valiosas quando vem a recordação sob hipnose ou transe; gravadores cassette são muito baratos hoje em dia e são o maior presente da moderna tecnologia para a pesquisa sobre reencarnação (e muitos outros campos do psiquismo).
A Regra 2 é a chave para a abordagem completa. Christine Hartley está certa: imaginação é o processo essencial; mas a imaginação descontrolada pode sabotá-lo. O ceticismo não pode inibir a imaginação naquele momento, porém posteriormente este deve verificar de forma desapaixonada sobre o que a imaginação produziu. Isto é particularmente importante com relação aos fragmentos de recordação espontâneos os quais podem ou não serem meros devaneios: o truque é deixá-los fluir sem censura, gravá-los, então pensar sobre eles criticamente, mas conserve o registro com uma mente aberta e verifique se o conhecimento posterior o confirma ou o destroi. (11) (E mesmo que ele pareça destruido, não o jogue fora; ele poderá ainda um dia ter algo para ensiná-lo).
A Regra 3 é trabalho direto de detetive. Se um nome, um lugar e uma data puderem ser reunidos aos registros do Escrivão Geral, ou um detalhe da prática agrícola na Anglia Oriental do século dezoito parecer errado para voce mas for confirmado no devido curso por um especialista no assunto, voce terá forte evidencia de recordação genuína.
Outra forma de confirmação, menos concreta mas igualmente encorajadora, são os registros de impressões mantidos pelos amigos que possam ter estado envolvidos na mesma encarnação. Novamente, registros escritos feitos antes das discussões provam o seu valor, porque eles reduzem grandemente o perigo de um pensamento desejoso ou uma alteração inconsciente ‘se encaixarem’. (Embora com amigos tão prováveis de estarem psiquicamente em sintonia uns com os outros, tenha sempre em mente a possibilidade da telepatia involuntária. Isto pode usualmente ser diagnosticado, ou controlado, examinando-se a ‘sensação’ dos registros, verificando se o material em comum é percebido a partir dos pontos de vista convincentemente pessoais ao invés de um ‘imitar como papagaio’ ao outro,e examinando se cada um contém seu próprio material de forma que eles se sobreponham ao invés de meramente coincidirem).
Uma das peças de confirmação mais inesperadas em nossa experiência própria veio de um garoto de cinco anos de idade, quando o conhecemos e a seus pais pela primeira vez, desde que ele era recém nascido. Ele olho para Janet e disse de uma vez: ‘Eu conheço você’. Janet replicou: ‘Eu vi você quando você era um bebezinho’, mas ele interrompeu impacientemente: ‘Oh, não nessa época – eu quero dizer no outro tempo – quando voce costumava ter aquelas coisas que faziam ruídos em suas mãos’ (imitando castanholas). ‘Mas seu cabelo devia ser preto . . . Onde está o outro homem ?’ ‘Que outro homem ?’ Ele virou de lado e continuou: ‘Você era a minha Mamãe. Mas você não era a esposa de Papai, você era amiga dele.’ Ele se saía com tudo aquilo – muito espontaneamente, Janet evitando deliberadamente de incitar – restringida com o que nós já acreditávamos saber sobre a encarnação de Janet como uma cortesã na Segovia por volta de 1500; isso também identificou um de seus filhos ‘desaparecidos’. Ele parecia conduzir a tudo muito naturalmente e prosseguiu falando de outras coisas como se ele já tivesse esquecido; mas ele permaneceu muito próximo a Janet até a hora de a família partir. Não havia maneira em que ele, ou mesmo seus pais, pudessem ter sabido qualquer coisa sobre a convicção de Janet que ela teria tido uma encarnação na Segovia.
O material sobre reencarnação mais impressionante tem sido obtido através da regressão hipnótica. Em muitos casos, psiquiatras profissionais tem tropeçado sobre o fenômeno praticamente por acidente e tem começado a estudá-lo sistematicamente. Regredir um paciente sob hipnose, liberar experiências de infância e desenterrar traumas que podem então serem tratados adequadamente, é uma técnica psiquiátrica normal. Mas muitos psiquiatras, ao regredirem pacientes à um estágio mais e mais anterior, tem ficado atônitos ao descobrirem os pacientes voltando não meramente ao nascimento ou à impressões uterinas mas aparentemente à recordação de vidas passadas. E muitos desses médicos, examinando os dados inesperados com um saudável ceticismo profissional, tem investigado à fundo, finalmente se convencendo [do fato].
O livro de Arthur Guirdham Os Cátaros e a Reencarnação, o de Joan Grant e Denys Kelsey Muitas Vidas e o da Dra. Edith Fiore Voce Esteve Aqui Antes, são todos descrições fascinantes deste processo de descoberta profissional. A colaboração de Grant e Kelsey tem sido particularmente produtiva. Ela recebeu o dom da recordação aparentemente integral de vidas passadas, o que ela colocou no formato de livros em tais romances (ou autobiografias) como Faraó Alado e Vida Como Carola; ele era um psiquiatra à quem aconteceu sob evidência de reencarnação do modo que descrevemos. Eles começaram a trabalhar juntos em 1958, e no devido curso se casaram. Muitas Vidas é um clássico do gênero. (12)
Outro livro interessante sobre o assunto é Encontros com o Passado, de Peter Moss com Joe Keeton; ele inclui dois discos gravados durante sessões autênticas de regressão. Mais Vidas do que Uma, de Jeffrey Iverson, descreve as famosas Fitas Bloxham, gravadas em mais de duas décadas de trabalho do hipnoterapeuta Arnall Bloxham.
O caso que atraiu a maior publicidade (embora muitos outros sejam ainda mais convincentes) está descrito no livro de Morey Bernstein A Busca por Bridey Murphy.
Hipnotismo, então, é talvez o mais poderoso de todos os métodos para lembrança de encarnação. O empecilho é que ele também pode ser o mais perigoso nas mãos de amadores. Podem emergir traumas com os quais o operador não tem o conhecimento ou a experiência para lidar. As sugestões pós-hipnóticas podem ser desapercebidamente plantadas, as quais podem ter resultados desastrosos. Este e outros riscos são a razão pela qual todo hipnoterapeuta profissional com quem temos conversado desaprova veementemente a hipnose de palco ou na televisão; estes profissionais podem muitas vezes serem chamados para desfazer o mal que um hipnotista de palco fizera, e sobre o qual ele sem sombra de dúvida ignorava.
Existe um outro perigo, dentro do campo oculto – o da manipulação deliberada. A primeira recordação de Janet sobre a nossa vida egípcia em comum foi obtida sob hipnose por parte de um ocultista extremamente experiente em quem nós (sendo então muito inexperientes) confiávamos. Nós percebemos mais tarde que ele era inescrupulosamente ‘negro’. A recordação foi suficientemente genuína, mas ele deturpou a interpretação da mesma para seus propósitos pessoais, e o problema que ele causou para nós dois levou um ano ou mais para ser eliminado. Isso nos ensinou uma amarga lição.
Hipnotismo – particularmente a hipnose profunda – deve apenas ser usada para recordação ou qualquer outro propósito quando o hipnotista é devidamente experiente, de preferência um profissional (embora Bloxham, por exemplo, seja um amador experiente), e quando sua responsabilidade está além de questionamento.
Um método muito mais seguro, que pode ser muito proveitoso para uso amador é o que pode ser chamado de meditação guiada. O guia leva a pessoa ou o grupo através de uma viajem simbólica, descendo uma escadaria, atravessando uma porta, subindo até um planalto – e calma e conscientemente exercitando a imaginação que detém o controle do fluxo do pensamento linear-lógico (função cerebral esquerda) e atinge o modo de percepção intuitiva (função cerebral direita). Isso pode deflagrar a luz, ou até mesmo um transe profundo; se isto acontecer, o guia conversa com a pessoa em transe, porém meramente para extrair informações e para tranquilizar – não para implantar idéias ou sugestões. Uma das qualidades essenciais de uma Suma Sacerdotiza ou um Sumo Sacerdote experientes é saber quando retirar uma pessoa do transe delicadamente, ao primeiro sinal de aflição ou exaustão. (Janet é uma médium que opera em transe, e Stewart teve que aprender muito cedo como tomar conta dela e quando retirá-la do transe).
Uma excelente forma para meditação guiada deste tipo é conhecida como a Experiência Christos tal como descrita em Janelas da Mente, de G.M.Glaskin. Nós a utilizamos várias vezes com resultados interessantes, e a consideramos muito inofensiva. Técnicas similares estão descritas na obra de Marcia Moore Hipersenciência.
Como uma segurança adicional, é uma boa idéia conduzir estes experimentos dentro de um Círculo devidamente estabelecido e fortemente visualizado. (Vide Seção XIV para maiores considerações sobre a função protetora do Círculo).
Sonhos podem ser outra fonte para informações sobre encarnação. Mas para fazer um uso adequado e confiável destes, se deveria manter o hábito de registrar os sonhos – mesmo se apenas em fita – imediatamente ao despertar, e cuidadosamente aderindo às Regras 1,2 e 3 as quais nós já descrevemos. É também útil aprender algo sobre o mecanismo básico dos sonhos; por exemplo, aprender a distinguir o que Freud chama de o ‘conteúdo manifesto’ (o material óbvio do sonho, muitas vezes retirado dos eventos do dia anterior) (13) do ‘conteúdo latente’ (o que o sonho está realmente tentando dizer). Mas sobre a compreensão dos sonhos, como a de muitas outras coisas, para bruxas e ocultistas é Carl Jung que se projeta além de todos os outros professores de psicologia; e muito de sua escola, tal como Esther Harding (Mistérios da Mulher) e Erich Neumann (A Grande Mãe), tem seguido nobremente seus passos. A melhor introdução ao pensamento Junguiano é o Homem e Seus Símbolos, uma antologia editada pelo próprio Jung.
Uma vez que voce tenha desenvolvido o hábito de registrar sonhos, eles emergem mais prontamente na consciência, e é de nossa experiência que três tipos de sonho logo emergem como pertencendo à uma classe própria. Primeiro, o sonho no qual voce está consciente de que está sonhando. A maioria das pessoas conhece este tipo, porém poucos tomam deliberadamente o controle sobre eles e os estuda enquanto eles estão acontecendo – o que pode ser um experimento muito revelador.
Segundo, o sonho no qual voce está se projetando astralmente. Com um controle crescente, isto se torna um caso especial do primeiro tipo. Mais sobre isto na Seção XX.
E terceiro, o sonho da recordação da encarnação. Com experiência, voce passa à reconhecer a qualidade especial de tal sonho; mas voce ainda seria sensato para aplicar seu conhecimento do mecanismo dos sonhos à este conteúdo. (Seria tal ou tal pessoa no sonho um personagem genuíno da vida passada? Ou um arquétipo personalizado? Ou meu próprio animus ou anima? Ou uma tela para alguém que eu não quero reconhecer? ... e assim por diante). Mesmo uma recordação de sonho genuína pode ser contaminada por outros elementos.
A recordação de encarnações em sonho (à parte de qualquer contato onírico telepático, sobre o qual mais será falado na Seção XX) é um processo solo; e o maior desenvolvimento da recordação solo deliberada é o que Christine Hartley chama de ‘mediunidade consciente’. Ela escreve, ‘O estado é alcançado por disciplina, silêncio e perseverança. Ela é em alguns aspectos a técnica aplicada por várias escolas de meditação profunda, neste sentido apenas a pessoa não está se retidando do mundo externo mas de certa forma revertendo o processo e retornando ao mesmo’. Ela descreve a técnica em seu livro Um Caso para Reencarnação, página 85 em diante. E embora nesta operação isto seja uma técnica solo, ela adverte fortemente (págs.87-9) para que haja uma segunda pessoa com voce, ‘preferivelmente alguém também familiarizado com a técnica, embora não necessariamente um vidente’, pelo menos ‘até que voce esteja completamente consciente do que voce pode ou não pode ou não deveria fazer.’
O mais famoso de todos os clarividentes americanos, o falecido Edgar Cayce, usava uma técnica muito diferente – sonho hipnótico auto induzido – para dar leituras psíquicas para mais de seis mil pessoas por mais de quarenta e três anos. Ele descobriu o Dom por acidente em 1923, e isso foi um grande choque para ele como protestante fundamentalista ortodoxo, mas isso o convenceu da verdade da reencarnação. Seus feitos estão resumidos na obra de Hans Stefan Santesson Reencarnação, pág. 126 em diante, e descritas a fundo na obra de Noel Langley Edgar Cayce sobre Reencarnação.
Assim que a pessoa vai se tornando mais experiente em recordação, descobre que esta pode não apenas recordar suas próprias vidas passadas; pode-se ‘ler os registros’ para outras pessoas também. A parte principal da obra de Edgar Cayce era desse tipo, e Muitas Vidas oferece repetidos exemplos do uso de Joan Grant deste dom – muitas vezes de forma bem sucedida evocado por si mesmo e Kelsey no diagnóstico de problemas de pacientes. Janet também possui esta habilidade, embora esta geralmente se manifeste espontaneamente; na ocasião destes escritos, ela ainda não alcançou o estágio onde ela possa sempre exercitá-la à vontade.
Para um guia compacto relativo aos vários métodos de recordação de encarnação, o pequeno livro de J.H.Brennan Cinco Chaves para Vidas Passadas é uma leitura que vale a pena – embora achemos que ele pouco enfatiza os perigos da hipnose amadora.
As últimas poucas páginas podem parecer sobrecarregadas com referências à livros; mas o fato real é que as várias técnicas de recordação são muito complexas para um único capítulo que não poderia fazer mais do que esboçá-los. Para fazer uso completo deles, voce seria muito bem aconselhado ou à localizar um professor experiente ou à ler os livros especializados. Ou ambos de preferência.
Mas seja de que forma voce proceder – nunca se esqueça das Regras 1,2 e 3.
XIII A Ética da Bruxaria
‘Oito palavras a Rede (?) Wicca complementa: E ela não fere nenhuma, faz o que tu queres’.
A Wicca é um credo prazeiroso; e também é um credo socialmente e ecologicamente responsável. As bruxas se deliciam no mundo e em seu envolvimento com este, em todos os níveis. Elas se regozijam com suas próprias mentes, suas próprias psiques, seus próprios corpos, seus sentidos e suas sensibilidades; e elas se deliciam em se relacionar, em todos estes planos, com suas criaturas companheiras (humanas, animais e vegetais) em com a própria Terra.
A ética Wicca é positiva, muito mais que proibitiva. A moralidade da feitiçaria é muito mais relacionada com ‘bendito é aquele que’ do que ‘tu não podes’. (1) Os extremos do ascetismo masoquista por um lado, ou do materialismo grosseiro por outro, parecem à bruxa como sendo as duas faces da mesma moeda, porque ambos distorcem a plenitude humana ao rejeitar um ou mais de seus níveis. As bruxas crêem num equilíbrio prazeiroso de todas as funções humanas.
Esta perspectiva está perfeitamente expressa na Investidura (vide págs. 297-8): ‘Que minha adoração seja através do coração que regozija; pois prestai atenção, todos os atos de amor e prazer são meus rituais. E portanto que hajam beleza e força, poder e compaixão, honra e humildade, gargalhadas e reverência dentro de ti’. Vale a pena organizar estas qualidades em seus pares polarizados:
beleza e força
poder e compaixão
honra e humildade
gargalhadas e reverência
- e meditar sobre estas como um modelo para uma ética equilibrada, enquanto se recorda que cada uma das oito qualidades é positiva, não restritiva. Compaixão significa empatia e não condescendência; humildade significa uma opinião realista sobre seu próprio estágio de desenvolvimento, não auto degradação; reverência significa um senso de maravilha-se (aquele atributo essencialmente Wicca), não apenas se lembrar de tirar o chapéu dentro de uma igreja ou de colocá-lo dentro de uma sinagoga. E a bruxa está sempre consciente que a compaixão deve estar acompanhada do poder, humildade pela honra, e reverência pela gargalhada.
A Investidura continua: ‘E tu que pensaste em me buscar [a Deusa] sabei que tua busca e teu anseio não te servirão, à menos que conheçais o mistério; que se aquela bruxa que tu buscaste não a tiveres achado dentro de ti, então tu nunca a encontrarás fora de ti. Pois prestai atenção, eu tenho estado contigo desde o início; e eu sou aquela que é alcançada ao final do desejo’.
Isto, também, é uma declaração ética. Para a feiticeira, auto desenvolvimento e a total realização do potencial único embora multi-aspectado de uma pessoa constituem um dever moral. Aquilo que ajuda a evolução à prosseguir é bom; aquilo que a obstrui é mal; e cada um de nós é um fator no processo evolutivo cósmico. Assim deve-se não meramente a si mesmo, mas ao resto da humanidade e ao mundo, buscar dentro de si, descobrir e liberar aquele potencial (2).
Evolução, neste sentido, não significa meramente Darwinismo (embora Darwin certamente definiu um dos caminhos, em um dos níveis, no qual a evolução cósmica se expressa). Este é o processo contínuo através do qual a força criativa básica do universo se manifesta ‘para baixo’ através dos níveis, com uma crescente complexidade, e é enriquecida a si mesmo pela experiência daquela complexidade. (Em termos cabalísticos, o ciclo Kether-à Malkuth-à Kether). Isto é um assunto muito profundo, merecendo uma vida (ou muitas vidas) de estudo; para uma primeira aproximação à ele nós recomendamos o livro de Dion Fortune A Doutrina Cósmica e A Qabala Mística (3). Mas enquanto muitas bruxas de fato estudam esta vasta filosofia, a maioria delas (e todas elas na maior parte do tempo) está mais preocupada com um guia literalmente ‘pé-no-chão’ para suas atividades diárias.
Para este relacionamento vivo com o processo cósmico, numa escala na qual possa ser prontamente percebido o como ele nos afeta, as bruxas se dedicam ao conceito da Terra como um organismo vivo. E esta atitude – física, mental, psíquica e espiritual – é o coração e a alma da Antiga Religião.
A Mãe Terra é concebida precisamente como aquilo. Ela nos produz, nos alimenta, faz o possível para vivermos (em todos os níveis desde o simplesmente biológico até o fantástico criativo), nos recompensa quando nós sensivelmente a amamos, se vinga quando nós abusamos dela, e reabsorve nosso componente material quando morremos. Ela nos recorda que todas as criaturas vivas são nossos irmãos, criações diferentes porém relacionadas do mesmo útero.
O conceito de Mãe Terra pode ser visualizado de várias maneiras, desde a teoria cientificamente sofisticada da Hipótese Gaia (4) até a adoração dela como Deusa. E deveras muitas bruxas consideram a Hipótese Gaia como uma validação posterior de sua imemorial abordagem à Deusa. Como destacamos na Seção XI, a vanguarda inteligente da ciência moderna está se aproximando mais e mais de muitos dos conceitos que as bruxas e os ocultistas tem sempre mantido; e as bruxas observam este processo com satisfação e simpatia, embora com um ocasional sorriso irônico.
Aqueles conceitos de Deus e Deusa são emocionalmente e psiquicamente necessários para a humanidade, e uma justificável abordagem à realidade, será discutida na Seção XIV, ‘Mito, Ritual e Simbolismo’. Mas aceitando-os no momento (e poucos leitores teriam avançado além neste assunto caso não o tenham feito), ninguém pode negar que a Deusa Terra é o conceito de Deusa mais imediatamente vital para nós, mais facilmente compreendido e mais determinante do ritmo das nossas vidas. Ela é o segundo plano e o primeiro plano da nossa própria existência. Mesmo aquele outro grande aspecto da Deusa que é simbolizado pela Lua seria difícil de se conceber separadamente separadamente da Mãe Terra pela qual ela orbita, cujas marés ela controla e cujas criaturas ela afeta em tudo desde a menstruação das mulheres até o crescimento das plantas. A Mãe Lua é o outro Self misterioso da Mãe Terra; qualquer conceito de Deusa que se situe fora do domínio daquela poderosa sororidade é muito mais sutil e abstrato, e de menor preocupação imediata para os mortais comuns.
Como, então, as bruxas expressam sua devoção à Mãe Terra, em termos éticos ? As implicações são óbvias. A obrigação moral com relação ao processo evolucionário que nós mencionamos anteriormente é visto, pela bruxa, como uma responsabilidade pessoal perante os ritmos e necessidades naturais da Terra como um organismo vivo,e perante as necessidades, ritmos e desenvolvimento evolucionário de suas criaturas constituintes. Aquelas criaturas – humanas, animais e vegetais – são as células individuais, o sistema nervoso, os pulmões, os órgãos dos sentidos da Mãe Terra, assim como o reino mineral é seu tecido corporal e esqueleto vivos, os mares e os rios são seu fluxo sanguíneo, e seu envoltório de atmosfera é o ar que ela respira como nós o fazemos.
Eis o porque os cuidados e ações ambientais tem um papel tão importante na ética Wicca. Eis o porque as bruxas ficam zangadas – e ativas – quando as árvores que produzem oxigênio são cortadas mais rápido do que são plantadas, quando baleias e focas são massacradas para lucros comerciais, quando fertilizantes químicos e pesticidas são usados sem levar em conta seu impacto ecológico, quando indústrias indiferentes poluem a atmosfera, os rios e os mares com seus produtos inúteis, e quando a selva de concreto (muitas vezes com mais preocupação comercial do que habitacional) se espalha como uma urticária sobre a pele da Terra.
(Felizmente, não são apenas as bruxas que tem começado à perceber que a violação do planeta está alcançando um estágio crítico; um sintoma desta preocupação pública é que muitos países tem agora um Ministério do Meio Ambiente. Sua eficácia pode ser inadequada ao problema, mas o próprio termo teria sido sem sentido à uma geração atrás. )
Simplesmente como a ética ambiental das bruxas é traduzida em ação é algumas vezes um assunto complexo; há poucas respostas fáceis, e as bruxas, como qualquer outro que leva o problema a sério, pode trazer respostas diferentes. Por exemplo, algumas bruxas são vegetarianas, enquanto outras percebem que o homem como um onívoro é parte do equilíbrio da natureza, e se concentram nos métodos humanos de produção de carne. Algumas bruxas encaram a revolução do micro-chip com horror, enquanto outras creem que devidamente manipulado ele pode significar desurbanização, comunicação humana barata e simples, lazer incrementado, a eliminação dos empregos sem utilidade, e o redirecionamento dos esforços do homem para a criatividade essencialmente humana. Algumas se recolhem em comunas auto-suficientes, enquanto outras se envolvem profundamente na estrutura existente na esperança de transformá-la. Algumas escavam o passado para inspiração, enquanto outras fixam seus olhos determinadamente no futuro.
Agora todas estas atitudes, embora elas possam algumas vezes se conflitar umas com as outras, podem bem contribuir com algo construtivo. Mas o ponto principal sobre delas é que todas elas estão motivadas pela mesma ética; amor e respeito pela Mãe Terra e todas as suas criaturas. Esta é a razão, por exemplo, porque as bruxas tanto rurais como urbanas dedicam bastante consideração e esforços aos Oito Festivais, como um método deliberado e sustentado de se manterem em sintonia com o ciclo natural da Mãe Terra em um nível tanto espiritual quanto psicológico. Elas sabem que se os Festivais não alcançarem aquele propósito, serão meras festas.
Esta é também uma das razões pelas quais o herbalismo desempenha um papel tão importante na prática Wicca. Poucas bruxas negariam, ou desejariam depreciar, os progressos genuínos da ciência médica moderna; de fato, muitas bruxas são elas próprias médicas(os) ou enfermeiras(os). (Nosso coven inglês incluía três enfermeiras, um técnico de sala de operações(?) e uma esposa de cirurgião dentista). Mas muito à parte da tradição (bruxas herbalistas eram as curandeiras da vila quando a maioria dos ‘médicos’ eram parasitas ignorantes), as bruxas praticam o herbalismo porque seu estudo as coloca em contato direto com a flora natural da Terra, literalmente, ‘nas raízes da grama’. Existem poucas outras disciplinas mais generalizadas para a observação e a compreensão de seu próprio ambiente natural do que estudar, caçar e usar ervas.
Descobrimos também que muitos médicos aceitam e respeitam herbalistas bem informados, desde que eles não estejam tratando de forma irresponsável os sintomas por ignorância das causas. Quando alguém vem até nós para solicitar cura (seja herbal ou psíquica), nossa primeira pergunta é sempre: ‘Voce já foi ao seu médico, e o que ele está fazendo?’ Se o paciente não foi ao médico, por receio, preconceito ou superstição, nós lhe solicitamos para fazê-lo imediatamente. E se ele o fez, nós gostaríamos de saber sobre o tratamento, para nos assegurar de que qualquer auxílio que tenhamos oferecido não tenha conflitado com este. Esta é uma área muito delicada, a ser abordada com sabedoria; uma bruxa deve ser a aliada do médico, não sua rival. Muitos médicos são curandeiros dedicados – e vale a pena lembras que muitos deles, em adição ao seu conhecimento adquirido, possuem um dom interno que é psíquico em natureza e que os atraiu para a profissão em primeiro lugar; muitas vezes este dom atua sem eles mesmo estarem conscientes de que o possuem, exceto talvez intuitivamente.
Com relação às drogas psicodélicas, alucinógenas e similares – nós não as tomamos, e nós as banimos absolutamente de nosso coven. Este banimento inclui a cannabis, embora percebamos que pontos de vista divergentes são sinceramente mantidos sobre a questão de se esta deva ser legalizada.
As drogas, em um sentido, realmente expandem a consciência – mas da mesma forma que alguém que não sabe nadar mergulhando nas profundezas se molha e também está sujeito a se afogar. A expansão da consciência é o objetivo central do desenvolvimento psíquico, porém através de treinamento passo-a-passo e sob total controle do indivíduo. As drogas são um atalho altamente perigoso, lhe dando a ilusão, se voce tiver sorte, de ter os níveis sob o seu comando. (Caso não tenha sorte, ela pode lhe conduzir para qualquer coisa desde trauma até psicose). Eles não estão sob o seu comando, nem as entidades que os habitam, para cujas atividades voce está completamente vulnerável no estado drogado. Voce é como um adolescente que brinca com uma prancheta Ouija apenas por brincadeira – e, como o adolescente, voce pode se apavorar durante o processo, ou sofrer danos reais.
É verdade que no passado (e ainda em algumas culturas) religiões xamãnicas tem usado drogas para propósitos divinatórios. Mas aquilo era feito por sacerdotisas e sacerdotes treinados, sob rígidas sanções sociais e religiosas. Tais sanções não existem mais em nossa cultura, nem é provável que elas sejam funcionalmente re-estabelecidas. É verdade, também, que ocultistas sérios tem atualmente experimentado com drogas psicodélicas sob observação de peritos e em condições cuidadosamente controladas; Lois Bourne em [A] Bruxa Entre Nós (págs.176-82) relata tal experimento controlado com mescalina. Contudo, muito à parte do fato que tais experimentos são necessariamente ilegais, sejamos honestos e admitamos que ninguém dentre mil ‘ocultistas’ entusiastas que usam estas drogas o fazem em tal maneira controlada.
Deve-se também encarar o fato de que, se voce usa estas drogas, voce estará inevitavelmente apoiando as poderosas redes do crime que as utilizam. Estas redes (muitas vezes com amigos em altos postos) enriquecem através da ruina de mentes e corpos, incluindo, numa escala sempre crescente, as crianças que frequentam escolas. Suas atividades se entrelaçam com qualquer outra forma de atividade criminal, de chantagem até corrupção cívica, e eles são provavelmente o elemento mais vicioso e anti-social na comunidade atualmente. Alguns deles estão ativamente interessados no cenário oculto, tanto como um mercado quanto para abusar de seu poder para seus próprios fins. Adicionando-se ao que, no momento em que seu produto chega às suas mãos, sua pureza é, falando por baixo, duvidosa.
Compre drogas e voce estará mantendo a existência de tais pessoas.
Mesmo se voce preparar seus próprios alucinógenos, tais como a Amanita muscaria, voce estará correndo graves riscos físicos e psicológicos – e sua psique estará ainda tentando um atalho perigoso, para lhe dar a ilusão de controle sobre os níveis.
Bruxas inteligentes deixarão absolutamente as drogas, e alcançarão sua expansão de consciência pelo método difícil – o que a longo e curto prazo é o único jeito.
Seria um desperdício de palavras, aqui, reiterar os códigos éticos básicos ‘normais’ que são comuns para todo cristão, judeu, muçulmano, hindu, budista, pagão ou ateu decente ou quem quer que seja – as regras que dizem respeito à sua vizinhança, responsabilidade cívica, cuidados dos pais, da credibilidade e honestidade, da preocupação com os não privilegiados, e assim por diante. Estes são padrões humanos fundamentais que a vasta maioria reconhece e tenta com sucesso variável praticar. Não é preciso dizer que as bruxas fazem o mesmo.
O que nos preocupa aqui são as regras de conduta que são especiais para as bruxas, ou sobre as quais elas depositam uma ênfase especial, devido à natureza da filosofia e suas atividades.
Talvez a mais importante de todas estas áreas especiais seja a magia.
Se voce deliberadamente começar à desenvolver suas habilidades psíquicas voce estará despertando uma faculdade através da qual voce pode influenciar outras pessoas, com ou sem seu conhecimento; uma faculdade através da qual voce pode obter informação por meios que elas não esperariam ou não permitiriam; uma faculdade através da qual voce pode ou aumentar a energia vital destas ou enfraquecê-las. Por meio da qual voce pode ajudá-las ou prejudicá-las.
Óbviamente, voce está assumindo uma grande responsabilidade sobre si mesmo e esta responsabilidade pede por um conjunto de regras voluntariamente aceitas. E estas regras são todas as mais importantes porque muitas vezes apenas voce sabe se voce está obedecendo-as honestamente.
A observância ou não destas regras é precisamente o que distingue um trabalho ‘branco’de um trabalho ‘negro’. (5)
Todas estas regras estão resumidas na frase: ‘E que isto não prejudique ninguém’. Um(a) bruxo(a) jamais deve usar seus poderes de uma forma que cause danos à outrem – ou mesmo assustar alguém declarando poder fazer [tais coisas]. Outra regra Wicca diz: ‘Nunca se vanglorie, nunca ameace, nunca diga que voce desejaria mal à alguém’.
Há duas situações nas quais, à primeira vista, pareceria que observar a regra de ‘não causar dano’ significaria deixar um malfeitor impune, ou deixar-se a si próprio indefeso contra ataques. Porém existe um meio aceitável de se lidar com cada um desses problemas.
Caso se saiba que alguém está agindo maldosamente e causando danos aos outros, as bruxas são plenamente justificadas para impedi-lo. O método usado é a operação mágica conhecida como ‘amarrar’, que é descrito na Seção XXII (págs.235-7). O objetivo bem específico de um encandamento para ‘amarrar’ é o de tornar as más ações impotentes – não causar danos ou punir o malfeitor; a punição pode ser seguramente deixada para para os Senhores do Karma. O encantamento é contra o feito, não contra quem o faz – e ele funciona.
A Segunda situação é aquela de defesa contra um ataque psíquico deliberado. A maioria dos bruxos e covens brancos estão familiarizados com isto. Suas atividades podem fazer crescer a inveja ou ressentimento dos operadores negros – particularmente quando eles são chamados para resgatar as vítimas daqueles operadores. Isso também pode acontecer quando um membro que teve de ser banido de um coven branco por boas razões, o que felizmente é raro mas algumas vezes inevitável; é muito provável que o bruxo banido venha a expressar seu ressentimento atacando violentamente por meios psíquicos. E naturalmente qualquer coven eficiente estará rapidamente consciente de tal agressão no plano astral.
Um encantamento para ‘amarrar’ também pode ser usado aqui, naturalmente; mas algumas vezes pode-se estar consciente do ataque astral sem se estar certo da sua fonte; ou a fonte pode ser um grupo; sendo que uma ‘amarração’ para este seria mais complicado porque a ‘amarração’ efetiva depende de uma clara visualização da pessoa sendo ‘amarrada’. O meio de defesa mais direto e poderoso, quando voces como indivíduo ou grupo está(estão) sob ataque, é confiar no ‘Efeito Bumerangue’. Este é o princípio, comprovado inúmeras vezes, de que o ataque psiquico que vem de encontro à uma defesa mais forte ricocheteia triplamente sobre o atacante. Então o seu remédio é preparar fortes defesas psiquicas (vide capítulo IX) enquanto voce próprio não contra-ataca deliberadamente. Voce invoca o Deus e a Deusa, no firme conhecimento de que eles são mais poderosos do que qualquer mal que possa ser direcionado contra voce. O ‘bumerangue’ então retorna para quem o arremessou, e se ele sofrer danos, isso será inteiramente devido ao ato dele, não o seu.
Uma linha definida deve sempre ser traçada entre influenciar outras pessoas e manipulá-las. A cura, ou a solução dos problemas pessoais de outrem que haja lhe pedido por auxílio é um ato legítimo e é deveras necessário influenciar. Manipulação, no sentido de interferir com o direito individual de decisão e escolha de uma pessoa, não é.
Para tornar clara a distinção, tomemos o exemplo dos encantamentos de amor (que são popularmente supostos como sendo a maior parte do “estoque de vendas” de uma bruxa). Utilizar meios mágicos para compelir A à se apaixonarpor B, sem considerar as inclinações naturais dele(a), está completamente errado, e se isto for conseguido, muito provavelmente acabará sendo desastroso para ambos A e B. Tais pedidos podem ser muito mais insensíveis do que aquele; um homem nos ligou repentinamente e se ofereceu para nos pagar para operar magicamente e fim de conseguir uma garota que ele gostou para levá-la para cama ‘só por uma noite’. Ele desligou com raiva quando nós lhe dissemos o que ele deveria fazer com seu dinheiro.
Por outro lado, quando Janet era uma bruxa muito nova, ela conheceu duas pessoas as quais ela percebia estarem fortemente atraídas uma pela outra mas ambas eram muito tímidas para dar o primeiro passo. Janet observou a situação se arrastando e finalmente (sem nada dizer para qualquer um dos dois) ela trabalhou num encantamento para acabar com a timidez de ambos e traze-los unidos se eles fossem o certo um para o outro. No dia seguinte o homem propôs namoro à garota. Aquilo foi à doze anos atrás; eles, mais três crianças maravilhosas estão agora ocupados vivendo mais alegremente que antes.
Aquele ‘encantamento de amor’ foi perfeitamente legítimo e útil; não foi manipulação, mas a remoção de obstáculos que estavam obstruindo um desenvolvimento que era natural em si mesmo. E ele continha o tipo de cláusula que toda bruxa com princípios inclui em seus encantamentos caso haja alguma dúvida: ‘se eles forem certos um para o outro’, ‘desde que ninguém seja prejudicado’, ou qualquer outra frase que seja apropriada. Tal cláusula como parte do texto de um encantamento (e encantamentos, como questões divinatórias, devem sempre ser precisamente formuladas e sem ambiguidade) torna-se parte de sua intenção, e portanto de seu efeito mágico. Mas como o próprio encantamento, voce deve realmente sentir seu significado – não apenas jogá-lo como uma sopa dentro da sua consciência; de outra forma voce poderá muito bem encontrar por si mesmo o Efeito Bumerangue.
Todos estes padrões éticos de não causar mal à ninguém, e de confiar no Efeito Bumerangue ao invés de contra-atacar, pode parecer como se as bruxas fossem pacifistas desqualificadas. Elas não o são. Existem situações na vida ‘comum’ quando uma ação vigorosa é exigida com quaisquer armas disponíveis. Se voce passar por uma velha senhora sendo assaltada, voce não vai fazer pregação para o assaltante – voce o colocará fora de combate se puder. Se aviões bombardeiros estiveram atacando a sua cidade, voce tentará atirar neles e lançá-los em terra antes que eles soltem suas bombas. Se voce estiver sendo violentada, voce usará o seu joelho com toda força que voce puder reunir, sem se preocupar por quanto tempo o estuprador possa ficar no hospital.
Dar a outra face está muito bem – mas até mesmo Jesus usou da força em uma ocasião, quando ele expulsou os vendilhões do Templo com um chicote de cordas. Eles pediram por isso, eles levaram isso, e eles não teriam respondido por nada mais.
Situações similares de fato surgem dentro da esfera da magia, quando voce tem que agir sem quaisquer restrições,e voce tem que decidir muito rapidamente. Mas, como na vida ‘comum’, uma bruxa bem treinada e conscienciosa sabe que ele(a) terá que tomar a responsabilidade pela decisão, e arcar com as consequências. Arcar com as consequências de não ter agido, quando a ação era necessária, pode ser algo ainda mais sério.
A Lei diz: ‘Nunca aceite dinheiro pelo uso da arte, pois o dinheiro sempre mancha aquele que o pega’. É um princípio universal entre as bruxas brancas que não se deve receber pagamento pelo trabalho mágico. A aceitação de honorários de fato ‘mancha’ aquele que os recebe; com a melhor boa vontade do mundo, isso encoraja uma tendência subconsciente de ‘adquirir um hábito’ e a produzir resultados impressionantes através de um pequeno e silencioso encadeamento; convocar o cliente para mais sessões do que o estritamente necessário; e daí a pouco aceitar tarefas que não sejam exatamente negras, apenas um pouco cinza. E daí por diante. Mais de uma bruxa, ou médium espiritualista, que chegaram à isto, vieram a descobrir que seus poderes originalmente genuínos esvaneceram após ‘se tornarem profissionais’, porque ambos, sinceridade e julgamento se deterioraram.
É geralmente aceito, entretanto, que honorários sejam aceitos para coisas tais como leitura de Taro. Estas são consultas, não operações e dependem mais da intuição do que da magia no sentido estrito. A tentação à produzir espetáculo é pequena, e é facilmente resistida por parte de qualquer tarólogo honesto. E cobrar uma taxa razoável realmente diminui o número de meros visitantes curiosos, que podem se tornar um fardo sério e que provoca perda de tempo uma vez que sua reputação se espalha. Janet teve que abandonar leituras de Taro de ‘portas abertas’ por esta mesma razão.
Nós conhecemos muitos tarólogos bons e incorruptíveis que o fazem para um meio de vida modesto, e nós os temos recomendado sem hesitação. Mas nós nunca conhecemos uma bruxa ou um mago que cobrasse por trabalho mágico e que mantivesse sua integridade.
Artesãos profissionais que entregam suprimentos para satisfazer as necessidades de bruxas e ocultistas são naturalmente um outro caso. Nós conhecemos e lidamos com muitos artesãos que trabalham com metal, fabricantes de incenso, joalheiros, e outros que trabalham em tempo integral dentro desta categoria, e com relação à um pelo menos nós continuamos dizendo que ele cobra muito pouco por seus amáveis produtos. (E por fim, nós somos pagos pelos nossos livros, embora nós dificilmente fiquemos ricos através deles!) Mesmo dentro do coven, se algum entusiasta habilitado produz intrumentos para outros membros por amor à arte, todos nós insistimos em pagar pela sua matéria prima. O ponto essencial é que nenhum desses pagamentos é para trabalho mágico.
Em nossa opinião, seria errado para qualquer artesão reivindicar e cobrar por algum suposto elemento mágico em seus produtos, ou vendê-los como ‘magicamente carregados’ ou ‘já consagrados’. É talvez uma questão de opinião, mas nós sentimos fortemente que consagração e a carga [de energia] são de responsabilidade do usuário – ou, no máximo, aquelas bruxas que dão instrumentos para outras bruxas como presentes podem aplicar aos mesmos uma carga ou consagração inicial como um sinal do amor com o qual o presente é feito. Mas as consagrações nunca devem estar à venda.
Incidentalmente, quando nós fomos iniciados nos ensinaram que nunca se deve barganhar com respeito à instrumentos mágicos; deve-se pagar o preço pedido ou se dirigir à outro lugar. Dion Fortune (Moon Magic, pág. 67) tem as suas reservas: Éxiste um velho ditado [que diz] que o que é procurado para propósitos mágicos deve ser comprado sem pechinchar, mas há um limite para este tipo de coisa’. Doreen Valiente sente ainda mais fortemente. Ela nos conta: ‘Em vários grimórios antigos também se encontra esta declaração; mas eu creio que ele foi inventado por algum esperto comerciante de acessórios mágicos. Não nos ensinaram nada sobre este ponto no tempo de Gerald, talvez porque ele também pensava que esta suposta lei mágica foi inventada por aqueles que tinham algo para vender, e que os estudantes da Arte Mágica tem sido enganados desde então. Contudo, se voce estivesse comprando de um irmão ou uma irmã da Arte, e voce não pudesse pagar o preço que eles pediram, então eu realmente acho que voce não deveria tentar pechinchar com eles. Mas com relação aos comerciantes, procure ter mais força de argumento a seu favor quando for o caso de pechinchar, eu digo!’ Ela adiciona que naturalmente qualquer objeto deve ser limpo tanto física quanto psiquicamente antes de ser posto em uso mágico, e que isto é ‘mais importante do que pechinchar ou não pechinchar’.
Mais um pedacinho referente à estes pensamentos sobre ética : uma oração indígena americana (Sioux, nos contaram) que apela fortemente à nós e que nós sempre procuramos ter em mente. ‘Oh Grande Espírito, não permiti que eu julgue meu vizinho até que eu tenha caminhado uma milha usando seus mocassins’.
XIV Mito, Ritual e Simbolismo
Mito, rituais e símbolos ocupam um papel principal na prática Wicca – particularmente em seu aspecto religioso, embora o aspecto da Arte (bruxaria operativa) também está relacionada com os últimos dois pelo menos, uma vez que todo encantamento é de fato a manipulação ritual de símbolos.
Toda religião, naturalmente, está profundamente envolvida com todos os três, embora com vários graus de conscientização. Algumas religiões tentam aprisionar os mitos dentro da camisa de força da história factual – tal como aqueles cristãos fundamentalistas que insistem em que toda palavra na Bíblia é literalmente verdadeira, do Jardim do Éden em diante. Esta abordagem não apenas desvaloriza seriamente uma das mais ricas antologias de mito e simbolismo que nós possuímos; isso também leva os teólogos à algumas controvérsias absurdas. (Adão e Eva tinham umbigos? Como todos os animais entraram na Arca? – e assim por diante). Alguns rebaixam o ritual á um rígido padrão de ortodoxia que perde totalmente de vista o seu significado interior, enquanto outros reagem contra isso minimizando o ritual à um ponto onde o significado é também perdido. Alguns perderam totalmente de vista o papel psicológico dos símbolos, meramente categorizando-os em ‘nossos’ (e portanto sacros) e ‘deles’ (e portanto diabólicos), e falhando em compreender que um símbolo pode ter diferentes significados em diferentes contextos.
Toda religião, naturalmente, inclui indivíduos que possuem uma compreensão genuína sobre mito, ritual e simbolismo e que estão capacitados à utilizá-los criativamente dentro da estrutura de sua própria fé. Porém muitas e muitas vezes, se eles tentam expressar esta compreensão para os outros, eles são olhados de modo inquisidor como prováveis hereges por parte de seus semelhantes religiosos cuja ‘fé’ é uma rígida estrutura de reflexos condicionados.
A Wicca, por outro lado, tenta apreender tal compreensão deliberadamente e desenvolvê-la entre seus membros. Em outras palavras, compreender e ser honesto a respeito das funções psicológicas e psíquicas do mito, ritual e simbolismo, e fazer uso deles com plena consciência, de acordo com as necessidades e exclusividade de cada indivíduo. Isso é muito mais fácil para uma religião não-hierárquica e não-autoritária como a Wicca, que consegue não apenas ser flexível, mas realmente valoriza a flexibilidade.
Tentemos definir estes três cada um por sua vez.
‘O mito [é composto] pelos fatos da mente tornados manifestos em uma ficção de substância.’ (Maya Deren, Divinos Cavaleiros, pág.29). Ou mais especificamente : ‘Os mitos poderiam ser definidos como símbolos estendidos descrevendo vívidamente os padrões típicos e sequências das forças da vida, trabalhando no Cosmos, na Sociedade, e no indivíduo... Porque todo mito surgiu diretamente da psique humana, cada um está repleto de sabedoria e compreensão sobre a natureza e a estrutura da própria psique. Mitologia é psicologia dramatizada’. (Tom Chetwynd, Um Dicionário de Símbolos, pág.276).
Agora o propósito da Wicca, como uma religião, é o de integrar aspectos conflitantes da psique humana entre si, e o todo com a Psique Cósmica; e como uma Arte, desenvolver o poder e o auto-conhecimento da psique individual (e num coven, o grupo co-operante das psiques individuais) de forma que ela possa alcançar resultados que estão além do alcance de uma psique não desenvolvida e não auto-consciente – na extensão como um atleta desenvolve, e aprende sobre, sua potência muscular e o controle para realizar feitos impossíveis para os não-atletas.
Os mitos (e seus descendentes folclóricos, os contos de fadas) devem sua durabilidade, e seus poderosos efeitos sobre as mentes dos homens, ao fato de que eles dramatizam verdades psíquicas que a mente inconsciente reconhece de uma vez, mesmo enquanto a mente consciente possa achar que ela está meramente sendo entretida por uma estória bem contada. Ambos os níveis da mente são satisfeitos ao mesmo tempo, e o conhecimento deste fato é filtrado até a mente consciente na forma de um senso de prazer estranhamente acentuado. Ficção meramente para propósitos de entretenimento, não importa o quão boa, logo morre. Onde a obra de um contador de estórias com genialidade realmente incorpora verdades psíquicas fundamentais, esta sobrevive ou (em dias anteriores à literatura) sendo absorvida no corpo do mito e talvez alterando sua forma embora não seu conteúdo, ou (em tempos posteriores com contadores de estórias tais como Shakespeare ou Goethe) tornando-se consagrada em uma categoria própria, num meio termo entre o mito reconhecido e a ficção reconhecida. Hamlet, A Tempestade e Fausto, por toda sua sofisticação da Renascença ou Idade-da-Iluminação, são fundamentalmente mitos puros, que é o que assegura sua imortalidade.
Nós falamos sobre os aspectos conflitantes da psique humana. Esta é a base de todo desenvolvimento de caráter. Isto é certamente um processo essencial e contínuo para toda provável bruxa – não apenas para alcançar felicidade e equilíbrio como um ser humano mas para liberar e canalizar aqueles poderes psíquicos potencialmente ilimitados que uma bruxa espera por em funcionamento.
Seria muito bem recomendado à toda bruxa estudar as obras de Carl Gustav Jung, o grande psicólogo suiço que desenvolveu [seu trabalho] a partir do pensamento de Freud, transcendendo à este. As idéias de Jung entrem em imediata sintonia com toda bruxa que presta séria atenção às mesmas. (Um pequeno resumo útil destas, com um prefácio do próprio Jung, é a obra de Jolande Jacobi a Psicologia de C.G.Jung.) Seus conceitos sobre o Ego, a Sombra (tudo na psique que esteja à parte do Ego consciente), a Anima (o lado feminino oculto do homem), o Animus (o lado masculino oculto da mulher), o Inconsciente Pessoal, o Inconsciente Coletivo, a Persona (a ‘capa em volta do Ego’), as quatro funções do Pensamento, Intuição, Sentimento e Sensação (que em qualquer indivíduo podem ser divididas em dominante e inferior), os tipos de atitude de Extroversão e Introversão, e o Self (‘o centro e a última fundação do nosso ser psíquico’) – tudo isso nos parece indispensável para uma compreensão criativa de nós mesmos e de outras pessoas. E em uma escala maior, seu conceito do Inconsciente Coletivo fornece uma chave para a compreensão da telepatia e da clarividência, e aquele da Sincronicidade (ou ‘coincidência significativa’) faz o mesmo para a advinhação e magia em geral.
A idéia central à ser trazida para nossa presente discussão é que a maior parte da psique é inconsciente, fora do alcance do nosso Ego consciente, mas influenciando fortemente o comportamento do Ego sem que o percebamos. O Inconsciente é primordial – o que não significa que ele seja inferior ou que nós devamos super valorizá-lo. Pelo contrário, ele está em contato mais direto com o tecido do Cosmos do que o Ego, e ele muitas vezes sabe melhor quais são nossas necessidades reais. Ele também é parte do Inconsciente Coletivo – um prolongamento individual deste, por assim dizer – de forma que ele é essencialmente telepático com relação à outros ‘prolongamentos individuais’, e tem uma percepção de situações gerais além do alcance imediato do Ego, de uma forma que parece ao Ego quase sobrenaturalmente clarividente.
O Ego, por outro lado, possui dons dos quais o Inconsciente carece: a habilidade de analisar e categorizar os dados que chegam, pensar através de passos lógicos e de se comunicar com outros Egos pelo meio preciso e sutil da fala.
Os dois grupos de dons são complementares, e assim o Ego e o Inconsciente necessitam um do outro, tanto para a vida diária quanto para a libertação definitiva do Self essencial, integrado. Mas muitos poucos de nós tem alcançado o estágio onde os dois trabalham tranquilamente juntos.
Quando a comunicação entre os dois departamentos é falha (tal como é em um grau maior ou menor em todos nós exceto nos maiores adeptos), surgem os conflitos. Ego e Inconsciente lutando em direções opostas podem causar o surgimento (em ordem ascendente de gravidade) à tensão, neurose, psicose e o aparecimento da esquizofrenia. Quando o Ego emite ordens impossíveis ao Inconsciente, podem surgir conflitos dentro do próprio Inconsciente – sob a forma de Complexos, centros autônomos que agem quase como entidades independentes; e estas, por sua vez, causam distúrbios no funcionamento do Ego. Igualmente, anseios inaceitáveis do Inconsciente podem ser empurrados de volta pelo Ego abaixo do portal da consciência, quando eles inflamam e eventualmente irrompem de uma forma ou outra.
O que é necessário, obviamente, é a comunicação grandemente melhorada entre o Ego consciente e o Inconsciente. O Ego precisa desenvolver técnicas, primeiro para se conscientizar do fato de que o Inconsciente tem mensagens para ele, e segundo para interpretar estas mensagens, que o Inconsciente pode expressar apenas através de símbolos. O Inconsciente apenas está muito ávido para se comunicar. Existe uma velha piada em que os pacientes Freudianos tem sonhos Freudianos, pacientes Junguianos tem sonhos Junguianos, e pacientes Adlerianos tem sonhos Adlerianos. De fato, isso não é piada mas uma prova de que, se o Inconsciente for presenteado com um código de símbolos passível de ser trabalhado o qual o Ego está aprendendo a compreender, ele irá voluntáriamente se apegar àquele código para fazer atravessar as suas mensagens.
Essa comunicação não provada entre o Inconsciente e o Ego é uma grande parte do que é compreendido como ‘abrindo os níveis’ ou ‘expandindo a consciência’. O conteúdo integral do Inconsciente não pode jamais (pelo menos no nosso presente estágio de evolução) ser tornado diretamente disponível ao Ego; mas uma grande parte deste pode, certamente o suficiente para remover todos os maiores conflitos e enriquecer significativamente o grau de eficácia do Ego – tanto através do aumento da quantidade e variedade dos dados de entrada sobre os quais ele pode agir, quanto também ensinando-o a lição (à qual muitos Egos resistem violentamente) de que ele não é a única, ou mesmo a mais importante função da psique total. Quanto mais o Ego aprende esta lição, e age sobre esta, mais próximo ele chega para ativar o Self central e passar o controle para este.
Registrar os seus sonhos, e aprender a interpretá-los, é uma técnica para se tornar consciente do que o seu Inconsciente está tentando dizer para o seu Ego. Uma outra é o estudo dos mitos, e sua encenação.
Devido aos mitos, como temos visto, incorporam verdades psíquicas universais e as dramatiza de um modo que apela à imaginação, eles não apenas concedem ao Ego uma compreensão mais saudável daquelas verdades (mesmo se apenas inconscientemente) - eles também abrem canais para o Inconsciente transmitir as verdades mais sutis e pessoais, e posicionar o Ego em uma estrutura mental adequada para absorvê-las. Isto, também, pode ser subconsciente; voce pode partir do prazer em ouvir ou encenar um mito, e então agir mais apropriadamente no mundo diário – achando (ou nem mesmo se preocupando em pensar nisso) que isso se deve à decisão consciente do Ego, enquanto que na verdade isso é devido tanto a mensagem universal do mito quanto as mensagens pessoais que fluiram ao longo dos canais que o mito abriu, influenciaram os critérios sobre os quais o Ego atua.
Muitos mitos e contos de fada dramatizam por si este processo de integração – o confronto por parte do herói com os aparentes perigos do Inconsciente, e a transformação de seu relacionamento com eles. Por exemplo, a mulher velha e feia que se transforma numa bela princesa quando o herói persiste em sua busca ordenada. Aqui o Ego chega à um acordo com sua Anima, que se não for reconhecida ou for rejeitada será uma fonte de conflito. A recompensa do herói é que ele se casa (isso é, se integra com) com a princesa e se torna herdeiro do reino de seu pai (isso é, o destino final do Ego, o reino do Self unificado). E assim por diante (1). Em um sentido, a Lenda da Descida da Deusa das bruxas pode ser vista como a estória do confronto de uma mulher com seu Animus; neste processo, a repulsa inicial é transformada em compreensão e integração, dos quais ambos emergem enriquecidos.
Isso nos traz naturalmente à uma consideração da função do ritual.
Citando novamente Tom Chetwynd: ‘Ritual é a encenação dramática do mito, projetado para produzir uma impressão suficientemente profunda sobre o indivíduo a fim de alcançar seu inconsciente’. (Um Dicionário de Símbolos, página 342).
Isso pode parecer, à primeira vista, ser mais uma curta definição de ritual; mas se pensarmos nela, ela permanece verdadeira referente à todo ritual. O ritual da Missa é uma encenação do mito da atitude simbólica de Jesus com o pão e o vinho. Quer a Última Ceia tenha sido ou não um evento histórico real, ou mesmo que não haja existido nenhum Jesus histórico (como algumas pessoas muito improvavelmente sustentam), isso não afeta o ponto central. Um mito poderoso pode ser uma ficção histórica expressando uma verdade psiquica – ou um ato psiquicamente significativo na história real pode se tornar a semente de um mito subsequente, ou de uma nova versão de um antigo (tal como os mitos poderosos de Hamlet e Fausto tiveram autores historicamente existentes). Mesmo simples rituais ‘supersticiosos’ podem estar baseados em mitos; por exemplo, fazer negócios com seu dinheiro quando voce vê a Lua Nova pela janela (isso é, de dentro da sua casa) não se relacionaria à mitos nos quais a Lua simboliza a Deusa Mãe cujo crescimento encoraja a fertilidade (e portanto a prosperidade doméstica)?
Buscar pelas origens míticas de um ritual pode ser interessante, mesmo algo iluminante; mas o sucesso ou a falha em rastreá-los não altera a validade da definição. Um ritual é uma verdade psíquica encenada; um mito é uma verdade psíquica falada ou escrita; assim ambos são da mesma natureza – assim como a mesma estória pode ser contada em um romance ou filme, ou um baseado no outro.
De fato, um mito pode se originar em um ritual tanto quanto vice versa. Como Chetwynd ressalta: ‘Os mitos comunais eram as palavras rituais dos grandes festivais de culto do mundo antigo, e as características típicas da mitologia deram forma simbólica à vida do homem, seus desejos, suas necessidades’. (Um Dicionário de Símbolos, pág.276).
O ritual então realiza a mesma função psíquica que o mito, mas com o impacto adicional sobre o indivíduo da participação pessoal. Ouvir ou ler um mito pode ter um efeito poderoso; tomar parte nele voce mesmo, ao desempenhar um dos papéis, pode ser ainda mais poderoso.
Tomemos o exemplo da Lenda da Descida da Deusa novamente. Uma bruxa que atua no papel da Deusa visitando o Submundo vai através de todo o processo; seu Ego é despido de sua Persona, sua imagem confortável porém inadequada de si mesma; nua ela confronta o Senhor do Submundo (seu próprio Animus) e o acusa de ser destrutivo; enquanto ela persiste em considerá-lo como um inimigo, ela tem que sofrer em suas mãos; mas porque ela não foge do confronto, nasce a iluminação, e ela compreende a verdadeira função dele. ‘Eles se amaram, e se tornaram um’. A integração alcançada, eles aprendem um do outro, e o Ego retorna ao mundo diário mais sábio e mais eficaz, o suposto inimigo, o Animus, tendo sido transformado em aliado.
Mas a Lenda tem mais de um significado, e o homem que atua como o Senhor do Submundo também se beneficia. Sua Anima faz sua presença percebida, e primeiramente ele tenta se esquivar do assunto simplesmente apelando à ela para ser boa para ele (como Édipo, implorando à sua Anima para se identificar com sua mãe?). Ela não vai permitir que ele se saia com esta; ela replica, ‘Eu não te amo’ – até que ele continue com a parte dolorosa do confronto. Sabiamente, ele não a ataca; ele ‘a chicoteia suavemente’ – em outras palavras, ele continua sondando para descobrir o que deveria ser o verdadeiro relacionamento deles. Sua Anima o conhece parcialmente, apesar das dores da tentativa na integração: ‘Eu conheço as angústias do amor’. Agora eles iniciam o intercâmbio construtivo que os enriquece a ambos.
Cada uma dessas lições se relaciona à psique individual da persona que atua no personagem. Mas existe também uma lição interpessoal; cada um é lembrado vívidamente que a polaridade dos aspectos masculino e feminino é a mais poderosa de todas as ‘baterias’ psíquicas.
Agora todas estas lições, caso fossem meramente colocadas no papel como um tratado psicológico, apelariam apenas ao Ego consciente. Se o Ego fosse convencido, ele teria então a tarefa de descobrir como aplicá-las em cooperação com o Inconsciente. Mas quando elas são encenadas em forma dramática, elas apelam diretamente ao Inconsciente – e se o ator tiver compreendido o significado do que ele ou ela está fazendo, também [apelam] ao Ego consciente. A tarefa de por as lições em prática é então tornada muito mais simples.
Nos sonhos, a comunicação necessária entre Inconsciente e Ego é iniciada pelo Inconsciente. No ritual, ela é iniciada pelo Ego. Assim sonho e ritual realmente se complementam um ao outro.
Mito, ritual e sonhos, todos falam através de símbolos. Todos os três podem usar palavras, mas os símbolos são o seu real vocabulário. As palavras do mito podem descrever factualmente eventos ou criaturas impossíveis; as palavras do ritual podem parecer paradoxais; e as palavras dos sonhos podem ser surrealistas e aparentemente não relacionadas à ação. Ainda assim em cada caso, os símbolos envolvidos falam a verdade.
Um símbolo é a incorporação de um conceito, destilado, condensado e destituído de suas [partes] não essenciais. Ele pode ser de muitos tipos. Ele pode ser um artefato físico (ou representação pictográfica), tal como a cruz do Calvário, um ankh, um pentagrama ou uma bandeira nacional. Ele pode ser uma criatura imaginária, tal como uma sereia ou um centauro. Sobrepondo-se com o último, ele pode ser uma imagem visual conferindo uma forma compreensível para uma entidade não-física, tal como um anjo com um corpo humano e asas ou um Deus Chifrudo. Ele pode ser um objeto natural do nosso meio ambiente cujo comportamento evoque o conceito que ele veio a simbolizar, tal como o Sol como um Deus fertilizador e doador de luz e a Lua como uma Deusa multi aspectada que ilumina o lado escuro da psique; ou como o lótus que simboliza a psique integrada por ter suas raízes na lama escura e sua flor no ar brilhante. Ele pode ser uma peça de música, como um hino nacional ou uma canção revolucionária. Ele pode até mesmo ser uma pessoa viva, através do processo conhecido como ‘projeção’ – ou comunitariamente, como quando uma comunidade projeta seu senso de identidade nacional sobre um soberano ou seu senso de missão sobre um líder carismático, ou individualmente, como quando voce projeta seu próprio desprezo sobre um conhecido e o trata dessa forma com desgosto irracional, ou quando um marido projeta sua Anima sobre sua esposa (ou uma esposa projeta seu Animus sobre seu marido) e assim trata a parceira de forma não realista. Ele pode ser uma cor, tal como o vermelho para sangue, perigo ou vida, ou preto para morte, o Inconsciente, magia maliciosa ou direitos civis na América (a cor é talvez o exemplo supremo de como os símbolos podem ser ambivalentes, seu significado se modificando conforme o contexto). Ele pode ser um simples sinal como um ponto de exclamação ou o sinal do Dólar, que começaram meramente como um fragmento conveniente para taquigrafia elaborada por humanos, mas que através do longo uso se tornaram ‘numinosos’ – isso é, carregados com significado emocional, que é o que distingue um símbolo de um mero sinal. Ele pode ser um número, ; no pensamento cristão, 3 representa puro espírito abstrado, enquanto que em todas as culturas o 4 representa plenitude psíquica, puro espírito aperfeiçoado e preenchido pela manifestação; e significativamente, números ímpares aparecem repetidamente como símbolos masculinos, e os pares como femininos.
Todos estes, e muitos mais, são símbolos – alguns óbvios ao Ego consciente, e alguns mais sutis e difíceis de interpretar; e o mito, rituais e sonhos, ao dramatizar sua interação, podem apresentar mensagens complexas e vitalmente importantes.
Os símbolos mais poderosos de todos são aqueles que conferem significado aos Arquétipos – outro termo Junguiano. Primeiramente Jung os chamou de ‘imagens primordiais’ ou ‘dominantes do inconsciente coletivo’, mas posteriormente ele adotou a palavra grega (arkhetupiai), equivalente do termo latino de Sto.Agostinho ideae principales ou ‘idéias principais’. Como Sto.Agostinho coloca em seu Liber de Diversis Quaestionibus: ‘Pois as principal ideas são certas formas, ou razões estáveis e imutáveis de coisas, elas próprias não formadas, e assim continuamente eternas e sempre da mesma maneira, que estão contidas na compreensão divina. E embora elas próprias não pereçam, ainda assim por meio de seu padrão diz-se que é formado tudo o que é capaz de vir a existir e perecer, e tudo que de fato vem à existir e perecer. Contudo é afirmado que a alma é incapaz de contemplá-las, salvo se ela for a alma racional’. (tradução de Alan Glover).
Os Arquétipos são elementos do Inconsciente Coletivo – que é aquela parte da psique que é universal à todos os períodos e culturas, e comum para todos os indivíduos. Nós o herdamos da raça humana como um todo, não sendo modificado através do filtro de nossos pais. Os símbolos através dos quais nós nos tornamos conscientes dos Arquétipos podem ser condicionados culturalmente ou individualmente até um certo ponto, mas os próprios Arquétipos não o são; eles ‘continuam eternos e sempre da mesma maneira’. Como Jung diz, o termo Arquétipo ‘não se destina à significar uma idéia herdada, porém muito mais um modo herdado de funcionamento psíquico, correspondente àquele caminho inato segundo o qual o pintinho sai do ovo; o passarinho constrói seu ninho; um certo tipo de vespa ferroa os (gânglios do_?) nervo motor da lagarta; e as enguias encontram o seu caminho para as Bahamas. Em outras palavras, ele é um “padrão de comportamento”. Este é o aspecto biológico do Arquétipo – é o objeto de estudo da psicologia científica. Mas o quadro se altera subitamente quando observado de dentro, que vem através do reino da psique subjetiva. Aqui o arquétipo se apresenta como numinoso, isto é, aparece como uma experiência de importância fundamental. Sempre que ele se veste com símbolos adequados, o que não é sempre o caso, ele toma conta do indivíduo de um modo alarmante, criando uma condição de ser “profundamente movido” cujas consequências podem ser imensuráveis (2). É por esta razão que o arquétipo é tão importante para a psicologia da religião. Todas as religiões e conceitos metafísicos repousam sobre fundações arquetípicas e, na extensão em que somos capazes de explorá-los, nós conseguimos ganhar pelo menos uma olhadela superficial por trás das cenas da história mundial, e podemos levantar um pouco o véu de mistério que oculta o significado das idéias metafísicas’. (Introdução de Jung à Mistérios da Mulher de Esther Harding, págs.ix-x).
Uma boa idéia do pensamento de Jung sobre os Arquétipos pode ser obtida de seu livro Quatro Arquétipos – Mãe, Renascimento, Espírito, Trapaceiro. Como será notado neste título, pode-se dar nomes-rótulos de forma útil à muitos Arquétipos. E tomando apenas um desses Arquétipos, a Mãe: você pode obter um conceito de quão vastas e complexas são as ramificações de um simples arquétipo ao ler Mistérios da Mulher de Harding e A Grande Mãe de Erich Neumann. Nenhum desses autores declararia ter exaurido o assunto, pois por sua natureza um Arquétipo nunca pode ser completamente definido. Isso é muito fundamental. Ele pode se relacionar à consciência apenas através de símbolos, e mesmo eles, como ressalta Jung, podem nem sempre serem adequados.
Os Arcanos Maiores do Taro devem seu poder, e sua eficácia em mãos sensitivas, ao fato de que cada um deles é um símbolo arquetípico. Ainda aqui, a natureza ilusória das definições arquetípicas se faz sentir. Tomemos os quatro exemplos do Quatro Arquétipos de Jung e tentemos correlacioná-los com os trunfos do Tarot: a Mãe corresponde mais prontamente à Imperatriz, embora aspectos dela lancem matizes na Suma Sacerdotisa, a Estrela e outros; Renascimento sugere Morte, a Torre e o Julgamento para começar; e o Trapaceiro é razoável e obviamente o Mago – mas ele não é o Diabo também ? Como um exercício, nós lhe deixamos tentar correlacionar o quarto Arquétipo, Espírito, com um trunfo do Tarot.
Nós próprios fizemos um experimento. Stewart escreveu o parágrafo acima e, sem mostrá-lo à Janet, perguntou por suas próprias correspondências. Ela respondeu com: Mãe, a Imperatriz e a Estrela; Renascimento, a Estrela, Morte, a Imperatriz, o Universo, Julgamento, a Roda da Fortuna e a Lua; Trapaceiro, o Mago, a Lua e a Roda da Fortuna.
Como voce pode perceber, nossas respostas se sobrepuseram mas se diferenciaram, o que não significa que qualquer um de nós estava ‘certo’ ou ‘errado’. Isso simplesmente sublinha o fato que, enquanto os próprios Arquétipos são imutáveis, os símbolos por meio dos quais nós os abordamos (ou a ordem na qual nós organizamos um complexo de símbolos) podem se diferenciar de acordo com nossa composição, sexo e experiências pessoais.
A consideração sobre os Arquétipos nos traz à um dos problemas mais importantes dentre todos: o das formas-de-Deus [God-forms].
Uma God-form – a imagem mental na qual um crente [no sentido apenas de acreditar] se reveste, e através da qual ele se esforça para se relacionar com um Deus ou Deusa em particular – é inquestionavelmente um símbolo arquetípico; pois igualmente de forma inquestionável, Deuses e Deusas são por si próprios Arquétipos, fundamentais para a natureza do Cosmos. Eles são incognoscíveis diretamente, como todos os Arquétipos (‘Tu não podeis ver minha face: pois nenhum homem poderá me ver, e continuar vivo’ – Êxodo xxxiii:20); mas quando se aproxima deles através de God-forms adequadas e vívidamente experimentadas – na frase de Jung, as consequências podem ser incomensuráveis.
Para a antiga pergunta ‘Os Deuses são reais?’ (ou como um monoteísta a formularia, ‘Deus é real?’), a bruxa responde com confiança ‘Sim’. Para a bruxa, o Princípio Divino do Cosmos é real, consciente e eternamente criativo, manifestando-se através de Suas criações, incluindo a nós mesmos. Esta crença é naturalmente compartilhada pelos seguidores de todas as religiões, que diferem apenas nas God-forms (ou única God-form) que eles constróem como um canal de comunicação com os Seus aspectos. E mesmo estas várias God-forms diferem menos do que pareceria à primeira vista. Por exemplo, a Isis dos antigos egípcios, a Aradia das bruxas e a Virgem Maria dos católicos são todas formas de Deusas essencialmente concebidas pelo homem relacionando-se à, e extraindo seu poder, do mesmo Arquétipo. Nós dizemos ‘concebidas pelo homem’, mas a construção de uma forma de Deus ou forma de Deusa é naturalmente um processo de mão dupla; mesmo um símbolo parcialmente adequado concebido pelo homem melhora a comunicação com o Arquétipo incognoscível, que por sua vez reage proporcionando uma melhor compreensão de sua natureza e assim melhora a adequação da God-form.
Um psicólogo não religioso provavelmente responderia ‘Não’ para a mesma questão. Ele sustentaria que os Arquétipos, embora vitais para a saúde psíquica do homem, são meramente elementos no Inconsciente Coletivo humano e não (no sentido religioso) cósmicos por natureza.
Nós nos mantemos à nossa visão do Cosmos, isto é, a visão religiosa, que é para nós a única que por fim faz sentido. Porém do ponto de vista do valor psíquico do mito, ritual e simbolismo, a resposta algo surpreendente à questão é, ‘Não importa’. Cada homem e cada mulher pode se preocupar por si mesmo(a) se as God-forms arquetípicas foram originadas dentro do Inconsciente Coletivo humano ou lá fizeram morada (e em outros lugares) como pieds-à-terre (francês: pés-no-chão [?] ) a partir de sua morada cósmica – sua importância para a psique humana está para além da dúvida em qualquer um dos casos e as técnicas para chegar à termos saudáveis e frutíferos com eles podem ser utilizadas tanto por crentes como por não-crentes igualmente.
Voltaire disse: ‘Se Deus não existisse, seria necessário inventá-lo.’ Esta observação pode ser tomada como cínica; mas ela pode ser refeita: ‘Se as God-forms arquetípicas são cósmicamente divinas, ou meramente as pedras de fundação vivas da psique humana, seria sábio de nossa parte buscar relacionamento com elas como se elas fossem divinas’.
Mito e ritual trazem uma comunicação nutritiva com os Arquétipos, e devido à natureza e evolução da psique humana, o simbolismo do mito e do ritual – seu único vocabulário eficaz – é basicamente religioso. Dispensar o mito e o ritual nos desliga dos Arquétipos, o que é uma separação perigosa e mutiladora.
Como uma nota de rodapé prática – um pequeno ponto no qual Stewart em particular (como um vendedor de palavras profissional) sente fortemente; e nós achamos que Doreen Valiente também. Os rituais são muitas vezes expressos em linguagem arcaica, repleta de ‘tu’, ‘ti’, ‘vós’, e assim por diante. É uma questão de preferência se uma pessoa usa tal linguagem ou a moderniza (embora para nós mesmos, achamos que a modernização sacrificaria muito da poesia, como faz a Nova Bíblia Inglesa). Mas se você vai usá-la, tente fazer de forma correta.
As regras sobre ‘tu’, ‘ti’, etc., são simples. Em primeiro lugar, elas estão sempre no singular, nunca no plural. Dizer “Vós Senhores das Torres de Vigia do Leste, nós vos agradecemos...’ não tem sentido. (Deveria ser ‘Vós Senhores ... nós vos agradecemos... ‘)
[Nota do Tradutor: ficou um pouco obscuro pois ‘thee’ é ‘ti’ e ‘you’ é vocês. Além disso, ficaria demasiado informal dizer ‘nós agradecemos à vocês’ - !!!)
‘Tu’ (‘Thou’) é nominativo (o sujeito de uma sentença) ou vocativo (a pessoa à quem se dirige). ‘Ti’ (‘Thee’) é acusativo (o objeto da sentença) ou segue uma preposição (‘a ti’, ‘de ti’, etc.). Se isso lhe confunde – apenas lembre-se que voce usa ‘thou’ no mesmo lugar onde voce usaria ‘eu’ ou ‘nós’, e ‘ti’ onde voce usaria ‘mim’ ou ‘nós’. Similarmente, ‘teu’ (‘thy’) corresponde à ‘meu’, ‘nosso’, e ‘teu’ (‘thine’) à ‘meu’, ‘nosso’. (Embora o uso arcaico também tenha a forma ‘meu’, ‘teu’ ao invés de ‘meu’, ‘teu’ antes de uma vogal – por exemplo, ‘meu adversário’, ‘tua resposta’.)
Para facilitar, lembre-se do desafio do primeiro grau: ‘Oh tu que permaneceis no portal... tens tu a coragem de me testar? Pois eu digo à ti...’ e a aceitação: ‘Eu dou a ti uma terceira...’
‘Vós’ e ‘você’ são usados da mesma maneira como ‘tu’ e ‘ti’ e a sentença para se lembrar disso é a sentença bíblica: ‘Conheceis a verdade, e a verdade vos libertará.’
O que não é um mau lema para as bruxas, desse modo.
XV Bruxaria e Sexo
Deve estar claro agora para o leitor que a polaridade sexual e o papel que o masculino e o feminino desempenham dentro da psique individual, nos relacionamentos interpessoais e no Cosmos como um todo, constituem foco central para a filosofia e a prática Wicca. O [periódico de baixo nível] Press se apega à isso (e ao fato de que muitos covens operam vestidos de céu) para sugerir que a bruxaria moderna envolve orgias, promiscuidade e Deus sabe lá o que mais, porque tais obscenidades vendem os seus jornais. Qualquer um que tenha estudado o assunto sem preconceitos, ou que tenha participado de uma reunião Wicca genuína, sabe que isto simplesmente não é verdade. Portanto, não vamos aqui perder tempo com defensivas sobre isso, mas vamos discutir sobre a real atitude Wicca sobre sexo.
Grande parte das dissertações sobre sexo estão relacionadas ou com a biologia e a técnica do sexo (o que é suficientemente razoável) ou de outra forma tentando discipliná-lo por meio de legislação ou dogma (o que é puramente negativo, exceto com relação à tais aspectos obviamente desejáveis como as leis contra estupro ou abuso de crianças). A Wicca por outro lado faz uma abordagem positiva. Ela começa aceitando a sexualidade como totalmente natural e boa, e parte dali para buscar uma compreensão mais integral da polaridade masculino-feminino e sobre como fazer um uso construtivo disto – tanto psicologicamente quanto magicamente. A moralidade sexual Wicca emerge desta atitude, ao invés de (como acontece muito frequentemente) se impor sobre ela.
Falaremos uma boa parte aqui sobre a época patriarcal e suas atitudes, então comecemos por defini-la e tentar explicá-la. Este é o período da dominação masculina sobre a sociedade humana que estabeleceu sua influência, aproximadamente falando, durante os dois últimos milênios AC. Aquele processo era gradativo porém inexorável, e ganhou ímpeto particular a partir da chegada e da crescente supremacia dos povos Indo-europeus fortemente patriarcais dentro e ao redor da bacia do Mediterrâneo. A dominação patriarcal, tanto política quanto psicológica, tem sido consideravelmente universal nos dois milênios AC e apenas agora está sendo seriamente desafiado. Ele tem sido caracterizado pela ditadura do Deus, do Rei, do Sacerdote, do Pai, e a total subordinação da Deusa, da Rainha, da Sacerdotisa, da Mãe; até mesmo, no caso da Deusa e da Sacerdotisa, ao seu total banimento das maiores culturas ocidentais pelo menos. Tem havido exceções à este processo, naturalmente, e bolsões tardios de inconformismo; por exemplo, a sociedade Celta pré-cristã concedia uma liberdade completa e uma igualdade notáveis para as mulheres em todos os níveis (sobre isso, leia a obra de Jean Markale Mulheres dos Celtas). Contudo tais bolsões se dissiparam um a um, na maior parte sob pressão do cristianismo ou do islã.
Há muita discussão entre os estudiosos sobre se realmente houve um Período Matriarcal na pré-história humana. Mas uma coisa é certa: a Deusa precedeu o Deus no culto por parte dos humanos, que deu sua primeira atenção ao Útero e Nutridor de todas as coisas, e mesmo após o conceito do Deus ter se desenvolvido, Deusa e Deus permaneceram em parceria dinâmica até que o monoteismo patriarcal implacavelmente enviuvou o Deus (1). E mesmo politicamente – o Antigo Egito por exemplo, permaneceu matrilinear em todos os níveis da sociedade até a época do último Faraó, Cleópatra; como disse Margaret Murray (o Esplendor que era o Egito, pág.70), ‘A rainha era rainha por direito de nascença, o rei era rei por meio do casamento’ – e esta mesma regra governou também a herança de nobres e camponeses.
O que trouxe esta tomada de poder masculina sobre a política, economia, teologia e atitudes sociais humanas? Uma tomada de poder tão completa que por muitos séculos até agora tem sido aceita (mesmo pela maioria das mulheres) como a ordem natural das coisas ?
Este foi, nós sugerimos, um estágio evolucionário no relacionamento entre as funções conscientes e inconscientes da mente humana. O Ego consciente, que distingue o homo sapiens de todos os outros animais da terra, tem estado conosco apenas desde seu primeiro despertar rudimentar talvez à meio milhão de anos. Durante a maior parte daquele tempo, ele tem crescido, aprendido e feito sua contribuição para a sobrevivência e realização humanas. Ele alcançou um alto nível de desenvolvimento muito antes de a tomada de poder patriarcal tomar forma; nós não estamos sugerindo que houve um súbito salto evolucionário na qualidade inata da consciência humana nos últimos quatro ou cinco mil anos. Mas certamente veio um estágio (comparativamente súbito, com relação àquele espaço de tempo de meio milhão de anos) quando o Ego consciente começou à flexionar seus músculos e afetar o equilíbrio.
Pode ser que o gatilho tenha sido o desenvolvimento tecnológico. Uma tribo de caçadores vivia através do que Marx e Engels chamavam de ‘comunismo primitivo’. Quando a caça era boa, eles se alimentavam bem, e quando era escassa, eles passavam fome. Não havia nenhum excedente apropriável, portanto nenhuma estrutura de classe. A liderança do clã cairia naturalmente sobre o caçador mais esperto, mais forte e mais experiente cuja coordenação sobre os esforços do grupo seria seguida com tanta boa vontade (pois isto significava mais comida) quanto aquela de um bom capitão de time de futebol atualmente (porque isto significa mais gols). Poderiam haver especialistas, tal como um xamã ou uma xamanesa(?) cuja magia era também procurada para uma caça melhor, ou um amolador de pedras dotado de prática que era liberado de outras tarefas a fim de manter os caçadores munidos de pontas de flechas. A divisão do trabalho entre os sexos seria amplamente auto-determinante devido às demandas dos cuidados com as crianças e criação de animais (2). Mas estas seriam especialidades, não classes econômicas- da mesma forma quando uma uma família confia o jardim para seu membro mais bem experiente [em jardinagem], ou um time de futebol coloca um jogador ágil de braços compridos no gol.
Neste estágio de caça tribal, a sobrevivência (e uma vida boa ou sacrificada) seria inteiramente um padrão comunal, ao qual todas as habilidades seriam devotadas – tanto em planos conscientes quanto em ação, e intuição e instinto inconscientes. Ego e Inconsciente por certo fariam cooperação, pois a sobrevivência o exigia.
O desenvolvimento das estruturas de classes que começou após a introdução da agricultura, com suas crescentes especializações e seus excedentes apropriáveis, tem sido muito profundamente relatada e não há necessidade de repetir a estória aqui. Mas ela deve ter tido alguma repercussão significativa crescente sobre a psique humana. Devem ter surgido conflitos no Ego entre as demandas da sobrevivência tribal e aquelas da vantagem pessoal ou de classe. A consciência de grupo dominou a tribo de caçadores, e a auto-consciência individual teria diminuído comparativamente. (Este fenômeno persiste hoje nos poucos ambientes onde uma cultura tribal de caça ainda é encontrada; um aborígene australiano sujeito ao ‘apontar o osso’ vê isso como uma exclusão ritual da tribo e morre rapidamente porque ele acha que não mais existe. Outros fatores entram aí, naturalmente – nós não duvidamos dos genuínos poderes psíquicos dos doutores-feiticeiros aborígenes – mas o sentimento de não existência é certamente significativo). Mas com uma estrutura de classe, a individuação procederia aos trancos e barrancos. Peões seriam coroados como damas [comparado ao jogo de xadrez] em grandes quantidades; o Ego auto-consciente foi se diferenciando rapidamente do Ego tribal consciente. (A consciência de classe, envolvente como a corrida de ratos [?] dentro da classe, é muitas vezes mais uma extensão da auto-consciência do que uma contração da consciência tribal).
No indivíduo auto-consciente, encapsulado em uma classe econômica, conflitos entre o Ego e o Inconsciente seriam inevitáveis. Para começar, os arquétipos tribais do Inconsciente Coletivo muitas vezes iriam para direções opostas das exigências imediatas da vantagem pessoal, uma situação desconhecida mesmo para um gênio anormalmente auto-consciente em uma tribo de caçadores. Novamente, cada ato que era tribalmente anti-social, mas pessoalmente necessário para ganho ou sobrevivência ou um passo para cima na escalada, deixaria uma marca de culpa no Inconsciente Pessoal que teria de ser fechado em proteção ao Ego, que tem que ser auto aprovador caso tenha que manter o controle.
Portanto a Grande Divisão começou entre o Ego consciente e o Inconsciente, ambos Pessoal e Coletivo. E isso foi se auto acelerando. As estruturas – primeiro locais, então nacionais e finalmente imperiais – criou os indivíduos divididos e os absorveu em sua moldura e desenvolveu ideologias apropriadas. Os indivíduos divididos, crescendo em seu poder coletivo, criaram estruturas maiores, melhores e mais vitoriosas. E, naturalmente, mais ideologias monolíticas.
Como todas as fases evolucionárias, o Império da Mente Consciente teve seus aspectos tanto construtivos quanto destrutivos. Ela estendeu vastamente o conhecimento factual do homem, suas realizações técnicas e seu comando sobre seu meio ambiente. Essencialmente, ele conquistou o nível físico da realidade até o ponto em que pode fazer quase tudo o que quiser com ela – inclusive destruir a Terra sobre a qual estamos. (O homem, como alguém observou, é o único animal esperto o suficiente para construir o Empire State Building, e estúpido o suficiente para saltar de cima do mesmo).
Mas o custo tem sido tremendo – por causa das funções que tiveram de ser suprimidas. Uma mão livre para o Ego consciente significou disciplinar, conter, distorcer e mesmo negar o resto da psique humana.
Mais ainda, a situação agora chegou à uma crise, na qual qualquer propósito evolucionário do Ego-Império teve que ter mais do que [poderia] completar a si mesmo. O conhecimento e as técnicas que ele ganhou para o homo sapiens não mais precisam do Ego-Império para impulsioná-los para cima; deveras, eles poderiam agora alcançar muito mais sem sua ditadura, que se tornou inteiramente restritiva. Mas como todas as ditaduras, o Ego-Império luta para manter seu regime muito após ele ter subsistido por tempo demasiado à qualquer função útil possível. A reintegração do Ego e do Inconsciente, em um nível novo e maior, tem se tornado uma necessidade urgente para o indivíduo e para a raça. Com aquele processo iniciado, podemos prever uma fase evolucionária nova e inimaginavelmente frutífera; chame-a, se voce quiser, de Era de Aquário.
A necessidade não é apenas a mãe da invenção; ela é também o provedor oportuno de respostas potenciais. Talvez não seja surpreendente que ainda esteja na memória viva que Freud preparou o caminho para Jung e uma clara compreensão da natureza e estrutura da psique humana – uma compreensão que poetas, artistas e contadores de estórias sempre possuíram intuitivamente (embora sendo considerados como meros criadores de divertimento) e que a religião ortodoxa já há muito tempo cessou de ser capaz de oferecer. E talvez não seja acidentalmente que a mulher está por fim começando a se rebelar contra sua longa submissão milenar – não que o paganismo e nossa própria Arte estejam atravessando o que possa parecer um renascimento repentino.
Voce pode estar se perguntando o que toda esta história tem a ver com o assunto de Bruxaria e Sexo. Tem tudo a ver, porque a Arte está intimamente relacionada com os verdadeiros aspectos que tem sido (e ainda estão sendo) suprimidos, e com a restauração do equilíbrio; e esses aspectos suprimidos são precisamente os femininos.
O regime patriarcal nunca duvidou disso e mostrou na prática que ele considera a Mulher, e tudo o que ela representa, como seu inimigo. Ele a subjugou socialmente, politicamente e economicamente. Ele baniu a Deusa e fez do sacerdotado um monopólio masculino. O cristianismo ascético rotulou a mulher como ‘o portão do Demônio’. A intuição, instinto e sintonia femininos com a Natureza eram o furo na represa que deve ser detido à todo custo, com medo que a represa rebentasse e as tentativas do Ego em se manter de pé seriam varridas pela inundação da Sombra liberada. As terríveis perseguições às bruxas nos séculos dezesseis e dezessete foram direcionados conscientemente (como o manual operativo da perseguição, a obra de Sprenger e Kramer Malleus Maleficarum, não deixa dúvida) contra estas funções femininas; dos milhões que morreram, aproximadamente cem mulheres eram executadas para cada homem, segundo algumas estimativas.
O patriarcado estereotipou homem e mulher em padrões que refletem suas exigências e que foram todos muito plenamente aceitos por homens e mulheres de forma igual: o homem como forte, lógico, racional, confiável e mestre natural, tanto política quando domesticamente, a mulher como fraca, ilógica, irracional, não confiável e subordinada natural. As necessidades sexuais do homem não puderam ser negadas mesmo pela Cristandade Paulina, então foi permitido à ela ser o seu meio de vazão, como prostituta ou dona de casa – a primeira sendo hipocritamente desprezada, e a última apenas hipocritamente idealizada. Os próprios desejos sexuais dela raramente importavam; eles eram considerados ou como uma armadilha preparada pelo Demônio para o masculino superior, ou mesmo, durante os mais extremos períodos tais como a Inglaterra Vitoriana, supostos como não fazendo parte da formação de uma ‘dama’. O único monopólio do qual a mulher não podia escapar – criação de filhos – era (e muitas vezes ainda é) considerado como sua função principal ordenada por Deus e seu horizonte limitador, além do qual seria presunçoso para ela olhar.
Há tanto em conta da indestrutibilidade da Natureza que, apesar desses estereótipos, e mesmo antes da presente rebelião contra estes ter ganhado ímpeto, muitos milhões de homens e mulheres conseguiram se sair bem para alcançar relacionamentos sexuais felizes.
É compreensível que a rebelião contra os estereótipos sexuais do Ego-Império tenha algumas vezes caído na armadilha de negar que há qualquer diferença entre homem e mulher, exceto por uma ‘puramente biológica’. É uma reação perdoável ser informada que você não é ‘adequada’ para alguma profissão (usualmente uma daquelas influentes e bem pagas) apenas porque voce é mulher. É também perdoável em alguns casos (e nós conhecemos vários pessoalmente) onde uma mulher é uma notável profissional em alguma esfera predominantemente masculina mas tem dificuldade em ser levada a sério porque acontece de ela ser sexualmente atrativa. (‘Eu pediria à Deus que eu fosse feia!’ uma dessas nossas amigas gritou para nós em um momento de frustração; nós sabíamos que ela tinha muito auto-respeito genuíno para desejar tal coisa realmente, mas nós pudemos compreender seu desabafo). Uma mulher à quem é negada a igualdade pela sociedade patriarcal é naturalmente tentada à replicar: ‘Parem de insistir sobre as diferenças entre homens e mulheres! Não existem quaisquer diferenças, exceto as anatômicas’.
Mas compreensível ou não, o estereótipo unisex pode ser tão perigoso e distorsivo quanto os estereótipos patriarcais. Existem diferenças básicas entre as naturezas masculina e feminina - e essas diferenças são tão criativamente importantes em todos os níveis quanto são as diferenças físicas para a relação sexual e a procriação. Vive la différence tem implicações mais amplas do que o ‘mero’ fazer amor.
O outro perigo (aquele que virtualmente destruiu o movimento de libertação das mulheres americanas nos EUA, após seu animado começo em 1970, e finalmente provocou a perda da Emenda de Direitos Equalitários em 1982) é a ala feminista radical extremista, as ‘misandritas’ ou odiadoras de homens, reflexo oposto dos misogenistas. Ao invés de perceber que os estereótipos patriarcais mutilam homens tanto quanto mulheres, e buscar o apoio de milhões de homens simpatizantes da causa da libertação das mulheres, elas consideram o próprio homem como o inimigo. Ao invés de buscaram por um equilíbrio criativo que libertaria mulheres e homens, com efeito elas lutam para substituir o Ego-Império masculino por um Ego-Império feminino, que naturalmente não resolveria nada. Sendo ruidosas de forma desproporcional aos seus números, elas conseguem criar uma imagem pública falsa de todo o movimento. O resultado irônico é que, pelos lábios das mulheres que são genuinamente dedicadas à plenitude e igualdade da mulheres, e ao equilíbrio criativo, nós ouvimos a declaração já familiar: ‘Eu não sou women’s libber (partidária do movimento de libertação da mulher)’.
Nem tudo está perdido, ainda que mesmo na América. Em um artigo cujo título era “Quem matou o Movimento das Mulheres?’ no jornal The Irish Times de 27 de Agosto de 1982, a cidadã de origem americana Mary Maher responde à sua própria pergunta: foram as feministas radicais ou ‘misandritas’. Mas ela também diz: ‘Alguma outra coisa surgiu ao longo dos últimos anos, algo que poderia ser descrito mais precisamente como um novo “movimento de igualdade”, endossado por homens e mulheres, e ele é pequeno porém saudável e crescente. Não houve nenhum batismo simbólico ou paradigma militante, apenas uma mudança, redirecionamento e tentativa experimentais. Reconhece-se que ele fará com que mudanças políticas acabem com a miséria que muitas mulheres ainda suportam, e há uma esperança crescente que a tomada de poder seja no máximo para ajustar o eixo do poder.’
Esta é uma notícia muito encorajadora. ‘Ajustar o eixo do poder’ é um outro modo de dizer ‘alcançar um equilíbrio criativo’; então a Arte, que busca este equilíbrio em todos os níveis, não apenas o político e o econômico, é uma parcela natural deste ‘movimento de igualdade’. E a Arte na América certamente prestou muita atenção à questão feminista - também com muita ‘mudança, redirecionamento e tentativas experimentais’ saudáveis, sobre os quais uma fascinante informação pode ser encontrada no excelente livro de Margot Adler Invocando a Lua. (Embora a Arte na América esteja se desenvolvendo tão rápido que Margot nos conta estranhamente que, embora ele tenha sido publicado apenas em 1981, ‘uma boa parte dele já está desatualizada’ em 1982. Ela é muito modesta; ele continua sendo a única fonte de consulta detalhada sobre a Arte e o cenário Neo-Pagão na América.)
Quais são, então, as diferenças essenciais entre homem e mulher sobre as quais estivemos falando ?
A diferença mais óbvia, naturalmente, é que toda mulher é potencialmente ou de fato uma parturiente. Esta é realmente a única diferença que o patriarcado considera importante, porque deve haver procriação. Então o estereótipo enfatiza isto, enquanto trata a outra diferença óbviamente física – que é a menstruação – como um mero transtorno, uma ‘maldição’, um compromisso inevitável e lamentável da capacidade de gerar filhos. Homens e mulheres igualmente se submetem à isso; os homens ao conformarem-se ao fato que uma mulher pode se tornar tudo desde temperamental até absolutamente doente uma vez por mês; e as mulheres ao aceitarem suas dores e mal estar mental como ‘naturais’ (o que não são obrigatoriamente; e se voce pensar que esta declaração é dogmática, leia A Ferida Sábia, Capítulo II).
Ainda assim de fato o ciclo menstrual é mais fundamental para a natureza da mulher – tanto física quanto psíquica – do que a vasta maioria de homens e mulheres pode perceber. De fato, sua verdadeira importância apenas começou à ser investigada. Psicólogos Junguianos (em particulas as psicólogas) fizeram um bom começo; mas o único livro realmente importante sobre o assunto que conhecemos é a obra de 1978 de Penelope Shuttle e Peter Redgrove A Ferida Sábia: Mestruação e Todas as Mulheres. Quando Shuttle e Redgrove começaram à trabalhar em seu livro, por volta de 1971, eles solicitaram ao Bibliotecário do Colégio alguns livros sobre a psicologia da menstruação. ‘Também grandemente para surpresa do Bibliotecário NÃO EXISTIAM TAIS LIVROS! ... Surpreendentemente, esta situação permaneceu até 1975, quando a obra de Paula Weideger Menstruação e Menopausa abriu um novo espaço nos EUA’ – e mesmo aquilo, embora extremamente útil, forneceu ‘pouca orientação para a experiência interior e o significado do ciclo menstrual.’
A Ferida Sábia é aquela coisa rara, um livro verdadeiramente revolucionário. Suas teses principais, nós acreditamos, serão tão imediatamente convincentes para a maioria das mulheres – e para a maioria dos homens que vivem com uma mulher – que estamos tão surpresos quanto o Bibliotecário do Colégio pelo fato de [estes livros] não terem sido publicados antes. É leitura essencial para todas as bruxas e bruxos – e casualmente ele tem algumas coisas pertinentes à dizer sobre a bruxaria, histórica e moderna. (É uma triste prova do quão profundamente enraizadas estão as atitudes estereotipadas, que a reação imediata de alguns dos nossos bruxos, quando dissemos à eles para o lerem, foi ‘Ugh!’ – mas suas atitudes mudaram quando eles o leram de fato).
Shuttle e Redgrove evidenciam que existem dois picos no ciclo menstrual – ovulação e menstruação, quando o útero solta sua parede e se renova. E estes dois picos tem implicações muito diferentes e são acompanhados por estados psíquicos muito diferentes. Em um sentido, na ovulação o corpo da mulher pertence à raça; ela é uma portadora e transmissora em potencial dos códigos genéticos DNA raciais, e as moléculas de DNA não estão relacionadas à ela como um indivíduo uma vez que ela assegurou sua combinação com aquelas de um homem e assegurou a sobrevivência daquela combinação. Na menstruação, ela pertence a si mesma; ela passa através de um processo de renovação corporal e psíquica.
A qualidade de sua sexualidade também difere. Na ovulação, ela é típicamente receptiva, passiva, desejando a penetração. Na menstruação, é muito mais provável de ela ser ativa, tomando a iniciativa erótica, desejosa de experiência pelo seu próprio bem, independentemente de sua função reprodutiva racial.
O estereótipo patriarcal reconhece apenas o pico sexual na ovulação, porque ele está relacionado à reprodução, que é a única razão ‘válida’ da patriarquia para uma mulher por fim ter sensações sexuais. Mesmo alguns psicólogos capacitados, condicionados à crer que o anseio sexual da mulher é essencialmente passivo e receptivo, tem muitas vezes perdido de vista o pico menstrual por completo – porque ao questionar as mulheres sobre os seus picos sexuais, eles tem naturalmente procurado pelos picos receptivos; e as mulheres, similarmente condicionadas, tem respondido em conformidade com as expectativas (3). Perguntas estereotipadas produziram estatísticas estereotipadas. A idéia de um pico sexual feminino ativo ‘poderia ser perturbador para homens refugiados na idéia de que é prerrogativa masculina iniciar o sexo. A combinação do sangramento e a capacidade sexual aumentada é formidável para a visão convencional’. (A Ferida Sábia, pág.89).
Tabus poderosos sempre cercaram mulheres que mestruam. Nos tempos pré-patriarcais (e ainda em muitas culturas ‘primitivas’) ‘tabus menstruais e isolamentos são para o propósito de resguardar a mulher em um período receptivo, durante o qual ela pode deveras se interiorizar e produzir informações ou sonhos proféticos que são úteis para a comunidade, ou pelo contrário ter tipos errados de experiência que possam afetá-la gravemente daí para frente’. Em particular, ‘a menarche [sic] ou primeira menstruação era considerado um período de uma abertura mental particular, tanto quanto física, durante o qual uma garota teria aqueles sonhos ou outras experiências que a guiariam mais tarde na vida, e que se fosse para ela ser uma xamã ou curandeira, então esse era o momento em que ela chegou a um relacionamento especial com os poderosos espíritos de sua menstruação’. (A Ferida Sábia, pág.65).
Mas com a tomada de poder patriarcal, os tabus menstruais se tornaram uma proteção contra a mulher, contra sua magia ‘perigosa’, contra todas aquelas faculdades que o Império-Ego luta para banir. Ou para adotá-los e discipliná-los para seu uso próprio, onde ele não pudesse baní-los; por exemplo, o pavor da magia de sangue da mulher, que se dado o seu devido respeito é totalmente benéfico, pode muito bem ter dado origem às crueldades patriarcais do sacrifício de sangue (ibid, pág.61). Os homens não podiam menstruar – porém haviam outros meios de produzir sangue para propósitos mágicos. A lógica seria: ‘Sangue é obviamente mágico. Mas a xamã que menstrua é perigosa. Então vamos neutralizá-la com tabus, e matemos algo- ou alguém- em substituição’. É significativo que as culturas com fortes tabus menstruais impostos por homens (incluindo nossos próprios) parecem ser as mais propensas para a agressividade e a ansiedade (ibid, págs.98, 185).
As sociedades pagãs, contudo, compreenderam e tomaram plena vantagem dos poderes xamãnicos das mulheres que menstruam. Os colégios de Hera, por exemplo, e as pitonisas (sacerdotisas oraculares) de Delfos, faziam seus pronunciamentos mensalmente, e existem fortes indícios que em tais lugares as mulheres sincronizavam seus períodos menstruais através de disciplinas psíquicas deliberadas. (Isso é perfeitamente possível; pesquisas tem demonstrado que eles muitas vezes acontecem espontaneamente hoje em comunidades femininas tais como conventos ou colégios de mulheres). Shuttle e Redgrove discutem persuasivamente que Delfos mantém todos os marcos do xamanismo menstrual. Eles sugerem que o famoso omphalos (que ainda pode ser visto no museu em Delfos) não é um ‘umbigo’de forma alguma, mas uma extremidade externa estreita de útero ou boca de útero(?) (4), e que a trípode sobre a qual se sentava uma xamã de Delfos era na verdade um aparelho de speculum (*) para observar os primeiros sinais de manifestação menstrual. (Sempre foi um enigma para nós o porque os escritores clássicos davam tanta ênfase ao significado de uma mera peça de mobília; esta interpretação o explicaria). Pode ser adicionado à isto que, no caso de Delfos, a tomada de poder patriarcal é registrada na lenda da conquista de Apolo da Serpente Délfica (ou seja, a pitonisa); mas embora o templo de Apolo tenha tomado conta de Delfos, as próprias pitonisas eram indispensáveis; por séculos, nenhuma decisão importante era tomada na Grécia sem seu conselho oracular, assim elas continuaram em seu papel – mas com sacerdotes masculinos para controlá-las e administrá-las e ao rico tributo que elas atraíam.
O que tudo isso significa para a atualidade – e para as bruxas ?
Resumindo: a natureza da mulher é cíclica, desde o pico da ovulação mensalmente reprodutivo, sensível ao externo, até o pico da menstruação, interposição mensalmente renovadora, sensível ao interno. Quanto mais ela aceitar e compreender isso (e cessar de considerá-lo como uma ‘maldição’), mais completa e eficaz ela será – e quanto mais o homem aceitar e compreender isso, melhor ele respeitará e completará à ela.
Ambos os picos são igualmente significativos, formando um todo dinâmico, um total yin-yang, tecendo os níveis. O importante é o próprio ciclo, nem um nem outro polo deste; o ciclo faz da mulher o que ela é. Os ‘valores da ovulação’ e os ‘valores da menstruação’ deveriam se completar um ao outro; mas o patriarcado apenas reconhece os ‘valores da ovulação’, e baseia sobre estes o seu estereótipo de Mulher.
Este ciclo de diferentes tipos de consciência significa que a experiência total da mulher é mais profunda, e ‘os eventos do ciclo também são mais profundamente enraizados e fisicamente difundidos do que qualquer coisa que o masculino normalmente experimenta. Embora isso signifique que a experiência de vida feminina seja mais profunda, isso significa simultaneamente que ela é mais vulnerável quando ela se abre à estas experiências, mais vulnerável à agressão e ao detrimento. O homem que deveria ser o guardião e o estudante destas habilidades na mulher, se tornou em nossa era o agressor orgulhoso e invejoso’. (ibid, pág.33). Também, como Gerald Massey ressaltou há um século atrás em O Gênesis Natural, ‘a natureza feminina tem sido o professor primário da periodicidade’.
Deve ser duro para o macho orgulhoso engolir isto, refugiado em estereótipos patriarcais; isso parece colocá-lo na inusitada posição de ser o sexo inferior. Mas isto seria uma reação errônea. O homem, também, tem uma contribuição positiva a fazer.
Tipicamente, a natureza masculina é analítica, com consciência concentrada. A natureza feminina é sintetizante, com consciência difusa. Ele é linear, movendo-se para frente como um chassis de carro; ela é cíclica, movendo-se para frente como um ponto no aro de um pneu de carro (e note que ambos os tipos de movimento podem chegar lá com a mesma rapidez). Ele toma as coisas aos pedaços para ver do que elas são feitas; ela as reune para ver como elas se relacionam.
As duas funções dependem uma da outra. Deixadas a sós, a consciência concentrada dele pode se tornar visão tubular, e a consciência difusa dela pode se tornar desorientação. A análise dele pode se tornar destrutiva, entronizando fatos acima das sensações; a sintetização dela pode perder a coerência, entronizando sensações acima dos fatos. A sensibilidade dela, desprotegida por seu irmão força, pode se tornar vulnerabilidade perigosa; o vigor obcecado dele, sem a guia de sua irmã intuição, pode se tornar agressão equivocada.
Trabalhando juntos, por outro lado, eles podem encontrar seu caminho através da floresta. Ele pode identificar árvores isoladas e ajudá-la à não tropeçar nelas. Ela pode ter um mapa melhor da floresta inteira e ajudá-lo à não se perder.
Não apenas isso – mas cada natureza tem dentro de si mesma a semente da outra, como o ponto branco no yin negro e o ponto negro no yang branco (vide figura 6 na pág.118). Na mulher, este é o Animus, seu componente masculino ocultado, cuja integração enriquece sua feminilidade; ele tende a se manifestar especialmente no pico menstrual, como seu ‘outro marido’ ou parceiro-Lua, que pode ser ou assustador ou vitalizador de acordo com seu grau de auto-consciência e o equilíbrio que ela adquiriu entre seus dois conjuntos cíclicos de valores. No homem, ele é a Anima, seu componente feminino ocultado, cuja integração enriquece de forma correspondente sua masculinidade. Já que o homem é mais linear do que cíclico, a interferência da Anima sobre a consciência do homem tende a parecer espasmódica e imprevisível; ela pode talvez ser melhor identificada (e frutiferamente ouvida) como a figura onírica de uma mulher que é bem conhecida do sonhador mas sem posicionamento na vida em estado de vigília. (Quando Stewart começou a registrar seus sonhos, ele a denominou como ‘a mulher-X’ até que ele começou a ler Jung e percebeu quem ela era). Ela, também, pode ser assustadora ou útil, dependendo se um homem a aceita e busca por ela ou se ele resiste à ela. Mas ela está sempre lá, uma parte inalienável da psique integral; e como A Ferida Sábia (pág.130) vívidamente coloca: ‘Este mundo feminino reprimido deve incluir o problema da menstruação, seu contorno e formas, para o homem tanto quanto para a mulher. O que jamais deveria ter sido esquecido é que a anima menstrua’.
Vale a pena ressaltar aqui que a crença das bruxas em reencarnação não apenas concorda com o conceito Animus/Anima mas deve inevitavelmente incluí-lo. A Individualidade imortal, como nós dissemos (pág.116), é dinamicamente hermafrodita, com ambos os aspectos num equilíbrio que imperfeito ou perfeito segundo seu estágio de progresso kármico. Mas a Personalidade de qualquer encarnação é ou masculina ou feminina; assim o outro aspecto, temporariamente subordinado, naturalmente fará sentir sua presença – como Anima ou Animus. Portanto o grau de integração harmoniosa que uma Personalidade apresenta com sua Anima ou Animus é uma indicação reveladora relativa ao grau de avanço kármido obtido pela Individualidade encarnada.
Nos desviemos por um momento dos homens e mulheres individuais para a sociedade humana como um todo – e para o fato talvez surpreendente que foi a menstruação que trouxe à isto. Como Shuttle e Redgrove ressaltam (A Ferida Sábia, pág.142 – com sua escrita em itálico): ‘É opinião aceita na ciência zoológica que o desenvolvimento do ciclo menstrual foi responsável pela evolução das sociedades dos primatas e eventualmente da humana’. A maioria dos mamíferos possui um ciclo oestrus; eles ‘se excitam’ periodicamente, e em outras ocasiões eles não tem interesse em se acasalar. A ovulação é seu único pico; sexo significa procriar jovens [espécimes] e nada mais, como um fator de sobrevivência para a espécie. Mas com ‘os Macacos do Velho Mundo, os Chimpanzés e a espécie humana, ocorreu uma imensa alteração evolucionária. Esta foi o desenvolvimento do ciclo menstrual’. O sinal de acasalamento do sangue genital foi
De sua posição original na ovulação para uma nova posição na menstruação quando é muito improvável que a ovulação possa ocorrer ou que se possa conceber filhos. A libido sexual, também, estava agora espalhada sobre a maior parte do ciclo. Como isso poderia ser um fator de sobrevivência ? ‘A resposta deve ser que a experiência sexual nos primatas (macacos e humanos) devem ter se tornado benéficas e importantes para o indivíduo (e portanto para a raça) como também para a espécie pela reprodução’.
‘Libido incessante’, ou o que A Ferida Sábia (pág.152) chama de ‘brilho sexual’, foi uma adaptação evolucionária favorecendo o desenvolvimento da cooperação social e econômica e promovendo inspiração durante a solução dos problemas. A época patriarcal pode ter tentado estreitar o sexo até uma cópula para procriação; a evolução conhece melhor. ‘Brilho sexual’ é o anseio pelo relacionamento, a coisa que nos faz humanos, em contraste com aquelas espécies nas quais o sexo é mera cópula para procriação. ‘A geração de filhos é metade do prazer humano. A outra metade é a geração de “filhos mentais”: idéias e inspirações seminais’(ibid, pág.210) – e Shuttle e Redgrove oportunamente adicionam: ‘É demais supor que a geração de “filhos mentais” seja a única competência dos homens, só porque a geração de filhos físicos é habilidade exclusiva das mulheres’.
É irônico que tantas religiões ocidentais, do Catolicismo à Ciência Cristã, proíbam o prazer do sexo independentemente da reprodução – e portanto, com efeito, tentam regredir a humanidade à um estágio de evolução pré-humano !
Podemos desta forma perceber a diferença entre as abordagens positiva-criativa e negativa-restritiva aos relacionamentos sexuais e à moralidade sexual. Se todos os aspectos que temos discutido forem genuinamente compreendidos e forem incorporados à atitude de vida com relação um ao outro, se nós pararmos de enxergar estereótipos e ao invés disso vermos seres humanos viventes, então gradualmente veremos o sexo outro com respeito, e o nosso próprio sexo com empatia, nascidos daquela compreensão. Gradualmente, nós distinguiremos a essência do Deus (e a Deusa-Anima) dentro de cada homem, e da Deusa (e o Deus-Animus) dentro de cada mulher. Todo relacionamento, desde um laço sexual entre um par até uma amizade, pode se tornar iluminado com um senso mágico de se maravilhar. E com amor genuíno (em qualquer nível apropriado de intensidade ou proximidade) os problemas de moralidade tendem à se dissolver. A moralidade não é deteminada por um livro de regras; ela é determinada pela natureza real dos relacionamentos verdadeiros.
Tudo isso pode parecer um tanto idealista e muito bom para ser verdade; embora na prática isso não o seja.
É nossa experiência que o trabalho de coven, sinceramente conduzido, cria este processo. O coven se reúne em adoração ativa da Deusa e do Deus; e sobre o princípio de ‘da mesma forma que é em cima, é em baixo’, a Wicca não coloca uma linha divisória entre o divino e o humano. O princípio da Deusa é invocado na Suma Sacerdotisa, e o princípio do Deus no Sumo Sacerdote. Cada um se esforça para se colocar em sintonia com o princípio invocado e para atuar como um canal para o mesmo, e assim é tratado pelo resto [do coven]. E isso funciona, como todo coven experiente sabe; porque voce não está tentando se relacionar com algo imaginário, voce está se abrindo para uma essência que já está aqui. Mais ainda, na Wicca também não há linha divisória entre o sacerdotado e a congregação; no processo normal de treinamento, são dadas oportunidades para todas(os) as(os) bruxas(os) atuarem como Suma Sacerdotisa ou Sumo Sacerdote.
O ritual da Invocação da Lua demonstra tanto o processo quanto a atitude mental que devem ser reunidos neste. Primeiro o Sumo Sacerdote aplica à Suma Sacerdotisa o Beijo Quíntuplo – saudando e reconhecendo a própria mulher individual, sua irmã bruxa. A Sacerdotisa aceita a saudação, consciente de si mesma como uma mulher individual e do Sacerdote como um homem individual. Depois vem a invocação, na qual o Sacerdote reúne a sua percepção sobre a mulher e sua percepção sobre a Deusa, na consciência de que elas são da mesma essência. A Sacerdotisa se abre para esta mesma consciência. Então o Sacerdote se dirige à Deusa diretamente através da declamação ‘Hail Aradia’ (Salve Aradia), e a Sacerdotisa transfere o controle de sua própria individualidade à Deusa. Finalmente, como um canal para a Deusa, ela retroalimenta a manifestação da Deusa para o Sacerdote, na bênção ‘Da Mãe negra e divina’.
Somente aqueles que operaram este ritual com toda sinceridade sabem que efeitos chocantes ele pode ter.
O propósito do ritual da Invocação do Sol (Seção VI) é naturalmente o reflexo deste [outro].
Bruxos e bruxas se acostumaram à operar juntos em total reconhecimento de suas necessidades psíquicas pelas essências complementares uns dos outros. Os resultados psíquicos – e práticos – que eles alcançam de fato consolidam seu respeito uns perante os outros, e sua compreensão do verdadeiro significado das naturezas masculina e feminina.
Toda mulher, se ela puder se livrar do condicionamento imposto pelo estereótipo patriarcal, é uma bruxa natural. A maioria dos homens, à menos que possuam uma Anima bem integrada e funcionando totalmente, tem que trabalhar duramente nisso. As bruxas trabalham primariamente com os ‘dotes da Deusa’- as funções intuitiva e psíquica, a percepção direta, pela sensibilidade em todos os níveis do corporal ao espiritual, da ordem natural das coisas. Tudo isso é a herança imediata de uma mulher; no todo, um homem aborda isto melhor via [através da] mulher (e via sua própria Anima, que é o mesmo processo).
A lâmina Os Enamorados do Tarot de Waite (publicado pela Rider) expressa isto perfeitamente; o homem olha através da mulher, que ergue os olhos para o anjo. Como diz Eden Gray, interpretando esta lâmina em Um Guia Completo ao Tarot: ‘A verdade apresentada é que a mente consciente não pode abordar a mente supraconsciente à menos que ela passe através do subconsciente’.
Eis o porque a Wicca é matriarcal, e a Suma Sacerdotisa é a líder do coven - com o Sumo Sacerdote como seu parceiro. Eles são essenciais um para o outro, e por fim iguais (lembrando que a Individualidade imortal, a mônada reencarnante, é hermafrodita), mas no contexto do trabalho Wicca e de sua presente encarnação, ele é muito mais como o Príncipe Consorte de uma Rainha soberana. Ele é (ou deveria ser) um canal para o aspecto do Deus, e não há nada de rebaixamento sobre isto; mas o trabalho Wicca é primariamente relacionado com os ‘dotes da Deusa’, então a Sacerdotisa tem a prioridade; pois a mulher é o portal para a bruxaria, e o homem é o seu ‘guardião e estudante’.
De fato existem covens exclusivamente de mulheres, particularmente nos Estados Unidos, e eles podem trabalhar as naturezas cíclicas dos membros fornecendo a polaridade criativa necessária. Porém um coven exclusivamente de homens, na nossa opinião, seria um erro. Homens desejando trabalhar juntos dentro do campo do ocultismo deveriam aderir à uma magia ritual de algum padrão tal como o da Golden Dawn – embora mesmo lá acreditamos que eles fariam melhor junto à mulheres companheiras de operações.
Seria ingenuidade fingir que o desenvolvimento do tipo de atitudes intersexuais magicamente e psicologicamente criativas que estivemos descrevendo sempre proceda sem uma ligação à um coven operativo. As bruxas são seres humanos, e haverão obstáculos, imaturidades e os velhos estereótipos profundamente enraizados para se lidar. Mas este é um dos propósitos do trabalho em grupo; ajudar um ao outro à se desenvolver, e apontar as fraquezas de uma maneira dentro da camaradagem e compreensão. É nossa experiência que, dados basicamente um sólido material humano e uma filosofia comum genuína, o movimento é incentivado totalmente. E o Deus e a Deusa deveras ajudam aqueles que se ajudam.
Nós nos abstivemos deliberadamente de comentar sobre os covens ‘gay’ (outro fenômeno particularmente americano) porque achamos que não estamos preparados para fazê-lo, e porque qualquer coisa que possamos dizer poderia ser interpretado como preconceito anti-homossexuais. Nós temos amigos homossexuais aos quais nós nos dirigimos alegremente como pessoas tal como fazemos com relação à outros amigos – isso é, naquelas coisas que temos em comum, nossas atitudes sexuais não sendo uma daquelas coisas. Nós sempre consideramos sua atitude sexual como coisas que dizem respeito apenas à eles, e os defendemos contra quaisquer tentativas que os façam sofrer devido à isso. Nós tivemos um ou dois membros homossexuais durante a história de nosso coven, quando eles foram preparados e capacitados para assumir o papel de seu gênero real enquanto dentro de um contexto Wicca, e quando suas personalidades foram harmoniosas com o resto de nós.
Porém nós próprios somos fortemente heterossexuais, e nosso próprio conceito de Wicca está construído à volta da masculinidade e feminilidade naturais da mente, corpo e espírito. Portanto nós estamos fora de sintonia com a idéia integral de um coven ‘gay’, e ficaríamos pouco à vontade caso fôssemos convidados em um [deste tipo]], não importando o tanto que gostássemos das pessoas envolvidas. Portanto, pelo interesse da harmonia pagã, deixamos a discussão sobre esta questão para aqueles que estão em sintonia com a mesma.
(Incidentalmente, lamentamos muito a adoção do termo ‘gay’ para o homossexual; à parte de tornar uma pequena palavra feliz inútil em seu sentido original, isso implica que os homossexuais estão em um estado eufórico(?) permanente, logo não sendo seres humanos comuns - que é a verdadeira acusação contra a qual os homossexuais corretamente lutam).
O que é ‘magia sexual’ no sentido literal ?
Tal como explicado em Oito Sabás para Feiticeiras, o uso da polaridade homem/mulher em uma operação mágica é de dois tipos : a ‘magia do gênero’, que é simplesmente um homem e uma mulher cada qual contribuindo com seus dotes mentais e poderes psíquicos característicos para uma tarefa mágica; e ‘magia sexual’, que utiliza relação sexual entre os parceiros como um dínamo psíquico.
‘A magia do gênero’ é o padrão básico da maioria dos trabalhos de coven – como quando um homem e uma mulher seguram as extremidades opostas de uma corda na magia da corda, ou homens e mulheres sentados alternadamente em um anel para magia de mãos dadas, ou um homem e uma mulher que consagram o vinho ou um instrumento de trabalho. Isso é da mesma forma essencialmente intersexual, e totalmente afastado do coito, como a dança em um salão de festas. Irmão e irmã, pai e filha, mãe e filho, podem e realmente trabalham juntos este tipo de magia, tão efetivamente e livremente de quaisquer tonalidades ‘impróprias’, tal como poderiam formar pares em uma pista de dança.
‘Magia sexual’ é algo muito diferente; ela pode ser muito poderosa, tanto em seu efeito em termos do resultado esperado do trabalho quanto em seu efeito sobre o casal em questão (mesmo se eles tem sido amantes, ou casados, por anos).
E nós diríamos categoricamente : a magia sexual como tal deveria ser operada apenas por um casal para o qual a relação sexual é uma parte normal de seu relacionamento – em outras palavras, marido e mulher, ou amantes estabelecidos – e em completa privacidade. Para eles, isto é uma extensão (e pode muito bem ser um enriquecimento) de seu relacionamento sexual costumeiro. Para um casal não relacionado desta forma, isso seria deveras muito perigoso; se eles abordassem a magia sexual com sangue frio como uma ‘operação mágica necessária’, aquilo seria um abuso grosseiro de sua sexualidade e seu suposto respeito um ao outro; se eles corressem para esta com um ardor súbito e mal considerado, esta poderia ter efeitos sobre níveis inesperados para os quais ambos não foram preparados – pior de tudo, isso poderia afetá-los de modo desigual, deixando um emocionalmente arrebatado e o outro com uma carga de culpa.
Magia sexual sem amor é magia negra.
Isto sendo dito – como podem um marido e esposa (ou amantes estabelecidos) trabalhar a magia sexual na prática?
Existem dois modos simples: aproveitando o poder psíquico do ato sexual e através dos devaneios pós-coito.
Dion Fortune diz (A Filosofia Esotérica do Amor e Casamento, pág.114): ‘Quando o ato da união sexual se realiza as forças sutis das duas naturezas correm juntas, e, como no caso de duas correntezas de água em colisão, um redemoinho ou vórtice é criado; este vórtice se estende aos planos à medida em que ocorre a fusão dos [dois] corpos’ (isso é, à medida em que os sete níveis componentes do casal – vide pág.117 – são unidos uns com os outros – nossa nota) ‘da forma que fariam duas pessoas que idealizam um ao outro, e cujo amor possui elementos de uma natureza espiritual em sua composição, se unem em coito, o vórtice assim criado se estenderá até um dos planos superiores’. Em outras palavras, quanto mais o casal estiver unido em todos os níveis, mais alto sobre aqueles níveis o vórtice terá efeito; quando almas gêmeas fazem amor, o vórtice alcança todos os níveis; e no outro extremo, a cópula insensível de um casal sem qualquer contato com o plano superior produzirá um vórtice que pode ser muito poderoso nas águas escuras do astral inferior, mas muito inadequado pela influência equilibrante dos outros planos – o que confirma nossa afirmação que magia sexual sem amor é magia negra.
Um casal fortemente unido que deseja usar a magia sexual para um objetivo válido primeiro discutirá aquele objetivo e se assegurará que ambos o tem claramente em suas mentes. Eles então lançarão um Círculo em volta deles e farão amor sem pressa e suavemente, com o máximo possível de consciência sobre cada um e sobre o objetivo mágico. Uma vez que tenham unido seus corpos em coito, se eles tiverem controle suficiente eles podem até mesmo se manterem imóveis por um momento, armazenando a tensão sexual em unidade até o pico mais alto possível, de forma que suas consciências sobre cada um e sobre seu propósito alcance um nível de intensidade tão grande quanto eles possam suportar. Quando eles estiverem prontos, eles ansiarão por um orgasmo simultâneo, e nesse ponto eles arremessarão o poder total do vórtice rumo à realização do objetivo mágico. Mesmo que os seus orgasmos não coincidam, eles deverão ambos ‘arremessar o vórtice’ no momento de cada orgasmo.
Magia sexual deste tipo não deveria ser usada muito frequentemente, porque esta é uma experiência notavelmente elevada e é melhor não desvalorizá-la por familiaridade demasiada.
Vale a pena recordar uma ocasião quando nós a utilizamos. Estivéramos na Irlanda uns poucos meses, tendo entregue nosso coven de Londres para outros líderes, e estávamos nos sentindo frustrados porque agora não tínhamos nenhum coven exceto por uma bruxa já iniciada que nos contatara e que morava umas cem milhas distante. Assim operamos através deste método para ‘construir um farol astral’ sobre nossa casa, que atrairia o tipo de pessoas que procurávamos. No dia seguinte, conhecemos o casal cujos componentes se tornaram nossos primeiros iniciados irlandeses, e daí por diante o nosso coven aumentou. O casal inicial foi uma grande força para nós nesse crescimento e eles agora estão dirigindo seu próprio grupo. (Talvez seja significativo o tipo de ressonância que nosso ‘farol’ estabeleceu, sendo que as primeiras pessoas que ela atraiu foram um homem e uma mulher casados.)
Isto é magia sexual ativa; o segundo tipo é mais receptivo. O poder do vórtice é reabsorvido pelo casal para seu próprio benefício.
Novamente, o casal faz amor dentro de um Círculo Mágico – mas dessa vez não há objetivo externo para ter em mente. Toda sua atenção é dirigida para a consciência de si mesmos (como par) e de cada um, e para ativar todos os seus níveis em uníssono um com o outro. É após o orgasmo que a magia é invocada. Como diz A Ferida Sábia (pág.172): ‘Devaneios durante consciência corporal acentuada após a relação sexual são provavelmente os mais profundos de todos – com trabalho de segunda etapa sendo possivelmente a única exceção, quando a mulher está completamente ‘sugestionável’ - e o que é chamado “magia sexual” é muitas vezes nada mais do que introduzir imagens dentro de tal devaneio.’
Um casal onde hajam bruxos ou ocultistas experientes, e que tenha desenvolvido um alto grau de intercomunhão em todos os níveis, pode usar este método com grande vantagem – e diferente do ‘vortice arremessado’, ele pode ser usado tão frequentemente quanto eles queiram, e até mesmo tornado seu hábito normal pós-coito. Os insights ganhos em tal devaneio, especialmente se eles forem partilhados e entrecruzados por um casal harmonioso, podem ser de um tremendo valor. E com relação à ‘introduzir imagens’ – o devaneio pós-coito pode ser uma ocasião muito eficaz para acumular e energizar formas-pensamento ativas, para os propósitos mágicos explicados na Seção XXII – ‘Encantamentos’.
As sutilezas e refinamentos da magia sexual são tão variados como aqueles das relações sexuais – e únicas para o casal individual. Mas os princípios que nós sublinhamos devem fornecer uma firme fundação sobre a qual qualquer casal possa construir, se este for um caminho que ambos desejem explorar.
Esta seção não estaria completa sem alguma referência à dois problemas que geram muita controvérsia, em nenhum lugar mais do que aqui na Irlanda: aborto e contracepção.
Nós não iríamos tão longe quanto aqueles que defendem que o aborto nunca é justificável. Ele é um mal, mas existem situações tristes onde ele é um mal menor. Um feto vivo é o estágio inicial da reencarnação de uma entidade humana, e empurrar de volta aquela entidade de forma que ela tenha que encontrar (ou ser absorvido em) um novo veículo fetal é um ato violento, os efeitos dramáticos disso sobre a entidade podem ser graves, tanto quanto sendo uma carga sobre o karma da pessoa que o faz. Mas se a vida da mãe estiver em risco, ou a saúde esteja seriamente ameaçada – ou se, devido à gravidez induzida por estupro ou outros motivos, as circunstâncias sob as quais a criança teria que nascer seriam tão desastrosas para ela que o trauma de ter que reiniciar o processo de encarnação genuinamente parece ser o mal menor – então o aborto pode ser a única solução.
Dada uma escolha entre a vida da mãe (que está à meio caminho dentro de uma encarnação e quase sempre com muitas responsabilidades e relacionamentos) e aquela da criança não nascida (que mal começou uma encarnação, não adquiriu quaisquer responsabilidades e não tem relacionamento direto exceto o fetal com sua mãe), então parece claro para nós que é a mãe que tem que ser salva.
Contudo usar o aborto como uma alternativa ociosa com relação à contracepção é imperdoável. Assim, também, é a pressão familiar que muitas vezes força uma garota ao aborto por causa do que os vizinhos possam pensar. Igualmente imperdoável é a prática (crescente na América, nós compreendemos) de determinar o sexo de um feto e então abortá-lo se acontecer de ele não ser do sexo desejado.
Aborto e contracepção (como ‘sexo-e-violência’) são muitas vezes amontoados juntos pelos propagandistas. Isso é muito ilógico e muito errado.
Nós não conseguimos notar quaisquer justificativas teológicas, sociais, psicológicas ou ecológicas para o Vaticano banir a contracepção. A encíclica do Papa Paulo VI Humanae Vitae foi um dos pronunciamentos mais desastrosos deste século. Felizmente, ‘os argumentos usados obviamente falharam em convencer a maioria, mesmo dentro da Igreja Católica, e nos anos que se seguiram o uso dos métodos referidos aumentou mais do que diminuiu’. (Hans Kung, Infalível ?, pág.29) (5). Milhões de boas esposas católicas são a favor da Pílula; e muitos bons sacerdotes sabem que elas estão corretas, e portanto sofrem de dolorosos pesos de consciência e obediência dentro dos confessionários.
A intenção declarada do banimento à contracepção é a defesa da santidade do casamento. Seu efeito real, sobre aqueles casais que acatam à isto, é muitas vezes a destruição da harmonia do casamento, com amor em desacordo por medo da gravidez. O único método permitido para evitar gravidez, onde ‘você faz amor com um calendário em uma mão e um termômetro na outra’, dificilmente conduzirá à uma vida sexual feliz; e sua confiabilidade é refletida em seu apelido, ‘roleta do Vaticano’.
A insistência de que casais que deliberadamente evitam filhos são ‘egoístas’(6) e que a maternidade é o propósito obrigatório do casamento – e a insistência adicional, por implicação, que um casal não pode nem ao menos optar por limitar o número de seus filhos, à menos que isso seja por abstinência do sexo marital (um dogma no qual Mary Baker Eddy antecedeu Paulo VI) – é parte e parcela da atitude patriarcal, que basicamente odeia o sexo como uma das incompreensíveis aflições de Deus, e que teme as mulheres como perigosas destruidoras do Ego-Império.
No atual estado do mundo, esta insistência é também cegamente anti-social. Se a explosão populacional do mundo não fôr examinada, a civilização (seja capitalista, comunista ou sob qualquer outro padrão) se tornará inviável e a Terra inabitável. Isso não é espalhar o pânico; isso é fato direto e inevitável. Nesta situação, um casal que opta por ‘filhos mentais’ ao invés de filhos físicos pode ser qualquer coisa, menos egoísta; eles estão fazendo sua própria contribuição singela para evitar um desastre mundial. E um casal que produz filhos físicos apenas tanto quanto eles possam criar conscienciosamente e com amor, enquanto continuam à se beneficiar de sua própria harmonia sexual, está fazendo sua contribuição para a qualidade da próxima geração.
Sexualidade – ‘brilho sexual’ – livre das algemas da criação de filhos obrigatória é o que nos faz especificamente humanos. Zoólogos, psicólogos e bruxas todos concordam sobre isso. Relacionamento sexual é uma grande força criativa em todos os níveis, não meramente o procriativo; e quando o sistema patriarcal, particularmente na forma de uma hierarquia celibatária, tenta negar ou distorcer aquela verdade, ele está cegando a si próprio para a realidade. Celibatários dogmatizando sobre sexualidade são como homens cegos para as cores legislando a respeito da composição das paletas [de cores] dos artistas.
Descobrir e utilizar as verdadeiras naturezas de homens e mulheres, em mútuo respeito e admiração, significa se mover com a evolução e até mesmo ajudando-a à ir em frente. Isso alcança o coração da magia branca. Tentar aprisionar aquelas naturezas em estereótipos, ou regredi-las à um estágio pré-humano, é voar na face da evolução. E qualquer esforço contra a evolução é - segundo a definição de qualquer ocultista ou bruxa – negro.
XVI Muitas Mansões
As bruxas variam bastante em suas atitudes com relação à outros caminhos religiosos e ocultos, e mesmo com relação à tradições Wicca diferentes das suas próprias. Algumas, lamentavelmente, confundem rebelião juvenil com julgamento genuíno, e consequentemente condenam tudo e todos os cristãos (ou qualquer que venha a ser a religião de seus pais) indiscriminadamente. Outras insistem que o único caminho Wicca verdadeiro é o delas e que Gardnerianos, Alexandrinos, Seax-Wicca ou quaisquer outros são hereges.
Mas a maioria delas é mais construtiva e aceita o velho ditado ocultista de que todas as religiões genuínas (deixando de lado a definição de ‘genuína’ por enquanto) são diferentes caminhos para as mesmas verdades, e que a escolha do caminho deveria depender das necessidades do indivíduo, seu estágio de desenvolvimento, ambiente cultural e assim por diante.
Este ditado foi universalmente aceito no mundo antigo, antes do estabelecimento do monoteísmo patriarcal. Um sacerdote de Posseidon visitando um templo de Amon-Ra, ou uma sacerdotisa de Isis visitando um templo de Juno, seria reconhecido como um colega, servindo a mesma Divindade última através de símbolos diferentes. Mesmo a perseguição do Império Romano aos judeus e mais tarde aos cristãos foi política, não teológica; ele teria tolerado estas religiões exóticas muito alegremente, tal como fizera com dúzias de outras, se elas não tivessem rejeitado o sistema de tolerância mútua e reivindicado um rígido monopólio da verdade, e baeado sua resistência violenta ou passiva ao Império sobre aquela reivindicação. O Império poderia ser um cruel conquistador de povos, mas ele não atacava deuses estranhos nem empreendia genocídio contra os hereges. como fizeram os judeus e os cristãos (e o Império quando este se tornou oficialmente cristão) mais tarde fariam.
O paganismo é essencialmente tolerante, e assim são as bruxas sábias. Elas combaterão o fanatismo ou a intolerância ou a perseguição religiosa; elas criticarão o que consideram como aplicações deturpadas do espírito religioso; elas certamente atacarão o uso hipócrita das desculpas religiosas para racionalizar a crueldade ou a ganância, tal como um ditador que empreende a guerra em nome de Deus, um terrorista que explode oponentes religiosos, ou um guru que enriquece através de seu carisma ‘espiritual’. Mas elas não atacarão uma religião, ou seus seguidores, como tais. Se o fizessem, não seriam melhores do que os caçadores de bruxas.
O que nos traz de volta à questão: o que é uma religião ‘genuína’ ?
Uma religião genuína é aquela que faz uso de seu próprio conjunto de símbolos, sua própria mitologia (seja reconhecida como mitologia ou não) e suas próprias disciplinas pessoais, para desenvolver o indivíduo mentalmente, espiritualmente e emocionalmente, e colocá-lo(a) em harmonia com a Divindade e suas manifestações (humanidade, Natureza e o Cosmos como um todo). Ao que se deve adicionar que ela deve ser seguida voluntariamente pelo indivíduo por sua livre escolha, e não forçá-la à ninguém.
Como organizações, deve-se admitir que nem todas as religiões atendem adequadamente àquela definição; algumas tem ofendido grosseiramente contra ela. Mas como sistemas simbólicos, quase qualquer uma delas pode e de fato serve para alcançar os objetivos daquela definição para um indivíduo sincero que se sente em sintonia com seus símbolos particulares.
Nesse tempo de revolução religiosa, é vital para as bruxas reconhecer e agir sobre esta distinção, se elas quiserem desempenhar um papel construtivo naquela revolução.
Por exemplo, nós podemos e de fato criticamos duramente a atitude da hierarquia católica com relação à contracepção, divórcio, a ordenação de mulheres, a infalibilidade papal e muitos outros assuntos. Por outro lado, descobrimos que muitos católicos comuns (incluindo alguns poucos sacerdotes e freiras de nosso conhecimento) concordam privativamente conosco que em sua abordagem à Virgem Maria eles estão reconhecendo o aspecto feminino da divindade – isso é, a Deusa – não importa o quão cuidadosamente o dogma oficial tente circunscrevê-la e subordiná-la; muitos deles possuem um senso mágico inato e uma compreensão intuitiva dos funcionamentos do poder psíquico; e o folclore católico (seja na Irlanda celta ou Espanha latina) é insoluvelmente delineado com atitudes pagãs. Quando nós viemos pela primeira vez à Santa Irlanda, em 1976, nós francamente esperávamos passar por maus momentos por sermos bruxos conhecidos; para nossa surpresa, nós fomos quase universalmente aceitos e tornados amigos como uma parte natural do cenário. Os vizinhos católicos estavam aptos à reagir vigorosamente se alguém de fora fizesse considerações depreciativas sobre ‘suas’ bruxas. (Uma vez Stewart foi até mesmo convidado à participar como padrinho do novo bebê de um amigo católico; embora o cumprimento fosse devidamente apreciado, nós e o sacerdote juntos demos um jeito de persuadi-la que isso não seria inteiramente diplomático.)
Ainda assim nós nunca diminuímos a importância de nossas próprias crenças, nosso respeito pela fé dos nossos amigos católicos (mesmo nossa admiração por alguns aspectos dela) ou nossa crítica à muitas das decisões e atitudes oficiais da Igreja.
Similarmente, enquanto nós lamentamos o chauvinismo masculino do Islã, sua inclinação à súbitas ondas de fanatismo perigoso, e outros defeitos, viajar pelos países muçulmanos nos ensinou o respeito pela simples combinação do mundano com a espiritualidade do muçulmano comum, e pela praticabilidade diária de muito do ensinamento de Maomé; mais ainda, existe muito do pensamento de tais filósofos como os Sufis com o que qualquer ocultista ocidental se sentiria em sintonia. Com relação aos judeus, sua contribuição intelectual e artística para o melhor da cultura ocidental tem estado fora de quaisquer proporções com relação à seus números; sua coexistência não-proselitiva com outras religiões, e muitas vezes aquele mesmo equilíbrio mundano-espiritual, contrasta favoravelmente com algumas das características menos admiráveis do cristianismo; e eles nos deixaram como legado a mina de ouro da Cabala.
Mas para a maioria das bruxas, sua atitude com relação ao cristianismo é o maior problema, porque é em um ambiente cristão que a maior parte da Arte como nós a conhecemos, e tal como está presentemente se expandindo, tem que viver e operar.
Uma das pedras de tropeço, naturalmente, é a insistência dos cristãos de que Jesus era Deus Encarnado; que o carpinteiro de Nazaré, o homem que abriu mão de seu destino no Jardim de Getsêmane, era de fato o criador do Cosmos. Mesmo aceitando os Evangelhos como um relato razoavelmente preciso de suas palavras, não conseguimos achar que ele tenha até mesmo alegado ser Deus. A nós parece que esta alegação tenha sido imposta sobre ele posteriormente, e como sendo uma distorção de sua verdadeira mensagem (com a qual qualquer bruxa ou ocultista concordaria) de que a divindade reside em todos nós. Se isto brilhou através dele mais fortemente do que através de a maioria das outras pessoas na história, isso é um outro caso.
O caráter de Jesus é tal conceito carregado no ocidente, tão carregado com séculos de amor, fanatismo, projeção psicológica, política e distorção, que é difícil discutir sobre ele não apaixonadamente; mas sua natureza boddhisativa (vide págs.121-2) deve seguramente estar longe de dúvidas. Ele próprio parece até mesmo fazer alusão à isso nos Evangelhos como o fizemos (‘Antes que Abraão fosse, Eu sou’), e seus discípulos relataram a crença popular (‘Alguns dizem, Elias; e outros dizem, aquele dos antigos profetas se ergueu novamente’).
E relativo aos seus ensinamentos, mesmo os Evangelhos tornam claro que ele distinguia nitidamente entre sua pregação exotérica para as massas e seus ensinamentos internos para seus discípulos escolhidos. Uma interessante teoria oculta (vide Dion Fortune, Aspectos do Ocultismo, Capítulo III) é que ele deixou a reencarnação fora de seu ensinamento público, porque sua mensagem para as massas se concentravam na transformação da Personalidade como o passo imediato rumo à perfeição, e a maior parte do que podia ser compreendido por eles naquele tempo; mas que para os seus discípulos ele ensinou as verdades internas sobre a Individualidade reencarnante (como sugere São Jerônimo – vide pág.115).
Algo que seria muito frutífero seria para algum ocultista bem informado que também seja um estudioso bíblico reunir todos os Evangelhos disponíveis, oficiais, apócrifos e gnósticos, sem preconceitos e sob a luz do conhecimento moderno, reavaliar sua autenticidade relativa; corrigir onde for possível, com uma compreensão das manobras político-teológicas do Império Bizantino, quaisquer publicações e censuras primitivas dos textos originais; corrigir erros de tradução que foram feitos por ignorância sobre os termos técnicos usados pelas Escolas de Mistérios hebraicas, e portanto pelo próprio Jesus; e dessa forma compilar uma antologia da totalidade dos prováveis ensinamentos reais, ambos exotéricos e esotéricos (1). Uma tarefa para um estudioso genial, ou um time [de estudiosos] geniais. Contudo o quadro geral que surgiria poderia ser assustadoramente diferente daquele sobre o qual o cristianismo oficial foi construído.
Isso poderia até mesmo emprestar uma força à sensação de muitas bruxas de que uma reunião cristã do primeiro século deve ter tido uma familiaridade similar com um esbá das bruxas do século vinte – festa do amor, trabalhos de cura, treinamento psíquico e tudo mais.
Ao tentar buscar entendimento com os cristãos que criticam o tipo de trabalho que nós nos propomos à fazer, vale a pena ressaltar que Jesus disse aos seus seguidores para prosseguirem e fazerem apenas isto: ‘Curem os doentes, purifiquem [no sentido de tratar] os leprosos, ressuscitem os mortos, exorcisem os demônios’ (Mateus X:8). Ressuscitar os mortos pode estar alem da capacidade da maioria de nós, mas pelo menos as bruxas trabalham duro nos outros três (o que pode ser resumido em termos modernos como ‘Curem os doentes fisicamente e mentalmente’), embora com umas poucas exceções honráveis os cristãos parecem ter abandonado completamente a cura psíquica e ter confinado o ‘exorcisar os demônios’ à um punhado de exorcistas licenciados. (Exorcisar os demônios pode significar o exorcismo real ou trabalho psiquiátrico, que é na maior parte deixado para experts leigos; bruxas e ocultistas são praticamente as únicas pessoas que distinguem entre entidades atacando a psique a partir de fora, e as disfunções dentro da própria psique, e tentam solucionar ambos os problemas – com auxílio especializado caso necessário). Nós descobrimos que um monte de cristãos sensíveis param e pensam novamente quando conversamos com eles seguindo esta pauta.
Gostem disso ou não, a Arte tem uma contribuição à fazer ao mundo de hoje que muitas vezes transcende a tarefa primária de cuidar de si mesma; sobre este assunto, vide mais na Seção XXVI – ‘Em Sintonia com os Tempos’. E ela o fará melhor se nós não tratarmos como inimigos automáticos aqueles cujos caminhos são diferentes mas cujas metas finais possam ser mais como as nossas próprias do que algumas vezes achamos. Nós fazemos melhor em tentar compreendê-los e em ajudá-los à nos compreender.
Nós uma vez tivemos em nosso coven um jovem cristão que esteve atuando como missionário leigo mas que perdeu o ânimo e uma grande parte de sua fé. Nós o iniciamos e o treinamos como um bruxo, e ele se tornou um bruxo muito bom. Após um ano, ele nos disse que desejava voltar para a Igreja; ele disse que o nosso treinamento o tinha ajudado à compreender seu próprio cristianismo e eliminou os conflitos que o estavam paralisando. Nós o enviamos ao seu caminho com nossa bênção, um homem transformado, e ele continuou nosso amigo.
Sempre que somos tentados à reagir agressivamente com relação à alguém que está em um caminho diferente do nosso próprio, nós nos lembramos daquele jovem – e nos recordamos que, embora um outro caminho possa ser iluminado por símbolos diferentes, ele pode estar alinhado com o mesmo pico distante.
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REENCARNAÇÕES
E
ELEVAÇÃO ESPIRITUAL
INTRODUÇÃO
A ciência moderna reconhece um ramo da Medicina denominado Cromoterapia, que é a terapêutica que utiliza luzes de várias cores ou o emprego terapêutico de áreas limitadas do espectro. Pouco se sabe ou se fala, porém, da Cromologia, ou do estudo das Cores e
de suas influências.
Psicologicamente, já não se discute mais a importância da cor na vida das pessoas, como parte do ambiente onde ela vive e recebe todos os seus estímulos. Sua influência quanto ao comportamento, tanto no aspecto físico como no mental, tem despertado a atenção de um número cada vez maior de estudiosos, que viram no estudo das cores e de sua influência na vida do ser humano, um tema intrigante e relativamente novo, dentro dos padrões ocidentais.
Sabe-se agora que essa relação do homem com as cores já é estudada a fundo há mais de dois milênios e meio, em países do Oriente, entre eles a China.
Nos escritos deixados por Confúcio, que viveu entre 551 e 479 antes de Cristo, referências às cores e seu poder sobre a vida dos homens já são relatadas.
Quando Shih Huang Ti, o artífice da União e do estabelecimento de um governo central na China, ascendeu ao trono, em 236 antes de Cristo, mandou destruir todos os livros sagrados. Entre eles, estavam importantes tratados sobre as cores e sua relação com os homens, conforme estabelecida pelos deuses. Cópias desses livros, no entanto, foram conservadas em mosteiros situados em locais inóspitos do Tibete, permanecendo a salvo das investidas da guarda palaciana, encarregada dessa destruição.
Ali, protegidos pelas montanhas, esses livros se encontram até hoje. Sua consulta só é permitida aos iniciados e a tradição de protegê-los contra a destruição foi o que deu origem à rigorosíssima Orderm dos Sete Estágios das Cores, a que chegavam apenas poucos privilegiados, tendo em vista o rigor da Iniciação e dos estudos exigidos.
Dentre esses privilegiados, encontrava-se um Mago chamado Haragushi, que passou por todas as etapas e assimilou todo esse conhecimento, divulgando-o em palestras e cursos pelo mundo todo, antes de sua morte prematura.
Anotações preciosas foram reunidas para se compilar um pouco desse vasto conhecimento. Faça um bom uso dele e utilize sabiamente o Poder das Cores.
O PODER DAS CORES
Haragushi, o Mago do Arco-Íris, mestre de poucos iniciados, desaparecido no final dos anos 50, nas montanhas do Himalaia, em todas as suas palestras iniciáticas, narrava os nove estágios de sua iluminação, enfrentados num mosteiro no Tibete, nos anos 40 deste século. Enquanto o mundo se destruía numa guerra fratricida, que ceifou milhões de vítimas, o Mago e seis outros privilegiados recebiam a iniciação, através dos Portais das Cores.
Nas montanhas geladas, o branco estabelecia a paisagem e o sol, com sorte, podia ser visto, entre uma nuvem e outra, em apenas determinadas horas do dia, quando estava a pino, já que as paredes enormes mantinham nas sombras o mosteiro, durante a maior parte do dia. À noite, as nuvens sempre constantes escondiam o céu e o brilho das estrelas.
Naquele ambiente onde predominavam o branco da neve e o negro da noite, os aprendizes enfrentavam seu processo de iniciação, onde o rigor era excessivo, pois dos sete que iniciaram as provas, apenas dois chegaram à prova final. Desses, apenas Haragushi obteve sucesso.
Em nenhum dos manuscritos que deixou, Haragushi comenta a natureza dessas provas ou dá detalhes da sua iniciação. O imenso conhecimento e as provas que deu, ao longo de sua vida, até seu desaparecimento, são seu testemunho. Juntam-se a isso os depoimentos de milhares de pessoas que o ouviram ao vivo, em palestras e cursos, narrando maravilhas acontecidas, enquanto Haragushi falava.
Nos Estados Unidos, um problema elétrico nas instalações do local fez com que a energia acabasse e o salão de reuniões ficasse às escuras. Os discípulos presentes julgaram que fosse um truque, preparado pelo mago, porque todo o tempo o corpo dele resplandecia, irradiando uma luz branca muito intensa, que iluminava todo o vasto salão.
Somente quando a energia elétrica retornou foi que perceberam que aquela luz não era um truque, mas emanava do corpo do Mago.
Haragushi não publicou livros em sua vida e dizia que a humanidade não precisava de livros, mas de luz. Contrariando-o, no entanto, dois ou três pesquisadores têm se dedicado, desde sua morte, a rastrear, no mundo todo por onde o Mago passou, informações sobre ele, compondo o vasto e rico painel do conhecimento adquirido e desenvolvido. O resultado dessas pesquisas começa a surgir agora, permitindo que novas e práticas informações fossem acrescentadas às já existentes.
Para o Mago, a Cromologia era parte da natureza e do homem, da mesma forma como a luz e como o Sol, seu gerador. A comunhão do homem com a luz era o símbolo máximo do encontro da criatura com o Criador. A harmonia estava nas cores e as cores eram parte do homem.
Em todos os ambientes que possam cercar as pessoas, haverá a aplicação de conhecimentos sobre as cores, como a harmonização e as justaposições, muitas vezes induzindo a um comportamento programado segundo as intenções desejadas, como estimular o apetite num restaurante, levar ao repouso, num quarto de hotel, ou acentuar o consumismo, num supermercado.
Haragushi costumava fazer um teste com as pessoas, simulando uma pesquisa para descobrir qual era a cor mais bonita e qual a mais feia. Quando a platéia conseguia chegar a alguma conclusão, ele costumava filosofar sobre o assunto, afirmando que não havia uma cor mais bonita nem uma mais feia.
Para ele, havia cores bem ou mal empregadas, produzindo sensações de rejeição que atingiam sentimentos escondidos dentro de cada um. Uma aversão à cor azul, por exemplo, podia estar relacionada a uma experiência desagradável da infância, onde essa cor havia estado presente.
Afirmava ainda que certas combinações mal empregadas podem provocar aversões, como um quarto de hospital pintado com cores que tiram o ânimo e limitam o otimismo.
Cientificamente, os técnicos do assunto afirmam que uma cor pode ser considerada bonita se atinge o objetivo que determinou seu uso.
Os estudos das cores como sensação, como percepção visual, como representação psíquica e outras têm demonstrado o vasto potencial de informações ainda existente em relação ao tema.
Nas artes, o uso das cores não tem um caráter de recriação do ambiente, do cenário ou da paisagem, deixando o campo dos efeitos meramente decorativos e estéticos. Entendem os artistas que as cores representam uma linguagem, como um instrumento de expressão e não apenas um recurso dessa expressão.
Segundo os mestres da pintura, as cores expressam valores e sentimentos e seu uso não pode ser algo arbitrário, pois as combinações e contrastes não são feitas por acaso, mas como parte de uma intenção coerente e consciente do artista.
Um exemplo fácil de entender é o de uma pintura com um céu amarelo, ao invés do azul normal. Ao escolher essa cor inusitada para o céu, o artista tinha a intenção deliberada de expressar uma mensagem, que cada um que a observar irá perceber de forma diferente. Para uns, o céu amarelo será absolutamente normal. Para outros, no entanto, causará estranheza.
Por incrível que pareça, a ciência até hoje ainda não conseguiu definir exatamente de que maneira a luz penetra no corpo e é interpretada pelo cérebro. Para alguns, o fenômeno se restringe a essa percepção visual.
Outros, porém, entre eles os Magos e místicos que pertencem à corrente defendida por Haragushi, acreditam que a luz, por ser uma energia irradiada que se move em forma de ondas que vibram, atinge não apenas nossos olhos, mas todo o nosso corpo, fazendo com que a pele e o organismo vibrem da mesma forma.
Essa afirmação encontra respaldo nas famosas fotografias feitas pela técnica Kirlian, onde se percebe que a aura ao redor do corpo não se apresenta uniformemente, mas vibrando em altos e baixos.
Como o homem está constantemente sujeito à luz e, consequentemente, às influências das cores nela contidas, qualquer desequilíbrio vibratório em seu organismo pode provocar um sintoma ou doença, que, para ser curado, necessitará que o equilíbrio seja restabelecido e isso poderá ser feito com a aplicação desta ou daquela cor, cuja vibração suprirá as deficiências existentes no seu organismo.
As cores se apresentam em diversas nuances ou combinações, com tons mais claros ou mais escuros, resultando numa variedade enorme de possibilidades.
É importante ter em mente, porém, que as cores consideradas básicas são as cores do arco-íris ou aquelas obtidas pelo fracionamento da luz do sol, obtido através de um prisma, conforme exposto por Sir Isaac Newton, em 1666.
Nessa experiência, o prisma faz a defração da luz branca, dividindo-a em sete cores, a saber: vermelho, laranja, verde, amarelo, azul, anil e violeta. Essas são consideradas as cores primárias e sua mistura pode produzir um número infinito de outras cores.
O vermelho, o verde e o azul, são a base de todas as outras, pois são as únicas que não podem ser divididas em outras cores, como o amarelo, por exemplo, que pode ser criado a partir da mistura do vermelho e do verde.
Essas três, consideradas as mais poderosas, vistas sob a ótica mística, quando combinadas entre si produzem o branco e todas as demais tonalidades.
As sete cores, às quais se acrescentam o branco, que é a síntese de todas as cores, e
o negro, que é a ausência de cores, são a matéria prima da Cromologia, que estuda as cores para uso mágico. Seu uso como terapia está sendo sintetizado nos estudos da Cromopatia.
Haragushi costumava afirmar que as cores existiam antes que os sábios decidissem estudá-las e mesmo todos os estudos e tratados que eles pudessem escrever ao longo dos séculos, jamais iriam alterar, ainda que numa fração imperceptível, a tonalidade de qualquer uma das cores.
Assim, formou-se ao longo do tempo um conceito que hoje é conhecido como Cromologia, que abrange não apenas o estudo das cores, sob o ponto de vista místico e mágico, mas quanto a suas propriedades de reequilíbrio e cura.
Uma das vantagens apregoadas pelo Mago era a facilidade com que isso podia ser feito. Citava como exemplos os lenços ciganos utilizados em curas, as velas coloridas dedicadas aos Anjos, a água energizada, as roupas ritualísticas, a lâmpada para meditação e concentração, a simbologia das cores nas cartas do Tarô e tantas outras formas de exploração desse potencial.
A tudo isso podemos acrescentar aquele conhecimento antigo e folclórico, do homem que olha as cores do céu e prevê o frio, a chuva, a estiagem, a tempestade ou outros fenômenos meteorológicos.
Haragushi dizia que o potencial de utilização das cores pelo homem ainda estava engatinhando em nosso mundo, enquanto que, em outros, já havia alcançado um nível tecnológico inconcebível para nós, tão inconcebível que qualquer um que o defendesse seria chamado de louco.
E terminava essa ponderação com uma indagação: Por que será que todas as descrições de aparições de discos-voadores ou objetos voadores não identificados falam de luzes coloridas?
As cores e o que elas podem fazer por você e pelos que o cercam, conforme os ensinamentos de Haragushi, o Mago do Arco-Íris, é o que pretendemos apresentar a seguir.
Abra sua mente e deixe que elas expandam sua percepção de si mesmo, de seu potencial e também de seus semelhantes. Através delas você poderá se entender melhor, entender melhor os outros e até aplicar esses novos conhecimentos na sua vida diária de maneira prática e instrutiva.
Tudo buscando a harmonia que deve haver entre o homem e a natureza, entre a luz do sol e a aura de cada um.
O CÍRCULO-MÁGICO DE HARAGUSHI
As sete cores primárias em que se divide o raio de luz, através do prisma, têm uma simbologia própria mais ou menos semelhante em todos os pontos do planeta. A simbologia de cada uma delas é riquíssima e as sensações que provocam nas pessoas foram se consolidando ao longo do tempo, num verdadeiro tratado simbólico das cores.
Na Cromologia acrescenta-se o Preto, no início do espectro, e o branco, no final, soma de todas as cores. O preto, posto no início, simboliza o Nada antes da criação da luz. Quando se fez o Dia, a soma das cores produziu o Branco.
Dispondo essas cores no chamado Círculo Mágico, Haragushi ensinava como era difícil
o aprendizado da luz, isto é, o caminho que leva o homem da ausência de cor e de conhecimento, até a luz do conhecimento e da evolução.
No Círculo Mágico, mesmo estando disposto no final de todas as cores, o Branco se situa a um passo do Preto, na seqüência do Círculo, ensinando que a distância entre a luz e as trevas sempre foi mínima e que a queda para as trevas é sempre muito fácil e rápida. Segundo o Mago, uma das primeiras coisas a serem aprendidas a respeito das cores era a sua simbologia, para entendê-las e melhor conviver com elas. Em suas apresentações, sintetizava a simbologia de cada uma das cores do seu Círculo Mágico, personificando-as e dividindo as pessoas em nove tipos primários, representados pelas nove cores. Cada cor indicava a escala a ser atingida por essa pessoa nesta reencarnação.
Da mesma forma como as cores podem ser misturadas, formando novas cores e novas tonalidades, assim também são as pessoas, dentro dessa teoria do Mago do Arco-Íris. Para entender cada uma delas em particular, é preciso estabelecer sua composição, partindo da cor primária e acrescentando as combinações necessárias para formar todo o seu perfil.
O instrumento para se chegar a essas combinações sõ os números, que ordenam as nove cores, a saber:
1 - Branco
2 - Vermelho
3 - Laranja
4 - Amarelo
5 - Verde
6 - Azul
7 -Anil ou Índigo 8 - Violeta 9 - Preto
O PODER DAS CORES
Ao analisar uma pessoa, Haragushi, o Mago do Arco-Íris, afirmava que podia determinar com exatidão até que ponto de sua evolução essa pessoa iria chegar na atual encarnação.
Isso abrangia ganhos espirituais e materiais, realizações, defeitos que seriam superados, virtudes que poderiam ser corrompidas e todo um perfil material e espiritual.
Quando elaborava um estudo cromológico de uma pessoa, Haragushi ia fundo nessas variações, chegando ao âmago da personalidade analisada que, conforme ele, se tornava um livro aberto diante dele, tal a facilidade de interpretá-la.
Em seus estudos, o Mago estabelecia uma relação entre os números, os planetas, os signos dos horóscopos zodiacal e chinês e as cores, para chegar à total compreensão das pessoas, obedecendo à convenção apresentada nma tabela a seguir.
Nela, importavam o número, as características da cor, as influências do planeta regente e as nuances dos signos zodiacais e chineses. Modernamente, acrescentou-se a essas informações também a do Anjo Planetário;
GRUPO/COR/PLANETA/SIGNO ZODIACAL/SIGNO CHINÊS
1 - Branco - Lua - Câncer - Carneiro
2 - Vermelho - Marte - Áries/Escorpião - Dragão/Porco
3 - Laranja - Mercúrio - Gêmeos/Virgem - Cavalo/Galo
4 - Amarelo - Sol -Leão - Macaco
5 - Verde - Vênus - Touro/Balança - Serpente/Cão
6 - Azul - Júpiter - Sagitário - Rato
7 - Anil - Netuno - Peixes - Coelho
8 - Violeta - Urano - Aquário - Tigre
9 - Preto - Saturno - Capricórnio - Boi
COMO SABER SEU GRUPO
Este é o grande ensinamento de todo o conhecimento ensinado pelo Mago do Arco-Íris, que é a maneira prática de se aplicar a teoria das cores em sua vida pessoal.
Descobrindo em que estágio de sua evolução espiritual sua alma se encontra agora, você pode evitar retroceder em sua escalada, adotando comportamentos corretos, desenvolvendo as virtudes certas e combatendo os defeitos que o impedem de progredir.
Para chegar a esse conhecimento, é preciso utilizar informações da Numerologia para chegar ao grupo a que sua alma pertence nesta encarnação. Para isso, considere as seguintes informações:
Some os algarismos de sua data de nascimento, depois reduza-os, somando os algarismos entre si, conforme exemplo abaixo.
08/01/1950 1959
Reduzindo: 1+9+5+9= 24 = 2+4= 6
Tendo localizado seu número de nascimento, no exemplo acima o 6, converta as letras de seu nome em números, conforme a tabela a seguir, reduzindo-os conforme explicado acima.
Tomando-se como exemplo o nome Maria Silva, temos o número do nome igual a 6, a saber:
4 + 1 + 9 + 9 + 1 + 1 + 9 + 3 + 4 + 1 = 42 = 4 + 2 = 6
Somam-se agora o número do nascimento com o número do nome, obtendo-se o número do grupo a que você pertence do Círculo Mágico das Cores. No exemplo acima, efetuamos a soma e a redução, obtendo 3, a saber:
Número do nascimento: 6
Número do nome: 6
12 = 1 + 2= 3
No exemplo dado, Maria Silva encontra-se no grupo 3 de sua elevação espiritual, isto é, na cor Laranja, que representa os primeiros estágios dessa evolução.
Ao descobrir seu Grupo, leia todas as informações a respeito dele, da força do número que o ordena, do poder da cor, das características do Planeta Regente, do Anjo Planetário e dos Signos.
São informações preciosas que lhe permitirão compreender seu estágio atual, sua vida e as influências que o regem, dando-lhe instrumentos para apressar sua ascensão e evitar a possibilidade de regressão.
Faça os cálculos cuidadosamente, repetindo-os para sua segurança, depois veja o que já percorreu em suas sucessivas reencarnações ou que tem a percorrer, até atingir o máximo da luz.
GRUPO 1 - BRANCO
O número 1 simboliza a unidade das cores e o homem em sua casa espiritual mais elevada, ereto diante do Criador, pronto para aceitar missões superiores. Dá às pessoas sob sua influência poder de auto-afirmação, assegura a individualidade e o domínio sobre suas paixões.
São pessoas com objetivos definidos na vida, sem muito apego aos aspectos materiais da vida e mais interessados na realização espiritual. Por isso sua firmeza de caráter pode ser interpretada como teimosia.
Quando mal interpretadas são tidas como arrogantes e pretensiosas, preferindo mandar a serem mandadas. Na verdade, quando define suas metas, não aceitam mudar de rumo ou de estratégia. Auxiliadas por uma mente fértil e ativa, caminham decididamente para o sucesso.
A COR
O Branco é tido, misticamente, como a síntese de todas as cores e o máximo de perfeição que uma alma pode atingir, uma vez que é isenta de qualquer mácula e não admite tonalidades que possam manchá-la. O máximo que pode ocorrer é variar do fosco ao brilhante, mas manterá sempre a sua pureza.
Na evolução espiritual, essa cor se coloca no final de cada etapa, como o objetivo a ser atingido. É, por excelência, a cor do candidato à iniciação ou ao ritual de passagem, que tanto pode ser de uma etapa a outra da sua purificação espiritual, correspondendo cada uma a um período de reencarnação, ou da escala hierárquica máxima, que significa a convivência com Deus e as criaturas mais puras e iluminadas criadas por Ele.
Não é sem uma lógica que ele se segue ao vermelho, no Círculo Mágico, já que este, por significar o apego à matéria ou à carne, simboliza o homem no final de sua evolução espiritual, desprendendo-se de suas ligações com tudo aquilo que o prende ao mundo profano.
É a cor da pureza, da tranqüilidade, da paz de espírito e da harmonia em todos os sentidos. Impede a aproximação das influências negativas que provocam brigas e desentendimentos.
AS PROPRIEDADES DA COR
Desenvolve a auto-afirmação e o domínio total sobre as paixões e vícios, auxiliando na definição e consecução dos objetivos na vida material e espiritual. Combate a teimosia, a arrogância, reforçando a determinação. Abre a mente, tornando-a fértil e extremamente ativa. Dá tranqüilidade após sua aplicação, paz de espírito e harmoniza os sentidos com a percepção extrasensorial. Põe fim a todo ressentimento, acabando com brigas ou desentendimentos.
Torna a criatividade mais voltada para os ganhos espirituais do que materiais, estimulando a paciência para superar detalhes aparentemente insignificantes materialmente falando, mas de grande importância espiritual.
Beneficia a convivência com e a harmonia familiar, privilegiando o uso da linguagem e a capacidade de curar pela imposição das mãos. Elimina vaidades, tornando a mente produtiva e aberta aos apelos da espiritualidade.
A maneira de aplicar essa cor ao corpo é através do banho de luz solar, que deve ser tomado com o corpo nu, coberto por um lençol branco, nas horas mais amenas do dia. A melhor maneira de se aproveitar os benefícios dessa cor é plantar quatro estacas, prendendo nelas o lençol e formando uma espécie de coberta, sob a qual de ficará, recebendo os benefícios dessa cor.
Permanecer quinze minutos com a parte da frente do corpo exposta, depois virar-se e expor a outra parte por igual tempo. Ao escolher o local para isso, cuide para que não haja correntes de ar ou de vento que possam perturbar a sua concentração.
Quando se tomar esse banho de luz, pode-se também aproveitá-lo para receber as propriedades das outras cores, através da aplicação de cada uma delas no chacra correspondente.
Para isso, aplicar por três minutos, sobre cada um dos chacras, um disco do tamanho de um pires, na cor respectiva, conforme explicado anteriormente. Para elaborar esse disco, basta recordar papel celofane na cor desejada, colando-o a uma moldura de papelão, para mantê-lo firme.
A aplicação não deve ultrapassar três minutos para cada um dos chacras. Essa providência libera da exposição isolada à cor branca, que se processará a medida que os discos coloridos forem sendo aplicados nos chacras.
O ANJO PLANETÁRIO
Os Serafins constituem a escala hierárquica que mais se aproxima de Deus, tendo em vista seu alto grau de purificação, iluminação e inspiração. As pessoas sob sua influência possuem um alto desenvolvimento espiritual, demonstrando maturidade para a vida e uma sabedoria com forte inspiração divina.
De mente brilhante, grande intuição e criatividade, são pessoas que procuram falar pouco, demonstrando paciência e respeito para com seus semelhantes.
O Anjo que representa essa categoria celestial é VEHUIAH, que todos os dias, das
00:01 às 00:20 hora se aproxima da Terra para entrar em contato com as pessoas regidas por ele. Sob sua influência, as pessoas se tornam preocupadas com a justiça e com a verdade. Dá criatividade para a solução dos mais complexos problemas, em qualquer aspecto da vida. Auxilia nos relacionamentos com as demais pessoas, na convivência harmoniosa com a família. Proporciona habilidades para o uso da palavra, podendo fazer das pessoas pastores, professores, políticos ou oradores. Como rege pessoas no mais alto grau da evolução, com freqüência esse Anjo os habilita a efetuar curas pela imposição das mãos, pelo uso de orações ou a realizar previsões.
O PLANETA REGENTE
A Lua, planeta regente dessa cor, dá às pessoas, como aspectos positivos, a reflexão, a paciência, a sensibilidade, a imaginação fecunda, o amor aos filhos, a receptividade e a solidariedade aos problemas de seus semelhantes e boa memória.
Como aspectos negativos, impedindo as pessoas de avançarem na escala espiritual, a Lua pode torná-las inconseqüentes, irracionais, crédulas, teimosas, indecisas, tímidas, mau humoradas e retrógradas.
OS SIGNOS
Câncer, no Horóscopo Zodiacal, pode tornar a pessoa evoluída espiritualmente um tanto introvertida, tímida e sonhadora, recolhendo-se e furtando-se de compartilhar com seus semelhantes o enorme potencial espiritual que adquiriu ao longo de suas existências. Por outro lado, o signo reforça a segurança, dando às pessoas a certeza de que não precisam provar mais nada a ninguém, pois atingiram o grau de iluminação espiritual, além da competição e das vaidades.
Carneiro, no Horóscopo Chinês ou Lunar, reforça a sensibilidade, a imaginação, a receptividade, a bondade e o interesse em auxiliar o próximo. Se a influência negativa da Lua for muito intensa, reforçará o caráter caprichoso e a tendência a nada fazer de produtivo na vida, retardando sua evolução em pelo menos mais um período de reencarnação.
GRUPO 2 - VERMELHO
Simbolicamente este é o número final da dualidade, do ser humano dividido entre permanecer apegado aos prazeres materiais ou dar o saldo definitivo rumo à espiritualidade, unificando-se num ser de luz, na etapa seguinte de sua evolução, que é o caminho natural de todas as almas que passam por este mundo.
A grande virtude desse número é influenciar positivamente no sentido da adaptação às situações, o que facilita a transição espiritual que se anuncia.
A prudência e a justiça são qualidades implícitas desse número, mas em seu aspecto negativo pode levar à omissão e ao adiamento da escolha, coisa muito rara, mas possível, dada ao caráter combativo das pessoas por ele regidas. Como é um número dual, exige uma opção, que pode ser a certa ou a errada.
A COR
A cor simboliza a coragem paras as grandes decisões, a força e a vitalidade físicas, bem como a aplicação na disciplina espiritual.
Essa dualidade está presente nas suas tonalidades. O vermelho-claro incita à ação, no sentido de dominar tudo sob sua influência. O vermelho-escuro, por outro lado, representa
o mistério da vida material.
O simbolismo máximo dessa cor está na sua relação com a morte ou com o fim físico, anunciando a chegada de um período onde o branco será a meta. Nesse sentido, estabelece o penúltimo estágio da vida espiritual, antes do resgate cármico definitivo e da evolução para outros mundos, superiores em sua natureza e em suas manifestações.
AS PROPRIEDADES DA COR
Estimula a prudência e o senso de justiça, dá coragem, força e disciplina espiritual para enfrentar as grandes decisões. Combate a tristeza e o desânimo, devolve o gosto pela vida e pelos seus desafios.
Especialmente indicada como preparação para superar obstáculos, mesmo aqueles considerados intransponíveis.
Estimula a força física e mental, a saúde em geral, revigorando, principalmente após períodos de intenso desgaste, pois é uma cor ativa e estimulante. Acentua a atração física e espiritual, favorecendo a qualidade das relações sexuais. Mantém o espírito alerta contra perigos de toda ordem e desenvolve a virtude da caridade e da preocupação com seus semelhantes. Aumenta pulsação, batimentos cardíacos, pressão arterial e o ritmo da respiração, por isso deve ser evitada nos períodos de estresse, nas crises nervosas e períodos de tensão.
O ANJO PLANETÁRIO
São os Querubins os responsáveis por essa escala da evolução do homem, conforme sua passagem pelo Círculo Mágico, segundo estabeleceu Haragushi. Esses seres de luz determinam a superação do apego à matéria e às paixões, oferecendo às almas a opção de caminhar direto para a luz do conhecimento. A sinceridade e a absoluta incapacidade para a mágoa, o rancor e o ódio são as melhores influências dessa categoria celestial.
Seu Anjo representante é HAZIEL, que se põe próximo da Terra entre as 2:40 e as 3:00 horas. Dá às pessoas o dom da misericórdia, ao mesmo tempo em que apresenta as almas à misericórdia de Deus.
As pessoas sob sua guarda aprendem a relevar os erros alheios e entendê-los como parte do processo de evolução a que todos estão sujeitos. Nesse sentido, procuram estimular e incentivar cada ação, valorizando as pequenas vitórias de seus semelhantes, na caminhada em direção à luz.
Obstáculos nunca são problemas para elas, pois sabem que estão no caminho certo. Após percorrer outros sete estágios de evolução, já adquiriram discernimento para compreender que a estrada os leva adiante sempre e que retroceder é imperdoável, quando já se evoluiu tanto.
HAZIEL proporciona às pessoas atingirem idade avançada, para que a aproveitem para evoluir o necessário, vencendo mais uma etapa e atingindo o grau necessário para superar sua fase dual e partir em busca da unificação e da luz definitiva.
O REGENTE
O planeta regente do Grupo 2 é Marte, que dá às pessoas sob sua regência energia, atividade, coragem, capacidade de liderança, confrontando o físico com o material através de um forte impulso sexual, em oposição ao sentimento mais elevado e sublime, como uma prova a ser superada para a ascensão espiritual.
Em seu aspecto negativo, o planeta pode desenvolver a agressividade, estimular um impulso destrutivo que poderá se tornar incontrolável, guiado pela cólera, pela brutalidade, pelo egoísmo e pelo espírito vingativo.
Tudo isso decorre das forças antagônicas que agem no momento da transição a que o homem é submetido, para evoluir, enfim, do material para o espiritual, atormentando-o.
OS SIGNOS
Áries influencia o sistema nervoso, realçando a agressividade e o caráter violento. Escorpião acentua a sexualidade e o espirito forte, voltado para o novo e o misterioso.
O Dragão dá a autoconfiança, o gosto pelo inesperado, a atração pelo desconhecido, representado pela luz branca da evolução, reforçando o apego às paixões e ao plano material.
É no espírito progressista do Porco, porém, que está o fiel da balança. Aliando a prudência e a coragem, o Porco traz em si o despojamento material necessário para libertar o homem de suas ligações com a Terra e com a matéria.
GRUPO 3 - LARANJA
O número 3 simboliza o homem irmanado com as grandes forças que movem o mundo: a Natureza, no aspecto material, e Deus, no aspeto espiritual. Entre essas duas grandes forças, o homem se prepara para caminhar para o auge de sua evolução. Após harmonizar-se com a matéria (natureza), poderá se libertar desta e assumir sua origem espiritual, antes de partir para o passo definitivo, que é o das convivência com o Criador, entre os seus eleitos, o que acontecerá nas etapas seguintes do Círculo Mágico. Ao atingir este limite, o homem luta ainda contra o excesso de sensualidade, que estabelece o limite entre o físico e o espiritual, necessitando domar sua impetuosidade e não se deixar levar apenas pelo apelo físico da sua sexualidade.
A COR
Essa cor representa, antes de mais nada, o equilíbrio que deve existir entre a libido (sexualidade) e o espírito, pois de um lado aponta para o amor divino, desprendido e abençoado, e do outro para a luxúria, desregrada e sem limites. Esse equilíbrio estabelece
o fim de uma etapa do homem em sua evolução, superando sua parte animal para, a partir de então, entrar na fase final de unificação espiritual com os princípios divinos. Como esse processo se afunila, tornando-se cada vez mais difícil e árduo, exige do homem um esforço supremo para se desprender do amor físico e material e penetrar nos mistérios do amor espiritual.
AS PROPRIEDADES DA COR
Para equilibrar as paixões e manter a luxúria sob controle, sem prejudicar as manifestações sinceras de amor físico ou espiritual. Estimula o romantismo e o respeito para com as pessoas do sexo oposto, predispõe ao sono reparador e ao sonho premonitório. Afasta qualquer tendência ao fanatismo e à ignorância, facilitando a elevação espiritual.
Estimula e encoraja diante dos desafios da vida. Acentua o poder de adaptação, nas situações inesperadas ou nas mudanças em todos os aspectos, seja no amor, na família, no trabalho ou na sociedade. Estimula nos casos de desânimo, polindo o espírito de reações violentas e desenvolvendo o caráter gentil e o refinamento intelectual e espiritual. Evidencia o magnetismo pessoal, aumentando o poder de atração física e mental sobre as outras pessoas. Nos casos de pessimismo ou infelicidade, devolve o gosto pela vida e auxilia na descoberta de novos objetivos. Excelente para pessoas que estão saindo de alguma relação emocional desgastante, preparando-as para superar essa fase e seguir em frente de cabeça erguida. Não deve ser utilizada nos casos de obesidade ou vícios descontrolados.
O ANJO PLANETÁRIO
A antepenúltima escala hierárquica de evolução do homem no meio material é governada pelos Tronos, que controlam todas as aproximações em relação a Deus. À medida que as almas se aperfeiçoam e começam a se aproximar do trono de Deus, esses seres celestiais se encarregam se verificar a que ponto elas se desprenderam dos laços materiais. Regem a união entre as pessoas, não no sentido físico, mas espiritual, onde o romantismo e o respeito são mais importantes que o relacionamento sexual, que, quando ocorre, tem um caráter de busca de sensações espirituais além de meras sensaçõesfísicas. É a sexualidade capaz de se satisfazer espiritualmente.
LAUVIAH é o Anjo encarregado de chefiar essa hoste celeste, nesses assuntos, aproximando-se da Terra para ouvir seus protegidos entre 05:20 e 05:40 horas.
Considerando o dilema que enfrentam as pessoas dessa escala de evolução espiritual, Lauviah privilegia o alívio dos tormentos do espírito em relação aos desafios da carne, dando-lhes o consolo do sono rápido e o dom de prever e obter revelações através dos sonhos.
As pessoas sob sua influência são intuitivas ao extremo, desenvolvendo o senso e o gosto artístico como forma de aprimoramento espiritual. Com facilidade conseguem se comunicar com os Anjos, bastando, para isso, que dediquem um pouco de seu tempo diariamente para abrir seus canais de comunicação.
Tornam-se abertas e dispostas a abrir mão de bens materiais para auxiliar seus semelhantes, mas sempre com critério e sabedoria, sem fanatismo ou ignorância, a que essas pessoas podem estar sujeitas, como fruto do tormento espiritual e dos dilemas que enfrentam no plano espiritual, para continuar seu crescimento.
O PLANETA REGENTE
Mercúrio, o planeta regente da cor, acentua a inteligência, a versatilidade, a intelectualidade, o amor pelas artes e pela elevação espiritual, a comunicação em todos os níveis e a busca pelo aprimoramento espiritual. Quando restrito apenas a seus aspectos negativos, torna as pessoas cínicas, apegadas à luxúria e aos prazeres da carne de forma descontrolada.
OS SIGNOS
No Horóscopo Solar, os signos que regem as pessoas sob a influência dessa cor são Gêmeos e Virgem. O primeiro deles é um signo de transição, representando o fim de um período e o início de um novo. Isso se caracteriza pela inquietação diante da grande mudança e pela divisão do ser humano entre o parar e o continuar. Virgem surge nesse conflito íntimo simbolizando o balanço a ser feito no fim de um período, para início de um novo.
No Horóscopo Lunar, o Cavalo reforça o caráter comunicativo em todos os níveis, a inteligência e a disposição para se adaptar às mudanças trazidas pelo futuro. No aspecto negativo reforça a inconstância e os tormentos do espírito diante das escolhas importantes. O Galo é que dá o equilíbrio necessário para se manter fiel aos sentimentos, evitando o excesso de luxúria, ao mesmo tempo em que refina o espírito, preparando-o para vôos mais altos. Se assimilado apenas nos seus aspectos negativos, transforma as crises espirituais em momentos de melancolia e extremo pessimismo, impedindo a tomada de uma decisão definitiva quanto aos rumos a serem tomados, tanto na vida material, quanto espiritual.
GRUPO 4 - AMARELO
Este número representa a solidez alcançada pelo homem, em seu aprendizado espiritual. Simboliza sua vontade e sua capacidade de escolher os próprios caminhos.
Dentro do conceito do Círculo Mágico de Haragushi, o quatro simboliza o homem em equilíbrio quanto aos quatro pontos cardeais, representando ele (a origem ou o nascente), sua evolução (o destino ou o poente), sob a proteção de Deus (o norte), por um caminho (o Sul), representado pela Natureza.
A harmonia dessa caminhada indica a firmeza com que ele se desprende do material que marcava sua caminhada, aceitando e buscando o crescimento espiritual.
AS PROPRIEDADES DA COR
Para reforçar o entusiasmo e o gosto pela vida e seu processo de evolução constante. Auxilia no fortalecimento contra tentações, vícios e paixões, desenvolvendo o autocontrole, a prudência e a reflexão, bem como o gosto e a sensibilidade artísticas.
Sua aplicação desenvolve o poder de persuasão, reforça o encanto pessoal e o charme e acentua a autoconfiança, ao mesmo tempo que limpa sua aura, permitindo-lhe inspirar facilmente confiança nas outras pessoas. Mantém o ciúme sob controle, conforta o espírito nas perdas e devolve a alegria aos que se encontram tristes. Excelente nos casos de mania de perseguição ou preocupações infundadas e excessivas e apego exagerado às coisas materiais, inclusive para a usura. Não deve ser usada por pessoas consideradas imaturas, com problemas de memória ou algum tipo de perturbação mental.
A COR
Esta cor simboliza o entusiasmo pela vida e a alegria do espírito, diante de uma opção decisiva na formação das almas, pois é o momento delicado e decisivo da fusão corpo e espírito, que caracteriza a etapa final da evolução, a caminho do seu lugar junto ao trono de Deus.
Essa simbologia fica bem evidente nas comparações extremas que se pode fazer em relação à cor, que é a do ouro, o mais valioso dos metais, o mais resistente e durável, de um lado, e o amarelo da morte física, símbolo do nada material a que se reduzem os corpos, quando seus espíritos são libertados.
No ritual católico, o amarelo é o símbolo da eternidade, como se vê na bandeira do Vaticano, onde o amarelo (eternidade) se junta ao branco (escala final da evolução espiritual).
Na China, o amarelo é o símbolo da terra fértil, pronta para receber as sementes da vida e gerar mais uma colheita. Da mesma forma pode ser entendida a vida nesse ponto da evolução espiritual, apta a receber as sementes da espiritualidade, iniciando a etapa de desvinculação do lado material ao qual esteve presa até então.
O ANJO PLANETÁRIO
Governam essa hierarquia das hostes celestiais as Dominações, simbolizados pelo cetro e pela espada, determinando o momento da divisão entre o poder divino e o poder material.
Estimulam nos homens o desejo e o poder de superar seus inimigos interiores, predispondo as almas à elevação espiritual. Preparam as almas para o julgamento de valores que cedo ou tarde terão de tomar
em sua escalada rumo à perfeição, dando-lhes autocontrole, prudência e reflexão.
Seu Anjo responsável é NITH-HAIAH, que se aproxima da Terra entre as 8:00 e as 8:20 horas, proporcionando principalmente sabedoria e discernimento diante dos mistérios da vida e do espírito, auxiliando na importante decisão entre continuar apegado à carne e à matéria ou evoluir no sentido da luz.
Torna por isso as pessoas um tanto reflexivas, mas nem por isso distante dos problemas de seus semelhantes. A vulgaridade já não as agrada e sentem um certo desconforto diante de apelos exagerados da luxúria.
Por outro lado, encantam-se, pela influência desse Anjo, com a música, a poesia e as artes sensíveis, que prepararam o espírito para sua purificação, a caminho do trono de Deus.
Em razão de tornar as almas mais exigentes quanto às qualidades de seus semelhantes, a influência desse Anjo faz com que as pessoas se empenhem na procura de sua alma-gêmea, que nem sempre são encontradas nessa etapa da evolução, mas somente após a última delas, como prêmio maior pela superação de todas as provas a que foi submetida.
O PLANEJA REGENTE
Símbolo máximo da fusão criadora, o Sol dá vida às sementes plantadas e atrai para si os brotos que nascem, da mesma forma como a lua atrai os espíritos purificados. Sob sua influência, as pessoas do Amarelo são criativas, generosas, alegres, cheias de vida e energia, afetuosas, vibrando sob um forte apelo do espírito. Negativamente, podem tornálas arrogantes e presunçosas da evolução alcançada, sentindo-se superiores às outra. Um excesso de confiança em si mesmo, prejudicial ao extremo, pode retardar sua evolução, se se deixarem guiar por ele.
Leão simboliza o período de maturidade, quando o espírito, após ter plantado e cultivado, atinge o momento da colheita, que definirá novos rumos em sua existência. A decisão e a majestade de Leão não admite outra decisão senão a de continuar rumo à perfeição.
Isso fica muito evidente também no signo do Horóscopo Chinês, onde o Macaco vê com otimismo suas perspectivas, assumindo-as e enfrentando-as com franqueza e decisão. Se prevalecer sua influência negativa, porém, o orgulho exagerado e o menosprezo pelas outras pessoas, em situação inferior na escala de evolução espiritual, lhe custarão um preço muito pesado no caminho da luz.
GRUPO 5 -VERDE
O numero 5 é o símbolo do homem ainda conduzido pelos seus sentidos, sem acreditar ou buscar nada além das sensações físicas. Na realidade representa o espírito diante das alternativas que lhe são oferecidas a cada período de evolução, só que ainda tendendo àquelas de cunho essencialmente materiais. Para as almas nesse período de evolução, o sentido da vida está no presente, em viver a vida como ela se apresenta nesse momento, sem grandes preocupações quanto ao futuro, mas já com um forte apelo moral.
Isso já faz gerar interiormente uma certa intranqüilidade, como se a perspectiva desse tipo de vida, que a nada conduz senão à satisfação dos sentidos, começasse a se desgastar e a necessidade de algo mais consistente começasse a se instalar dentro dele.
A COR
A simbologia mais adequada para essa cor é a popular, que a traduz como algo ainda não maduro, não preparado para a colheita ainda, o que só acontecerá após um período de maturação.
Indica, também, a chegada do período onde, após a aridez e a improdutividade do inverno, as plantas são chamadas para um novo período de vida, onde as oportunidades de crescimento e geração de bons frutos se repetirão.
Aproveitar essa nova chance para gerar os frutos necessários para provocar o processo de evolução espiritual é a opção que cada uma delas terá de fazer.
Na tradição oriental, principalmente dos povos bíblicos, o verde tem um sentido muito mais profundo e amplo do que o nosso, onde a vegetação é constante, graças ao clima tropical. Nos desertos do oriente médio, a presença de um oásis indicava a possibilidade de existência de água e de vida. A confirmação ou não dessa possibilidade só era dada a partir do momento em que se penetrava nesse oásis. Da mesma forma isso ocorre com os espíritos humanos. Todos eles têm a vida dentro de si. Gerá-la e cultivá-la é só uma questão de maturidade.
AS PROPRIEDADES DA COR
Privilegia a reflexão interior e o processo de amadurecimento espiritual, pela superação do apego aos aspectos materiais. Desenvolve a segurança e a sabedoria, bem como facilita o contato e o envolvimento com as outras pessoas, enriquecendo-se interiormente com isso. Aprofunda o conhecimento de si mesmo e o controle sobre as paixões. Ressalta os aspectos morais. Abre a mente para lidar com problemas financeiros em geral, favorecendo a sorte e dando energia para enfrentar e superar dificuldades. Devolve ou aumenta a fertilidade, principalmente nas mulheres, auxilia no crescimento harmônico do físico e acentua a virtude da caridade. Depressão e complexo de inferioridade são rapidamente superados com as aplicações do verde, em exposições feitas sob a luz solar. Reforça o amor próprio e mantém a mente alerta para as ameaças e oportunidades. Deve ser evitada por pessoas com sintomas hipocondríacos.
O ANJO PLANETÁRIO
Governam esse degrau da escala angelical as Potestades, responsáveis pelo equilíbrio no mundo físico, com uma preocupação mais centrada no aspecto moral do que espiritual.
Vigiam as almas em fase de experiência e em processo de amadurecimento, para iniciar sua aproximação em relação ao trono de Deus. Ainda presos à Terra, essas almas precisam agora de uma pequena ajuda para aprimorar-se espiritualmente e superar a última barreira, antes de iniciar o processo efetivo de maturidade.
Põe-se à frente o Anjo IEHUIAH, que vem à Terra entre as 10:40 e 11:00 horas, para dar as informações necessárias ao desenvolvimento da sabedoria e do conhecimento que levam à maturidade. Sua maior virtude é tirar as dúvidas espirituais e aplainar os caminhos da verdade.
Para isso, o Anjo torna seus protegidos muito populares, dando-lhes a chance de conhecer um grande número de pessoas, dos mais diferentes estágios de evolução, para que possam dar o próximo passo com a segurança e a sabedoria necessárias.
Estimula e incentiva a escolha de profissões que exijam um contato maior com pessoas e que permitam um aprofundamento no conhecimento da alma humana, como a psicologia, o magistério e outras afins.
O PLANETA REGENTE
Rege essa cor o planeta Vênus, que favorece os relacionamentos em todos os sentidos, o senso artístico e estético e o amadurecimento da sensibilidade espiritual, com o conhecimento mais profundo de si mesmo e de seus semelhantes. Se sua influência for negativa, torna as pessoas preguiçosas, com crises morais e incapazes de se controlar diante das necessidades sensoriais, entre elas o sexo.
Touro simboliza a floração e a estabilidade material, com conseqüente apego a tudo aquilo que for amealhado, sem que haja qualquer desprendimento em favor de seus semelhantes. Balança, um signo outonal, surge como a negação do processo de renovação e de evolução, evitando as exigências da primavera e buscando refúgio numa estação neutra, onde prevalece o gozo material das colheitas passadas.
A Serpente, no Horóscopo Lunar, reforça esse apego à terra e o espírito conservador, preso ao passado. Realça a teimosia e o egoísmo, elementos impeditivos, juntamente com
o culto do passado, de uma liberação do espírito para sua evolução. O Cão, com sua fidelidade e seu senso de justiça e equilíbrio aparece para lembrar que não se pode nem se deve exigir das pessoas, consequentemente das almas, mais do que elas possam dar, como a terra que só produz o que nela foi semeado.
Em seu aspecto negativo, o Cão reafirma a incapacidade de realizar tudo que seja necessário, mesmo que essa não seja a vontade. Em resumo, indica que o momento da maturidade se aproxima, mas ainda não chegou.
GRUPO 6 - AZUL
O número 6, no Círculo Mágico de Haragushi, simboliza o homem apegado à Terra, envolvido pela Natureza como uma opção de vida, já que se compraz no sentido material nela contido. Não tem maiores preocupações espirituais, pois ainda não aprendeu totalmente as lições necessárias para enfrentar um processo de amadurecimento.
Simbolicamente, posiciona o homem no início do segundo terço de sua evolução, quando o domínio das coisas materiais é ainda pré-requisito para tentar abstrações mais amplas, como as questões do espírito.
De certa forma, representa o homem em paz com Deus, através de sua obra máxima, a Criação, sem a inquietação de procurar justificativas ou explicações. É o homem no estado que antecede ao princípio de sua libertação material, a caminho da luz.
A COR
O Azul é a cor imaterial por excelência. Nela o olhar se aprofunda até o infinito, sem encontrar obstáculo algum. Simbolicamente ela representa todo o caminho de evolução espiritual a ser percorrido pelo homem, de seu estágio atual até o encontro com a luz da verdade divina.
Simboliza ela também a aproximação da hora da verdade. Esse simbolismo foi captado pelos egípcios e se encontra registrado nas paredes das suas necrópoles antigas, onde os julgamentos, ou apuração da Verdade, são registrados sobre fundo azul.
Na tradição cristã, o azul, assim como o branco, são as cores ligadas à Virgem Maria. Esta representa a maternidade da perfeição máxima. Unindo-se a simbologia da cor com a do número, temos claramente a noção do homem nascendo, ou renascendo, para a perfeição. Na simbologia do número, como um fruto da natureza, que é uma criação de Deus. Na simbologia da cor, renascendo das Virgem Maria, como o próprio Cristo, a caminho da perfeição absoluta, não sem antes enfrentar provações e tormentos, até o completo processo de aprimoramento espiritual.
AS PROPRIEDADES DA COR
Estimula o contato com a natureza, de onde importantes lições de vida podem ser tiradas. Insinua os princípios sobre a imortalidade da alma e aperfeiçoamento espiritual, necessário à visão de Deus. Permite que os sentimentos mais elevados se sobressaiam e desperta o gosto pelas especulações espirituais.
Excelente para os períodos de estresse ou tensão, pois devolve e mantém a tranqüilidade e a paz de espírito. Estimula a virtude da compreensão para com os defeitos e falhas alheias, dando paciência e saúde para enfrentar a vida e seus desafios. Auxilia a desenvolver uma devoção com sinceridade, pois incute o senso de justiça e o gosto pela busca da verdade. O azul não apresenta contra-indicações, mas sua exposição também não deve ultrapassar os quinze minutos diários.
O ANJO PLANETÁRIO
Governam essa cor e as pessoas sob ela as Virtudes, que cuidam para fazer aflorar nas pessoas o que elas tem de mais belo e santificado, despertando o desejo pelas coisas do espírito. Dão aos homens o poder de discernir e a força espiritual para iniciar a transformação a que todos estão sujeitos, para se aproximar do trono de Deus.
Quando necessário, proporcionam milagres na vida das pessoas ou em na vida de familiares ou conhecidos, como forma de alertá-los para a existência de algo mais poderoso que as forças da Natureza e ao qual a própria Natureza se subordina.
Seu Anjo responsável é HAHAHEL, que se aproxima da Terra entre 13:20 e 13:40 horas, proporcionando principalmente discernimento para separar as boas das más influências, encaminhando as almas na direção do aprimoramento espiritual.
Exagera nas pessoas os processos emocionais, como forma de desencadear o processo de reconhecimento da existência e presença de algo mais transcendental que a Natureza.
Aguça o caráter observador e analítico, chamando a atenção para detalhes que passavam despercebidos, permitindo a visão clara das alternativas que serão oferecidas para uma escolha futura. Como o espírito ainda não atingiu um grau de maturidade suficiente para instruir-se por si mesmo, costuma proporcionar o conhecimento e a sabedoria através do gosto pela leitura e pela conversa com pessoas mais sábias ou mais instruídas.
O PLANETA REGENTE
O planeta regente dessa cor e das pessoas sob sua influência é Júpiter, que traz como principal contribuição a ampliação da visão, o otimismo, o senso de justiça e a ambição para perseguir objetivos mais desafiadores.
Em seu aspecto negativo, o planeta pode tornar as pessoas arrogantes, presas aos vícios e paixões, hipócritas e avessas a toda e qualquer ascensão na escala espiritual de valores, preferindo os prazeres dos sentidos e da matéria a qualquer outra coisa.
Sagitário representa a especulação espiritual, ou as primeiras manifestações de inquietação espiritual das almas, no seu caminho pela purificação. Por ser um signo de fim de outono e início de inverno indica claramente que o momento de brotar e iniciar o processo de crescimento ainda se encontra um pouco distante.
O Rato, no Horóscopo Lunar, vem reforçar esse entusiasmo e essa boa intenção existente, predispondo as pessoas para um aprofundamento em si mesmas, mas ainda esbarrando num caráter superficial e inconstante, por falta de maturidade suficiente para qualquer coisa mais efetiva.
GRUPO 7 - ANIL
O número 7 tem como principal virtude o seu alto conteúdo de misticismo, que dá às pessoas sob sua influência a chance de experimentar e vivenciar processos sensitivos e mediúnicos de todos os tipos e intensidade, embora sem nenhum compromisso aparente com alguma mudança ou exigência de evolução.
Na verdade, esse número, representado pelo triângulo sobreposto ao quadrado, demonstra claramente que as coisas da terra e do céu não se misturam e que não existe nenhum tipo de envolvimento entre elas.
Assim, o homem sob sua influência tem toda a liberdade de adquirir conhecimentos e preencher um vazio que apenas se esforça e se anuncia em suas vidas. Por outro lado, embora as coisas do Céu estejam separadas das coisas da Terra, a distância entre um e outra é muito pequena e pode ser superada facilmente.
A COR
O anil ou índigo é a cor da preparação, proporcionando abertura da mente para conhecimentos que visem um desenvolvimento tanto mental quanto espiritual. Indica a existência de impurezas que precisam ser retiradas num processo natural de aprimoramento que se iniciará no momento certo, quando a alma estiver pronta para isso e não antes.
É a cor da espera, no Círculo Mágico. Cor que determina que nenhuma atividade deve ser forçada e que o tempo é o melhor conselheiro em todos os sentidos.
AS PROPRIEDADES DA COR
Predispõe a mente para alcançar a abertura necessária à compreensão das coisas do Céu e da Terra. Proporciona a paciência necessária para esperar o momento oportuno para qualquer decisão mais profunda. Promove a ordem espiritual, removendo a angústia e a indefinição quanto aos propósitos na vida. Desenvolve o gosto pelo desafio e pela elevação.
Uma das grandes utilidades dessa cor é ensinar as pessoas a lidar com seus próprios medos e traumas, superando-os gradativamente. Favorece a aceitação e a passagem por processos de mudanças em todos os níveis, controla os impulsos mais primitivos, estimula a ambição e acentua o caráter e a dignidade. Recomendado para os adolescentes e jovens inseguros, ajudando-os a se livrarem de suas inibições. Igualmente não apresenta contra-indicações, a não ser quanto ao limite do tempo de exposição, que deve ser rigorosamente observado, não apenas com essa cor, mas em todas elas.
O ANJO PLANETÁRIO
Governam essa cor e as pessoas influenciadas por ela os Principados Angelicais, que atuam sobre as coisas terrenas, preparando-as para receber a sabedoria que proporciona e elevação espiritual.
Sua principal missão é auxiliar na superação de problemas de ordem material, estimulando a inteligência, a criatividade e o relacionamento com as outras pessoas, como forma de proporcionar alguns desafios a serem superados, como avaliação do estágio espiritual atingido.
O Anjo que se posiciona à frente dessa escala hierárquica das hostes celestes é VEHUEL, que vem à Terra entre as 16:00 e as 16:20 horas, principalmente para esclarecer os espíritos muito presos à matéria e dar-lhes algumas noções sobre sabedoria e conhecimento, necessários a qualquer passagem para uma etapa mais evoluída.
Ensina também as pessoas sob sua influência a enxergar um Céu acima da Natureza e do materialismo terrestre, incutindo-lhes as primeiras indagações a respeito de sua existência, quem é, de onde veio e para onde vai, principalmente.
VEHUEL não responde diretamente essas questões, pois ainda não há maturidade espiritual para sua compreensão. Seu objetivo é o de semear o questionamento e despertar a atenção do homem preso à matéria para a existência de um Ser Superior.
Ao começar a criar um senso crítico em seus protegidos, o Anjo os prepara para os desafios e tarefas que virão em seguida, como parte do aprendizado natural que todas as almas precisam enfrentar, na sua escalada rumo à luz.
Dentro de sua experiência, no entanto, o Anjo está preparado para amparar e consolar aqueles que, sem entender todo o processo de amadurecimento que enfrentam, passam por crises de desespero e de questionamento, dando-lhes a calma e o discernimento para refletir e reformular seus conceitos.
O PLANETA REGENTE
Netuno dá às pessoas que rege o idealismo e a imaginação necessárias para quebrarem os laços do que é convencional e se lançarem em aventuras mais pretensiosas e arrojadas, principalmente no campo espiritual. Quando influencia negativamente, mantém seus regidos presos à alienação, ao caos espiritual e à angústia da indefinição.
Peixes simboliza o oculto, o mistério, a vida interior, mas também a eternidade e o infinito. Nesse aspecto, mostra o homem preso à Terra e às coisas materiais, mas já vislumbrando no infinito, acima de sua cabeça, o enigma a ser desvendado.
O Coelho, do Horóscopo Chinês, reafirma esse caráter mediúnico, intuitivo e místico, despertando o interesse religioso e as questões espirituais mais elementares. Em seu aspecto negativo, pode determinar a anulação total da personalidade em função da natureza essencialmente apegada à terra, onde o Coelho, em sua toca, no interior da terra, esconde-se do mundo lá fora e do céu que, acima de sua cabeça, assusta-o com seus mistérios e questões para as quais ele não encontra resposta.
GRUPO 8 - VIOLETA
O número 8 é o número da expansão e do progresso material, simbolizando o homem se assenhorando da matéria que o envolve e que esconde tantos mistérios.
Isso o deslumbra e ao mesmo tempo desafia a tentar encontrar respostas para todas essas questões materiais, enquanto põe todos os seus sentidos a serviço dessas descobertas.
De todo esse conhecimento que ele amealhará sem método algum começarão a surgir as sementes dos questionamentos que o levarão ao entendimento do mundo que o cerca.
Grafado como a sobreposição de dois círculos que se tocam nas extremidades, o número demonstra como o homem pode passar de um para outro círculo sem que consiga diferenciá-los. Para ele, ainda inculto na matéria e no espírito, tudo é parte de um mesmo corpo e as diferenças ainda não lhe são visíveis.
A COR
O Violeta é a cor que, dividida, resultará em partes iguais do vermelho e do azul, cores emblemáticas de grande importância no Círculo Mágico, quando o terreno se separa do espiritual para serem únicos.
Assim é o homem, violeta em sua composição, quando no início de sua caminhada, mescla de terra e céu, sentidos e espírito, paixão e inteligência, amor e sabedoria. Em sua escalada rumo à luz, deixará inicialmente o azul, parte material que o prende à natureza, antes de partir para o conhecimento do Criador. Seguindo em frente, vai se libertar, finalmente, de toda a carne (vermelho), para ser apenas luz, na presença do Criador.
Durante a paixão, Cristo se apresenta vestindo uma túnica violeta, símbolo dos sofrimentos que teria de enfrentar para atingir a reencarnação ou o renascimento para a vida eterna, conquistando o direito de se sentar à direita do trono Pai.
AS PROPRIEDADES DA COR
Prepara o espírito para qualquer processo de assimilação de conhecimentos, recebimento da sabedoria e iniciar a caminhada rumo à purificação. Permite estabelecer regras para manter as paixões sob controle, abrindo a mente para os primeiros vôos rumo à iluminação.
Recomendada para enfrentar e superar períodos de tensão prolongados, acentuar a capacidade de entendimento e apreensão de conhecimentos. Reforça os sentimentos positivos, permitindo superar momentos de tristeza, sentimento de culpa, remorso e apego demasiado ao materialismo. Torna as pessoas mais piedosas. Deve ser evitada por pessoas portadoras de vícios ou envolvidas com alguma espécie de manifestação de fanatismo ou confusão mental.
As aplicações dessas cores, com um objetivo definido ou para harmonizar corpo e espírito, pura e simplesmente, podem ser antecedidas pela exposição à luz branca ou ao preto. Jamais, porém, aplicar a cor branca ou o preto imediatamente após a exposição a uma cor específica.
O ANJO PLANETÁRIO
Nessa segunda escala da evolução espiritual é entregue aos cuidados dos Arcanjos, cuja função é ensinar aos homens as coisas do céu e da terra, abrindo caminho para o conhecimento mais profundo e para os questionamentos que virão fatalmente.
Eram os encarregados de observar Adão e Eva no Paraíso, enquanto esses caminhavam, reconhecendo o mundo que os cercava, da mesma forma como o homem que, nesse estágio da evolução, caminha deslumbrado entre as coisas do céu e da terra, sem diferenciar ou perceber as diferenças entre os dois.
À frente deles vem NEMAMIAH, que se aproxima para receber e responder indagações, dar orientações e começar a explicar as primeiras noções da diferença entre Céu e Terra.
Em seu trabalho mais específico, esse Anjo zela pelas pessoas para que, em sua imaturidade espiritual, não sejam presas fáceis dos vícios ou se submetam totalmente à força de suas paixões, sem regras ou limites.
Muito embora num estágio ainda inicial de evolução, as pessoas sob a cor violeta são simples e puras de coração, sem maldade e malícia, daí a proteção extra proporcionada pelo Anjo.
Além disso, esse Anjo se esforça para desenvolver disciplina, responsabilidade, tenacidade, curiosidade e inteligência nas pessoas sob sua influência, para que desempenhem bem suas tarefas e obrigações materiais, como uma preparação para as tarefas futuras, mais pesadas e exigentes.
O PLANETA REGENTE
O regente dessa cor e das pessoas sob sua influência é Urano, que também rege a História dos povos e do Homem. Seus aspectos positivos, que se refletem nas pessoas sob sua regência, são a disponibilidade para aprender e aceitar pequenos desafios, dentro de seus limites ainda não muito bem estabelecidos, pois tanto podem ser amplos, o que indicaria rapidez na evolução, quando restritos. Seus aspectos negativos são os sentimentos inferiores, o descontrole sobre as paixões e sobre a emoção.
O signo de Aquários dá às pessoas da cor violeta um caráter extrovertido, mas sem qualquer compromisso com o mundo que o cerca. No fundo, querem apenas aproveitar a liberdade que gozam, muitas vezes fugindo da realidade, tamanho é o seu descompromisso com qualquer obrigação ou imposição. Apenas os sentidos e os prazeres interessam nesse momento.
O Tigre, do Horóscopo Lunar, é quem vai estabelecer o equilíbrio, estimulando a preocupação com o próximo e com a coletividade, o que faz com que as pessoas nessa etapa do Círculo Mágico comecem a se posicionar diante de sentimentos mais elevados como a solidariedade e o amor aos semelhantes.
Se influenciar negativamente, no entanto, Tigre apenas reforçará a preferência pelos vícios e à total despreocupação com questionamentos ou conhecimentos de ordem moral e espiritual.
GRUPO 9 - PRETO
O número 9 é representado pela unidade, o homem, ereto diante do mundo, que desconhece e que terá de enfrentar e desvendar. Simboliza o homem no seu grau inicial de aperfeiçoamento, encarando seus desafios de frente, mas ainda indefinido em relação aos caminhos que terá de trilhar. Totalmente imaturo diante da tarefa que tem pela frente, aguarda algum auxílio ou a ajuda de alguém, que o tome pela mão e o coloque no rumo certo.
A COR
Simbolicamente é a ausência de cor ou a negação da luz, mas isso não significa que a luz e a cor não estejam presentes. É o ser humano fechado em si mesmo, incapaz de perceber suas alternativas e caminhos, ocultando suas virtudes e defeitos, permanecendo na negação de si mesmo, enquanto aguarda o momento de ser lançado em busca da luz, que ainda desconhecem e que, num primeiro momento, vai assustá-las.
A cor indica o máximo da segurança, buscado por uma pessoa, tão presa em si mesma, tão reprimida em seus sentimentos, que jamais experimentará nenhuma desilusão, simplesmente por não deixar transparecer seus sentimentos.
Secas e áridas, podem passar despercebidas de todos, mas não podem ser ignoradas como desejam, porque, por detrás de sua tremenda escuridão, há um coração e uma mente que, no fundo, querem sair para a luz, sem correr os riscos. Cedo ou tarde, porém, terão de fazer isso ou se resignar a essa anulação pela vida toda.
AS PROPRIEDADES DA COR
Essa favorece o descanso total, o repouso do espírito e do corpo, para que recuperem as energias e as forças. Proporciona o sono reparador e dá tranqüilidade no sonho para que o espírito empreenda seus vôos, importantes no processo de amadurecimento. A ausência de cor elimina os estímulos e o corpo diminui suas vibrações, entrando num processo de redução de atividades, como uma espécie de morte que se repete diariamente, predispondo o corpo para o renascimento que vem com o novo dia.
Não há necessidade de dormir nu, mas de manter o quarto escuro, ventilado e agradável.
O ANJO PLANETÁRIO
Os encarregados de orientar e influenciar os homens nesse estágio inicial da sua evolução espiritual são os Anjos, que proporcionam a liberdade inicial de reconhecer o terreno em que estão pisando, antes de partirem para explorações mais arriscadas e mais elevadas. Intermediam o contato com a natureza e com as demais pessoas, dando aos espíritos a curiosidade para procurar seus semelhantes e começar a estabelecer as semelhanças e diferenças que existem espiritualmente, conforme o grau de evolução de cada um.
À frente deles está o Anjo DAMABIAH, que se aproxima da terra entre as 21:20 e as
21:40 horas, auxiliando, principalmente, na aquisição de conhecimentos e no desenvolvimento inicial da sabedoria para a compreensão da vida.
É o Anjo das novidades, do início de novos empreendimentos e de novas jornadas, sem se preocupar muito em buscar conclusões ou respostas nesse primeiro momento.
Na realidade, esse Anjo estimula as descobertas em todos os sentidos, predispondo o espírito para começar a especular a respeito de tudo que ocorre ao seu redor, só que tudo é ainda muito vago, ou muito escuro, sem definição de metas, objetivos ou desafios, já que a jornada rumo à luz ainda não se iniciou.
Nesse ponto, prestes a iniciá-la, o espírito ainda se vê perdido na escuridão de sua própria ignorância, mas onde se sente protegido, pois seus erros e atitudes impensadas ou imorais estão acobertadas. Nesse momento, é preciso toda a interferência do Anjo para fazer com que o homem se disponha a deixar as sombras e se expor à luz.
O PLANETA REGENTE
O planeta regente é Saturno, que reforça a cautela das pessoas sob sua regência, ao mesmo tempo que lhes dá disciplina e paciência, necessárias para superar os erros iniciais e se lançar no caminho das descobertas, em busca da luz. Se suas características negativas se evidenciaram, no entanto, tornará essas mesmas pessoas prisioneiras de seus sentimentos mais primitivos, fechadas em si mesma, avessas a qualquer relacionamento ou experiência, preferindo se fechar egoisticamente em si mesmas.
Capricórnio, signo que marca esse início de evolução espiritual do homem, empresta toda o seu autocontrole, sua persistência e sua ambição, ao mesmo tempo em que dá guarida às regras morais mais rígidas, necessárias ao aprimoramento espiritual. Sua tendência negativa ao isolamento, fruto de sua desconfiança e de seu pessimismo, precisam contar com o apoio e o estímulo externo para serem superados. As características positivas e impulsionadores também estão presentes no signo lunar do Boi, que dá perseverança, capacidade de trabalho e reflexão, contribuindo, por outro lado, com os mesmos aspectos mesquinhos que podem prevalecer, caso não haja um empurrão libertador.
O CÍRCULO MÁGICO
O Círculo Mágico, segundo divulgado por Haragushi, representa os passos normais da evolução do homem, passando de cor para cor. Essa passagem tanto poderia ser de uma para outra reencarnação, como poderia prescindir de mais do que uma delas para que a etapa fosse vencida.
Isso ocorre com mais freqüência com os espíritos nas fases iniciais da evolução, isto é, nas suas primeiras reencarnações, quando podem permanecer numa cor por duas ou mais etapas, até atingir a maturidade suficiente para galgar o degrau seguinte.
Isso não impede que surjam espíritos iluminados que vencem duas ou mais etapas numa mesma encarnação. Da mesma forma, essa evolução não fica ao sabor de causas fortuitas, mas é inteiramente colocada nas mãos de cada um. O quanto ele evoluirá numa mesma encarnação é decisão que ele tem que tomar e tomar para si o encargo de realizála.
Ao levantar seu número pessoal e descobrir em que cor você se situa nesta encarnação, dentro do Círculo Mágico, você estará estabelecendo seu ponto de partida, pois a partir da cor definida você tem todo o caminho pela frente para superar.
Ainda que posicionado na cor branca, não a imagine como o fim de uma etapa, segundo o Círculo Mágico, porque logo após ela vem de novo o preto, que a anulação de tudo e o surgimento de um novo desafio, numa etapa superior de iluminação e maturidade espiritual, só que, aí, já num plano superior ao nosso. Quando questionado a respeito desses planos, Haragushi apenas sorria e apontava o indicador para o alto, como se quisesse dizer que esses planos estavam acima ou além do nosso planeta, em outros sistemas ou outras galáxias, no vasto universo.
Segundo ele, de nada adiantava sabermos o que estava por vir no fim do caminho, se ainda não havíamos vencido as barreiras iniciais dessa caminhada.
Para evoluir com maior rapidez na escala espiritual, Haragushi afirmava que havia necessidade de um perfeito equilíbrio entre o corpo (matéria) e a mente (espírito) e que isso podia ser parte de uma espécie de programa de treinamento.
Se estamos aqui e as alternativas são retroceder ou seguir em frente, e se apenas seguindo em frente vamos nos libertar do mundo material para alçar vôos mais altos, então não há motivo para não nos aprimorarmos e buscarmos a iluminação, já que o caminho a seguir é muito longo.
Esse caminho até a definitiva permanência ao lado do trono de Deus passaria por nove caminhos, isto é, cada etapa do caminho corresponderia a nove etapas, representadas pelas cores. Nós, aqui na Terra, quando passarmos pelas nove cores do nosso Círculo Mágico, teremos vencido a primeira etapa do Círculo Mágico divino, o que quer dizer que estaríamos superando a cor negra e iniciando a cor violeta. Esta, por seu turno, nos obrigaria a passar por outras nove cores, até atingirmos a luz, que nos levaria para a etapa seguinte.
Como se vê, não são necessárias, em tese, nove reencarnações perfeitas para se chegar à luz e ao trono de Deus, mas no mínimo oitenta e uma, nove para cada cor.
Como o assunto era sempre complexo e suscitava muitas e muitas indagações, Haragushi costumava pedir que as pessoas se concentrassem em uma coisa de cada vez e isso significava superar a etapa da sua cor atual.
Para acelerar esse processo e permitir que algumas etapas ou cores fossem superadas numa mesma encarnação, Haragushi recomendava uma série de práticas, visando harmonizar o corpo com o espírito, pois apenas do equilíbrio dos dois vinha a revelação e a iluminação.
Essas práticas envolvem a meditação e o uso das cores em diversas outras práticas curativas, já que, segundo ele, as doenças nada mais indicam que um desequilíbrio físico em relação à vibração espiritual. A falta de uma ou outra cor pode provocar um desarranjo que, para ser solucionado, exige a aplicação da cor necessária a sua normalização.
Com isso ele começou a divulgar no ocidente as bases da Cromopatia e da Cromologia, ambas destinadas a harmonizar o espírito e a matéria, dentro do processo de crescimento espiritual.
Além disso, essas práticas visavam maximizar as influências positivas dos planetas regentes, dos signos, do número, da cor e dos Anjos responsáveis pela evolução em cada uma das etapas.
Muitos desses conhecimentos já são hoje utilizados, embora desvinculados de seu contexto, no ocidente, mas com o objetivo muitas vezes único de tratar uma doença ou curar um problema qualquer, sem qualquer preocupação com o momento da pessoa que a pratica, nem seu estágio na escala de evolução espiritual.
Mal com certeza não faz, mas poderia ser melhor utilizado com um pouco mais de conhecimento sobre o assunto. Conhecimento que passa, inicialmente, pelas propriedades das cores e, principalmente, pelas maneiras de se beneficiar de suas influências e efeitos positivos.
USANDO O PODER CURATIVO DOS ANJOS
O ritual recomendado por Haragushi, para aplicação de um sessão extra de cromopatia, utilizando-se da força e da ajuda do Anjo regente de uma determinada cor é muito simples e não oferece maiores dificuldades.
Para fazê-lo, basta verificar a hora em que o Anjo regente da cor a ser usada está mais próximo da terra e, logo no primeiro minuto desse período, acender uma vela colorida sobre um suporte de madeira, forrado com uma toalha ou tecido. Ambas, toalha e vela, terão de ser da mesma cor a ser usada no tratamento, que é também, a cor do Anjo a ser invocado. Tenha um lenço de seda na mesma cor e um copo de água. Comece fazendo uma oração de abertura que, para os ocidentais, pode ser o Pai Nosso.
Em seguida fale coloquialmente com o Anjo, pedindo-lhe a ajuda para superar o problema. Molhar o lenço com a água e aplicá-lo na região afetada.
Se quiser, para facilitar seu relaxamento, deixe uma música de fundo tocando, mas nada muito alto que possa atrapalhar a sua concentração.
Quando terminar a aplicação da cor, o que coincidirá com o tempo de permanência do Anjo na Terra, que é de vinte minutos, você pode apagar a vela, guardar todos os elementos do seu altar improvisado ou simplesmente deixá-los ali para usar no dia seguinte. O importante é manter com tudo isso um respeito muito grande, sinônimo inegável de evolução espiritual e de maturidade para penetrar nos grandes mistérios que estão ao nosso redor, aguardando que abramos nossos olhos para ver.
Para facilitar a visualização e a consulta, apresentamos uma tabela com as cores, os Anjos respectivos e o período de permanência de cada um deles na Terra ou nas suas proximidades, para atender os chamados que lhes forem feitos:
O CÍRCULO MÁGICO DA MEDITAÇÃO
Para conseguir a harmonia total, que facilita o entendimento e auxilia na assimilação dos conhecimentos necessários à evolução do espírito, Haragushi recomendava a meditação através do Círculo Mágico, num processo um pouco mais elaborado que os convencionais, mas facilmente adaptável e de execução simples.
Esse tipo de mediação pode ser realizado por qualquer pessoa em qualquer nível de evolução espiritual, pois seu objetivo é o de habituar a alma à escala a ser percorrida até que atinja a plenitude da luz. Algumas providências são necessárias.
A ROUPA
Recomendava o Mago que a meditação fosse feita com o uso da roupa adequada, que consiste numa túnica branca, com um gorro que tenha uma aba que avance por entre os olhos, até o início do nariz, cobrindo o chacra frontal.
Faixas de tecido colorido devem ser aplicados, conforme o desenho, nas cores de cada um dos chacras e à altura desses. Deduz-se disso que a túnica, confortável sem ser larga demais nem apertada, deve ser feita sob medida e não pode ser usada por terceiros, para não contaminá-la com outras vibrações. Quando for fazer a sua meditação, vestir apenas a túnica e se posicionar numa cadeira ou poltrona de forma confortável e relaxada, com a coluna reta, a barriga levemente contraída, mas sem exagero.
Como se percebe, o branco é a cor predominante, e sobre os chacras estarão as cores respectivas de cada um, mas não se usará na túnica a cor preta.
AS CORES
Você pode improvisar um projetor, usando uma lanterna e um disco com as cores aplicadas com papel celofane e um dispositivo que permita movê-las, indo de uma para outra.
Uma outra forma é usar um projetor automático de slides, pondo nas molduras papel celofane nas cores do Círculo e na mesma ordem de 1 a 9 ali apresentada.
A PREPARAÇÃO
Uma vez posicionado de forma confortável na cadeira ou poltrona, diante da tela onde serão projetadas as cores, mantenha o ambiente na penumbra ou em completa escuridão. Respire fundo pelo nariz, espirando lentamente, até expulsar todo o ar dos pulmões. Repita cinco vezes, com os olhos abertos e fixos diante de si, na tela onde serão projetadas as cores. Procure soltar o corpo durante esse processe de aquecimento, enquanto deixa que a cor preta reduza as vibrações do seu corpo, dando-lhe paz.
A MEDITAÇÃO
Quando se sentir bem à vontade, projete a primeira cor, que será o VIOLETA. Concentre seu olhar na tela e tente fazer com que a luz percorra um caminho inverso, vindo da tela na sua direção, entrando no alto de sua cabeça, pelo chacra coronário. Sinta os seus benefícios e sua vibração percorrendo todas as suas terminações nervosas, penetrando cada vez mais fundo, até um ponto indefinido, emocional, espiritual. Respirando sempre pelo nariz e expirando pela boca, deixe que sua respiração encontre o ritmo dessa cor, até você se sentir totalmente à vontade.
Esse processo todo não deve ultrapassar cinco minutos, mas não se preocupe com esse tempo no inicio, pois seu corpo determinará o ritmo a seguir.
Vai ocorrer de você não desejar ficar muito tempo numa cor e acabar permanecendo mais tempo com outra. Isso é perfeitamente normal, pois após algum tempo de prática, seu corpo e seu espírito lhe ditarão as suas carências e a duração de cada exposição.
Quando se sentir satisfeito com uma cor e isso pode ser entendido por uma sensação de bem estar físico e de elevação espiritual, respire fundo e desligue o seu projetor. Volte ao preto, repita o exercício de respiração por cinco ou seis vezes, depois passe para a cor seguinte, o ANIL. Fixe o olhar na tela, encontre o ritmo de respiração dessa cor e repita todo o processo feito com a cor anterior, imaginando-a penetrando seu corpo pelo chacra correspondente.
Faça isso cor após cor e termine com a cor branca. Quando desligar o projetor, fique no escuro ou na penumbra por algum tempo, respirando da forma indicada, antes de se levantar lenta e calmamente, sem pressa alguma.
Sentir formigamentos nas mãos e pés é perfeitamente normal. O que não é admissível são o enjôo, um mal estar, tontura ou qualquer outra forma de indisposição. Durante o processo de meditação e harmonização, você deve se sentir cada vez melhor, à medida em que passa de uma cor para a outra, nunca o contrário.
Quando terminar, acenda um incenso apropriado ou tome um banho de imersão demorado, com o seu perfume preferido. Acenda velas coloridas e perfumadas próximo da banheira e ouça música calma, com sons naturais. Após o banho, você não precisa se vestir totalmente de branco, mas a camisa ou a blusa, cobrindo o tronco, deve ser dessa cor, para maximizar os efeitos da meditação.
Muita gente, no princípio, não consegue se concentrar apenas na cor, permitindo que pensamentos cruzem sua mente durante a meditação. Isso é normal no início. Com o tempo você conseguirá se fixar apenas na cor diante dos seus olhos, acompanhando-a no seu trajeto da tela em direção ao seu chacra e, dali, espalhando-se por todo o seu corpo e se aprofundando, buscando seu espírito.
Ao percorrer todas as cores do Círculo Mágico, você está imitando o trajeto espiritual rumo à perfeição. Verá, com o tempo, o quanto isso expande sua mente e o predispõe a entender e procurar as coisas do espírito, acima e além das coisas materiais.
É importante, também, que você faça a meditação sempre que se sentir à vontade, sem encará-la como uma obrigação ou um compromisso. Deixe que seu espírito determine o momento.
CONCLUSÃO
As noções de Comologia e do Círculo Mágico das Cores, conforme definida e divulgada por Haragushi, o Mago do Arco Íris, são apenas um aperitivo diante de todo o conhecimento a respeito do assunto, que desde os tempos mais remotos vem sendo estudado por sábios do mundo todo.
O que aqui foi sintetizado e apresentado permitirá que você melhore sua qualidade de vida tanto no aspecto material quanto no aspecto espiritual, este o principal objetivo do Círculo Mágico.
Com os conhecimentos adquiridos você já pode começar a exercitar seu espírito crítico, observando com mais atenção e conhecimento de causa a presença das cores na vida do homem e suas influências.
Sinta os ambientes, conforme as core nele estampadas. Escolha suas roupas, conforme os benefícios que elas podem lhe trazer. Quando precisar acender uma vela, escolha uma da cor de seu número pessoal ou uma escala acima.
Sobretudo, estenda seus conhecimentos para outros campos. Se você se interessa pelas artes divinatórias, analise as cartas do Tarô, por exemplo, conforme as cores que nelas aparecem. Não há limite para as aplicações do Poder das Cores.
LOURIVALDO PEREZ BAÇAN
O MAGO DAS LETRAS
Atividades:
Professor de primeiro, segundo e terceiro graus Bancário aposentado Instrutor de Treinamento Profissional Escritor: poeta, contista e novelista Compositor letrista Tradutor Palestrante: Redação Criativa e O Processo Criativo
Bíblia Satânica
Prefácio
Este livro foi escrito porque, com muitas poucas exceções, cada tratado e papel, todo secreto grimoiro, todas as "grandes palavras" em cada tópico de magia nada mais são do que fraudes santificadas - culpa flutuando a esmo e esotérica linguagem inarticulada pelos crônicos de conhecimento mágico, incapazes ou sem vontade de apresentar uma visão objetiva do subjetivo. Escritor apos escritor, no esforço de apresentar os princípios da "magia branca e negra", tiveram sucesso em obscurescer o conjunto em questão tão prejudicialmente que o estudante de magia da asas a estupidez, empurrando uma prancheta sobre uma tabua de Ouija, ficando em pe dentro de um pentagrama esperando um demônio se apresentar a ele, facilmente lançando I-Ching de modo pomposo como muitos antigos pretensiosos, escondendo cartolina para prever o futuro que perdeu qualquer significado, comparecendo em seminários para achatar o seu ego - enquanto faz o mesmo com a sua carteira - e em geral fazendo papel de tolo para si aos olhos daqueles que realmente conhecem.
O verdadeiro mago sabe que as estantes do oculto abundam de relíquias instáveis para alarmar mentes e corpos estéreis, jornais metafísicos de auto-ilusao e inúteis livros de regras do misticismo oriental. Antigamente, o assunto da mágica e filosofia satânica foram escritos pelos olhos selvagens dos jornalistas do caminho da mão direita.
A velha literatura e o produto paralelo de cérebros ulcerados pelo medo e frustração, escritos completamente desvinculados da assistência de quem realmente governa o mundo e quem, dos tronos infernais, da gargalhadas de alegria. As chamas do Inferno queimarão mais fortes incitadas por estes volumes de desinformação acumulada e falsa profecia. Aqui você encontrara verdade - e fantasia. Cada um e necessário para o outro existir; mas cada um pode ser reconhecido pelo que e. Aqui e conceito satânico de um verdadeiro ponto de vista satânico. Os deuses do caminho da mão direita guerrearam e disputaram uma antiga época da Terra. Cada uma dessas divindades e seus respectivos ministros tentaram encontrar esperança em suas próprias mentiras. A idade da pedra do pensamento religioso pôs um tempo limitado ao grande plano da existência humana. Os deuses da esperança garganteada tiveram a sua saga, e seu milênio quase se tornou uma realidade. Cada um, com seu próprio caminho "divino" para o Paraíso, acusou o outro de heresias e falsa espiritualidade. O Anel de Nibelungen alcançou o curso derradeiro, mas somente porque, quem o procurou, pensou em termos de Bem e Mal - eles mesmos fazendo todo o tempo o Bem. Os deuses do passado se tornaram seus próprios demônios em condição de vida. Enfraquecidos, seus ministros jogam o jogo do demônio para encher seus templos e pagar a hipoteca dos mesmos. Aliás, eles tem estudado ha tanto tempo a "honradez" e só fazem desastres infelizes e incompetentes. Então, eles todos dão as mãos em unidade fraterna e, em seu desespero, vão ate Valhalla para seu ultimo grande concilio ecumênico. "Uma apólice próxima da florescência do crepúsculo dos deuses"."Os corvos da noite tem fluido adiante, invocando Loki, que deixou Valhalla sem brilho com a marca do tridente do Inferno. O crepúsculo chegou. O brilho da nova luz nasceu da noite e Lucifer ascendeu, uma vez mais para proclamar:"Esta e a época de Satan! Satan governa o mundo!" Os deuses da iniqüidade estão mortos. "Este e o amanhecer da mágica e da esperança. A matéria prevalecera e uma grande igreja será construída, consagrando o seu nome. Não muito distante, mostrara que a salvação do homem depende da sua própria contradição. E isto será revelado pela palavra da matéria e a vida será a preparação para todo e qualquer deleite eterno.
As Nove Declarações Satânicas
1. Satan representa indulgência, em vez de abstinência!
2. Satan representa existência vital, em vez de sonhos espirituais!
3. Satan representa sabedoria pura, em vez da auto-ilusao hipócrita!
4. Satan representa bondade para quem a merece, em vez de amor desperdiçado aos ingratos!
5. Satan representa vingança, em vez de virar a outra face!
6. Satan representa responsabilidade para o responsável, em vez de se ligar a vampiros espirituais!
7. Satan representa o homem como um outro animal, algumas vezes melhor, mais freqüentemente pior do que os outros que caminham de quatro, porque em seu "divino desenvolvimento espiritual e intelectual", se tornou o animal mais viciado de todos!
8. Satan representa todos os denominados pecados, pois eles se direcionam a uma gratificação física, mental e emocional!
9. Satan tem sido o melhor amigo que a igreja já teve, pois ele cuidou dos seus negócios todos esses anos!
O LIVRO DE SATÃ I
1) Na árida região de aço e pedra eu ergui a minha voz para que você possa escutar. Eu chamo o Leste e o Oeste. Eu mostro um sinal proclamando o Norte e o Sul. Morte ao fraco, saúde ao forte!
2) Abra os olhos para que possa ver, homem de mente doentia, e escute-me, que confundirei multidões extasiadas!
3) Pois eu enfrentarei o desafio da sabedoria do mundo, para questionar as leis do homem e de Deus!
4) Eu exigirei as razoes da sua regra de ouro e perguntarei a origem e a finalidade dos seus dez mandamentos.
5) Eu não me curvo perante nenhum dos seus ídolos em obediência e, aquele que disser que você precisa se curvar a mim, e o meu inimigo mortal!
6) Eu mergulhei o meu dedo indicador no sangue úmido do seu impotente e louco redentor e escrevi na borda da sua coroa de espinhos: O verdadeiro príncipe do mal - o rei dos escravos!
7) Nenhuma antiga falsidade se tornara verdade para mim; nenhum dogma sufocante emperrara minha pena!
8) Eu me livrei de todas as convenções que bloqueavam o meu sucesso e felicidade na Terra.
9) Eu me ressuscitei em rigorosa invasão no padrão do poderoso!
10) Eu olhei abismado o olho vítreo do seu apavorante Jeová e arranquei-o pela barba; eu elevei o machado das cinzas e abri um caminho na sua caveira comida de vermes!
11) Eu destruí os horríveis tópicos da filosofia dos brancos sepulcros e ri com raiva desdenhosa!
O LIVRO DE SATÃ II
1) Observe o crucifixo; o que ele simboliza? Pálida incompetência suspensa em uma arvore.
2) Eu questiono todas as coisas. Igualmente, eu permaneço por trás da face inflamada e capciosa dos seus dogmas morais arrogantes, eu escrevo sobre isso cartas de intenso desprezo: Visto e revisto, tudo e fraude!
3) Junte-se ao meu redor, oh desafiador da morte, e a terra por si mesma será tua, para tê-la e possui-la!
4) Ha muito tempo à mão mortal tem permitido a esterilização do pensamento vital!
5) Ha muito tempo certo e errado, bem e mal, tem sido invertidos por falsos profetas!
6) Nenhum credo deve ser aceito sobre a autoridade de uma "divina" natureza. Religiões devem ser colocadas em debate. Nenhum dogma moral pode ser tomado como absoluto - nenhum critério de divina medição. Não ha nada de inerentemente sagrado sobre as regras morais. Como os ídolos antinaturais de ha muito tempo, eles são o trabalho das mãos humanas e, aquilo que o homem pode criar, o homem pode destruir!
7) Ele e tão lento em acreditar em qualquer coisa e tudo e de grande compreensão, acreditar em um falso principio e o inicio de toda a ignorância.
8) A obrigação principal de toda nova era e ascender o novo homem para determinar seus direitos, para leva-lo ao sucesso material - para despedaçar os cadeados enferrujados e as correntes dos hábitos mortais que sempre impediram a sua expansão salutar. Teorias e idéias que podem ter significado vida, esperança e liberdade para nossos ancestrais podem agora significar destruição, escravidão e desonra para nos!
9) Assim como os ambientes mudam, nenhum ideal humano permanece seguro!
10) Quando, então, uma mentira construiu dentro de si um trono, deixe-a ser criticada sem pena e sem remorso, embaixo da dominação de uma falsidade inconveniente ninguém pode prosperar.
11) Deixe sofismas estabilizados serem destronados, extirpados, queimados e destruídos, pois eles são a ameaça estável para a verdadeira nobreza do pensamento e ação!
12) Tudo o que e alegado "verdade" e provado por resultados ser apenas uma ficção vazia, deixe-a ser lançada sem cerimônia para dentro da escuridão exterior, no meio dos deuses mortais, dos impérios mortais, das filosofias mortais, e outros inaproveitáveis acúmulos desordenados na vida!
13) A mais perigosa de todas as mentiras entronadas e a santa, santificada, privilegiada mentira - a mentira que todo mundo acredita ser o modelo da verdade. E a mãe geradora de todos os outros erros comuns e julgamentos fraudulentos. E a cabeça de hidra refugiando-se na irracionalidade com mil raízes. E o câncer social!
14) A mentira que e conhecida como sendo mentira e uma mentira erradicada pela metade, mas a mentira que todas as pessoas equilibradas e inteligentes aceitam como fato - a mentira que tem sido inculcada na criança desde pequena no joelho da mãe - e mais perigosa de combater do que contra a pestilência sorrateira!
15) Mentiras populares tem sido sempre os mais poderosos inimigos da liberdade pessoal. Ha somente um caminho de negociar com elas: Corta-las fora, do seu âmago, como cânceres. Extermina-las de suas raízes e ramos. Aniquila-las, ou elas nos aniquilarão!
O LIVRO DE SATÃ III
1) "Amar ao próximo" tem sido dito como a lei suprema, mas qual poder fez isso assim? Sobre que autoridade racional o evangelho do amor se abriga? Por que eu não deveria odiar os meus inimigos - se o meu amor por eles não tem lugar em sua misericórdia?
2) E natural aos inimigos fazer o bem a todos? E o que e o bem?
3) Pode a vitima dilacerada e coberta de sangue amar o sangue esguichado pelos tubarões que a dilaceraram membro por membro?
4) não somos todos nos animais predatórios por instinto? Se os homens pararem de depredar os outros, eles poderão continuar a existir?
5) não e a luxuria e o desejo carnal a mais verdadeira definição para descrever o "amor" quando aplicada à continuidade da raça? Não e o "amor" das bajuladas escrituras simplesmente um eufemismo para a atividade sexual ou era o grande mestre um exaltador de eunucos?
6) Ame os seus inimigos e faca o bem aos que o odeiam e o usam - não e a desprezível filosofia da pessoa servil que vira as costas quando chutado?
7) Odeie seus inimigos na totalidade do seu coração e, se um homem lhe da uma bofetada, de-lhe outra!; atinja-o dilacerando e desmembrando-o, pois auto-preservação e a lei suprema!
8) Quem mostra a outra face e um cão covarde!
9) Devolva golpe por golpe, desprezo por desprezo, ruína por ruína - com o interesse totalmente voltado para isto! Olho por olho, dente por dente, sempre dobrar de quatro, dobrar de cem! Faca a si mesmo o terror do seu adversário e, quando ele caminhar em sua direção, ele quererá possuir mais sabedoria para ponderar. Deste modo, você se fará respeitado em todos os percursos da vida e o seu espírito - seu imortal espírito - poderá viver, não em um paraíso inatingível, mas nos cérebros e nervos de quem você ganhou respeito.
O LIVRO DE SATÃ IV
1) Vida e a grande indulgência - morte, a grande abstinência. Portanto, faca o melhor da vida - aqui e agora!
2) não ha nenhum céu de gloria radiante, e nenhum inferno onde os pecadores queimam. Aqui e agora e nosso dia de tormento! Aqui e agora e nosso dia de jubilo! Aqui e agora e nossa oportunidade! Escolha você este dia, esta hora, sem nenhum redentor vivo!
3) Diga dentro do seu próprio coração, "Eu sou o meu próprio redentor".
4) Impeça o caminho daqueles que oprimem você. Deixe os que planejam contra ti serem lançados atrás em confusão e infâmia. Deixe-os serem resíduos antes do ciclone e, depois, eles sucumbirem na exultação de sua própria salvação.
5) então todos os meus ossos dirão desdenhosamente, "Quem e como eu? Não tenho sido forte contra meus adversários? Não tenho libertado a mim mesmo pelo meu próprio cérebro e corpo?"
O LIVRO DE SATÃ V
1) Abençoados são os fortes, pois eles possuirão a terra - Amaldiçoados são os fracos, pois eles herdarão o jugo!
2) abençoados são os poderosos, pois eles serão reverenciados no meio dos homens - amaldiçoados são os débeis, pois eles serão destruídos!
3) abençoados são os corajosos, pois eles serão os mestres do mundo - amaldiçoados são os submissos na honradez, pois eles serão pisados sobre a representação de Satan!
4) abençoados são os vitoriosos, pois a vitória e a base do direito - amaldiçoados são os conquistados, pois eles serão vassalos para sempre!
5) abençoados são os que usam mão de ferro, pois os ineptos desaparecerão antes deles - amaldiçoados são os pobres de espírito, pois eles serão cuspidos!
6) abençoados são os auto-desafiadores, pois seus dias serão longos na terra - amaldiçoados são os buscam uma vida rica apos o tumulo, pois eles perecerão entre a abundancia!
7) abençoados são os destruidores da falsa esperança, pois eles são os verdadeiros Messias - amaldiçoados são os adoradores de Deus, pois eles serão divididos pelo carneiro!
8) abençoados são os valorosos, pois eles obterão grande tesouro - amaldiçoados são os crentes no bem e no mal, pois eles serão aterrorizados pelas sombras!
9) abençoados são aqueles que pensam no que e melhor para si, pois suas mentes nunca serão aterrorizadas - amaldiçoados são as "ovelhas de Deus", pois eles serão sangrados mais claro que a neve!
10) Abençoado e o homem que tem poucos inimigos, pois eles farão dele um herói - Amaldiçoado e o que faz o bem aos outros que o escarnecem em retorno, pois ele será desprezado!
11) abençoados são os de mente poderosa, pois eles cavalgarão o furacão - amaldiçoados são aqueles que ensinam mentiras por verdades e verdades por mentiras, pois eles são uma abominação!
12) Muito amaldiçoados são os fracos cuja insegurança os tornam vis, pois eles servirão e sofrerão!
13) O anjo do auto-ilusao esta acampado nas almas do honrado - A chama eterna do poder preenche de alegria interior a carne do Satanista!
O LIVRO DE LÚCIFER (AR)
A ILUMINAÇÃO
O Deus romano, Lucifer, foi o condutor de luz, o espírito do ar, a personificação da iluminação espiritual. Na mitologia crista ele se tornou sinônimo de demônio, que era somente o que se esperava de uma religião cuja real existência e perpetuada por definições vagas e valores fraudulentos! É o momento de definir um critério correto. Falsos moralismos e ocultismos imprecisos precisam ser corrigidos. Diversão e o quanto eles precisam se ocupar, muitas historias e brincadeiras sobre a devoção ao demônio precisam ser reconhecidas como os absurdos obsoletos que eles são. Foi dito "a verdade tornara o homem livre". A verdade sozinha nunca torna ninguém livre. E somente a duvida que trará emancipação mental. Sem o maravilhoso elemento da duvida, o vão por onde a verdade se move seria firmemente fechado, impenetrável pelo mais ativo seguidor de mil Lucifers. Como compreender que a Sagrada Escritura poderia se referir ao Monarca Infernal como o "Pai das Mentiras" - um magnífico exemplo de inversão de caráter. Se alguém acredita na acusação teológica que o demônio representa a falsidade, então seguramente precisa concordar que foi O HOMEM, NAO DEUS, QUE ESTABELECEU TODAS AS RELIGIOES ESPIRITUAIS E QUEM ESCREVEU TODAS AS BIBLIAS SAGRADAS! Quando uma duvida e seguida de outra, a fraude, acrescida abundantemente de longas e acumuladas falácias, ameaça se romper. Para aqueles que já duvidam de supostas verdades, este livro e revelador. Então Lucifer terá renascido. Agora e o momento da duvida! A fraude ou a falsidade esta se rompendo e seu som e o urro do mundo!
- PROCURADO! -
DEUS
VIVO OU MORTO
E uma falsa concepção popular que o satanista não acredita em Deus. O conceito de "Deus", como interpretado pelo homem, tem sido tão vasto em todas as épocas, que o satanista simplesmente aceita a definição que melhor se adapta a ele. O homem sempre criou os seus deuses, melhor que seus deuses o criaram. Deus e, para alguns, benigno - para outros, aterrorizador. Para o satanista, "Deus" - por qualquer nome que seja chamado, ou simplesmente por nenhum - e visto como um fator de equilíbrio na natureza, e não como sendo afeto ao sofrimento. Esta forca poderosa que permeia e equilibra o universo e tão distantemente impessoal para se interessar pela felicidade ou miséria das criaturas de sangue e carne nesta sórdida esfera em que vivemos.
Qualquer que pense em Satan como um demônio deveria considerar todos os homens, mulheres, crianças e animais que morreram porque foi a "vontade de Deus". Certamente uma pessoa se afligindo com a ultima perda de um ente querido preferiria muito mais o seu ente querido com ele do que nas mãos de Deus! Ao contrario, eles são falsamente consolados pelo clérigo que diz "Foi a vontade de Deus, meu caro!"; ou "Ele esta nas mãos de Deus agora, meu filho." Deste modo, frases tem sido um modo conveniente para os religiosos desculparem ou perdoarem a falta de misericórdia de Deus. Mas se Deus possui completo controle como ele supõe ter, por que ele permite estas coisas acontecerem? Ha muito tempo os religiosos recaem nas suas bíblias e livros de regra para aprovar ou desaprovar, justificar, condenar, ou interpretar.
O satanista concebe que o homem, e a ação e reação do universo, e responsável por tudo, e não desencaminha a si mesmo pela opinião que alguém expresse. Daqui a pouco, nós nos sentaremos de novo e aceitaremos o "destino" sem fazer nada para muda-lo, exatamente porque assim se diz indeterminado na Capela, inexprimível no Salmo - e assim e que e! O satanista sabe que rezar não faz absolutamente nenhum bem - de fato, na verdade diminui a chance de sucesso, pois os religiosos devotos muitas vezes sentam-se de volta complacentemente e oram por uma situação que, se eles fizessem alguma coisa pelo seu próprio modo, teriam sucesso muito mais rápido!
O satanista evita termos como esperança e oração, pois eles são indicativos de apreensão. Se nos esperamos e rezamos para alguma coisa vir, não agiremos de forma positiva para faze-la acontecer. O satanista, compreendendo que tudo que ele obtém e de sua própria ação, toma comando da situação em vez de rezar a Deus para que a coisa aconteça. Pensamento positivo e ação positiva torna consistente o resultado.
Do mesmo modo que o satanista não reza a Deus por assistência, ele também não reza pelo perdão de seus erros. Em outras religiões, quando alguém comete um erro ele também ora a Deus pelo perdão, ou confessa a um intermediário e pergunta a ele como rezar a Deus pelo perdão dos seus pecados. O satanista sabe que rezando não faz nenhum bem, confessando a um outro ser humano, como ele mesmo, realiza igualmente menos - e é, alem disso, degradante.
Quando o satanista comete um erro, ele entende que e natural efetuar um engano - e se esta verdadeiramente arrependido do que causou, aprendera com isto e tomara cuidado para não fazer a mesma coisa de novo. Se não esta honestamente arrependido sobre o que fez, e sabe que fará a mesma coisa repetidamente, não terá nenhum trabalho confessando e pedindo perdão em primeiro lugar. Mas isto e exatamente o que acontece. Pessoas confessam os seus pecados para que possam iluminar as suas consciências - e estarem livres para sair e pecar de novo, geralmente o mesmo pecado.
Ha igualmente muitas interpretações de Deus, no senso comum do vocábulo, assim como ha vários tipos de pessoa. As imagens variam desde a crença em um Deus que e uma qualidade vaga da "mente cósmica universal" ate uma divindade antropomórfica com uma longa barba branca e sandálias que guarda o rasto de cada ação de cada individuo.
Do mesmo modo, dentro dos limites de uma dada religião as interpretações de Deus diferem grandemente. Algumas religiões atualmente vão tão longe atualmente que rotulam qualquer um que pertence a uma outra seita, do que a sua própria, um herege, ainda que a totalidade das doutrinas e impressões de reverencia a Deus sejam praticamente a mesma. Por exemplo: Os católicos acreditam que os protestantes estão condenados ao Inferno simplesmente porque eles não pertencem a igreja católica. Do mesmo modo, muitas seitas religiosas da fé crista, tais como as igrejas evangélicas e de renovação, acreditam que os católicos são cristãos que veneram imagens esculpidas. (Cristo e representado na imagem que e a mais fisiologicamente similar para o individuo que o venera, e mesmo os cristãos criticam os católicos pela adoração de imagens esculpidas.) E os judeus sempre foram conhecidos pelo seu nome diabólico.
Igualmente, sempre em toda parte Deus em todas as religiões e basicamente o mesmo, cada um considera o caminho escolhido pelos outros como repreensível e, acima de tudo, religiosos na verdade rezam pelo outro! Eles desprezam os seus irmãos do caminho da mão direita porque suas religiões trazem diferentes classificações e, de algum modo, a animosidade precisa ser liberada. Que melhor caminho do que pela oração? Que maneira educada mais simplória do que dizer: "Eu odeio suas entranhas", e o sutil e dissimulado artifício conhecido como rezar pelo seu inimigo! Rezar pelo seu próprio inimigo e nada mais do que a barganha básica da ira, e de uma qualidade indubitavelmente desonesta e inferior!
Se tem havido enormes discrepâncias quanto ao próprio caminho no qual venerar Deus, quantas diferentes interpretações dele pode haver - e quem esta certo?
Todos os religiosos da luz branca estão preocupados em agradar a Deus para que possam ter os "Portões de Perola" aberto a eles quando morrerem. Contudo, se o homem não viveu a sua vida de acordo com as regras da sua fé, ele pode no seu ultimo momento chamar um padre para o seu leito de morte para a absolvição final. O sacerdote ou ministro então vira correndo, imediatamente, para "endireitar tudo" com Deus e mostrar que o seu passaporte ao reino dos céus está em ordem. (Os yezidis, uma seita de adoradores do demônio, tem um ponto de vista diferente. Eles acreditam que Deus e todo poderoso, mas também toda indulgência e, conseqüentemente, acham que e o demônio que devem agradar, porque e quem controla suas vidas aqui na terra. Eles acreditam tão piamente que Deus esquecera todos os seus pecados, uma vez que tenham feito os seus últimos ritos, que não sentem nenhuma necessidade de se inquietar com a idéia de que Deus possa agarra-los enquanto vivem.)
Com todas as contradições das escrituras cristas, muitas pessoas não podem atualmente aceitar racionalmente o cristianismo como o caminho que tem sido praticado no passado. Grande numero de pessoas tem começado a duvidar da existência de Deus, no estabelecido senso cristão do vocábulo. Portanto, eles tem se intitulado "Ateístas cristãos". Verdade, a Bíblia Crista e um amontoado de contradições; mas o que poderia ser mais contraditório do que "Ateísta cristão"?
Se os proeminentes lideres da fé crista estão rejeitando a antiga interpretação de Deus, como então podem seus seguidores esperarem aderir a uma previa tradição religiosa?
Com todos os debates sobre se Deus esta ou não morto, se ele não esta ele tem se medicado melhor!
O DEUS QUE VOCÊ SALVOU
PODE SER VOCÊ MESMO
Todas as religiões de natureza espiritual são invenções do homem. Ele tem criado um sistema inteiro de deuses com nada mais do que seu cérebro carnal. Justamente porque ele tem um ego e não pode aceitá-lo, ele tem precisado externa-lo dentro de algum grande estratagema espiritual que ele chama "Deus".
Deus pode fazer todas as coisas que o homem e proibido de fazer - tal como matar pessoas, realizar milagres para satisfazer a sua vontade, controle sem nenhuma evidente responsabilidade etc. Se o homem necessita, deste modo, Deus e reconhece este Deus, então ele esta venerando uma entidade que um ser humano inventou. Por esta razão, ELE ESTA ADORANDO POR PROCURACAO O HOMEM QUE INVENTOU DEUS. Não e mais sábio venerar um Deus que ele, por si mesmo, tem criado, de acordo com suas próprias necessidades emocionais - um que melhor representa a sua verdadeira existência carnal e física aquele que tem a idéia poderosa de inventar um deus em primeiro lugar?
Se o homem insiste em exteriorizar o seu ser verdadeiro na forma de "Deus", então por que temer a sua própria personalidade, em recear "Deus", - por que louvar o seu verdadeiro eu em louvar "Deus", - por que permanecer exteriorizado de "Deus" NA CONDICAO DE SE ENGAJAR NUM RITUAL E NUMA CERIMONIA RELIGIOSA EM SEU NOME?
O homem necessita ritual e dogma, mas nenhuma lei declara que um deus exterior e necessário na condição de se engajar num ritual e numa cerimônia executada em nome de Deus! Poderia ser que quando ele fecha a abertura entre ele e seu "Deus" ele vê o demônio da soberba rastejando adiante - que a verdadeira personificação de Lucifer surgindo em seu centro? Ele não mais pode ver a si mesmo em duas partes, a carnal e a espiritual, mas vê ambas fundidas numa só, e então para seu profundo horror, descobre que eles são somente o carnal - E SEMPRE FORAM! Então ele odeia mortalmente ambos em si, dia apos dia - ou exulta-se por ele ser o que ele e!
Se ele odeia a si mesmo, procura fora novos e mais complexos caminhos espirituais de "iluminação" na esperança de que ele poderá dividir a si mesmo de novo em sua pesquisa por mais fortes e exteriorizados "deuses" para punir a sua pobre e miserável carapaça. Se ele aceita a si mesmo, e reconhece que o ritual e a cerimônia são os mais importantes ardis que suas religiões criadas tem utilizado para manter sua fé numa mentira, então e a mesma forma de ritual que poderá manter sua fé na verdade - a primitiva representação poderá lhe fornecer a qualidade de seu próprio majestoso ser, acrescentada substancia.
Quando todas as religiões crentes em mentiras minguarem, e porque o homem se tornou mais próximo de si mesmo e mais distante de "Deus", mais próximo do "demônio". Se isto e o que o demônio representa, e o homem vive a sua vida em admiração ao demônio, com as forcas de Satan movendo sua carne, então ele também escapa do choro agudo e cacarejante do honrado, e resiste orgulhosamente em seus lugares secretos da terra e manipula o louco caminho das massas através do seu próprio poder satânico, ate o dia quando ele poderá vir adiante com esplendor proclamando "EU SOU UM SATANISTA! CURVE-SE, POIS EU SOU A MAIS ALTA PERSONIFICAÇÃO DA VIDA HUMANA! ALGUMA EVIDENCIA DE UMA NOVA ERA SATANICA
Os sete pecados mortais da Igreja Crista são: ganância, orgulho, inveja, raiva, gula, luxuria e preguiça. Satanismo advoga indulgência para cada um destes "pecados" pois eles podem revelar o caminho para uma gratificação física, mental e emocional.
O satanista sabe que não ha nada de errado em ser ganancioso, pois isto somente significa que ele espera mais do que já tem. Ganância significa olhar em prol das posses dos outros, e desejar obter coisas similares para si mesmo. Inveja e ganância são as forcas motivacionais da ambição - e sem ambição, muito pouco de importante poderia ser obtido.
Gula e simplesmente comer mais do que você necessita para se manter vivo. Quando você comeu demais ate o ponto de obesidade, outro pecado - orgulho - o motivara a recuperar uma aparência que renovara o seu auto-respeito.
Qualquer um que compra uma peca de roupa com outro propósito do que cobrir seu corpo e protege-lo dos elementos e culpado de orgulho. Satanistas freqüentemente encontram zombadores que afirmam que a etiqueta não e necessária. Isto precisa ser mostrado por estes destruidores de etiquetas que uma ou mais pecas que eles mesmos estão usando não são necessários para mantê-los quentes. Não ha uma pessoa na terra que e completamente destituída de ornamentação. O satanista revela que qualquer ornamentação do corpo do escarnecedor mostra que ele, também, e culpado de orgulho. Indiferente de quão prolixo o cínico pode ser em sua descrição intelectual de como e livre, ele ainda esta usando os rudimentos do orgulho.
Ser relutante em levantar pela manha e ser culpado de preguiça e, se você permanece bastante tempo na cama pode se encontrar cometendo outro pecado - luxuria. Ter a menor excitação de desejo sexual e ser culpado de luxuria. Na condição de assegurar a propagação da humanidade, a natureza fez a luxuria o segundo instinto mais poderoso, o primeiro sendo a auto-preservacao. Compreendendo isso, a Igreja Crista fez da fornicação o "Pecado Original". Deste modo, eles se asseguraram que ninguém escaparia deste pecado. Seu verdadeiro estado de ser e assim um resultado do pecado - do Pecado Original!
O mais forte instinto em cada ser vivente e a auto-preservacao, que nos traz ao ultimo dos sete pecados mortais - ódio. Não e o nosso instinto de auto-preservacao que e despertado quando alguém nos agride, quando nos tornamos furiosos o suficiente para nos proteger de outros ataques? Um satanista pratica este principio, "Se um homem lhe atinge numa face, golpeie-o na outra!" Não poupe o agressor. Seja um leão no caminho - seja perigoso sempre na derrota!
Desde que os instintos naturais do homem o levam ao pecado, todos os homens são pecadores; e todos os pecadores vão para o inferno. Se alguém vai para o inferno, então você encontrara todos os seus amigos lá. O céu deve ser povoado mais propriamente por algumas estranhas criaturas se todos eles viveram para ir a um lugar onde eles podem tocar harpas pela eternidade.
"Os tempos mudaram. Os lideres religiosos não pregam mais que todas as nossas ações naturais são repletas de pecado. Não pensamos mais que sexo e sujo - ou que ter orgulho por si mesmo e vergonhoso - ou que esperar alguma coisa importante a mais e vicioso." Claro que não, os tempos mudaram! "Se você procura uma prova disso, olhe o quão liberal as igrejas se tornaram. Porque eles estão praticando todas as coisas que você prega."
Satanistas escutam estas e outras declarações similares, o tempo todo; e eles concordam incondicionalmente. Mas, se o mundo mudou muito, por que continuar a se agarrar as fileiras de uma fé morta? Se muitas religiões estão negando suas próprias escrituras, porque estão fora de moda, e estão pregando as filosofias do Satanismo, porque não chamá-las pelo seu correto nome - Satanismo? Certamente isto se tornaria bem menos hipócrita.
Nos últimos anos, tem havido uma tentativa de humanizar o conceito espiritual do cristianismo. Isto tem se manifestado nos mais claros conceitos não espirituais. Massas que tem recitado em latim agora estão recitando na própria língua - o que só faz o absurdo mais fácil de compreender e, ao mesmo tempo, despoja a cerimônia da sua natureza esotérica, que e consistente com as opiniões do dogma. E muito mais simples, para obter uma reação emocional, usar palavras e frases que ninguém pode entender, do que com declarações que a mente mais simples poderá questionar quando escuta-los numa linguagem inteligível.
Se padres e ministros fossem usar as técnicas para encher suas igrejas cem anos atrás, que usam nos dias de hoje, eles poderiam ser caricaturados de heresia, chamados de demônios, freqüentemente perseguidos, mas certamente excomungados sem hesitação.
Os religiosos lamentam, "Nos devemos acompanhar os tempos", esquecendo que, duelando com os fatores limitados e as mais profundamente mortais leis das religiões da luz branca, nunca pode haver suficiente mudança para encontrar as necessidades do homem.
Religiões do passado tem sempre representado a natureza espiritual do homem, com pouca ou nenhuma preocupação com suas necessidades carnais ou mundanas. Eles tem considerado a sua vida apenas transitória, e a carne nada mais que uma concha; prazer físico trivial, e a dor uma conveniente preparação para o "Reino de Deus". Quão bem a completa hipocrisia vem adiante quando o "honrado" faz uma mudança em sua religião para acompanhar a natural mudança do homem! O único caminho que o cristianismo pode eterna e completamente servir as necessidades do homem e converter-se ao satanismo agora.
Tornou-se necessária uma nova religião, baseada nos instintos naturais do homem, para vir adiante. Eles lhe deram um nome. E chamado satanismo. E este poder condenado que tem causado controvérsias religiosas sobre o controle da natalidade - uma descontente admissão que a atividade sexual, por divertimento, esta aqui para permanecer.
E o demônio que induz as mulheres a mostrarem as suas pernas para excitar os homens - os mesmos tipos de pernas, agora socialmente aceitáveis de serem admiradas, que são mostradas pelas jovens religiosas, quando elas caminham de lá para cá com suas roupas curtas. Que passo encantador na direção direita (ou esquerda)! E possível que nos logo vejamos o "topless" de religiosas sensualmente rebolando seus corpos na "Missa Solemnis Rock"? Satan sorri e diz que adoraria essa finura - muitas religiosas são mocas muito lindas com pernas bonitas.
Muitas igrejas com algumas das maiores congregações tem os maiores aplausos, musica sensual - também satanicamente inspirado. Afinal, o demônio sempre tem tido as melhores musicas.
Os picnics da igreja, apesar de toda a conversa de Aunt Martha sobre a colheita generosa do Senhor, nada mais são do que uma boa desculpa para a glutonaria de domingo; e cada um sabe que muito mais que a leitura da Bíblia anda pelos arbustos.
O angariador de fundos auxiliar a muitos bazares de igrejas e comumente conhecido como um carnaval, que e usado para a celebração da carne; agora o carnaval esta ok, porque o dinheiro vai para a igreja e, deste modo, pode ser pregado contra as tentações do demônio! Será dito que essas coisas são apenas artifícios e cerimônias pagas - que os cristãos pegaram emprestado deles. Verdade, mas os Pagãos revelaram as delicias da carne, e foram condenados pelas mesmas pessoas que celebram seus rituais, mas o chamam por nomes diferentes.
Padres e ministros estão na linha de frente das demonstrações de paz e mentindo nas estradas de ferro, na frente de trens carregando material de guerra, com tanta dedicação quanto os seus irmãos do clero, dos mesmos seminários, que estão abençoando as balas e bombas e combatentes nas capelas das forcas armadas. Alguém deve estar errado, em algum lugar. Seria Satan o único qualificado para agir como acusador? Certamente eles o chamam assim!
Quando um filhote de cão alcança maturidade se torna cachorro; quando o gelo derrete e chamado água; quando doze meses foram usados, nos temos um novo calendário com o apropriado nome cronológico; quando "mágica" se torna fato cientifico nos referimos a ele como medicina, astronomia etc. Quando um nome não mais e apropriado para determinada coisa e lógico apenas muda-lo para um novo que melhor se adapte ao assunto. Por que, então, nos não seguimos o mesmo processo na área da religião? Por que chamar a religião do mesmo nome, quando os dogmas desta religião não mais se adaptam ao original? Ou, se a religião prega as mesmas coisas de sempre, mas seus seguidores não praticam quase nada dos seus ensinamentos, por que continuar a chamá-los pelo nome dado aos seguidores desta religião?
Se você não acredita no que a religião ensina, por que continua a suportar uma crença que é contraditória com seus sentimentos? Você nunca deveria votar numa pessoa ou numa idéia em que não acredita, então por que perde o seu voto eclesiástico com uma religião que não e consistente com as suas convicções? Você não tem direito de se queixar sobre uma situação política para a qual tenha votado ou defendido em qualquer momento - que inclui voltar atrás e complacentemente com os vizinhos que aprovam essa situação, se porque eles são muito preguiçosos ou covardes para falar a sua mente. Assim e o escrutínio religioso. Igualmente, se você não pode ser agressivamente honesto em suas opiniões por causa das conseqüências desfavoráveis de empregados, lideres comunitários etc., você pode, pelo menos, ser honesto consigo mesmo. Na privacidade do seu próprio lar e com amigos íntimos você deve fortalecer a religião que possui os seus maiores interesses no coração.
"Satanismo e baseado numa filosofia muito sadia", diz o emancipado. "Mas por que chamá-lo Satanismo? Por que não chamá-lo de algo tipo humanismo ou um nome que poderia ter a conotação de um grupo de feitiçaria, algo um pouco mais esotérico - algo menos barulhento? " Ha mais de uma razão para isto. Humanismo não e religião. E simplesmente um modo de vida com nenhuma cerimônia ou dogma. Satanismo tem ambos, dogma e cerimônia. Dogma, como foi explicado, e necessário.
Satanismo difere grandemente de todas as outras denominadas luz branca, feitiçaria branca ou grupos mágicos atualmente no mundo. Estas religiões moralistas e arrogantes protestam que seus membros usam os poderes da magia apenas para propósitos altruísticos. Satanistas olham com desdém os grupos de feitiçaria "branca" porque eles sentem que altruísmo esta doente num plano mercantil. Não e antinatural ter o desejo de obter coisas para si mesmo. Satanismo representa uma forma de egoísmo controlado. Isto não significa que você nunca faca nada para ninguém mais. Se você faz alguma coisa para alguém que você quer tornar feliz, a felicidade dele lhe dará uma sensação de gratificação.
Satanismo defende uma pratica modificada da Regra de Ouro. Nossa interpretação para esta regra e: "Faca aos outros o que eles fazem a você"; porque se você "Faz aos outros como eles deveriam fazer a você" e eles, em retorno, tratam você mal, vai contra a natureza humana trata-los com consideração. Você deveria fazer aos outros o mesmo que eles fariam a você, mas se sua cortesia não e retornada, eles deveriam ser tratados com a vingança que merecem.
Os grupos de feitiçaria branca dizem que se você amaldiçoa uma pessoa, isto retornara a você em triplo, vira ao lar para pernoitar ou, em algum momento, o bumerangue retornara a quem o enviou. Esta e outra indicação da filosofia baseada na culpa, que e defendida por estes neo-pagãos, grupos pseudo-cristãos. Feiticeiros brancos querem pesquisar feitiçaria, mas não podem divorciar, a si mesmos, dos estigmas arraigados. Assim, eles se chamam magos brancos, e setenta por cento de sua filosofia baseia-se nos vulgares e triviais dogmas do cristianismo. Qualquer um que pretenda se interessar em mágica e ocultismo por razoes outras do que ganhar poder pessoal e o pior tipo de hipócrita. O satanismo respeita o cristianismo, pelo menos, por ser uma filosofia baseada na culpa, mas só pode sentir desprezo pelas pessoas que tentam parecer emancipadas da culpa por se ligarem a um grupo de feitiçaria, e então praticam a mesma filosofia básica do cristianismo.
Magia branca e supostamente usada somente para o bem ou propósitos altruísticos e magia negra, como dissemos, e usada somente por egoísmo ou razoes diabólicas. Satanismo não desenha nenhuma linha divisória. Mágica e mágica, seja usada para ajudar ou embaraçar. O satanista, sendo um mágico, teria a habilidade de decidir o que e justo e então aplicar os poderes da mágica para alcançar suas metas.
Durante as cerimônias de magia branca, os praticantes permanecem dentro de um pentagrama para se protegerem das forcas "do mal" que eles chamaram para ajuda-los. Para o satanista, parece uma grande hipocrisia chamar essas forcas para auxilia-los, enquanto, ao mesmo tempo, se protegem daqueles poderes verdadeiros que pediram em assistência. O satanista entende que somente se pondo em aliança com estas forcas pode ele, completamente e sem hipocrisia, utilizar os Poderes das Trevas na sua melhor vantagem.
Numa cerimônia mágica satânica, os participantes NAO: unem as mãos e dançam "ring around the rose" num circulo; queimam velas de varias cores para diferentes desejos; chamam os nomes de "Pai, Filho e Espírito Santo" enquanto supostamente praticam as Artes Negras; pegam um "Santo" por guia pessoal para obter ajuda para os seus problemas; molham a si mesmos em óleos aromáticos e esperam que o dinheiro apareça; meditam para chegar ao "grande despertar espiritual"; recitam longos encantamentos com o nome de Jesus tecido em grandes medidas, entre muito poucas palavras etc. etc., ad nauseum!
Porque - este não e o modo de praticar magia satânica. Se você não pode se divorciar de sua auto-ilusao hipócrita, você nunca terá sucesso como mágico, muito menos como um satanista.
A religião satânica não só tem levantado a moeda - atirou-a completamente fora. Por esta razão, por que ela deveria sustentar os muitos princípios para o qual e completamente oposta, denominando-se de qualquer outra coisa alem do nome que esta totalmente em comunhão com as doutrinas contrarias, que a maquiaram de filosofia satânica? Satanismo não e uma religião de luz branca; e a religião da carne, do mundano, da matéria - tudo o que e regido por Satan, a personificação do caminho da mão esquerda.
Inevitavelmente, a próxima questão argüida e: "Admitido, você não pode chamá-la humanismo porque humanismo não e religião; mas por que igualmente uma religião em primeiro lugar se tudo o que você faz e o que vem naturalmente, de qualquer maneira? Por que não faze-lo exatamente?"
O homem moderno tem seguido um longo caminho; ele tem se tornado frustrado com dogmas sem sentidos das religiões passadas. Nos estamos vivendo numa época de iluminação. A psiquiatria tem feito grandes avanços no esclarecimento humano quanto a sua verdadeira personalidade. Estamos vivendo numa era de qualidade intelectual distinta de qualquer outra que o mundo já viu.
Tudo isto esta muito bom, mas ha uma falha neste novo estado de qualidade. E uma coisa aceitar algo intelectualmente, mas aceitar a mesma coisa emocionalmente e um assunto completamente diferente. A única necessidade que a psiquiatria não pode preencher e a inerente necessidade humana de emocionalizar através do dogma. O homem necessita dogma e ritual, fantasia e encantamento. A psiquiatria, apesar de todo o bem que tem feito, tem roubado do homem da maravilha e fantasia que a religião, no passado, o proveu.
O satanismo, realizando as necessidades correntes do homem, preencheu a antiga lacuna entre religião e psiquiatria. A filosofia satânica combina os fundamentos da psicologia bem-estar honestamente emocionalizado, ou dogma. Prove o homem com sua mais necessitada fantasia. Não ha nada errada com o dogma, suprir não e baseado em idéias ou ações que vão completamente contra a natureza humana.
O caminho mais rápido entre dois pontos e a linha reta. Se todas as culpas que tem sido construídas podem ser transformadas em vantagens, elimina a necessidade da purgação intelectual da psique na tentativa de limpa-lo de todas essas repressões. Satanismo e a única religião conhecida pelo homem que o aceita como ele e, e promove a racionalidade de tornar uma coisa ma numa coisa boa melhor do que esforcando-se excessivamente para eliminar a coisa ma.
Por essa razão, depois de avaliar intelectualmente os seus problemas através do senso comum e extrair o que a psiquiatria nos tem ensinado, se você ainda não pode emocionalmente liberar a si mesmo da culpa injustificada, e por suas teorias em ação, então você deveria aprender a fazer a sua culpa trabalhar para si. Deveria agir sobre os seus instintos naturais, e então, se você não consegue se realizar sem o sentimento de culpa, divirta-se na sua culpa. Isto pode soar como uma contradição de termos, mas se você pensar sobre isto, culpa pode freqüentemente acrescentar um estimulo aos sentidos. Adultos deveriam aprender bem a lição com as crianças. Crianças freqüentemente tem prazer em fazer alguma coisa que eles sabem que não deveriam fazer.
Sim, os tempos mudaram, mas o homem não. A base do satanismo sempre existiu. A única coisa nova e a organização formal de uma religião baseada nas peculiaridades universais do homem. Por séculos, varias estruturas de concreto, pedra, argamassa e ferro têm sido devotados a abstinência do homem. E o grande momento para os seres humanos pararem de combater entre si, e devotar o seu tempo para construir templos destinados à indulgência humana.
Mesmo que os tempos tenham mudado, e sempre o farão, o homem permanece basicamente o mesmo. Por dois mil anos o homem tem feito penitencia por algo que ele nunca deveria ter tido para sentir culpa em primeiro lugar. Nos estamos cansados de recusar a nos mesmos os prazeres da vida que merecemos.
Hoje, como sempre, o homem necessita desfrutar a si mesmo aqui e agora, em vez de esperar por suas recompensas no céu. Então, por que não ter uma religião baseada na indulgência? Certamente e mais consistente com a natureza da besta. Nos não estamos mais suplicando fracamente, tremendo diante de um impiedoso "Deus" que não se preocupa se vivemos ou morremos. Nos temos auto-respeito, pessoas orgulhosas - nos somos satanistas!
INFERNO, O DEMONIO,
E COMO VENDER SUA ALMA
Satan foi, certamente, o melhor amigo que a igreja já teve, pois ele cuidou dos seus negócios todos esses anos. A falsa doutrina no Inferno e no Demônio permitiu as igrejas protestantes e católicas florescerem por muito tempo. Sem um demônio para apontar seus dedos, os religiosos do caminho da mão branca não teriam nada com que ameaçar os seus seguidores. "Satan o deixa em tentação"; "Satan e depravado, cruel, brutal", eles advertem. "Se você cair na tentação do demônio, então seguramente sofrera danação eterna e queimara no inferno".
O significado semântico de Satan e o "adversário" ou a "oposição" ou o "acusador". A real palavra "devil" vem do indiano devi que significa "Deus". Satan representa oposição a todas as religiões que servem para frustrar e condenar o homem pelos seus instintos naturais. Ele foi conhecido pelo papel de demônio porque ele representa os aspectos carnais, terrestres e mundanos da vida.
Satan, o principal demônio do Mundo Ocidental, foi originalmente um anjo cuja obrigação era informar os pecados humanos a Deus. Não foi antes do Século XIV que ele começou a ser descrito como uma divindade do mal que era parte homem e parte animal, como um bode com chifres e cascos. Antes do cristianismo deram a ele os nomes de Satan, Lucifer etc., o lado carnal da natureza humana foi governado pelo deus que era então chamado Dionysus, ou Pan, descrito como um satiro ou fauno, pelos gregos. Pan foi originalmente um "bom moço" e simbolizava fertilidade e fecundidade.
Sempre que as nações surgem sobre uma nova forma de governo, os heróis do passado se tornam os vilões do presente. Assim é com a religião. Os cristãos mais primitivos acreditavam que as divindades pagas eram demônios, e usa-los era usar "magia negra". Milagres celestes eram denominados "magia branca"; esta era a exclusiva distinção entre as duas. Os velhos deuses morreram, caíram no Inferno e se tornaram demônios. O "bogey", "goblin" ou "bugaboo" usados para apavorar crianças eram originários do eslavo "bog" que significa "god", assim como "Bhaga" em hindu.
Muitos prazeres respeitados antes do cristianismo foram condenados pela nova religião. Exigiu-se uma pequena mudança para transformar os chifres e as patas de Pan no mais convincente demônio! Os atributos de Pan seriam cuidadosamente transformados em acusação com punição dos pecados e, então, a metamorfose estava completa.
A associação do bode com o demônio e encontrada na Bíblia Crista, no dia mais santo do ano, "the Day of Atonement", era celebrado sorteando dois bodes "sem mácula", um para ser oferecida ao Senhor e outro a Azazel. Os bodes carregando os pecados das pessoas eram encaminhadas ao deserto e se tornavam "bodes expiatórios". Esta e a origem do bode que e ainda usado nas cerimônias maçônicas de hoje, assim como era usado no Egito, onde uma vez por ano era sacrificado a Deus.
Os demônios da espécie humana são muitos, e suas origens diversificadas. A execução do ritual satânico não adota a denominação obsoleta de demônios; esta pratica e seguida apenas por aqueles que tem medo das forcas que conjuram.
Supostamente, demônios são espíritos malevolentes com atributos que conduzem a deterioração de pessoas ou eventos com que eles tem contato. A palavra grega "demon" significa um espírito guardião ou uma fonte de inspiração e, esteja certo, mais tarde teólogos inventaram legiões destes pressagiadores de inspiração - todos perigosos.
Uma indicação de sua covardia de "mágicos" do caminho da mão direita e a prática do chamado de um particular demônio (que deveria supostamente ser um favorito do demônio) para fazer sua oferta. A suposição que este demônio, sendo somente um servo do demônio, e mais fácil de controlar. O conhecimento oculto declara que somente o mais formidavelmente protegido ou o mais insano e incauto feiticeiro poderia tentar chamar o demônio pessoalmente.
O satanista não chama furtivamente esses demônios inferiores, mas audaciosamente invoca aqueles que são habitantes do exercito infernal do ultraje de longa duração - os próprios demônios!
Teólogos catalogaram alguns nomes de demônios na sua lista de malignos, como deveria se esperar.
Estes são os nomes e origens dos Deuses e Deusas denominados, que fazem a grande parte da ocupação do Real Palácio do Inferno:
OS QUATRO PRÍNCIPES COROADOS DO INFERNO
SATAN - (hebreu) adversário, opositor, acusador, Senhor do Fogo, o inferno, o sul
LUCIFER - (romano) o condutor de luz, iluminação, o ar, a estrela da manhã, o leste
BELIAL - (hebreu) sem mestre, base da terra, independência, o norte
LEVIATÃ - (hebreu) a serpente fora de suas profundezas, o mar, o oeste
OS NOMES INFERNAIS
Abaddon - (hebreu) o destruidor.
Adramelech - demônio sumeriano.
Ahpuch - demônio maia.
Ahriman - demônio mazdeano
Amon - deus egípcio da vida e reprodução, com cabeça de carneiro
Apollyon - sinônimo grego para Satan, o arquidemonio.
Asmodeus - demônio hebreu da sensualidade e luxuria, originalmente "criatura do julgamento".
Astaroth - deusa fenícia da lascívia, equivalente da Ishtar babilônica.
Azazel - (hebreu) instruiu os homens a criarem armas de guerra, introduziu os cosméticos.
Baalberith - senhor canaanita da Convenção, que se tornou mais tarde um demônio.
Balaam - demônio grego da avareza e cobiça.
Baphomet - adorado pelos Templários como símbolo de Satan.
Bast - deusa egípcia do prazer representada pelo gato.
Beelzebuth - (hebreu) senhor das moscas, tomada do simbolismo do escaravelho.
Behemoth - personificação hebraica de Satan na forma de um elefante.
Beherit - nome sírio para Satan.
Bile - deus celta do inferno.
Chemosh - deus nacional de Moabites, mais tarde um demônio.
Cimeries - monta um cavalo negro e rege a África.
Coyote - demônio do índio americano.
Dagon - demônio filisteu vingativo do mar.
Damballa - deusa serpente do Vodu.
Demogorgon - nome grego para demônio, diz-se que não seria conhecido pelos mortais.
Diabolus - (grego) "fluindo para baixo".
Dracula - nome romenio para demônio.
Emma-O - regente japonês do inferno.
Euronymous - príncipe grego da morte.
Fenriz - filho de Loki, descrito como um lobo.
Gorgo - diminutivo de Demogorgon, nome grego para demônio.
Haborym - sinônimo grego para Satan.
Hecate - deusa grega do mundo subterrâneo e feitiçaria.
Ishtar - deusa babilônica da fertilidade.
Kali - (hindu) filha de Shiva, alta sacerdotisa de Thuggees.
Lilith - demônio feminino hebraico, primeira mulher de Adão que lhe ensinou as cordas.
Loki - demônio teutonico.
Mammon - deus aramaico da riqueza e do lucro.
Mania - deusa etrusca do inferno.
Mantus - deus etrusco do inferno.
Marduk - deus da cidade de Babilônia.
Mastema - sinônimo hebreu para Satan.
Melek Taus - demônio yesidi.
Mephistopheles - (grego) quem evita luz, Faustus.
Metzli - deusa azteca da noite.
Mictian - deus azteca da morte.
Midgard - filho de Loki, descrito como uma serpente.
Milcom - demônio amônia.
Moloch - demônio fenício e canaanita.
Mormo - (grego) rei dos Ghouls, consorte de Hecate.
Naamah - demônio feminino grego da sedução.
Nergal - deus babilônico do Hades.
Nihasa - demônio do índio americano.
Nija - deus polaco do mundo subterrâneo.
O-Yama - nome japonês para Satan.
Pan - deus grego da luxuria, depois relegado ao demonismo.
Pluto - deus grego do mundo subterrâneo.
Proserpine - rainha grega do mundo subterrâneo.
Pwcca - nome Gales para Satan.
Rimmon - demônio sírio adorado em Damasco.
Sabazios - demônio frigio, identificado com Dyonisus, adorado como serpente.
Saitan - equivalente enoquiano de Satan.
Sammael - (hebreu) "Veneno de Deus".
Samnu - demônio da Ásia Central.
Sedit - demônio do índio americano.
Sekhmet - deusa egípcia da vingança.
Set - demonio egipcio.
Shaitan - nome árabe para Satan.
Shiva - o destruidor.
Supay - deus inca do mundo subterrâneo.
T'an-mo - contraparte chinesa para demônio, cobiça, desejo.
Tchort - nome russo para Satan, "Deus Negro".
Tezcatlipoca - nome azteca do inferno.
Thamuz - deus sumeriano que mais tarde foi relegado ao demonismo.
Thoth - deus egípcio da magia.
Tunrida - demônio feminino escandinavo.
Typhon - personificação grega de Satan.
Yaotzin - deus azteca do inferno.
Yen-lo-Wang - regente chinês do inferno.
Os demônios das religiões passadas tiveram sempre, pelo menos em parte, características animais, evidencia da necessidade constante do homem de negar que ele também e um animal, pois, deste modo, daria um golpe poderoso ao seu ego empobrecido.
O porco foi desprezado pelos judeus e egípcios. Simbolizou os deuses "Frey", "Osiris", "Adonis", "Persephone", "Attis" e "Demeter", e foi sacrificado a Osiris e a Lua. Contudo, com o tempo, tornou-se degradado num demônio. Os fenícios adoraram um deus alado, Baal, de que veio o demônio Belzebu. Ambos Baal e Belzebu são idênticos ao "dung beetle" ou escaravelho dos egípcios que apareciam para ressuscitar a si mesmo, como o pássaro místico, o fênix, renascido das próprias cinzas. Os antigos judeus acreditavam, através do seu contato com os persas, que as duas grandes forcas do mundo eram Ahura-Mazda, o deus do fogo, luz, vida e benevolência; e Ahriman, a serpente, o deus das trevas, destruição, morte, e mal. Estes e inúmeros outros exemplos não somente representam os demônios humanos como animais, mas também mostram sua necessidade de sacrificar os animais divinos originais e rebaixa-los a demônios.
No tempo da Reforma, no século XVI, um alquimista, Dr. Johann Faustus, descobriu um método de invocar um demônio -Mefistofeles - do Inferno e fazer um pacto com ele. Assinou um contrato em sangue para vender sua alma a Mefistofeles em retorno ao estado de mocidade, e voltou a ser jovem. Quando o momento de morrer veio para Faustus, ele retirou-se para o quarto e tentou evitar, mas o laboratório explodiu. Esta historia e um protesto dos tempos (século XVI) contra ciência, química e magia.
Para se tornar um satanista, não e necessário vender sua alma ao demônio ou fazer um pacto com Satan. Esta ameaça foi inventada pelo cristianismo para aterrorizar as pessoas, assim elas não se perderiam do caminho. Com dedos repressivos e vozes tremidas, ensinaram a seus seguidores que se cedessem as tentações de Satan e vivessem suas vidas de acordo com as suas predileções naturais, eles teriam de pagar por seus pecados prazerosos dando suas almas a Satan e sofrendo no Inferno por toda a eternidade. Pessoas começaram a acreditar que a alma pura era o passaporte para a vida eterna.
Profetas piedosos ensinaram o homem a temer Satan. Mas e os termos, como "temente a Deus"? Se Deus e tão misericordioso, porque as pessoas tem de teme-lo? Vamos acreditar que não ha lugar algum que possamos escapar do medo? Se você tem que temer Deus, por que não ser um "temente a Satan" e pelo menos ter a diversão que, sendo temente a Deus, e negada a você? Sem cada um destes medos indiscriminados, os religiosos não teriam nada com que manejar poderosamente seus seguidores.
A deusa teutonica da morte e filha de Loki foi chamada Hel, uma deusa paga da tortura e da punição. Outro "L" foi acrescentado quando os livros do Velho Testamento foram formulados. Os profetas que escreveram a Bíblia não conheciam o vocábulo "Hell"; eles usaram o hebreu "Sheol" e o grego "Hades" que significavam o tumulo; também o grego "Tartaros", que foi o lar dos anjos caídos, o inferno (dentro da terra), e "Gehenna", que era um vale próximo a Jerusalém onde o reinado e o refugio de Moloch foi conquistado e queimado. E assim que a igreja crista desenvolveu a idéia de "fogo e enxofre" no Inferno.
O inferno católico e protestante são lugares de eterna punição; entretanto, os católicos também acreditam que ha um "purgatório" onde todas as almas vão por um tempo, e um "limbo" onde as almas sem batismo vão. O inferno budista esta dividido em oito seções, os primeiros sete podem ser expiados. A descrição eclesiástica do inferno e um lugar horrível de fogo e tormento; no inferno de Dante e nos climas nórdicos foi conceituado como uma região muito gelada, um refrigerador gigante.
(Mesmo com todas as ameaças de danação eterna e alma queimando, os missionários cristãos tem se encontrado acidentalmente com alguns que não engoliram tão rapidamente a sua saliva. Prazer e dor, como beleza, estão nos olhos do observador. Então, quando missionários se aventuraram ao Alaska e preveniram os esquimós dos horrores do Inferno e o lago repleto de chamas esperando o transgressor, eles ansiosamente perguntaram: "Como nos chegamos lá?")
A maior parte dos satanistas não aceita Satan como um ser antropomórfico com cascos fendidos, uma cauda barbada, e chifres. Ele simplesmente representa a forca da natureza - os poderes das trevas que tem sido chamados assim, porque nenhuma religião tem encontrado essas forcas fora da escuridão. Também a ciência não tem sido capaz de aplicar um terminologia técnica para esta forca. E um reservatório destampado que poucos podem usar porque lhes faltam a habilidade de usar uma ferramenta sem primeiramente ter subdividido e classificado todas as partes que a fazem funcionar. E a necessidade incessante de analisar, o que impede muitas pessoas de tirarem vantagem destas multifacetadas chaves para o desconhecido - que os satanistas escolheram chamar "Satan".
Satan, como um deus, demiurgo, salvador pessoal, ou o que quer que você o chame, foi inventado pelos fundadores de cada religião na face da terra para um único propósito - para presidir do começo ao fim todas as denominadas atividades e situações pecaminosas aqui na terra. Conseqüentemente, qualquer coisa resultando em gratificação física e mental foi definida como "evil" - deste modo assegurando uma existência de culpa injustificada para todos!
Então, se "evil" eles tem nos denominado, "evil" nos somos - e assim seja! A Era Satânica esta sobre nos! Por que não tirar vantagem disto e LIVE!
AMOR E ÓDIO
Satanismo representa bondade com quem a merece, em vez de amor desperdiçado aos ingratos!
Você não pode amar a todos; e ridículo pensar que pode. Se você ama a todos e a tudo você perde seus poderes naturais de seleção e acaba se tornando uma pessoa de julgamento ruim de caráter e qualidade. Se alguma coisa e usada tão livremente, ela perde o seu real significado. Portanto, os satanistas acreditam que você deveria amar fortemente e completamente quem merece o seu amor, mas nunca voltar a outra face ao inimigo!
O amor e uma das emoções mais intensas sentidas pelo homem; a outra e o ódio. Forçar a você mesmo sentir amor indiscriminado e muito antinatural. Se você tenta amar a todos, você somente diminuíra os seus sentimentos por aqueles que merecem o seu amor. O ódio reprimido pode se manifestar em muitas doenças físicas e emocionais. Aprender a liberar o seu ódio em direção aqueles que o merecem, você purga a si mesmo destas emoções malignas, e não necessita dirigir suas emoções reprimidas para quem ama.
Nunca houve um grande movimento de "amor" na historia do mundo que não acabasse no assassinato de grande numero de pessoas, devemos admitir, para provar o quanto eles os amavam! Cada hipócrita que caminhou sobre a terra tem obtido vantagem com o amor!
Cada religioso farisaico clama amor pelos seus inimigos, mesmo quando errados ele se consola em pensar que "Deus os punira". Em vez de admitir a si mesmos que eles são capazes de odiar seus inimigos e tratá-los da maneira que o merecem, eles dizem: "Para lá, pela graça de Deus, eu vou" e "rezam" por eles. Por que deveríamos nos humilhar e nos rebaixar pela representação de cada comparação errônea?
Satanismo foi imaginado como sinônimo de crueldade e brutalidade. Isto e assim somente porque as pessoas são medrosas diante da face da verdade - e a verdade e que o ser humano não e totalmente benigno ou todo amor. Só porque o satanista admite que e capaz de ambos, amor e ódio, ele e considerado rancoroso. Ao contrario, porque ele e capaz de dar abertura ao seu ódio através de uma cerimônia declarada, ele e mais capaz de amar - a mais profunda espécie de amor. Por reconhecer e admitir honestamente a ambos que sente, amor e ódio, não ha confusão de uma emoção com outra. Sem ser capaz de experimentar cada uma destas emoções, você não pode experimentar completamente a outra
SEXO SATÂNICO
Muitas controvérsias surgiram acerca dos pontos de vista satânicos do "amor livre". E freqüentemente admitido que a atividade sexual e o fator mais importante da religião satânica, e que a disposição para participar de orgias sexuais e um pré-requisito para se tornar um satanista. Nada poderia estar mais distante da verdade! De fato, oportunistas que não tem o menor interesse no satanismo, mas apenas nos aspectos sexuais são enfaticamente desencorajados.
O satanismo não prega liberdade sexual, mas exclusivamente o verdadeiro senso da palavra. Amor livre, no conceito satânico, significa exatamente isto - liberdade para cada um ser sincero a uma pessoa ou para favorecer seus desejos sexuais com muitas, se você sente que e necessário para satisfazer suas necessidades.
O satanismo não encoraja a atividade de orgia ou romance extramarital aqueles para quem isso não vem naturalmente. Para muitos, poderia ser muito antinatural e a deslealdade causaria dor aos seus companheiros escolhidos. Para outros, poderia ser frustrante ficar limitado sexualmente só a uma pessoa. Cada pessoa deve escolher por si mesma que forma de atividade sexual melhor se adapta as suas necessidades individuais. A auto-ilusao forçando você mesmo a ser adultero, ou tendo parceiros sexuais quando não e casado, somente para provar aos outros (ou pior ainda, a si mesmo) que você e emancipado do pecado sexual e errado, pelo critério satânico, bem como deixar qualquer necessidade sexual não preenchida por causa dos sentimentos enraizados de culpa.
Muitos daqueles que estão constantemente preocupados em demonstrar sua emancipação da culpa sexual estão, na verdade, presos a uma escravidão sexual maior do que os que simplesmente aceitam a atividade sexual como uma parte natural da vida e não fazem alarde da sua liberdade sexual. Por exemplo, e um fato estabelecido que a ninfomaníaca (toda mulher e heroína das novelas infernais que sonham com homens) não e sexualmente livre, mas realmente frigida e perambula de homem em homem porque ela e totalmente inibida de encontrar completa satisfação sexual.
Outro equivoco e a idéia que a capacidade de engajar numa atividade sexual grupal e indicativa de liberdade sexual. Todos os grupos de sexo livre contemporâneos tem uma coisa em comum - o desanimo perante o fetichismo e a atividade desviada.
Atualmente, os exemplos mais afetados de atividade sexual não fetichista pobremente disfarçado como "liberdade" tem um formato comum. Cada um dos participantes da orgia tira a roupa toda, seguindo o exemplo mostrado na frente por um, e fornica mecanicamente - também seguindo o exemplo do líder. Nenhum dos participantes consideram que a sua forma "emancipada" de sexo pode ser considerada como organizada e infantil pelos não membros que falham em equiparar uniformidade com liberdade.
O satanista concebe que se ele e um conhecedor sexual (e verdadeiramente livre da culpa sexual) não pode ser sufocado pelos denominados revolucionários sexuais mais do que pela pudicícia da sociedade baseada na culpa. Estes clubes de sexo livre falham completamente na meta da liberdade sexual. A menos que a liberdade sexual possa ser expressa como uma base individual (que inclui fetichismo pessoal), não ha absolutamente nenhuma razão para pertencer a organizações de liberdade sexual.
O satanismo justifica qualquer tipo de atividade sexual que propriamente satisfaz seus naturais desejos - seja ele heterossexual, homossexual, bissexual, ou mesmo assexual, se você escolheu. O satanismo também aprova qualquer fetichismo ou desvio que estimula sua vida sexual, desde que isso não envolva ninguém que não queira se envolvido.
A prevalência da conduta de desvio ou fetichista em nossa sociedade traria a idéia de uma infantilidade sexual. Ha mais variações sexuais do que o individuo sem esclarecimento pode perceber: travestismo, sadismo, masoquismo, urolagnia, exibicionismo, para nomear somente um pouco dos mais predominantes. Cada um tem alguma forma de fetichismo, mas porque eles são inconscientes da preponderância da atividade fetichista na nossa sociedade, eles sentem que serão depravados se submeterem aos seus apelos "antinaturais".
Mesmo o assexuado tem um desvio - a sua assexualidade. E muito mais anormal ter uma falta de desejo sexual (exceto pela doença ou velhice, ou outra razão valida que causou a impotência) do que ser sexualmente promiscuo. De qualquer modo, se um satanista prefere sublimação sexual sobre expressão sexual manifestada, ele e inteiramente livre em sua escolha. Em muitos casos de sublimação sexual (ou assexualidade), qualquer tentativa de se emancipar sexualmente poderia recair para o assexual.
Assexuais são invariavelmente sublimados sexuais pelo seu próprio modo ou preferência. Toda a energia e interesse dirigido que poderia normalmente ser empregado em atividade sexual e canalizado para outros passatempos ou em suas ocupações escolhidas. Se uma pessoa favorece outros interesses alem da atividade sexual, e o seu direito, e ninguém pode condena-lo por isso. De qualquer modo, a pessoa deveria pelo menos reconhecer o fato de que isto e uma sublimação sexual.
Por causa da falta de liberdade de expressão, muitos desejos sexuais secretos nunca progrediram alem do estagio da fantasia. Falta de liberação freqüentemente leva a compulsão e, por esse motivo, um grande numero de pessoas imaginam métodos velados para dar saída aos seus impulsos. Justamente porque mais atividade fetichista não esta visivelmente manifestada, o sexualmente ingênuo não deveria se enganar imaginando que não existe. Para citar exemplos de técnicas ingênuas usadas: O homem travesti perdoa o seu fetichismo por usar roupas intimas femininas enquanto vai para as suas atividades diárias; ou a mulher masoquista que pode usar uma cinta de borracha de menor tamanho, então ela pode sentir prazer sexual derivado do seu fetichismo desconfortável através do dia, sem ninguém descobrir a verdade. Estas ilustrações são mais simples e prevalentes exemplos do que outros que poderiam ser fornecidos.
O satanismo encoraja qualquer forma de expressão sexual que você pode desejar, desde que isso não magoe ninguém mais. Esta declaração precisa ser esclarecida, para evitar interpretações errôneas. Por não magoar ninguém, isso não inclui a magoa sem intenção feitas por aqueles que não poderiam concordar com suas visões de sexo, por causa das suas ansiedades a respeito da moralidade sexual. Naturalmente, você deveria evitar de ofender outros que significam muito para si, como amigos íntimos e parentes. De qualquer modo, se você determinadamente se esforça para evitar ofende-los, e a despeito dos seus esforços eles são acidentalmente magoados, você não pode se sentir responsável, e conseqüentemente não deveria sentir culpa como resultado de suas convicções sexuais, ou se sentir magoado por causa destas convicções. Se você esta em constante medo de ofender o pudico por sua atitude a respeito do sexo, então não ha senso algum em tentar emancipar a si mesmo da culpa sexual. De qualquer modo, nenhum propósito serve para ostentar a sua permissividade.
A outra exceção a regra diz respeito aos procedimentos com os masoquistas. O masoquista obtém prazer em sentir dor; deste modo negando ao masoquista seu prazer através da dor o magoa tanto quanto a atual dor física magoa o não masoquista. A historia de um realmente verdadeiro sádico ilustra o ponto: O masoquista diz ao sádico: "Bata-me". E o impiedoso sádico replica: "Não!" Se uma pessoa quer ser magoada e desfrutar do padecimento, então não ha razão para não atende-lo.
O termo "sádico" no uso popular descreve alguém que obtém prazer da brutalidade indiscriminada. Atualmente, no entanto, o verdadeiro sádico e seletista. Ele cuidadosamente escolhe de sua vasta reserva de vitimas apropriadas e sente grande prazer em dar aqueles que florescem na miséria a realização dos seus desejos. O sádico "bem ajustado" e epicureano em selecionar aqueles cujas energias serão melhor exauridas! Se uma pessoa e saudável o suficiente para admitir que e masoquista e gosta de se sentir escravizado e chicoteado, o verdadeiro sádico fica contente de obsequia-lo!
Ao par das exceções precedentes, o satanista não magoaria os outros violando seus direitos sexuais. Se você tentar impor os seus desejos sexuais aos outros que não dão boas vindas as suas arremetidas, você esta infringindo a liberdade sexual delas. Por essa razão, o satanismo não defende o rapto, molestacao infantil, zoofilia e outras formas de atividade sexual que requerem a participação daqueles que estão sem vontade ou cuja inocência ou ingenuidade permitiria serem intimidados ou desencaminhados para fazer algo contra a sua vontade.
Se todas as partes envolvidas são adultos maduros que desejosamente tomam completa responsabilidade pelas suas ações e voluntariamente se engajem numa determinada forma de expressão sexual - igualmente se e geralmente considerada tabu - então não ha razão para eles reprimirem suas inclinações sexuais.
Se você esta atento a todas as implicações, vantagens e desvantagens e esta certo que suas ações não ferirão ninguém que não deseje ou mereça ser magoado, então você não tem razão para suprimir sua preferência sexual.
Assim como duas pessoas não são exatamente a mesma na escolha da dieta ou tem a mesma capacidade no consumo da comida, os gostos e apetites sexuais variam de pessoa para pessoa. Nenhuma pessoa ou sociedade tem o direito de impor limitações nos padrões ou freqüência sexual de outra. A conduta sexual de cada um só pode ser julgada dentro do contexto de cada situação individual. conseqüentemente, o que uma pessoa considera sexualmente correto e moral pode ser frustrante para outra. O reverso também e verdadeiro; uma pessoa pode ter grande perícia sexual, mas e incorreto diminuir uma outra cuja capacidade sexual não iguala a sua própria, e inconsiderado por ele impor a si mesmo sobre outra pessoa, i. e., o homem que tem um apetite sexual voraz, mas que as necessidades sexuais da esposa não igualam a sua. E injusto para ele esperar que ela corresponda entusiasticamente suas propostas; mas ela deve desenvolver o mesmo grau de consideração. Na hipótese de que ela não sinta grande paixão , ela não deveria tampouco aceita-lo passivamente, mas com prazer, aceita-lo sexualmente, ou avisa-lo sem reclamação que ele pode escolher obter a liberação da sua necessidade em outro lugar - incluindo praticas auto-eróticas.
A relação ideal e aquela em que as pessoas estão em profundo amor com a outra e são sexualmente compatíveis. De qualquer modo, relações imperfeitas são relativamente incomuns. E importante apontar aqui que amor espiritual e amor sexual podem, mas não necessariamente, ir de mão em mão. Se ha uma certa quantidade de compatibilidade sexual, freqüentemente e limitada; e alguns, mas não todos, dos desejos sexuais poderão ser preenchidos.
Não ha prazer sexual maior do que aquele derivado da associação com alguém que você ama profundamente, se você esta bem compatível sexualmente. Se você não esta compatível com o outro sexualmente, entretanto, pode ser acentuado que a falta de compatibilidade sexual não indica falta de amor espiritual. Um pode, e freqüentemente acontece, existir sem o outro. Como verdade, freqüentemente um membro do casal vale-se de atividade sexual externa porque ele ama profundamente o seu companheiro, e deseja evitar magoar ou se impor sobre o seu companheiro. Profundo amor espiritual e enriquecido pelo amor sexual, e certamente necessário algum ingrediente para qualquer relação satisfatória; mas por causa das predileções sexuais diferentes, a atividade sexual externa ou masturbação algumas vezes prove um suplemento necessitado.
Masturbação, considerada um tabu sexual por muitas pessoas, cria um problema de culpa não facilmente negociada. Muita ênfase pode ser colocada neste tópico, e isto constitui um ingrediente extremamente importante de muitos trabalhos mágicos bem sucedidos.
Desde que a Bíblia Judaico-Crista descreveu o pecado de Onan (Gen. 38:7-10), o homem tem considerado a seriedade e conseqüências do "vicio solitário". Ainda que sexologistas modernos tenham explanado o pecado de Onan como um simples "coitus interruptus", o estrago tem sido feito através de séculos de teologia equivocada.
A par dos crimes sexuais, masturbação e um dos mais censurados dos atos sexuais. Durante o ultimo século, textos inumeráveis foram escritos descrevendo as horríveis conseqüências da masturbação. Praticamente todas as doenças físicas e mentais são atribuídas aos demônios da masturbação. A palidez da pele, respiração lenta, expressão furtiva, tórax encovado, nervosismo, acne e perda de apetite são apenas algumas das muitas características supostamente resultantes da masturbação; colapso físico e mental total foi assegurado a quem não tomou cuidado com as advertências nos manuais para jovens.
As descrições infernais em tais textos seriam praticamente hilárias, não fosse pelo fato infeliz que desde que sexologistas, doutores, escritores etc. tem feito muito para remover o estigma da masturbação, as culpas profundamente assentadas induzidas pela falta de senso naqueles primitivos compêndios sexuais foram parcialmente eliminadas. Uma grande percentagem de pessoas, especialmente aquelas acima de 40 anos, não pode aceitar naturalmente o fato de que a masturbação e natural e saudável, mesmo que eles agora aceitem-na intelectualmente; e eles, em retribuição, relatam sua repugnância, freqüentemente subconsciente, para seus filhos.
Se era imaginado que alguém poderia se tornar insano, apesar das inúmeras advertências, sua pratica auto-erótica persistiu. Esse mito irracional cresceu com as noticias sobre a intensa difusão da masturbação entre os doentes mentais dos hospícios. Era aceito que, desde que praticamente todos os doentes mentais se masturbavam, era sua própria masturbação que os havia tornado loucos. Ninguém nunca parou para considerar que a falta de parceiros sexuais de sexo oposto e a libertação da inibição, que e a característica de extrema insanidade, eram as reais razoes para a pratica masturbatoria do insano.
Muitas pessoas preferiam ter seus parceiros buscados fora da atividade sexual do que realizar atos auto-eróticos por causa de seus próprios sentimentos de culpa, a repugnarão do companheiro a respeito de eles se envolverem em masturbação, ou o medo da própria repugnarão do companheiro - apesar de muitos casos surpreendentes, um prazer de segunda mão e obtido através do conhecimento que o parceiro esta tendo experiências sexuais com terceiros - contudo isto e raramente admitido.
Se a estimulação e obtida pela imaginação de que o parceiro se envolveu com outros, isto deveria ser salientado abertamente para que ambos os parceiros possam ganhar com suas atividades. Todavia, se a proibição da masturbação é somente reservada para sentimentos de culpa de um ou ambos, eles deveriam fazer um esforço para erradicar estas culpas - ou utiliza-las. Muitas relações poderiam ser salvas da destruição se as pessoas envolvidas não sentissem culpa sobre a realização do ato natural da masturbação.
A masturbação e considerada como ma porque produz prazer derivado da intenção de afagar uma área "proibida" do corpo pela sua própria mão. Os sentimentos de culpa que acompanham muitos atos sexuais podem ser suavizados pela controvérsia religiosa aceitável que suas delicias sexuais são necessárias para produzir a prole - ainda que você cautelosamente observe o calendário acerca dos dias seguros. Você não pode, contudo, acalmar-se com este fundamento enquanto se envolve na pratica masturbatoria.
Nenhuma importância que tenha sido contada sobre a "concepção imaculada" - igualmente se a fé cega permite a você engolir esse absurdo - você sabe muito bem que se você quer produzir um filho, precisa ter contato sexual com uma pessoa de sexo oposto. Se você se sente culpado por cometer o "pecado original", você certamente sentira sempre uma culpa profunda por realizar um ato sexual exclusivo para auto-gratificacao, sem nenhuma intenção de criar crianças.
O satanista compreende plenamente por que religiosos declaram a masturbação ser doentia. Como todos os outros atos naturais que as pessoas desejam fazer, não importa o quão severamente reprimidos. Causar culpa e uma importante faceta do malicioso esquema para obrigar pessoas a reparar os seus pecados pagando seus dízimos em templos de abstinência!
Mesmo se uma pessoa não esta se debatendo sobre a carga de uma culpa religiosa induzida (ou pensa que não esta), o homem moderno sente vergonha se submete aos seus desejos masturbatorios. Um homem pode sentir roubado em sua masculinidade se ele se satisfaz auto-eroticamente melhor do que se envolvendo no jogo competitivo de caçar mulher. A mulher pode satisfazer a si mesma sexualmente, mas anseia pelo ego-gratificação que vem com o esporte da sedução. Nem Casanova nem o vampiro falsificado se sente bem quando submetido a masturbação para gratificação sexual; ambos prefeririam sempre um parceiro inadequado. Satanicamente falando, entretanto, e muito melhor se envolver numa perfeita fantasia do que colaborar numa experiência frustrante com outra pessoa. Com a masturbação, você esta no completo controle da situação.
Para ilustrar o fato incontestável que a masturbação e uma pratica inteiramente normal e saudável: e realizada por todos os membros do reino animal. Crianças também seguem seus desejos instintivos de masturbação, a menos que eles tenham sido repreendidos pelos seus pais indignados, que foram indubitavelmente ralhados pelos seus pais, e assim por diante na linha ascendente.
E infortunado, mas verdadeiro, que as culpas sexuais dos pais passam imutavelmente para os seus filhos. Na obrigação de salvar seus filhos do destino sexual malfadado de seus pais, avos , e possivelmente nossos, o código moral deturpado do passado precisa ser revelado pelo que ele e: um código pragmaticamente organizado de regras que, se rigidamente obedecido, poderia nos destruir! A menos que nos emancipemos dos padrões sexuais ridículos da sociedade atual, incluindo a denominada revolução sexual, as neuroses causadas por aquelas regras sufocantes persistirão. Aderir a nova moralidade, sensível e humanística, do satanismo pode - e fará - evoluir uma sociedade em que nossos filhos crescerão plenos de saúde e sem a devastadora e atravancada moral de nossa atual e doente sociedade.
NEM TODOS OS VAMPIROS
CHUPAM SANGUE
Satanismo representa responsabilidade para o responsável, em vez de se referir a vampiros psíquicos.
Muitas pessoas que caminham sobre a terra praticam a arte requintada de fazer os outros se sentirem responsáveis e mesmo em divida para com eles, sem causa. O satanismo observa esses sanguessugas numa verdade clara. Vampiros psíquicos são indivíduos que drenam dos outros sua energia vital. Este tipo de pessoa pode ser encontrado em todas as avenidas da sociedade. Eles não desempenham nenhum propósito útil em nossas vidas e não tem nenhum desígnio de amor ou amigos verdadeiros. Ate agora nos sentimos responsáveis pelos vampiros psíquicos sem saber o porque.
Se você pensa que pode ser a vitima de uma determinada pessoa, ha algumas simples regras que o ajudara a tomar uma decisão. Ha uma pessoa que você freqüentemente recebe ou visita, mesmo que realmente não queira, porque você sabe que se sentira culpado se não o fizer? Ou você se descobre freqüentemente fazendo favores para alguém que nunca vem adiante e pede, mas sugere? freqüentemente o vampiro psíquico usara a psicologia reversa, dizendo: "Oh, eu não posso pedir a você por isto" - e você, em retorno, insiste em faze-lo. O vampiro psíquico nunca exige nada de você. Isto pareceria muito presunçoso. Eles simplesmente deixam os seus desejos serem conhecidos de maneiras sutis que impedira que eles sejam considerados pestes. Eles "nunca pensariam em impor" e são sempre capazes de aceitar a sua sorte, sem a menor importância - externamente! Seus pecados não são de ação ,mas de omissão. E o que eles "não" dizem, não o que eles querem dizer, que faz você sentir muito responsável por eles. Eles também são muito astuciosos em abrir suas pretensões com você, porque eles sabem que você se ressentiria disto, e teria uma razão tangível e legitima para condena-los.
Uma grande parcela dessas pessoas tem "atributos" especiais que fazem sua dependência sobre você mais possível e muito mais efetiva. Muitos vampiros psíquicos são inválidos (ou pretendem ser) ou são "mentalmente e emocionalmente perturbados". Outros podem simular ignorância ou incompetência e então, sem compaixão, ou mais freqüentemente, com irritação, você fará coisas para eles.
A maneira tradicional de banir um demônio ou elemental e reconhece-lo pelo que ele é, e exorciza-lo. O reconhecimento destes demônios modernos e seus métodos e o único antídoto para a sua aça devastadora sobre você.
Muitas pessoas aceitam passivamente estes indivíduos viciosos de fisionomia de valor somente porque suas manobras insidiosas nunca foram apontadas. Eles somente aceitam estas "pobres almas" como sendo menos afortunadas do que eles, e sentem que precisam ajuda-los do modo que puderem. E um senso equivocado de responsabilidade (ou infundado senso de culpa) que nutre bem os "altruísmos" em cima da festa destes parasitas!
O vampiro psíquico consegue existir porque escolhe engenhosamente pessoas conscientes, responsáveis, como vitimas - pessoas com grande dedicação pelas suas "obrigações morais".
Em alguns casos nos somos vampirizados por grupos de pessoas, assim como por indivíduos. Cada organização construída pelo capital, seja ela uma fundação de caridade, conselho comunitário, religioso ou associação fraterna etc., cuidadosamente seleciona a pessoa que e habilidosa em fazer os outros se sentirem culpados pelo seu presidente ou coordenador. O trabalho do presidente e nos intimidar para abrir primeiro nossos corações e depois nossas carteiras, para o recipiente da "boa vontade" - nunca mencionando que, em muitos casos, seu tempo não e dado desinteressadamente, mas que eles estão ganhando um gordo salário pela suas "obras nobres". Eles são mestres em manipular a simpatia e consideração de gente responsável. Freqüentemente vemos pequenas crianças que são enviadas adiante pelos auto-honrados Fagins para, sem complicação, extrair donativos agradavelmente.
Ha, e claro, pessoas que não se sentem felizes a menos que dêem, mas muitos de nos não se encaixa nesta categoria. Infortunadamente, nos estamos freqüentemente nos pondo em fazer coisas que genuinamente não sentimos que deveria ser exigida de nos. Uma pessoa consciente acha que e muito difícil decidir entre caridade voluntária e imposta. Ela espera fazer o que e certo e justo, e acaba perplexo tentando decidir exatamente quem ela deveria ajudar e que grau de ajuda deveria corretamente ser esperada dela.
Cada pessoa precisa decidir por si mesma qual e a sua obrigação para com seus respectivos amigos, família e comunidade. Antes de dar o seu tempo e dinheiro para aqueles de fora, sua família imediata e seu fechado circulo de amigos, ele precisa decidir do que pode dispor, sem privar aqueles que são mais chegados a ele. Quando tomar essas coisas em consideração ele precisa estar certo de incluir a si mesmo entre aqueles que significam muito para si. Ele precisa avaliar cuidadosamente a validade do pedido e a personalidade e motivos de cada pessoa que lhe pede alguma coisa.
E extremamente difícil para uma pessoa aprender a dizer "não" quando em toda a sua vida ele tem dito "sim". Mas a menos que ele espere ter vantagem constantemente, deve aprender a dizer "não" quando as circunstancias justifiquem faze-lo. Se você permiti-los, os vampiros psíquicos gradualmente se infiltrarão no seu dia-a-dia ate que você perca a sua privacidade - e seu sentimento constante a respeito deles esvaziara você de toda a ambição.
Um vampiro psíquico sempre selecionara a pessoa que e relativamente capaz e satisfeita com a vida - uma pessoa que e bem casada, contente com o seu trabalho, e geralmente bem ajustada com o mundo a sua volta - para se alimentar dela. O fato genuíno de que o vampiro psíquico escolhe, para vitimar, uma pessoa feliz mostra que ele esta carente de todas as coisas que sua vitima tem; ele fará qualquer coisa para trazer encrenca e desarmonia entre sua vitima e as pessoas que lhe são caras.
Por esta razão, seja precavido de qualquer um que pareça não ter nenhum amigo real e nenhum interesse aparente pela vida (exceto você). Ele naturalmente contara a você que e muito seletivo em sua escolha de amizades, ou que não gosta de fazer amigos facilmente por causa dos altos padrões que ele fixa para as suas companhias. (Para adquirir e manter amigos, alguém precisa ser muito condescendente com ele - algo de que o vampiro psíquico e incapaz.) Mas ele se apressara a acrescentar que você preenche todos os requisitos e é verdadeiramente uma excelente exceca entre os homens - você e um dos muito poucos merecedores de sua amizade.
Com receio de que você confunda amor desesperado (que e uma coisa muito egoísta) com vampirismo psíquico, a vasta diferença entre as duas precisam ser esclarecidas. O único caminho para saber se você esta sendo vampirizado e comparar o que você da a pessoa em relação ao que ela lhe da em troca.
Você precisa, algumas vezes, se aborrecer com as obrigações impostas pelo seu amor, por um amigo intimo, ou mesmo um empregador. Mas antes que você os rotule como vampiros psíquicos, precisa perguntar a si mesmo: "O que estou obtendo em troca?" Se seu esposo ou amor insiste que você o chame freqüentemente, mas você também exige a consideração para
você pelo seu tempo gasto, precisa entender que esta e uma dada e apropriada situação. Ou se e habito de um amigo chamá-lo para ajudar em momentos inoportunos, mas você igualmente depende dele para lhe dar prioridade a suas necessidades imediatas, precisas considerar que e uma troca justa. Se seu empregador pede para você fazer um pouco mais do que lhe e habitualmente esperado em sua condição particular, mas ignora eventuais atrasos ou lhe do tempo quando freqüentemente necessita dele, você certamente não tem razão para reclamar e não necessita sentir que ele esta tirando vantagem de você.
Se você este, contudo, sendo vampirizado se você e incessantemente chamado ou esperado a conceder favores para alguém que, quando você necessita de um favor, sempre acontece de ter outras "obrigações urgentes".
Muitos vampiros psíquicos lhe darão coisas materiais pelo expresso propósito de fazer você sentir que esta em divida com eles, amarrando-o a eles. A diferença entre o seu presente, e o deles, e que o seu pagamento em retorno não precisa vir em forma material. Eles esperam que você se sinta obrigado a eles, e deveria ficar muito desapontados e mesmo ressentidos se você tentasse retribui-los com objetos materiais. Em essência, você deve "vender sua alma" para eles, e eles constantemente lembrarão a você de sua obrigação para com eles, mas não lembrando você.
Ser puramente satânico, a única maneira de negociar com o vampiro psíquico e o "jogo do silencio" e comportar-se como se eles fossem genuinamente altruístas e realmente não esperarem nada em retorno. Ensine-os a lição que eles graciosamente dão a você, agradecendo-os sonoramente por toda a atenção que lhe deu, e saindo fora! Deste modo você sairá fora como vencedor. O que pode eles dizerem? E quando você esta inevitavelmente esperando reparar a sua "generosidade" (esta é a pior parte!), você diz "não" - mas, de novo, graciosamente! Quando eles sentem que você esta saindo de suas presas duas coisas acontecerão. Primeiro, eles agirão "apertando", esperando que seu velho sentimento de dever e simpatia retornarão, e quando (e se) não acontece, eles mostrarão suas cores verdadeiras e se tornarão irados e vingativos.
Uma vez que você moveu-os ate este ponto, pode jogar o papel da parte ofendida. Depois de tudo, você não fará nada errado - apenas aconteceu de você ter "obrigações urgentes" quando eles necessitavam de você, e desde que nada era esperado em troca pelos seus presentes, não deveria ter sentimentos pesados.
Geralmente, os vampiros psíquicos concebem que seus métodos foram descobertos e não pressionam o resultado. Ele não continuara a perder o seu tempo com você, mas se movera para sua próxima vitima insuspeitada.
Ha momentos, contudo, quando o vampiro psíquico não libera sua presa tão facilmente, e fará tudo para atormentar você. Eles tem todo o tempo para isto porque, quando uma vez rejeitados, eles negligenciarão tudo (ou seja, o que pouco tem) para devotar seus momentos de vigília em planejar a vingança para o que eles se sentem autorizados. Por esta razão, e melhor evitar uma relação com este tipo de pessoa em primeiro lugar. A "adulação" e dependência que você permite, em primeiro lugar, pode ser muito lisonjeira, e os presentes materiais muito atrativos, mas você eventualmente acabara pagando por eles muitas vezes mais.
Não desperdice o seu tempo com pessoas que finalmente destruirão você, mas se concentre naqueles que apreciarão sua responsabilidade por eles, e, do mesmo modo, sentirão responsáveis por você.
E se você e um vampiro psíquico - tome cuidado! Acautele-se do satanista - ele esta pronto e desejoso de enviar com jubilo estaca proverbial em seu coração!
INDULGENCIA... NAO COMPULSAO
O MAIS ALTO PLANO DE DESENVOLVIMENTO
E A QUALIDADE DA MATERIA
O satanismo encoraja os seus seguidores a serem indulgentes com seus desejos naturais. Somente assim fazendo você pode ser uma pessoa completamente satisfeita sem frustrações
que possam ser prejudiciais a si e a outros a sua volta. Por essa razão, a descrição mais
simplificada do credo satânico e:
Indulgência em vez de abstinência
Pessoas freqüentemente confundem compulsão com indulgência, mas ha um mundo de diferença entre as duas. Uma compulsão nunca e criada pela indulgência, mas pela falta de capacidade de perdoar. Por fazer de alguma coisa tabu, só serve para intensificar o desejo. Qualquer um gosta de fazer as coisas que lhe tem sido vedadas. "Os frutos proibidos são os mais doces."
Webster's Encyclopedic Dictionary define indulgência desta maneira: "render-se; não restringir ou oprimir; dar livre curso a; gratificar pela condescendência; se render a". A definição do dicionário para compulsão e: "O ato de compelir ou dirigir pela forca, física ou moral; restrição da vontade; (compulsoriedade, obrigação)." Em outras palavras, indulgência implica em escolha, enquanto que compulsão indica falta de escolha.
Quando uma pessoa não tem propriamente liberdade com seus desejos eles crescem rapidamente e se tornam compulsão. Se todos tem um lugar e momento particular para periodicamente favorecerem os seus desejos, sem medo de complicação ou reprovação, seriam suficientemente livres para desenvolver vidas sem frustração no dia-a-dia do mundo. Seriam livres para mergulharem impetuosamente em qualquer tarefa que possam escolher em vez de irem para suas obrigações sem interesse, seus anseios frustrados pela condenação dos seus desejos naturais. Isto poderia se aplicar na maioria dos casos, mas haverá sempre aqueles que trabalham melhor sobre pressão.
Geralmente, aqueles que necessitam sofrer uma certa quantidade de injustiça para produzirem com plena capacidade estão basicamente em vocações artísticas. (Mais tarde será dito mais sobre o preenchimento através da autocondenação.) Isto não significa que todos os artistas estão nesta categoria. Pelo contrario, muitos artistas são incapazes de produzir a menos que suas necessidades básicas de animal tenham sido satisfeitas.
Para a maior parte, não e o artista ou o individuo, mas o homem ou a mulher de meia-idade que não e livre para com os seus desejos. E irônico que a pessoa responsável, respeitável - quem paga os impostos sociais - a quem seria dada a menor parcela em retorno. E ele que deveria ser sempre consciente de suas "obrigações morais", e quem e condenado pela indulgência normal dos seus desejos naturais.
A religião satânica considera isto uma grande injustiça. Ele que sustenta suas responsabilidades deveria ser o mais autorizado para os prazeres de sua escolha, sem a censura da sociedade que serve.
Finalmente uma religião (satanismo) foi criada para premiar e gratificar aqueles que sustentam a sociedade em que vivem, em vez de denuncia-los pelas suas necessidades humanas.
De cada conjunto de princípios (seja ele religioso, político ou filosófico), algumas coisas boas podem ser extraídas. Entre a loucura do conceito hitleriano, um ponto permanece como exemplo brilhante disto - "forca através da alegria!" Hitler não foi tolo quando ele ofereceu aos alemães a felicidade, em nível pessoal, para insuflar sua lealdade a ele, e desenvolveu grande eficiência neles.
Foi claramente estabelecido que a maioria de todas as doenças são de natureza psicossomática e que as doenças psicossomáticas são o resultado direto das frustrações. Foi dito que "o bom morre jovem". O bom, pelos padrões cristãos, morre cedo. E a frustração dos nossos instintos naturais que permite a deterioração prematura de nossas mentes e corpos.
Tem estado muito na moda meditar na melhoria da mente e do espírito, e considerar em dar prazer ao próprio corpo (a essência real sem o corpo e o espírito não pode existir) para ser grosso, cru e descortês. POR ULTIMO, MUITAS PESSOAS QUE SE CONSIDERAM EMANCIPADAS TEM A ESTUPIDEZ DE SER NORMAL APENAS PARA "TRANSCENDER" NA IDIOTICE! Pelo caminho de dobrar seu traseiro ate encontrar seu umbigo, mantendo-se com duras e exóticas dietas como arroz branco e chá, eles sentem que chegarão ao grande estado de desenvolvimento espiritual.
"Bobagem!" Diz o satanista. Ele deveria antes comer uma refeição substanciosa, exercitar a sua imaginação e transcender através de um preenchimento físico e emocional. Isto significa, para o satanista, que antes de ser subordinado sem razoabilidade a pretensiosas religiões por muitos séculos, deveria saudar a chance de ser humano por uma vez!
Se alguém pensa que condenando seus desejos naturais pode evitar mediocridade, deveria examinar as seitas místicas do Oriente que tem estado em grande prestigio intelectual em anos recentes. Cristianismo e um "chapéu velho", então aqueles que desejam escapar de suas cadeias tem se voltado para as denominadas religiões de iluminação, como o budismo.
Apesar de o cristianismo estar certamente merecendo a critica que tem recebido, ele tem recebido mais do que a sua parcela de responsabilidade. Os seguidores dos credos místicos são tão culpados de pequenos humanismos quanto os cristãos "desencaminhados". Ambas as religiões são baseadas em filosofias banais, mas as religiões místicas professam a iluminação e a emancipação do dogma do pecado baseado na culpa que e tipificado no cristianismo. Contudo, o misticismo ocidental esta muito mais preocupado do que o cristianismo em evitar ações animais que lhe lembre que ele não e um "santo", mas simplesmente um homem - somente uma outra forma de animal, algumas vezes melhor, mais freqüentemente pior, do que aqueles que caminham de quatro; e que, por causa do seu "desenvolvimento espiritual e intelectual divino", tem sido o mais cruel de todos!
O satanista pergunta, "O que esta errado em ser humano e ter limitações humanas tais quais bens?" Por negar seus desejos, o místico foi mais impedido de superar a compulsão do que a alma dos seus pais, o cristianismo. Os credos místicos orientais tem ensinado as pessoas a contemplarem os seus umbigos, ficar sobre as cabeças, olhar em muros vazios, evitar o uso de rótulos na vida, e disciplinar a si mesmo contra qualquer desejo de prazer material. Entretanto, estou certo de que tem sido justamente as autodenominadas disciplinas iogues com a inabilidade de controlar o habito de fumar como qualquer outro; ou justamente como muitos supostamente budistas iluminados que se tornam tão excitados quanto pessoas "menos atentas" quando são confrontados com um membro de outro - ou em alguns casos - do mesmo - sexo. Alem do mais, quando inquiridos a explicar a razão da sua hipocrisia, estas pessoas se refugiam na ambigüidade que caracterizam a sua fé - ninguém pode segura-los se não ha uma resposta direta as perguntas que foram feitas!
O simples fato material e o que muitas coisas que tem coberto este tipo de pessoa com a fé que prega abstinência, e indulgência. Seu masoquismo compulsivo e a razão para escolher uma religião que não só defende a auto-condenacao, como também os exalta por isto; e da a eles a sacrossanta avenida de expressão das suas necessidades masoquistas. Quanto maior a injuria que eles possam praticar, mais santos se tornam.
Masoquismo, para a maioria das pessoas, representa a rejeição da indulgência. O satanismo evidencia muitos significados por detrás dos significados, e considera masoquismo ser uma indulgência se qualquer um tenta controlar ou mudar uma pessoa de seus aspectos masoquistas e encontrada com ressentimento ou carência. O satanista não condena essas pessoas por dar vazão aos seus desejos masoquistas, mas sente o maior desprezo para aqueles que não podem ser suficientemente honestos (pelo menos, consigo) para encarar e aceitar o seu masoquismo como uma parte natural de personalidade completa.
Ter de usar uma religião como uma desculpa para o seu masoquismo e muito ruim, mas estas pessoas atualmente tem o descaramento de se sentirem superiores aqueles que não estão
envolvidos na auto-ilusao declarada dos seus fetiches. Estas pessoas seriam as primeiras a condenar um homem que obteve seu relaxamento semanal com uma pessoa que lhe bateria sonoramente, do mesmo modo se relaxando de cada coisa que lhe faria, se tenso - como eles são - um compulsivo freqüentador de igreja ou religioso fanático. Por achar adequado relaxamento para seus desejos masoquistas, ele não necessita de se humilhar ou se condenar a todo o momento, como fazem aqueles masoquistas compulsivos.
Satanistas são encorajados a indulgência dos sete pecados mortais, então eles não necessitaram ferir ninguém; eles foram inventados pela Igreja Crista apenas para insuflar culpa em parte dos seus seguidores. A Igreja Crista sabe que e impossível para qualquer um evitar cometer esses pecados, pois eles são todas as coisas que nos, seres humanos, mais naturalmente fazemos. Depois de inevitavelmente cometer estes pecados oferecem finanças a igreja como maneira de retribuir a Deus que e utilizado como um calmante da sua consciência paroquiana!
Satan nunca utilizou um livro de regras, por que as forcas naturais vitais tornaram o homem "pecador" e desejoso de se preservar e a seus sentimentos. Todavia, tentativas de perversão foram feitas em seu corpo e ser para a salvação "da alma", que apenas ilustram como a conceituação e o uso errado das regras de "indulgência" versus "compulsão" se tornaram.
Atividade sexual e certamente estimulada e encorajada pelo satanismo, mas obviamente o fato que e a única religião que honestamente toma essa defesa, e a razão que tem sido dado tanto espaço literário.
Naturalmente, se muitas pessoas pertencem a religiões que os reprimem sexualmente, qualquer coisa escrita nesta provocante matéria vai torna-los um leitor excitado.
Se todas tentativas de vender alguma coisa (seja um produto ou uma idéia) falharam - sexo sempre o vendera. A razão para isto e que, ainda que as pessoas agora aceitem conscientemente o sexo como uma função necessária e normal, seus subconscientes estão ainda amarrados pelo tabu que a religião colocou sobre ele. Assim, de novo, o que e condenado e mais intensamente desejado. E este objeto imaginário de medo relativo ao sexo que causa a literatura dedicada a aspectos da matéria satânica para obscurecer todos os outros escritos sobre satanismo.
O verdadeiro satanista não e mais controlado pelo sexo do que e controlado por qualquer dos outros desejos. Bem como das coisas prazerosas, o satanista e o mestre delas, antes de ser controlado pelo sexo. Ele não e o demônio pervertido que esta justamente esperando a oportunidade para deflorar toda jovem virgem, nem e ele o degenerado fugidio que furtivamente faz hora em livrarias sujas, babando sobre fotografias indecentes. Se pornografia preenche suas necessidades no momento, ele francamente compra alguns "itens de escolha" e os lê atentamente e sem culpa durante o seu lazer.
"Nos temos de aceitar o fato que o homem se torna descontente em ser constantemente reprimido, mas devemos fazer o que possamos para ao menos temperar os desejos pecaminosos do homem, a fim de que não tornem excessivos nesta nova era", dizem os religiosos do caminho da mão direita para o satanista questionador. "Por que continuar a pensar nestes desejos como vergonhosos e algo a ser reprimido, se você pode agora admitir que eles são naturais?" Retorna o satanista. Podia ser que os religiosos da luz branca fossem
um pedaço de uva azeda, sobre o fato que eles não pensaram de uma religião, antes dos satanistas, que poderia ser agradável seguir; e se a verdade fosse conhecida, eles não gostariam também de um bocado de mais prazer fora da vida, mas pelo medo de perder sua face, não podem admiti-lo? Podia também ser que eles temam a vontade das pessoas, depois de ouvir sobre satanismo, dizerem a si mesmos "Isto e para mim - por que eu deveria continuar com uma religião que me condena por cada coisa que eu faço, ainda que não haja nada de errado com ela?" O satanista considera que esta e a verdade mais apropriada.
Ha certamente muita evidencia que as religiões do passado estão pondo um fim cada vez mais as suas ridículas restrições. Contudo, quando uma religião inteira e baseada em abstinência ao invés de indulgência (como deveria ser) se torna desajeitada quando tenta se revisar para encontrar as necessidades correntes do homem. Então, porque perder tempo "comprando aveia para um cavalo morto"?
O dogma do satanismo e indulgência ao invés de abstinência... MAS - não é compulsão.
SOBRE A ESCOLHA DO SACRIFICIO HUMANO
O propósito considerado de executar o ritual de sacrifício e arremessar a energia provida pelo sangue da vitima recentemente abatida dentro da atmosfera do trabalho mágico, desse modo intensificando as chances de sucesso do mago.
O mago branco admite que, desde que o sangue representa a forca da vida, não ha melhor maneira para apaziguar os deuses ou demônios do que presenteá-los com quantidades apropriadas dele. Combine esta razão com o fato que uma criatura agonizante esta expendendo uma superabundância de adrenalina e outras energias bioquímicas, e você tem o que aparenta ser uma combinação incapaz de ser anulada.
O mago branco, alerta contra as conseqüências envolvidas no assassinato de um ser humano, naturalmente usa pássaros, ou outra criatura "inferior" em suas cerimônias. Parece que estes falsos devotos desprezíveis não sentem culpa em tirar uma vida não humana, por ser contrario a tirar uma vida humana.
O fato e que se o mágico e merecedor do seu nome, ele não será inibido o suficiente para liberar a necessária forca do seu próprio corpo, ao invés do de uma vitima sem merecimento ou sem vontade!
Contrario a todas as teorias mágicas estabelecidas, a liberação da forca não e efetuada pelo atual derramamento de sangue, mas no espasmo mortal de uma criatura vivente! Esta descarga de energia bioelétrica e o mesmo que ocorre durante qualquer intensificação profunda das emoções, como: orgasmo sexual, ira cega, terror mortal, tristeza intensa etc. Destas emoções, as mais fáceis de se associarem a própria vontade são o orgasmo sexual e a ira, chegando perto a tristeza em terceiro lugar. Lembrando que as duas mais rapidamente disponíveis destas três (orgasmo sexual e ira) tem sido dissipadas da inconsciência humana como "pecaminosas" pelos mágicos brancos, que caminha carregando a maior de todas as culpas esmagadoras!
O absurdo sem impedimento e asinino na necessidade de matar um ser vivo inocente no ponto alto do ritual, como praticado por este padrão de feiticeiros, e obviamente a sua "qualidade de demônios" quando a descarga de energia e chamada. A consciência infeliz destes tolos afetados, que tem se autodenominado bruxas e feiticeiros, poderiam mais rapidamente cortar fora a cabeça de uma cabra ou de uma galinha numa tentativa de controlar a agonia de morte do animal, do que ter a coragem blasfêmia de se masturbar na completa visão de Jehovah a quem eles chamam para condenar! O único modo que esses místicos covardes podem ritualisticamente liberar a si mesmos e através da morte de outro (na verdade a sua própria, por procuração) melhor do que a forca indulgente que produz vida! Os seguidores do caminho da luz branca são verdadeiramente o frio e a morte! Nenhuma maravilha pode se levantar dessas pústulas risonhas de "sabedoria mística" dentro de círculos protetores e amarrando as forcas do mal na condição de se manterem a salvo de ataque - UM BOM ORGASMO PODERIA PROVAVELMENTE MATA-LOS!
O uso de um sacrifício humano no ritual satânico não implica que o sacrifício e efetuado "para apaziguar os deuses". Simbolicamente, a vitima e destruída através de um feitiço ou praga, que, em retorno, leva a destruição física, mental ou emocional do sacrificado e significa não ser atribuída ao mágico.
O único momento em que um satanista poderia realizar o sacrifício humano seria para um propósito duplo; para ser liberada a ira do mago no incremento de uma maldição, e mais importante, para se desembaraçar de um individuo totalmente nojento e merecedor.
Sob nenhuma circunstancia poderia um satanista sacrificar qualquer animal ou bebe! Por séculos, propagandistas do caminho da mão direita tem sido tagarelas sobre os supostos sacrifícios de crianças pequenas e virgens voluptuosas nas mãos dos diabólicos. Poderia ser imaginado que qualquer um lendo ou ouvindo estes relatos de ódio poderia imediatamente questionar sua autenticidade, tomando em consideração a origem tendenciosa das historias. Pelo contrario, assim como todas as mentiras "sagradas" são aceitas sem reservas, o modo operante assumido dos satanistas persiste ate hoje!
Há sonoras e lógicas razoes pelas quais o satanista não pode realizar sacrifícios. O homem, o animal, e o próprio deus para o satanista. A forma mais pura da existência carnal repousa nos corpos de animais e crianças que não cresceram o suficiente para condenar a si mesmos seus desejos naturais. Eles podem perceber coisas que o homem de idade adulta nunca poderá perceber. Por essa razão, o satanista mantém esses seres em consideração sagrada, sabendo que ele pode aprender muito através desses mágicos naturais do mundo.
O satanista esta cônscio do custo universal do seguidor do caminho de Agaste; o assassinato do deus. Visto que deuses são sempre criados pela própria imagem do homem - e que o homem adulto odeia o que ele vê em si mesmo - o inevitável deve ocorrer: o sacrifício do deus representa o próprio. O satanista não odeia a si mesmo; nem de deuses ele precisa escolher, e não tem desejo de destruir a si mesmo ou qualquer coisa que ele encontre! E a razão porque ele nunca poderia intencionalmente magoar um animal ou uma criança.
A questão se levanta, "Quem, então, poderia ser considerado como um sacrifício humano encaixado e apropriado, e como alguém e qualificado para julgar determinada pessoa?" A resposta e brutalmente simples. Alguém que tenha injustamente prejudicado você - alguém que tenha "saído do seu caminho" para ferir você - deliberadamente causa problemas e sofrimento para você ou para quem lhe e caro. Em resumo, uma pessoa pedindo para ser amaldiçoada por suas reais ações.
Quando uma pessoa, por sua conduta repreensível, praticamente grita para ser destruída, e verdadeiramente sua obrigação moral indulgência no seu desejo. A pessoa que aproveita cada oportunidade para atormentar os outros e freqüentemente confundida com o chamado sádico. Na realidade, esta pessoa e um masoquista maldirecionado que esta trabalhando em direção da sua própria destruição. A razão por que uma pessoa desfere um golpe contra você e que eles estão com medo de você ou do que você representa, ou estão ressentidos da sua felicidade. Eles são fracos, inseguros, e em terreno extremamente débil quando você lança a sua maldição, e eles fazem o sacrifício humano ideal.
Algumas vezes e fácil negligenciar o atual malfeito da vitima de sua maldição, quando alguém considera o quão infeliz ele realmente e. não e tão fácil, entretanto, voltar os passos prejudiciais do seu antagonista e fazer certo aquelas situações praticas que ele ou ela tenham feito errado.
O "sacrifício ideal" pode ser emocionalmente inseguro, mas, entretanto pode, nas maquinações de sua insegurança, causar severo dano para sua tranqüilidade ou sonora reputação. Doença mental, colapso nervoso, mau ajustamento, ansiedade neurótica, lares arruinados, rivalidade fraterna etc. etc. etc. ad infinito tem sido ha muito desculpas convenientes para atos maléficos e irresponsáveis. Alguém que diz "nos precisamos tentar entender" aqueles que tornam a vida miserável para os que não merecem a miséria esta ajudando e poupando um câncer social. Os apologistas destes fanáticos merecem qualquer fatalidade que obtenham das mãos dos seus defendidos!
Cães doidos devem ser destruídos, e eles necessitam muito mais ajuda do que o homem que convenientemente espuma pela boca quando seu procedimento irracional esta satisfeito! E fácil dizer "E dai! - Estas pessoas são inseguras, então não podiam me ferir". Mas o fato permanece - dada a oportunidade eles poderiam destruí-lo!
Por essa razão, você tem todo o direito de (simbolicamente) destruí-los, e se sua maldição provoca sua atual aniquilação, exulte-se de você ter sido instrumento de desembaraçar o mundo de uma peste! Se seu sucesso ou felicidade perturba uma pessoa - você não lhe deve nada! Ele e feito para ser esmagado sob os pés! SE AS PESSOAS TIVESSEM LEVADO EM CONTA AS CONSEQÜÊNCIAS DE SUAS PRÓPRIAS AÇÕES, ELAS PENSARIAM DUAS VEZES!
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